sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Como entender as palavras de Jesus “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”João 5:17.


Ora! Qual era o trabalho de Jesus? Bem, na infância, Jesus foi carpinteiro, e com Sua família ía sempre à igreja aos Sábados (Luc. 4:16). Porém, quando assumiu o Ministério que anunciaram os profetas, Seu trabalho foi puramente espiritual (Mat. 8: 14-17; Mar. 1: 29-32; Luc. 4: 38-41; Luc. 6: 6-8; Luc. 6: 18; Mat. 8: 2-4; Mar. 1: 40-44; Luc. 5: 12-14), etc. Para a salvação dos pecadores, não há hora, nem dia, mês ou ano de parar de trabalhar, porque este trabalho é permitido e lícito fazer aos Sábados! – Ouça o que disse um sincero teólogo Assembleano:
“Mas Ele lhes disse: ‘Meu Pai trabalha até agora, e Eu também’. Noutras palavras, Deus trabalha no Sábado, sustentando o Universo, comunicando vida, abençoando os homens, respondendo as orações.” – Pr. Myer Pearlman, João – Ouro Para Te Enriquecer, pág. 59.


Nota Comentário Bíblico Adventista:
"Até agora trabalha. "

    Literalmente "está trabalhando até agora". Com estas palavras Jesus assegurou a seus ouvintes que Deus -que tinha criado o mundo- ainda estava trabalhando ativamente no meio deles, ainda no dia sábado. Isto contradizia a opinião deísta de alguns círculos do judaísmo, a qual tendia a afastar tanto a Deus do mundo que chegava a ter pouco contato com ele. Mais do que isso, as palavras de Jesus eram uma afirmação de que suas próprias obras, tal como se revelavam no milagre de cura que acabava de realizar, certamente eram uma obra de Deus. O pensamento aqui expressado é básico no discurso de Jesus de João 5: 19-47.

Meu Amigo, O Espírito Santo – Tema 2: O VENTO


Texto Bíblico: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.” João 3:8



Informação Adicional: “Ouve-se o vento por entre os ramos das árvores, fazendo sussurrar as folhas e as flores; é todavia invisível, e homem algum sabe de onde ele vem, nem para onde vai. O mesmo se dá quanto à operação do Espírito Santo na alma. Como os movimentos do vento, não pode ser explicada. Talvez uma pessoa não seja capaz de dizer o tempo ou o lugar exatos de sua conversão, nem delinear todas as circunstâncias no processo da mesma; isso, porém, não prova não estar ela convertida.


Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade, a paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza, e o semblante reflete a luz do Céu”. DTN, 172 e 173.


Ilustração:


Mostrar o vento soprando nas árvores, ou
Um ventilador ou leque produzindo vento
Você consegue ver o vento? Eu não consigo, porque o vento é invisível. Mas nós conseguimos ver as coisas que ele faz como: As árvores se movimentando, as folhas voando pelo chão, e o nosso cabelo balançando, etc. O vento sopra onde quer, nós não podemos controlá-lo, ninguém sabe de onde vem ou para onde vai. Quando ele sopra bem forte e derruba uma árvore, todo mundo vê a árvore caída, mas ninguém sabe de onde veio o vento, nem para onde foi.


História: (João 3)


Quando Jesus viveu aqui na terra, ele tinha muitos amigos. Ele era tão bondoso e agradável que todo mundo queria ser amigo dEle. Um homem muito importante chamado Nicodemos queria ser amigo de Jesus também, mas ele era um fariseu, professor no Templo, e seus colegas de trabalho não gostavam de Jesus e não queriam que Nicodemos andasse com Ele. Nicodemos então resolver visitar Jesus à noite para conversar, sem que seus amigos soubessem. Jesus o recebeu com muita alegria e eles conversaram por muito tempo.


Nicodemos estudava bastante a Bíblia e achava que já sabia muito, afinal ele era professor da Bíblia, mas naquela noite quando conversou com Jesus aprendeu uma coisa que ainda não sabia. Jesus disse que para entrar no Reino de Deus, Nicodemos precisava nascer de novo. Não da barriga da mamãe, mas nascer do Espírito, isto deixar o Espírito Santo trabalhar em seu coração. Então Jesus explicou que todo aquele que é nascido do Espírito é como o vento que sopra. A pessoa ouve a Sua voz, mas não sabe de onde Ele vem, nem para onde vai.


Jesus lhe disse que o Espírito Santo trabalha assim em nossa vida também. Quando Ele entra em nosso coração, Ele nos ajuda a sermos mais bondosos e obedientes, nos ajuda a escolhermos fazer o que é certo e a pensarmos coisas boas. Ninguém, nem mesmo nós sabemos como essas coisas acontecem, mas nós podemos perceber as mudanças que ocorrem assim como aquela árvore que é derrubada pelo vento. Vamos pedir a Deus que nos envie o Espírito Santo?


Oração: Querido Deus, por favor, envie o Teu Santo Espírito, para que Ele me ajude a mudar as coisas más que existem em meu coração e me ajude a ser uma criança mais bondosa e amável. Em nome de Jesus, Amém.


Atividade de Fixação: Fazer um cata-vento, soltar pipa, bolhas de sabão, observar como o vento move os objetos e relembrar a história estudada. Fazer um desenho sobre Nicodemos e Jesus.


Reavivamento e Reforma

Meu Amigo, O Espírito Santo – Tema 1: O FOGO


Texto Bíblico: “E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.” Atos 2:3 e 4.

Informação Adicional:
“Esta foi a experiência dos primeiros discípulos. As Escrituras declaram que, “ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do Céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo, e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem”. Atos 2:1-4. Deus está disposto a nos dar uma bênção semelhante, quando a buscarmos com o mesmo fervor.

