domingo, 24 de junho de 2012

Só Existe um Nome



 "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos 4:12).
Sempre que eu saía de minha casa nos subúrbios de Bombaim para dirigir-me à cidade, eu o via ali, pobre e santo hindu, usando apenas uma espécie de tanga em torno do corpo. Seu corpo estava coberto com cinza de esterco de gado. Ele se assentava complacentemente numa espécie de cama de pregos, fumando o seu cachimbo. Os pregos eram agudos, e eu decidi um dia investigar.
Quando lhe perguntei por que vivia assim por 11 longos anos, sua resposta não me surpreendeu. Mediante o auto-flagelamento, ele procurava de algum modo "expiar" os seus erros, equilibrando o balanço de sua conta e assim obter a salvação.
Em terras não cristãs milhões de almas sobrecarregadas procuram libertação por "vias laterais". Eu os tenho visto viajar por dias e dias, dormindo pelas estradas poentas, até alcançar um determinado lugar, supostamente santo. Vi-os aos milhares superlotarem os trens em peregrinação a algum "santuário" ou rio "santo". Eles se cortam e se mutilam na esperança de en­contrar libertação. Estão procurando, procurando, procurando, estão lutando, lutando, lutando. Estão sofrendo, sofrendo, so­frendo. Mas o alvo de seus esforços está sempre além deles.  
Mas não é somente em terras pagãs que isto ocorre. Milhões de professos cristãos fazem a mesma coisa, não tão conscienciosamente, mas inutilmente da mesma forma.
Talvez alguns dentre nós, adventistas do sétimo dia, estejamos tentando "obter" a salvação por suas obras. A estes a serva do Senhor diz: "A educação, a cultura, o exercício da vontade, o esforço humano, todos têm sua devida esfera de ação, mas neste caso são impotentes. Poderão levar a um procedimento exteriormente correto, mas não podem mudar o coração; são incapazes de purificar os mananciais da vida. É preciso um poder que opere interiormente, uma nova vida que proceda do alto antes que os homens possam substituir o pecado pela santidade. Esse poder é Cristo. Sua graça, unicamente, é que pode avivar as amortecidas faculdades da alma, e atraí-la a Deus, à santidade". - CC, p. 18.
Jesus é a nossa esperança! – R. Pierson

A Lei de Deus foi abolida?


sábado, 23 de junho de 2012

Razões para se Abandonar a Crença no Arrebatamento Secreto


por Samuele Bacchiocchi
Muitos sinceros cristãos crêem que a Segunda Vinda de Cristo ocorrerá em duas fases distintas. A primeira fase é conhecida como “o arrebatamento secreto” da Igreja e pode ocorrer a qualquer momento. Nessa ocasião, Cristo desce apenas para as proximidades da Terra para ressuscitar os santos adormecidos e para transformar e glorificar os crentes vivos. Ambos os grupos são então arrebatados, ou seja, levados secreta, súbita e invisivelmente, para encontrar no ar o Senhor que desce. Esse corpo de crentes, chamado de “Igreja”, então subirá para o céu para celebrar com Cristo por sete anos as bodas do Cordeiro, enquanto os judeus e os gentios não-convertidos permanecerão sobre a Terra para sofrerem os sete anos finais de tribulação.
Ao final desse período de sete anos, a segunda fase da Vinda de Cristo, geralmente o Retorno ou Revelação, terá lugar. Cristo então vem em glória com os santos até a Terra para destruir Seus inimigos na Batalha do Armagedom, e para estabelecer o Seu trono em Jerusalém e iniciar seu reino milenial terrestre.
Quanto tempo se espera que levará para o desaparecimento maciço dos verdadeiros cristãos de todas as nações? Muitos acreditam que esse evento está iminente porque sua principal pré-condição, ou seja, o restabelecimento do Estado de Israel e a posse da antiga Jerusalém, já tiveram lugar. Essa crença é expressa em adesivos de automóveis como o que declara: “Se o motorista desaparecer, agarre o volante”, ou “Em caso de arrebatamento este carro ficará desgovernado”.
