segunda-feira, 22 de outubro de 2018

174 anos do Grande Desapontamento


Prestes a subir ao Céu, os discípulos de Cristo lhe perguntaram: “Senhor, será este o tempo em que restaures o reino de Israel?” (Atos 1:8). E assim Jesus se despediu de seus discípulos e ascendeu ao Céu. Mas agora onde estava o Seu reino? E a esperança e expectativa do reencontro? Enquanto Jesus foi elevado nas nuvens, estando eles ainda olhando para cima, eis que dois anjos se puseram ao seu lado e lhes disseram: “Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir” (Atos 1:11).

A promessa do segundo advento de Cristo se tornou a grande esperança dos cristãos de todas as épocas. De fato, esse é o clímax de todas as profecias bíblicas desde os tempos antigos até os nossos dias. Tal profecia foi intensamente proclamada pelos apóstolos que prontamente aguardaram pelo seu cumprimento. E ao longo das eras se tornou a profecia mais estudada da Palavra de Deus. 

1. O surgimento do movimento milerita 
Entre os anos de 1840-1844, surgiu nos Estados Unidos um movimento multidenominacional chamado milerita. Tal grupo baseava suas ideias em diferentes interpretações proféticas que resultou no surgimento de diversos grupos de seguidores chamados de adventistas. O maior deles tornou-se conhecido como Adventistas do Sétimo Dia. De fato, os mileritas se consideram como a continuação de uma despertamento internacional com ênfase na segunda vinda de Cristo e na proclamação da proximidade do advento que se desenvolveu quase simultaneamente em muitos países no início do século 19. Por volta de 1840, dezenas de pregadores pelo mundo estavam proclamando a volta de Jesus com base no estudo da profecia de Daniel 8:14.

De acordo com o pesquisador Le Roy Edwin Froom, havia pregadores de diversas denominações cristãs, brancos, negros, mulheres e até mesmo crianças. Houve uma garota campesina na Europa que atraiu cerca três a quatro mil pessoas ao pregar a mensagem sobre a volta de Jesus.[1]

Os mileritas, que eram conhecidos por adventistas, foram todos seguidores de Guilherme Miller, um fazendeiro do estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos, e um ministro licenciado da Igreja Batista que se destacou por sua ênfase na pregação do retorno de Jesus Cristo. Miller estudou detidamente a Bíblia por mais de 15 anos e ao longo desse período utilizou as Escrituras como própria intérprete.

Nos Estados Unidos, a pregação e os escritos de Guilherme Miller despertaram a paixão de milhares de pessoas. A mensagem de Miller e seus associados defendia a seguinte ideia: “Assim como o primeiro advento de Jesus Cristo foi predito em Daniel 9, seu segundo advento é identificado em Daniel 8:14 que afirma: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado”. (Daniel 8:14). Visto que a terra deve ser o ‘santuário’ a ser ‘purificado’, isso vai acontecer por meio do fogo quando Jesus voltar. Começando com 457 a.C., a profecia dos 2300 dias/anos de Daniel 8:14 culminará ao redor de 1843-1844. Jesus virá outra vez por volta desse tempo. Portanto, prepare-se para encontrá-Lo! Sua volta será um evento literal e visível que precederá o milênio.” Essa era a essência da mensagem milerita. 

Após anos de estudos e expectativas cronológicas, um de seus auxiliares, Samuel Snow [2] , escreveu um livreto onde identificava a data de 22 de outubro de 1844 como o dia estabelecido para o cumprimento da profecia. De acordo com a conclusão dos mileritas, aquele era o dia em que a terra seria purificada pelo retorno de Jesus. Assim, dezenas de milhares, aguardaram com paciência e fervor, até a chegada do dia identificado na profecia. Então eles esperaram o dia inteiro, até a meia-noite, mas Jesus não veio, deixando-os profundamente desapontados. Dessa maneira, foram forçados a admitir a existência de algum equívoco na interpretação da profecia do profeta Daniel.

2. O nascimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia 
Um grupo pequeno dentre os desapontados voltou a estudar as escrituras com mais intensidade a fim de buscar a compreensão quanto ao evento profético. Não demorou muito para concluírem que, embora a data de 22 de outubro de 1844 estivesse correta, o evento estava errado. Esses crentes entenderam que o santuário a ser purificado não estava na terra, mas no céu. Jesus havia entrado no santo dos santos do santuário celestial para dar início a Sua obra de julgamento. Como Ellen G. White mais tarde declarou: “O assunto do santuário foi a chave que desvendou o mistério do desapontamento de 1844.”[3]

Ao explicar esse momento o teólogo Ángel Manuel Rodríguez destaca: “tendo completado na terra a obra para a qual viera (João 17:4, 5; 19:30), Cristo ‘foi elevado ao céu’ (Atos 1:11) para ‘salvar definitivamente aqueles que, por meio dEle, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles’ (Hebreus 7:25), até que em Sua segunda vinda Ele vai aparecer ‘não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que O aguardam’ (Hebreus 9:28). 

Entre esses dois polos, a cruz e o glorioso retorno do Senhor, Cristo atua como sacerdote real ‘no santuário, no verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem’ (Hebreus 8:2), o advogado (I João 2:1) e intercessor daqueles que nEle creem (Romanos 8:34). Como nosso Sumo Sacerdote, Cristo ministra os benefícios de Seu sacrifício àqueles que vêm a Ele, um ministério tão essencial à nossa salvação como Sua morte substitutiva.”[4]

Dessa forma, o grande desapontamento de 22 de outubro de 1844 se tornou uma poderosa mensagem. É verdade que Jesus não veio como os mileritas pensavam. Mas, um pequeno grupo de crentes desapontados descobriu nova luz bíblica – a verdade de que Cristo entrou na fase final de Seu ministério sumo-sacerdotal no santuário celestial, após o qual Ele vai finalmente voltar para redimir Seu povo. 

A partir da compreensão dessa verdade identifica-se o nascimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com sua fé firmemente ancorada no breve retorno de Jesus e em todos os Seus princípios registrados na Sua Palavra. Portanto, o dia 22 de outubro de 1844 é, de fato, um marco de capital importância para o nascimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia. 

Sendo assim, profeticamente falando, o ano de 1844 não pode ser minimizado ou esquecido. O conselho de Ellen White é oportuno: “Ao recapitular a nossa história passada, havendo percorrido todos os passos de nosso progresso até ao nosso estado atual, posso dizer: Louvado seja Deus! Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado.”[5]

Renato Stencel (via Espírito de Profecia)

Referências: 
1. Ver Le Roy Edwin Froom. The Prophetic Faith of Our Fathers: The Historical Development of Prophetic Interpretation. Washington, D.C.: Review and Herald Publ. Assn., 1954, vol. 4. pp. 443-718 (veja especialmente pp. 699-718). 
2. Ver: http://centrowhite.org.br/files/ebooks/apl/
3. Ellen G. White. O Grande Conflito. 42. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2004. p. 423. 
4. Ángel Manuel Rodríguez. Handbook of Seventh-day Adventist Theology. Hagerstown, Maryland: Review and Herald, 2000. p. 375. 
5. Ellen G. White. Mensagens Escolhidas. 3. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1987, vol. 3. p. 196.