O Senhor não fechou o reservatório do Céu depois de haver derramado Seu Espírito sobre os primeiros discípulos. Nós também podemos compartilhar da plenitude de Sua bênção. O Céu está repleto das riquezas de Sua graça, e os que se achegam a Deus com fé podem reivindicar tudo o que Ele prometeu.” Review and Herald, 4 de junho de 1889.
Ilustração:
  • Mostrar fogo de uma vela ou fogão, ou
  • Imagem de um ourives trabalhando
Você já pôs a mão no fogo? O que aconteceu? Você se queimou não é mesmo? O fogo é quente e ele é útil para nós de muitas maneiras. O fogo acende uma vela para iluminar a casa, o fogo acende um fogão à lenha para fazer comida, o fogo de uma fogueira ou lareira ajuda a esquentar as pessoas e o fogo também purifica metais, sabia? Como o ouro, a prata, etc. Quando o ourives quer purificar ouro ele o coloca no fogo e o ouro derrete. A sujeira então é separada do ouro e o ouro fica puro.
História: (Atos 2)
Os discípulos gostavam muito de Jesus, e quando Jesus lhes contou que Ele logo iria para o Céu, eles ficaram muito tristes. Jesus então lhes explicou que se Ele não fosse, o Espírito Santo não poderia vir ficar com os discípulos. Jesus falou que Ele tinha um trabalho especial para fazer no Céu e que enquanto estivesse lá, o Espírito Santo, viria ficar com os discípulos ensinando a vontade de Deus a eles e ajudando-os a serem bondosos como Ele é.
Quando Jesus foi embora, os discípulos começaram a orar pedindo a Deus que enviasse o Seu Espírito. Eles não sabiam exatamente como seria, mas sabiam que seria algo especial. Um dia enquanto estavam todos reunidos orando um vento bem forte começou a soprar pelas janelas e entrou na casa, e apareceram pequenas chamas que ficaram em cima da cabeça de cada pessoa que estava ali. A partir daquele momento eles sentiram algo muito especial no coração. Sentiram como se Jesus estivesse ali bem pertinho deles, ensinando-os como Ele fazia antes. Só que agora eles não viam Jesus, eles O sentiam no coração.
Nós hoje também podemos sentir o Espírito Santo em nosso coração. Quando a mamãe nos chama e sentimos vontade de desobedecer, o Espírito Santo nos lembra que é melhor escolhermos obedecer. E cada vez que escolhemos atender à Sua voz, somos mais felizes e deixamos a mamãe mais feliz também. Isto que é deixar o Espírito Santo nos purificar, assim como o fogo purifica o ouro. Sabe o que vai acontecer então? Cada dia nós vamos ter mais vontade de ouvir e obedecer a voz de Deus e seremos muito mais felizes. Vamos orar?
Oração: Querido Deus nos ajude a ouvir cada dia mais a voz do Teu Espírito e nos ajude a escolher fazer a Tua vontade para que sejamos mais felizes aqui no mundo e um dia encontremos a Ti no Céu. Em nome de Jesus, Amém.
Atividade de Fixação: Fazer uma fogueira e relembrar a história, desenhar a cena do Pentecostes.
Reavivamento e Reforma

Apocalipse 14:6-12 e os Três Últimos Recados de Deus para a Humanidade



Apocalipse 14:6-12 e os Três Últimos Recados de Deus para a Humanidade

Quando estudamos Apocalipse 13 podemos ver que, no fim dos tempos, dois poderes representados por bestas se unirão para obrigar as pessoas a aceitarem o domingo como dia santificado no lugar do Sábado bíblico* (Êxodo 20:8-11). Neste momento, ao analisar o capítulo 14, veremos que Deus tem Três Últimos Recados Para a Humanidade antes da gloriosa volta de Jesus. Esses Três Últimos Recados são a forma de um Deus de amor clamar para que os Seus filhos não escolham o sinal da besta. No terreno religioso não podemos ficar neutros: aceitamos a Deus ou não. Não há meio termo (conferir Apocalipse 3:15 e 16).
O capítulo 14 de Apocalipse pode ser divido em pelo menos três partes:

A primeira parte menciona a vitória dos que foram salvos por Cristo e perseveram em segui-Lo até o fim (versos 1-5);

A segunda parte apresenta os Três Últimos Recados de Deus à Humanidade (versos 6-12);

A terceira parte trata da volta de Jesus, para recompensar os fiéis e punir os infiéis (versos 13-20).