Segundo os cálculos iniciais de Hal Lindsey, esse arrebatamento secreto da Igreja já passou do prazo [1]. Em 1970 ele predisse que “em quarenta anos desde 1948 [ano da formação do Estado de Israel], ou por volta disso, tudo isso poderia ter lugar [2] . Lindsey calcula os “quarenta anos” da duração bíblica de uma geração e alega, com base na parábola da Figueira (Mateus 24:32-33) que a formação do Estado de Israel em 1948 assinala o início da última “geração” (Mateus 24:34) que verá primeiramente o arrebatamento, daí os sete anos de tribulação, e finalmente o Retorno de Cristo em glória. Sendo que o arrebatamento, de acordo com Lindsey e a maioria dos dispensacionalistas, ocorre sete anos (Daniel 9:27) antes do Retorno visível de Cristo em glória, já deveria ter ocorrido em 1981 ou 1982. O que isso significa é que o tempo já se esgotou para essas predições sensacionais, porém sem sentido.
A ASCENÇÃO, EXPANSÃO E DECLÍNIO DO PRÉ-TRIBULACIONISMO
Origem do Pré-Tribulacionismo. A crença de que a Igreja será arrebatada súbita e secretamente antes da grande e final tribulação é conhecida como pré-tribulacionismo. Sua origem é em geral identificada por volta dos anos da década iniciada em 1830. John N. Darby, pregador anglicano que se tornou fundador dos Irmãos de Plymouth, é considerado o expositor e promotor mais influente do arrebatamento pré-tribulacionista. Por suas seis visitas à América e extensa campanha de literatura do pré-tribulacionismo dos Irmãos de Plymouth, as idéias pré-tribulacionistas espalharam-se rapidamente.
O período de expansão máxima e predomínio do pré-tribulacionismo foi a primeira metade do século vinte. Homens como Arno C. Gaebelein, C. I. Scofield, James M. Gray do Instituto Bíblico Moody, Reuben A. Torrey, do Instituto Bíblico de Los Angeles, Harry A. Ironside, da Igreja Memorial Moody, e Lewis Sperry Chafer da Faculdade Teológica Evangélica (atual Seminário Teológico de Dallas) desempenharam um importante papel na popularização do arrebatamento pré-tribulacionista. [3] O fator único mais importante foi a ampla circulação da Bíblia de Scofield, editada em 1909 e revisada em 1917, que inculcava tal ensino entre as massas como o único ponto de vista bíblico correto.
Ressurgimento do Pós-Tribulacionismo. Desde 1950 mais e mais eruditos evangélicos vêm abandonando o pré-tribulacionismo e retornando ao pós-tribulacionismo histórico que sustenta que a Igreja passará pela grande tribulação, ao final da qual Cristo virá para ressuscitar os santos adormecidos e salvar os crentes vivos.
Crédito para o ressurgimento do pós-tribulacionismo deve ser dado primeiro de tudo à influência de George E. Ladd, Professor de Novo Testamento do Seminário Teológico Fuller. Alguns de seus importantes livros sobre este assunto são Crucial Questions About the Kingdom of God [Questões Cruciais Sobre o Reino de Deus] (1952), The Blessed Hope [A Bem-aventurada Esperança] (1956) e The Last Things [As Últimas Coisas] (1978). Sua respeitada erudição associada a sua dedicação aos princípios evangélicos têm levado muitos eruditos evangélicos a repensarem suas posições pré-tribulacionistas.
A influência de Ladd pode ser vista nos seguintes significativos estudos produzidos por eruditos que acataram o pós-tribulacionismo e têm escrito em sua defesa: The Greatness of the Kingdom [A Grandeza do Reino] (1959), de Alva J. McClain, presidente do Seminário Teológico da Graça, em Winona Lake, Indiana; The Imminent Appearing of Christ [O Iminente Aparecimento de Cristo] (1962), de J. Barton Payne, Professor de Velho Testamento na Faculdade Evangélica Trinity; e The Church and the Tribulation [A Igreja da Tribulação] (1973), de Robert H. Gundry, Professor de Estudos Religiosos na Faculdade Westmont, California. [4]
Tais estudos têm influenciado numerosos eruditos dentro de instituições tradicionalmente pré-tribulacionistas a retornarem ao pós-tribulacionismo histórico. A Igreja Evangélica Livre da América, por exemplo, que no passado era defensora do arrebatamento pré-tribulacionista, permitiu que professores da Escola Evangélica de Divindade Trinity desafiassem o pré-tribulacionismo em sua conferência ministerial anual em janeiro de 1981. Os desafios e respostas, publicadas em 1984 como um simpósio intitulado “O Arrebatamento: Pré- Mid- ou Pós-Tribulacionistas” oferece um debate bastante erudito sobre as questões relativas ao Arrebatamento.
