segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A Parábola do Rico e Lázaro – Lucas 16:19-31



Deus, através do salmista Davi, prometeu conduzir-nos às águas tranquilas. Esta água é a água viva, clara e puríssima, oferecida não somente à mulher samaritana, mas a todos aqueles que com ela desejam saciar-se. Há muitos, porém, que abandonam esta límpida fonte para se abeberarem em cisternas rotas, cujas águas têm sido maculadas por ideias espúrias e pelo ceticismo.

Temos que escolher entre a fonte divina, o imenso lago saudável, a Bíblia, e as águas poluídas por ideias espúrias não defensáveis pelo Santo Livro.

Este trabalho exegético tem como objetivo uma interpretação bíblica da controvertida parábola do Rico e Lázaro, de acordo com os parâmetros divinos, e não com as ideias engendradas em cogitações humanas.

Sendo que o assunto desta parábola é um dos que mais vem à baila pelos defensores da imortalidade da alma, creio ser oportuno entender corretamente o que Cristo nos quis ensinar.

Sendo o ensino por parábolas perfeitamente adaptável à mentalidade do povo judeu, Cristo sabiamente o usou, para transmitir as mais sublimes e eternas verdades de maneira simples e natural.

O que é uma Parábola?

Para a boa compreensão deste assunto é necessário saber o que é e o que não é uma parábola. A palavra parábola provém do vocábulo grego parabolê, que literalmente significa colocar ou atirar ao lado, mas que hoje significa comparação ou ilustração, visando ensinar-nos uma verdade. Em outras palavras, o emprego de circunstâncias comuns do dia-a-dia para ilustrar verdades religiosas.

Laudelino Freire, em seu dicionário, assim a define: “espécie de alegoria que envolve algum preceito de moral”. Notemos bem que, se é uma alegoria, não pode ser real ou literal.

Propósito das Parábolas

Este método foi usado por Jesus porque ele é mais fácil do que outros processos didáticos para fixar na memória uma verdade. Por ser mais eficiente, as mais profundas mensagens religiosas foram expressas em linguagem parabólica.

W. G. C. Murdoch, ex-diretor de nosso Seminário na Andrews University, escreveu no livro A Symposium on Biblical Hermeneutics, pág. 219, o seguinte: “O propósito da parábola é ensinar por comparação, analogia e ilustração. Jesus, o maior professor, empregou este método com grande sucesso. Ele usou parábolas para expor profundas verdades espirituais. Ele contou histórias da vida real para esclarecer os seus ouvintes sobre o verdadeiro significado da vida. Estas apresentavam lições que explicavam os mistérios do seu reino. Jesus não estava preocupado com a proposição de problemas. O propósito fundamental de suas parábolas era conseguir um compromisso dos seus ouvintes para entrarem neste reino. Por isso é que muitas parábolas são uma exposição do valor do reino do Céu. Ele estava mais ansioso para revelar mistérios deste reino do que escondê-los”.

Interpretação de Parábolas

No livro já citado, o Professor Murdoch nos orienta com segurança sobre a interpretação desta figura de estilo:

“Há certos princípios indispensáveis que nos devem guiar na interpretação de parábolas:

1º) Uma parábola geralmente tem um ponto principal e uma mensagem central a transmitir. Muitas vezes se comete injustiça na interpretação da parábola quando introduzimos minúcias estranhas à mensagem central da ilustração.

2º) A parábola deveria ser examinada com uma visão das circunstâncias que determinam sua apresentação. Foi a parábola proferida em resposta a uma pergunta? Se esse é o caso, qual a natureza da pergunta? Quem estava presente quando a parábola foi apresentada?

3º) A parábola deve ser compreendida levando em consideração a sua base histórica, as maneiras, os costumes e a cultura do povo. Por exemplo: se a parábola se refere à agricultura, precisamos compreender a agricultura da época antes de compreendermos completamente a parábola. Ao considerarmos o contexto histórico da parábola, o Velho Testamento e sua terminologia não devem ser negligenciados, pois esta era uma parte real na vida do povo a quem a parábola foi dada.

4º) As parábolas devem ser estudadas em seu contexto, para determinarmos se o significado da parábola tem sido dado.

5º) “Se uma parábola é usada para moldar o pensamento doutrinário, devemos estar certos de que a nossa interpretação está fundamentada estritamente na interpretação dada pelos escritores inspirados.

Veja, por exemplo, a parábola do homem rico e Lázaro, muitas vezes malcompreendida e mal interpretada. Esta história é frequentemente citada para provar o conceito popular da inata imortalidade da alma e dar-nos um lampejo da vida futura. Nessa interpretação, as almas dos bons, supostamente, entram em eterno gozo, ao passo que as dos ímpios, em eterno castigo. Se essa interpretação fosse literal o abismo entre o céu e o inferno é demasiadamente grande para as pessoas atravessarem, porém, suficientemente pequeno para que pudessem conversar através dele. Na realidade, Jesus estava usando aqui um argumento em que Seus ouvintes criam, mas que Ele não endossava” (A Symposium on Biblical Hermeneutics, págs. 220-221).

O Comentário Bíblico Adventista, vol. 5 – “Mateus a João”, págs. 199-200, nos apresenta sete princípios fundamentais na interpretação de parábolas. Dada a sua oportunidade para o assunto em tela, eles também serão aqui transcritos:

“No estudo das parábolas de Jesus é muito importante seguir princípios corretos de interpretação. Estes princípios podem ser brevemente sumariados como seguem:

1º) Uma parábola é um espelho pelo qual a verdade pode ser vista; mas não é a própria verdade.

2º) O contexto no qual é dada a parábola – o lugar, as circunstâncias, as pessoas diante de quem ela foi proferida, e o problema em discussão – deve ser considerado e utilizado como chave para a interpretação.

3º) A própria introdução e a conclusão de Cristo à parábola, de modo geral, deixam claro o seu propósito fundamental.

4º) Cada parábola ilustra um aspecto fundamental de uma verdade espiritual. Os pormenores de uma parábola são significativos apenas como contribuição para o esclarecimento de um ponto particular da verdade.

5º) Antes que o significado da parábola, no campo espiritual, possa ser compreendido é necessário ter um quadro claro da situação na parábola, nos termos dos costumes orientais, peculiares de pensamento e expressão. As parábolas são vívidos quadros verbais que devem ser vistos, assim como foram faladas, a fim de que possam ser compreendidos.

6º) Em virtude do fato fundamental de que uma parábola é dada para ilustrar a verdade, e comumente uma verdade particular, doutrina alguma pode ser baseada em detalhes incidentais de uma parábola.

7º) A parábola, no seu todo ou em parte, deve ser interpretada nos termos da verdade que se deseja ensinar, como exposta em linguagem literal no contexto imediato e noutros lugares da Escritura”.

John Davis, no Dicionário da Bíblia, pág. 444, escreveu: “A interpretação das parábolas exige um estudo cuidadoso das circunstâncias em que foram proferidas e da doutrina, ou argumentos que elas tinham em vista”.

Para nossa melhor compreensão neste assunto, as palavras de A. Almeida, encontrada no livro Manual de Hermenêutica Sagrada, pág. 76, são oportunas:

“É princípio geral de interpretação que a nenhum texto se pode dar um sentido contrário ao ensinamento geral e claro das Escrituras, sobre o mesmo assunto. Os passos mais obscuros interpretam-se pelos mais claros; a linguagem simbólica ou metafórica se esclarece pelo ensino explícito do mesmo assunto em linguagem literal”.

É este relato uma Parábola?

Os estudiosos estão divididos neste assunto, uns acentuando como fato histórico e, outros, como parábola. Os adventistas consideram-na parábola e estão bem assessorados, desde que a maioria pensa desta maneira.

Bloomfield declarou com segurança: “Os melhores comentadores, tanto antigos como modernos, com razão consideram-na uma parábola”.

O Comentário Bíblico Adventista, vol. 5 – “Mateus a João”, referente Lucas 16:19, menciona o fato de que o antigo manuscrito (D) a chama de parábola.

“Muitos têm afirmado que este relato de Cristo não é uma parábola, pelo fato de Ele não ter mencionado como tal. Esta declaração é improcedente, desde que há outras parábolas aceitas como parábolas, sem que Jesus as mencionasse como pertencendo a este gênero literário (Lucas 15:8 e 11; 16:1)”.

