quarta-feira, 14 de março de 2012

Reforma no Calendário


O calendário correntemente em uso na maioria das nações, o Gregoriano, é o resultado de uma reforma no calendário em 1582, que corrigiu duas suposições errôneas do calendário Juliano, que tinha estado em uso desde 45 a.C. — isto é, o ano que contém exatamente 365 ¼ dias e que 235 meses lunares são equivalentes a 19 anos solares. Esta revisão corrigiu um erro acumulado de dez dias e evitou que o calendário saísse mais da linha das estações.


Nem o calendário Juliano nem o Gregoriano interferiram no ciclo semanal. A respeito da reforma do Calendário Juliano pelo Papa Gregório XIII em 1582, declara-se:


“Desta forma, fez-se toda proposição imaginável, somente uma idéia nunca foi mencionada, a saber, o abandono da semana de sete dias”. The Catholic Encyclopædia, vol. 9, p. 251, art. “Lilius”. “Deve ser ressaltado que no período cristão, a ordem dos dias da semana nunca foi interrompida. Dessa maneira, quando Gregório XIII reformou o calendário, em 1582, 4 de outubro, quinta-feira, foi seguido por uma sexta-feira 15 de outubro. Portanto, na Inglaterra, em 1752, 2 de setembro, uma quarta-feira, foi seguida por uma quinta-feira, 14 de setembro” The Catholic Encyclopædia, vol. 3, p. 740 art. “Chronology”.


Entre as centenas de propostas feitas para melhorar o calendário Gregoriano, somente umas poucas têm recebido atenção. Entre essas, estão o Calendário Perpétuo de Edwards, delineado por Lt. Com. Williard E. Edwards, da Marinha dos Estados Unidos, e o Calendário Mundial. Ambos têm 12 meses, divididos em quatro trimestres de 91 dias de três meses cada um, contendo 30-30-31 no calendário Mundial. Os 12 meses contêm 364 dias, deixando um “dia vago” (dois em anos bissextos) fora do cômputo dos meses e das semanas. Uma proposta mais anterior, dos idos da década de 1920 e 1930, foi o plano de Moses B. Cotsworth, que, por causa de forte apoio financeiro de George Eastman, fabricante da milionária Kodak, veio a ser conhecido como o Calendário Eastman. Este calendário tinha 13 meses, cada um começando do domingo e contendo exatamente quatro semanas (28 dias), fazendo 13 meses conter 364 dias.


As vantagens pretendidas pelos patrocinadores desses calendários são comerciais, econômicas, estatísticas e mais recentemente, religiosas. A adoção do Calendário Mundial, que é um dos mais fortemente promovidos atualmente, irá:


(1) Determinar perpetuamente o ano;
(2) Preservar e amplamente igualar os 12 meses;
(3) Preservar e igualar os meios-anos;
(4) Preservar e igualar os quartos de anos;
(5) Agrupar os meses uniformemente dentro dos trimestres;
(6) Prover 13 semanas completas dentro de cada trimestre e agrupar uniformemente essas semanas;
(7) Reduzir a desigualdade entre os meses de três dias para um só dia, e estabelecer um mês útil;
(8) Estabelecer as datas da Páscoa, Natal e outros feriados religiosos.


Opositores ao Calendário Mundial, entre os quais estão os ASD, dizem que ele:


(1) Preocupará costumes e hábitos religiosos estabelecidos;
(2) Substituirá a semana histórica por um ciclo semanal artificial e espúrio;
(3) Criará novas controvérsias religiosas;
(4) Exaltará o materialismo às expensas da consciência e da religião;
(5) Criará dificuldades trabalhísticas para milhões de conscientes observadores do Sábado e do Domingo que seriam forçados a observar seus dias de descanso em dias de trabalho da semana durante a maioria dos períodos de sete anos;
(6) Causaria problemas educacionais para milhões de estudantes e professores que não assistiriam às aulas no sétimo dia ou no primeiro dia da semana histórica.


Dois outros calendários que têm algum apoio obteriam a maioria dos objetivos das propostas citadas acima sem interromper um ciclo semanal. Um deles, chamado Calendário do Jubileu foi proposto por Cecil L. Woods, preceptor do Pacific Union College (1948-1954), cômputo conveniente do ano de 364 dias, e inseriria 71 semanas intercaladas no calendário dentro de um período de 400 dias de acordo com a seguinte regra: uma semana é intercalada entre a última de dezembro e a primeira de janeiro no início dos anos divisíveis por 5, exceto os que terminassem em 25 ou 75, ou divisíveis por 400. Esta semana teria um nome especial — Semana do Jubileu, e poderia ser considerada a primeira semana do Ano Jubileu, mas não como uma parte de qualquer mês ou trimestre. Os registros para a semana seriam mantidos separadamente, tornando o resto do ano comparável com todos os outros anos de 364 dias. Outro Calendário do Jubileu foi proposto por grande número de corporações judaicas. Ele difere da proposta de Woods em sua intercalação das 71 semanas nos 400 anos em intervalos de cinco ou seis anos em seqüências regulares.


O plano de Woods foi submetido à Associação Mundial de Calendários pelo Dr. Alvin S. Johnson, secretário da Associação de Liberdade Religiosa, em 8/01/1951, como um plano de compromisso que poderia assegurar o apoio dos ASD e dos judeus e das organizações guardadoras do domingo a quem a observância de um dia particular é importante. O princípio de avaliação de 15 páginas do Calendário do Jubileu foi enviada a Johnson e Woods em março de 1951. O relatório citava Dr. Smith Leiper, secretário associado geral do Conselho Mundial de Igrejas:


Será o Calendário Mundial, que estabelece nossos dias de acordo com linhas matemáticas e científicas, negado ao mundo por causa de grupos minoritários? Devem todos os nossos dias continuar a vaguear pelo calendário a fim de prevenir um dia vagueando pela oposição de uma minoria por causa de sua religião particular?


“É difícil conceber,” dizia o relatório, “que o Deus Todo-Poderoso escolheria um dia como de mais valor e importância do que outro”.


Vê-se que o relator desconhecia a Bíblia sobre este assunto.


História. A reforma do calendário no século XX recebeu seu impulso de um estatístico, Moses B. Cotswoth (1859-1943). Desafiado pela distribuição desigual do tempo nos meses do calendário Gregoriano, ele estabeleceu que criaria um calendário que se prestaria a análises estatísticas comparativas mais exatas. Seu novo calendário, descrito acima, recebeu seu primeiro endosso em 1909 da Sociedade Real Canadense. Encorajado, Cotsworth organizou a Aliança Fixa do Calendário Internacional e em 1923 ou 1924 assegurou o apoio financeiro de George Eastman.


