quarta-feira, 21 de março de 2012

38 Perguntas sobre o Dízimo


1. O que significa o dízimo?
Significa a décima parte dos lucros e entradas que o crente destina para uma finalidade sagrada. Essa décima parte é devolvida a Deus como um sinal da aliança e da sociedade com Ele, reconhecendo-O como o criador e proprietário de todas as coisas. Gênesis 14:18; Levítico 27:30 e 32; Malaquias 3:7-10


2. Dizimar está relacionado a um mandamento de Deus ou à vontade humana?
Está relacionado com um mandamento de Deus, pois como Soberano do Universo, reservou para Si o dízimo, e logo o estabeleceu como um concerto: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro" Malaquias 3:10. "Dever é dever, deve ser realizado por amor a ele". CSM, 90. "A negligência ou adiamento desse dever, provocará o desagrado Divino." – CSM, 67. Sendo que o governo de Deus respeita o livre arbítrio, dizemos que Ele não obriga ninguém a segui-Lo. Este acordo poderá não ser executado nem aceito, mas quem procede assim terá que enfrentar as consequências. O princípio do dízimo se baseia em princípios tão duradouros como a lei de Deus.


3. Com que finalidade Deus estabeleceu o sistema de dízimo?
• Para beneficiar o homem. "A fim de que o homem se pudesse tornar como seu criador de índole benevolente e abnegada." – CSM, 15


"Vi que o sistema do dízimo desenvolverá o caráter e manifestará o verdadeiro estado do coração." – I TS 237.


• Para expressar a Deus a nossa lealdade e obediência à soberania divina. "Exige Ele esse tributo como prova de nossa fidelidade a Ele" – CSM 72


• Para reconhecer a Deus como dono e doador de tudo. I Crônicas 29:11-14


• Para habilitar-nos a receber bênçãos de Deus. Malaquias 3:10 – 12


• "Para avanço da obra de Deus na Terra" – CSM 77


4. Qual o único destino que Deus dá ao dízimo?
Através dos tempos, Deus estabeleceu que o dízimo seria destinado, somente, para o sustento de seus ministros, os levitas. Assim aconteceu no antigo testamento: os levitas e sacerdotes foram sustentados com os dízimos (Números 18:21 e 24.) No Novo Testamento e na atualidade, o dízimo é para o sustento do ministério evangélico (I Corintios 9:14; I Timóteo 5:18)
5. Que significa a expressão "sustento do ministério evangélico"?
Ministério evangélico é um cargo ou ocupação de tempo integral, daqueles que se dedicam a uma função evangelizadora. O dízimo dedica-se ao sustento e a uma função evangelizadora. Isto compreende os pastores, professores que dão ensinamento bíblico, e também inclui todos os gastos da denominação, derivados da atenção às igrejas, tanto pelas Associações/ Missões, como pelas Uniões, Divisões e a Associação Geral.


6. Quantas vezes aparece a palavra dízimo na Bíblia?
No Antigo Testamento aparece 35 vezes. E os textos são:


Gênesis 14:20; 28:22; Levítico 27:30, 31 e 32; Números 18:21, 24, 26 e 28; Deuteronômios 12:6, 11, , 17; II Crônicas 31:5, 6 e 12; Neemias 10:37 e 38; 12:44; 13:5 e 12; Amós 4:4; MAlaquias 3:8-10.
No Novo Testamento aparece 10 vezes, e os textos são: S. Mateus 23:23; S. Lucas 11:42 e 8:12; Hebreus 7:2, 4-6, 8 e 9.


"O Novo Testamento não dá novamente a lei do dízimo, como também não dá a do sábado, pois pressupõem a validade de ambos, e explica sua profunda importância espiritual." CSM 66


7. Que significa "Casa do Tesouro" em Mal. 3:10?
Significa: Depósito (Salmo 33:7), armazém (I Crônicas 27:28), Casa de provisões. Com frequência usa-se como sinônimo de tesouraria (Neemias 12:12). Pode referir-se a tesouraria da igreja local como um depósito temporário, de onde se enviam os dízimos para a Missão / Associação, depois para a União, Divisão e para a Associação Geral, entidades que representam a igreja organizada, de onde se administram os usos e destinos dos dízimos. Esta é a verdadeira "Casa do Tesouro".


"Aqueles que se encontram à testa dos negócios na sede da causa, têm de examinar detidamente as necessidades dos vários campos, pois eles são os mordomos de Deus, destinados a estender a verdade, a todas as partes do mundo. Eles são inescusáveis, se permanecem em ignorância com respeito às necessidades da obra." O.E. 454,455.8. Qual era a situação política e religiosa da nação israelita nos dias de Malaquias?
Malaquias viveu no final do período do cativeiro babilônico. Neemias havia acabado de liderar o povo no retorno do cativeiro e empreendido uma reforma política ao reorganizar a nação e reconstruir os muros da cidade e uma outra reforma espiritual ao restaurar o templo e os tesouros do Senhor, saqueados pela infidelidade do povo.


Em seu livro Malaquias denuncia a infidelidade do povo para com os serviços da casa do Senhor restaurados por Neemias. (Nee. 12:44-47; 13:10-13.)


É importante salientar o fato que os livros de Crônicas, Esdras e Neemias tratam do mesmo tema de Malaquias. "Casa do Tesouro", portanto, pode ser melhor compreendido à luz desses livros.


9. Como ficou o sistema financeiro organizado por Neemias nos dias de Malaquias?


• Neemias estabeleceu "câmaras" ou tesourarias em várias cidades de Israel, para recolherem temporariamente, os dízimos e ofertas, que eram as porções dos sacerdotes e levitas. (Nee. 12:44)


• Ele fez cuidadosa separação entre dízimo e oferta. (Nee. 12:44)


• Estabeleceu tesoureiros para cada "câmara" ou tesouraria, como nos dias de Ezequias. (II Cr.31:19)


• Esses tesoureiros foram escolhidos dentre os próprios levitas. Dessa maneira não seriam vítimas do jogo de interesses alheios à função. Se eram dignos de serem ministros do santuário, também o seriam para administrarem os fundos para seu próprio sustento com fidelidade. (II Cr.31:19)


• A distribuição dos dízimos e ofertas era controlada a partir de Jerusalém. Os tesoureiros das "câmaras" que haviam espalhadas por todo o país, enviavam o produto recolhido para a "Casa do Tesouro" em Jerusalém e de Jerusalém voltava para os levitas espalhados por todo Israel. (II Cr. 31:4-6; Nee.12:44)


• Havia uma equipe encarregada da distribuição em Jerusalém e outra para o resto do país. (Nee.13:13)


• Os levitas eram assistidos conforme o registro de suas famílias, mulheres e crianças (II Cr 31:19). Essa assistência financeira e material não considerava como prioridade os lugares que eram os maiores doadores, para que ali ficassem retidos os dízimos, mas as necessidades de manutenção dos indivíduos e da obra em Israel como um todo. Assim que, todos os levitas recebiam sua manutenção de acordo com as necessidades de suas famílias (II Cr 31:17-19).


• Pode-se depreender dos registros bíblicos que essa unificação do sistema gerido pelos próprios levitas: 1) proporcionava igualdade de tratamento e proporcionalidade na manutenção do ministério; 2) Concedia uma visão global unificada gerando um senso nacional de missão e unidade entre os sacerdotes; 3) Procurava evitar ambições financeiras na liderança espiritual da igreja israelita.


Portanto, na Bíblia, os dízimos e ofertas dos sacerdotes não ficavam em cada vila ou cidade, ou na posse do próprio adorador. Os relatos bíblicos disponíveis indicam que tanto no período pré como pós-exílio, sempre que o sistema de manutenção dos sacerdotes foi reformado sob direção profética, a casa do tesouro foi uma tesouraria centralizada em Jerusalém e administrada pelos próprios levitas. Para esta "casa do tesouro" Malaquias apelava para que fossem conduzidas todas as dádivas. A partir desse centro administrativo todos os levitas recebiam auxílio conforme o registro de "suas famílias" (II Cr 31:17 -19).


10. Há nos escritos de Ellen G. White referência à possibilidade de pessoas ou igrejas locais agirem separadamente da organização?


"Alguns têm apresentado a ideia de que, ao aproximarmo-nos do fim do tempo, cada filho de Deus agirá independentemente de qualquer organização religiosa. Mas fui instruída pelo Senhor de que nesta obra não há isso de cada qual ser independente. As estrelas do céu estão todas sujeitas às leis, cada uma influenciando a outra a fazer a vontade de Deus, prestando obediência comum à lei que lhes dirige a ação. E, para que a obra do Senhor possa avançar sadia e solidamente, Seu povo deve unir-se." O. E. 487.


