“Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?” (Marcos 8:36)
Não é necessário ser nenhum estudioso no assunto para observar com clareza como nossa sociedade moderna é a influenciada pelo dinheiro e pelo poder. A ganância e a cobiça imperam no mundo como jamais se viu. A sociedade impõe às pessoas, implicitamente (ou seria explicitamente?), um estilo de vida em que acumular bens e correr atrás da prosperidade material é o que conta, custe o que custar.
Os que seguem essa filosofia (humana) logo se deparam com as conseqüências dessa escolha. Os relacionamentos com as pessoas, a família, a ética e a moral, o bom senso e, muitas vezes, os princípios e valores fundamentais são sacrificados porque a ganância por riquezas e poder foi colocada em primeiro lugar na vida dos seres humanos. Já dizia o sábio salomão: “Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas jamais ficará satisfeito com os seus rendimentos” (Eclesiastes 5:10). Não é verdade? Tente lembrar de algumas “coisas” que você almejava MUITO, mas depois de um tempo, ou até de bem pouco tempo, perdeu totalmente o sentido, o gosto. O homem se esquece que é filho do Eterno, portanto, só poderá estar totalmente satisfeito com aquilo que também é eterno.
Mais cedo ou mais tarde, sendo ou não bem-sucedidos no propósito de acumular dinheiro e bens, percebe-se que corre-se em vão, atrás de um objetivo vazio; atrás do vento como também dizia o sábio rei. Enfim, muitos descobrem que o que realmente buscam é uma vida significativa, relevante, uma vida de contentamento e de valores, ou seja, algo que o dinheiro, mesmo com a falsa sensação de poder e segurança apenas temporária que ele proporciona, não pode oferecer.
“Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens” (Lucas 12:15).
Você quer uma vida relevante, verdadeiramente significativa? Liberte-se da ganância! Não corra em vão. Mas, se a vida não consiste na quantidade dos seus bens, então, em que consiste? Deus não nos deixou sem respostas às maiores perguntas do nosso coração: “Busquem, pois, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas lhe serão acrescentadas” (Mateus 6:33).
Muitos professos cristãos, mesmo cientes de que devem buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e viver uma vida cristã autêntica como verdadeiros discípulos do Mestre, facilmente esquecem isso e também colocam a busca por dinheiro e prosperidades materiais como a prioridade das suas vidas, tornando irrelevante e infrutífero o seu testemunho. Muitos destes, na sua sinceridade, apenas “copiam” as orientações espúrias de seus líderes religiosos que ensinam falsamente que a prosperidade em busca de “coisas” é fato indiscutível do “bom cristão”. Alegam na maioria do tempo nas suas supostas pregações, o quanto que a bíblia fala de rendimentos, mas se esquecem de que o próprio Jesus nem sequer tinha um lugar para reclinar sua cabeça (Mateus 8:20). E realmente é verdade, o Livro sagrado fala mais de 2000 vezes sobre este e outros assuntos relacionados, mas fala também das desgraças decorrentes dos homens que tiveram muitos bens e poder e se perderam em consequência de suas próprias situações.
Está escrito: “Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas”. (Colossenses 3:2). Outro texto diz: “Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros”. (Filipenses 2:4). Quando corremos desesperadamente atrás de coisas, nos esquecemos do mais importante: as pessoas. Infelizmente o homem “bem sucedido” aos olhos da sociedade faz justamente o contrário, “usa as pessoas e ama as coisas”! Interessante notar também que a sabedoria popular, se é que posso chamar assim, ensina que “deus deu a vida para que cada um cuide da sua”… nada parecido com o que o texto bíblico nos ensina. Este certamente não é um ensino do Deus verdadeiro!
Esse versículo de filipenses resume qual deve ser o foco da vida de um cristão autêntico: não viver para si mesmo, mas para servir aos outros, mostrando-lhes o caminho para a vida eterna; não viver focado nas coisas deste mundo, mas na perspectiva da eternidade. Com isso em mente, é possível compreender, de fato, como ter uma vida de contentamento e lidar com o dinheiro e com as posses materiais conforme a vontade de Deus. Talvez você não aprecie a idéia, mas o verdadeiro Deus ensina que aquele que tem mais recursos, deve dividir com aqueles que não tem (Atos 2:44-46), ou seja, “Deus nos deu a vida para que cuidássemos do próximo também”.
Jamais permita que a ganância seja uma realidade em sua vida, “pois o que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?” (Marcos 8:36).
REFLEXÃO: “Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Filipenses 4:12-13).
Não levaremos nada do mundo!!"Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e do seu trabalho nada poderá levar consigo"Eclesiastes 5:15 e 1Tm 6:7
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