sábado, 17 de julho de 2010

Júpiter

O planeta Júpiter é o maior entre todos do Sistema Solar. E ele ganha disparado. Se fosse oco, dentro dele caberiam todos os outros planetas ou mais de 1.300 mundos iguais ao nosso. Se fosse chato como um disco, seriam necessários quase doze diâmetros da Terra para cobri-lo de ponta a ponta.Júpiter é um globo multicolorido de gás, 85% hidrogênio, o elemento químico mais abundante e mais simples do Universo, com apenas um elétron e um próton. O hidrogênio é também principal constituinte de uma estrela. E por pouco Júpiter não se transformou numa delas.Possui 2,5 vezes a massa de todos os outros planetas em conjunto. É um planeta gasoso junto com Saturno, Urano e Netuno. Estes quatro planetas são por vezes chamados de planetas jupiterianos ou planetas jovianos. Júpiter é um dos quatro gigantes gasosos, isto é, não é composto primariamente de matéria sólida.
Composição e atmosfera
1-Núcleo rochoso;2-Hidrogênio líquido e hélio,3-Hidrogênio metálico e hélio 4-Atmosfera.
O MODELO DA ESTRUTURA DE JÚPITER baseia-se em medidas de densidade e propõe três camadas. Um núcleo compacto de rocha e gelo que corresponde a 4% da massa total, recoberto por uma camada de hidrogênio metálico, até uma distância de 0,7 do raio.
Uma transição entre essa camada e outra, formada por uma mistura líquida de hélio e hidrogênio molecular, é sobreposta pela atmosfera de Júpiter, composta por hidrogênio e hélio gasosos.
Também já foi detectado metano, amoníaco e um pouco de vapor d'água, além de etileno, acetileno e metano deuterado.


Júpiter possui uma fonte interna de calor (não nuclear). Provavelmente procedente do colapso da matéria durante sua formação. No interior do planeta a temperatura alcança os 30.000°C, fluindo continuamente para o exterior. Em apenas 9 h e 50 min Júpiter completa uma volta em torno de si mesmo e intensas correntes elétricas são geradas na camada de hidrogênio metálico. A eletricidade produz um poderoso campo magnético, 20 mil vezes mais intenso que o terrestre e que se estende para além de Saturno, mas é invertido em relação ao nosso.É como se se uma grande barra imantada estivesse embutida em Júpiter.

A ausência de atrito com uma superfície sólida permite que furacões como a Grande Mancha Vermelha, durem mais de três séculos. Ela é um redemoinho de alta pressão onde cabem duas Terras, elevando-se acima das nuvens ao redor.

Em 1979 as duas sondas Voyager descobriram um halo de poeira muito fino, que vai de 100 a 122 mil km do centro de Júpiter e um sistema de três anéis. O anel principal tem cerca de 6 mil km de espessura e se estende de 122 a 129 mil km do centro do planeta, englobando a órbita de duas luas, Adrastéa e Metis, (que são as fontes de partículas do anel). Dados recentes da sonda Galileo revelaram que um segundo anel muito tênue trata-se, a rigor, de um anel interno e outro externo, e ambos se estendem de 129.200 a 224.900 km do centro do planeta.
Ao contrário dos anéis de Saturno, formados por blocos massivos e brilhantes de rocha e gelo, os anéis de Júpiter são constituídos por uma poeira tão fina que seriam invisíveis para alguém que estivesse em seu interior.
Estatísticas de Júpiter

Massa (kg) 1,898,7x10²7
Diâmetro equatorial (km) 142.984
Densidade média (gm/cm3) 1,33
Distância média ao Sol (km) 778.412.010
Período de rotação  9,93 horas
Período de revolução (anos) 11,862615
Velocidade orbital média (km/seg) 13,0697
Excentricidade orbital 0,04839266
Inclinação do eixo (graus) 3,12
Inclinação orbital (graus) 1,3053
Gravidade na superfície no equador (m/seg2) 23,12
Velocidade de escape no equador (km/seg) 59,54
Albedo geométrico visual 0,52
Magnitude (Vo) -2.70
Temperatura média das nuvens 165 K
Temperatura média na superfície 288-293 K
Pressão atmosférica (bars) 0,7

Júpiter possui cerca de 63 satélites naturais
Esta imagem mostra as luas de Júpiter :Amaltea, Io, Europa, Ganimedes e Callisto.
 