O DÍZIMO EM GERAL


PARA QUE NECESSIDADES EXISTENTES NA IGREJA NÃO SE DEVE USAR O DÍZIMO?
1. O Dízimo pode ser usado para atender os gastos da igreja?
"Foi-me mostrado que é um erro usar o dízimo para atender a despesas ocasionais da igreja" – CSM 103


"Mas estais roubando a Deus cada vez que pondes a mão no tesouro, a fim de tirar fundos para atender as despesas correntes da igreja." – CSM 103


"Seu povo de hoje precisa lembrar que a casa de culto é propriedade do Senhor, e que deve ser escrupulosamente cuidado. Mas o fundo para essa obra não deve provir dos dízimos." – CSM 102


2. O dízimo pode ser usado para atender despesas de escolas ou assalariar colportores?
"Um raciocina que o dízimo pode ser aplicado para fins escolares. Outros argumentam ainda que os colportores devam ser sustentados com o dízimo. Comete-se grande erro quando se retira o dízimo do fim em que deve ser empregado – o sustento dos ministros" CSM 102


3. Os pobres da igreja podem ser atendidos com o dízimo?
"O dízimo é separado para um uso especial. Não deve ser considerado fundo para os pobres. Deve ser dedicado especialmente ao sustento dos que estão levando a mensagem de Deus ao mundo; e não deve ser desviado desse propósito" – CSM 103


4. Podemos usar os dízimos para ajudar estudantes pobres dos nossos colégios?
"… Mas este dinheiro não deve ser extraído do dízimo, se não de um fundo separado para este propósito." – EGW, carta 40, 1897
PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DO DÍZIMO
1- Devolver o dízimo é um ato de adoração?
Sim, é um ato de adoração. Ao Jacó devolver ao Senhor seus dízimos, ele estava adorando-O (Gênesis 28:22). O povo de Israel levava a Deus parte de seus bens, como um ato de adoração (Êxodo 23:15; Deuteronômio 16:16).


Ao nos apresentarmos diante do Senhor com o dízimo, estamos identificando-nos como seus adoradores. Através da devolução do dízimo, entregamos a Deus não apenas dinheiro, mas, sobretudo, o coração, a própria vida como um reconhecimento de Sua propriedade. II Cor. 8:5


2- Há alguma diferença entre admitir e demonstrar que Deus é dono de tudo?
Em forma teórica, muitos admitem que Deus é o dono de todos os seus bens, mas não o demonstram ou expressam de maneira tangível e concreta. Não basta falar do dízimo, é necessário praticá-lo. A Bíblia nos adverte em Isaías 29:13; Romanos 10:10 e 15:6


3. Por que se usa a expressão "Roubar a Deus" para referir-se ao ato de não dizimar?


Porque a Bíblia dá esta ênfase. Malaquias emprega esta palavra com muita clareza (Malaquias 3:8-10). Roubo equivale a apropriar-se de algo que foi deixado em confiança. É uma apropriação indevida.


"Defraudar o Senhor, (nos dízimos e nas ofertas) é o maior crime de que o homem pode ser culpado". CSM 86


4. Qual a diferença existente entre dízimo e oferta?


Dizimo:


• Deus declara que é propriedade exclusiva Dele. Levítico 27:30: "Também todas as dízimas da terra, tanto do grão do campo, como do fruto das árvores, são do Senhor, santas são ao Senhor".


• Nisto não temos o direito de escolher. Deus exige obediência total. As ordens têm de ser cumpridas. (Malaquias 3:10, Deuteronômio 14:22) fazendo-se uso do livre arbítrio.


• Deus aceita tanto o bom como o mau. Levítico 27:32 e 33. Aqui Deus se preocupa não tanto pela qualidade, mas pela quantidade, pela parte que Ele reclama como Sua.


• Embora o dízimo seja um dever, Deus espera que esta obrigação tenha a motivação do amor, um amor responsável, um amor que leva a obediência. S. João 14:15 e 15:10


Oferta:


• É "propriedade" do homem. Nós sabemos que o ser humano não é proprietário de nada. Sem dúvida, Deus nos permite considerar os nove décimos (depois do dízimo) como nossos, pois podemos usá-los conforme a nossa vontade. É por esta razão que podemos ofertar voluntariamente. Deuteronômios 16:10


• A quantia que damos está determinada pelo critério espiritual de avaliação e proporção das bênçãos recebidas, I Corintios 16:2; Deuteronômios 16:17; S. Lucas 12:48. Aqui também usamos a faculdade de escolha.


• Deus somente aceita a oferta que é perfeita, porque esta representa a Cristo. Aquilo que mais preocupa a Deus é a qualidade. Malaquias 1:8; Levítico 22:21 e 22.


• A motivação do amor é a única que Deus aceita, ainda que a oferta seja da melhor qualidade. A motivação está no doador. Deus olha o doador e sua oferta. Gênesis 4:4 I S. João 3:16. S João 15:13.


5. Por que o dízimo é visto como um mandamento se não está contido no decálogo?
Ainda que não esteja expressamente mencionado no Decálogo, sabemos que sua não devolução implícita é uma violação do oitavo e décimo mandamento do Decálogo. 1 Tim. 6:10, Col. 3:5. Por sua parte, Levítico 27:34 diz: "São estes mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no Monte Sinai".


Foi no mesmo lugar em que foram dados os 10 mandamentos, que Deus deu a ordenança dos dízimos. "Este não é um pedido de um homem, é um dos mandamentos de Deus, pelo qual Sua obra pode ser sustentada e levada adiante no mundo." – TM 312


"O sistema ordenado aos hebreus não foi rejeitado ou afrouxado por Aquele que lhe deu origem. Em vez de haver perdido agora seu vigor, deve ser mais plenamente cumprido e dilatado, pois a salvação em Cristo unicamente deve ser apresentada em maior plenitude na era Cristã" – CSM 75;76


6. É justo que um pobre dê dízimos de suas pequenas entradas?
Sim é, porque: "para o pobre, o dízimo será de uma importância comparativamente pequena, e suas dádivas serão de acordo com a sua possibilidade" – CSM 73
"O Plano divino do sistema do dízimo é belo em sua simplicidade e equidade." – CSM 73 "Não é devolver ao Senhor o que é Seu que torna o homem pobre, reter é que leva a pobreza." – CSM 36
Frequentemente os que recebem a verdade se acham entre os pobres do mundo. … "E quando Ele vê um fiel cumprimento do dever na devolução do dízimo, muitas vezes em Sua sábia providência, proporciona meios pelos quais seja aumentado." – OE 222 e 223


7. O dízimo deve ser calculado de forma exata ou pode ser um valor aproximado?
"O Senhor pede que Seu dízimo seja entregue em Seu tesouro. Escrita, honesta e fielmente, seja-Lhe devolvida esta parte." – CSM 82


"Quanto a importância exigida, Deus especificou um décimo da renda" – I TS, 373


8. Herança, presentes ou dinheiro achado devem ser dizimados?
Considerando que a herança constitui um aumento ou ganho patrimonial, deveríamos devolver o dízimo correspondente. No caso de presentes, se estes são úteis para o momento atual, estando o seu valor incluído no orçamento familiar, deve dizimar-se. Se o dinheiro achado se incorpora ao patrimônio daquele que o encontrou, deve dizimar-se.


9. É correto descontar impostos antes de calcular o dízimo?
Não. Não deveríamos descontar os impostos antes de calcular os dízimos, porque os impostos, quer sejam federais, estaduais ou municipais, outorgam serviços ao cidadão, que se constituem em benefícios indiretos. Em conseqüência, deveriam dizimar-se as somas de dinheiro destinadas a pagar os impostos.


10. Deve-se dizimar o dinheiro que se tem recebido como empréstimo?
Não, porque o dinheiro emprestado não é ganho. Em caso de a pessoa obter lucros do dinheiro emprestado, então sim, deveria dizimar-se.


11. Deve-se dizimar ganhos da venda de um imóvel comprado com dinheiro dizimado?
Sim. Deve-se dizimar, podendo-se agir das seguintes maneiras:


• Caso não haja inflação no país, dizima-se o lucro da venda.


• Havendo inflação, pode fazer a correção monetária. Se houver lucro, dizima-se o mesmo. Não havendo, não há necessidade de dizimar.


12. O filho que é dependente financeiramente dos pais deve dizimar?
Como meio educativo e de conscientização seria de grande benção que dizime o dinheiro que recebe para o seu uso pessoal, ainda que esse dinheiro tenha sido previamente dizimado.


13. A mensalidade que os esposos dão às esposas deve ser dizimada?
Ao tratar-se de uma mensalidade que já foi dizimada, a esposa não necessita voltar a dizimá-la. Agora, se esta mensalidade provém de um esposo crente e ele não dizimou o seu salário, então a esposa pode ser de grande ajuda para o esposo, ajudando-o a dizimar. Pode existir o caso de um esposo não crente, que se incomode grandemente se imaginar que sua esposa dizima dinheiro do viver diário. Então é melhor atuar com prudência. É preferível que a esposa desista de fazê-lo.


14. O que a pessoa deverá fazer diante da consciência, que por descuido ou infidelidade, deixou de dizimar?
"Se tiverdes recusado lidar honestamente com Deus, eu vos suplico que penseis em vossa deficiência, e sendo possível, façais restituição. Caso não seja possível fazê-lo, com humildade e arrependimento orai para que Deus vos perdoe, por amor de Cristo, a grande dívida" – CSM 100


15. Que princípio devo usar ao dizimar, se não tenho certeza do lucro exato obtido?
"Ao determinar a proporção de oferta para a causa de Deus, deveis de preferência exceder as exigência do dever a não cumpri-las." – 1 TS, 563. Em caso de dúvida é preferível "errar" do lado da fidelidade e generosidade do que da mesquinharia e avareza, pois Deus é magnânimo com Seus filhos.


