segunda-feira, 16 de maio de 2016

Gogue e Magogue – Ezequiel 38 e 39


Muito se tem escrito na vã tentativa de explicar convincentemente as palavras Gogue e Magogue.

As afirmações do eminente comentarista Adam Clarke são valiosas:

“É reconhecida ser esta a mais difícil profecia no Velho Testamento. Este estudo é difícil para nós porque não conhecemos nem o rei e nem o povo mencionados por ele: mas estou satisfeito porque eram bem conhecidos no tempo em que o profeta escreveu”.

O Dicionário Enciclopédico da Bíblia, da Editora Vozes, pág. 646 sintetiza:

“Gogue é uma figura apocalíptica em Ezequiel 38, chefe de exércitos hostis, que, no final dos tempos, hão de lutar contra Israel numa batalha terrível… Ele é chamado (Ezequiel 38:2) rei de Ros (desconhecido), Mosoque e Tubal (dois povos da Ásia Menor). Todo o seu território é indicado pela denominação “terra de Magogue“, que talvez signifique a terra do macedônio Alexandre Magno. Em Apocalipse 20:8 esse Magogue tornou-se uma figura independente ao lado de Gogue. O próprio Ezequiel deve ter visto neste Gogue outro Agague (Números 24:7), o inimigo hereditário de Israel”.

A. Josef Greig, professor assistente de religião na Andrews University, Berrien Springs, Michigan, assim comentou:

“Gogue e Magogue. Palavras de código hebraicas ajudam a resolver um problema, e derrubam algumas acalentadas especulações.

No capítulo 38 de Ezequiel é emitida uma mensagem de reprovação contra o misterioso Gogue, da terra de Magogue. No começo de Ezequiel há um número de oráculo descrevendo a queda dos tradicionais inimigos de Israel: Amon, Moabe, Edom, Filístia, Tiro e Egito. A destruição desses inimigos foi necessária porque Israel não poderia existir como uma comunidade pacífica e segura se fosse constantemente ameaçada por esses inimigos. No entanto, ficamos perplexos pelo fato de Babilônia não ter sido mencionada na lista dos inimigos de Israel.

Com os tradicionais inimigos de Israel destruídos, o que houve com aqueles povos e tribos que habitavam os externos limites do mundo? Ezequiel reconhece que aqueles dois constituem uma ameaça ao novo Israel, e pressente estarem mobilizando suas forças para atacá-lo (S. Vinward, A Guide to the Prophets, pág. 165). O líder desta horda pagã é Gogue, da terra de Magogue, o príncipe de Meseque e Tubal. Com ele estão a Pérsia, Etiópia, Put, Gomer e Togarma. Juntos eles atacam a região pacífica onde o povo mora nas cidades sem muros. Porém, Deus intervém e destrói esta horda pagã.

Mas quem é este Gogue, e onde fica a terra de Magogue? Gogue tem sido identificada com muitas figuras históricas do passado: nenhuma delas foi satisfatoriamente provada (SDA Bible Dictionary, pág. 408). A terra de Magogue tem sido identificada por alguns como sendo a Rússia, pelo fato de que Gogue vem do Norte (a localização geográfica da Rússia) e visto algumas versões entenderem ser Gogue o “príncipe de Rôs”, permitindo alguns interpretadores fazerem uma conexão entre Rôs e Rússia. O próximo passo neste método errôneo de etimologia é ligar Meseque com Moscou, comparando de novo um assírio equivalente a Meseque com Moscou. Ainda outro traço de falha evidência é acrescentado a este argumento, citando o historiador grego Heródoto, que chama Meseque de Moscou. Alguns foram mais longe, identificando Tubal com Tobolsk (The Septuagint transliterates the Word rosh “ head” as a proper name “Rosh”).

A solução da identificação da terra de Magogue na profecia de Ezequiel pode estar na compreensão do uso pelos hebreus de escritas secretas. A aplicação de nosso conhecimento em escritas secretas nos ajudou a compreender certas palavras da Bíblia e dos rolos do Mar Morto (H. J. Schofield, Secrets of the Dead Sea Scrolls, pág. 21).

