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A Bíblia é confiável? Como garantir que ela não foi adulterada?
Quando formos para o Céu, Deus limpará a nossa mente? Lá teremos lembrança do pecado?
O texto de Isaías 66:17 indica que a carne de porco é imunda?
Existem outros mundos habitados? Por que Lúcifer foi enviado para a terra?
Por que Deus permite que o Diabo faça tantas coisas na terra? Ele tem tanto poder assim?
Quando Jesus expulsou os demônios do Gadareno, eles foram para o abismo?
O que era a circuncisão e qual era o sentido desse ato?
Qual a idade da terra?
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O pecado original foi o sexo?
Existe ou existiu um plano de salvação para os anjos caídos?
Qualquer tipo de alimento pode ser comido? Em Marcos 7, Jesus afirma isso?
Deus mandava um espírito mau para atormentar Saul?
Em Atos 10:44-46 é dito que os gentios falaram em línguas. Qual o propósito desse fato?
Se Deus não dá uma carga que não possamos carregar, como explicar o suicídio?
Se eu mentir para evitar um acontecimento muito grave, isso será considerado pecado?
Adão e Eva realmente existiram ou são personagens fictícios?
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Voce acredita em milagres modernos? E em milagres antigos nos dias de hoje? Veja esse testemunho com o Pr. Gerson Pires falando sobre o Maná que ainda cai na África nos dias de hoje. Esse vídeo é para revigorar sua fé, compartilhe.
Áudio: Cai Maná na África – Pr. Gerson Pires
Documento da Análise do Maná na Unicamp: Cai Maná na África – Pr. Gerson Pires
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Por que alguns dons espirituais citados na Bíblia não são vistos hoje?
O que Jesus sacrificou se Ele sabia que estaria no Céu?
Os preceitos de Atos 15:29 valeram apenas para os gentios daquele época ou ainda vale para hoje?
Se Deus escreveu na Lei ‘não matarás’, por que Deus mandava o povo de Israel guerrear com outros povos?
Deus pode mandar alguém se casar com alguém de outra crença? Isso não seria jugo desigual?
Se Deus não leva em conta o tempo de ignorância, por que Deus pediu sacrifício pelo pecado dos gentios?
Quando Pedro foi repreendido por Jesus, Ele estava sendo usado pelo diabo?
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Deus ordenou a Jeremias que não orasse. Este era um decreto divino. O povo não estava disposto a se arrepender, e de maneira escandalosa continuava com sua adoração a ídolos. Consequentemente, não havia mais esperança para eles.
Mas meu irmão e irmã de oração, Deus não tem nos dado tal ordem. Olhe ao redor: O que você vê? Homens e mulheres de maneira escandalosa em seu pecado? Pessoas que parecem resistentes ao evangelho? Você pode desistir delas. Pode até mesmo parar de orar por elas. Mas essas pessoas, na verdade, são oportunidades de oração, projetos de oração.
Deus não pede que você desista de ninguém. Ele não lhe ordena a parar de orar pela salvação até mesmo do mais desprezível dos pecadores. Você não sabe como Deus planeja trabalhar na vida de cada um, então ore fielmente por aqueles que precisam do Salvador. Nunca desista! Apenas Deus sabe quem responderá ao chamado do Espírito.
O texto acima, do livro Orações Notáveis da Bíblia, presenta uma verdade cristalina. Precisamos orar mais, especialmente por quem, aos nossos olhos, não merece; orar pela transformação da vida daqueles que ainda não têm a esperança de um novo tempo, a certeza da salvação.
Tenho orado todos os dias, especificamente, por alguns nomes de familiares queridos afastados dos caminhos do Senhor. Creio que minha lista precisa crescer. Vou começar a orar pelos políticos de nosso país. Jesus deu a vida no calvário por eles também. E quanto a você?
(Texto publicado no livro “Minha Vida de Oração”, de minha autoria)
Via Amilton Menezes
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No dia 18 de setembro, o arqueólogo, teólogo e professor do Centro Universitário Adventista (UNASP), Campus Engenheiro Coelho, Rodrigo Silva, participou do programa O que eu sei sobre a Bíblia, da TV Aparecida, no interior de São Paulo. O programa consiste em uma mesa redonda com convidados especiais, onde a cada programa um tema diferente é abordado. O programa tem foco na família e discute sobre os ensinamentos bíblicos de forma simples e atual.