A seguir, estudaremos de maneira breve as principais divisões do capítulo 14:
Versos 1-5
Aqui, vemos o “cordeiro”, Jesus Cristo (João 1:29) em pé diante do monte Sião juntamente com os salvos. Em gratidão ao que o Salvador fez por eles, os salvos de todos os cantos da Terra e de todas as épocas cantarão louvores ao Criador.
O verso 4 afirma que eles “não se contaminaram com mulheres”. “Mulher” em profecia significa igreja (2ª Coríntios 11:2 – compare com Apocalipse capítulos 12 e 17). Sendo assim, os salvos decidiram não se contaminar com as crenças erradas das igrejas que não seguem totalmente a Palavra de Deus. Estes fiéis não dividiram o seu amor com Deus e com suas denominações religiosas que não aceitaram o selo de Deus nos últimos dias (o Sábado – Ezequiel 20:12; 20 – Compare com Apocalipse 7:1-4). Eles dedicaram todo ao Eterno e, assim, não se contaminaram. Por isto, “não se achou mentira na sua boca”.
Versos 6-12
Nesta parte chegamos ao tema central do capítulo 14. É muito importante que você estude com carinho e atenção as mensagens que Deus tem aqui. Que o Espírito Santo lhe guie na compreensão deste capítulo!
O apóstolo João disse que viu um “anjo voando pelo meio do Céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo”. O termo “anjo” significa “mensageiro” e, em Apocalipse 14, representa aquelas pessoas que serão “mensageiras” de Deus para anunciar as três últimas mensagens divinas ao mundo.
PRIMEIRO GRANDE RECADO DE DEUS À HUMANIDADE
“… teimei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” Apocalipse 14:7.
Deus nos avisa que “é chegada a hora do seu juízo”. Isto se refere à primeira fase do juízo que já começou, no Céu. Este juízo é conhecido como juízo investigativo e serve para: (1) mostrar ao universo que os filhos de Deus realmente O aceitaram como Salvador e, portanto, são dignos da salvação [os anjos não são Oniscientes com Deus] e (2) condenar o poder representado pelo “chifre pequeno” de Daniel 7, que corresponde ao poder representado pela besta em Apocalipse 13:1-10. (Sobre o porquê de um juízo de investigação, leia todo o capítulo 7 do livro de Daniel. Outro texto que fala de modo claro deste juízo é 1ª Pedro 4:17, entre outros).
Em seguida, os seres humanos são convidados a ADORAREM “aquele que fez o Céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”. Veja que o desfecho final entre o bem e o mal envolve a ADORAÇÃO (isto pode ser visto claramente em Apocalipse 13).
Não é por acaso que as últimas palavras de Apocalipse 14:7 são as mesmas de Êxodo 20:11. Veja:
“… fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”. Apocalipse 14:7
“porque em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou” Êxodo 20:11.
Ao dar a razão pela qual devemos guardar o Sábado, deixando de lado as atividades cotidianas, os dois textos, juntos, estão dizendo: porque Deus criou todas as coisas em seis dias, vocês devem guardar o Sábado. Portanto, ADOREM a Deus no Sábado, dando sinal de que lembram dEle como Criador!
Ligando os dois textos podemos ver que a primeira mensagem de Apocalipse 14 é para que guardemos o Sábado em atitude de ADORAÇÃO.
SEGUNDO GRANDE RECADO DE DEUS À HUMANIDADE
“Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo: caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição” Apocalipse 14:8.
O termo “Babilônia” significa “confusão” e está relacionado com o momento em que Deus confundiu a linguagem humana, quando pessoas rebeldes queriam construir a torre de Babel em uma atitude de desafio ao Criador (ver Gênesis 11:1-9).
No Apocalipse, “babilônia” se refere a toda confusão religiosa que há no mundo. Hoje, existem milhares de religiões e seitas diferentes – o que tem confundido muitos, que se perguntam: “no meio de todas essas doutrinas, onde está a verdade?”
O “vinho” de babilônia são suas doutrinas falsas: observância do domingo, crença na existência de um espírito ou alma que sai do corpo por ocasião da morte, tormento eterno dos ímpios, adoração e veneração de imagens, etc.
A mensagem de Deus é: “um dia esta confusão religiosa (Babilônia) irá terminar”. Logo, “haverá um rebanho e um pastor” (João 10:16, última parte).
TERCEIRO GRANDE RECADO DE DEUS À HUMANIDADE
“Segui-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz: se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice de sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome. Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” Apocalipse 12:9-12.
Na terceira e última mensagem angélica Deus adverte: se alguém adorar a besta e receber a sua imagem, ou seja, se aceitar o falso sábado, será castigado no lago de fogo e enxofre. Deus está dando um sério aviso para que não deixemos de lado a observância do Sábado da criação para seguir mandamentos de homens (Ver Mateus 15:3, 9).
E o lago de fogo?
Convém destacar que o lago de fogo não existe hoje. Este texto nos mostra que os injustos serão lançados no lago depois que Jesus voltar para dar a recompensa àqueles que aceitaram o sinal da besta. **
A crença de que os maus “estão num lugar de tormento” hoje não é bíblica. Veio do paganismo e é baseada em equivocadas interpretações dos textos bíblicos em que aparecem as expressões “inferno” e “tormento eterno”. ***
A expressão “fumaça do seu tormento que sobe pelos séculos dos séculos…” (verso 11) deve ser entendida à luz do contexto bíblico. Além disso, devemos lembrar que a forma de a Bíblia se expressar não é a mesma da nossa cultura portuguesa. Assim, precisamos entender o significado de certas expressões com base na cultura bíblica.
Lendo Isaías 34:9 e 10 podemos descobrir o que significa a “fumaça que sobe pelos séculos dos séculos”: “os ribeiros de Edom se transformarão em piche, e o seu pó, em enxofre; a sua terra se tornará em piche ardente. Nem de dia nem de noite se apagará; subirá para sempre a sua fumaça…”.
Notas:
Veja que os ribeiros de Edom não estão queimando até os nossos dias para que a sua fumaça suba “eternamente”. Portanto, a conclusão a que podemos chegar é que a expressão “fumaça que sobe pelos séculos dos séculos” simboliza, na linguagem bíblica, a completa e definitiva destruição dos ímpios. Além disso, não devemos esquecer que, o fato de a Bíblia apresentar a morte como sendo um sono sem sonhos, indica que os mortos estão inconscientes até o dia da ressurreição (ver o Salmo 6:5, 13:3, 115:17, Eclesiastes 9:5, 6 e 10, João 11:11-14, 1ª Tessalonicenses 4:13, etc.).
Já a expressão “fogo eterno” se refere ao um fogo eterno em suas conseqüências, ou seja: a pessoa será destruída e nunca mais ressuscitará. Ver Mateus 25:46. “Fogo eterno” não se refere a duração do castigo (Leia Mateus 11:21, 22 e perceba que há graus de castigo). Um exemplo bíblico de que a palavra “eterno” nem sempre significa um “período sem fim” encontramos em 1 Crônicas 28:4 e 29:27. O verso 4 afirma que Davi seria rei em Israel eternamente e, o verso 27 do capítulo 29, diz que a expressão eternamente equivalia 40 anos!
Em resumo, isso é o que dizem os Três Últimos Recados de Deus para a Humanidade:
Adore a Deus também no Sábado;
Não faça parte da confusão religiosa que existe no mundo;
Não guarde o domingo como dia santo.
Qual será a sua resposta a Deus? Nós do programa “Na Mira da Verdade” queremos ser instrumentos nas mãos do Criador para ajudar você e sua família a estudar cada vez mais esse assunto tão importante (e que não é ensinado!)
Se precisar de auxílio, se sinta à vontade para manter contato. E, quando estiver no vale da decisão, considere as palavras dos apóstolos: “antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” Atos 5:29.
Versos 13-20
No verso 13 lemos o conforto que Deus dá àqueles que morreram ou que terão de morrer por causa do evangelho. Em seguida, são apresentadas cenas que acompanharão o maior evento da história terrestre: a volta de Jesus, “sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória” Mateus 24:30 (última parte).
A “foice” na mão de Jesus simboliza a colheita que Ele fará no fim dos tempos: Cristo recolherá em seu “celeiro” os bons frutos, símbolo apropriado para os filhos fiéis (Mateus 13:30).
Em contraste, aqueles que não aceitarem o dom gratuito de Deus que é a salvação por meio de Cristo; que não decidiram ser fiéis às 3 mensagens angélicas, terão de ser destruídos, pois assim o escolheram. Essa destruição em massa é representada pelo lagar pisado fora da cidade com extensão de mil e seiscentos estádios ****
Ao final do terceiro e último recado de Deus é dito que os que decidirem seguir toda a Bíblia terão pelo menos três características. Vamos ler Apocalipse 14:12 e João 13:35:
“Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.”
“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.”
Eis as características da igreja (composta de todos os filhos de Deus):
1) Guarda os mandamentos de Deus, inclusive o 4º que ordena a observância religiosa do Sábado;
2) Tem a a fé em Jesus;
3) Ama os irmãos na fé como resultado do amor de Deus no coração.
Amigo(a) internauta: Quer você fazer parte desse povo? Aceite o convite de Deus e guarde em seu coração os três avisos que Ele deixou em Apocalipse 14. Jesus está voltando. Nosso Pai Celestial quer o seu bem e deseja muito que você aceite o Seu amoroso convite para habitar no lar eterno. E, lembre-se: A escolha é sua!
“Aquele que dá testemunho destas coisas diz: “Sim, venho em breve!” Amém. Vem, Senhor Jesus!” Apocalipse 22:20 (Nova Versão Internacional).
Um abraço do amigo e irmão,
Leandro Quadros.
Notas:
* Para um estudo mais aprofundado, recomendo os seguintes livros: “O Grande Conflito”, de Ellen G. White; “Uma Nova Era Segundo as Profecias do Apocalipse”, de C. Mervyn Maxwell; “Apocalipse Verso por Verso”, de Henry Feyerabend. Ambos podem ser adquiridos diretamente com a editora Casa Publicadora Brasileira pelo telefone 0800-979-0606 ou pelo site www.cpb.com.br
** Isto acontecerá depois do milênio. Ver Apocalipse 20.
*** Se quiser analisar o tema com vários textos bíblicos, poderá solicitar o material intitulado “O Inferno de Fogo”. Escreva para namiradaverdade@novotempo.org.br
**** Estádio é uma medida de distância que equivale a aproximadamente 185 m.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O vinho de Noé é da mesma qualidade do primeiro milagre de Jesus?