16. Como dizimar?
Antes de fazer qualquer gasto, separe a décima parte de todas as suas entradas e coloque esta quantia em um envelope de dízimo. "Não Lhe devemos consagrar o que resta de nossas rendas, depois que todas as nossas necessidades reais ou imaginárias tenham sido satisfeitas; mas antes de qualquer parte ser gasta, devemos pôr de parte aquilo que Deus especificou como Seu" – CSM 81


17. Não sinto a alegria que as outras pessoas sentem ao dizimar. Porque dizimar é tão difícil para mim?
Dizimar é difícil, não pelas quantias em jogo, mas pelos motivos. Se você tem achado que é muito difícil pode ser que você esteja dizimando por motivos errôneos.


Se você esta dizimando porque seu amor a Deus o leva a cumprir esta responsabilidade e porque ama almas que se perdem, seu motivo é puro, espiritual e desinteressado, e você descobrirá que o dízimo é um caminho de vida comovedor e abundantemente recompensador.


18. Como deve dizimar aquele que se dedica a atividades agropecuárias ou similares?
Deveria guardar um registro da venda de seus produtos e acrescentar a este total o valor dos produtos do estabelecimento consumidos em seu lar e os juros ou aluguéis recebidos de outros. Isto constitui uma entrada bruta. Logo deverá deduzir todos os gastos. O resultado é o ganho que deverá ser dizimado.


19. Como um comerciante deve dizimar?
Um comerciante deve devolver o dízimo de seus lucros líquidos. Para calcular este ganho, deve somar a sua venda do mês e outras entradas como: juro por dinheiro investido, aluguel de propriedades, etc. Logo deve restar o custo das mercadorias vendidas, os gastos que tenham tido com relação a sua atividade comercial. Esta diferença será o lucro líquido, sobre o qual deve devolver o dízimo.


20. Poderia apresentar um exemplo concreto sobre a maneira em que arrendadores, agricultores ou comerciantes devolvem periodicamente o dízimo?
Alguns proprietários adventistas pegam mensalmente um saldo igual ao que os demais membros da família que trabalham com eles. Isto provê uma entrada mensal e lhes permite devolver regularmente o dízimo e dar suas ofertas. Estes salários estão baseados na colheita dos últimos anos. Periodicamente (uma vez ao ano, cada seis meses) computam as entradas e ajustam qualquer diferença que houver.


21. Como proceder para devolver o dízimo quando não se pode calcular exatamente os ganhos mensais, como no caso de comerciante ambulante?
O comerciante ambulante deveria separar o dízimo calculando a diferença entre o total das vendas e o total das compras de mercadorias do dia, semana, etc. Se tem gastos com transportes, armazenagens, etc… pode deduzi-los e dizimar a diferença.


22. Como deveria dizimar um industrial que comprou maquinárias com um empréstimo bancário?
Deverá devolver mensalmente o dízimo da parte da quota mensal que paga ao banco e que corresponde a amortização do capital emprestado (a parte da quota mensal que corresponde a juros poderia ser considerada como um gasto e em consequência não sujeita a dízimo). Igual critério deveria seguir um taxista que compra um veículo com um empréstimo bancário, um técnico ou profissional que compra em iguais condições seu equipamento para o trabalho, etc.


23. Deveria ensinar-se às crianças a dizimar seus escassos recursos?
Cada um deveria dizimar, não importa quão abundante ou escasso sejam seus recursos. Toda pessoa que tem idade suficiente para entender e escrever tem geralmente uma pequena quantia de dinheiro e é responsável perante Deus pela maneira que a administra. "Ensine-os a devolver dízimos e ofertas" – LA cap. 63


24. É correto devolver o dízimo de uma só vez no final do ano?
Não é o melhor por 3 razões:


• A Associação /Missão que recebe seus dízimos tem sérias obrigações para sustentar aos pastores, e estas não podem esperar até o fim do ano.


• Você necessita das bênçãos e da fortaleza divina que vem cada mês do ano


• Devido à inflação seu verdadeiro valor se reduz.


25. Devo devolver meu dízimo na Igreja onde sou membro?
Sim, você deveria devolver o dízimo na igreja que você é membro.


26. Necessito devolver o dízimo ainda que não assista regularmente à igreja?
Deus diz que devemos levar todos os dízimos à casa do tesouro. Você paga o aluguel de sua casa ou os impostos, mesmo quando está de férias, não é verdade? Deus espera que você dizime seus ganhos cada vez que os recebe independentemente de você estar ou não em condições de ir à igreja. Dizimar é uma prova de reconhecimento da soberania e propriedade de Deus sobre tudo o que existe, e nada tem haver com a possibilidade física de assistir ou não a igreja.


27. Eu posso administrar o dízimo em vez de levá-lo para igreja?
Não. Sua igreja necessita do dízimo. A regra é esta: "Ninguém se sinta na liberdade de reter o dízimo, para empregá-lo seguindo seu próprio juízo. Não devem servir-se dele numa emergência, nem usá-lo segundo lhes pareça justo, mesmo no que possam considerar como obra do Senhor" – CSM 101


28. Posso reter os dízimos se não concordo com a maneira como ele é usado?
"Alguns se tem sentido mal satisfeitos, e dito: "Não pagarei mais o dízimo, pois não confio na maneira porque as coisas são dirigidas na sede da obra". Roubareis, porém, a Deus, por pensardes que a direção da obra não está direita? Apresentai vossa queixa franca e aberta, no devido espírito, e as pessoas competentes. Solicitai em vossas petições que se ajustem as coisas e ponham em ordem, mas não vos retireis da obra de Deus, nem vos demonstreis infiéis porque outros não estejam fazendo o que é direito." – CSM 93 e 94


29. Devo dizimar, apesar de minhas dívidas?
Sim, pois nossa primeira maior dívida é com Deus. Ele nos dá todas as coisas independentemente das obrigações financeiras com seus semelhantes. O dizimista cristão, inteligente e fiel, sempre se considera endividado em primeiro lugar com Deus, pois Ele é o proprietário de tudo o que lhe confiou como mordomo. É uma grande injustiça usar o dízimo de Deus para pagar dívidas a seres humanos. Não se pode pagar alguns, roubando a outros.


30. Devo dizimar, mesmo ganhando o insuficiente para atender as minhas necessidades?
O Senhor não nos pede que dizimemos do que não recebemos e sim do que ganhamos, sendo muito ou pouco. Aquele que cumprir a disposição de Deus no pouco que lhe tem sido dado, receberá a mesma recompensa que aquele que dá de sua abundância. "Aquele que segue o plano de Deus no pouco que lhe foi dado, receberá a mesma recompensa que aquele que oferta de sua abundância." – OE 223


31. Deveria Dizimar quando minha primeira obrigação é para com a minha família?
"Algumas pessoas se sentem sob sagrado dever para com os filhos. A cada um devem dar seu quinhão, mas se acham incapazes de conseguir meios para auxiliar a causa de Deus. Dão a desculpa de que têm um dever para com os filhos. Pode isso ser certo, mas seu primeiro dever é para com Deus… Não permitais que vossos filhos roubem vossas ofertas do altar de Deus, usando-as para seu próprio proveito." – CSM 94


32. Tenho razões particulares para não dizimar. Certamente não se espera que eu dizime, não é verdade?
Muitos creem erroneamente que o dízimo realmente lhes pertence, em lugar de reconhecerem que pertence a Deus como o expressa Levítico 27:30. "Exigia um décimo e isto Ele requer como o mínimo que o homem Lhe deve devolver. Diz: "Dou-vos nove décimos, ao passo que exijo um décimo; este é o Meu. Quando os homens o retém, estão roubando a Deus." I TS 373


33. Uma vida de oração substitui a devolução dos dízimos?
"A oração não tem o fim de operar qualquer mudança em Deus; ela nos põe em harmonia com Ele. Não ocupa o lugar do dever. Por mais frequentes e fervorosas que sejam as orações feitas, jamais serão aceitas por Deus em lugar do nosso dízimo. A oração não paga nossas dívidas para com o Senhor." CSM 99.


34. Alguém que não seja fiel nos dízimos pode ser oficial da igreja?
Os dirigentes da igreja devem dar exemplo na devolução dos dízimos. "Aquele que não procede de acordo com esse padrão de liderança, não deve continuar como oficial de igreja ou obreiro da Associação / Missão" Manual da igreja pág 138


35. Quem são os responsáveis na igreja por incentivar a fidelidade na devolução do dízimo?
De acordo com o manual da igreja são responsáveis:


• O pastor


• O ancião


• O tesoureiro


• O presidente da comissão de mordomia


36. Para que se destinam os 10% de dízimos que cada organização recebe e envia a organização superior?
Para cobrir os gastos que sustentam o ministério e a direção da obra nessas organizações. "Assim, a Associação ou Missão local, a União e a Associação Geral ficam providas de fundos para suster os obreiros empregados e atender aos gastos de dirigir a obra de Deus em suas respectivas esferas de responsabilidade e atividade" – Manual da Igreja, 136.


37. Como se usa o dízimo que recebe o Campo local (Associação / missão) em que porcentagem?


• 10,00% – Divisão Sul Americana.