Nesta edição, o assunto foi a respeito dos dez mandamentos. Silva apresentou a primeira parte do bloco do programa e explicou a parte histórica e teológica da lei e, ao final, falou sobre a validade dos dez mandamentos nos dias de hoje. Também estavam presentes outros dois convidados, uma mestranda teóloga e um advogado leigo, ambos católicos. O programa não tinha um apresentador, o que permitiu aos três convidados ficarem bem à vontade para discutir sobre o tema, que foi apresentado como princípios e leis para a sociedade. Além disso, ainda foi enfatizada a eternidade da lei de Deus, sua validade para os tempos do Novo Testamento e para igreja cristã. O diretor de produções comentou que este assunto pode render outros programas da mesma série e, possivelmente, Silva será convidado em outras vezes.
Para Silva, participar do programa foi uma oportunidade de abordar esse tema importante na Bíblia Sagrada. “Fiquei surpreso com o convite e a natureza do tema. Em um programa de catequese, convidarem um pastor adventista para explicar os dez mandamentos não é algo comum, mas destaco a cordialidade em que fui recebido e a disposição que os produtores tiveram em ouvir uma posição teológica diferente do catolicismo”, conta Silva.
O teólogo também diz que embora a conversa entre os convidados mostraram a diferença entre as duas crenças, adventista e católica, as opiniões foram expostas em um clima de respeito e cordialidade.
O programa foi exibido no dia 30 de setembro.
Nas publicações que tratam sobre culto e adoração, é comum o uso de episódios bíblicos do Antigo Testamento como normativos para o culto cristão. O problema fundamental aqui é saber como identificar nesses episódios os elementos prescritivos e os meramente descritivos. Em algumas publicações há a sugestão, implícita ou explícita, de que esses episódios contêm exemplos e orientações que devem ser seguidos à risca.[1]
Com frequência, é destacado o fato de que determinadas atividades ou instrumentos musicais aparecem na Bíblia em cenas de adoração “fora do templo”. Assim, por associação, os cristãos não deveriam usar tais coisas “dentro da igreja” hoje, pois a igreja é o templo cristão. Há uma importante questão hermenêutica envolvida aqui: a analogia do templo judaico com os locais de culto cristão da atualidade.
A comparação pode ser resumida nas palavras de Bacchiocchi: “A música na igreja deveria diferir da música secular, porque a igreja, como o antigo Templo, é a Casa de Deus na qual nos reunimos para adorar ao Senhor e não para sermos entretidos.”[2]
Mas, será que o lugar onde ocorre o culto cristão é comparável ao templo judaico? Se sim, em que sentido?
Os cristãos e o templo de Jerusalém
O templo era, principalmente, lugar de sacrifícios e orações. As “reuniões” no templo eram diárias, mas por questões geográficas, era exigido do adorador o comparecimento em apenas três eventos por ano em Jerusalém (Dt 16:16).[3]
Quando estava em Jerusalém, Jesus frequentemente ia ao templo (Jo 2:13-17; 5:14; 7:14; 8:2; 10:23; 18:20). Após a ascensão de Cristo, os primeiros cristãos continuaram indo ao templo tanto para pregar (At 3:11-26; 5:20-25, 42) quanto para participar do cerimonial (At 15:1-5; 21:20; Gl 2:3-5; 5:1-5).
Os primeiros cristãos provavelmente não tinham uma compreensão clara dos significados da morte de Jesus e suas implicações sobre o culto. Alguns deles ainda ofereciam sacrifícios e celebravam festas judaicas (At 3:1; 20:16; 21:17-26; Hb 5:11-14).
Porém, mesmo permanecendo ligados à Jerusalém e ao templo (At 2:46; 3:1; 5:12, 20-21, 25, 42), os primeiros cristãos não tentaram transferir o cerimonial litúrgico do templo às reuniões cristãs (que aconteciam nas casas e também nas sinagogas). As primeiras décadas do cristianismo foram um período de transição e crescimento na compreensão da vida e morte de Jesus, e isso era refletido no culto cristão.