Produzido pelo Hope Channel, canal adventista da Austrália, o filme Como Tudo Começou (Tell the World, 2015) narra a história dos pioneiros do movimento adventista. Assista:


O que são as estrelas de nêutrons? (Astronomia)

Os antigos acreditavam que as estrelas da noite fossem eternas e imutáveis. Hoje, sabemos que não é assim. Estrelas nascem, vivem suas vidas e morrem.  A forma como uma estrela morre dependende muito da sua massa. Uma estrela de pouca massa morre como uma anã branca. Uma estrela de muita massa, como um buraco negro. Mas no meio disso, a estrela vira uma estrela de nêutrons.



sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Evidências do Design Inteligente - Equação X

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Segunda Lei de Kepler (Astronomia)

Primeira Lei de Kepler: Lei das Órbitas Elípticas (Astronomia)

A Era Glacial segundo o criacionismo

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Produções cinematográficas como a animação “A Era do Gelo” dão sua parcela de contribuição para solidificar a ideia de que os períodos glaciais teriam durado centenas de milhares de anos. De fato, existem evidências de que há muitos anos as geleiras cobriram grandes áreas da América do Norte e do noroeste da Europa, mas teriam durado tanto tempo? Foram várias glaciações (a maioria dos geólogos crê que foram quatro) ou foi apenas uma?

Causa da glaciação – Segundo o Dr. James Gibson, diretor do Geoscience Research Institute, uma das melhores sugestões para a causa da glaciação é a de Michael Oard. Oard propõe que o oceano estava ainda aquecido imediatamente após o dilúvio (devido à liberação das águas sob pressão das “fontes do grande abismo” [Gênesis 7:11]). Isso significa que muita água se evaporaria e produziria precipitação, produzindo grandes quantidades de neve nas regiões mais próximas aos polos. Atividades vulcânicas (que lançam muita poeira na atmosfera) mantiveram os verões frios, aumentando a precipitação e impedindo o derretimento da neve e do gelo. Quando o chão ficou coberto de neve, passou a refletir mais a radiação solar. Isso teria esfriado ainda mais o ar acelerando o processo. Depois de várias centenas de anos, o oceano se esfriou o suficiente para diminuir a precipitação de mais neve. A atividade vulcânica declinou também, permitindo que os verões se tornassem mais quentes, provocando o derretimento do gelo.

Em seu livro O Mundo Já Foi Melhor, Harry J. Baerg acrescenta: “De acordo com as estatísticas realizadas por William J. Humphrey, professor de Física e Meteorologia, três ou quatro vezes o número de vulcões ativos, bloqueando a passagem do calor solar, poderiam reduzir a temperatura média da atmosfera o suficiente para trazer outra era glacial” (p. 66). E existem evidências de que no passado, em certo momento da história, houve muito mais atividade vulcânica (confira as pesquisas do geólogo Nahor Neves de Souza Jr., explicadas em seu livro Uma Breve História da Terra).

Outro requisito importante para uma glaciação é a umidade abundante. “Deve haver uma enorme precipitação de neve para a formação dos vastos campos. Quando a terra emergiu vagarosamente das águas do dilúvio, grandes lagos foram represados atrás de barreiras de material empilhado. Elas devem ter proporcionado parte da umidade necessária para a formação de nuvens de neve. Os oceanos circundando as áreas glaciadas supriram, sem dúvida, o resto. A temperatura fria das primeiras geleiras e a ação dos ventos tenderiam a precipitar a umidade das nuvens carregadas” (O Mundo Já Foi Melhor, p. 67, 68).

Mas como entender as evidências de que teria havido mais de uma glaciação? Segundo Baerg, a atividade vulcânica que teria causado a glaciação excessiva deve ter variado consideravelmente e o gelo poderia ter avançado e recuado várias vezes, não ocupando milhões de anos, necessariamente. Geólogos criacionistas acreditam que o gelo cobriu grande parte das regiões apenas uma vez, e que a evidência atribuída às outras eras é fruto do trabalho das águas durante o dilúvio. “Alguns glaciologistas creem que talvez as glaciações tivessem sido somente fases de avanço e retração de geleiras durante uma época glacial única” (Jean Flori e Henri Rasolofomasoandro, Em Busca das Origens, p. 274).

Duração da glaciação – No modelo de Oard, a Era Glacial pode ter durado menos de mil anos. “Devemos ter em mente”, escreve Baerg, “que não houve necessidade de milhões de anos para se desenvolver uma era glacial. Todos os fenômenos ligados ao gelo poderiam ter ocorrido em um espaço de tempo relativamente curto. Não precisamos pensar que foram necessários milhões de anos para acumular o gelo das geleiras, uma vez que, em poucos meses durante o inverno, grandes porções de terra são cobertas. […] A formação e o desaparecimento dos lençóis de gelo devem ter ocorrido entre o tempo do dilúvio e o começo da história registrada” (O Mundo Já Foi Melhor, p. 70). E, conforme lembram Flori e Rasolofomasoandro, “a pequena glaciação do século 18 fez oscilar o limite do gelo em torno de alguns milhares de quilômetros, de norte a sul. A oscilação foi verificada no intervalo de tão-somente 150 anos” (Em Busca das Origens, p. 275).

Embora a Bíblia não registre claramente um evento como a glaciação (e esse nem é o propósito dela, ser um documento geológico), o texto de Jó 38:22 pode indicar um clima mais frio no princípio da história bíblica.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Por que achamos pessoas simétricas mais bonitas?

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Segundo reportagem da revista Galileu, beleza é uma questão de simetria e seleção natural. “A simetria é praticamente sinônimo de beleza”, disse à revista o biólogo Walter Neves, da USP. “Os genes que determinam o lado direito e o lado esquerdo são os mesmos, então potencialmente todos nós deveríamos ser perfeitamente simétricos.” Mas, segundo a matéria, a expressão dos genes é influenciada pelas condições ambientais. Então, o indivíduo que não se alimentou direito, teve muitas doenças ou foi alvo de parasitas, por exemplo, infelizmente não vai exibir simetria perfeita.

Para o francês Michael Raymond, pesquisador em biologia evolutiva da Universidade de Montpellier, essa predileção é um claro indicativo de que nossa noção de beleza está ligada diretamente a fatores biológicos. “Pouco a pouco, há uma seleção para que as preferências se orientem para as características que indicam a qualidade do indivíduo. Ou seja, nossa noção estética não é aleatória. É seleção natural.”

Como sempre, a teoria-explica-tudo cumpre sua missão. Por que o homem trai? A evolução explica. Por que gostamos de música? A evolução explica. Por que as pessoas mentem? Idem. Por que os seres humanos tendem à religião? Darwin tem a resposta. E por que gostamos da beleza? Nem precisa responder. Mas, falando em simetria, uma resposta eu queria ter: Como explicar a simetria bilateral presente de alto a baixo na coluna geológica? Se essa simetria verificada em praticamente todos os seres pluricelulares é resultado de seleção natural, por que não encontramos os resquícios fósseis dos menos “aptos”, dos assimétricos, os resultados de “tentativas e erros” no longo processo da evolução? Para mim, essa simetria (e mesmo a “beleza supérflua” verificada na natureza) aponta para o design inteligente do Grande Designer Yahweh.

sábado, 29 de setembro de 2018

Caem por terra mais duas evidências da evolução

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Fósseis que não eram fósseis e ossos de patas que não eram patas… A vida não está nada fácil para os evolucionistas, afinal, duas evidências apresentadas ad nauseam na imprensa, em artigos científicos e livros didáticos simplesmente caíram por terra com novas e mais acuradas pesquisas científicas.