Plantou uma vinha .
Esta declaração não significa que Noé plantou unicamente uma vinha. Menciona-se a vinha para explicar os acontecimentos seguintes, mas com isso não se exclui a possibilidade de que cultivasse o terreno com outros propósitos.
Armênia, a região onde se deteve a arca, era conhecida na antigüidade como uma zona de vinhas, tal como testemunha o soldado e historiador grego Jenofonte. O cultivo da videira era comum em todo o antigo Próximo Oriente e isto pode rastrear-se até os tempos mais remotos.
Noé não fez nada mau ao plantar uma vinha.
A videira é uma das plantas nobres da criação de Deus. Cristo a usou para ilustrar sua relação com a igreja (João 15) e honrou seu fruto bebendo-o na última noite de seu ministério terreno (Mat. 26:27-29). O suco de uva é muito benéfico para o corpo humano enquanto não se o ingira fermentado.
Vinho.
Heb. yáyin, o suco da uva. Na maioria, se não em todos os casos, o contexto das Escrituras indica uma bebida fermentada e, portanto embriagante. Ao tomar Noé esta bebida, "se embriagou". Já que a embriaguez tinha sido um dos pecados da era antediluviana, devemos supor que Noé estava familiarizado com os efeitos prejudiciais da ingestão de bebidas alcoólicas. O registro do pecado de Noé dá depoimento da imparcialidade das Escrituras, que consignam as faltas dos grandes homens tanto como suas virtudes.
A idade ou as vitórias espirituais prévias não são uma garantia contra a derrota na hora da tentação. Quem pensaria que um homem que tinha caminhado com Deus durante séculos e que tinha resistido as tentações de multidões, cairia só? Uma hora de descuido pode manchar a vida mais pura e desfazer muito do bem que foi feito no curso dos anos.
Estava descoberto.
"O vinho é escarnecedor" (Prov. 20: 1) e pode enganar aos homens mais sábios se não são vigilantes. A embriaguez deforma e degrada o templo do Espírito Santo que somos nós, debilita os princípios morais e assim expõe ao homem a incontáveis males. Perde o domínio tanto das faculdades físicas como mentais. A intemperança de Noé trouxe vergonha a um ancião respeitável, e submeteu a zombaria a aquele que era sábio e bom.”

A palavra vinho na bíblia refere-se tanto ao alcoólico quanto ao não alcoólico. Para sabermos o tipo de vinho usado por Jesus, temos de ir ao contexto das Escrituras:
“Assim diz o SENHOR: Como quando se acha vinho num cacho de uvas, dizem: Não o desperdices, pois há bênção nele...”.Isaías 65:8.
Neste verso, vemos que a palavra vinho foi usada para descrever o suco natural da uva. Portanto, o vinho em que “há bênção” é o suco da uva, natural (Deus aprova o uso do suco natural da uva), e não o alcoólico.
Concluímos que o vinho de Noé era alcoólico, mas o de Jesus era o suco natural da uva.
Escola Bíblica

Colesterol Alto: Consuma Morango e Linhaça

morango2 Colesterol Alto: Consuma Morango e Linhaça

Devido hábitos de alimentação inadequados e fatores biológicos, algumas pessoas têm a predisposição em alterar o nível do colesterol ruim, prejudicando a saúde.
Então, o que é preciso fazer para melhorar esse quadro?
Primeiramente, a pessoa precisa verificar o colesterol e se este estiver alterado, além de seguir as prescrições médicas, muitas vezes envolvendo remédios, é importante passar a ter um cardápio equilibrado, com refeições  saudáveis.
O que pode ser acrescentado na rotina alimentar?
Dois ingredientes que só fazem bem: morango e linhaça.
Por que?
Os morangos contêm fenólicos, substâncias encontrada em frutas vermelhas. Tais propriedades agem no corpo como antioxidantes poderosos que combatem o envelhecimento e impedem a oxidação do colesterol e ainda mantêm a estrutura das fibras do colágeno e protege a visão.
O outro ingrediente é a linhaça, que inibi a absorção de gorduras no organismo e potencializa os compostos fenólicos do morango.
Uma sugestão é preparar uma salada de frutas vermelhas com linhaça, ao menos três vezes durante a semana, no café da manhã ou nos lanches.
Que tal começar desde já?
Mundo dasTribos

400 ou 430 anos de escravidão?


Hoje quero continuar falando de Abraão e de uma profecia preocupante que Deus fez para ele e seus descendentes. Isso aconteceu mais ou menos no ano de 1913 AC. “Então disse o Senhor a Abrão: sabe, com certeza, que peregrina será a tua descendência na terra alheia, e será reduzida a escravidão, e será afligida por quatrocentos anos” (Gênesis 15:13).  Guarde bem este numero. Quatrocentos anos seria o tempo que os descendentes de Abraão seriam afligidos.


Deus disse a Abrão que o tempo de espera para que seus descendentes tomassem posse de Canaã seria de 400 anos. Isso deve tê-lo assustado um pouco. Seria um bom tempo. E ele nem filhos tinha ainda. E, pior, seriam escravizados por muitos anos!


O mais curioso dessa história é que Moisés, ao sair com os descendentes de Abrão do Egito, declarou que os dias em que lá ficaram foram 430 anos (Êxodo 12:40). E não 400, como Deus profetizara.


Gálatas 4:29 conta que Isaque foi perseguido por Ismael desde pequeno. Os netos de Abraão (Esaú e Jacó) também tiveram problemas. Em seguida vem José, primeiro como escravo e depois governador egípcio. Após a morte de José, finalmente, começa a grande opressão aos hebreus.


A profecia estava se cumprindo fielmente. Porém, fica aberta a questão: um texto diz 400 e o outro 430 anos. Tem algum erro ou contradição por aqui? A Bíblia contém erros ou está errada? Como resolver esse aparente problema de datas? 400 ou 430 anos?


Vamos para a Bíblia? Êxodo 12:40 diz que o tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de 430 anos. Isto parece nos dar a entender que os hebreus estiveram realmente 430 anos no Egito, isto é: desde a entrada dos filhos de Jacó até a saída do cativeiro. Veja agora Gálatas 3:16 e 17: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e a seu descendente. A Escritura não diz: e a seus descendentes, como falando a muitos, mas como de um só: e a teu descendente que é Cristo. Mas digo isto: Que tendo sido o testamento confirmado por Deus , a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não invalida, de forma que venha abolir  a promessa”.


Note o detalhe importante que Paulo destaca: a lei foi promulgada no Sinai 430 anos depois do pacto entre Deus e Abraão. Se Paulo se refere a primeira promessa feita a Abraão, quando ele estava em Harã (Gênesis 12:1-3), os 430 anos começaram quando Abraão tinha 75 anos de idade.


Já os 400 anos de aflição iniciaram 30 anos depois, quando Abraão tinha 105 anos e seu filho Isaque apenas 5. Gálatas 4:20: “Mas, como então o que nasceu segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim também é agora”.