Uma forma de escrita empregada no Velho Testamento é conhecida como Atbash. Esta palavra é formada da primeira e da última letra do alfabeto hebraico, combinada com a segunda e a penúltima do mesmo alfabeto. Apalavra Atbash é usada em Jeremias quatro vezes, sendo a mais conhecida delas a palavra Sheshach, que substitui a palavra Babilônia. As consoantes que designam Babilônia em hebraico são BBL, a segunda e a duodécima letras do alfabeto hebraico. Se contarmos as letras do alfabeto hebraico a começar do fim, a segunda letra será Sh, a qual é então substituída por B. Dois “Bb” são iguais a Sh Sh. A duodécima letra do alfabeto contando de trás para frente é K, que é substituída pela letra L. Assim, temos Sh ShK, que, acrescido das vogais apropriadas, forma – Sheshach.

Entre os rolos do Mar Morto está o Documento de Damasco, o qual em três passagens faz menção de uma obra autorizada chamada o Livro de Hagu. A palavra Hagu não tem significado por si. Mas, se acrescentarmos a ela a palavra Atbash, Hagu torna-se Tsaraph, significando “refinar, ou provar”. Assim, o título “o Livro de Hagu‘, que nada significa, torna-se ‘O Livro de Prova, ou ‘Livro de Teste’.

“Magogue, como Sheshach, é uma palavra-código para Babilônia (J. N. Schofield, Law, Prophets, and Writings, pág. 209). Todavia, o modo como foi derivada é diferente do modo como Babilônia foi derivada de Sheshach em Jeremias. Empregando o conceito de escrita enigmática, em lugar de contar do final do alfabeto para o início, usamos a próxima letra após B e L para caracteres na palavra-código. A letra que segue ao B no alfabeto hebraico é G, a letra depois de L é M; juntando essas letras teremos GGM. Em ordem inversa, isto dá MGG. Acrescentando as vogais apropriadas, teremos Magogue. Se Magogue é uma palavra-código para Babilônia, então esta nação está faltando na lista dos inimigos de Israel, mas aparece sob o nome de Magogue (Ver “Gematria”, Encyclopaedia Judaica, vol. 7, págs. 369-370).

Podemos também sugerir que o nome Gogue é derivado de Magogue, usando as últimas duas letras da palavra e juntando-as a MGG. Gogue (GG) representaria possivelmente o chefe (rei) da terra de Magogue simplesmente porque se presta a uma ordem de letras com MGG. Assim, a solução de nosso problema Gogue-Magogue pode estar na direção de melhor compreensão do antigo uso hebraico de nomes enigmáticos ou códigos.

O que significa isto para o evangelista que pregou sobre a Rússia na profecia bíblica? Francamente, não há base para pregar sobre a Rússia como assunto específico das profecias de Ezequiel 38 e 39. As questões feitas por Alger Johns (The Ministry, setembro, 1962, pág. 31) devem ser lidas novamente com grande proveito, especialmente as que falam da necessidade de pregar somente sobre fatos sustentáveis e baseados em exegese segura.

As hordas pagãs mencionadas em Ezequiel, contudo, podem ser usadas para descrever simbolicamente os poderes do mal, que sempre estiveram e sempre estarão em conflito com o reino de Deus até o triunfo final de todas as coisas. O comunismo ateísta bem poderia colocar-se entre esta descrição dos inimigos de Deus, mas ela é referente a um símbolo muito mais abarcante que o próprio comunismo. Gogue e Magogue são usados simbolicamente em Apocalipse 20, para as nações da ímpia assembleia de Satanás, reunida após o milênio para atacar a Nova Jerusalém. Lá a hoste dos ímpios é destruída por Deus, que envia fogo do céu para consumi-los. Apesar de a vitória dos bons sobre os maus não ter sido absolutamente assegurada na história de nossos tempos, um dia ela o será. Até que chegue esse dia, temos de estar vigilantes quanto a qualquer poder que se levante contra Deus, como Seu inimigo, e enfrentá-lo resolutamente com a Palavra de Deus nas Santas Escrituras”.