Enquanto isso, outros indivíduos e organizações começaram a estudar o assunto.  Notáveis entre estes estavam a União Astronômica Internacional, que em 1922, decidiu que alguma revisão do calendário seria desejável, embora não tenha aprovado um plano específico de revisão. Aproximadamente ao mesmo tempo, a
Câmara Internacional de Comércio aprovou uma reforma no calendário e requereu que a Aliança das Nações apontasse uma comissão especial para estudar o problema.


Quando foi criada tal comissão em 1923, reformadores do calendário começaram a mandar seus planos. Dos mais ou menos 185 (algumas fontes dão 187) planos estudados, somente três foram considerados dignos de atenção. Um destes era o plano de Cotsworth. Determinando que o próximo passo em direção da reforma do calendário seria o surgimento de interesse público generalizado na questão, a comissão remendou em 1926 que as nações membros da Aliança apontassem comissões para considerar a revisão do calendário, cada nação tendo que relatar mediante esta comissão a uma associação internacional na qual a forma final do calendário mundial poderia ser adotada. A comissão concordou unanimemente “que nenhuma reforma pode ser efetuada sem o consentimento de todos, ou de quase todas as corporações importantes interessadas, entre as quais ‘grupos religiosos’ foram colocados por primeiro”.


Em 1928, a União Pan-americana, reunindo-se em Havana, recomendou não somente que as nações membros apontassem comissões nacionais para a simplificação do calendário mas que também realizassem uma conferência internacional. Conseqüentemente, em dezembro de 1928, foi apresentada uma resolução no congresso dos Estados Unidos autorizando o Presidente a convocar tal conferência internacional ou a aceitar em favor dos Estados Unidos um convite de outras nações para assistir a tal conferência. Esta circular — conhecida como Resolução da Junta 334 — apresentou a questão da revisão essencialmente em termos do plano Cotsworth.


Quando audiências públicas sobre a circular foram realizadas perante a Câmara da Comissão dos Interesses Comuns, líderes ASD uniram-se com outros grupos para se oporem ao endosso de uma proposta que preocuparia o ciclo semanal. Protestos contra o aspecto do “dia vago” do plano foram tão eficientes que resoluções semelhantes apresentadas à Câmara de Representantes em 15 de março e 20 de março de 1929, omitiram o preâmbulo favorecendo o estratagema do “dia vago”. Nenhuma dessas resoluções passou. Nunca mais tal resolução recebeu consideração pública nem pelo Congresso nem por qualquer de suas comissões.


Em julho de 1928, uma Comissão de Calendário foi trazida à existência, tendo George Eastman como presidente. Por não serem os Estados Unidos membros da Aliança das Nações, esta comissão não teve status oficial. Em outubro de 1931, a questão da reforma do calendário foi submetida à Quarta Conferência Geral da Comissão de Comunicações e Trânsito em Genebra. Estavam presentes 111 delegados de 42 países. Onze líderes ASD estavam presentes para se oporem ao plano: Charles Longacre, secretário da Associação Internacional de Liberdade Religiosa; Jean Nussbaum, França; Arthur Maxwell, Associação Geral; L. L. Caviness e S. Rasmussen; do Sul da Europa; R. A. Anderson, Austrália; A. Vollmer, Alemanha; G. E. Nord e P. G. Nelson, países Escandinavos; T. T. Babienco, Estados Bálticos, e J. I. Robison, Divisão da África do Sul. A comissão não tomou nenhuma decisão, dadas três razões: o estado conturbado do mundo, oposição religiosa pronunciada, e falta de acordo entre as revisões do calendário.


A reforma do calendário de 1930 a 1960 foi, em grande parte a história, de uma mulher americana, Elisabeth Achelis, e a organização fundada por ela em 1930, a Associação do Calendário Mundial dos Estados Unidos. Precursora ardorosa do “plano de doze meses e trimestres iguais”, que ela renomeou de Calendário Mundial, que dizia ter ouvido uma voz lhe dizer: “Você deve trabalhar por este plano”, investiu sua vasta fortuna e talentos na causa da reforma do calendário.


Durante 1930, a Associação Mundial do Calendário arrolou entre 2.000 e 3.000 membros, e começou a publicar um trimestral Jornal da Reforma do Calendário. Esta foi a primeira tentativa de promover um estudo contínuo do calendário na mais ampla base internacional Em 1956, a associação tinha 10.000 membros.


Organizações subsidiárias tinham sido estabelecidas na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, México, Panamá, Uruguai, Peru, Colômbia, Bélgica, Inglaterra, Alemanha, França, Dinamarca, Hungria, Irlanda, Itália, Espanha, Suíça, Turquia e mais outras partes.


A Sra. Achelis deixou o cargo de presidente em abril de 1956, apenas para dedicar seu tempo integral em persuadir as autoridades americanas a apoiarem o Calendário Mundial perante as Nações Unidas. Naquele ano, o quartel general também foi transferido de Nova Iorque para Ottawa, Canadá, e a organização foi renomeada como Associação Internacional do Calendário Mundial. O presidente é Arthur J. Hills.


Derrotas notáveis foram sofridas pelos partidários da reforma do Calendário, como a derrota de duas circulares na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos durante os últimos anos da década de 1940. A circular H. R. 1.242, apresentada em 23 de janeiro de 1947, por José R. Farrington, Delegado do Hawai, pediu ao congresso que aprovasse a adoção do “Calendário Perpétuo de Edwards” para uso nos Estados Unidos e em todo o seu território, começando em 1 de janeiro de 1950. A H. R. 1.345, apresentada à Câmara de Representantes em 27 de janeiro de 1950 de 1947, pelo delegado John Kee, do quinto distrito de Virgínia, pediu ao congresso que aprovasse a adoção do “Calendário Mundial”. Ambos pediram para que o presidente pusesse seus projetos perante as Nações Unidas, com a recomendação de que fosse aprovado pela Assembléia Geral para uso no mundo inteiro na mesma data, 1 de janeiro de 1950.


Reveses mais ferinos foram sofridos em 1950, 1954, 1956 diante das Nações Unidas. Em 1950, o Comitê dos Quinze das Nações Unidas recusaram considerar o plano do Calendário Mundial. Trabalhando com os delegados estavam os seguintes líderes ASD: Jean Nussbaum, do Sul da Europa, Países Baixos, Polônia e Haiti, Arthur Maxwell pelo Reino Unido; G. Arthur Keough pelo Oriente Médio; C. P. Sorensen, pelo Extremo Oriente; B F. Perez pelo México, América Central e América do Sul; H. L. Rudy pelo Canadá; L. G. Mookerjee pelo Sul da Ásia; Frank H. Yost pelos Estados Unidos.


Em 1954, o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas considerou uma proposta para a revisão do  Calendário (O Calendário Mundial) pela Índia e pela Iugoslávia. O Conselho, em uma resolução de compromisso, referiu a questão ao governo representado nas Nações Unidas, para “estudar o problema e fornecer seus pontos de vista antes de 1955”. As posições dos governos deveriam então ser consideradas na sessão de 1955. Dos 41 governantes que responderam ao questionário, somente cinco foram favoráveis ao plano. Esta decisão estabeleceu
as bases para uma enfática recusa da proposta do Calendário Mundial.