O problema para Abraão começou quando Ismael nasceu. Ismael era seu filho com a escrava Hagar. Havia conflito entre Hagar e Ismael contra Sara e Isaque. Era uma disputa ferrenha entre as duas mulheres e Abraão estava no meio dessa confusão. E as crianças também!


Há outro detalhe importante. O tempo exato desde o chamado de Abraão até a entrada de Jacó no Egito foi de 215 anos (Gênesis 12:4; 21:5; 25:26; 47:9). Assim, os 215 anos restantes dos 430 foi o tempo que os filhos de Israel de fato ficaram no Egito.


Por esta razão os 430 anos, mencionados por Moisés, devem ser considerados desde o chamado de Abrão em Harã, a sua permanência e de seus descendentes em Canaã, e a sua estada no Egito, até o Êxodo. O texto de Êxodo 12:40 foi traduzido pela Septuaginta desta forma: “A permanência dos filhos de Israel, enquanto habitaram na  terra do Egito e na terra de Canaã, foi de 430 anos”. Inclusive na era patriarcal os faraós consideravam Canaã como de sua propriedade.


Portanto, foram dois longos períodos de anos. Ambos terminaram ao mesmo tempo. Os 430 anos começaram quando Abraão foi chamado para sair de Harã em direção à terra prometida. Já os 400 anos passam a contar 30 anos mais tarde, quando Isaque já estava com 5 anos e acontecem as brigas e conflitos entre as duas mulheres de Abraão e os dois filhos. Tudo por que o pai da fé não soube esperar e confiar em Deus, tendo um filho (Ismael) com uma escrava.


O que podemos aprender desta profecia? Primeira lição: Deus não estava destinando um grupo para sofrer. Deus não destina uns para uma vida cheia de bens e fartura e outros para a miséria e a pobreza. Não há destino para o mal da parte de Deus. O destino da parte de Deus é para a salvação. Deus não predestina uns para a salvação e outros para a perdição. A Bíblia não apóia a predestinação para o mal. “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o seu beneplácito de sua vontade” (Efésios 1:5).


A segunda lição que precisamos aprender é que na Bíblia não há contradição. As contradições estão em nossa mente, em nossa maneira de pensar, e nunca na palavra de Deus. Muitas pessoas dizem que não lêem a bíblia porque encontram contradições nela. Me perdoe, mas essa é uma desculpa esfarrapada de quem não está disposto a pesquisar o Livro de Deus.


Amigo ouvinte, não deixe de ler a Bíblia, mesmo que algumas coisas, a princípio, você não compreenda plenamente. Estude-a todos os dias. Pratique o que aprender e defenda os princípios que Deus deixou na Palavra dEle.


Fique com a promessa: “Creia no Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará”.
via Rede Maranatha

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

As respostas de Deus para perguntas difíceis


Onde Deus estava quando isso aconteceu comigo?
Ele estava lá e Ele vê tudo (Pv 15:3)


Ele não se importou?
Sim, Ele se importou e continua se importando (Na 1:7; 1 Pe 5:6-7)


Como um Deus amoroso pôde permitir que algo assim acontecesse?
Deus deu à sua criação a liberdade de escolher. Ele não criou as pessoas para serem marionetes.( DT 30:15-20)


O Senhor entende como eu me sinto?
Sim, mais do que qualquer outra pessoa. (Isaías 53:3; Hb 4:15)


Posso me recuperar?
Todas as coisas são possíveis para Deus. (Mt 19:26)
Ele deseja curar você. (Jr 17:14)


Como posso ser curado?
Confiando que Deus é fiel em cumprir sua palavra.(Sl 18:25)


Por onde começo?
Deus ouve você - Confesse sua mágoa (Sl 34:17-18), coloque a mágoa nas mãos Dele (1Pe 5:7), e perdoe a pessoa que magoou você (Cl 3:13).


Não é difícil perdoar?
Sim, é difícil perdoar. No entanto, Deus capacitará você a obedecer aquilo que Ele ordenou. ( 1Ts 5:24), compreenda que Deus perdoou você. ( Ef 4:32)


O que devo fazer, então?
Não se vinge - Deus tratará da pessoa que ofendeu você. (Rm 12:19).
Não guarde rancor - Prossiga com sua vida (Is 43:18-19).
Procure o bem que resultará dessa situação difícil ( Rm 8:28)


Quando serei curado?
A cura de mágoas profundas leva tempo (Ec 3:3).
Nesse processo, é preciso encarar o mal que foi feito ( Sl 51:6); reconhecer os seus sentimentos ( Ec 3:4-8); Aplicar a verdade de Deus expressa em Sua palavra( Sl 107:20).


Texto extraído da Bíblia da Mulher no quadro da pág. 1024 pelo Site Bíblia e a Ciência.

Vida Sexual no Noivado

 O planejamento da vida sexual do casal deve começar no noivado? Estas e muitas outras questões sobre sexualidade nessa etapa da vida estão neste programa.






O Dez Mandamentos foram abolidos, inclusive, necessariamente, o quarto. Será mesmo?


Alegação dos críticos: "HÁ SOMENTE UMA LEI E A BÍBLIA FALA CLARAMENTE DE UMA LEI ABOLIDA; PORTANTO, OS DEZ Mandamentos foram abolidos, inclusive, necessariamente, o quarto, em que os adventistas constroem seu argumento para o sábado. 


Tanta argumentação falsa tem sido elaborada em torno da doutrina de uma só lei que ela deve ser considerada detalhadamente. 


A palavra "lei" é usada na Bíblia de várias maneiras. Na frase "a lei e os profetas", a palavra "lei" significa um tanto uniformemente os livros de Moisés, porque em seus escritos as leis de Deus são especialmente apresentadas. A palavra "lei" é às vezes usada sem referência a algum código específico, como um termo coletivo para descrever qualquer uma e todas as leis. Por outro lado, a palavra "lei" é freqüentemente empregada para designar um código específico (por exemplo, a lei moral ou a lei cerimonial), como procuraremos mostrar. 


Afirmar que toda vez que a Bíblia usa a palavra "lei" significa o mesmo código seria tão razoável como afirmar que cada vez que a Bíblia usa a palavra "dia" quer dizer o mesmo período de tempo. 


Os fatos são que "dia" pode significar: (1) a parte clara do ciclo de vinte e quatro horas, como dia em contraste com noite; ou (2) todo o período de vinte e quatro horas, como sete dias em uma semana; ou (3) um período indefinido de tempo, como "agora é o dia da salvação". 


O que pensaríamos da pessoa que raciocinasse que, porque certos textos da Bíblia falam do fim do dia, o dia da salvação necessariamente terminou? 


A Bíblia diz que "a lei" foi "abolida" por Cristo (veja Efésios 2:15). Mas Paulo, que escreveu esta Afirmação, também declara: 


"Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei." Rom. 3:3l. 