O primeiro caso trata-se dos chamados “fósseis mais antigos do mundo” – os microfósseis de supostos 3,4 bilhões de anos de Apex Chert. De acordo com os pesquisadores, pilhas de minerais acabaram manchadas durante a circulação de fluidos, dando a impressão de haver fósseis dentro das rochas – mas não havia nada. Os novos dados foram publicados na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

O segundo caso é o da “pata” das baleias. Quem já não ouviu o mito evolucionista segundo o qual a vida terrestre teria surgido a partir de vertebrados que deixaram o ambiente aquático para viver em terra firme? Segundo os evolucionistas, alguns desses animais teriam voltado a viver na água, centenas de milhões de anos depois de terem saído de lá. Os ancestrais das baleias seriam um exemplo desses migrantes. E a grande “prova” apresentada pelos defensores dessa hipótese são alguns ossos encontrados no corpo das baleias e que parecem ser o que teria sobrado de patas primitivas de algum ancestral delas. Dizia-se que esses ossos não tinham função alguma, e por isso eram tratados como “órgãos vestigiais” capazes de “comprovar” o suposto passado terrestre dos ancestrais da baleia.

Pois bem, essa foi outra “prova” detonada pelos fatos e pela pesquisa séria. Novos estudos indicam que esses ossos pélvicos não têm nada a ver com patas primitivas. E definitivamente não se trata de “órgãos vestigiais”. Eles têm uma função importante: apoiar os músculos que controlam o pênis da baleia. Resumindo: aqueles ossos têm funções reprodutoras e não locomotoras. A pesquisa foi publicada por J. P. Dines, com o título “Sexual selection targets cetacean pelvic bones” (Evolution, 3/11/2014).

Imagine o trabalhão (e o gasto) que os editores de livros didáticos que apoiaram por anos essas historinhas terão para reescrever tudo…

Nada como um dia depois do outro e uma pesquisa depois da outra.

sábado, 22 de setembro de 2018

Instagram Bíblia e a Ciência



Olá queridos amigos e amigas que acompanham este ministério por tantos anos. Me chamo Douglas e sou o administrador deste blog. Venho por meio desta postagem convida-los para que acompanhem este ministério também no Instagram, onde são publicadas imagens inspiradoras, vídeos, avisos dos eventos criacionistas e de arqueologia bíblica espalhados pelo Brasil, entre outras postagens de qualidade, edificantes e úteis que vocês já reconhecem a longa data. Um abraço fraternal e aguardo vocês nessa rede social! Segue abaixo o link para acesso:

https://www.instagram.com/bibliaeaciencia/?hl=pt-br

TV Leão - #Reportagem - Exclusivo... O Segundo Episódio de A Igreja Adventista do Sétimo Dia

TV Leão - #Reportagem - A Igreja Adventista. Porque Eles Guardam o Sábado?

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Florestas na Antártida?


Uma pesquisadora britânica citada em matéria recente do jornal Folha de S. Paulo afirmou que a Antártida era um “paraíso tropical” há cerca de 40 milhões de anos (segundo a cronologia evolucionista, evidentemente). Jane Francis, do Colégio de Meio Ambiente da Universidade de Leeds, afirma que o continente gelado, que hoje tem uma camada de quatro quilômetros de gelo, foi uma região de clima quente e fauna rica. “Durante a maior parte da história geológica da Antártida a região estava coberta por bosques e desertos, um lugar que tinha um clima quente”, disse Francis. “Muitos animais, incluindo dinossauros, viviam na região. Foi no passado geológico recente que o clima esfriou”, acrescentou.

Em 2008, cientistas americanos e britânicos anunciaram ter descoberto novas florestas fósseis de supostos 300 milhões de anos em minas de carvão em Illinois, nos Estados Unidos. De acordo com matéria publicada no site da BBC Brasil, a antiga vegetação, hoje transformada em rocha, é remanescente das primeiras florestas tropicais do mundo.

Segundo o paleontólogo Howard Falcon-Long, da Universidade de Bristol, “a floresta […] é dominada por árvores de musgo altas, gigantes”. Mas, então, por algum motivo, “todo o sistema entra em colapso e se reorganiza, é substituído por uma vegetação de samambaias e ervas, um ecossistema completamente diferente”, completa. Um ecossistema devastado e substituído por outro inicialmente de plantas menores… Faz pensar.

Segundo a equipe liderada pelos pesquisadores, algumas das florestas chegam a se espalhar por 10 mil hectares – o tamanho de uma cidade. Eles já haviam anunciado uma descoberta semelhante em 2007. De lá para cá, outras cinco florestas foram descobertas.

De acordo com a BBC, os cientistas disseram ter encontrado as florestas em camadas, umas sobre as outras. “Para eles, o terreno antigo experimentou repetidos períodos de subsidência e inundações, que enterraram as matas em uma sequência vertical”, diz a reportagem. Ou teria sido uma única catástrofe hídrica a responsável por essa superposição, com tamanha quantidade de vegetação?

A verdade é que, segundo a Bíblia, todo o planeta foi originalmente criado como um imenso jardim, com vastas florestas que, durante e depois do dilúvio, acabaram se tornando nos enormes depósitos de carvão. E isso está de acordo com as recentes descobertas científicas.

De acordo com o Dr. Clyde Webster Jr., “o processo atual mais semelhante ao da formação de carvão é a formação de turfa. Turfa é o material residual marrom escuro a preto produzido pela decomposição parcial de musgos, árvores e outras plantas que crescem em pântanos e brejos. Os cientistas estimam que seriam necessários de 0,6 a 6,1 metros de turfa para formar 0,3 metro de carvão. A variação de valores depende do tipo de carvão. Se tomarmos uma média de 3 metros de turfa para formar 0,3 metro de carvão, seriam necessários 91 metros de turfa para produzir uma camada de carvão com 9,1 metros de espessura. Há poucas turfeiras, charcos ou pântanos em qualquer lugar do mundo que alcançam uma profundidade de 30 metros. Como poderiam as turfeiras explicar filões de carvão de 91 metros?” (Clyde L. Webster Jr., A Perspectiva de um Cientista Sobre a Criação e o Dilúvio, p. 20).