Um Pressuposto Equivocado. Mesmo uma leitura superficial da literatura pré-tribulacionista é suficiente para deixar uma pessoa ciente do fato de que a crença no arrebatamento secreto repousa muito mais sobre pressuposições subjetivas do que no ensinamento bíblico. O pressuposto principal é o de que Deus tem um plano diferente para a Igreja em relação com Israel. Conseqüentemente, presume-se que a Igreja deve ser removida da Terra antes que Deus possa tratar com os judeus levando-os à conversão em larga escala mediante a experiência da grande tribulação.
John F. Walvoord, destacado campeão do arrebatamento secreto, reconhece explicitamente a importância desse pressuposto ao escrever: “A questão do arrebatamento é determinado mais por eclesiologia do que por escatologia”. Em outras palavras, mais pelo entendimento que se tem sobre a relação entre a Igreja e Israel do que por ensinos bíblicos concernentes ao fim [5]. C. C. Ryrie, outro pré-tribulacionista destacado, expressa a mesma convicção, declarando: “A distinção entre Israel e a Igreja leva à crença de que a Igreja será tomada da Terra antes do início da tribulação (o que, num sentido mais amplo, diz respeito a Israel)”.[6]
Hal Lindsey vai ao ponto de tornar a distinção entre Israel e a Igreja sua “principal razão” para crer que “o Arrebatamento ocorre antes da Tribulação” [7]. Alega que “se o Arrebatamento tivesse lugar ao mesmo tempo da segunda vinda, não haveria mortais deixados que fossem crentes; portanto, não haveria ninguém para ir para o reino e repovoar a Terra” [8]. Ou seja, uma vez que Lindsey presume que o Reino messiânico predito pelos profetas do Velho Testamento será estabelecido por Cristo por ocasião de Seu Segundo Advento como um reino terrestre que consiste predominantemente de judeus mortais e crentes, então a necessidade do arrebatamento da Igreja deve ocorrer antes. Como pode Cristo vir estabelecer um Reino milenial judaico sobre a Terra se todos os crentes estão arrebatados desta Terra por ocasião de Sua Vinda?
O Segundo Advento Dividido em Duas Fases. Para solucionar este dilema, os dispensacionalistas dividem o Segundo Advento em duas fases: Primeiro uma vinda invisível para arrebatar secretamente a Igreja, e, segundo, uma vinda visível sete anos mais tarde para destruir os ímpios e estabelecer o Reino Judaico milenial. O raciocínio por detrás desse arranjo pode parecer correto, mas está errado em vista de fundamentar-se sobre o incorreto pressuposto de que há uma distinção radical entre o plano de Deus para Israel e para a Igreja.
Não há base bíblica para uma distinção radical entre Israel e a Igreja. O Novo Testamento não retrata o futuro de Israel como um reino político milenial separado na Palestina, mas como um de bênçãos duradouras compartilhado com todos os remidos de todas as eras numa nova Terra restaurada.
Desafortunadamente, é esse pressuposto equivocado que determina a interpretação de textos bíblicos aduzidos em apoio ao arrebatamento. Argumenta-se, por exemplo, que um certo texto não pode referir-se à Igreja porque descreve a grande tribulação, que se supõe aplicar-se apenas a Israel. Esse tipo de raciocínio circular, com base num pressuposto gratuito, não é o método correto de interpretar textos bíblicos. As conclusões devem ser extraídas de exegese cuidadosa, não de pressupostos preconcebidos.