Três dias antes do Conselho Econômico e Social iniciar sua vigésima primeira sessão em Nova Iorque no dia 17 de abril de 1956, a Associação do Calendário Mundial escreveu ao presidente do Conselho pedindo que o item do calendário fosse retirado da agenda. Por causa da falta de interesse ou desaprovação nas respostas recebidas das nações aos questionários enviados pelo Secretário das Nações Unidas, a Associação pensou ser aconselhável postergar a discussão da questão.


O conselho por 15 votos contra 3 abstenções (Checoslováquia, Canadá e URSS), adiou por tempo indeterminado, sem consideração, o plano para a reforma do Calendário Gregoriano. A proposta para o adiamento foi feita pelos representantes dos Países Baixos, que diziam ter havido até o presente insuficiente apoio em todo o mundo para justificar a adoção de um novo calendário mundial. Das 33 nações que responderam, três aprovaram: Mônaco (se universal), Nepal, e Tailândia. Dois, Iugoslávia e Irã, recomendaram estudo posterior. Cinco — Chile, Colômbia, Costa Rica, Irlanda Paraguai — sentiram que nenhum estudo deveria ser realizado ou ser aprovada nenhuma proposta sem conformidade com a Igreja Católica Romana. Vinte e duas nações se opuseram: Nova Zelândia, União da África do Sul, Austrália, Burma, Finlândia, Israel, Itália, Japão, Suíça, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Países Baixos, Paquistão, Filipinas, Portugal, Canadá, China, França, Noruega, Suécia, Bélgica, Dinamarca, Líbano, México e Síria.


No dia 21 de março de 1956, os Estados Unidos apresentaram sua posição através da seguinte publicação do Departamento do Estado:


O governo dos Estados Unidos não favorece qualquer ação pelas Nações Unidas de revisão do Calendário atual. Este governo não pode, de maneira alguma, promover uma mudança de tal natureza, que afetaria intimamente cada habitante deste país a menos que tal reforma fosse favorecida por uma maioria substancial dos cidadãos dos Estados Unidos decidido através de seus representantes no Congresso dos Estados Unidos. Não há nos Estados Unidos evidência de apoio para tal reforma. Um grande número de cidadãos Norte-americanos se opõe ao plano para a reforma do calendário que agora está diante do Conselho Econômico e Social. Sua oposição está baseada em razões religiosas, sendo que a introdução de um “dia vago” no fim de cada ano romperia o ciclo do sétimo dia sabático.


Além disso, este Governo defende que não seria apropriado para os Estados Unidos, que representa muitas crenças religiosas e sociais de todo o mundo, patrocinar qualquer revisão do calendário existente que conflitaria como os princípios de importantes crenças religiosas.


Este Governo, recomenda que nenhum estudo posterior do assunto deveria ser realizado. Tal estudo requereria o uso de força humana e fundos que poderiam ser mais úteis se dedicados a tarefas vitais e urgentes.


A Associação Internacional do Calendário Mundial agora parece cônscia de que qualquer reforma do calendário deve ter forte apoio religioso e alterou suas táticas para enfatizar benefícios religiosos mais do que os benefícios comerciais e estatísticos do Calendário Mundial.


Votou-se incluir a reforma do calendário na agenda do Concílio do Vaticano II (Aberto em 1962).


O objetivo dos reformadores do calendário dentro do Vaticano parece, basicamente, ser estabelecer a data da *Páscoa e desta maneira aumentar a chance de união, inicialmente entre o Papado e as igrejas Cristãs Ortodoxas orientais — cuja observância da Páscoa em data diferente da observada em Roma é uma pedra de tropeço para a unidade — e eventualmente com o restante da Cristandade. A reforma do conselho do Cardeal Amleto Cicognani, presidente da Comissão Preparatória das Igrejas Orientais, é essencialmente o plano do Calendário Mundial. O Calendário sugerido incorpora os dias familiares vagos, o dia extra de cada ano sendo referido como um “Feriado Mundial”, e o dia extra dos anos bissextos como “Dia Bissexto”.


A segunda sessão do concílio, por votação de 2.058 a 9 (1 em branco), fez estas recomendações na forma da emenda ao quinto capítulo do esquema do concílio sobre a liturgia, aqui traduzido do texto Latino.


Uma Declaração do Segundo Concílio Ecumênico do Vaticano sobre a Revisão do Calendário. O Segundo Sagrado Concílio Ecumênico do Vaticano, reconhecendo a importância dos desejos expressos por muitos concernentes à determinação da Festa da Páscoa a um domingo fixo e a respeito de um calendário imutável, tendo considerado cuidadosamente os efeitos que poderiam resultar de uma introdução de um novo calendário, declara o seguinte:


1. O sagrado Concílio não objetaria se a festa da Páscoa fosse determinada a um domingo específico do calendário Gregoriano, salvo que aos que possa interessar, especialmente os irmãos que não estejam em comunhão com a Diocese Apostólica, dêem sua aprovação.


2. O Sagrado Concílio de igual modo declara que não se opõe aos esforços despendidos para introduzir um calendário perpétuo na sociedade civil.


Mas entre os vários sistemas que estão sendo sugeridos para estabelecer um calendário perpétuo na vida civil, a Igreja não tem objeções somente no caso de esses sistemas, que preservam e salvaguardam uma semana de sete dias com o domingo, sem a introdução de quaisquer dias além da semana, para que a sucessão de razões possa ser deixada intacta, a menos que haja uma questão de razões mais sérias. A respeito desta a Diocese Apostólica julgará.


A reforma do calendário continua a ser estudada no Vaticano depois da decisão do Concílio do Vaticano II apoiando o ciclo atual da semana. L’Osservatore Romano (No 95, p. 3., 24 de março de 1964), advoga um dia intercalado. O escritor Serafino M. Sarb, defende dias intercalados no passado. La Civilta Cattolica (Anno 115, 20/06/1964) sugere que o Dia de Natal seja um dia “vago”, fora da semana, assegurando a observância religiosa de um dia extra. Desta maneira, pensava-se que a interrupção do ciclo semanal não seria objetável às autoridades religiosas cristãs. Outro artigo em L’Osservatore Romano (no 155, 8 de julho de 1964, p. 7) revisa o problema do calendário e as várias sugestões sem advogar qualquer plano particular embora não declarando nenhuma objeção séria ao dia vago. O objetivo principal da Igreja Católica Romana é obter uma data fixa para a Páscoa.


Um livro, La Misura do Tempo (1969), do Prof. G. Imbrighi, erudito do Vaticano, escreveu uma história do calendário e sugeriu que um dia “vago” resolveria os problemas do presente calendário Gregoriano.