Michelson Borges

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Atualização sobre o período limite dilúvio/pós-dilúvio


Qual teria sido o exato momento em que o dilúvio terminou? O fim do dilúvio teria marcado qual período geológico correspondente a essa grande catástrofe? Durante décadas, os cientistas criacionistas têm debatido sobre o limite/fronteira em que o dilúvio teria terminado no registro geológico e dado início ao período pós-diluviano. A maioria dos cientistas criacionistas concorda que o limite entre o dilúvio e o período pós-diluviano está em uma das duas fronteiras: (1) no topo do período Cretáceo, conhecido como o limite K-Pg (anteriormente chamado de limite KT; ver figura abaixo),[1, 2] ou (2) no topo ou perto do topo do período Neógeno (Era Cenozoica Superior), em torno do nível da época Plioceno.[3, 4]

Essa época estaria próxima do período correspondente à “Era do Gelo” (conforme escala evolutiva do tempo geológico). Em termos bíblicos, a “Era do Gelo” teve lugar cerca de 120 anos após o dilúvio. O mais interessante é que uma pesquisa criacionista definiu essas camadas de rochas do Cenozoico Superior – correspondente às camadas da “Era do Gelo” – como sendo depósitos de inundação.[4]


A primeira ilustração de um modelo unificador apresentado em português, que tentou compatibilizar o limite KT como representando o fim do dilúvio e o começo do período pós-diluviano, foi publicada em 2002 no livro Uma breve História da Terra, de autoria do geólogo criacionista brasileiro Dr. Nahor de Souza Neves (ver figura abaixo).

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Palestra do Rodrigo Menegheti Pontes: Datação Radiométrica.

sábado, 25 de agosto de 2018

10 O Presente - Chave do Passado e do Futuro Dr Nahor Neves de Souza Jr )

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

09. Uma Breve História da Terra (Dr. Nahor Neves de Souza Jr.)

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

08. Destruição Global 2 (Dr. Nahor Neves de Souza Jr)

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

07. Destruição Global 1 (Dr. Nahor Neves de Souza Jr)

terça-feira, 21 de agosto de 2018

06. Fenômenos Geológicos -- Classificação (Dr. Nahor Neves de Souza Jr.)

sábado, 18 de agosto de 2018

05. Os Princípios do Criacionismo (Dr. Nahor Neves de Souza Jr.)

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

04. Acaso ou Planejamento? (Dr. Nahor Neves de Souza Jr.)

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

03. Evolucionismo X Criacionismo (Dr. Nahor Neves de Souza Jr.)

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

02. Filosofia das Origens (Dr. Nahor Neves de Souza Jr.)

terça-feira, 14 de agosto de 2018

01. Confrontos entre a Ciência e a Bíblia (Dr. Nahor Neves de Souza Jr.)

domingo, 12 de agosto de 2018

Os Dinossauros e a Bíblia - Dr. Marcos Natal

terça-feira, 7 de agosto de 2018

5 dicas para ensinar seu filho ou sua filha a amar o próprio gênero



Deus não faz acepção de pessoas (Rm 2.11) e isso faz com que Sua natureza Todo-Amorosa (Jr 31.3; Os 11.8; Jo 3.16; 1Jo 4.8, 16) ame a todos os seres humanos indistintamente. Com isso quero começar dizendo nesse post que não importa se você é hetero ou homossexual: isso em nada afetará o amor de Deus por você.

Todavia, isso não significa que Ele apoie a cultura presente que tenta acabar com a identificação por gêneros – masculino e feminino. Também não significa que concorde com a ideia de que há um “terceiro” gênero. Por mais que o Criador abomine o preconceito (ler Tg 2.1-14), não será negando Suas leis que resolveremos esse e outros problemas sociais.

Em Gênesis 1.27 lemos: “Criou Deus o homem [ser humano] à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Portanto, para Deus há sim os gêneros masculino e feminino.

O que fazer seu filho (ou você) está insatisfeito com o gênero com o qual veio ao mundo?

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Os adventistas julgam ser a única Igreja verdadeira?

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Um internauta com o pseudônimo “Adventista? Jamais” fez a seguinte afirmação:

“Você diz usar a Bíblia como sua única regra de fé pratica não é? Então me mostre onde está escrito NA BIBLIA que a igreja adventista é a única verdadeira e as outras são falsas!

“Garanto que você nunca ira me responder, sabe por quê?

“Porque isso não existe na Bíblia. Os adventistas têm o dom de inventar historias por isso JAMAIS SEREI UM DE VCS pelo simples fato de não querer viver na mentira.

Não julgo a sinceridade dele, pois, em outro comentário vi ser ele uma pessoa acessível. O que questiono é o tipo de “fonte” de onde ele tirou tamanha barbaridade.

Respondo sem medo de errar: Não há base bíblica para afirmar que só a Igreja Adventista é verdadeira. Nunca ensinamos isso por que não temos dúvidas de que é parte do plano Divino para a evangelização do mundo usar todas as religiões que exaltam a Cristo. Mesmo que tenhamos nossas doutrinas distintivas e a convicção de que um dia o povo de Deus sairá da babilônia espiritual (confusão religiosa – Apocalipse 18:4), não negamos que cada instituição religiosa foi usada por Deus para trazer de volta verdades bíblicas que foram esquecidas no período medieval:

a) Com o Luteranismo aprendemos que o perdão é pela fé em Jesus;
b) Com o Metodismo, que a graça de Deus não anula a Lei da experiência Cristã. Também, a importância da doutrina da Trindade;
c) Como os Anabatistas aprofundamos nossa compreensão sobre a importância da Liberdade Religiosa;
d) Com os irmãos Batistas, vimos o significado do batismo bíblico – por imersão;
e) Com os Batistas do Sétimo Dia, nossos pioneiros descobriram a verdade de que o Sábado é o dia de adoração;
f) Com os carismáticos vimos mais de perto como devem ter destaque na vida do crente os dons espirituais.

Poderia citar muitas outras denominações, mas, o espaço não permite por que quero disponibilizar outras informações.

O que os Adventistas do Sétimo Dia fizeram foi reunir essas doutrinas bíblicas (muitas delas redescobertas antes, pelos reformadores), sistematizá-las e contextualizá-las no Grande Conflito entre o bem e o mal. E, para ajudar todas as pessoas – cristãs ou não – a terem uma visão do todo da Bíblia, Deus nos chamou para pregarmos sobre a Segunda Vinda Visível de Cristo a esse mundo (Mateus 24:30,31; Tito 2:13; Apocalipse 1:7) as Três Mensagens de Apocalipse 14:6-12, que são os três últimos recados Divinos a uma humanidade rebelde.

Portanto, não nos consideramos os “donos da verdade”.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

O vegetarianismo nos escritos e na experiência de Ellen G. White




Nesse conflito, o vegetarianismo está entre os temas mais discutidos. Encontrar a melhor maneira de abordar o assunto não é tarefa simples, especialmente pelas diferenças culturais, sociais e econômicas que existem no mundo. Ellen G. White foi a principal voz no adventismo sobre a mensagem de saúde, e seus livros estabeleceram a base para o estilo de vida adventista. Portanto, compreender e interpretar corretamente o que ela escreveu é o caminho mais coerente e seguro. 