• 10,00% – União Central Brasileira.


• 2,00% – Internatos – Professores de bíblia.


• 2,00% – Escolas do campo – Professores de bíblia.


• 2,00% – IAJA – jubilação dos obreiros.


• 1,50% – UNASP – Teologia.


• 2,00% – SISAC – Mantenedora da Voz da Profecia e Está Escrito.


• 70,50% – Associação Paulista Sul


• 100,00% – Total


38. Pode dedicar-se um templo construído com dízimos?
Não. Assim como apresentar a Deus uma casa de culto com uma dívida constitui uma negação da fé, porque fala de uma mordomia infiel, de igual maneira e ainda pior, todavia, é o fato de que seja construída utilizando a porção do Senhor. O Espírito de Profecia diz: "Mas estais roubando a Deus cada vez que pondes a mão no tesouro, a fim de tirar fundos para atender as despesas correntes da igreja" – CSM 103.


Fonte: ESTUDOS BIBLICOS ADVENTISTAS

O Filho


Um homem muito rico e seu  filho  tinham grande paixão pelas artes.
Tinham de tudo em sua  coleção, desde Picasso até Rafael. Muito unidos, se sentavam juntos para admirar as grandes obras de arte. Por uma desgraça do destino, seu filho foi para guerra.  
Foi muito valente mas morreu na batalha, quando resgatava outro soldado.  O pai recebeu a notícia e sofreu profundamente  a morte de seu único filho. Um mês mais tarde,  alguém bateu à sua  porta. Era um jovem com uma grande  tela em suas mãos e foi logo dizendo ao  pai: "O senhor não me conhece,  mas eu sou o soldado por quem seu filho deu a vida; ele salvou muitas  vidas nesse dia e estava me levando a um lugar seguro quando uma bala lhe atravessou o  peito, morrendo instantaneamente. 
Ele falava muito  do  senhor e de seu amor pelas artes." 
O rapaz  estendeu os braços para entregar a tela: 
"Eu  sei que não é  muito, e eu também não  sou um grande artista,  mas sei também que  seu  filho gostaria que o senhor recebesse isto." 
O pai abriu a tela. Era  um retrato de seu filho, pintado pelo jovem  soldado. 
Ele olhou com profunda admiração a maneira com que o soldado havia capturado a personalidade de seu  filho na pintura. O pai estava tão atraído pela expressão dos olhos de seu  filho, que seus próprios olhos encheram-se de lágrimas. Ele agradeceu ao  jovem soldado, e ofereceu- se para pagar-lhe pela pintura. "Não, senhor, eu nunca  poderei pagar o que seu filho fez por mim! Essa  pintura é um presente."O pai colocou a tela à  frente de suas grandes obras de arte, e a cada vez que alguém visitava sua casa, ele mostrava o retrato do filho, antes de Mostrar sua famosa galeria. O homem morreu alguns meses mais tarde e se anunciou um leilão de todas  as suas obras de arte.  
Muita gente  importante e influente chegou ao local, no dia e horário  marcados, com grandes expectativas  de comprar verdadeiras obras de arte. 
Em exposição estava o  retrato do  filho. 
O leiloeiro bateu seu  martelo para dar  início ao leilão:
"Começaremos o leilão  com o  retrato "O FILHO".  
Quem oferece o primeiro  lance? Quanto oferecem por este  quadro?" 
Um grande silêncio...  
Então um grito  do fundo da sala:
"Queremos ver as  pinturas famosas!!! Esqueça-se desta  !!! "
O leiloeiro   insistiu: "Alguém oferece algo por essa pintura?? R$100?  R$200?..." 
Mais uma vez outra voz: "Não viemos  por esta pintura, viemos  
por Van  Gogh, Picasso... Vamos às ofertas de verdade."
Mesmo assim o leiloeiro  continuou... 
"Quem leva O FILHO?" 
Finalmente, uma voz: "Eu  dou R$10 pela pintura." 
Era o velho jardineiro  da casa. Sendo um homem muito pobre, esse era o único dinheiro que podia oferecer. 
"Temos R$10! Quem dá  R$20?" gritou o leiloeiro. 
As pessoas já estavam  irritadas, não queriam a pintura do filho, queriam as que realmente eram  valiosas para  sua coleção. 
Então o  leiloeiro  bateu o martelo: "Dou-lhe uma, dou-lhe duas, vendido por  R$10!!!" 
"Agora, vamos começar  com a coleção!" gritou um. 
O leiloeiro soltou seu  martelo e disse:  "Sinto muito damas e cavalheiros, mas o leilão  
 chegou ao   eu  final".  "Mas, e as pinturas?“ perguntaram os interessados. 
"Eu sinto muito", disse  o  leiloeiro, "quando me chamaram para fazer o leilão, havia um segredo estipulado  no testamento  do antigo dono." 
"Não seria permitido revelar esse segredo  até esse exato momento.  
Somente a pintura O FILHO  seria leiloada; aquele que a comprasse, herdaria absolutamente todas as  suas posses,inclusive as famosas pinturas."  
“ O homem que comprou  “ O  FILHO “  fica com tudo !!! “ 
Reflexão:
Deus entregou seu único  e amado filho, para morrer por nós  numa cruz  há 2000 anos atrás.  
Assim, como o leiloeiro, a mensagem hoje é:
"Quem ama o Filho tem tudo com o Pai, e herdará suas riquezas." 
Deus não mente. Ele é perfeito. Sua palavra nos deixa os Ensinamentos  e  as  promessas   para quem o ama. 
Sua vida não é uma coincidência,
 é o reflexo do amor de Deus por ti , Filho.

George Bush fala sobre a IASD

O ser humano foi criado mortal ou imortal?



A fim de compreender o conceito bíblico de imortalidade precisamos fazer uma clara distinção entre a imortalidade inerente a Deus e a imortalidade condicional das Suas criaturas. A Bíblia afirma que Deus é “o único que possui imortalidade” inerente em Si mesmo (1Tm 6:16). Como a única Fonte da vida, Deus concedeu originalmente o dom da imortalidade a todas as Suas criaturas, na condição de que estas continuassem vivendo em plena comunhão com Ele. Portanto, o estado de imortalidade no qual o ser humano foi originalmente criado não era algo inerente em si mesmo, mas derivado do relacionamento com Deus.


Quando Adão e Eva se separaram de Deus, pelo pecado, perderam o dom da imortalidade, tornando-se sujeitos à morte (Gn 3). Paulo esclarece que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23) e que pelo pecado de Adão entrou a morte no mundo (Rm 5:12). O homem natural, separado de Cristo, permanece em estado de total alienação espiritual (Is 59:2; Ef 2:1 e 5) e haverá de sofrer finalmente a morte eterna e a completa destruição (Ml 4:1). Por outro lado, aqueles que aceitam a Cristo como Salvador pessoal obtêm dEle, já nesta vida, a garantia da vida eterna (1Jo 5:12) e receberão, por ocasião da segunda vinda de Cristo, o dom da imortalidade (1Co 15:51-54).


É certo que muitos cristãos, ao longo dos séculos, creram e ainda continuam crendo que o ser humano possui uma alma imortal que habita em um corpo mortal. Essa alma permaneceria viva e consciente mesmo após a morte do corpo. Mas Oscar Cullmann, em sua célebre obra intitulada Immortality of the Soul or Resurrection of the Dead? The Witness of the New Testament (Imortalidade da Alma ou Ressurreição da Morte? O que diz o Novo Testamento), demonstra que essa teoria não é um conceito bíblico, mas uma reminiscência da filosofia grega. A Bíblia diz que o homem é um todo indivisível (Gn 2:7), e que nenhuma de suas partes continua existindo conscientemente separada do todo (ver Sl 115:17; 146:4; Ec 9:5 e 10).


Fonte: Alberto Timm, Sinais dos Tempos, maio/junho de 2001. p. 30.

Documentário: EARTHLINGS (Terráqueos)


EARTHLINGS (Terráqueos) é um documentário sobre a absoluta dependência da humanidade em animais (para companhia, comida, roupa, entretenimento, e pesquisa científica) mas também demonstra nosso completo desrespeito por estes chamados “provedores não-humanos”. O filme é narrado pelo indicado ao Oscar Joaquin Phoenix (GLADIADOR) e apresenta música pelo artista de platina renomado pela crítica Moby.


Em 2005 ganhou 3 prêmios em 3 festivais diferentes Boston, San Diego e Artivist.


Com um estudo profundo em pet shops, fábricas de filhotes e abrigos de animais, como também em fazendas industriais, o comércio de couro e de peles, as indústrias de esportes e entretenimento, e finalmente a profissão médica e científica, EARTHLINGS usa câmeras escondidas e imagens nunca antes vistas para demonstrar as práticas cotidianas de algumas das maiores indústrias do mundo, todas as quais dependem totalmente em animais para o lucro. Poderoso, informativo e provocador, EARTHLINGS é de longe o documentário mais compreensível já produzido na correlação entre a natureza, animais, e os interestes econômicos humanos. Existem muitos filmes valiosos de direitos dos animais, mas este transcende o cenário. EARTHLINGS grita para ser visto.