Os cristãos e as sinagogas
Após a destruição do templo (em 70 d. C.), e com uma melhor compreensão do significado do Evento Cristo, os cristãos continuaram se reunindo nas casas e nas sinagogas. As reuniões exclusivamente cristãs eram feitas nas casas, e o principal evento era a Santa Ceia.
Com o tempo, os cristãos deixaram de se reunir nas sinagogas com os judeus e passaram a fazer reuniões apenas nas “igrejas do lar”, nas casas. Para alguns autores, o modelo paradigmático dessas reuniões cristãs foram as sinagogas, e não o templo.
Os primeiros cristãos não se viam como uma nova religião fora do judaísmo. Eram considerados como uma das seitas do judaísmo, frequentavam as sinagogas, e, como o judaísmo era a única religião lícita no Império Romano da época (além da própria religião imperial), “se não fosse por sua identificação com o judaísmo (cf. At 18:12-16), o cristianismo teria pouca ou nenhuma chance de sobreviver no mundo grego-romano.”[4]
Alguns autores sugerem que as reuniões cristãs nas sinagogas teriam sido apenas circunstanciais, à medida em que os primeiros cristãos ainda se consideravam parte do judaísmo. Além disso, mesmo em suas reuniões nos lares, os primeiros cristãos teriam desenvolvido uma liturgia própria, seguindo o estilo de culto das sinagogas.[5]
Outros autores duvidam que a sinagoga tenha sido modelo para o culto cristão do primeiro século.[6] Afirmam que o culto cristão era uma novidade cultural,[7] apenas incluindo alguns elementos da sinagoga, e não uma cópia de seu formato. De fato, posteriormente o formato do culto cristão passou a absorver mais elementos das reuniões das sinagogas, mas a ideia de que elas foram o grande paradigma para o culto cristão teria surgido tardiamente, por volta do século XVII.[8]
Além disso, não há uma evidência bíblica forte de que as sinagogas, e sua liturgia, tenham surgido por ordem divina. Nem há qualquer recomendação bíblica para que os cristãos continuassem com o formato de culto das sinagogas, e nem mesmo há sequer uma justificativa bíblica para a existência das sinagogas.[9]
De qualquer forma, mesmo se o uso da sinagoga como modelo para o culto cristão primitivo tivesse sido divinamente orientado, esse fato por si só não deveria significar que os cristãos atuais estivessem obrigados a seguir rigidamente a liturgia e o estilo de culto das sinagogas do primeiro século. Provavelmente, esse foi um fenômeno cultural e sociologicamente condicionado.
Os primeiros templos cristãos surgiram com a institucionalização do cristianismo no Império Romano na Era Constantino, no século IV.[10] Até então, o cristianismo era uma religião sem templos construídos para o seu culto. O NT sugere que eles se reuniam em sinagogas e casas, e deixa claro que os próprios cristãos são “a igreja”, e não a arquitetura de um prédio (1 Co 3:16; Gl 6:10; Ef 2:20-22; Hb 3:5; 1 Tm 3:15; 1 Pe 2:5; 4:17).[11]
Por que o ritual templo não deve ser comparado ao culto cristão
Após essa breve contextualização, alguns dados devem ser considerados quando o templo é usado como modelo para o culto cristão e sua música. Aqui estão alguns deles:
1) No Novo Testamento, o templo não era o lugar de louvor musical da igreja cristã. Apesar de ainda irem ao templo, os primeiros cristãos se reuniam, principalmente, nas sinagogas e nas casas, e a música das sinagogas era diferente da música do templo. De acordo com Frank Senn:
“os cristãos dos primeiros séculos evitaram a publicidade dos cultos pagãos. Eles não tinham quaisquer santuários, templos, estátuas, ou sacrifícios. Eles não organizavam nenhum festival público, danças, performances musicais, nem peregrinações. O ritual central deles envolvia uma refeição de caráter doméstico e uma composição herdada do judaísmo.”[12]
2) O templo perdeu a importância como lugar de culto, como indica a resposta que Jesus deu à mulher samaritana: “Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai” (Jo 4:21). De fato, há no evangelho de João uma consistente indicação de substituição do templo pelo próprio Cristo. Jesus é o novo templo.[13]
3) Não havia pregações, nem apelos evangelísticos dentro do templo. A liturgia do templo não privilegiava algo como a pregação, e nosso culto hoje é centralizado na pregação. [14] Além disso, mesmo em reuniões fora do templo, as pregações ocorriam num estilo bem diferente do que é praticado hoje nas igrejas cristãs, especialmente as evangélicas.[15] O que chamamos hoje de “sermão” não é exatamente o que acontecia no AT e na sinagoga. Tanto na sinagoga quanto nas reuniões dos primeiros cristãos, longe de ser apenas um discurso diante de um auditório passivo, eram comuns a participação ativa e interrupções por parte da audiência.[16]
4) Não havia ensino da Escritura dentro do templo, como temos hoje nas escolas bíblicas (escola sabatina, escola dominical). As sinagogas eram usadas para o ensino da Bíblia. Algumas dependências externas do templo também foram usadas para tal fim, mas nunca o interior do templo.