Adventismo e reforma de saúde
O movimento da mensagem de saúde adventista teve como base a grande corrente americana de reformas sanitárias entre os anos 1800 e 1850. Essas reformas criaram as condições necessárias para a compreensão adventista da saúde, conferindo-lhe alto grau de relevância já nos primeiros anos da denominação.1 Em 1848, quatro anos após sua primeira visão, Ellen G. White recebeu as primeiras informações sobre a mensagem de saúde. Ela viu que tabaco, chá e café eram prejudiciais e deveriam ser completamente abandonados.2 

terça-feira, 24 de julho de 2018

Como alguns dos pioneiros adventistas viam o aborto


Em tempos de desumanização dos não-nascidos através da linguagem e do uso de eufemismos (“não é vida humana”, “não tem sistema nervoso ainda”, “amontoado de células”, “é questão de saúde pública”, “interrupção da gravidez”, “direitos sexuais e reprodutivos”, etc), seria bom adventistas observarem a linguagem simples e direta que os primeiros adventistas usavam para falar sobre aborto.

J. N. Andrews:
“Um dos pecados mais chocantes, e mais comuns desta geração, é o assassinato de bebês não nascidos. Que aqueles que pensam ser este um pecado pequeno leiam o Sl 139:16. Eles verão que até o feto está escrito no livro de Deus. E eles podem estar bem seguros de que Deus não passará despercebido pelo assassinato de tais crianças” (J. N. Andrews [ed.]. “A Few Words Concerning a Great Sin”. Advent Review and Sabbath Herald, 30 nov. 1869, p. 184).

John Todd:
“Não tenho medo, mas o que estou prestes a escrever será lido; e eu gostaria que fosse solenemente ponderado. Estou prestes a falar, e claramente, da prática de produzir abortos. […] Quanto à culpa, quero que todos saibam que, aos olhos de Deus, é um assassinato intencional. ‘O assassinato intencional de um ser humano em qualquer estágio de sua existência é assassinato. […] e se alguém acha que pode fazê-lo sem a culpa do assassinato, ela está muito enganado’ [cita o Dr. H.R. Storer]” (John Todd. “Fashionable Murder”. Advent Review and Sabbath Herald, 25 jun. 1867, p. 29-30).

John Kellogg:
“Assim que esse desenvolvimento começa [a partir da concepção], um novo ser humano vem à existência – em embrião, é verdade, mas possui sua própria individualidade, com seu próprio futuro, suas possibilidades de alegria, pesar, sucesso, fracasso, fama e ignomínia. “A partir deste momento, adquire o direito à vida, um direito tão sagrado que em toda terra violar é incorrer na pena da morte. Quantos assassinos e assassinas ficaram impunes! Ninguém, a não ser Deus, conhece a extensão deste crime hediondo; mas o Avaliador de todos os corações conhece e lembra de cada um que assim transgrediu; e no dia da avaliação final, qual será o veredicto? Assassinato? Assassinato, assassinato de crianças, matança de inocentes mais cruel que a de Herodes, mais sangue frio que o assassino da meia-noite, mais criminoso que o homem que mata seu inimigo – o mais desnatural, mais desumano, mais revoltante dos crimes contra a vida humana” (J. H. Kellogg. Man, the Masterpiece. Battle Creek: Modern Medicine Publishing Company, 1894. p. 424-425).

Tiago White:
“Poucos estão cientes da temerosa extensão que esse negócio nefasto, essa prática pior do que diabólica, é levada adiante em todas as classes da sociedade! Muitas mulheres determinam que não se tornarão mães e se submetem ao mais vil tratamento, cometendo o crime mais básico para cumprir seu propósito. E muitos homens, que têm tantos filhos quanto ele pode sustentar, em vez de restringir suas paixões, ajudam na destruição dos bebês que eles geraram. O pecado está na porta de ambos os pais em igual medida; para o pai, embora ele nem sempre possa ajudar no assassinato, está sempre acompanhando, na medida em que ele induz, e às vezes até força a mãe à condição que ele sabe que levará à prática do crime” (Tiago White (ed.). A Solemn Appeal. Battle Creek: Stem Press, 1870, p. 100).

E Ellen White?
Apesar de não falar diretamente sobre o aborto intencional, Ellen White fala muito sobre as influências pré-natais. Ao ler os inúmeros textos onde ela revela preocupação com as consequências de hábitos e atitudes da mãe no não-nascido, logicamente, podemos concluir que despedaçar o corpo de crianças não-nascidas ou envenená-las até a morte não seriam práticas toleradas facilmente por ela.

A posição de Ellen White não é claramente estabelecida, mas há fortes citações que apontam para a posição pró-vida.

Ela usa o termo “assassinato” em conexão com a morte de fetos. Ao comentar sobre os vestidos de argolas usados em meados do século 19, ela declarou: “Nunca foi praticada tal iniquidade como essa desde essa invenção de [vestidos de] aro, nunca houve tantos assassinatos de crianças [murders of infants]” (Carta 16, 1861).

Esses “assassinatos de crianças” podem ser uma referência aos abortos provocados involuntariamente por essa moda.

Ela afirma que mulheres grávidas “vão considerar que outra vida depende delas e serão cuidadosas em todos os seus hábitos e especialmente na dieta” (O Lar Adventista, p. 257). Citações assim podem refutar o chavão “meu corpo, minhas regras”, pois trata-se de “outra vida”.

Ao alertar para o perigo de mulheres grávidas usarem bebida alcoólica, ela faz uma afirmação que leva em conta a saúde do não-nascido, e liga isso à palavra “pecado”:

“Cada gota de bebida forte ingerida [por uma mulher grávida] para satisfazer seu apetite, põe em risco a saúde física, mental e moral do filho, e é um pecado direto contra seu Criador” (Conselhos sobre o Regime Alimentar, p. 217).

Uma citação é especialmente interessante – ao falar sobre o risco de deixar uma mulher trabalhar excessivamente durante a gravidez, Ellen White declara:

“Caso o pai procurasse conhecer as leis físicas, compreenderia melhor suas obrigações e responsabilidades. Veria que havia sido culpado quase de matar [em inglês, “murdering”] seus filhos mediante o permitir que tantos fardos impendessem sobre a mãe, e compelindo-a a trabalhar além de suas forças antes do nascimento das crianças, a fim de obter meios para lhes deixar” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 429-430).

O texto em inglês diz literalmente que o pai veria “que ele tinha sido culpado de quase assassinar seus filhos” ao fazer a mãe trabalhar demais “antes do nascimento deles”. Nesse texto, Ellen White não está condenando especificamente o aborto, mas ao falar sobre o assassinato dos fetos, e ao chamar os fetos de filhos/crianças (children), ela indica que via o nascituro como plenamente humano.

Isaac Malheiros (via Reação Adventista)

sexta-feira, 13 de julho de 2018

7 desculpas usadas por pessoas que deixam de ir à igreja

"Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos
 admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima." (Hebreus 10:25)

A julgar pelo próprio índice de frequência à igreja no mundo ocidental, não seria difícil diagnosticar que ela encontra-se hoje, em muitas circunstâncias, em crise. Isso para não mencionar os cultos de oração e reuniões evangelísticas. A seguir, analise comigo algumas escusas que tenho ouvido, as quais são usadas por pessoas que deixam de frequentar a igreja:

1. “Alguém me ofendeu.” Essa desculpa, em geral, inicia a lista. “Alguém ou a igreja ofendeu meus sentimentos, e não desejo mais voltar lá.” Outra frase comum é esta: “A igreja está cheia de hipócritas.” O grande problema da igreja é que ela é feita de pessoas como você e eu. Se tirássemos dela todas as pessoas, os problemas desapareceriam, mas também a igreja deixaria de existir. Lembre-se de que os cristãos não seguem os cristãos. Eles seguem a Cristo.