Pedi ao Pastor S. J. Schwantes que lesse este artigo e me desse a sua opinião. Com sua inconteste autoridade, disse o seguinte:

“O argumento deste artigo deixa muito a desejar. Mesmo que se admitisse que Magogue é uma palavra-código para Babilônia, quando é que esta Babilônia atacou a terra de Israel e foi destruída pelo poder de Deus? Não pode ter sido antes de 539 a.C. E, depois desta data, Babilônia não mais exerceu liderança política ou militar neste mundo. O império babilônico foi substituído pelo império dos Medos e Persas. Não há evidência de que Ezequiel tenha usado o sistema atbash em caso algum”.

O Comentário Bíblico Adventista, referindo-se a Ezequiel 38:2, diz:

“Gogue. Este é o nome escolhido por Ezequiel para designar o líder das hostes pagãs que atacaria o Estado Judeu restaurado após o retorno dos exilados (veja Ezequiel 38:14-16). Os esforços para identificá-lo com qualquer personagem histórico mostraram-se até agora infrutíferos. A raiz de onde se deriva o nome é desconhecida. A Palavra ocorre 13 vezes nas Escrituras, mas nenhuma das referências lança qualquer luz sobre seu significado. Gogue aparece em 1Crônicas 5:4 como o nome de um dos filhos de Joel, da tribo de Rúben. Em Apocalipse 20:8 é usado em conexão com Magogue para simbolizar as nações dos ímpios, a quem Satanás reúne após o milênio para atacar Cristo e apoderar-se da Nova Jerusalém. As 11 ocorrências em Ezequiel (38:2, 3, 14, 16, 18; 39:1, 11, 15) descrevem o líder de uma vasta coalizão de nações pagãs. Gogue é também a variante que aparece no Pentateuco Samaritano e na LXX em lugar de Agague, em Números 24:7. Uma forma composta, Hamom-Gogue – “a multidão de Gogue” (ou as forças de Gogue), é usada em Ezequiel 39:11 e 15, nome este que é aplicado ao vale no qual seriam sepultadas as multidões de Gogue. Todas estas referências bíblicas não derramam qualquer luz sobre a identidade de Gogue, e a única indicação quanto a sua origem está em 38:15, onde é feita a declaração: “Virás, pois, ao teu lugar, das bandas do norte”.

Outra sugestão relaciona Gogue com o país bárbaro de Gagaia, que é mencionado nos tabletes de Tell-el-Amarna. Contudo, Gagaia é um país e não uma pessoa, como representa ser o Gogue de Ezequiel. Em realidade não é necessário encontrar um Gogue nos registros históricos. Gogue é muito provavelmente um nome imaginário, pelo qual Ezequiel descreve o líder das hordas pagãs, que fazem uma final investida sobre Israel, após sua restauração, e numa ocasião quando estão desfrutando da prosperidade prometida por Deus sob condição de sua obediência.

A terra de Magogue. Ou “da terra de Magogue“. O “Magogue” de Ezequiel era a terra natal de Gogue, e como “Gogue” seu sentido é obscuro. O título foi provavelmente formado pelo próprio Ezequiel, prefixando “ma” ao nome “Gog”. “Magogue” ocorre cinco vezes nas Escrituras. É usado duas vezes em Ezequiel (38:2 e 39:6) como a terra de Gogue; uma vez em Apocalipse 20:8, para as nações dos ímpios; e em Gênenesis 10:2 e 1Crônicas 1:5 para os filhos de Jafé. Alguns, havendo identificado Gogue como Giges, rei da Lídia, sugerem que Magogue precisa necessariamente ser a Lídia. Não há, contudo, prova histórica disto. Uma tribo bárbara chamada Magogue é mencionada numa carta de um rei babilônico (ver o comentário a Gênesis 10:2).

Estes dois nomes, Gogue e Magogue, têm ocasionado muita especulação. A antiga tradição judaico identificava Magogue com os ‘citas’ (Josefo, Antiguidades, i.6.1.). O mesmo é sugerido por Gesenius em seu léxico hebraico.