5) O ritual do templo prescrito por Deus foi liderado e conduzido apenas por homens, hebreus da tribo de Levi, jamais por mulheres.[17] Arão e seus filhos representavam primariamente o sacerdócio de Jesus e não o ministério pastoral evangélico. A tendência de elevar o pastor a uma classe clerical enquanto o crente considerado leigo apenas vê o “sacerdócio” do lado de fora não encontra respaldo na Bíblia. O pastor evangélico não é um sacerdote como a palavra era entendida no AT, mas um sacerdote como qualquer outro cristão e um servo seguindo uma vocação, de acordo com seu dom. O sacerdócio é privilégio e dever de todo cristão (1 Pe 2:5, 9; Ap 1:6). Ao buscar no templo um modelo para o culto cristão, forma-se uma liturgia que nega o sacerdócio de todos os crentes.
6) O uso de instrumentos musicais no templo também foi reservado para homens hebreus da tribo de Levi. Ao contrário, na igreja cristã, o “sacerdócio de todos os crentes” lançou a responsabilidade de conduzir a adoração nas mãos de gentios, mulheres e leigos.
7) Não havia grupos e corais infantis dentro do templo. Se a associação for seguida estritamente, crianças não poderiam cantar nas igrejas hoje.
8) Não havia celebrações sociais como cultos de aniversário, casamento e bodas dentro do templo.
9) A adoração no templo era clerical, terceirizada na maior parte do tempo. A congregação não participava todo tempo dos cânticos, pois esse era um privilégio quase exclusivo dos músicos profissionais.
10) Apenas homens sacerdotes tocavam trombetas no ritual do templo.
11) Não havia música vocal com harmonias a 4 vozes no templo (2 Cr 5:13 diz que eles cantavam em uma só voz, o que pode significar tanto que “cantavam junto” quanto em “uníssono”, como traduziu a NVI).
12) Durante o serviço do Templo, instrumentos musicais eram apenas tocados durante os sacrifícios. O uso levítico de instrumentos musicais era um aspecto do culto cerimonial.[18] Por isso, nas sinagogas (“fora do templo”) os judeus não usavam os instrumentos prescritos, pois os consideravam parte do ritual do templo.
13) A igreja dos apóstolos usou mais o modelo de culto da sinagoga que o do templo. Não era no templo que os cristãos se reuniam todos os sábados, mas nas sinagogas (At 15:21; 22:19; 24:12; 26:11; Tg 2:2; Hb 10:25). Como já foi dito, a frequência mínima ao templo requerida ao adorador era de três vezes ao ano, uma frequência que nenhuma igreja cristã hoje gostaria de imitar.
14) Não havia visitantes, estrangeiros, no templo. A regra era: “o estranho que se aproximar morrerá” (Nm 3:10 ). Um culto tão restrito não tem paralelos literais com o culto cristão. Levar um visitante para o templo era profanar o lugar (At 21:28-29). No entanto, Trófimo seria bem-vindo num culto cristão. Todos nós somos propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2: 5, 9).