A Parábola do Rico e Lázaro e sua interpretação

Esta parábola foi relatada apenas pelo evangelista Lucas, em seu Evangelho (Lucas 16:19-31).

Dentre as parábolas relatadas por Cristo, nenhuma tem sido tão mal interpretada e malcompreendida como a do Rico e Lázaro. Há muitos que a ela se apegam para provar uma doutrina contrária ao contexto geral da Bíblia – a imortalidade da alma.

Sendo que o ministério público de Jesus estava chegando ao seu término, Ele lançou, motivado pelo amor, os últimos apelos aos publicanos e pecadores para que todos aceitassem a salvação que lhes estava sendo oferecida.

Os escribas e fariseus O criticavam por sua atitude (Lucas 15:2). Nestas circunstâncias, Cristo relata uma série de parábolas, culminando com a do Rico e Lázaro. A primeira delas é a da ovelha perdida; segue-se a da moeda perdida; depois, a do Filho Pródigo; e, então, do administrador infiel.

O ponto culminante das três primeiras parábolas é o mesmo – a grande alegria pela recuperação do que se havia perdido.

Com o propósito de impressionar aquelas pessoas, o Mestre narra a parábola do mordomo infiel, cuja atitude astuciosa, fraudulenta e sagaz é condenada pelo Mestre. Mesmo reprovando o procedimento deste homem, dele Cristo tira uma útil lição. Jesus aprovou a sabedoria com que ele agiu, mas não o seu método. Cristo jamais aprovaria a desonestidade, pois, se chegássemos a esta conclusão, esta seria absurda, porque o objetivo da parábola não é este.

O objetivo da parábola é claro em Lucas 16:8 – “Até mesmo o ímpio toma providências para seu futuro terrestre; quanto mais importante é que o filho de Deus tome em conta a vida por vir. Os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz”.

Completando a lição dada pela parábola deste mordomo, Cristo lhes relata outra relacionada com a necessidade de se estar preparado para o dia da morte – esta é a do Rico e Lázaro. Ela foi dada por causa dos fariseus, que eram avarentos, e não faziam provisão para o futuro, isto é, para a vida eterna (Lucas 16:14). Pelo fato da vida deles se centralizar no dinheiro, Cristo queria mostrar-lhes o que acontece ao homem quando ele não se prepara para a vida eterna.

Jesus não estava discutindo o estado do homem na morte, nem tão pouco o tempo em que o galardão lhe seria dado. Ele apenas estava fazendo uma clara distinção entre esta vida e a próxima.

Pode uma Parábola ser, ao mesmo tempo, literal e figurada?

A resposta a esta pergunta é retirada do livro Questões de Doutrina, editado pelos adventistas. Do relato, merece destaque esta parte:

“Admitem todos que a história tem que ser fato literal, acontecimento real, ou é simples parábola. Não pode ser ambas as coisas. Se literal, tem de ser verdadeira e coerente em todos os pormenores. Se, porém, é parábola, então, só poderemos nela buscar a verdade moral, que se quer transmitir. E a história seria então sujeita às reconhecidas leis e limitações de uma parábola. Assim, tudo é compreensível. Como vemos, é nitidamente incoerente a aplicação literal, e cai ao peso de seu próprio absurdo. Cristo não está aqui revelando pormenores da vida além-túmulo. Antes emprega uma impressionante história daqueles tempos para advertir e reprovar os que recusavam aceitar Seus ensinos quanto ao carreto uso das riquezas” (Pág. 554).

Nesta parábola se encontra a figura literária denominada prosopopeia, por intermédio da qual damos ação, movimento, ou voz às coisas inanimadas, e que faz falar as pessoas ausentes, e até os mortos.

Se este relato fosse literal teríamos que admitir estes absurdos: se são almas desencarnadas, como explicar que têm dedos e língua? Se tinham dedos e língua, deviam também ter mãos e cabeça. Se falavam e ouviam, tinham os órgãos da fala e os auditivos. Se possuíam as partes do corpo, então não eram almas.

O relato declara que eles estavam na sepultura (v. 22). Logo, não podiam estar no céu e no inferno.

Se não eram almas e não eram corpos, se haviam morrido e foram sepultados e estavam conversando, só o poderiam fazer em alegoria, como as árvores de Juízes 9, onde lemos: “Foram uma vez as árvores a ungir para si um rei; e disseram…” (verso8).

Todos se convencem, diante deste relato, que há aqui uma figura, e não fatos reais.

Por que não aceitamos esta Parábola como uma descrição real?

As declarações bíblicas são bastante convincentes em nos mostrar que os mortos, quer justos, quer ímpios, descansam inconscientes na sepultura até o dia daressurreição. Destacam-se: Jó 14:12-15 e 20-21; 17:13; Salmos 6:5; 115:17; Eclesiastes 9:5-6; e Isaías 38:18.

Em Mateus 25:31-41, o próprio Cristo nos indica o tempo em que os justos serão recompensados e os ímpios castigados:

“E, quando o Filho do homem vier em Sua glória, Ele dirá aos que estiverem à Sua direita: ‘Vinde benditos de Meu Pai, possui por herança o reino…’, e, aos que estiverem à Sua esquerda: ‘Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno’”.

A interpretação literal da parábola dá a recompensa ao rico e a Lázaro no dia da morte, porém, os declarações bíblicas são estas:

“Eis que cedo venho, e o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” (Apocalipse 22:12).

“Recompensado te será na ressurreição dos justos” (Lucas 14:14).

Sendo uma alegoria, os personagens não podem ser reais, por isso cremos, que nem o rico nem Lázaro existiram. Se a declaração fosse real, nela não haveria ideias pagãs, conceitos da tradição talmúdica e metáforas judaicas.

A Bíblia não descreve um céu onde os justos são vistos pelos ímpios e nem um inferno de onde os perversos contemplam os justos e com eles mantêm conversação. No além não haverá lembranças das ações desta vida: “Não haverá lembranças das coisas passadas, nem mais se recordarão” (Isaías 65:17).

Que lições nos ensinam esta Parábola?

1ª) A primeira e grande lição que ela nos ensina é esta: nesta vida temos a única oportunidade de preparar-nos para a vida do além.

O ensino bíblico é de uma clareza meridiana em nos esclarecer de que não haverá segunda oportunidade para ninguém após a morte. Quando esta vier, tudo estará definido. Ninguém poderá passar para o outro lado. É nesta vida que formamos o caráter que nos qualificará para a vida por vir.

O comentarista Plummer declara:

“Não há na parábola o propósito de dar informações acerca do mundo invisível. Nela é mantida a ideia geral de que a glória e miséria depois da morte são determinadas pelo procedimento do homem antes da morte”.

2ª) A segunda destacada lição pode ser assim sintetizada: os judeus criam ser a riqueza um sinal da bênção de Deus, e, pobreza, indício do Seu desagrado. Cristo lhes mostrou que este conceito era errado. A Bíblia nos ensina que os ricos têm a obrigação de gastar o seu dinheiro não de acordo com os ditames de sua consciência, mas de conformidade com o desprendimento ensinado por Cristo. A parábola ensina a lição: os ricos avarentos não herdarão a vida eterna.

Cumpre ter bem em mente que o rico da parábola não foi condenado por ser rico, mas por ser egoísta. O mendigo também não foi salvo por ser pobre ou por causa dos seus sofrimentos.

3ª) A parábola não visa revelar-nos o que acontece após a morte, mas enfatizar mais uma vez que as revelações dadas por Deus na Sua Palavra são suficientes para nos conduzir à salvação. Quando o rico pediu que Lázaro fosse enviado à Terra para advertir outros acerca do inferno, Abraão lhe respondeu: “Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos”. O relato prossegue: “Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tão pouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos” (Lucas 16:29 e 31).

Cristo, com esta declaração, estabeleceu uma dupla salvaguarda:

a) Moisés e os Profetas seriam os guias seguros para os vivos, concernentes ao seu destino, após a morte.

b) Ensinou-nos, ainda, que a única maneira de alguém voltar dentre os mortos é através da ressurreição.

Antes de concluir este comentário, não seria demais lembrar uma declaração unânime de teólogos e comentaristas: jamais poderemos alicerçar doutrinas bíblicas numa parábola ou alegoria.

Conclusão

Dentre os princípios de interpretação da Bíblia, o mais preeminente é este: é necessário permitir que a Escritura explique a Escritura, ou, expressando-nos de outra maneira, é preciso deixar que a Bíblia interprete a si mesma. Observando este princípio, muitas explicações erradas seriam evitadas e problemas bíblicos aparentemente insolúveis seriam superados. Este princípio foi a mola propulsora que nos guiou neste estudo exegético.