QUATRO RAZÕES PARA REJEITAR O ARREBATAMENTO SECRETO
Um cuidadoso estudo de textos bíblicos relevantes quanto ao Retorno de Cristo sugere pelo menos quatro razões principais para rejeitar o ponto de vista de uma Segunda Vinda de Cristo em dois estágios.
O Vocabulário do Segundo Advento. A primeira razão para rejeitar um arrebatamento secreto que antecede à tribulação é o fato de que o vocabulário do Segundo Advento não oferece respaldo para tal ponto de vista. Nenhuma das três palavras gregas usadas no Novo Testamento para descrever o Retorno de Cristo, ou seja, parousia-vinda, apokalypsis-revelação, e epiphaneia-aparecimento, sugere um arrebatamento secreto pré-tribulacional como objeto da esperança cristã no Advento.
Os pré-tribulacionistas alegam que a palavra parousia-vinda é usada por Paulo em 1 Tessalonicenses 4:15 para descrever o arrebatamento secreto. Mas em 1 Tessalonicenses 3:13 Paulo emprega a mesma palavra para descrever “a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os Seus santos”-uma descrição, segundo os pré-tribulacionistas, da segunda fase do Retorno de Cristo. Novamente, em 2 Tessalonicenses 2:8, Paulo emprega o termo parousia-vinda em referência à Vinda de Cristo que causará a destruição do anticristo-um evento que, de acordo com os pré-tribulacionistas, supostamente ocorrerá na segunda fase da Vinda de Cristo.
Semelhantemente, as palavras apokalypsis-revelação e epiphaneia-aparecimento, são utilizadas para descrever tanto o que os pré-tribulacionistas chamam de arrebatamento (1 Coríntios 1:7; 1 Timóteo 6:14) e o que chamam de Retorno, ou segunda fase da Vinda de Cristo (2 Tessalonicenses 1:7-8, 2:8). Destarte, o vocabulário da Bendita Esperança não propicia base alguma para uma distinção do Retorno de Cristo em duas fases, uma vez que seus termos originais são empregados intercambiavelmente para descrever o mesmo evento. Mais importante ainda é o fato de que cada um desses três termos é claramente empregado para descrever o Retorno de Cristo pós-tribulacional, o que é visto como objeto da esperança do crente.
A parousia, por exemplo, é indisputavelmente pós-tribulacional em Mateus 24:27, 38, 39 e em 2 Tessalonicenses 2:8. O mesmo é verdade de apokalypsis-revelação, em 2 Tessalonicenses 1:7 e de epiphaneia-aparecimento em 2 Tessalonicenses 2:8. Portanto, o vocabulário da Bendita Esperança exclui a possibilidade de uma Vinda Secreta de Cristo para arrebatar a Igreja, seguida de uma tribulação de sete anos e da Vinda gloriosa, visível para estabelecer o Reino Judaico milenial. Os termos usados claramente apontam a um Advento de Cristo único, indivisível, pós-tribulacional para trazer salvação aos crentes e retribuição aos descrentes.
Nenhum Arrebatamento da Igreja. Uma segunda razão para rejeitar um arrebatamento pré-tribulacional secreto da Igreja é o fato de que não há qualquer indício no Novo Testamento de um arrebatamento instantâneo da Igreja. A descrição mais notória do Segundo Advento encontrada em 1 Tessalonicenses 4:15-17, sugere exatamente o oposto quando fala que o Senhor desce do céu “dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus” . . . “os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares”.
O clamor, a trombeta e o grande ajuntamento dos vivos e santos ressurretos dificilmente sugeriria um evento secreto, instantâneo e invisível. Pelo contrário, como freqüentemente se tem assinalado, esta talvez seja a passagem mais barulhenta da Bíblia. A referência a um ressoar “da trombeta” e paralelamente ao texto de Mateus 24:31 e 1 Coríntios 15:52, que falam de fortes sons de trombeta, corroboram a visibilidade e natureza pública do Segundo Advento. Nenhum traço de um arrebatamento secreto pode ser encontrado em qualquer destas passagens.