Conclusão
Outros pontos poderiam ser destacados, mas o que foi apresentado já é suficiente para perceber-se o templo não pode ser usado como paradigma do culto cristão. Não há dúvida de que o Antigo Testamento contém elementos prescritivos para a adoração cristã. A dúvida está em como identificar as prescrições válidas para o culto cristão, pois a razão da existência de boa parte da liturgia do templo não existe mais. Assim, os cristãos deveriam enfatizar os princípios de adoração do Antigo Testamento, pois esses extrapolam os limites de tempo, cultura e lugar. [19]
Não é necessário tentar encaixar cada detalhe do que é praticado no culto cristão hoje nos detalhes ritualísticos do templo. Nos cultos cristãos de hoje são praticadas muitas coisas que não estão previstas e nem sequer citadas na Bíblia, e nem por isso são consideradas erradas.
Ao buscar estreitos paralelos entre o culto no templo e o culto cristão, o intérprete da Bíblia corre o risco de desconsiderar os claros significados tipológicos do ritual do santuário. Os rituais e a liturgia do templo eram sombras passageiras, que apontavam para realidades que se cumpririam em Jesus.
Essa argumentação revela um problema hermenêutico mais amplo: o uso da Bíblia de maneira equivocada para justificar práticas eclesiásticas. Longe de ser uma busca pelo “embasamento bíblico” para o que é feito hoje, isso é uma tentativa de levar a tradição atual para dentro da Bíblia e procurar respaldo.[20] No entanto, esse respaldo, como foi visto, nem sempre é obtido através de uma interpretação adequada do texto bíblico.
Por isso, é preciso muito cuidado ao tentar identificar no templo elementos prescritivos para o culto cristão. O mais seguro é identificar princípios que sejam aplicáveis em qualquer tempo e lugar.
Por Isaaac Meira, extraído do site Adoração Adventista
[1] Como, por exemplo, Ozeas C. Moura, “Instrumentos de percussão na música sacra”, em Revista Adventista, Dezembro de 2009, pp. 14-16; Samuele Bacchiocchi, Música, teologia do louvor e adoração a Deus (RJ: Material editado pela União Este Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia, 2001.), p. 22; Vanderlei Dorneles, Cristãos em busca do êxtase (Engenheiro Coelho, SP: Unaspress, 2008),p. 193-194.
[2] Samuele Bacchiocchi, O cristão e a música rock (Berrien Springs, MI: Biblical Perspectives, 2000), p. 209.
[3] Ellen G. White, O desejado de todas as nações (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1990), p. 313.
[4] Wilson Paroschi, “Os pequenos grupos e a hermenêutica: evidências bíblicas e históricas em perspectiva”, em Teologia e metodologia da missão: palestras teológicas apresentadas no VIII simpósio bíblico-teológico sul-americano, ed. Elias Brasil de Souza (Cachoeira, BA: CePLiB, 2011), 353.]
[5] Lilianne Doukhan, In tune with God (Hagerstown, MD: Review and Herald, 2010), p. 288.
[6] Como, por exemplo, Robert Banks, Paul’s Idea of Community (Peabody: Hendrickson, 1994), pp. 106-108, 112-117; e David C. Norrington, To Preach or Not to Preach? (Carlisle: Paternoster, 1996), p. 48.
[7] Frank Viola e George Barna, Pagan Christianity?: exploring the roots of our church practices (Carol Stream, Illinois: Tyndale House Publishers, 2008), p. 15.
[8] Paul F. Bradshaw, The Search for the Origins of Christian Worship (New York: Oxford University Press, 1992), pp. 13-15, 27-29, 159-160, 186.
[9] Alfred Edersheim, The Life and Times of Jesus the Messiah (Mclean: Macdonald Publishing Company), p. 431.
[10] Graydon F. Snyder, Ante Pacem: Archaeological Evidence of Church Life Before Constantine (Mercer University Press/Seedsowers, 1985), p. 67.
[11] O uso da palavra ekklesia (igreja) para referir-se a um lugar de reunião cristã ocorre no ano 190 d.C. por Clemente de Alexandria (150-215 d. C.). Clement of Alexandria, The Instructor, Book III (Whitefish, MT: Kessinger Publishing, 2010), pp 27-41. Mesmo assim, esse lugar não era um templo cristão, mas um lugar privado que os crentes do século II usavam para suas reuniões.