O contraste entre as declarações é acentuado quando se chama a atenção para o fato de que Paulo usou a mesma raiz grega para as palavras aqui traduzidas por "aboliu" e "anulamos". Esta raiz, katargeo, significa "tornar inoperante", "fazer cessar", "suprimir", "anular", "abolir". Mas disse Paulo, o escritor inspirado, a uma igreja que "a lei" está abolida", e então a outra igreja exclama "De maneira nenhuma!", ante a própria idéia de que "a lei" está abolida, e se refere à mesma lei em cada exemplo? 


Obviamente, Paulo deve estar falando de duas leis diferentes. Estes dois textos são suficientes em si mesmos para expor a falácia' do argumento de que a Bíblia fala de apenas uma lei. 


O primeiro registro formal de qualquer código de leis divinas para o homem foi no tempo do Êxodo. Foi então que Deus, o qual havia escolhido um povo para o Seu nome, o colocou a caminho da Terra Prometida. 


Não havia Escrituras nos primeiros séculos, pois nenhum dos sessenta e seis livros da Bíblia tinha sido escrito. Através de Moisés, Deus começou a dar aos homens uma revelação escrita, a fim de guiá-los. Desse tempo em diante, com uma notável exceção, as palavras de Deus para o homem, inclusive Suas leis, foram escritas por agentes humanos, os profetas. Essa única exceção foi um código de leis que Deus falou com Sua própria voz. A história sagrada não registra nenhum outro sermão jamais pregado ao ser humano em meio da glória sobrenatural e chamejante que circunda o eterno Deus. 


Referindo-se a esse único exemplo majestoso, Moisés disse a Israel: "Agora, pois, pergunta aos tempos passados, que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, desde uma extremidade do céu até à outra, se sucedeu jamais coisa tamanha como esta ou se ouviu coisa como esta; ou se algum povo ouviu falar a voz de algum deus do meio do fogo, como tu a ouviste, ficando vivo." Deut. 4:32 e 33. 


E quando Deus havia pronunciado o código, os "dez mandamentos", o relato declara: "E nada acrescentou" (veja Deuteronômio 4:13; 5:22). 


O sermão havia terminado, era um conjunto completo, não havia mais nada que Deus desejasse acrescentar. Em seguida, Ele escreveu o sermão com Sua própria mão em "duas tábuas de pedra" (Deut. 5:22). Em nenhum outro documento na história humana tem a mão de Deus escrito. 


"As tábuas eram obra de Deus; também a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas." Êxo. 32:16.


E o que Deus escreveu naquelas tábuas de pedra foi descrito por Ele como "a lei" (veja Êxodo 24:12). 


Então segue-se outro momento dramático, após a entrega e a escrita dessa "lei". Moisés iniciou sua descida do monte com as duas tábuas nas mãos. Estava levando para Israel o registro permanente daquele impressionante sermão proferido pelo Deus do Céu. Sua indignação à vista dos israelitas adorando o bezerro de ouro o levou a arremessar as pedras ao chão e quebrá-Ias, um símbolo de sua transgressão do código divino. 


Ordenou então o Senhor a Moisés que escrevesse uma cópia a fim de tomar o lugar das tábuas quebradas? Não. O Senhor escreveu os Dez Mandamentos uma segunda vez em novas tábuas de pedra.


Realmente, um código muito distinto para que o próprio Deus o escrevesse duas vezes em pedra. Ele confiou aos Seus profetas muitas mensagens vitais para o homem, mas os Dez Mandamentos Ele mesmo escreveu. 


O ponto focal, o objeto mais sagrado do serviço religioso instituído por Deus para os israelitas, foi a arca da aliança, acima da qual pairava a santa luz da presença divina. Quando, nas jornadas dos israelitas, a arca era posta em movimento, ninguém devia tocá-Ia para que não morresse. E, dentro daquele mais sagrado dos objetos sagrados do santuário, foi Moisés instruído a colocar as tábuas de pedra (Deut. 10:5). Nenhum outro código de leis foi colocado dentro daquela arca sagrada. "Nada havia na arca senão as duas tábuas de pedra, que Moisés ali pusera junto a Horebe." I Reis 8:9. 


Novamente, esse código de leis foi distinguido como a base de uma aliança entre Deus e os israelitas. Aqueles que se opõem à doutrina bíblica da perpetuidade da lei moral, conforme crêem os adventistas, têm procurado apoiar sua opinião com este fato. Eles se esquecem, porém, de que o próprio fato de a lei dos Dez Mandamentos ser descrita como a base única de uma aliança prova mais uma vez que o Decálogo é um código distinto, não devendo ser confundido com nenhum outro. 


Moisés disse a Israel: 


"Então vos anunciou Ele a Sua aliança, que vos prescreveu, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra." Deut. 4:13. 


Façamos um resumo destes fatos históricos concernentes à entrega da lei dos Dez Mandamentos: 


1. Deus proferiu a lei com Sua própria voz aos ouvidos de todo o Israel. Ele não deu nenhuma outra lei deste modo. "E nada acrescentou."


2. Deus escreveu a lei dos Dez Mandamentos com o Seu próprio dedo. Essa é a única lei que Ele já escreveu para o ser humano.


3. Deus escreveu a lei em tábuas, e Ele mesmo preparou as tábuas.
Trata-se da única lei no relato bíblico que foi assim escrita.


4. Deus mandou Moisés descer do monte à vista de todo o Israel, levando as duas tábuas de pedra que continham somente os Dez Mandamentos.


5. O próprio Deus reescreveu a lei depois de ter Moisés quebrado as primeiras tábuas.


6. Deus instruiu Moisés a colocar as tábuas dentro da arca da aliança, sendo a única lei honrada desse modo.


7. Deus declarou que a lei dos Dez Mandamentos era "sua aliança", sendo a única lei assim descrita.


Contudo, os objetores permissivistas professam ser incapazes de encontrar na Bíblia quaisquer fundamentos para crer que a lei dos Dez Mandamentos seja um código distinto de leis, que não deve ser confundido com nenhum outro código. Gostaríamos de perguntar: se eles pudessem ter ditado a maneira da entrega dessa lei, e tivessem desejado dar prova convincente de que ela era uma lei separada, que procedimento poderiam possivelmente ter seguido que a teria destacado mais plena ou mais dramaticamente? 


Mas a lei dos Dez Mandamentos não foi a única apresentada formalmente por Deus no Sinai. Havia um código de leis cerimoniais que provia as regras para o ritual religioso que os judeus deviam seguir; por exemplo, seus sacrifícios e ofertas, seus dias de festa anuais, os deveres do sacerdócio. O livro de Levítico está repleto dessas leis. 