Esta parábola não pode contradizer os claros ensinos das Sagradas Escrituras concernentes ao castigo final e à destruição dos ímpios.

Outra verdade que não deve ser esquecida é esta: a Bíblia declara que todos teremos de enfrentar um juízo final, quando o nosso futuro não poderá ser alterado.

Agora é o tempo em que devemos assegurar a nossa salvação.

Livro: Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

O Que É Um Dia? - Answers in Genesis

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Carbono-14 em Carvão? Isto não deveria estar ali! (Legendas Embutidas)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Isso é um Fato - O Código Secreto

A evolução pode explicar a matemática? O conjunto de números Mandelbrot revela um código secreto que não foi descoberto por milhares de anos. Enquanto os matemáticos podem traçar esse conjunto com a mão, computadores de hoje mostram com grande precisão a beleza de Deus construída em números.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Nenhuma evolução por 3,5 bilhões de anos???

Deus Cria o Mal? – Isaías 45:7

Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.

“Eu formo a luz, e crio as trevas; faço a paz, e crio o mal; eu o Senhor faço todas as coisas” (Isaías 45:7).

A declaração de Isaías, que Deus cria o mal, tem deixado a muitos leitores da Bíblia desorientados, por entenderem que tal declaração não se coaduna com o caráter divino.

Atentando para alguns princípios exegéticos e certas peculiaridades da língua hebraica, tudo se esclarecerá.

“A palavra hebraica para designar o mal é ‘ra e pode significar o mal moral, a natureza perversa, como também pode significar males como inundações, terremotos, tempestades de granizo, etc., referidos nos livros da lei como sendo ‘atos de Deus’. Aqui, no livro de Isaías, a palavra é empregada neste último sentido. Basta comparar com Isaías 47:11, onde o mal se define como uma ‘desolação’ e ‘calamidade’ que virá repentinamente. E em Amós 3:6 lemos: ‘Sucederá algum mal (calamidade) à cidade, sem que o Senhor o tenha feito?’.

“Tanto os profetas maiores como os menores profetizaram de invasões e calamidades, que Deus permitiu que acontecessem sobre Seu povo devido à obstinação deste. Deus tolera por muito tempo homens e nações, mas em Seu ódio ao pecado, permite que desastres finalmente se abatam sobre os impenitentes. E, permitindo isto, se diz que Ele ‘cria o mal’.

“Tudo que Deus faz é correto. Satanás é que cria o mal no sentido de originá-lo diretamente, tendo em vista desviar de Deus as almas sinceras” (Revista Adventista, maio de 1975, pág. 27).

Temos nesta passagem um idiomatismo hebraico, pois, os livros especializados sem estudar a linguagem figurada na Bíblia nos informam que verbos ativos eram usados pelos hebreus para expressar não a execução de algo, mas a permissão disso que se diz que o agente faz.

Os seguintes exemplos são esclarecedores:

Êxodo 4:3 – “Eu, porém, endurecerei o coração de Faraó” (isto é, permitirei ou tolerarei que seu coração seja endurecido).

Êxodo 5:22 – “Ó Senhor, por que afligiste este povo?” (toleraste que ele fosse afligido).

Jeremias 4:10 – “Ah! Senhor Deus! verdadeiramente enganaste a este povo e a Jerusalém, dizendo: Tereis paz”. O sentido é este: (Toleraste que este povo fosse enganado pelos falsos profetas, que diziam: Tereis paz).

Os exemplos supracitados confirmam que, em Isaías 45:7, o profeta queria dizer que Deus permite o mal.

“Crio o mal. Deus é o autor da luz e da paz. Ele permite o mal para que os homens e os anjos possam testificar o resultado do afastamento dos eternos princípios da justiça. Na Escritura, Deus muitas vezes, é representado como causando aquilo que Ele não evita” (Comentário Bíblico Adventista, referente Isaías 45:7).

Se Deus é Bom por que existe o mal no mundo?

Esta pergunta, ou outras mais ou menos semelhantes, sempre nos são apresentadas. Para uma resposta cabal a esta indagação, muitas e muitas páginas seriam precisas.

Limitemo-nos às partes principais da resposta dada, na Revista Adventista (janeiro de 1960, pág. 36) a alguém que enfrentava este problema.

Abramos, no entanto, quando mais não seja, um caminho à solução de um assunto tão difícil como este se afigura.

Deus poderia haver feito o homem de duas maneiras: livre, ou não livre. Não há aqui meios termos como não os há entre o ser e o não ser.

Bem, se Deus houvesse feito o homem sem o direito de liberdade, ou livre arbítrio, em nada nos diferenciaríamos de um robô, um boneco mecânico em mãos de nosso dono – nesse caso, Deus.

Não existiria o saber, nem a cultura, nem o progresso feito pelo próprio homem; não poderíamos render culto a Deus, nem amá-Lo, porquanto, não teríamos vontade própria; nada haveria em nós que a Ele nos assemelhasse, pois nossa semelhança com Deus consiste basicamente em nosso livre arbítrio.

Ora, como Deus não faz as coisas sem significação, fez o homem com livre arbítrio, isto é, fê-lo segundo a outra alternativa.

Deu-lhe a possibilidade de escolher entre o bem e o mal, com a consequente possibilidade de fazer o bem e de fazer o mal. Deus fez o homem bom, cumulou-o de todos os dons, pô-lo como senhor de toda a Terra, e deu-lhe inclusive o precioso dom: a possibilidade de amar.

Claro está que necessariamente, como reverso da moeda, esta possibilidade de amar trazia consigo a outra terrível possibilidade – odiar, infelicitar. Mas, se o homem odiava, não era porque Deus o queria, e sim porque empregava mal esse dom único e sagrado da liberdade.

Mas se Deus queria criar um homem, este devia ter a liberdade para amá-Lo e obedecer-Lhe, mesmo com risco da possibilidade do mal. Se há maldade no homem e no mundo, não é porque Deus o haja querido, pois Ele fez o homem bom, e este, ao empregar mal o dom da liberdade, fez-se mau a si mesmo.

Assim, pois, nada afeta a bondade de Deus o fato de o homem se haver tornado mau. Pelo contrário, esse fato mostra até aonde Deus nos amou, visto que nos deu o dom de poder amá-Lo e nos fez semelhantes a Ele no amor, mesmo com risco de que nos rebelássemos contra o Criador e O ofendêssemos em lugar de bendizê-Lo. Pode-se acaso pensar em mais amor e mais bondade?

Doutor Rodrigo Silva - Tema - Porque Ele veio

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Entropia Genética - a rápida destruição do genoma humano

Ciência e Fé - Origens Temporada 2 - ep.13

O Registro Fóssil


O registro fóssil "evidência" da evolução, ou será que um dilúvio global melhor explica isso?
A evidência "fala por si" ou é interpretada por pessoas com diferentes visões de mundo? Assista a esse vídeo, e descubra algumas coisas que você pode não ter conhecido!


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Filosofia das Origens - Origens 2ª Temporada - ep.12

João Batista Comia Gafanhoto?



“E este João tinha as suas vestes de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre”.

“E João andava vestido de pelos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre”.

No original grego, nestas duas passagens encontramos a palavra acris e acrides, cuja tradução é a seguinte:

1º) Dicionário Grego–Português e Português–Grego, de Isidro Pereira: gafanhoto.

2º) The Analytical Greek Lexicon: locusta.

3º) Lexicon of the New Testament, de Arndt and Gingrich: gafanhoto, locusta.

A palavra gafanhoto tem uma projeção bem maior do que pensamos. Basta afirmar que o Dicionário da Bíblia, de Davis, nos informa que, segundo os rabinos, existem e são classificadas 800 variedades de gafanhotos.

O Velho Testamento usa nove diferentes palavras hebraicas para identificar os gafanhotos, porém a mais usada é acris.

Na Bíblia e na literatura contemporânea, sobre este assunto, a palavra acris sempre se refere a um inseto – o gafanhoto. Esta circunstância tem levado muitos comentaristas hodiernos a concluírem que neste relato sobre João Batista há referência ao inseto.

É também uma realidade inegável que o gafanhoto tem sido parte da dieta alimentar dos povos do Oriente Médio, desde os tempos antigos.