2. “Não sou suficientemente bom para ir à igreja.” Isso equivale a um enfermo dizer: “Estou muito doente para ir ao hospital.” 

3. “A igreja parece morta". Os cultos são cansativos e não recebo nada lá.” Essa argumentação parece assumir que a principal razão para ir à igreja seria encontrar diversão ou mesmo receber alguma coisa. Em vez disso, vamos à igreja primariamente para oferecer a Deus nosso louvor e gratidão.

4. “Ando muito ocupado ultimamente.” Esse é precisamente o propósito do sábado. Libertar-nos da tirania e escravidão das rotinas da vida. Essa desculpa diz, em outras palavras, que estamos muito ocupados para Deus.

5. “Estou doente.” Em alguns casos, isso é verdade. Contudo, queira Deus que não nos tornemos tão enfermos como às vezes dizemos estar para não ir aos cultos. Então, certamente saberíamos o que significa estar doente.

6. “Estou tão cansado aos sábados.” Curioso é que dificilmente estamos cansados para fazer compras ou assistir aos programas preferidos na TV. As pessoas em geral fazem aquilo que elas querem ou que consideram importante.

7. “A igreja é muito longe de minha casa.” Se Jesus esteve disposto a “viajar” milhões de anos-luz do Céu à Terra para nos visitar e salvar, certamente podemos encontrar uma forma de chegar à igreja para agradecer-Lhe e ter comunhão com Ele.

Que tal estar na igreja no próximo sábado? Não deixe para decidir isso na última hora. Tome a decisão agora mesmo: “Estarei lá!”
"Os que pertencem à família da fé nunca devem negligenciar suas reuniões; pois este é o meio designado por Deus para levar Seus filhos à unidade, a fim de que, em amor cristão e companheirismo possam ajudar-se, fortalecer-se e animar-se uns aos outros. ... Como irmãos de nosso Senhor, somos chamados com uma santa vocação a uma vida santa e feliz. Havendo entrado no caminho estreito da obediência, refrigeremos nossa mente pela comunhão uns com os outros e com Deus. À medida que vemos aproximar-se o dia de Deus, reunamo-nos muitas vezes para estudar a Sua Palavra e exortar-nos uns aos outros e tirarmos todo proveito possível a fim de preparar-nos, na maneira devida, para receber nas assembleias celestes o cumprimento do penhor de nossa herança. Lembrai-vos de que em toda reunião vos encontrais com Cristo, o Senhor das congregações. Estimulai um interesse pessoal uns nos outros; pois não basta simplesmente conhecer os homens. Importa que os conheçamos em Cristo Jesus. É-nos ordenado que consideremos 'uns aos outros'. Esta é a nota predominante do evangelho. A do mundo, é o eu." (Ellen G. White - Carta 98, 1902)

sábado, 30 de junho de 2018

Qual é o melhor candidato dinossauriano para o Leviatã?


Por Everton Alves Via Origem em Revista

No capítulo 41 do livro de Jó vemos Deus fazendo perguntas retóricas e assim descrevendo a Jó o monstro Leviatã (Liwyathãn, em hebraico) como sendo um grande animal aquático. A maioria das versões bíblicas traduz o nome do Leviatã como “crocodilo”. Seria realmente um crocodilo ou um dinossauro? Se tomarmos os dinossauros como reais potenciais candidatos para o personagem Leviatã, qual deles se encaixaria na maioria das descrições literais do livro de Jó, desconsiderando apenas certa licença poética, em algumas das características em uso nesse capítulo?

A luz das atuais evidências científicas e recentes estimativas encontradas, o espinossauro, por exemplo, está sendo considerado o maior dinossauro predador que já viveu sobre o planeta terra, conforme entrevista na New Scientist. O espinossauro supera o maior exemplar do Tiranossauro rex já descoberto, tendo até 18 metros de comprimento e um peso de 20 toneladas [1] (Ver figura abaixo). Curiosamente, a Bíblia descreve o Leviatã como sendo um animal diferente do Beemote (que era pacífico), citando características de predação e/ou de ataque: “Põe a tua mão sobre ele e sempre te lembrarás da luta; nunca mais tentarás fazer isso de novo!” (Jó 41:8).
Muitos têm tentado encaixar o Leviatã mencionado no livro de Jó como sendo uma figura de linguagem. O texto não permite entendermos que era apenas ou um exemplo alegórico pela parte de Deus ou se referindo à antiga serpente chamada satanás, mas sim um animal real que Jó teria testemunhado. Apesar de alguma licença poética ter sido empregada na descrição do animal (v.18-21), isso não significa que Jó e seus amigos não tivessem verdadeiramente observado gigantescos animais. É importante destacar que ambas as criaturas mencionadas nos livros de Jó 40 (Beemote) e 41 (Leviatã) e Salmos 104: 26 (Leviatã) são animais reais, enquanto as três vezes em que o mesmo nome, Leviatã, aparece em outros livros são empregos simbólicos (Jó 3: 8; Isaías 27: 1 e Sl 74:14).

Em relação à localização desse animal avistado por Jó, os comentaristas bíblicos deduzem que o personagem Jó – o qual a Bíblia diz que viveu em Uz –, teria habitado provavelmente em regiões onde hoje aproximadamente estaria países como a Síria, Jordânia ou Arábia, ambos situados no norte do continente africano. Já o candidato dinossauriano em potencial escolhido e mencionado no início deste texto, o espinossauro, também foi encontrado em diversas localidades do mesmo continente. Embora ele tenha sido encontrado, por exemplo, em 1912 no Egito [2], em 2002 na Tunísia [3] e em 2005 no Marrocos [4], ele também foi encontrado em 1996 no Brasil [5] e na Europa (Inglaterra, Portugal e Espanha) [2], entre outras localidades, mostrando que sua distribuição pelo globo pode ter sido bem ampla.