Nenhuma Remoção da Igreja da Grande Tribulação. Uma terceira razão para rejeitar a noção de um arrebatamento secreto pré-tribulacional da Igreja é o fato de que tal noção não tem apoio das passagens que tratam da tribulação. Por exemplo, em seu discurso no Monte das Oliveiras, Jesus fala da “grande tribulação” que imediatamente precederá a Sua vinda e promete que “por causa dos escolhidos tais dias serão abreviados” (Mateus 24:21-22, 29). Alegar que “os eleitos” são apenas os crentes judeus, e não membros da Igreja, representa ignorar que Cristo está se dirigindo a Seus apóstolos que representam não só o Israel nacional, mas a Igreja em escala ampla. Isto é confirmado pelo fato de que tanto Marcos quanto Lucas fazem referência ao mesmo discurso para a Igreja gentílica (Marcos 13; Lucas 21).
É também digna de nota a grande semelhança entre a descrição que Cristo faz do arrebatamento da Igreja em Mateus 24:30, 31 e a de Paulo em 1 Tessalonicenses 4:16, 17. Ambos os textos mencionam a descida do Senhor, a trombeta que soa, os anjos acompanhantes e a reunião do povo de Deus. Tais semelhanças sugerem que ambas as passagens descrevem o mesmo evento. Contudo, em Mateus o arrebatamento de Cristo é explicitamente situado “após a tribulação” (Mateus 24:29), ao tempo da Vinda de Cristo “com poder e grande glória” (vs. 29, 30). O paralelismo entre as duas passagens indica claramente que o arrebatamento da Igreja não precede, mas, pelo contrário, segue-se à grande tribulação.
Cristo nunca prometeu a Sua Igreja um arrebatamento pré-tribulação deste mundo. Antes, prometeu proteção em meio à tribulação. Em Sua petição ao Pai, Ele disse:
“Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (João 17:15).
Semelhantemente à Igreja de Filadélfia, Cristo promete:
“Eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a Terra” (Apocalipse 3:10)
Se a Igreja estivesse ausente desta Terra durante a hora de prova, não haveria necessidade de proteção divina.
Nenhum Arrebatamento Pré-Tibulação nas Escrituras. Por último, a noção de um arrebatamento secreto pré-tribulacional é negada por Paulo e pelo livro de Apocalipse. Em suas admoestações aos tessalonicenses, Paulo explica que os crentes terão “alívio” da tribulação desta era presente
“quando do céu se manifestar o Senhor Jesus Cristo com os anjos do Seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus. . .” (2 Tessalonicenses 1:7-8)
Em outras palavras, os crentes experimentarão libertação dos sofrimentos desta era, não mediante um arrebatamento secreto, mas por ocasião da revelação pós-tribulacional de Cristo.
No segundo capítulo Paulo refuta as concepções errôneas que prevaleciam entre os tessalonicenses de que o dia do Senhor havia vindo. Para refutar esse equívoco ele cita dois eventos principais que deveriam dar-se antes da Vinda do Senhor, ou seja, a rebelião e o aparecimento do “homem da iniqüidade” (2 Tessalonicenses 2:3) que perseguiria o povo de Deus.
O que é crucial nesta passagem é que Paulo não faz menção de um arrebatamento pré-tribulacional como um precedente necessário para a Vinda do Senhor. Contudo, este seria o argumento mais forte que Paulo poderia apresentar para provar aos tessalonicenses que o dia do Senhor não poderia possivelmente ter vindo, uma vez que o seu arrebatamento para fora deste mundo ainda não tivera lugar. A omissão de Paulo desse argumento vital sugere fortemente que Paulo não cria num arrebatamento pré-tribulacional da Igreja.
Esta conclusão também é apoiada pela menção por Paulo do aparecimento do anticristo-um evento indicutivelmente tribulacional que os crentes verão antes da vinda do Senhor. Se Paulo esperasse que a Igreja fosse arrebatada deste mundo antes da tribulação causada pelo aparecimento do anticristo, ele dificilmente teria ensinado que os crentes veriam tal evento antes da vinda do Senhor. Que interesse os tessalonicenses teriam no aparecimento do anticristo, juntamente com a tribulação que o acompanharia, se devessem ser arrebatados para longe desta Terra antes de esses eventos terem lugar? Assim, tanto por sua omissão quanto por sua afirmação, Paulo nega o ponto de vista de um arrebatamento pré-tribulacional da Igreja.