De acordo com as leis sobre os animais limpos e os imundos, em Levítico 11, há certas espécies de gafanhotos que são limpos (verso 22), portanto permitidos na dieta de um judeu.

Estes fatos têm levado os comentaristas, em nossos dias, quase que uniformemente à conclusão de que em Mateus e Marcos a palavra acris deva designar o inseto e não uma espécie de árvore. Mas apesar desta conclusão, desde os tempos primitivos nos foi transmitida uma tradição persistente e enfática de que apalavra acris significa outras coisas e não o inseto. Dentre estas as que mais têm sido sugeridas são as seguintes: pequenos pássaros bravios, caranguejos, lagosta, pera silvestre, ou outro fruto, bolos, vagens de alfarrobeira. Muitas destas são meras suposições, mas a que defende alfarrobeira sustenta-se numa evidência linguística e antropológica.

A alfarrobeira é extensamente cultivada em terras litorâneas do Mar Vermelho e é comum na Palestina ao norte de Hebrom.

As bolotas com as quais o “Filho Pródigo” alimentava os porcos eram as alfarrobas, conforme Lucas 15:16.

Há algumas evidências que favorecem a ideia de que os gafanhotos usados por João eram vegetais. É bom ainda saber de evidências seguras indicando que o inseto “gafanhoto” é muito pobre como alimento, portanto incapaz de sustentar uma vida humana.

Entre os primeiros a contestarem a ideia de que a dieta de João Batista incluía gafanhotos = insetos estiveram os ebionitas, um grupo de judeus cristãos da Síria, que, como os essênios, eram um tanto ascéticos e advogavam uma dieta vegetariana. Creem alguns estudiosos que os ebionitas substituíram em seus manuscritos acrides = gafanhotos por ecrides = bolos. Esta substituição teria sido feita em harmonia com seus princípios dietéticos.

Em todos os manuscritos bíblicos antigos se encontra acrides.

Os pais da Igreja de origem grega, que tinham melhor conhecimento do uso do grego bíblico, não concordavam que acris em Mateus e Marcos indicasse o inseto.

Muitos consideravam os acrides dos Evangelhos equivalentes a akrodua = frutos ou às pontas dos ramos de árvores ou ervas.

Em um sermão do ano 400 a.D., atribuído erroneamente a Crisóstomo, há a afirmação que João comia frutos da alfarrobeira – acridas botanôn. A expressão”acridas botanôn” é traduzida para o latim como “herbarum summitates“, significando as pontas ou brotos das plantas.

Os escritores gregos e seus tradutores latinos entenderam que o termo gafanhoto, usado como alimento por João Batista, se referia a um regime vegetariano.

Existe também a palavra autorizada do Espírito de Profecia explicando a dieta de João Batista:

“A simplicidade de sua vestimenta, uma peça de vestuário tecida de pelos de camelo, era uma reprovação direta à extravagância e pompa dos sacerdotes judaicos, e do povo em geral. Seu regime, puramente vegetariano, composto de gafanhotos e mel silvestre era uma censura à condescendência com o apetite e glutonaria que prevalecia por toda aparte” (Conselhos Sobre Saúde, pág. 72).

O Dicionário da Bíblia, de Davis, na página 25, ao comentar a palavra “alfarrobas”, assim se expressa:

“Espécie de alimento destinado aos porcos, que o filho pródigo desejava comer, quando se achava em terra estranha, abandonado pelos amigos de outros tempos – Lucas 15:15. A bainha das alfarrobas, Ceratónia Siliqua, também se chama bainha de gafanhoto e pão de João. É árvore formosa e sempre verde, de nove a dez metros de altura, sem espinhos e com as folhas semelhantes às do freixo. Produz bainhas em grande abundância que, às vezes, atingem a trinta centímetros de comprimento. Depois de maduras servem para sustento do gado e dos porcos, e em tempos de grande fome servem para alimento dos pobres. Da polpa das vagens ou bainhas faz-se um xarope muito apreciado”.

Conclusão

Diante das ideias expostas até aqui é fácil chegar a uma conclusão inelutável. Embora os gafanhotos fossem alimento permitido pela lei levítica; que este inseto era e continua sendo parte da dieta do Oriente Médio, à semelhança do uso dos “içás”em certas regiões do Brasil, e ainda que as pessoas pobres o comiam e comem em tempos de escassez de alimentos; cremos que os gafanhotos que alimentavam João Batista eram vegetais e não os insetos.

Livro: Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.

domingo, 31 de janeiro de 2016

Falsificações confusas de Satanás

Falsificações confusas de Satanás


Por Joe Crews 

Falsificações confusas de Satanás 
Suponha que você tivesse que resumir a Bíblia inteira em apenas duas palavras. Que palavras você escolheria? Eu tenho pensado sobre isso, e eu acredito que pecado e a salvação pode ser a resposta mais precisa. Afinal, Satanás entrou em cena muito cedo para levar o homem ao pecado e para roubar sua salvação. Aliás, que também foi o ponto de viragem para a família humana. Você vê, Deus tinha tudo com base na obediência. Ele tinha fornecido todos os presentes maravilhosos de vida, de caráter justo, domínio sobre a terra, e uma bela casa no Jardim. Então, Ele prometeu que essas bênçãos iriam continuar sem interrupção com uma única condição: Obedeça e viva, desobedece e morre. 

Fóssil de Baleia é encontrado na vertical ultrapassando vários estágios geológicos - evidência do Dilúvio Universal?




A fossilização é um evento raro e, para tanto, deve haver soterramento de forma rápida, antes que o animal morto comece a apodrecer, a se decompor ou a ser consumido no ambiente – devido a animais carniceiros, a microorganismos, à ação da chuva e do sol, etc. Em abril de 1976, foram encontrados os restos fósseis de uma baleia de cerca de 25 metros no interior de um depósito de diatomáceas (esqueletos minúsculos de algas unicelulares), na mina Miguelito, em Lompoc, Califórnia, EUA. Infelizmente, naquele mesmo ano, o fóssil ainda não tinha sido completamente desenterrado quando o artigo descrevendo o achado foi publicado.[1] Mas ao longo do período de escavação a equipe do Museu de História Natural de Los Angeles teve uma surpresa em relação à posição em que o fóssil da baleia se encontrava.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Como sair do poço!




"Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Miquéias 7:19).

Para que possamos sair do poço do pecado, precisamos pedir a Deus que lance nossos pecados nas profundezas do mar. O poço do pecado é profundo e tenebroso. O homem não pode, por si mesmo, sair dele. Somente um poder infinito pode erguer o transgressor, pondo-o em contato com a luz. Jesus veio ao mundo para criar essa possibilidade.

Nossa senhora veneração, adoração ou idolatria?


A veneração também é idolatria, pois outra pessoa está ocupando um lugar que pertence única e exclusivamente a Deus. Nossos irmãos devem ser alvo de nosso AMOR (Rm 12:12) e não veneração. Prova disto é que encontramos no fato de o apóstolo Pedro, considerado como sendo o “primeiro papa”, não ter aceitado que Cornélio ficasse de joelhos perante ele: “Aconteceu que, indo Pedro a entrar, lhe saiu Cornélio ao encontro e, prostrando-se-lhe aos pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem.” (At 10:25-26). Nem mesmo um anjo permitiu que o apóstolo João ficasse de joelhos em sua presença:

“Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E, quando as ouvi e vi, prostrei-me ante os pés do anjo que me mostrou essas coisas, para adorá-lo. Então, ele me disse: Vê, não faças isso; eu sou conservo teu, dos teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.” (Ap 22:8-9). “… Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto.” (Mt 4:10)

Fé e luz
Onde está sua fé?

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

5 sinais de que o smartphone está destruindo seu casamento




Quer saber se o seu smartphone está destruindo seu casamento tomando o lugar de seu cônjuge? Então veja se você se identifica com os sinais abaixo:

A esquecida Hatshepsut: Evidências de uma conversão?