Nota do site Bíblia e a Ciência: Contém cenas de violência e crueldade contra os animais, se for sensível não assista!Esse documentário fará você refletir sobre as consequências do consumo de carne e mudará a sua vida. Adote de vez uma dieta vegetariana!

Satanás Odeia Sua Família

Em uma das regiões do Brasil para cada dois casamentos um acaba em divórcio. O que será que está faltando nos casamentos? Você já parou para pensar: Por que Jesus começou seu ministério numa cerimônia de casamento? Será que o casamento está fora de moda? No programa de hoje o Pr. Ivan Saraiva apresenta à luz do que está escrito na Bíblia porque Deus criou a família.

terça-feira, 20 de março de 2012

Perfeccionismo entre os Adventistas


Baseado em apontamentos de sala de aula do Dr. Luiz Nunes (SALT-IAENE) e do Dr. Timm (SALT-UNASP).


A Teoria da “Carne Santa”


O movimento de purificação ou “carne santa” cresceu entre 1899 e 1900, e quase anuviou a liderança adventista em Battle Creek. Durante a década de 1890 muitos adventistas estavam convencidos que a Igreja estava à beira da experiência do grande derramamento do Espírito Santo prometido na chuva serôdia. Esta convicção estava ligada intimamente à renovada ênfase sobre a justiça pela fé que se seguiu a Conferência de Mineápolis em 1888. A. F. Ballenger, um renovado pregador das campais, fez muito em favor desta expectação com seu poderoso sermão: ”Recebei o Espírito Santo”. Um obreiro em Indiana, S. S. Davis, foi particularmente movido pela declaração de Ballenger: “É muito tarde para pecar em pensamento, palavra e ação; porque é tempo de receber o Espírito Santo em toda a sua plenitude”.


Em seu trabalho com a “Helping Hand”, uma missão assistencial em Evansville, Davis manteve contato com alguns pentecostais cristãos. Ele estava profundamente impressionado com o entusiasmo deles. Chegou mesmo a declarar: “Eles têm o Espírito, nós temos a verdade, e se nós tivéssemos o Espírito como eles, nós com a verdade faríamos muitas coisas”. Em novembro de 1898, Davis teve a oportunidade para fazer “muitas coisas”, quando foi indicado como um pregador reavivacionista para a Associação de Indiana. Com o apoio do presidente da Associação, o Pr. R. S. Donnell, Davis formou um grupo que logo estava cruzando o estado em todas as direções, levando a “mensagem da purificação”.


Os reavivalistas fizeram muito uso de vários instrumentos musicais para auxiliar o efeito de seus apelos. Os ouvintes eram encorajados a levantar suas mãos para o céu, gritar e aplaudir em busca da unção do Espírito Santo. No meio destas experiências emocionais, indivíduos, freqüentemente, caíam prostrados e eram carregados para a tribuna (plataforma), onde eles eram submetidos (prostrados) a cânticos, oração e gritos dos membros. Quando o membro revivia, era dito que tal pessoa havia passado pela experiência do Getsêmani, tal como Jesus. Esta experiência indicou que esta criatura “nasceu” como filho de Deus, completamente limpo do pecado e das tendências pecaminosas, e libertou-se do poder da morte, e que já estava até pronto para a trasladação. Aqueles que não tinham a “experiência do Jardim” podiam ainda ser salvos; porém, como filhos adotados de Deus teriam de ir “para o céu em um trem subterrâneo” – isto é, eles
deviam morrer primeiro.


Por ocasião da campal de 13 a 23/9/1900, em Muncie, Indiana, toda mesa administrativa da Associação em Indiana e uns dois ou três obreiros tinham aceitado a “mensagem da Purificação”. E os demais desejavam, ansiosamente, ter tal experiência. Atenderam a esta campal como representantes da Conferência Geral, os Prs. S. N. Haskell e A. J. Breed, que ficaram horrorizados. Para o Pr. Haskell tratava-se de uma “enorme mistura de fanatismo”, sem qualquer paralelo anterior. Na abertura da Conferência Geral de 12/4/1901, as idéias sobre “Carne Santa” foram ameaçadoramente espalhadas para as Associações vizinhas, e as igrejas de Indiana estavam divididas por causa desta “doutrina”. Muitos aguardavam ansiosamente as palavras de Ellen White sobre o assunto. Ela não demorou muito em fazê-lo, e disse em sessão pública que uma inteira aceitação do sacrifício de Cristo e uma submissão à Sua vontade e liderança poderia dar às pessoas “corações santos”, mas “carne santa” era uma impossibilidade nesta terra onde os resultados do pecado nunca seriam inteiramente removidos. Aqueles que recebessem a tal “carne santa” seriam tentados a sentir que não poderiam pecar. Esta excessiva confiança os colocaria diretamente nas mãos de Satanás.


Igualmente, ela condenou o extremado emocionalismo presente no movimento de Indiana, pois “o excitamento não é favorável ao crescimento na graça, à verdadeira pureza e à santificação do espírito”. “Além do mais”, disse EGW, “conduzir o recebimento do Espírito Santo em meio ao tumulto do ‘movimento de purificação’ causava um distúrbio no raciocínio das pessoas, que as tornava tão confusas, que elas já não podiam confiar em fazer decisões corretas”.


Esta direta reprovação foi aceita pelos pastores Donnell, Davis e pelos delegados envolvidos com tal ensinamento. Por sugestão dos líderes da Igreja, toda Mesa Administrativa renunciou e foram colocados homens em seus lugares que não estavam envolvidos com o fanatismo. Donnell foi transferido para outra Associação, mas a Davis permitiu-se que se aposentasse; posteriormente foi desligado da Igreja. Vários anos antes de sua morte, ele mudou-se para Nebraska, onde aceitou a ordenação como ministro batista (veja ME, vol.2, pp.31).


O Grupo de Ballenger


Ablon Fox Ballenger, cujos sermões proveram, parcialmente, inspiração para o movimento da “carne santa”, ocupou inúmeras posições de responsabilidade dentro da IASD. Filho de um ministro da Igreja, era desde seu nascimento um ASD. Antes dos 30 anos Ballenger tornou-se Secretário da Associação Nacional de Liberdade Religiosa. Mais tarde ele serviu como Editor Assistente do “Sentinela-Americano”, órgão oficial da Associação. No fim da década de 1890 renunciou estas habilidades para se devotar completamente à pregação. Em 1900 ele foi enviado às ilhas britânicas, onde trabalhou em várias cidades grandes, depois no país de Gales, e finalmente como presidente da “Missão Escocesa”.


Problema Doutrinário - Enquanto estava na Irlanda, Ballenger começou a apresentar uma diferente explicação do santuário celestial, daquela ensinada pelos ASD. Logo, ele estava afirmando que os dois compartimentos do santuário representavam as duas fases da obra de Cristo antes e depois da crucifixão, enquanto o ensinamento dos ASD era que Cristo entrou no segundo compartimento do santuário celestial somente em 1844. Ballenger acreditava que Cristo tinha realizado isso imediatamente após Sua ascensão.


De acordo com Ballenger, o dia antitípico do Dia da Expiação não começou em 1844, como os ASD ensinavam. Para ele, o ano de 1844 e os 2300 dias proféticos não tinham nenhum significado. Chamado diante da mesa administrativa da União Inglesa para explicar seus pontos de vista, Ballenger fez sua defesa mas não conseguiu convencer à Mesa da União de que ele tinha descoberto uma relevante nova luz. Foi, então, afastado da presidência da Missão Irlandesa. Dessa maneira, foi lhe dada a chance de ser analisado por uma comissão de sábios líderes. Em 1905, Ballenger foi enviado pela União Britânica como um dos seus delegados para a Conferência Geral. Enquanto atendia esta reunião em Takoma Park, foi-lhe permitido apresentar sua posição diante dos 25 maiores líderes da Igreja na época. Depois de 3 dias de discussão, Ballenger não convenceu esta Comissão de que seus pontos de vista eram corretos.


Por sua vez, também a comissão indicada para responder a Ballenger não o persuadiu de que estava em erro, embora a posição dos ASD estivesse fundamentada em profunda exegese bíblica e em claras declarações do Espírito de Profecia. Tudo isto levou Ballenger a reexaminar sua posição em relação aos ensinos de Ellen White. Logo, ele começou a acusá-la de plagiária e de promover o erro. Em seguida ele rejeitou ensinar convicções divergentes, o que fez com que os líderes não tivessem outra escolha senão afastá-lo do ministério, e eventualmente da igreja.


Ballenger publicou vários panfletos que esboçavam seus pontos de vista. Viajou, intensivamente em todos os EUA, procurando falar a grupos de Adventistas. Durante estas viagens ele conseguia apoio financeiro de diversas pessoas que já tinham tido descontentamento com a liderança. Seus mais importantes conversos eram seu idoso pai e seu irmão, E. S. Ballenger, também ministro ASD. Ambos foram, subseqüentemente, privados de suas credenciais ministeriais. Em 1914, Ballenger assumiu um pequeno periódico, o The Gatherine Call (Chamado ao Ajuntamento), iniciado por um dos seus financiadores. Neste período, ele se uniu aos Batistas do 7º Dia e se tornou o pastor da congregação de Riverside, Califórnia. Até sua morte, em 1921, ele continuou tentando convencer os Adventistas de seu ponto de vista.