Havia também as leis civis para governar os judeus como nação, como as leis sobre casamento, divórcio, posse de escravos e propriedade (veja Êxodo 21). Até onde permitiam a obscura compreensão espiritual e disposição dos israelitas, o Senhor fez com que esses estatutos civis refletissem o perfeito ideal expresso na lei dos Dez Mandamentos. O estatuto sobre a posse de escravos é uma ilustração da adaptação do princípio moral à baixa condição espiritual de um povo. Do estatuto do divórcio, Cristo declarou: "Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio." Mat. 19:8 (veja Marcos 10:4-6). 


Mas estas leis cerimoniais e civis não foram dadas diretamente por Deus às hostes de Israel. Quanto à maneira como Deus tornou conhecidas essas leis, quem as escreveu e onde foram depositadas, as Escrituras são claras: 


1. Depois de declarar que o Senhor escreveu os Dez Mandamentos "em duas tábuas de pedra", Moisés acrescenta imediatamente: "Também o Senhor me ordenou, ao mesmo tempo, que vos ensinasse estatutos e juízos." Deut. 4:13 e 14. 


Um autor bíblico posterior apresenta a mesma distinção: "E não farei que os pés de Israel andem errantes da terra que dei a seus pais, contanto que tenham cuidado de fazer segundo tudo o que lhes tenho mandado e conforme toda a lei que Moisés, meu servo, lhes ordenou." II Reis 21:8. 


Recordando os eventos do Sinai, Neemias, em oração ao Senhor, também menciona o fato de que certas leis foram pronunciadas por Deus e outras foram dadas a Israel por intermédio de Moisés: "Desceste sobre o monte Sinai, do céu falaste com eles e lhes deste juízos retos, leis verdadeiras, estatutos e mandamentos bons. O teu santo sábado lhes fizeste conhecer; preceitos, estatutos e lei, por intermédio de Moisés, teu servo, lhes mandaste." Neemias. 9:13 e 14. 


"Esta lei, escreveu-a Moisés." Deut. 31:9. 


"Tendo Moisés acabado de escrever, integralmente, as palavras desta lei num livro, deu ordem aos levitas que levavam a arca da aliança do Senhor, dizendo: Tomai este livro da lei e pende-o ao lado da arca da aliança do Senhor, vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra ti." Deut. 31:24-26. Os comentaristas concordam com esta tradução do hebraico: "pende-o ao lado da arca". 


Pelo fato de que a lei cerimonial e também os estatutos civis foram escritos por Moisés e por ele dados ao povo, eles são geralmente descritos na Bíblia como "a lei de Moisés". 


Veja, por exemplo: 


1. II Crôn. 23:18. Os sacerdotes deveriam oferecer os holocaustos "como está escrito na lei de Moisés". 


2. II Crôn. 30: 16. Os sacerdotes celebram a Páscoa "segundo a lei de Moisés".


3. Esd. 3:2. A construção de um altar para holocaustos ocorre "como está escrito na lei de Moisés". 


4. Dan. 9:13. A destruição de Jerusalém tinha vindo "como está escrito na lei de Moisés." 


5. Mal. 4:4. "Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, a qual lhe prescrevi em Horebe [Sinai] para todo o Israel." 


O Novo Testamento também revela, em muitas de suas referências à lei, a mesma distinção entre a lei dos Dez Mandamentos e o código de leis dado por intermédio de Moisés. Note as seguintes referências à lei de ritos e cerimônias, às vezes descrita como a "lei de Moisés" e às vezes simplesmente como "a lei":


1. E, se o homem pode ser circuncidado em dia de sábado, para que a lei de Moisés não seja violada." João 7:23. 


2. Insurgiram-se, entretanto, alguns da seita dos fariseus que haviam crido, dizendo: É necessário circuncidá-los e determinar-Ihes que observem a lei de Moisés." Atos 15:5. 


Mais adiante no capítulo, quando a alegação desses fariseus é reafirmada, abreviação, e a mesma deste modo: "Deveis ser circuncidados, e guardar a lei. Verso 24. [Esta última frase, encontrada na Versão King James, não existe na Versão Almeida.] 


Isso ilustra como um escritor do Novo Testamento pode usar a expressão não qualificada, "a lei", e ainda significar uma lei muito específica (neste caso, "a lei de Moisés"). O contexto geralmente é suficiente para esclarecer a que lei se está referindo. Certamente, se a circuncisão está sob discussão no Novo Testamento (e freqüentemente é este o ponto da discórdia), é suficiente fazer referência ao código de leis que prescreve a circuncisão simplesmente como "a lei" ; isto é, a lei de ritos e cerimônias dada por Moisés. 


A lei dos mandamentos na forma de ordenanças." Efés. 2:15. 


Os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm mandamentos de recolher, de acordo com a lei, os dízimos do povo." Heb.7:5. 


5. "Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei." Verso 12. 


6. "Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza." Verso 28. 


7. "Visto existirem aqueles [sacerdotes] que oferecem os dons segundo a lei." Heb. 8:4. 


8. "Quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue." Heb. 9:22.


9. "Ora, visto que a lei tem sombra dos bens futuros, não a Imagem real das coisas, nunca jamais pode tomar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem." Heb. 10:1. 


A lei dos Dez Mandamentos não dá nenhuma instrução sobre holocaustos, a Páscoa, a construção de um altar, os juízos que viriam sobre Jerusalém por causa da desobediência, a circuncisão e a ordem do sacerdócio. Mas a Bíblia reiteradamente revela que há uma "lei" que fornece tal instrução. Esta lei é a lei cerimonial, descrita na Bíblia como a "lei de Moisés". 


É verdade que "a lei de Moisés" era também a lei de Deus, porque Deus era o autor de tudo o que Moisés escreveu. Por isso, não é estranho que um escritor da Bíblia descreva, ao menos ocasionalmente, a lei de Moisés como "a lei do Senhor", embora tais exemplos sejam poucos. Veja o caso de Lucas 2:22 e 23, onde ambas as expressões são usadas para descrever a mesma lei. 


Entretanto, em nenhum lugar na Bíblia a lei dos Dez Mandamentos é chamada "a lei de Moisés". 


Note, agora, algumas referências representativas do Novo Testamento a outra lei, que não trata de ritos e cerimônias, mas de questões morais, a lei dos Dez Mandamentos, à qual também se faz alusão, às vezes, como simplesmente os mandamentos. 


1. "Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos." Mat. 19: 1-7. Cristo cita então imediatamente vários dos Dez Mandamentos. 


2. "Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no sábado descansaram, segundo o mandamento." Luc. 23:56. 


3. "Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás." Rom. 7:7.


4. "Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se toma culpado de todos. Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei. Falai de tal maneira e de tal maneira procede i como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade." Tia. 2:10-12. 


5. "Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei." I João 3:4. Qual lei? Certamente ninguém na era cristã acredita que uma falha em obedecer à lei concernente a ritos e cerimônias é pecado. Contudo, João nos adverte de que transgredir a "lei" é pecado. Ele não sentiu necessidade de explicar a qual "lei" se referia. Quão eloqüentemente isso indica que havia uma lei, conhecida por todos os leitores de João, que era a regra moral da vida! Que consternação e confusão teriam suas palavras criado entre os cristãos do primeiro século se eles estivessem laborando sob a impressão de que havia apenas uma lei, uma lei que era uma mistura de preceitos morais e cerimoniais! E que a transgressão dessa lei na era cristã é pecado! 