Contudo, esta identificação de Magogue com os ‘citas’ ainda repousa sobre conjecturas. Como Gogue, o nome é provavelmente imaginário, provavelmente para se evitar de propósito uma identidade demasiado aproximada, como é muitas vezes ocaso em profecia preditiva, para que tal identidade na predição não impeça seu cumprimento.

Outras interpretações fantasiosas de tempos em tempos têm identificado Magogue com várias nações ou com indivíduos. Poder-se-ia reunir uma vasta biblioteca de legendas sobre Gogue e Magogue. Em muitas delas a história diz respeito a um muro para manter de fora Gogue e Magogue. Este muro tem sido situado em muitos países, da Grécia à China, dependendo da nacionalidade da legenda. A ruptura do muro abriu caminho para que as forças destrutivas de Gogue e Magogue fizessem sua obra. Em algumas das legendas esses eventos estavam relacionados com o aparecimento do anticristo, ocasião em que Gogue e Magogue (os povos selvagens do norte do Cáucaso), anteriormente encerrados atrás dos portões por Alexandre, o Grande, seriam soltos (ver L.E. Froom, Prophetic Faith of Our Fathers, vol. 1, págs. 555, 583, 584, 586 e 662).

Príncipe. Do hebraico nesi’ ro’sh. Nesi’ significa “príncipe”, e ro’sh pode ser “chefe”. Contudo a LXX o traduz como um nome próprio, e o mesmo faz a Almeida Revista Atualizada com a sua tradução “Rôs”. Qualquer que seja a tradução adotada, o ensino geral da profecia permanece o mesmo. Se se considerar ro’sh como representando uma nação de pessoas, ainda temos o problema de identificar o povo ou seu território.

Contudo, é questionável que seja adequado traduzir ro’sh como um nome próprio, “Rôs”. A palavra é muito comum no hebraico, ocorrendo mais de 600 vezes no Velho Testamento. Seu significado básico é “cabeça”, e na King James Version não é em parte alguma traduzido como nome próprio, exceto em Gênesis 46:21, onde é o nome dado a um dos filhos de Benjamim. Naturalmente existe a possibilidade de que uma palavra que ocorre mais de 600 vezes com a ideia básica de “cabeça” possa em realidade tornar-se um nome próprio em um ou dois casos. Talvez a mais forte evidência reclamada em apoio da tradução “Rôs” seja o testemunho da LXX. A LXX foi traduzida no 3º e 2º séculos antes de Cristo, e por alguma razão seus tradutores adotaram a versão “Rôs”. Se em seus dias eles conheciam ou não uma terra chamada “Rôs”, não podemos afirmar.

Há uma consideração sintática que tende a favorecer um nome próprio aqui. Se a palavra ro’sh for aqui usada como adjetivo, normalmente se esperaria que tivesse um artigo, visto que ela modificaria nesi’, que no hebraico é definido por estar no estado construto com um substantivo próprio, neste caso, “Meseque”. Exemplos de tais construções, onde o adjetivo que modifica o nome no estado construto é definido pela afixação do artigo, são: Jeremias 13:9, “a muita soberba de Jerusalém”; Esdras 7:9, “a boa mão do seu Deus”. O adjetivo encontra-se em Ezequiel 38:2, sem o artigo, proporcionando um pretexto para traduzi-lo como nome próprio, uma vez que nomes próprios não levam artigo. Mas a evidência não é de modo algum conclusiva. Às vezes tal adjetivo é ele próprio colocado no estado construto, e está, portanto, sem o artigo no hebraico (ver, por exemplo, 2Samuel 23:1; 2Crônicas 36:10). Uma notável exceção à regra precedente é também encontrada em 1Crônicas 27:5, onde a expressão hakkohen ro’sh, “sacerdote chefe”, ocorre. Ali, “sacerdote” tem o artigo, e o adjetivo “chefe” está sem o artigo. Isto, contudo, é considerado pelos editores do texto hebraico como um erro, sendo que o artigo naturalmente pertence ao adjetivo.