Há cerca de quatro séculos Galileu Galilei virou o seu telescópio, feito em casa, para os céus e descobriu três pontos luminosos, que primeiro pensou serem estrelas, ligados ao planeta Júpiter. Estas estrelas estava alinhadas com Júpiter. Despertando o seu interesse, Galileu observou as estrelas e descobriu que elas se moviam na direção errada. Quatro dias mais tarde apareceu outra estrela. Depois de observar as estrelas durante as semanas seguintes, Galileu concluiu que não eram estrelas mas corpos planetários em órbita à volta de Júpiter. Estas quatro estrelas passaram a ser conhecidas por Satélites Galileanos.

As luas de Júpiter são relativamente pequenas e parecem mais ter sido capturadas do que formadas em órbita à volta de Júpiter. As quatro maiores luas galileanas, Io, Europa, Ganimedes e Callisto, parecem ter sido formadas por agregação como parte do processo de formação do próprio planeta.
As Luas Galileanas
Calisto é a segunda maior lua de Júpiter e seu tamanho é muito próximo ao do planeta Mercúrio. Das quatros luas galileanas ela é a que está mais distante do planeta.
É uma bola de gelo e rocha com superfície plana, marcada por crateras de impacto.Meteoritos ao se chocarem com a superfície provocariam a perfuração de buracos na crosta da lua, provocando a saída pela superfície de água, formando raios luminosos e anéis ao redor da cratera.Pelo fato da camada supeficial da lua ser constituída de gelo as crateras menores e as maiores vão sendo com o tempo apagadas pelo movimento da camada superficial de gelo da lua.
Ganymedes, a maior lua de Júpiter e do Sistema Solar com cerca de 5262 km chega a ser maior que o planeta Mercúrio e Plutão. Tem um interior rochoso e um manto superior de gelo.A sonda Galileo ao se aproximar pela primeira vez de Ganymedes, nos fornece uma visão em cores desta grande lua. Ganymedes tem uma história geológica complexa, possui montanhas, vales, crateras e fluxos de lavas. Ganymedes é coberta por regiões claras e escuras. Ao olharmos a foto veremos isto com clareza, a imagem que estamos vendo é a face voltada para o Sol em função da sua claridade.
Podemos notar na superfície regiões escuras, que segundo estudos indicam as regiões geologicamente mais antigas, com uma grande quantidade de crateras de impacto. Em seguida, vemos regiões mais claras, provavelmente áreas mais jovens da superfície lunar deformadas tectonicamente. A coloração castanho-cinza nos mostra regiões onde há uma mistura de material rochoso e gelo. As manchas luminosas que percebemos em toda a sua superfície são crateras de impacto recentes na vida de Ganymedes.

Europa:
Analisando as imagens de Europa, notamos de imediato a ausência de crateras na sua superfície, contrastando com a maioria das luas que conhecemos no Sistema Solar.
Esta escassez de crateras sugere algumas conclusões sobre a superfície de Europa; seria uma superfície realtivamente jovem e constituída de gelo.Europa é um pouco menor que a Lua da Terra, é o menor dos galileanos.Sua fina crosta de gelo de água talvez cubra uma camada líquida que poderia abrigar vida.Sua superfície é feita de gelo liso nas claras planícies polares e regiões escuras e rachadas onde a crosta se quebrou e se moveu, flutuando.
Fendas e sulcos escuros riscam a a superfície de gelo do Europa

Io é uma das quatro luas galileanas cujo tamanho é ligeiramente maior que a lua da Terra e um dos corpos mais ativos do ponto de vista vulcânico, do sistema solar. Na foto onde as cores estão realçadas para estudar a composição da superfície, podemos distinguir regiões onde vemos uma coloração branco e cinza, são os depósitos de dióxido de enxofre e a cor amarelada e castanho provavelmente se deve a material sulforoso.

As regiões de coloração avermelhada luminosa na forma de um anel ao redor do vulcão Pele, e as manchas "pretas" pouco luminosas mostram regiões de recente atividade vulcânica na superfície de Io e está associado com temperaturas altas e mudanças na superfície.
Um das mudanças mais notáveis é o aparecimento de uma nova mancha escura, na imagem ela está localizada próximo ao vulcão Pele do seu lado direito superior, cujo diâmetro é de 400 quilômetros, cujo centro encontramos o vulcão Pillan Patera.Orbita Júpiter aproximadamente a cada 42,5 horas.É o mais interno dos galileanos e muito diferente dos outros três. É o corpo mais vulcânico do Sistema Solar.A superfície é sempre renovada por erupções de material fundido por centenas de vulções e fissuras.

Júpiter é mencionado na Bíblia em Atos 14:12

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