Ainda em relação à localização, alguns teólogos defendem que a autoria do livro de Jó pertenceria a Moisés. Teria sido Moisés quem escreveu o livro de Jó, talvez sobre sua perspectiva e cultura? Bem, a discussão sobre a autoria não é o objetivo deste texto. Entretanto, se foi Moisés o autor do livro de Jói, ele teria vivido no Egito e escrito o livro enquanto estava no deserto do Sinai. O argumento de quem defende que Leviatã era um crocodilo está associado também a essa questão da localização de Moisés. Moisés viveu no Egito e lá existia a cultura de adoração a animais, inclusive aos crocodilos do rio Nilo. E isso é verdade, quando pegamos uma figura dos deuses do Egito vemos neles cabeças de animais. Deus faz algumas perguntas retóricas interessantes a Jó ao questioná-lo o seguinte: “Poderás atingir o seu couro com vários arpões e encher sua cabeça com lanças de pesca?” (v.7) e “Quem poderia arrancar sua couraça externa?” (v.13)

Fato é que temos evidências históricas e arqueológicas que na região do Nilo havia o costume sim dos habitantes locais de caçar e matar os crocodilos desde o século I a.C, podendo ser evidenciado no Mosaico do Nilo, encontrado no local do antigo templo da Fortuna, na cidade de Palestrina. Além disso, mais antiga é a evidência de um historiador chamado Heródoto que no século 5 a.C afirmou o seguinte: “Para alguns egípcios, os crocodilos são sagrados, mas outros os tratam como inimigos. As pessoas da área de Elefantina, ao contrário, comem crocodilos e não as consideram sagradas… Crocodilos são frequentemente caçados e em muitos aspectos”. [6] (ver abaixo as figuras)


Figura Mostrando um caçador egípcio com crocodilo amarrado [7]

Em relação ao seu ecossistema, algumas pessoas afirmam que Leviatã era exclusivamente marinho porque a Bíblia diz que ele “deixa atrás de si um rastro cintilante, como se o mar tivesse…” (v.32). Porém, algumas versões trazem um significado diferente para a mesma sentença: “Após ele alumia o caminho; parece o abismo tornado em…” (ARC) ou “deixa atrás de si um rastro cintilante; como se fossem os cabelos brancos do abismo” (NVI). Mas mesmo que esse animal vivesse realmente no mar, a Bíblia descreve outro tipo de ambiente no qual o mesmo dinossauro vivia: a lama (v.30). Isso mostra que o animal também frequentava a beira da água, a lama ou pântano (ex. pântanos de água doce), e não apenas as águas profundas que são mencionadas nos versos 31 e 32.

A figura do espinossauro, portanto, se encaixa bem nessa descrição bíblica sobre os diferentes habitats desse animal, uma vez que estudo publicado na revista Science [8] e veiculada na National geographic explica que os espinossauros “espreitavam as margens dos lagos e rios do Cretáceo” e “esses carnívoros se prendiam a habitats de água doce”, além de andarem também por sobre a terra firme. Outra matéria veiculada na New Scientist diz que “o norte da África [um dos locais onde fósseis desse animal foram encontrados] era um enorme pântano tropical. O espinossauro habitou uma floresta de mangue de baixa altitude”. Isso significa que o espinossauro é o único dinossauro semiaquático, até agora descoberto, que passava a maior parte de seu tempo na água. Essa descoberta deixa para trás, ou apenas abre um parênteses, sobre a antiga noção de que para ser considerado ‘dinossauro’ o animal deveria viver exclusivamente em ambiente terrestre.

Sobre as escamas nas costas, Deus descreve a Jó as escamas nas costas do Leviatã como fileiras de escudos, hermeticamente selados de modo que nenhum ar poderia passar entre eles e que não poderiam ser separados (vv. 15-17). Essa descrição possui muitas características compatíveis com as velas que conhecemos – embora ainda seja um conhecimento científico incipiente – acerca dos espinossaurídeos (note que estou falando da família de dinossauros na qual o espinossauro faz parte) (Ver figura abaixo).


Como eu disse acima, o conhecimento que os evolucionistas têm acerca desse animal reptiliano, inclusive sobre suas velas nas costas, ainda é muito superficial e tal fato é admitido pelos próprios paleontólogos evolucionistas ao afirmarem na National Geographic: “a função e a evolução das velas dos espinossauros continuarão a ser debatidas.” (isso significa que ainda não existe um consenso).

Em relação à forma de locomoção do Leviatã, vemos o seguinte no livro de Jó: “Quando ele se ergue…” (v.25). Provavelmente, esse animal poderia alternar sua posição entre bípede e quadrúpede. Curiosamente, o espinossauro também foi relatado na National Geographic pelos paleontólogos evolucionistas como sendo ou bípede ou quadrúpede: “o espinossauro deve ter andado de quatro quando estava na terra” (Ver figura abaixo).

No entanto, levando em consideração que o conjunto de dados a favor desse espécime é cíclico/temporário, assim como tudo dentro da ciência, não podemos afirmar categoricamente que o dinossauro Leviatã é, sem dúvida alguma, um espinossauro mesmo porque não temos como voltar no tempo e comprovar tal fato. Quando lidamos com o passado (ciência histórica) só podemos criar boas hipóteses, baseados em um conjunto de dados, aplicar alguns métodos (que possuem limitações) e calcular probabilidades. Ou seja, não podemos bater o martelo e dizer que já “comprovamos” ou que já temos certeza absoluta disso ou daquilo.

O Leviatã pode até mesmo ser algum tipo de dinossauro que ainda não foi descoberto, com características parecidas com o do espinossauro. Portanto, só nos resta aguardar os próximos capítulos das futuras descobertas para ver se essa minha hipótese continuará firme ou não. Por enquanto, ela segue bem firme. Inclusive, os dados recentes da ciência mostram que tradutores da Bíblia para o português não estavam de todo errados. Segundo matéria veiculada na New Scientist, o espinossauro “parece que era mais como um crocodilo”, porém dinossauriano.

Espero que você, leitor, tenha conseguido enxergar fatos, que você não enxergaria sozinho, a partir das análises (escriturística e científica) levantadas aqui pra você de que existem sim evidências robustas de que Jó tenha presenciado dinossauros, embora o texto bíblico não esteja descrito na linguagem científica que muita gente espera.

Referências

 [1] Therrien F, Henderson DM. My theropod is bigger than yours … or not: estimating body size from skull length in theropods. Journal of Vertebrate Paleontology 2007; 27(1):108-115. Disponível em: https://goo.gl/EyZz2W.

[2] Candeiro CRA, Brusatte SL, de Souza AL. Spinosaurid Dinosaurs from the Early Cretaceous of North Africa and Europe: Fossil Record, Biogeography and Extinction. Anuário do Instituto de Geociências 2017; 40(3):294-302. Disponível em: http://www.anuario.igeo.ufrj.br/2017_3/2017_3_294_302.pdf.

[3] Buffetaut E, Ouaja M. A new specimen of Spinosaurus (Dinosauria, Theropoda) from the Lower Cretaceous of Tunisia, with remarks on the evolutionary history of the Spinosauridae. Bulletin de la Société Géologique de France 2002; 173(5): 415-421. Disponível em: https://goo.gl/p1i7NB.

[4] Dal Sasso C, et al. New information on the skull of the enigmatic theropod Spinosaurus, with remarks on its size and affinities. Journal of Vertebrate Paleontology 2005; 25(4):888-896. Disponível em: https://goo.gl/Tbqy95.

[5] Martill DM, et al. A new crested maniraptoran dinosaur from the Santana Formation (Lower Cretaceous) of Brazil. Journal of the Geological Society 1996; 153(1):5-8. Disponível em: https://goo.gl/twEPAG.

[6] Herodotus, Histories, II, 440 a.C, ref. 12, pp. 69–70.

[7] Keel O. Zwei Klein Beiträge zum Verständnis de Gottesreden im Buch Ijob (xxxviii 36f, xl 25), VT 31 : 223-225, 1981.