Teoria dos Cinqüenta Dias. Esta hipótese declara que havia sete dias “vagos”: no calendário Judaico anterior ao reinado de Salomão. Proposto pelo Prof. Julius Lewy e sua esposa, Dra. Hildegard Lewy, esta teoria recebeu ampla circulação pelo Rabi Julian Morgenstern, antigo presidente do Hebrew Union College, em Cincinnati, EUA. O Dr. Morgenstern incluiu essa conjectura em um material para o The Interpreter’s Dictionary of The Bible (vol. 4, artigos “Sábado” e “Semana”). A teoria, baseada em Lev. 23:15, 16, postula 7 períodos de 50 dias mais 2 semanas de festivais em cada ano judaico. Cada um dos períodos compreendem sete semanas de 49 dias tendo o 50o dia fora do ciclo semanal. A Associação do Calendário Mundial deu a essa suposição ampla circulação.


Propostas Congressionais. Desde 1965, têm sido introduzidas propostas para uma mudança em cada sessão do Congresso dos Estados Unidos. Uma explicação detalhada do calendário inventada pelo Padre Evarist Kleszcz, foi impressa no Congressional Record de 26/01/1965. Este calendário não interrompe o ciclo semanal mas requer uma “semana bissexta” a cada 5 ou 6 anos. Circulares apoiando o Calendário Perpétuo de Edwards cessaram no comitê nos Congressos de número 85, 90, 91 e 93.


Circulares para o Calendário Gregoriano Ajustado, inventado por A. F. Beine, cessaram nos comitês 91 e 92 do Congresso. Em 1974, o Congressista Gilbert Gude (R-Md) propôs (H. R 14.092) que o 93o Congresso destinasse $100.000 para o estudo do melhoramento do calendário. A circular não foi agendada por falta de interesse público.


Dias da Semana Renumerados. Em 1971, a Organização Internacional para Padronização (ISO) de Genebra, Suíça, recomendou (Resolução R 2.015) “para o propósito da renumeração da semana, o primeiro dia da semana será a segunda-feira”. Este plano não altera o calendário Gregoriano e mantém a seqüência do ciclo semanal sem interrupção. Porém, ele interrompe a numeração do calendário dos dias da semana designando a segunda-feira como o primeiro dia da semana, e domingo como o sétimo dia. No *Novo Testamento, o domingo é consistentemente referido como “o primeiro dia da semana”. A Finlândia adotou oficialmente este método do calendário para numerar os dias da semana.


Feriados de Segunda-Feira. O presidente Lyndon Johnson assinou o “Feriado de Segunda-Feira” Act. 28 de junho de 1968. Desde 1o de janeiro de 1971, quatro feriados sempre caem na segunda-feira. São eles: o dia do Presidente (3a
segunda-feira de fevereiro), Memorial Day (última segunda-feira de maio), Columbus Day (2a segunda-feira de outubro), e o dia dos Veteranos (4a segunda-feira de outubro).


Psicologia. Os ASD sentem que adulterar o calendário poderia preparar a mente dos homens para futura mudança. Embora nem a designação do domingo como o sétimo dia interfira no ciclo semanal, essas mudanças poderiam condicionar a mente para alterações mais substanciosas. Homens que se acostumaram à mudança, poderiam ser inclinados a aceitar até o dia “vago” sem uma mente crítica.


SEMANA


É a divisão de tempo de sete dias, finalizada pelo sábado (Gên. 2:1-3). Os ASD vêem a evidência para a continuidade da semana no fato histórico do uso da semana através dos séculos (antes e depois do tempo de Cristo) pelos judeus vastamente espalhados, que não poderiam ter simultaneamente perdido a conta dos dias. Houve também uma pausa independente no alinhamento bíblico da semana com a semana astrológica pagã usada por muitos séculos, começando com os tempos helenísticos. A revisão no calendário não alterou a semana (1852).


Fonte: Enciclopédia ASD.

terça-feira, 13 de março de 2012

Encontrado DNA em seres de 419 milhões de anos

O que seria mais intrigante do que proteína e vasos sanguíneos em ossos de dinossauro de 68 e 80 milhões de anos? Encontrarmos DNA em seres de 419 milhões de anos (419.000.000)  (!!!!!!!). Foi isso mesmo que descobriram cientistas Dalhousie University, no Canadá. Eles descobriram trechos de ADN pertencentes a bactérias que eles acreditam terem 419 milhões de anos.

Uma pequena pausa aqui… que eles encontraram bactérias, isso ninguém tem dúvidas. Que foi possível detectar ADN nas bactérias, isso também ninguém duvida. Agora, que elas têm 419 milhões de anos… isso já é um bocadinho difícil de acreditar. Há coisas que não fazem sentido, tanto do ponto de vista da lógica como do ponto de vista científico.


Tu não acreditarias se alguém te mostrasse um pneu de bicicleta cheio de furos, ainda meio cheio de ar, e te dissesse que os furos foram feitos há dezenas de anos, apesar de o pneu ainda estar a perder ar. Não faz sentido. Se ele ainda não esvaziou completamente é porque os furos são recentes. Além do mais, tu já mediste o índice de esvaziamento de um pneu semelhante àquele que te estão a mostrar.


A comparação pode não ser a melhor, mas ilustra bem aquilo que se passa com o facto de se encontrar tecidos orgânicos e moleculares em organismos que os evolucionistas afirmam ter muitos milhões de anos.


Não foi por acaso que a descoberta de Schweitzer originou tanto cepticismo no meio evolucionista [*1]. Eles sabem que este tipo de material orgânico se deteriora rapidamente, não se aguentando muito tempo num organismo morto. E isto não é uma “regra da ciência” arbitrária. Este facto está muito bem documentado através da observação e experimentação em laboratório (1, 2).


Os evolucionistas têm estado silenciosos quanto a este facto. Eles não descartam os milhões de anos necessários à cronologia evolucionista. Não o podem fazer. Eles são um requisito fundamental para a sua teoria poder ter alguma hipótese de sobrevivência. Mas, por outro lado, a experimentação científica está contra a crença que eles afirmam.


A única experimentação científica que eles nos dão para mostrar que é possível proteína e ADN durar 419 milhões de anos num organismo é a sua asseveração. Eles limitam-se a dar por confirmado aquilo que é necessário confirmar. Um evolucionista dir-te-é algo deste género: “Estas bactérias têm 419 milhões de anos. Ainda é possível extrair ADN delas. A ciência diz que o ADN não aguenta mais de 3 milhões de anos, quanto mais 419 milhões. Mas como estas bactérias de 419 milhões de anos ainda tem ADN, então a ciência está errada e a evolução certa".
CONCLUSÃO


Uma teoria para ser científica tem de estar sujeita à hipótese da falsificação. O famoso filósofo da ciência Karl Popper escreveu que o facto de uma teoria científica não poder ser falseada não é uma mais-valia, mas sim um defeito.