[12] Frank Senn, Christian Liturgy: Catholic and Evangelical (Minneapolis: Fortress Press, 1997), p.53.
[13] Sobre a substituição do templo, ver Silas Tostes, “Jesus e o novo templo”, em Mission News: revista de missiologia online, Vol. 1, Ano 1 (Instituto Antropos, Abril de 2009), pp. 33-46. Disponível em http://missionews.com.br/v2/index.php?option=com_content&view=article&id=18:artigo-jesus-e-o-novo-templo&catid=2:numero-atual&Itemid=2
[14] O tempo reservado para a pregação e a sua posição como ponto culminante da ordem litúrgica demonstram essa centralidade. De acordo com o Manual da Igreja, “as duas partes principais do culto de adoração são: a) A resposta congregacional em louvor e adoração, expressos em hinos, oração e ofertas. b) A mensagem da Palavra de Deus.” Sendo que a pregação é “uma das mais importantes partes da hora do culto”. Manual da Igreja, p. 181 e 182.
[15] A “homilética” evangélica atual difere do que encontramos no NT. A própria palavra grega homilew inclui o significado de “conversa” (como em Lc 24:14-15, At 24:26), um diálogo e não o monólogo.
[16] David C. Norrington, To Preach or Not to Preach? The Church’s Urgent Question (Carlisle: Paternoster Press, 1996), p. 3-4. A diferença básica entre as pregações do AT e da sinagoga é que os profetas do AT pregavam de maneira não regular, espontaneamente, sem um lugar fixo e conforme surgiam as oportunidades; e na sinagoga a pregação era uma ocorrência regular.
[17] Mulheres podiam ministrar “`a porta” do tabernáculo (Ex 38:8).
[18] Curiosamente, mesmo autores que fazem uma associação entre o ritual do templo e o culto cristão reconhecem que a música do templo tinha um caráter cerimonial. Bacchiocchi, por exemplo, em O cristão e a música rock, afirma que o ministério musical dos levitas era “parte da apresentação da oferta diária no templo” (p. 126), e que a música do templo “era um acessório ao ritual do sacrifício” (p. 129). Obviamente, tais características ritualísticas não se aplicam ao culto cristão e sua música.
[19] Textos do AT que prescrevem atitudes como reverência, santidade, temor, pureza do adorador, são aplicáveis ao culto cristão em qualquer tempo e lugar.
[20] Essa abordagem à Bíblia é conhecida como “texto-prova”, na qual o intérprete faz uma afirmação e então busca textos bíblicos que concordem com ela, ignorando contextos e omitindo textos que sejam contrários. A conclusão existe a priori, e a pesquisa bíblica, feita a posteriori, é apenas confirmatória.
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Estou lendo “Igreja Simples – retornando ao processo de Deus para fazer discípulos” (Editora Palavra, Brasília, 2011). O livro é fruto de uma pesquisa que concluiu o seguinte: igrejas saudáveis são igrejas com um programa simples de discipulado. Ao contrário, igrejas “doentes” são congestionadas, complicadas, sobrecarregadas com inúmeros programas e eventos.
Os autores usam o exemplo de Ezequias para desafiar a igreja de hoje a fazer uma reforma de volta à simplicidade.
A Reforma de Ezequias
O rei Ezequias trouxe o povo de Deus de volta ao Senhor através de uma grande reforma. Ele removeu os “lugares altos”, os postes-ídolos, e jogou fora entulhos de deuses que competia pela atenção do povo (II Rs 18:4).
Até aí tudo bem. No entanto, Ezequias fez algo radical, que muitos líderes de igreja teriam dificuldade de fazer hoje. Ele destruiu a serpente de bronze de Moisés. Uma serpente moldada pelo grande líder histórico, feita por ordem do próprio Deus.
A princípio, a serpente tinha utilidade: ela representava a salvação para as pessoas mordidas pelas cobras venenosas (Nm 21: 6-8). Mas a praga das serpentes passou, aquela estátua foi guardada, e passou a ser idolatrada.