[8] Ibrahim N, et al. Semiaquatic adaptations in a giant predatory dinosaur. Science. 2014;345(6204):1613-6. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25213375.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

O MISTÉRIO DA MORTE

Resultado de imagem para o misterio da morte
No mundo morrem presentemente:

97 pessoas por minuto; 6.000 pessoas por hora; 140.000 pessoas por dia; 1.000.000 pessoas por semana! De fato, não podemos nos acostumar com a morte. Mas, a morte é um grande mistério, e é o maior problema para aqueles que não creem na Palavra de Deus. É o maior problema para os ateus que clamam desesperados por Deus na hora final. É o maior problema da Ciência que não consegue vencê-la, apesar dos seus ingentes esforços.

Todas as religiões têm a sua doutrina sobre os mortos. Os pagãos da antiguidade tinham as suas ideias místicas sobre os mortos. As grandes religiões de hoje têm o seu conceito sobre os que já abandonaram a vida do corpo. As religiões cristãs também têm a sua doutrina sobre os mortos. Os espíritas também ensinam a sua teoria da Encarnação. Mas a morte ainda é um grande mistério para muitas pessoas. Para milhões de indivíduos, a morte ainda é uma grande interrogação. 

Para onde vão os mortos? Qual é o seu destino? Naturalmente, espera-se que vão para algum lugar. Será que vão para o Céu, ou para o Inferno? Ou será que se destinam ao Purgatório, onde hão de se purificar de alguns pecados? Mas outros pensam que os mortos ficam vagando no espaço sideral, esperando que alguém nasça a fim de incorporar nesse novo ser.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

5 dicas para ensinar seu filho ou sua filha a amar o próprio gênero



Teorias famosas

O Universo originou-se de uma descomunal explosão, conhecida como Big Bang. O petróleo e o gás natural são combustíveis fósseis. Estas são provavelmente as duas teorias científicas mais disseminadas, de maior conhecimento do público e algumas das que alcançaram maior sucesso em toda a história da ciência.

Elas são tão populares que é fácil esquecer que são exatamente isto – teorias científicas, e não descrições de fatos testemunhados pela história. Mesmo porque as duas oferecem explicações para eventos que se sucederam muito antes do surgimento do homem na Terra.

Teoria dos combustíveis fósseis

Segundo a teoria dos combustíveis fósseis, que é a mais aceita atualmente sobre a origem do petróleo e do gás natural, organismos vivos morreram, foram enterrados, comprimidos e aquecidos sob pesadas camadas de sedimentos na crosta terrestre, onde sofreram transformações químicas até originar o petróleo e o gás natural.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

A criação das plantas


A criação das plantas ocorreu no terceiro dia da criação, e foi algo bem simples. Deus ordenou e a Terra se encheu de vegetação. Essa narrativa simples tem despertado a curiosidade de muitos leitores e tem deixado detalhes interessantes sobre como isso ocorreu. O texto bíblico nos diz o seguinte: “Então disse Deus: ‘Cubra-se a terra de vegetação: plantas que deem sementes e árvores cujos frutos produzam sementes de acordo com as suas espécies.’ E assim foi. A terra fez brotar a vegetação: plantas que dão sementes de acordo com as suas espécies, e árvores cujos frutos produzem sementes de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom” (Gênesis 1:11,12, Nova Versão Internacional).

Sabemos que o autor do livro de Gênesis não tinha intenção de classificar taxonomicamente toda a diversidade de flora e fauna criadas por Deus. A classificação se deu de forma muito simples e seguindo a limitação do autor. Podemos notar que temos três tipos de plantas criadas: A erva verde (דֶּ֔שֶׁא deshe), a erva que dê semente (עֵ֚שֶׂב eseb) e as árvores frutíferas (עֵ֣ץ פְּרִ֞י ets peri). O autor descreveu a vegetação rasteira em geral, as árvores e as árvores frutíferas resumidamente. 

Essa ordem criativa já nos desperta uma curiosidade tremenda do que aconteceu. Por uma dessas “coincidências” comuns no livro de Gênesis, temos na criação das plantas a mesma ordem em que as plantas teriam surgido segundo a teoria da evolução: Briófitas, Gimnospermas e Angiospermas. Esse detalhe faz com o texto bíblico tenha crédito até entre os mais céticos.

Na história evolutiva das plantas, sabemos que as “primeiras sementes” apareceram durante o Devoniano superior, o que tornou as plantas que as produziam independentes da umidade. Mas só no período Carbonífero é que podemos verificar melhor o surgimento dessas estruturas. Isso ocorreu, segundo a cronologia evolutiva, há 300 milhões de anos.[1]

Porém, o registro fóssil nos mostra alguns detalhes que não conferem com essa informação. Encontramos a pteridospermatophyta, uma ordem extinta de samambaias com sementes. Isso demonstra que houve uma “involução”, pois hoje sabemos que as samambaias não têm sementes. Criacionistas sustentam que as espécies primordiais de plantas foram criadas prontas e após isso houve diversificação. O relato evolutivo e criacionista se confunde nesse desenvolvimento, pois, apesar de os surgimentos serem contraditórios, a microevolução posterior se seguiu normalmente com todas as espécies se adaptando nas regiões a que foram chegando após o dilúvio.

Porém, no segundo capítulo de Gênesis, temos algo intrigante. O texto diz o seguinte: “Ainda não tinha brotado nenhum arbusto no campo, e nenhuma planta havia germinado, porque o Senhor Deus ainda não tinha feito chover sobre a terra, e também não havia homem para cultivar o solo” (Gênesis 2:5, Nova Versão Internacional). Se as plantas foram criadas no terceiro dia, como o autor diz que nada havia brotado? 


Em Gênesis 2:5, não encontramos as três classes criadas anteriormente (deshe, eseb e ets peri), o que nos faz entender que aqui não se trata da criação das plantas. O texto fala claramente que por causa da chuva, e por falta de pessoas para cultivar o solo, essa planta não podia crescer. Que planta é essa que foi traduzida como “arbusto”, e em outras versões como “planta do campo” ou “planta da terra”? É bem simples a resposta, que já está implícita no texto. Esse trecho se refere à agricultura. As palavras sadeh (הַשָּׂדֶ֗ה)  e  siach (שִׂ֣יחַ) Indicam que é um campo cultivado, um espaço reservado para o plantio. Ou seja, no capítulo 1 Deus criou as plantas e no capítulo 2 temos o relato do ato de cultivar essas plantas.


Então, concluímos que não há contradição entre os capítulos 1 e 2 de Gênesis. A narrativa e o texto original em hebraico nos fazem entender que os trechos são coisas distintas. Que a criação das plantas de forma resumida e simples se deu no capítulo primeiro e o começo da agricultura se deu no segundo capítulo.

Nas próximas postagens abordaremos detalhes de como essas plantas puderam se espalhar por todo o globo; e também falaremos do conceito das plantas no relato bíblico. Será que havia o ciclo biológico antes da queda do homem? Havia “morte” celular antes do pecado? Qual o papel das plantas nesse contexto?

REFERÊNCIAS

[1] SIMPSON, M.G. 2010. Plant Systematics. 7ª ed. London: Elsevier Academic Press.

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