Por mais de 20 anos, o governante da maior potência da Terra construiu obras faraônicas (literalmente falando) e manipulou a cúpula astuciosamente, com a finalidade de se manter no poder. E esse governante era... uma mulher! Hatshepsut governou o Egito de 1479 e 1458 a.C. Apesar disso, foi alvo de uma incrível campanha anti-iconoclástica – a rainha não possuía caixão, nem estatuetas, nada de roupas, toucas reais, joias, sandálias nem anéis. Suas estátuas e inscrições foram demolidas; além dos monumentos sagrados, que foram alvo de vandalismo. Parte dessa história é passada em revista em uma matéria da National Geographic Brasil.[1] O perfil da poderosa monarca das terras do Nilo é traçado da seguinte forma: “Hatshepsut ergueu e renovou templos e santuários desde o Sinai até a Núbia. Os quatro obeliscos de granito que mandou erigir no vasto templo do grande deus Amon, em Karnak, contavam-se entre os mais majestosos de seu tempo. Hatshepsut encomendou centenas de estátuas de si mesma e deixou testemunhos inscritos na pedra sobre sua ascendência, seus títulos, sua história – tanto a verdadeira quanto a forjada –, e até mesmo sobre seus pensamentos e anseios, os quais ela por vezes confidenciava com candor inaudito. As manifestações das inquietudes da governante inscritas em seu obelisco ainda ressoam com uma quase charmosa insegurança: ‘Meu coração palpita de preocupação só de pensar no que dirão as futuras gerações. Aqueles que hão de ver meus monumentos nos anos vindouros e tecer comentários sobre meus feitos.’”[2] 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Entrevista exclusiva com o goleiro adventista que virou notícia na mídia

Em treze anos de carreira no futebol profissional, Carlos Vítor da Costa Ressurreição nunca esteve tão exposto à mídia quanto nos últimos dias. Titular do Londrina Esporte Clube, o goleiro Vítor, como é mais conhecido, foi manchete nos principais sites, jornais e programas esportivos brasileiros depois de revelar que, por suas convicções religiosas, não iria treinar nem jogar aos sábados. “Durante todos esses anos de dedicação e trabalho no futebol, nunca tomei uma decisão que repercutiu tanto quanto agora. Uma simples decisão de obedecer a Deus ganhou uma enorme proporção”, disse o jogador ao comentar as notícias da semana.





Vítor foi batizado na Igreja Adventista do bairro Pituba, em Salvador (BA), no dia 27 de dezembro de 2015. Desde então, decidiu que sua nova fé determinaria os rumos de sua vida dentro e fora de campo. Essa convicção o levou a rejeitar a proposta de disputar a Série A do Campeonato Brasileiro pelo Chapecoense, ganhando duas vezes mais no clube catarinense do que ele recebe atualmente no Londrina Esporte Clube. Como noticiou o site do jornal Lance, as negociações não avançaram porque Vítor deixou claro que não poderia jogar nem treinar entre o pôr da sexta-feira e o de sábado.

Por causa do que considera um “impedimento” resultante de sua escolha religiosa, a direção do clube no qual Vítor atua também decidiu nesta quarta-feira, 20 de janeiro, que o contrato do jogador, que vence em maio, não será renovado.

Aos 29 anos, embora com um futuro incerto no futebol profissional, o goleiro permanece firme em sua decisão. Em entrevista ao site do Globo Esporte, ele disse não temer as consequências de sua escolha. “Quando tomei essa decisão, eu sabia que teria consequências, ainda mais no futebol! Para muitos, o que mais importa é o dinheiro. Mas para mim, isso não é o mais importante. Eu decidi ouvir meu coração. Minha conversão me faz um homem melhor, um marido melhor, um pai melhor e até um profissional muito melhor. Estudei muito a Bíblia e percebi a importância de dedicar o sábado ao Criador. Eu poderia esquecer, pensar só no trabalho. Mas optei por ouvir meu coração. Eu sei que tudo o que conquistei no Londrina nesses dois anos não foi por acaso. Tenho fé e acredito que Deus tem me ajudado em tudo”, afirmou.

Casado com Gabriela e pai de dois filhos – Vítor Gabriel (9) e Ana Valentina (6 meses) –, nesta entrevista concedida ao portal da Revista Adventista, o goleiro Vítor, que vem de um berço católico, descreve como conheceu o adventismo e fala sobre as implicações de guardar o sábado, a repercussão do caso na mídia, seu futuro no esporte e os possíveis resultados desse testemunho.

Como você conheceu o adventismo?

Foi por meio da família da minha esposa, que é adventista. Quando comecei a namorá-la, minha sogra tinha o costume de fazer cultos na casa dela. Como passei a frequentar esse ambiente, comecei a ter um contato maior com os pastores, com a própria igreja e seus ensinamentos.

Em que momento decidiu aceitar as doutrinas bíblicas pregadas pelos adventistas e ser batizado?

Comecei a estudar a Bíblia com os adventistas há mais de dez anos. Ao examinar as Escrituras, a questão do sábado era o que mais dificultava a aceitação. Isso ia de encontro às minhas conveniências. Mas estudei bastante, pesquisei e tive experiências pessoais com Deus. E, assim, acabei sendo convencido pelo Espírito Santo. Desde 2013 até hoje a guarda do sábado me comove. No fim do ano passado, reconhecendo todas as bênçãos recebidas de Deus, decidi firmar um compromisso definitivo com Ele. Optei por obedecê-Lo e pedi o batismo.

Como foi o processo de guardar o sábado e deixar os interesses pessoais de lado?

Essa era uma ideia que eu vinha amadurecendo há mais de um ano. Chegava a falar para meus colegas de trabalho sobre a questão do sábado, mas eu mesmo não vivenciava essa realidade. No entanto, me sentia incomodado. Até que não consegui mais ignorar a observância de um dia tão especial. Entendi que a verdade que eu tinha descoberto por meio da Palavra de Deus deveria ser cumprida independentemente das consequências dessa decisão.

Desde quando você joga profissionalmente?

Desde 2003. Já passei pelo Vitória (BA) [clube que o revelou], pelo Ponte Preta (SP), pelo Joinville (SC), pelo Portuguesa (SP), pelo Atlético (GO), pelo Bragantino (SP), pelo ABC (RN), pelo Arapongas (PR) e pelo São José (RS). Mas comecei a jogar com 13 anos de idade. Então, a rotina de treinamento existe há 17 anos. Durante esse tempo, tive muitas conquistas. No ano passado, por exemplo, fui considerado o melhor goleiro da Série C e ajudei o Londrina Esporte Clube a passar para a Série B, além de ter participado da conquista do título paranaense em 2014.

E quanto ao seu futuro no esporte, depois de ter rejeitado o convite para jogar no Chapecoense e de saber que seu contrato no Londrina não será renovado?

Pretendo continuar jogando se não houver nada que entre em conflito com minhas crenças. Se minhas convicções forem respeitadas, não vejo motivo algum em deixar o futebol profissional. Enquanto existir um clube que abra as portas para mim e aceite minha fé, vou continuar trabalhando e crescendo no esporte. Tenho os pés no chão. Sei que é difícil a situação de um jogador de futebol que não trabalha aos sábados. Caso as portas se fechem, procurarei outras atividades para desempenhar.

Que avaliação você faz sobre o modo pelo qual a mídia tem abordado sua decisão?

Pelo que tenho acompanhado, além das mensagens que chegam diretamente a mim, as pessoas têm se manifestado favoravelmente, apoiando, confortando e parabenizando o que consideram uma atitude corajosa. No clube, alguns ficaram curiosos, mas, no geral, meus colegas têm demonstrado respeito. Na minha opinião, a repercussão tem sido boa, apesar de algumas manifestações preconceituosas e intolerantes. Entretanto, sou otimista e sei que o alcance da verdade supera qualquer manifestação contrária a isso.

Como sua família está considerando essa postura?

Minha família está apoiando, o que é o mais importante. Espero que o torcedor respeite essa decisão. No mundo em que vivemos, a maioria se preocupa com dinheiro, com bens materiais, em trabalhar sem parar. Mas, do que vale isso tudo? O mais importante é o respeito, o amor, ser uma boa pessoa com seus familiares, com quem está perto de você.

Vale a pena colocar Deus em primeiro lugar?

Totalmente! Até porque a crença em Deus é muito maior do que em qualquer ser humano. Creio que as promessas que leio na Bíblia e as experiências do povo de Deus com Ele não se limitam apenas a uma época. O mesmo Deus que fazia aqueles milagres é o mesmo Deus de hoje. Não vejo a fé como um impedimento.

Fonte: Revista Adventista

Deus Não Está Morto 2 estreia dia 7 de abril no Brasil - Confira o trailer




Uma parceria da California Filmes com a 360WayUp de Ygor Siqueira trará ao Brasil a sequência do filme que foi sucesso de bilheteria no mundo todo, Deus Não Está Morto 2, que tem estreia prevista para o dia 7 de abril. O primeiro longa resultou em mais de 7 milhões de espectadores, sendo mais de 290 mil pessoas apenas no Brasil, de acordo com o BoxOfficeMojo.