Como surgem as serpentes de bronze
O processo funciona assim: alguém bem intencionado introduz um elemento no culto ou na vida religiosa. A princípio, aquilo é útil, faz sentido e abençoa vidas. Mas as circunstâncias mudam e o que era útil se torna um estorvo sem sentido. Com o tempo, aquela “relíquia sagrada” passa a ter virtude em si mesma, e torna-se objeto de veneração. Pronto: aí está mais uma serpente de bronze intocável.
Ezequias se livrou da serpente porque se tornara um entulho; as pessoas passaram a adorá-la, desviando a atenção do Salvador real. O que era algo bom se tornara um ídolo. Em muitas igrejas, coisas originalmente criados para dar vida podem se tornar entulhos. Programas, rotinas e métodos se tornam um fim em si mesmos. Mantê-los passa a ser objetivo maior, ainda não haja mais utilidade ou sentido.
Para Ezequias, eliminar a serpente de bronze talvez não tenha sido uma decisão popular, especialmente em meio a religiosos fincados no tradicionalismo. Assim também, reformas profundas em meio ao povo de Deus são difíceis. Mas o ato de Ezequias agradou a Deus, pois não houve rei como ele nem antes nem depois (II Rs 18:5). As igrejas necessitam de Ezequias modernos que não temam eliminar o desnecessário, o que desvia o foco, o que se tornou uma barreira para a adoração a Deus.
Os bem-intencionados defensores de serpentes
Você consegue imaginar quantas reuniões de comissão seriam necessárias para acabar com a serpente de bronze hoje? Você consegue ouvir os argumentos dos mantenedores da serpente?
“Isso sempre esteve aí! Por que mudar agora?”
“Quem você pensa que é para retirar algo que Moisés colocou?”
“Isso faz parte de nossa história, de nossa ‘identidade’”
“Você é jovem, e não sabe o significado dessa serpente sagrada!”
Essas pessoas são movidas por nobres sentimentos e motivos aparentemente razoáveis. Mas quando confrontamos as “serpentes” com o objetivo principal da igreja, vemos claramente que elas se tornaram obstáculos.
Hoje, comissões se reúnem para discutir e votar o número de cadeiras na plataforma, a cor do terno dos diáconos e tantos outros temas menores! De acordo com o Manual da Igreja, as comissões administrativas da igreja devem ter como item primário a obra de “planejar e promover o evangelismo em todos os seus aspectos”. E tudo o que não contribui para o objetivo, desvia o foco.
Não faz muito tempo ouvi uma discussão antes de participar de uma Santa Ceia. O tema era: devemos manter aquele ritual de lavar as mãos dos oficiantes? Naquele dia, os pães já estavam todos partidos e ninguém tocaria neles. Mas os anciãos acharam melhor manter o ritual “faz-de-conta” de lavar as mãos dos oficiantes, porque “sempre foi assim”.
E mais recentemente, soube de uma comissão que se reuniu às pressas para discutir um tema importantíssimo: a retirada do púlpito durante um evangelismo na igreja! A equipe de evangelismo queria a plataforma sem púlpito e sem cadeiras, mas os líderes da igreja não concordaram com isso, e seguiu-se um longo e acalorado debate.
Perdemos muito tempo com as serpentes de bronze. Elas tomam nosso tempo, nossa energia e nossos recursos. Não somos curadores de museu, somos testemunhas do Deus vivo num mundo dinâmico. A igreja é um bote salva-vidas num mar revolto, um pronto-socorro em plena atividade, não um “CTG* adventista”. Reunimos-nos semanalmente por vários motivos nobres, mas esses motivos não incluem o “manter a serpente de bronze” sacralizando formas.
Criando novas serpentes
O problema não se refere apenas a coisas antigas. Somos tentados a criar novas serpentes a cada nova geração. A cultura moderna da “promoção de eventos” é um exemplo disso.
Existem eventos na igreja que são bem intencionados, mas completamente fora de foco. Todos se dedicam exaustivamente ao evento, e, ao final, o objetivo principal não é alcançado – percebe-se que aquilo contribuiu pouco ou quase nada para a missão da igreja.
Cria-se uma espécie de competição interna: “O Acampamento de Jovens desse ano foi ótimo, o do ano que vem tem que superar!” Então, a coisa se torna cada vez mais complicada, grandiosa, exibicionista... e ai de quem ousar tocar nessa nova serpente! Se no próximo evento não houver o mesmo formato pirotécnico e helicópteros sobrevoando, será um “fracasso”.
