“Vede, porém, que esta liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos” (I Coríntios 8:9)
“Nossa, mas ela não é crente”? “Se até fulano que é crente faz isso, por quê eu não farei”? Frases como esta, infelizmente são uma realidade em nossos dias devido a diversos fatores, dentre eles, a falta de testemunho claro de alguns cristãos.
Ao contrário do que a sociedade imagina, a vida do verdadeiro crente não é marcada por “nãos”, mas sim por discernimento entre o que convém e o que não convém. Ao se converterem a Jesus, muitos pensam que serão imediatamente proibidos de fazer muitas coisas. Contudo, em vez da proibição, a compreensão e crescimento por meio da palavra do Senhor nos mostra que, apesar de sermos livres para fazermos qualquer coisa, nem tudo é verdadeiramente proveitoso para o crente e os que o rodeiam.
“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são licitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (I Coríntios 6:12)
Dentre os mais diversos exemplos de conduta cristã, usarei o clássico caso da negação do uso de drogas. Qualquer ser humano, independentemente de suas crenças, sabe que as drogas podem causar dependência e escravidão. Nem é preciso lembrar a constatação biológica de que as drogas, em suas variantes, causam sérios danos à saúde. Todo cristão que entende que seu corpo é santuário do Espírito Santo (I Coríntios 3:16) cuida de sua saúde em qualquer circunstância, seja na recusa de drogas, seja na recusa de um sorvete por entender que uma dor de garganta agravada prejudicaria seu santuário [sem falar das excessivas quantidades de açúcar e gordura que não são exemplos de boa alimentação para ninguém!].
“Porque quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça (…) Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação e, por fim, a vida eterna” (Romanos 6:20-22)
Ainda que seja sutil, há uma expectativa por parte da sociedade de um determinado padrão de comportamento por parte dos cristãos. Devido à ausência de entendimento da palavra do Senhor tanto por crentes quanto por descrentes, muitos cristãos têm sido vistos pela sociedade como “quadrados” ou [pior] “redondos demais”!
É indiscutível que o crente tem uma grande responsabilidade para atrair ou afastar pessoas para o conhecimento do Senhor. Como instrumento de Deus, o cristão deve ser exemplo em tudo o que faz a qualquer hora e em qualquer lugar. Simultaneamente, entendendo sua responsabilidade de testemunho público, o cristão deve imergir no conhecimento das escrituras para, assim, defender e disseminar com firmeza a verdadeira doutrina.
Crente quadrado é aquele que não sabe compartilhar com a sociedade seu testemunho com clareza. Reflita cuidadosamente sobre 1 Cor 9:19-27.
REFLEXÕES: “Assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos” (1Cor 10:33)
“Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades” (Col 4:5)
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