O elenco conta com nomes de peso como: Melissa Joan Hart (Sabrina – Aprendiz de feiticeira), Jesse Metcalfe (Dallas), Hayley Orrantia (Os Goldbergs), Ernie Hudson (Os Caça-Fantasmas), Sadie Robertson (Os Reis dos Patos), Fred Dalton Thompson (Lei & Ordem), Maria Canals-Barrera (Os Feiticeiros de Waverly Place) e Ray Wise (RoboCop e Star Trek).

O projeto da produtora Pure Flix tem direção de Harold Cronk. Na nova produção será possível reencontrar alguns personagens que fizeram sucesso na história do primeiro filme, como: Trisha LaFache (Amy Ryan), Benjamin Onyango (Pr. Jude), David A. R. White (Pr. Dave) e Paul Kwo (Martin Yip). Além disso, o filme terá novamente a participação da banda Newsboys (Michael Tait, Duncan Phillips, Jeff Frankenstein e Jody Davis) cantando inclusive a canção de mesmo título, vencedora do prêmio K-Love Fan Awards 2014, God’s Not Dead (Deus Não Está Morto).

Sobre o filme
O longa conta a história de uma professora cristã que tem sua fé colocada à prova em tribunal. Após citar aos seus alunos um exemplo da fé cristã, ela poderá perder seu emprego por falar de Cristo durante a aula. Nessa trajetória a professora Grace (Melissa Joan Hart) deverá decidir entre negar sua fé ou ir a júri para lutar por seu direito à liberdade religiosa. (Com informações do portal Guiame)

Assista ao trailer dublado:


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Reverência - Tutorial de como assistir um culto - Passo a passo




Para acompanhar o tutorial, segue alguns conselhos extras de Ellen G. White extraídos do livro Testemunhos Para a Igreja, volume 5, páginas 491 a 500:

1. Ao entrar na igreja coloque seu celular no silencioso ou modo avião
Para a alma crente e humilde, a casa de Deus na Terra é como que a porta do Céu. Os cânticos de louvor, a oração, a palavra ministrada pelos embaixadores do Senhor são os meios que Deus proveu para preparar um povo para a assembléia lá do alto, para aquela reunião sublime à qual coisa nenhuma que contamine poderá ser admitida.

2. Faça uma breve oração pedindo que Deus fale com você 
Ao ser aberta a reunião com oração, todos devem ajoelhar-se na presença do Altíssimo e elevar o coração a Deus em silenciosa devoção. As orações dos fiéis adoradores serão ouvidas e o ministério da palavra provar-se-á eficaz. Todo o culto deve ser efetuado com solenidade e reverência, como se fora feito na visível presença do próprio Deus.

3. Não converse assuntos seculares dentro da igreja
Quando os adoradores entram na igreja devem guardar a devida compostura e tomar silenciosamente seu lugar. Conversas vulgares, cochichos e risos não devem ser permitidos na igreja, nem antes nem depois das reuniões. Os arredores imediatos da igreja devem caracterizar-se por uma sagrada reverência, evitando os crentes a fazer deles lugar de encontro com os amigos, a fim de trocarem frases banais ou tratarem de negócios. Tais coisas não convêm na casa de Deus. Ardente e profunda piedade deve caracterizar os adoradores.

4. Enquanto a igreja estiver em oração ou cantando, não entre ou saia  
Perdemos geralmente muito da suave comunhão com Deus pela nossa inquietação, por não promovermos momentos de reflexão e oração. O estado espiritual da alma necessita muitas vezes ser passado em revista, e a mente e o coração serem elevados ao Sol da Justiça. Deus e os anjos têm sido desonrados em algumas igrejas pelas risadas barulhentas e irreverentes e o ruído dos pés.

5. Por mais cansado que esteja, tente não dormir
Quando a palavra é exposta, vocês devem lembrar-se de que é a voz de Deus que lhes está falando por meio de Seu servo. Escutem com atenção. Não dormitem nessa hora; porque assim fazendo é possível que lhes escapem nesse momento justamente as palavras que mais necessitam ouvir – palavras que, atendidas, os livrariam de enveredar por algum caminho errado. Satanás e seus anjos estão ativos, criando uma espécie de paralisia dos sentidos, de modo a não serem ouvidas as admoestações, advertências e repreensões; ou, se ouvidas, não terem efeito sobre o coração, transformando a vida.

6. Ao terminar, saia em reverência
Ao ser pronunciada a bênção, todos devem conservar-se quietos, como temendo ficar privados da paz de Cristo. Saiam então todos sem se atropelar e evitando falar em voz alta, sentindo que estão na presença de Deus e lembrando-se de que Seus olhos repousam sobre todos e devem agir como se estivessem em Sua visível presença. Ninguém deve deter-se nos corredores para encontros e tagarelice, impedindo a passagem aos outros que buscam a saída. 

É um fato deplorável que a reverência pela casa de Deus esteja quase extinta. As coisas e lugares sagrados quase já não são discernidos; as coisas santas e elevadas não são apreciadas. A menos que aos crentes sejam inculcadas idéias precisas acerca da verdadeira adoração e da verdadeira reverência, prevalecerá entre eles uma crescente tendência para nivelar o que é sagrado e eterno ao que é comum. E os que professam a verdade serão uma ofensa a Deus e uma lástima para a religião. Com suas idéias destituídas de cultivo jamais poderão apreciar um Céu puro e santo, e estar preparados para se associarem aos adoradores de Deus nas cortes celestiais, onde tudo é pureza e perfeição, e onde toda criatura demonstra absoluta reverência a Deus e Sua santidade.

Megaphone Adventista

Posição do Comentário Bíblico Adventista e da Bíblia Andrews sobre o voto de Jefté.



30.Jefté fez voto.

O  registro do precipitado voto do Jefté nos põe frente a uma dessas
passagens bíblicas difíceis de explicar, nos quais o relato é muito
breve para permitir saber sem lugar a dúvidas o que ocorreu em realidade. 
Segundo uma explicação, Jefté realmente ofereceu a sua filha como holocausto, o qual o colocaria em uma posição abominável.  Já que Deus lhe deu êxito logo depois de ter feito esse voto, tal ação de sua parte parece
especialmente odiosa e dificilísima de entender.  A segunda posição, que
supõe que Jefté dedicou sua filha a uma vida de celibato, exoneraria-o da
acusação de havê-la devotado como sacrifício (ver com. vers. 39).

Aqui, como também em outras passagens, temos o dever de determinar o que diz a Bíblia e de evitar os intentos por fazer harmonizar suas declarações com
nossos conceitos do relato.  Temos que aceitar o que a Bíblia diz, e nos conformar com isso.  É obvio que não devemos pensar mal de uma pessoa
desnecesariamente, e não devêssemos julgá-la sem provas.

O Voto.

A literatura das nações da antigüidade mostra que com freqüência os
antigos faziam votos a seus deuses.  Esta prática era comum entre os hebreus (ver Gén. 28: 20; 1 Sam. 1: 11; 2 Sam. 15: 8).

O voto do Jefté foi feito sob a pressão das circunstâncias, quando estava
na soleira de um exército muito perigoso.  Por desgraça, os votos como este
faziam-se pelo general em momentos de perigo ou crise, quando a pressão de
as emoções contribuía à formulação de promessas precipitadas.

31.Qualquer que sair.

Quem podia esperar Jefté que saísse das portas de sua casa a recebê-lo
quando voltasse da vitória se não sua esposa, sua filha, ou algum escravo? 
Alguns tentaram demonstrar que nesta passagem está comprometida um animal, que usualmente havia na casa dos antigos.  Mas o vocábulo hebreu usado por ele, traduzido "me receber", não concorda com esta idéia.  Esta palavra se usa geralmente para referir-se ao encontro entre pessoas (ver Gén. 18: 2; Exo. 18: 7; 2 Reis. 1: 6; etc.). Há-se dito que o voto de oferecer um cordeiro ou um boi em agradecimento pela vitória não teria sido algo extraordinário. Muitos israelitas tinham devotado esses sacrifícios.