Se a teoria da evolução se esquiva constantemente à falsificação, é difícil considerá-la científica. Ela é a única teoria “científica” do mundo que acomoda cenários mutuamente exclusivos. Par a evolução ganha, ímpar és tu que perdes.

Mais uma vez vimos a falsificação dos milhões de anos a ocorrer mesmo á frente dos nossos olhos. Claro que isto não vai mudar o pensamento dos evolucionistas. Eles não são evolucionistas por causa das evidências a seu favor, mas sim porque a outra alternativa plausível é impensável.
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REFERÊNCIAS OU NOTAS:

[*1] – A cientista norte-americana recebeu grande cepticismo por parte dos outros evolucionistas quando afirmou que tinha conseguido extrair colagénio e vasos sanguíneos de um dinosssauro velho demais para ainda ter esse material (Ver AQUI).

Para se verem livre dessa dor de cabeça, os evolucionistas alegaram contaminação da amostra. No entanto, a equipa de Schweitzer descobriu algo ainda mais espectacular: vasos sanguíneos, células e a matriz extracelular dos ossos num dinossauro supostamente ainda mais velho (Ver AQUI). Actualmente, mais casos semelhantes foram detectados (1, 2).

Dos evolucionistas resta esperar a mesma atitude que mostraram até agora… o silêncio.

Declarações de Ellen G. White sobre a Divindade do Espírito Santo



* “O Espírito Santo tem personalidade, do contrário não poderia testificar ao nosso espírito e com nosso espírito que somos filhos de Deus. Deve ser também uma pessoa divina, do contrário não poderia perscrutar os segredos que jazem ocultos na mente de Deus.”
Manuscrito 20, 1906.


* “O príncipe da potestade do mal só pode ser mantido em sujeição pelo poder de Deus na terceira pessoa da Divindade, o Espírito Santo.
Special Testimonies, Serie A, No 10, 37.


* “Precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como o próprio Deus é uma pessoa, está andando por esses terrenos”
Manuscript 66, 1899 (From a talk to the students at the Avondale School).


* “O Espírito Santo é uma pessoa, pois dá testemunho com o nosso espírito de que somos filhos de Deus.”
Manuscript 20, 1906.


* "terceira pessoa da Divindade (falando do ‘divine Spirit’)”. The Signs of the Times, December 1, 1898; The Watchman, November 28, 1905.


* A expressão "terceira pessoa da Divindade” aparece em vários outros textos, como:
The Desire of Ages, 1898; The Ellen G. White 1888 Materials; e The Review and Herald, May 19, 1904.


* “Quando o povo de Deus busca as Escrituras com o desejo de saber o que é a verdade, Jesus está presente na pessoa de Seu representante, o Espírito Santo, reavivando os corações dos humildes e contritos (cita Jo 15:23, 10-11).”
Manuscript 158, 1898.


* “O mal tem se acumulado por séculos, e poderia ser restringido e resistido pelo forte poder do Espírito Santo, a terceira pessoa da Divindade, que viria não com energia modificada, mas na plenitude do divino poder.”
Letter 8, 1896, p. 1 (To "My Brethren in America" February 6, 1896); repetido em Special Testimonies for Ministers and Workers. -- No. 10, 1897; e The Review and Herald, November 19, 1908.

Declarações de Ellen G. White sobre a Divindade de Jesus



* “Cristo era essencialmente Deus, e no mais elevado sentido. Estava com Deus desde toda eternidade, Deus sobre tudo, bendito para todo o sempre.”
Review and Herald, 5 abril, 1906.


* “’Eu e o Pai somos Um’. As palavras de Cristo estavam cheias de profundo significado ao declarar que Ele e o Pai eram um em substância, possuindo os mesmos atributos
Signs of the Times, 27 novembro, 1893.


* “Declarara-se Aquele que tem existência própria (self-existent)...”
O Desejado de todas as nações, 469-470.


* “O Redentor do mundo era igual a Deus”.
Review and Herald, 7 janeiro, 1890.


* “Antes que os homens ou os anjos fossem criados, o Verbo estava com Deus e era Deus. ... As palavras proferidas a este respeito são tão decisivas que ninguém precisa ficar em dúvida. Cristo era essencialmente Deus, e no mais alto sentido.”
Review and Herald, 5 abril, 1906.


*“Cristo é o preexistente e auto-existente Filho de Deus.”
Signs of the Times, 29 agosto, 1900


* “Mas Cristo é igual a Deus, infinito e onipotente. Ele poderia pagar o preço do resgate do homem. Ele é o eterno e auto-existente Filho, que nãos estava sob nenhum jugo”
Youth’s Instructor, 21 junho, 1900.


*“Jeová é o nome dado a Cristo”.
The Signs of the Times , May 3, 1899


* “O Verbo eterno consentiu em tornar-se carne! Deus tornou-se homem”.Review and Herald, 5 de julho, 1887


* “Ele era Deus enquanto viveu na Terra, mas despiu-se da forma divina, e em seu lugar assumiu a forma e a feição do homem. ... Ele era Deus, mas abdicou por um tempo das glórias da forma divina.” Review and Herald, 5 de julho, 1887

Declarações de Ellen G. White sobre a Divindade em Três Pessoas



*Há três pessoas vivas pertencentes ao trio celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a cristo por fé viva são batizados...”
Special Testimonies, Series B, No. 7, pp. 62, 63. (1905); repetido em Testimonies for the Church Containing Messages of Warning and Instruction to Seventh-day Adventists (1906); e Bible Training School, March 1, 1906.


* “Devemos cooperar com os três mais elevados poderes do Céu – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – e estes poderes operarão por nosso intermédio, tornando-nos coobreiros de Deus.”
Special Testimonies, Series B, No. 7, p. 51, 1905; a mesma expressão aparece em outros artigos, como The Review and Herald, May 26, 1904.


* “A Divindade moveu-se de compaixão pela raça, e o Pai, o Filho e o Espírito Santo deram-se a si mesmos ao estabelecerem o plano da redenção.”(Australasian) Union Conference Record, April 1, 1901; repetido por ela em The Second Tithe (1901), p. 5; The Needs of the Cause in Australasia, July 4,1903 e The Review and Herald, May 2, 1912.


* “A presença do Pai, do Filho e do Espírito Santo, os três mais elevados poderes no universo, é prometida para estar com cada alma que se esforça.”
Pacific Union Recorder, July 2, 1908. Repetido em Honoring God, The Watchman, December 15, 1908.


* “Os eternos dignitários celestes – Deus, Cristo e o Espírito Santo – equipando-os (aos discípulos) de energia sobre-humana, ... avançariam com eles para trabalhar e convencer o mundo do pecado.”
Manuscript 145, 1901.