Após a morte de A. F. Ballenger, seu irmão Edward continuou a publicar o The Gathering Call, mas sua ênfase mudou da discussão doutrinária para o estridente ataque pessoal aos líderes da IASD do passado e da sua época: Ellen White, Uriah Smith, A. G. Daniells, W. C. White, F. M. Wilcor, entre outros. Um exemplo da natureza vil do material foi a publicação de um falso rumor que W. A. Spicer havia bebido cerveja quando estava na Alemanha. As atividades dos Ballenger foram um incômodo para os líderes da Igreja por um período de 50 anos.


Robert Brinsmead


Nenhum movimento dissente foi mais problemático para os líderes adventistas do que o iniciado por um estudante do Colégio da Austrália, no fim da década de 1950: Robert Brinsmead.


Seus pais tinham-se identificado com o movimento de reforma dos ASD da Alemanha, embora eles se sentissem satisfeitos em ser membros da IASD quando Robert ainda era um menino de 10 anos. Assim o espírito de desconfiança e suspeita dos líderes da igreja continuou no lar.


Com seu irmão mais velho, John, o jovem Brinsmead matriculou-se no Colégio de Avondale em 1955. Ali eles descobriram algum dos materiais produzidos no final do século XIX por A. T. Jones e E. J. Waggoner. Para Robert, parecia que a Igreja tinha sido muito lenta diante da justiça pela fé e isto logo tornou-se um novo ponto de ataque. Foi no início deste ano que Brinsmead começou sua longa carreira de escritor, e o fez produzindo uma pequena publicação intitulada “O Selo do Espírito Santo”. Neste periódico ele argumentou que a remoção dos nossos pecados do Santuário Celestial deveria anteceder a experiência da Chuva Serôdia.


Depois de um ano cuidando de seus interesses pessoais, os irmãos Brinsmead voltaram a Avondale. Por algum tempo ele acreditou que na encarnação Cristo tinha assumido a natureza humana pecaminosa igual a todos os outros seres humanos. Contudo, o recente livro adventista publicado (Question on Doctrine), tomou uma diferente posição. Para Brinsmead isto era uma clara indicação do crescimento da apostasia. Em um novo comentário sobre Daniel 10 e 11, “a visão de Hidequel”, Brinsmead avançou na tese que o “Rei papal do Norte” estava entrando no “Glorioso Monte Santo” (IASD) pela insidiosa forma de introduzir o erro e o espírito autoritativo. Como presidente da liga ministerial do Colégio, Binsmead fez circular alguns dos seus pontos de vista através de toda a Austrália. Ele conseguiu um substancial número de seguidores entre os estudantes e nas igrejas. Atraiu também alguns poucos jovens ministros adventistas.


Quando ele negou o pedido para não continuar disseminando suas doutrinas, lhe foi negado matricular-se no Avondale. Ele e seu irmão começaram a viajar pela Austrália e Nova Zelândia, apresentando suas idéias diante de grupos Adventistas, onde queriam ouvi-lo. O Pr. F. G. Clifford teve alguns contatos com R. Brinsmead quando tentou persuadi-lo a parar com sua ação cismática e sustar sua publicação privada de livros e folhetos. O Pr. Clifford ofereceu-lhe os préstimos da Casa Publicadora Local. Se seus livros se harmonizassem doutrinariamente com nossas crenças, eles poderiam ser publicados através dos canais reguladores da igreja. Brinsmead recusou o oferecimento.


Diante disso, o Pr. F.G. Clifford decidiu apresentar para uma análise as atividades e ensinamentos de Brinsmead na Igreja de Cooranbong. No processo ele demonstrou que Brinsmead tinha citado erroneamente EGW e em outras ocasiões usado suas citações completamente fora do contexto. Terminou com um apelo para Brinsmead, que estava presente, a retirar seus escritos de circulação. Brinsmead respondeu com um desafio para um debate, que não foi aceito. Esta era sua melhor habilidade. Ele tinha uma ímpar habilidade para citar longas citações de EGW, dando a exata referência. De tal forma o fazia que desarmava seus oponentes. Era ainda um fervoroso e efetivo orador público. Tornou-se, desta forma, um natural líder para aqueles que dentro da Igreja tinham-se desencantado com a liderança.


Alguns dos seus seguidores não entendiam completamente todos os seus pontos de vista, que se afastavam da doutrina tradicional do adventismo. Uma nova interpretação da distintiva doutrina Adventista da “Purificação do Santuário” tornou-se o ponto chave da ênfase de Brinsmead. Ele introduziu um novo tipo de “perfeccionismo”. Ligando Lev. 16 com Daniel 8:14, Brinsmead argumentava que uma vez que durante o juízo investigativo a justiça comunicada e imputada de Deus realiza um milagre (que é apagar todos os pensamentos e emoções pecaminosos dentro de nós), a pessoa teria de abandonar cada pecado para que esta “justificação” fosse efetiva e de fato pudesse ocorrer. Somente sobre indivíduos tão aperfeiçoados é que a chuva serôdia cairá. Estes então sairão para dar ao “alto clamor” (Ap. 18) e levar a tríplice mensagem para muitos, cujo tempo de provação não tinha ainda terminado.


Na verdade, as crenças de Brinsmead são uma repetição intelectualizada do movimento da “carne santa”, que ocorrera 60 anos antes. Alguns de seus seguidores declararam que aqueles que tinham sido purificados do pecado seriam perfeitos física e espiritualmente, chegando mesmo a dizerem que não mais ficariam doentes, até mesmo de um comum resfriado, e até estariam prontos para a trasladação. Tivessem os seguidores de Brinsmead mantido seus pontos de vista para si mesmos, e não teria havido grandes dificuldades. Em lugar disso, eles acharam ser seu dever fazer que estes pontos fossem normativos para toda a Igreja Adventista. A crítica aos líderes da IASD, incluindo aos administradores da CG, aumentou.


Sua atitude crítica diante dos líderes da Igreja e suas divergências doutrinárias consolidaram a Brinsmead a ser desligado do rol de membros de sua igreja local, no verão de 1961. Similar posição foi tomada contra outros seguidores seus.


Como ocorreu com outros grupos dissidentes, os seguidores de Brinsmead logo cedo começaram a discordar entre si, o que veio a enfraquecer o movimento.


Ellen White e o Tema do Perfeccionismo


“Cristo é nosso exemplo: o perfeito e santo exemplo que nos tem sido dado para seguir. Nunca podemos nos igualar a Ele, mas podemos imitá-Lo e nos parecermos de acordo com nossas possibilidades” – Ellen White, Review and Herald, 05/02/1895.


“O ensino dado com relação ao que é denominado ‘carne santa’ é um erro. Todos podem obter agora corações puros, mas não é correto pretender nesta vida possuir carne santa. O apóstolo Paulo declara: ‘Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum.’ Rom. 7:18. Aos que têm procurado tão ativamente obter pela fé a chamada carne santa, quero dizer: Não a podeis obter. Nem uma pessoa dentre vós tem agora carne santa. Ser humano algum na Terra tem carne santa. É uma impossibilidade.” – Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 32.


“Se aqueles que falam tão francamente de perfeição na carne, pudessem ver as coisas sob seu verdadeiro aspecto, recolher-se-iam com horror de suas idéias presunçosas. Mostrando o engano de suas suposições quanto à carne santa, o Senhor está buscando impedir que homens e mulheres dêem às Suas palavras uma interpretação que leve à corrupção do corpo, da alma e do espírito. Seja esse aspecto de doutrina levado um pouco mais longe, e conduzirá à pretensão de que seus defensores não podem pecar; de que uma vez que tenham carne santa, suas ações são todas santas. Que porta de tentação se abriria assim!” – Idem.


“Quando os seres humanos receberem carne santa, não permanecerão na Terra, mas serão levados ao Céu. Se bem que o pecado seja perdoado nesta vida, seus resultados não são agora inteiramente removidos. É por ocasião de Sua vinda que Cristo deve transformar ‘nosso corpo abatido, para ser conforme o Seu corpo glorioso’” – Eventos Finais, pág. 269.


“O fanatismo, uma vez iniciado e deixado às soltas, é tão difícil de extinguir como o incêndio que tomou conta de um prédio. Os que entraram nesse fanatismo [carne santa] e o mantiveram, fariam muitíssimo melhor em estar empenhados em obra secular; pois devido a sua atitude incoerente estão desonrando ao Senhor e pondo em perigo o Seu povo. Muitos movimentos dessa espécie surgirão neste tempo, quando a obra do Senhor deve manter-se elevada, pura, sem superstições e fábulas. Precisamos estar em guarda, manter íntima ligação com Cristo, para não sermos enganados pelos ardis de Satanás.” – Mente, Caráter e
Personalidade, vol. 1, pág. 43.


Comentários do Prof. Demóstenes Neves (IAENE)


Essa perfeição está em “cada estágio do desenvolvimento” (PJ, 65) . Assim, a pessoa é perfeita à medida que está sendo santificada e ainda sem ter alcançado a perfeição absoluta, embora seja considerada perfeita nos méritos de Cristo.


• Leia Parábolas de Jesus, 65, 66, 330 em diante;


• Primeiros Escritos, 101-102.