Deve recordar-se que embora Jefté adorava ao Deus do Israel, e confiava nele em esta empresa, criou-se em um país estrangeiro entre gente pagã. Nestas nações se ofereciam sacrifícios humanos em momentos de grande crise. 
Compare-se com a ação do rei de Moabe que sacrificou a seu filho maior ao deus Quemos como um último ato desesperado para salvar a sua cidade do ataque dos israelitas (2 Rei. 3: 26, 27). A lei do Moisés proibia sacrifícios
humanos (Lev. 18: 21; Deut. 12: 31; etc.), mas, até os tempos do Acaz e
Manasés (2 Crón. 28: 3; 33: 6), ocasionalmente foi desdenhada esta proibição.

O Espírito de Deus veio sobre o Jefté para que o Israel pudesse ser salvo da
destruição.  Mas a presença do Espírito não garante infalibilidade nem
onisciência.  Quem recebe o Espírito segue tendo livre-arbítrio, e se
espera dele que progrida devidamente em seu crescimento e conhecimento
espirituais. Jefté, ignorando o que era correto, precipitadamente prometeu
algo mau.  Da mesma maneira, embora Gideão esteve revestido do Espírito de
Deus e efetuou uma grande libertação, o Espírito não lhe impediu que
estabelecesse um culto legal.  Este relato do voto precipitado do Jefté se
narra, como tantos outros casos bíblicos, sem notas nem comentários pois não são necessários.  No caso do Jefté só cabe a desaprovação.

Será do SENHOR
Evidentemente, no mesmo sentido em que Jericó e seus habitantes foram
"dedicados" ao SENHOR (ver com. Jos. 6: 17).

E o oferecerei.

Alguns procuraram traduzir a conjunção hebraica por "ou". Acreditam que Jefté haveria dito em realidade: "Algo que sair das portas de minha casa a me receber será consagrada exclusivamente ao serviço do Senhor, se for um ser humano, ou, se for um animal limpo, oferecerei-o como holocausto". Já que saiu a filha do Jefté a recebê-lo, tais intérpretes dizem que se aplicaria a
primeira frase: "será do SENHOR".  Os comentadores que tomam esta posição
explicam que a declaração do Jefté significa que a moça nunca se casou,
mas sim se dedicou ao serviço religioso durante toda a vida (ver com. vers.
39).

"O".
Alguns comentadores explicam que "o" é um objeto indireto que se
refere a Deus, e traduzem: "Oferecerei [a] ele [Deus] holocausto".  Mas a
construção hebraica exige que "o" seja o objeto direto do verbo, pelo
que a tradução da RVR é bem precisa.  Além disso, a dor do Jefté (vers.
35), o pranto de sua filha (vers. 37) e a impressão causada sobre os
contemporâneos (vers. 37, 40), exigem algo inteiramente fora do comum, algo
mais que o holocausto de um simples animal.

Com pandeiros.

Era costume que as mulheres recebessem assim aos homens quando voltavam
vitoriosos da guerra (1 Sam. 18: 6; cf. Exo. 15: 20).

"Filha única." 
A construção hebraica é enfática: "Ela sozinha era filha única".  A família de
Jefté se extinguiria no Israel, o qual todos os hebreus deploravam.

35."Rompeu seus vestidos."
Costume habitual entre os hebreus para expressar grande dor (Gn. 37: 29; 2
Sam. 13: 19, 31; etc.).

"Prostras por completo."
Quando Jefté viu sua filha, o significado pleno de seu voto apressado o deixou
débil e quebrantado.

"vieste a ser causa de minha dor."
"A causa de minha desgraça" (BJ).  A palavra hebréia 'akar, traduzida "dor",
designa um pesar excepcional, uma ansiedade ou aflição desmesurada.Toda a vida do Jefté tinha sido uma contínua sucessão de lutas e problemas. Agora sua própria e preciosa filha lhe ocasionou a dor mais aguda de todos.

"Dei-lhe palavra."

Expressão usada para referir-se à formulação de votos (ver Sal. 66: 13, 14).
 A fim de ser obrigatório, um voto devia pronunciar-se (Núm. 30: 2, 3, 7; Deut.
23: 23).

"Não poderei me retratar."

Considerava-se que era uma grave falta retratar-se de um voto tão sério.  Entre os hebreus se conheciam dois tipos de voto: o voto simples, néder (Lev. 27:2-27), e o que era "consagrado", o "interdição", jérem.  O que se consagrava a Deus mediante um jérem não podia redimir-se, e se considerava "coisa muito santo" para ele e devia sacrificar-se 377 (Lev. 27: 28, 29; ver com.  Lev. 27: 2, 28). 
O voto do Jefté era um néder.  Apesar de que era um voto sagrado, quem o
fazia não estava obrigado a cumpri-lo se por isso tinha a obrigação de
realizar uma má ação (ver PP 540).  O voto do Jefté era contrário ao
mandato rápido da lei, e portanto seu cumprimento não era obrigatório. 
Entretanto, acreditou que lhe era obrigatório, e embora tinha jurado em prejuízo próprio, não esteve disposto a retratar-se.

36."Então lhe respondeu."

A angústia do pai e o sentido de suas palavras, induziram à filha a
discernir imediatamente, com o rápido pressentimento feminino, qual era a
natureza desse voto.  Não precisava dizer-lhe 

"O SENHOR fez vingança."

Por sua compreensão limitada da natureza de Deus, ela acreditou sinceramente que a vitória tinha sido ganha devido ao voto de seu pai, e que seu sacrifício era um preço apropriado que devia pagar-se por tal vitória.

37. "me deixe."

O cumprimento de um voto podia adiar-se por uma razão definida.

"Chore minha virgindade."

A perspectiva de não poder participar da alegria dos festejos de umas bodas
ou do prazer de criar filhos era algo extremamente amargo para uma menina hebraica ,sobre tudo para uma filha única.  Isso significava para a filha do Jefté que ela e a casa de seu pai perderiam a esperança de compartilhar as futuras glórias do Israel.

38."Com suas companheiras."

Suas jovens amigas, com as quais muitas vezes tinha falado e sonhado de um
futuro matrimônio, lhe uniram para chorar o triste fim que lhe ia tocar.

39. "Conforme ao voto que tinha feito."

Isto parece indicar que a ofereceu como holocausto, conforme tinha prometido (ver com. vers. 31).  Sugeriu-se que ao autor do livro de Juizes, com fino
recato, correu o véu para que não se visse o trágico ato do sacrifício.

Em relação com a outra opinião de que Jefté não sacrificou a sua filha (ver com. vers. 31) pode mencioná-lo seguinte:

Em torno do ano 1200 DC, o rabino Kimchi, junto com muitos outros autores,
divulgou a opinião de que Jefté não sacrificou a sua filha.  Disse que as palavras "oferecerei-o em holocausto" (vers. 31) só se aplicavam se o que recebia a Jefté era um animal apto para o sacrifício.  Interpretou que o vers. 39 significa que Jefté construiu a sua filha uma casa onde esta passou o resto de seu vida separada dos homens, em sagrado celibato, a fim de que estivesse sempre dedicada ao Senhor, e que as virgens do Israel foram ali cada ano a visitá-la e a chorar sua sorte.

O fato de que nos costumes daquela época não se registra de mulheres
monjas, vai contra esta interpretação.  consideravam-se a virgindade
perpétua e a falta de filhos como as desgraças máximas.  No AT não aparece
nenhuma lei, nenhum uso, nenhum costume que insinúe sequer que uma mulher solteira fora considerada mais Santa, mais do Senhor ou mais inteiramente entregue a ele que uma mulher casada.  Isto não formava parte alguma da lei dos sacerdotes ou nazareos.  diz-se claramente que Hulda e Débora, profetisas as duas, eram casadas.  Mais ainda, se a filha tinha que permanecer solteira, em harmonia com tal costume desconhecido, o caso não teria sido tão trágico como se o pinta nesta passagem; tampouco teria necessitado dois meses para chorar sua virgindade, pois teria tido o resto de sua vida para fazê-lo.  Todos os intérpretes cristãos e judeus até o tempo do Kimchi, sustentaram que tinha ocorrido exatamente o que a passagem diz: que Jefté sacrificou a sua filha como oferenda ao Senhor, coisa que Abraão quase fez com seu filho Isaac em circunstâncias diferentes.

"Nunca conheceu varão."

Pode também traduzir-se, "não tinha conhecido varão" (BJ).  Ver Gn. 24: 16
onde aparecem as mesmas palavras em hebreu.