* “Pelos votos batismais os membros da igreja tem prometido permanecer sob o controle do Pai, do Filho, e do Espírito Santo.
Record of Progress and An Earnest Appeal In Behalf of the Boulder-Colorado Sanitarium, 1905, p. 24


* “…cada alma que tem reconhecido sua fé em Jesus Cristo pelo batismo, e tem se tornado um receptor da garantia das três pessoas –o Pai, o Filho e o Espírito Santo (MS 57, 1900).”
Citado no Comentário Bíblico Adventista, Vol. 6 (1956), p. 1074


* “Quando um cristão se submete ao solene rito do batismo, os três mais elevados poderes no universo – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – dão sua aprovação ao seu ato, prometendo eles mesmos exercerem seu poder em seu interesse enquanto ele se esforça para honrar a Deus.”
The Signs of the Times, August 16, 1905; a expressão ‘three highest powers in the universe’ também aparece em outros lugares, como The Review and Herald, August 12, 1909.

O "argumento Caim" na adoração



A experiência de Caim, Abel e suas respectivas ofertas sempre surge no debate sobre música. Analisando-se alguns artigos e livros sobre o tema, percebe-se claramente que o fato de Deus ter rejeitado a oferta de Caim é rapidamente associado a elementos do culto cristão considerados polêmicos.
O argumento é: "Não podemos adorar a Deus como queremos, mas como Deus quer. Veja o caso de Caim!" A partir daí, o usuário do "argumento Caim" o aplica da seguinte forma: "O modo como EU adoro é 'oferta de Abel', e o modo como VOCÊ adora é 'oferta de Caim'".
Parece-me que o “argumento Caim” deteriorou-se como o “argumento do escândalo”. É uma espécie de carta-curinga, sacada da manga e encaixada sem critério algum em qualquer discussão sobre música e adoração.
Utiliza-se o “argumento Caim” para atacar desde o uso de spots de iluminação em cantatas de coral até para embasar “biblicamente” a proibição de se retirar o púlpito da plataforma.
Ironicamente, é comum ver na mesma pessoa que usa o “argumento Caim” a atitude extrema e violenta de Caim: dedo em riste, críticas, ataques e perseguições aos irmãos.

Refletindo sobre o tema, conclui-se que o “argumento Caim” só é aplicável a situações onde a expressa vontade de Deus estiver sendo desconsiderada na adoração. Uma mudança na ordem da liturgia, por exemplo, não é desobediência a Deus, já que Ele não estabeleceu uma sequência litúrgica inflexível no culto cristão. No entanto, na mente de alguns, colocar o ofertório antes do hino inicial já seria "querer fazer do seu jeito, e não do jeito de Deus. Lembre-se de Caim!!!". E assim, o 'argumento Caim' vai se sacralizando, sob uma falsa aura de "argumento bíblico".
No entanto, utilizado dessa forma, não é nem bíblico e nem lógico. Vejamos:
“Pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício mais excelente que o de Caim.” (Hb 11:4)

Abel ofereceu seu sacrifício pela fé, de acordo com a Palavra de Deus.

“De sorte que, a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Rm 10:17)

Se adorarmos a Deus pela fé, nós o faremos de acordo com a Sua Palavra.
Se nossa adoração não é pela fé, em obediência à Palavra de Deus, ela se torna pecaminosa, pois "tudo o que não provém da fé é pecado" (Rm 14:23).
O caso de Caim envolve algo simples mas perigoso: substituir uma ordem de Deus por outra coisa, mesmo por coisas aparentemente boas e aceitáveis.
Os hipócritas da época de Jesus praticavam muitas coisas boas e aceitáveis, frutos de boas intenções. No entanto, isso se tornou pecado quando os mandamentos divinos começaram a ser substituídos por tais coisas:

“Assim vocês anulam a palavra de Deus por causa da tradição de vocês.” Mt 15:6


Sobre isso, Jesus disse:

“Hipócritas! Bem profetizou Isaías acerca de vocês, dizendo: ‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens’". Mt 15:8-9


O caso de Caim não é apenas uma ingênua questão de gosto pessoal ("ele preferia frutos a cordeiros..."). É uma questão de desrespeito e desobediência deliberada. Longe de ser um sincero adorador ignorante, Caim era um rebelde que conhecia a vontade de Deus, mas decidiu desobedecer de propósito.

“Não sejamos como Caim, que pertencia ao Maligno e matou seu irmão. E por que o matou? Porque suas obras eram más e as de seu irmão eram justas.” 1 Jo 3:12


Deus é muito específico acerca do que quer de nós na adoração. No entanto, quando o "argumento Caim “ é usado na discussão sobre música, implicitamente colocamos várias normas e práticas que Deus NÃO especificou na adoração. Assim, cometemos o mesmo erro das pessoas a quem queremos corrigir: colocar a vontade humana à frente da vontade de Deus.

A seguir, a análise de algumas afirmações sobre o tema, encontradas em livros e artigos, sob a luz da Bíblia e dos escritos de Ellen White:


1) “O pecado de Caim foi uma ‘modernização’, uma ‘culturalização’


Não. O pecado de Caim foi desobedecer.
Caim levou a Deus uma simples oferta de gratidão, e não uma oferta pelo pecado [1].
Tecnicamente, trazer uma oferta “do fruto da terra” é algo encontrado na Bíblia, uma oferta legitimamente bíblica (Lv 2:1, 14; Nm 18:12, 13; Dt 26: 2, 4, 10). No entanto, não era esse tipo de oferta que o Senhor requeria naquele episódio.
“Sua oferta assemelhava-se à de Caim. Traziam ao Senhor os frutos da terra, os quais eram, em si mesmos, aceitáveis aos olhos de Deus. Muito bom era, na verdade, o fruto; mas, a virtude da oferta - o sangue do Cordeiro morto, representando o sangue de Cristo - isso faltava.”[2]
Não houve nenhum tipo de modernização ou culturalização. Houve sim uma desobediência a uma ordem expressa do Senhor. Ele ofereceu uma oferta tecnicamente correta, mas em substituição à oferta requerida por Deus.
“Caim obedeceu ao construir o altar, obedeceu ao trazer um ‘sacrifício’; prestou, porém apenas uma obediência parcial. A parte essencial, o reconhecimento da necessidade de um Redentor, ficou excluída”.[3]
A atitude de Caim indica que ele se achava justo. Aos seus próprios olhos, não havia necessidade de confissão de pecados e nem de misericórdia. Utilizar o “argumento Caim” contra inovações é ignorar a existência de ofertas do fruto da terra.


2) “A adoração de Caim foi ‘pomposa’, ‘chamativa’ e ‘de fazer barulho’”.


Não. A oferta de Caim foi uma “simples oferta de gratidão”[4].
Caim não estava preocupado nem mesmo em trazer “o melhor dos frutos”[5].
Não há nada de pomposo, chamativo ou barulhento na oferta de Caim. Ele trouxe sua oferta com “murmuração e infidelidade”[6].