E, para sacralizar a nova serpente, lançamos mão do discurso espiritual: “foi uma bênção!” Ainda que não tenha sido bênção e não tenha contribuído em nada para o Reino de Deus.
Descongestionando o culto
Uma liturgia complexa, um culto complicado, são sintomas de fraqueza. "À medida que aumenta em pompa, a religião declina em eficácia" (Educação, 77).
Ellen White alerta que “a formalidade tem tomado o lugar do poder, e sua simplicidade se perdeu numa rotina de cerimônias.” (Evangelismo, 293) E ela revela um fenômeno que ocorre no culto: “As cerimônias tornam-se numerosas e extravagantes, quando se perdem os princípios vitais do reino de Deus.” (Evangelismo, 511)
A história do povo de Deus mostra que as cerimônias e rituais se multiplicam à medida que as pessoas se afastam do Senhor (ver Ellen White, O desejado de todas as nações, 29; O grande conflito, 55). Em suma, um culto complicado é mau sinal.
O Manual da Igreja Adventista diz: “Não prescrevemos uma fórmula ou ordem específica para o culto público. Em geral, uma ordem de culto breve ajusta-se melhor ao verdadeiro espírito de adoração. Devem-se evitar longos preliminares.” Além disso, o mesmo Manual traz duas formas sugestivas de culto, e não liturgias inflexíveis. Uma dessas formas é a breve.
Se você já experimentou sugerir adaptações e mudanças na liturgia, certamente já percebeu inúmeras serpentes, antigas, tradicionais, mas totalmente complicadas, inúteis e sem sentido. O culto torna-se sem sentido quando trai o seu papel de conduzir o povo a Deus e à vida. O culto torna-se sem sentido quando, para mantê-lo, oprimimos, sufocamos e dividimos os adoradores.
O culto se torna sem sentido quando, para combater o culto epicurista-hedonista, promovemos o culto estóico-sofrido, onde o conforto, a objetividade, a beleza artística e o prazer são considerados inimigos da espiritualidade. Então, como a opinião do adorador pouco importa, soterramos a adoração sob entulhos litúrgicos destituídos de significado. E quando o adorador reclama, colocamos a culpa na sua suposta falta de “espiritualidade” e repetimos infinitamente que o culto é “para Deus, não para você” (apesar do sermão e de boa parte das músicas e hinos serem direcionado às pessoas...).
Resumindo os princípios da simplicidade e da objetividade, Ellen White escreveu: “As formalidades e cerimônias não devem ocupar tempo e energias que devam por direito ser dedicados a assuntos mais essenciais.” (Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 270)
Não há virtude em acumular cerimônias e tornar o culto longo e sofrido. A espiritualidade do culto não é medida pelo grau de descontentamento e desconforto das pessoas. Precisamos promover uma reforma, retornando à simplicidade e à objetividade no culto, sem “serpentes de bronze”.
“Quando os professos cristãos alcançam a alta norma que é seu privilégio alcançar, a simplicidade de Cristo será mantida em todo o seu culto. As formas, cerimônias e realizações musicais não são a força da igreja.” (Evangelismo, 512)
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(*Os Centros de Tradição Gaúcha são sociedades que visam ao resgate e à preservação dos costumes tradicionais dos gaúchos. É uma bela iniciativa cultural tradicionalista, mas que não serve de modelo para o funcionamento de uma igreja cristã.)
Via Adoração Adventista
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O velho testamento foi abolido?
Deus aceitaria alguém que vendeu a sua alma para conseguir riquezas?
Há alguma condenação a adoração à imagens de escultura?
Jesus quando esteve aqui na terra perdeu as atribuições divinas? Ele sabia que seria traído?
Daniel prostrou-se perante a estátua de Nabucodonosor?
Quando Jesus voltar à terra, Deus virá com Ele? O Céu ficará vazio?
Se Moisés escreveu o Pentateuco, como ele escreveu sobre a sua própria morte?
Há vida em outros mundos? Existe a possibilidade de eles virem à terra?
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