Concluindo, apresentamos um resumo de algumas das declarações contrastantes feitas na Bíblia no que concerne aos códigos de leis moral e cerimonial: 


Essas e outras comparações que poderiam ser feitas revelam, além de toda controvérsia, que a Bíblia apresenta duas leis. Chegar a outra conclusão seria afirmar que a Bíblia apresenta uma irremediável série de contradições. 


Admitimos que existem certas referências à "lei", principalmente nos escritos de Paulo, onde o contexto deixa de esclarecer completamente a que lei está se referindo. Em alguns casos parece evidente que nem uma nem outra lei é particularizada, mas apenas o princípio da lei, em contraste com a graça, está sob consideração. 


Porém, isso não fornece nenhuma prova de que existe apenas uma lei. Porque existem na Bíblia textos obscuros e difíceis, isso não significa que não podemos ter certeza do significado de textos claros e simples. Os textos facilmente compreensíveis devem guardar-nos de tirar falsas conclusões dos textos difíceis.


A Lei Moral 


1. Proferida pelo próprio Deus. Êxo. 20:1 e 22. 
2. Foi escrita por Deus. Êxo. 31:18; 32:16. 
3. Em pedras. Êxo. 31:18. 
4. Entregue por Deus, seu escritor, a Moisés. Êxo. 31:18. 
5. Depositada por Moisés "na arca". Deut. 10:5.
6. Lida com preceitos morais. Êxo.20:3-17. 
7. Revela o pecado. Rom. 7: 7. 
8. A transgressão da "lei" é "pecado". I João 3:4. 
9. Devemos guardar "toda a lei." Tia. 2:10. 
10. Porque seremos julgados por esta lei. Tia. 2:12.
11. O cristão que guarda esta lei "será bem-aventurado no 
que realizar". Tia. 1:25. 
12. A "lei perfeita, lei da liberdade". Tia. 1:25 (conferir 2:12). 
13.Disse Paulo: "Tenho prazer na lei de Deus." Rom. 7:22 (conferir verso 7).
14. Estabelecida pela fé em Cristo. Rom. 3:31. 
15. Cristo deveria "engrandecer a lei e fazê-Ia gloriosa." Isa. 42:21. 
16. "Bem sabemos que a lei é espiritual." Rom. 7:14 (conferir, verso 7).




A Lei Cerimonial 


1. Proferida por Moisés. Êxo. 24:3. 
2. Escrita por Moisés. Êxo. 24:4; Deut. 31:9. 
3. Em um livro. Êxo. 24:4 e 7; Deut.31:24. 
4. Entregue por Moisés, seu escritor, aos levitas. Deut. 31:25 e 26. 
5. Depositada pelos levitas "ao lado da arca". Deut. 31:26. 
6. Lida com assuntos rituais e cerimoniais (veja partes de Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) . 
7. Prescreve ofertas para o pecado (veja o livro de Levítico).
8. Não há pecado em sua transgressão, porque agora está "abolida". Efés. 2:15. ("Onde não há lei, também-não há transgressão." Rom. 4:15.) 
9. Os apóstolos não deram "nenhuma autorização" para guardar a lei. Atos 15:24.
10. Não devemos ser julgados por ela. Col. 2:16. 
11. O cristão que guarda esta lei não é abençoado (veja, por exemplo, Gálatas 5:1-6).
12. O cristão que guarda esta lei perde sua liberdade. Gál. 5:1 e 3.
13. Paulo chamou esta lei de "jugo de escravidão". Gál. 5:1 (veja Atos 15:10). 
14. Abolida por Cristo. Efés. 2:15. 
15. Cancelado "o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças". Col. 2:14.
16. "A lei de mandamento carnal." Heb. 7:16.




A referência às duas leis em termos de séculos antes de Moisés também nos ajudará a manter uma clara distinção entre elas. Embora possamos com exatidão focalizar o Êxodo como o grande momento da entrega da lei moral e cerimonial, não devemos concluir que o tempo antes de Moisés foi um período sem lei, pelo menos sem o Decálogo. 


Aqui precisamos apenas observar que os Dez Mandamentos existiam no Éden. Também as primeiras tenras raízes da videira cerimonial, que deveria desenvolver-se plenamente no Êxodo, apareceram na forma de simples serviços sacrificais de nossos primeiros pais depois da entrada do pecado. 


Quem não teve a experiência de contemplar uma árvore altaneira e maravilhar-se ante sua densa e variada folhagem, apenas para descobrir, com um exame mais cuidadoso, que uma planta trepadeira está entrelaçada em tomo da árvore e o que parecia ser uma é realmente duas! Ainda que um olhar à distância para um alto ramo, principalmente se ele está balançando na brisa, deixe de revelar este fato, um exame do tronco perto das raízes, onde a trepadeira fez seu primeiro contato com a árvore, não deixa dúvida de que há duas árvores. 


Ora, o Decálogo poderia ser comparado a uma árvore imponente, com dez fortes ramos, que nossos primeiros pais encontraram florescendo no jardim do Éden. Depois da sua queda, uma trepadeira da lei cerimonial foi plantada por perto, regada pelo sangue de sacrifícios animais. Durante séculos, a trepadeira cresceu pouco, se é que cresceu. Então, no tempo do Êxodo, ela subitamente assumiu uma forma definida e tomou-se grande. A árvore não precisou da trepadeira para viver, mas a trepadeira era inteiramente dependente da árvore. Nos séculos posteriores, a inclinação dos homens era sempre em tomo de cultivar a trepadeira em vez de cultivar a árvore, até que a folhagem da trepadeira quase ocultou a árvore e ameaçou sufocá-Ia.


É, portanto, fácil compreender por que hoje alguns cristãos, olhando para a palavra bíblica que retrata essa árvore, deixem de ver que as duas não são uma. 


Isso é verdade principalmente se os ventos da discussão teológica estão balançando os ramos. Mas, como acontece com uma árvore literal, não precisa haver nenhuma incerteza no assunto se a atenção está focalizada não nos ramos mais altos, mas no tronco e nas raízes, Falando literalmente, um exame da origem das duas leis e sua entrega formal no Êxodo não deixa nenhuma possível dúvida de que eram duas.


Os adventistas não podem alegar qualquer visão bíblica especial em discemir que há duas, não uma.


Desde o tempo da Reforma protestante, as grandes entidades eclesiásticas têm percebido isso claramente e registrado o fato em seus credos e confissões de fé! A alegação de que existe apenas uma lei tem tido aceitação entre um certo segmento de cristãos em uma fervorosa tentativa de enfrentar a força da evidência do sábado que agora está sendo tão vigorosa e amplamente apresentada pelos adventistas. 


Francis D. Nichol

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