3) “Caim ofereceu o seu melhor”


Não. “Caim não estava preocupado em trazer nem mesmo o melhor dos frutos”[7].
Abel sim trouxe o melhor, cheio de fé[8].


4) “Caim adorou com sinceridade”


Não. A oferta de Caim foi feita com murmuração, infidelidade e dúvida[9]. Caim não era um adorador do Deus vivo, ele era do Maligno (1 Jo 3:12).
Caim sabia a vontade de Deus, mas a recusou deliberadamente numa atitude de desrespeito e rebeldia[10].


5) “Caim não tinha cordeiros para oferecer”


Não era difícil para Caim conseguir um cordeiro. O próprio Abel o aconselhou a trazer um cordeiro. “(Caim) não estava disposto a seguir estritamente o plano de obediência e procurar um cordeiro e oferecê-lo com os frutos da terra. Meramente tomou do fruto da terra e desrespeitou as exigências de Deus.”[11].
Note a interessante possibilidade de oferecer o cordeiro com os frutos da terra.


Conclusão


Teologicamente, a oferta de Caim representa a tentativa de salvação pelas obras, sem cordeiro, sem sangue, sem os méritos de Jesus:
“O esforço que o homem faz em suas próprias forças para obter a salvação é representado pela oferta de Caim”[12].
Caim e Abel representam duas classes distintas: “fiéis X infiéis”, “salvos pela graça X legalistas”, “obedientes X rebeldes”. Eles não representam “os que cantam sem melismas X ‘melismeiros’”, nem “eruditos X populares”, muito menos “louvor com percussão X sem percussão”.
Assim, tanto o culto desordeiro e indecente quanto o silencioso culto gregoriano idólatra podem ser “oferta de Caim”. Independentemente do estilo e da música, ambos desobedecem a ordens explícitas de Deus.
O barulhento louvor da Carne Santa acompanhado de “gritos com tambores, musica e dança” é “oferta de Caim” por seus graves erros doutrinários e por sua irreverência. O culto ao som do órgão e do coral também pode ser “oferta de Caim” por sua ostentação e idolatria:
“O culto da Igreja Romana é um cerimonial assaz impressionante. O brilho de sua ostentação e a solenidade dos ritos fascinam os sentidos do povo, fazendo silenciar a voz da razão e da consciência. Os olhos ficam encantados. Igrejas magnificentes, imponentes procissões, altares de ouro, relicários com pedras preciosas, quadros finos e artísticas esculturas apelam para o amor do belo. O ouvido também é cativado. A música é excelente. As belas e graves notas do órgão, misturando-se à melodia de muitas vozes a ressoarem pelas elevadas abóbadas e naves ornamentadas de colunas, das grandiosas catedrais, não podem deixar de impressionar a mente com profundo respeito e reverência.
Este esplendor, pompa e cerimônias exteriores, que apenas zombam dos anelos da alma ferida pelo pecado, são evidência da corrupção interna.”[13].
Caim substituiu o que Deus pediu. Ele decidiu desobedecer. Esse argumento não pode ser utilizado contra inovações e estilos que não comprometam ordens claras e específicas de Deus. Podemos discutir racionalmente o que é melhor e mais conveniente ao culto sem apelar para o "argumento Caim" a todo instante.
_____________________________
[1] Parábolas de Jesus, 152.
[2] Evangelismo, 188.
[3] Patriarcas e Profetas, 72.
[4] Parábolas de Jesus, 152.
[5] História da Redenção, 52.
[6] História da Redenção, 52.
[7] História da Redenção, 52.
[8] A verdade sobre os anjos, 64.
[9] História da Redenção, 53.
[10] História da Redenção, 52; Patriarcas e Profetas, 72; 1Mens. Escolhidas, 233.
[11] A Verdade sobre os anjos, 64.
[12] Fé e Obras, 94.
[13] O Grande Conflito, 566 e 567.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Jesus disse que o pai de Zacarias, foi chamado Berequias, mas 2 Crônicas afirma que Joiada, pai de Zacarias. Jesus se enganou?


O "problema"
Em Mateus 23, Jesus condenou os escribas e fariseus por sua hipocrisia. Ele concluiu sua repreensão com algumas declarações, especialmente fortes.
"Portanto, vós sois testemunhas contra vós mesmos que sois filhos dos que assassinaram os profetas. Encha-se, então, a medida da culpa de vossos pais. Serpentes, raça de víboras! Como você pode escapar da condenação do inferno? Portanto, na verdade, eu vos envio profetas, sábios e escribas: alguns deles você vai matar e crucificar, e algumas deles você vai flagelar em suas sinagogas e perseguir de cidade em cidade; para que sobre vós recaia todo o sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem vocês assassinaram entre o santuário e o altar. "( Mateus 23:31-35 )
Jesus afirmou claramente que Zacarias, filho de Baraquias, foi assassinado entre o templo e o altar.
2 Crônicas revela que Zacarias, filho de Joiada, foi apedrejado " no pátio da casa do Senhor "( 2 Crônicas 24:20-21 ). Então era Zacarias, filho de Berequias ou o filho de Joiada? Como podemos responder a esta suposta contradição da Bíblia?


A resposta popular
Muitos cristãos têm tentado resolver esta alegada contradição, alegando que a palavra hebraica para "filho" ( ben , e o seu homólogo grego huios ) pode se referir a ambos os descendentes imediatos e distantes. Em outras palavras, talvez Jesus referiu-se ao pai de Zacarias, enquanto o escritor de 2 Crônicas referido avô de Zacarias. Embora seja verdade que a língua hebraica permite tal uso para esta palavra, eu não acredito que esta é a melhor solução neste caso.


