CLONAGEM: a última novidade que a ciência se orgulha de proclamar. O homem, na sua procura desesperada por poder e glória atingiu o máximo: querer imitar Deus no acto da criação. É mais uma das múltiplas manifestações da multiplicação da ciência, tal como profetizado por Daniel, a qual teria lugar nos últimos tempos (Daniel 12:4).
Todavia, mesmo que percorram todo o espaço sideral, jamais lograrão realizar a obra da criação divina, a qual não tem par, já que Deus fez o homem à Sua Imagem e semelhança - «E criou Deus o homem à Sua Imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou» (Gén. 1:26,27), e qual maravilha, foi o Deus Trino quem interveio nessa criação. Uma criação também ímpar porque Deus «formou o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida» tendo nesse mesmo instante o homem sido feito alma vivente. É isto que o homem não poderá jamais fazer: dar o fôlego da vida e criar uma alma, porque a vida e a alma são pertençentes única e exclusiva de Deus.
Foi também Deus quem fez a primeira e única clonagem humana . Na verdade, «o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu: e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; e da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher (Eva) e trouxe-a a Adão» (Gén. 2:21,22).
Lemos em 1 Samuel 2:6 que a vida, além de ser um dom de Deus é uma prerrogativa subordinada à vontade de Deus. Só Deus tem o direito de dar e tirar a vida. Só Ele é soberano; o Seu conselho é firme, faz toda a Sua Vontade (Isaías 46:10) e ninguém se Lhe pode opor (Isaías 44:6-8).
O homem pode buscar na ciência soluções passageiras para melhorar o seu exterior, mas é Deus quem tem pleno domínio sobre o interior, pois é Ele quem o forma. É Ele que está na origem da formação de cada ser humano, quer no corpo, quer na alma, quer no espírito. Por isso, David podia testemunhar: «os Teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no Teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia» (Salmo 139:16).
O Senhor, dirigindo-se a Jeremias, declara peremptoriamente: "Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei" (Jer. 1:5). Isaías declara outrossim que «o Senhor o formou desde o ventre para ser seu servo» (Isa. 49:5). Estas passagens bíblicas provam claramente que o Senhor tem pleno controle sobre a vida humana desde o momento da concepção (e mesmo antes!...) - logo, o Senhor não pode intervir na criação de uma alma, corpo e espírito objeto de uma clonagem científica feita pelo próprio homem.Somente o resultado do processo normal de reprodução permite a existência real e efetiva de alma e espírito humanos. Esse é verdadeiramente o propósito do Senhor - a reprodução mediante filhos e não mediante clonagens - aos reprodutores chama o Senhor de «bem-aventurados» (Salmo 127:3,5) e aos filhos chama o Senhor como «herança» dEle proveniente.
Afinal, os propósitos humanos são o cume e a prova da maldade do homem e do seu objetivo em querer tornar-se igual a Deus. Infelizmente, esquecem-se dos relatos bíblicos e das consequências que advieram para a humanidade quando esta quis equiparar-se a Deus ou chegar a Ele pelos méritos próprios.
A primeira vez que isso ocorreu foi precisamente no Jardim do Éden, quando Adão e Eva, desobedecendo à ordem do Senhor, comeram do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, da qual o Senhor lhes tinha proibido que tocassem. A astúcia de Satanás foi precisamente esta: «sereis como Deus, sabendo o bem e o mal» (Gén. 3:5). A consequência desse ato foi fatal: o pecado entrou no mundo, com ele a morte (física e espiritual) e a expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden (Gén. 3:23,24).
Mais tarde, aquando do dilúvio, porque também não quiseram ouvir a voz de Deus e porque se consideravam auto-suficientes, pereceu toda a humanidade com a excepção de Noé e da sua família (Gn. 6). Passado algum tempo do terrível juízo que Deus tinha efetuado sobre a terra, quis o homem, mais uma vez, ser igual a Deus, e para o efeito começou a construir a Torre de Babel. O seu propósito era evidente: "Vinde, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque os céus, e façamo-nos um nome..." (Gén. 11:4). A resposta do Senhor foi mais uma vez firme: "Vinde, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. Assim, o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade" (Gn.11:7,8).
Ao longo da história do homem tem sido sempre este ciclo: o homem quer subir, quer ser igual a Deus, e Deus, com grande paciência, mas também com ira, desce e derrama o Seu justo juízo sobre os prevaricadores. O mesmo ocorrerá com aqueles que quiserem "clonar" o homem, pois o Senhor não dorme nem tosqueneja (Salmo 121:3) e julgará justamente quem dEle zomba e escarnece.
Perante o orgulho do homem, a Bíblia tem resposta: "Maldito o homem que confia no homem" (Jeremias 17:5). Essa é a sentença de Deus: a maldição, a condenação. E quem é o homem ? É porventura melhor que o seu Criador ? (Jó 4:17) Qual barro, pó da terra, qual a autoridade do homem para questionar a Deus e se insurgir no esconderijo dos insondáveis mistérios do Criador ? Mas mais que isso, o que pode dar o homem pelo seu resgate ? (Marcos 8:37) - Nada, absolutamente nada, pois toda a riqueza do mundo seria manifestamente insuficiente...
Quão verdadeiras são as palavras do salmista: "É melhor confiar no SENHOR que confiar no homem" (Salmo 118:9). O homem, na sua irremediável tentativa de se tornar grande, igual a Deus, ensoberbece-se a si próprio, contudo em milésimos de segundo tudo se destrói, roído pela sua própria concupiscência.
Mas aquele que confia no Senhor é bem-aventurado. A Sua ação em nós é única. Além do ato criativo sobre o corpo, o Senhor, àqueles que se humilham perante Ele, nEle crêem e se arrependem, diz o Senhor que somos conformes à Imagem do Filho - Rom. 8:29. Superior a qualquer clonagem, só o Senhor é titular do dom da vida, da transformação e da nova vida espiritual, acessível para todo o que crê (João 1:12)
Joel Pereira.
0 comentários:
Postar um comentário