Um estudo das fontes seculares na procura de um país pelo nome de “Rôs” adianta muito pouco. Vários nomes com um som similar a “Rôs” aparecem em inscrições assírias, mas não há certeza de que qualquer deles seja idêntico com “Rôs”.

Desde o século 10º, vários exegetas têm feito tentativas de identificar “Rôs” como “Rússia”. Segundo Gesenius, os escritores bizantinos do século 10º identificavam “Rôs” sob o nome de hoi Rhõs, um povo que habitava as partes setentrionais de Taurus e que, assevera ele, eram “indubitavelmente os russos” (ver seu léxico hebraico). Ele também menciona um escritor árabe do mesmo período, Ibn Fosslan, que fala desse povo como habitando sobre o rio Rha (Volga).

A evidência histórica, contudo, mostra que o termo “Rússia” não veio de “Rôs”. Entre os eslavos que viviam no que agora é a Rússia estavam grupos de vikings chamados varangianos, que migraram do leste da Suécia. Embora haja diferentes pontos de vista quanto ao papel dos varangianos, a opinião prevalecente entre os estudiosos é que estes guerreiros-mercadores e líderes militares de origem não-eslava, chamados pelo nome “Russ” ou “Russos”, deram seu nome ao território. A tradição russa diz que Rurik, um varangiano, tomou o título de Príncipe de Novgorod (a principal cidade do norte da Rússia nessa ocasião), em cerca de 862 d.C., e que seus descendentes diretos governaram a Rússia até a morte de Feodor (Teodoro), o último governante da dinastiade Rurik, em 1598. Após vários anos de agitação, durante os quais vários pretendentes governaram pela força, um novo czar foi eleito, Michael Romanoff, cuja dinastia continuou até a revolução de 1917 (ver J. B. Bury, A History of the Eastern Roman Empire, 1912, p. 412; Bernard Pares, A History of Russia, 1944; Encyclopedia Britannica, edição 1974, artigo “Rússia”). Assim pode ser visto que qualquer similaridade de som entre “Rôs” e “Rússia” é obviamente pura coincidência. Parece não haver qualquer evidência de que o nome foi aplicado a esse país até cerca do 10º século d.C.

Meseque. O nome aparece nove vezes nas Escrituras. Em Gênesis 10:2 e 1Crônicas 1:5, Meseque é alistado como um dos filhos de Jafé. Em 1Crônicas 1:17 um provável erro de escribas alista Meseque como um dos filhos de Sem, mas sem dúvida a referência é a Más, em harmonia com Gênesis 10:23. As outras seis ocorrências referem-se a Meseque como nação. Três delas estão em Ezequiel 38 e 39; duas estão em 27:13 e 32:26, e a referência restante está em Salmos 120:5. Segundo a LXX, dever-se-ia ler também “Meseque” em Isaías 66:19 em vez de “que atiram com o arco”. Em todas as cinco ocorrências em Ezequiel (bem como em Gênesis 10:2 e 1Crônicas 1:5) está associado com Tubal, indicando que se refere aos descendentes de Jafé. Ezequiel fala deles como mercadores negociando com Tiro “objetos de bronze” bem como escravos (27:13). Nos Salmos são descritos como inclinados para a “guerra” (Salmos 120:7).

Historicamente, crê-se que Meseque represente os Moschoi dos escritores gregos clássicos (ver Heródoto iii.94; vii.78), os Mushku das inscrições assírias (ver Comentário Bíblico Adventista sobre Gênesis 10:2).

Alguns escritores, que veem a Rússia no som ro‘sh, também veem Moscou no som “Meseque“, ou Mushku, e creem que a cidade pode ter sido fundada por descendentes dos Mushku. Contudo, de acordo com a Encyclopedia Britannica, ed. 1974, Moscou não foi estabelecida antes do século 12, por George Dolgoruki. Não se pode encontrar nenhum traço de conexão entre os dois nomes”.

Livro: Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.

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