A Solução
Bíblias de estudo costumam oferecer versos para fins de referência cruzada passagens. Neste caso, os vários  link Bíblias de Mateus 23:35 e 2 Crônicas 24:20 . No entanto, enquanto há muitas semelhanças nestas passagens, a Bíblia fornece os detalhes para nos mostrar que estas são duas passagens separadas. Lembre-se, a semelhança não é necessariamente igual.
Neste caso em particular, sabemos que o nome do avô de Zacarias (filho de Berequias). Jesus referiu-se ao profeta cujas profecias foram preservadas para nós no livro de Zacarias. O primeiro verso do referido livro, " No oitavo mês do segundo ano de Dario, a palavra do Senhor veio a Zacarias, filho de Berequias, filho de Ido, o profeta "( Zacarias 1:1 ). Então o homem a quem Jesus se referia era o neto de um homem chamado Ido (não Joiada), e seu ministério como profeta começou no segundo ano de Dario. Isso coloca o início do ministério de Zacarias por volta de 520 aC. 
Os eventos em 2 Crônicas 24 teve lugar durante os últimos anos do reinado de Joás, rei de Judá (c. 835-796 aC). Isto significa que Zacarias, filho de Joiada viveu há cerca de três séculos antes do que o filho de Berequias.
Então, a solução para esta suposta contradição é que Jesus não se referia aos acontecimentos de 2 Crônicas 24. Em vez disso, Ele estava falando sobre o assassinato do profeta Zacarias, filho de Berequias, filho de Ido. Isto faz sentido, à luz do contexto. Jesus disse aos escribas e fariseus que eles eram culpados de todo o sangue justo que havia sido derramado sobre a terra ", a partir do sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias "( Mateus 23:35 ). Abel foi a primeira pessoa a ser assassinada, e tanto Jesus como o autor de Hebreus identificá-lo como justo ( Hebreus 11:4 ). Zacarias, filho de Berequias morava perto do final do Antigo Testamento.
Ao citar os primeiros mártires e a última parte do Antigo Testamento, Jesus essencialmente tinha atribuído a culpa do assassinato de todos os profetas aos escribas e fariseus. Se Ele tivesse referido Zacarias, filho de Joiada, em seguida, Jesus teria saltado para fora em mais de 300 anos de história em que vários profetas foram martirizados.
Mais uma vez, vemos que não há contradição. Nós só precisamos cavar um pouco mais profundo para encontrar a solução.


Um Exemplo Moderno
Esta solução poderia levantar a seguinte objeção do crítico: Você espera que eu acredite que duas pessoas com o mesmo nome foram assassinados de forma semelhante? Na verdade, não é incomum para duas pessoas que compartilham um nome podem experimentar eventos semelhantes na vida.
Considere, por exemplo, que o presidente George Bush dos Estados Unidos da América levou sua nação à guerra no Iraque em 1991. Espere um minuto! Isso não pode ser verdade, porque o presidente George Bush dos Estados Unidos da América levou sua nação à guerra no Iraque em 2003. Na verdade, ambos são verdadeiros. Presidente George HW Bush levou os EUA na Guerra do Golfo em 1991. Seu filho, o presidente George W. Bush, levou os EUA na Guerra do Iraque em 2003. Estes dois homens partilham ambos os nomes e sobrenomes e ambos levaram a sua mesma nação em guerra com o Iraque durante as suas presidências.
Então, isso não é muito difícil, afinal, acredito que duas pessoas com o mesmo nome podem experimentar eventos similares.
Conclusão
Esta suposta contradição pode ser facilmente respondida quando se estuda os contextos das passagens relevantes. Este caso também levanta um ponto importante. As notas de rodapé, notas de texto e de referência cruzada previstas em Bíblias de estudo não são inspirados. Embora estas notas marginais são frequentemente muito útil, nunca devemos esquecer que eles são apenas estudos desenvolvidos por homens, e eles estão longe de ser única e infalível. Neste caso, por meio de referência cruzada de notas, enganou os leitores a pensar que essas duas passagens  se referem à mesma pessoa e eventos.
Jesus não se enganou quando afirmou que Zacarias era filho de Berequias. Nem foi o escritor de 2 Crônicas equivocado quando afirmou que Zacarias era filho de Joiada. Ambos eram precisos, pois ambos os Zacarias foram assassinados dentro ou perto do templo. E ambas as passagens da Bíblia são exatas, porque elas são inspiradas pelo Deus da verdade, que nunca se contradiz. É por isso que sempre podemos confiar nele e não em cavernas como os céticos.
Artigo traduzido do inglês do site answersingenesis pelo site Bíblia e a Ciência

Do que é feita a salsicha?


Uma das perguntas mais enigmáticas sobre o que o ser humano consome: do que é feita a salsicha? No vídeo abaixo você vai acompanhar todo o processo que faz deste um dos “alimentos” mais controversos de todos os tempos. Depois de saber como é feita a salsicha, talvez nunca mais você olhe para o cachorro-quente com os mesmos olhos.


Leia as embalagens das salsichas no supermercado!


Vamos analisar, por exemplo, os ingredientes da Salsicha Hotdog 500g, da Perdigão. (você pode verificar no site da empresa.)


Carne mecanicamente separada de aves, Carne suína, Água, Carne bovina, Proteína de soja, Sal, Amido, Pimenta, Alho, Regulador de acidez: lactato de sódio (INS325), Aromatizantes: aromas naturais (com pimenta, coentro, noz moscada e antiumectante: dióxido de sílicio (INS551i)) e aroma de fumaça, Estabilizantes: triopolifosfato de sódio (INS451i) e pirofosfato de sódio (INS450i), Conservador: nitrito de sódio (INS250), Realçador de sabor: glutamato monossódico (INS621), Antioxidante: isoascorbato de sódio (INS316), Corantes: ácido carmínico (INS120) e urucum (INS160b). NÃO CONTÉM GLÚTEN.


O último ingrediente destacado, o INS120 (ou corante carmin de cochonilha, ou ácido carmínico) é obtido a patir da trituração de pequenos besouros de origem mexicana. O “caldo” que sobra é um vermelho forte usado por algumas empresas em iogurtes, bolachas, sorvetes e outros alimentos para realçar a cor. Fique ligado!


Há alternativas


Procure salsichas vegetais, veganas. São muito mais limpas e saudáveis. Você pode continuar com o seu cachorro-quente sem comer esse lixo que é a salsicha tradicional.
Via Cantinho Vegetariano

As bem-aventuranças do casamento


Bem-aventurado o casal que continua a demonstrar carinho e consideração um com o outro depois que a empolgação dos primeiros anos passou.


Bem-aventurado o casal que é educado e cortês um com o outro como eles são com seus amigos.


Bem-aventurados são aqueles que têm senso de humor, pois esse atributo é um grande “amortecedor de choques”.


Bem-aventurados são aqueles que amam seus companheiros mais do que qualquer outra pessoa no mundo e que cumprem com alegria seus votos de casamento com uma vida inteira de fidelidade e respeito mútuos.


Bem-aventurados são aqueles que alcançam a paternidade, pois os filhos são herança do Senhor.


Bem-aventurados os que se lembram de agradecer a Deus por sua comida antes de tomá-la, e que separam tempo para a leitura da Bíblia e oração diariamente.


Bem-aventurados os cônjuges que nunca levantam a voz para o outro e que fazem de seu lar um lugar onde palavras desencorajadoras são pouco ouvidas.


Bem-aventurado o casal que fielmente vai a igreja e que trabalha junto para a expansão do reino de Deus.


Bem-aventurado o marido e a esposa que sabem lidar com suas diferenças e se ajustam sem a interferência dos parentes.


Bem-aventurado é o casal que tem um completo entendimento das finanças e que conseguiu uma parceria perfeita onde todo o dinheiro está sob o controle dos dois.


Bem-aventurados são o esposo e a esposa que humildemente dedicam suas vidas e seu lar a Deus e que praticam seus ensinamentos sendo leais, amorosos e não egoístas.


por Amilton Menezes

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