• Test. para Ministros e Obreiros Evangélicos, 150.


• Sobre a doutrina errônea da perfeição na carne leia Mens. Escolhidas Vol. II, 32.


• Veja e reflita sobre a perfeição e nossa situação de pecadores embora cristãos Sal.119:96 (há perfeições que têm limite); Heb.6:1; 10:14; Fil. 3:15; Col. 1:28 e 2:10; Heb. 7:28 (o contraste entre os sacerdotes de Deus como fracos e Jesus como perfeito); João é importante pois é dele que tiram a passagem para sustentar o perfeccionismo (1Jo 3:6). Mas é o próprio João quem esclarece: 1Jo 1:8, 9, 10 (aquele que diz que não peca é “mentiroso”); 2:1, 2; Ecles. 7:20.


• Não esquecer que a frase “não peca” em 1Jo 3:6 está, gramaticalmente, no presente, o que significa “não vive pecando” com sentido contínuo. Se fosse o tempo aoristo seria “não peca” no sentido de não pecar nunca, mas não é esse o caso, especialmente pelas outras passagens do próprio João que combina com a gramática.


Portanto a perfeição é “em nossa esfera”, e não sob um ponto de vista absoluto. Cada pessoa está num patamar de luz sob a direção do Espírito santo e é considerada perfeita de acordo com a “esfera” ou nível humano que se encontra (cf. Grande Conflito, 54).


Cada pessoa deve “cultivar” suas faculdades até ao mais alto grau de perfeição, que, evidentemente não é absoluto. A perfeição é uma “obra para toda a vida”. Portanto é um crescimento em Cristo. Perfeito enquanto cresce e não apenas ao final.


Elpisteologia

Quanto tempo durou o dilúvio

(Gráfico elaborado pelo pastor Sávio Lúcio dos Santos; clique na imagem para vê-la ampliada)

A Fidelidade do Novo Testamento

Clique na imagem para ampliá-la
Infográfico muito legal elaborado por Mark Barry com comparação histórico-textual dos documentos que compõem o Novo Testamento em relação a outras obras famosas da antiguidade (especialmente gregas) como Platão, Homero, etc.


Como os originais (também chamados de autógrafos) não existem mais (se perderam), duas variáveis são de grande importância quando busca se estabelecer a probabilidade de o texto que temos hoje em mãos corresponder ao que foi escrito originalmente: o intervalo de tempo entre a cópia sobrevivente mais antiga e a data de autoria do documento (quanto menor esse intervalo, melhor) e a quantidade de cópias do documento (quanto mais cópias, melhor). Como sempre, mesmo jogando em campo adversário, a ortodoxia vence.


O infográfico foi traduzido para o português por Eliel Vieira e Felipe Costa.
Clique na imagem para ampliá-la

Resposta Inflamatória - Defesas do organismo

As inflamações são as reações do corpo contra os vários tipos de agressões externas. Na seguinte animação, você verá uma resposta inflamatória desencadeada pela presença de bactérias nocivas nas vias aéreas. O tecido atingido pelas partículas estranhas se inflama e envia sinais químicos para as células do sistema imunológico, convocando uma reação contra os invasores.

Haverá casamentos na Nova Terra?


O céu será um lugar perfeito, onde poderemos viver felizes, ao lado de Deus. Mas, será que no céu haverá casamentos? O que a Bíblia diz sobre isso?


Nos tempos de Jesus, havia uma classe de pessoas que possuía uma filosofia materialista e cética. Eles se consideravam intelectualmente superiores às outras pessoas. Acreditavam em Deus como o Criador, mas negavam que Ele se interessava pelos seres humanos. Eles negavam a existência dos anjos, da ressurreição e da obra do Espírito Santo. Eram chamados de Saduceus.


Certa vez querendo pegar Jesus em alguma contradição, os saduceus perguntaram a Jesus sobre o seguinte problema: Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se morrer o irmão de alguém, sendo aquele casado e não deixando filhos, seu irmão deve casar com a viúva e suscitar descendência ao falecido. Ora, havia sete irmãos: o primeiro casou e morreu sem filhos; o segundo e o terceiro também desposaram a viúva; igualmente os sete não tiveram filhos e morreram. Por fim, morreu também a mulher. Esta mulher, pois, no dia da ressurreição, de qual deles será esposa? Porque os sete a desposaram? (Lucas 20:28-33).


Entendendo que eles queriam pegá-lo em contradição, e sabendo que não acreditavam em ressurreição, Jesus lhes diz como seriam as questões conjugais no céu. Ele diz: ‘mas os que são havidos por dignos de alcançar a era vindoura e a ressurreição dentre os mortos não casam, nem se dão em casamento’ (Lucas 20:35; veja também Mateus 22:30).


Um renomado Comentário Bíblico diz o seguinte sobre Mateus 22:30, que fala a respeito do mesmo episódio:


‘Não se casam – É evidente que não haverá necessidade de matrimônio porque prevalecerá uma ordem de vida totalmente diferente. Como os anjos ‘ Os anjos são seres criados e não procriados.


Jesus não revelou tudo sobre o assunto. Mas é mais provável que não haverá necessidade de matrimônio na Nova Terra. Em determinados assuntos como este, em que não há uma grande luz bíblica, o silêncio é prudência; mas existem algumas citações de Ellen White, uma escritora cristã, que são muito proveitosas:


‘Homens há hoje que expressam a crença de que haverá casamentos e nascimentos na nova Terra; os que crêem nas Escrituras, porém, não podem admitir tais doutrinas. A doutrina de que nascerão filhos na nova Terra não constitui parte da “firme palavra da profecia”. As palavras de Cristo são demasiado claras para serem entendidas mal. Elas esclarecem de uma vez por todas a questão dos casamentos e nascimentos na nova Terra.


Nenhum dos que forem despertados da morte, nem dos que forem trasladados sem ver a morte, casará ou será dado em casamento. Eles serão como os anjos de Deus, membros da família real. Este tema é um dos quais Deus não revelou a ninguém; o mais seguro é não darmos nossas opiniões sobre assuntos encobertos, pois: ‘As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei’. (Deuteronômio 29:29).


Não precisamos nos preocupar se no céu vamos fazer isto ou aquilo, pois Deus proverá coisas incrivelmente surpreendentes para preencher nosso coração. Coisas tão maravilhosas que jamais puderam penetrar no coração humano. O mais importante é termos a certeza de que estaremos lá.

Via Evidências Proféticas

Visão panorâmica das "2300 tardes e manhãs" e das "70 semanas"

Focalizando Daniel 9


As Escrituras revelam que os antigos profetas não somente se preocuparam em anunciar eventos futuros, como também em indicar o tempo de seu cumprimento. Os 120 anos de graça destinados ao mundo antediluviano (Gênesis 6:3), os 7 dias que precederiam o início da chuva, a qual deveria cair por 40 dias ininterruptos (Gênesis 7:4), os 400 anos de peregrinação da descendência de Abraão (Gênesis 15:13 e Atos 7:6), os 3 dias para o copeiro e para o padeiro de Faraó (Gênesis 40:12, 13, 18 e 19), os 7 anos de fartura e os outros 7 de fome sobre a terra do Egito (Gênesis 41:26, 27, 29 e 30), os 40 anos de jornada no deserto (Números 14:33 e 34), os 3 anos e meio de seca no reinado de Acabe (1 Reis 17:1 e Lucas 4:25), o cativeiro de 70 anos (Jeremias 25:11 e 12; 29:10 e Daniel 9:2) e os 7 tempos de loucura de Nabucodonosor (Daniel 4:16, 23, 25 e 32) foram períodos que delimitaram a realização dos acontecimentos preditos.


Não poderiam os profetas ter antecipado também a época do advento do Redentor? A lógica sugere que sim, o que é confirmado pelo apóstolo Pedro, segundo o qual “os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada” “inquiriram e trataram diligentemente” da salvação, “indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir.” 1 Pedro 1:10 e 11.


Os dados cronológicos concernentes à primeira vinda de Cristo podem ser encontrados em Daniel 9, em que já estavam preditos, com inigualável precisão, os anos exatos do início e do fim do ministério do Salvador. Contudo, visto que Daniel 9 constitui um complemento ao capítulo 8, imperioso se torna o estudo concatenado de ambos.


Uma Impressionante Visão

O capítulo 8 descreve uma fascinante visão recebida pelo profeta Daniel, na qual ele contemplou um carneiro, um bode e uma ponta pequena. Esse último elemento lhe atraiu particular interesse, em virtude de seu ataque ao exército do Céu, ao Príncipe dos príncipes e ao Santuário Celestial. Enquanto observava a blasfema atuação da ponta pequena, Daniel ouviu um santo anjo a indagar: “Até quando durará esta visão?”. A solene resposta é encontrada em Daniel 8:14: “Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.”.

Daniel 8:14 faz referência a um longo período profético, findo o qual o Santuário seria purificado. Esse período possui especial importância por estar intimamente associado às 70 semanas de Daniel 9, cujo principal objetivo é localizar o tempo do ministério de Jesus. Daí, a necessidade de uma investigação mais detalhada das 2.300 tardes e manhãs.