Comentário da Bíblia Andrews sobre os versos:



Juízes 11:30 "Fez Jefté um voto" Um gesto em busca de segurança, assim como Baraque recebeu segurança de Débora (cap.4), e Gideão, das provas/dos sinais (cap. 6-7).

11:31 "quem primeiro da porta da minha casa me sair ao encontro"
Ao manter indefinido, Jefté achou que estava deixando a escolha da vítima do sacrifício para o Senhor. A referência a porta de sua casa não significa que ele tinha um ser humano em mente ( como um servo). Arqueólogos descobriram que os israelitas, habitantes do leste do Jordão, durante esse período, mantinham os animais no piso térreo das casas de dois andares.

11:36 "faze, pois, de mim segundo o teu voto."
Ela acreditava, assim como o pai, que ele tinha obrigação absoluta de cumprir o voto, porque o Senhor havia cumprido a condição de libertar o povo. A confiança que ela demonstrou era como a de Jesus, que orou a seu Pai no Getsêmani: "Não se faça a minha vontade, e sim a tua" (Lc 22:42 ; comparar com Mt 26:39). Esta trágica história se assemelha à de Abraão e Isaque no monte Moriá (Gn 22). No entanto, a angústia de Jefté e o consentimento da filha em ser sacrificada são registrados e, desta vez, Deus não interrompe. Muito embora o sacrifício não devesse ter acontecido (ver nota sobre Jz 11:39), em alguns aspectos, ele foi mais parecido com o sacrifício de Jesus do que o ocorrido no monte Moriá.

11:37 "chore a minha virgindade". 
A vida da moça nunca chegaria à plenitude do casamento.Isso era especialmente sério porque era a unica filha de Jefté. (v.34); portanto, ele não teria descendentes.

11:39 "lhe fez segundo o voto por ele proferido"
Este é um dos versículos mais perturbadores da Bíblia. Fica claro que Jefté ofereceu a filha em holocausto. Ele é o maior exemplo de alguém que "jura com dano próprio e não se retrata" porque teme ao Senhor ( Sl 15:4). Jefté não era uma pessoa mais precipitada do que os outros libertadores; mas, por ser finito, não conseguia prever as consequências do voto. Por causa dessas limitações humanas, Jesus, mais tarde, advertiu contra fazer juramentos (Mt 5:33-37).Conquanto sua filha se encaixasse na especificação do voto que ele havia feito, Jefté não deveria tê-la sacrificado. Um animal poderia substituir um ser humano (Gn 22:13; Ex 13:13,15), e seria uma vítima apropriada para um holocausto (Lv 1). Deus havia proibido o sacrifício de filhos ( Dt 12:3). Todavia, Jefté parece ter pensado que seu caso era excepcional e que o próprio Deus havia escolhido a vitima. Ele se motivou por piedade equivocada, não por rebelião contra o Senhor. Alguns intérpretes argumentam que Jefté não pode ter sacrificado a filha, pois a Bíblia não o condena (comparar com 2 Rs 16:3; 21:6), e ele foi incluido na lista de heróis da fé em Hebreus 11:32. Dizem que ele deve tê-la dedicado a Deus para servir no santuário, assim como Ana consagrou Samuel ( 1 Sm 1:22). Entretanto, a dedicação em vida não explicaria a tristeza de Jefté (contraste com a alegria de Ana; 1 Sm 2:1), a virgindade da filha (Samuel teve filhos;1Sm 8:1-5)(Se ela fosse dedicada tbm teria) nem a observação explicita de que ele agiu segundo o voto que havia proferido. As Escrituras não o condenam porque sua punição foi óbvia: eliminou sua descendência em potencial com as próprias mãos. Assim como os outros heróis em Hb 11 ( inclusive Gideão e Sansão), Jefté foi usado por Deus para fazer algo grande pela fé, muito embora fosse falho.


Bíblia e a Ciência

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Qual a situação diante de Deus de um casal casado apenas no civil e não no religioso?


Resultado de imagem para Qual a situação diante de Deus de um casal casado apenas no civil e não no religioso?

Algumas pessoas pensam (e dizem) que um casal casado apenas no civil, e não no religioso, estão vivendo em adultério. As pessoas pensam assim devido a acharem que os sacramentos são os únicos meios de termos acesso a Deus, e o casamento (para estas pessoas) é um sacramento.

A Bíblia não sustenta esta idéia. Para Deus a união sexual de duas pessoas equivale ao casamento. Se elas se casam no civil e no religioso, muito bem. Mas se elas se casaram apenas no civil, isto não quer dizer de forma nenhuma que estão vivendo em adultério.

Diante da Bíblia é necessário o casamento civil? Cremos que sim. Deus quer que estejamos em harmonia com as leis dos homens que são justas. A lei do casamento civil é uma lei justa. As autoridades constituídas existem pela permissão de Deus e obedece- las (sempre que não seja exigido transgredir a Lei de Deus) é nossa obrigação.

Romanos 13:1 diz: ‘Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas’. E Romanos 13:2, acrescenta: ‘De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação’.

Recomendamos o casamento civil para que os cônjuges estejam de acordo com as leis do país, para confirmar a dignidade do casamento e também para preservar direitos dos filhos. Mas isto não quer dizer que duas pessoas apenas casadas no civil não tenham a benção de Deus ou que estejam em adultério.

Espera-se que antes do casamento religioso os noivos realizem a cerimônia civil do casamento. Mas o que confere santidade ao casamento não é o casamento civil e nem mesmo a cerimônia religiosa! A cerimônia religiosa é um privilégio e não uma obrigação. Quem confere santidade ao casamento é Deus quando dá a duas pessoas o amor mútuo e a habilidade de serem fiéis uma a outra. Mateus 19:6 registra o seguinte:’ Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem.’

Quem torna o casamento santo é Deus. Nenhum ser humano pode conferir esta bênção que só Deus pode dar. Quando uma autoridade cristã pronuncia no casamento religioso a bênção nupcial, está sendo um porta-voz de Deus. Mas isto não quer dizer que quem não puder ter o seu casamento religioso não terá a bênção do Pai. De modo algum! Cada cristão poderá buscar individualmente esta bênção diretamente do Pai. É só orar e confiar. Desde a morte e ressurreição de Jesus Cristo temos acesso direto ao Pai. ‘porque por ele [Jesus Cristo] … temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito’. (Efésios 2:18).

Uma das maiores alegrias de Deus é abençoar um jovem casal. Deus não está limitado por cerimônias humanas para poder abençoar. Creiamos sempre em seu amor e bondade.

Via Novo Tempo

O que acontece ao seu corpo quando 'larga' os laticínios




Uns defendem que os produtos lácteos são essenciais, outros ripostam que são prejudiciais para a saúde e que não é ‘natural’ ingeri-los.


Afinal, o que é que acontece ao corpo quando ‘larga’ o hábito de uma vida a consumir laticínios?

O Metro britânico foi descobrir e aponta as cinco coisas que poderão acontecer:

1. A sua digestão poderá melhorar. Cerca de 65% da população mundial tem dificuldade em digerir o leite, de acordo com a Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA. Poderá sentir ainda que a barriga fica menos inchada, menos flatulência ou dores de estômago.

2. Menos acne. Estudos sugerem que o leite de vaca é um estimulante para a acne, uma vez que contém esteroides anabólicos, bem como hormônios de crescimento.

3. Menor risco de cancro. As mulheres que ‘cortem’ ou reduzam o seu consumo de leite poderão ter menos risco de desenvolver cancro nos ovários. Isto porque um estudo sugere que as mulheres que bebem três ou mais copos de leite por semana têm um risco moderadamente aumentado de desenvolver este tipo de cancro. Um estudo de Harvard sugere ainda uma relação entre o consumo de laticínios e cálcio e o cancro da próstata.

4. Menor risco de diabetes. Estudos sugerem uma ligação entre os laticínios e a diabetes. Um dos estudos sugeriu uma forte ligação entre o consumo de iogurte e o aumento do risco de desenvolver diabetes tipo 2, por exemplo.

5. Não ficará com os ossos mais fracos. Pode contrariar tudo o que já lhe disseram mas, afinal, o leite pode não ajudar a prevenir os ossos fracos e quebradiços na vida adulta como se pensava. É a conclusão de um estudo de Harvard que contou com cerca de 78 mil mulheres, que não encontrou qualquer evidência de que o leite e o cálcio ajuda a prevenir fraturas.

Via Arauto do Advento 
Fonte: Notícias ao Minuto

▲ TOPO DA PÁGINA