As 2.300 Tardes e Manhãs

A origem da expressão “tardes e manhãs” remonta ao relato da Criação, no qual se lê: “Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia.” Gênesis 1:5. Desse texto se deduz que num dia completo há uma tarde e uma manhã, o que conduz à inevitável conclusão de que o período mencionado em Daniel 8:14 é, na realidade, de 2.300 dias.

Esses dias não podem ser literais, em virtude de que aparecem num contexto altamente simbólico. Mediante a aplicação do princípio bíblico do dia-ano, segundo o qual, um dia profético corresponde a um ano literal (Números 14:34 e Ezequiel 4:6 e 7), torna-se evidente que os 2.300 dias representam 2.300 anos reais.

O Ponto de Partida das 2.300 Tardes e Manhãs
Uma leitura atenciosa de Daniel 8 revela a carência de qualquer indicação exata para o início dos 2.300 anos. Depois de comentar cada elemento da visão, as poucas palavras de Gabriel referentes àquele período foram: “A visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira; tu, porém, preserva a visão, porque se refere a dias ainda mui distantes.” Daniel 8:26. Antes que Gabriel pudesse fornecer alguma informação adicional sobre os 2.300 dias, Daniel perdeu as forças e desmaiou. A cena das horrendas perseguições a sobrevir ao povo de Deus e a afirmação de sua longa duração eram mais do que o idoso profeta poderia suportar. Assim, Gabriel teve de abandoná-lo para só retornar em ocasião oportuna.

Investigando o livro do profeta Jeremias, Daniel entendeu que o prazo determinado por Deus para o regresso de seu povo à Judéia seria de 70 anos (Daniel 9:1 e 2). Como esse período já estava próximo do fim, Daniel temeu que a visão recebida alguns anos antes fosse um alerta divino concernente a um prolongamento na duração do cativeiro. Tal perspectiva encheu de horror o coração do bondoso profeta, o que o impulsionou a derramar sua alma perante o Senhor numa impressionante oração intercessória por sua nação. Temendo que os 2.300 dias consistissem num acréscimo aos 70 anos de desolação, Daniel assim se expressou: “Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não Te retardes, por amor de Ti mesmo, ó Deus meu; porque a Tua cidade e o Teu povo são chamados pelo Teu nome.” Daniel 9:19.

Em resposta à súplica daquele fervoroso servo de Deus, Gabriel retornou para completar sua missão. Ele recebera a ordem: “Dá a entender a este a visão” (Daniel 8:16) e a incumbência devia ser satisfeita. Por isso, aproximou-se mais uma vez do profeta, dizendo: “Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido... Considera, pois, a coisa e entende a visão.” Daniel 9:22 e 23. Retomando o assunto, Gabriel se deteve particularmente no aspecto do tempo: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade...” Daniel 9:25. A palavra aqui vertida por “determinadas” significa literalmente “separadas” ou “cortadas”. O questionamento lógico em face dessa observação é: separadas de quê? Visto que os 2.300 dias foram o único período mencionado anteriormente, o qual não havia recebido maiores considerações, devem ser o período de que as 70 semanas se separaram. As 70 semanas são, portanto, uma parte dos 2.300 dias e os 2 períodos devem começar simultaneamente. Isso supre a carência de informação em Daniel 8 sobre o início das 2.300 tardes e manhãs, visto que em Daniel 9 o ponto de partida é indicado.

O ponto inicial das 70 semanas é “a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém” Daniel 9:25. Embora 3 decretos persas sejam mencionados no livro de Esdras nesse sentido, o de Artaxerxes é o mais abrangente, além do que, as intenções dos 2 anteriores são plenamente satisfeitas com este último. Esse decreto entrou em vigor no outono de 457 A.C., data que deve ser tomada como o início dos cômputos proféticos.

7 Semanas e 62 Semanas

“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos.” Daniel 9:25. Assim, a manifestação do Messias estava marcada para 69 semanas proféticas, ou 483 dias-anos, depois que o decreto de Artaxerxes entrasse em vigor, o que conduz ao ano 27 da Era Cristã, no qual Jesus, após ter sido batizado no rio Jordão, foi ungido pelo Espírito Santo, que sobre Ele repousou em forma de pomba, e deu início ao Seu ministério público.Após essa data, segundo o relato de Marcos, “foi Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.” Marcos 1:14 e 15.

A parte final do versículo se refere aos turbulentos anos de reconstrução da cidade de Jerusalém, o que pode ser comprovado mediante a leitura do livro bíblico de Neemias.

“O Ungido será tirado”

“Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas.” Daniel 9:26. A intenção dessa passagem não é marcar a data exata da morte de Jesus, pois,  segundo as palavras de Gabriel, o Ungido seria tirado não ao fim das 62 semanas, mas depois disso. A menção à destruição do Templo e da Cidade Santa aponta logicamente à invasão de Jerusalém pelos exércitos romanos, liderados pelo general Tito, no ano 70 da Era Cristã. Invasões dessa natureza eram comparadas a inundações, o que explica a referência a um dilúvio; e a afirmação de que “até ao fim haverá guerra” retrata bem os combates e o derramamento de sangue dos últimos 2.000 anos da História da Humanidade.

A Última Semana
“Elefará firme aliançacom muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele.” Daniel 9:27. A “semana” aqui mencionada é a última das 70 e corresponde aos derradeiros anos de oportunidade concedidos ao povo de Israel.Durante esse período, que se estende do ano 27 ao ano 34, Cristo, em princípio em pessoa e depois por intermédio de Seus discípulos, dirigiu o convite do Evangelho especialmente aos judeus.

A parte mais impressionante da predição está relacionada ao meioda septuagésima semana, em que se faria cessar o sacrifício e a oferta de manjares. No ano 31 da Era Cristã, 3 anos e meio após Seu batismo, o Senhor Jesus foi crucificado. Mediante o grande sacrifício oferecido na Cruz do Gólgota, o sistema de sacrifícios, que por 4.000 anos havia apontado para o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29), perdeu a sua validade.O tipo alcançou o antítipo e, em conformidade com a vontade de Deus, todos os sacrifícios e ofertas deveriam cessar. Ao Jesus entregar Seu espírito naquela tarde de sexta-feira, houve um grande terremoto e “o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo” (Mateus 27:51), como notória evidência de que o sistema cerimonial havia chegado ao esgotamento. Que Jesus estava cônscio de que aquele era o momento indicado pela profecia de Daniel, observa-se de Suas palavras proferidas na noite anterior: “Pai, é chegada a hora; glorifica a Teu Filho, para que o Filho Te glorifique a Ti.” João 17:1.

O final do versículo 27 também faz alusão à destruição de Jerusalém, assim como o verso precedente, e foi mencionado por Jesus em Seu sermão profético, quando Ele instou a Seus discípulos que estudassem com atenção o livro de Daniel. Ver Mateus 24:15.

O Fim das 70 Semanas
Visto que as 70 semanas foram separadas especialmente para o povo de Israel, seu término deve coincidir com a rejeição dos judeus ao Evangelho de Cristo. Embora nenhum evento específico seja relacionado ao fim das 70 semanas e apesar de os dados cronológicos dos primeiros capítulos do livro de Atos serem insuficientes para uma datação exata, a morte do diácono Estevãoe a primeira perseguição à Igreja servem muito bem como marcos do fim do tempo de graça concedido à nação eleita, pois, após o início das hostilidades, os discípulos, forçados pela perseguição a fugir de Jerusalém, “iam por toda parte pregando a palavra” (Atos 8:4). Filipe desceu à cidade de Samaria e pregou a Cristo. Pedro, guiado pelo Espírito de Deus, anunciou o Evangelho a Cornélio, centurião de Cesaréia; e Paulo, ganho à fé cristã, foi incumbido de pregar as doces novas do Evangelho “aos gentios de longe” Atos 22:21 (ARC).

O Término dos 2.300 Anos

Todas as especificações da profecia se cumpriram nos mínimos pormenores em relação ao ministério terrestre de Cristo, o que imprime um selo de garantia sobre o restante da profecia que diz respeito à purificação do Santuário Celestial. Avançando 2.300 anos a partir do outono de 457 A.C., chega-se ao outono de 1.844 A.D., quando Jesus, Sumo Sacerdote do Céu, à semelhança do que se fazia no Dia da Expiação, entrou no Lugar Santíssimo para purificar o Santuário. Naquele ano, Jesus deu início à última etapa de Seu ministério intercessório, após o qual Ele voltará para buscar o Seu povo.

Implicações dos Cômputos Proféticos

As 70 semanas de Daniel 9 constituem a mais espetacular de todas as profecias bíblicas. Erguem-se como um desafio ao ceticismo do mundo hodierno, cujos pilares estão supostamente firmados sobre bases científicas. Se as datas propostas pelo esquema profético puderem ser confirmadas, um golpe mortal terá sido dado a todas as correntes do pensamento atual que deixam de parte a Bíblia e a fé em Jesus. Nos próximos estudos, serão fornecidas evidências concretas e irrefutáveis para a comprovação das datas do início das 70 semanas, do batismo de Jesus e de Sua crucifixão e morte. Que o leitor possa sentir sua fé aumentar a cada descoberta e que a graça de Cristo e a presença do Espírito Santo possam Se intensificar em seu coração!

Henderson H. L. Velten

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