Nenhum Arrebatamento Pré-Tribulacional no Apocalipse. O livro de Apocalipse trata em maiores detalhes do que qualquer outro livro do Novo Testamento dos eventos associados com a grande tribulação, tais como o soar das sete trombetas, o aparecimento da besta que inflige uma terrível perseguição sobre os santos de Deus, e o derramamento das sete últimas pragas (Apocalipse 8 a 16). Conquanto João descreva em grande detalhe os eventos tribulacionais, ele nunca menciona ou sugere um Advento de Cristo secreto e pré-tribulacional para levar embora a Igreja. Isto surpreende muito, em vista de que o expresso propósito de João é instruir as Igrejas com respeito aos eventos finais.
João explicitamente menciona uma incontável multidão de crentes que passarão pela grande tribulação.
“São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Apocalipse 7:14)
Os pré-tribulacionistas argumentam que esses crentes são somente da raça judaica, supostamente em vista de que a Igreja em Apocalipse 4 a 19 não mais está sobre a Terra, mas no céu. Tal raciocínio perde o seu crédito, primeiramente pelo fato de que em parte alguma João diferencia entre os santos na tribulação que sejam judeus ou gentios.
João explicitamente declara que os crentes vitoriosos da tribulação vêm de
“toda nação, tribo, língua e povo” (Apocalipse 7:9)
Esta frase ocorre repetidamente no Apocalipse para designar não exclusivamente os judeus, mas inclusivamente todo membro da família humana (Apocalipse 5:9; 10:11; 13:7; 14:6). O Cordeiro, por exemplo, é louvado pelos 24 anciãos por ter resgatado homens
“de toda tribo e língua e povo e nação” (Apocalipse 5:9)
Obviamente, Cristo não resgatou somente judeus, mas pessoas de todas as raças.
Êxtase de João, Não Arrebatamento da Igreja. O argumento de que a Igreja em Apocalipse 4 a 19 está no céu baseia-se num falso pressuposto de que a ordem a João,
“Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas cousas” (Apocalipse 4:1)
refere-se supostamente ao arrebatamento da Igreja no céu. Esta é uma interpretação sem fundamento, porque o texto não fala do arrebatamento da Igreja, mas da experiência visionária extática de João. Até mesmo John F. Walvoord, destacado pré-tribulacionista, reconhece abertamente que “não há autoridade para ligar o arrebatamento com esta expressão”. [9]
As semelhanças entre as admoestações dadas nas cartas às sete Igrejas e as que são dadas aos santos que enfrentam a tribulação sugerem que os dois são essencialmente o mesmo povo. Por exemplo, quatro vezes nas sete cartas a necessidade para “suportar” é realçada (Apocalipse 2:2, 3, 19; 3:10), e se espera a mesma qualidade dos santos que passam pela tribulação (Apocalipse 13:10; 14:12). Semelhantemente, a necessidade de “vencer”, expressa sete vezes nas cartas às Igrejas (Apocalipse 2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21), é o próprio atributo dos santos na tribulação
“que venceram a besta e sua imagem” (Apocalipse 15:2)
 Dificilmente se conceberia que João tencionava atribuir as mesmas características a dois grupos diferentes de pessoas.
A Igreja Sofre a Tribulação, Mas Não a Ira Divina. Em Apocalipse 22:16 Jesus reivindica ter enviado o Seu anjo a João “para testificar estas cousas à Igreja”. É difícil ver como as mensagens dadas pelo anjo a João poderiam ser um testemunho para as Igrejas, se a Igreja não está diretamente envolvida na maior parte dos eventos descritos no livro (Apocalipse 4 a 19).
O ponto básico da questão é que a Igreja em Apocalipse sofrerá perseguição por poderes satânicos durante a tribulação final, mas não sofrerá a ira divina. A ira divina, que é retratada pelas sete pragas apocalípticas, não é derramada indiscriminadamente sobre todos, mas seletivamente sobre aqueles que são “portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem” (Apocalipse 16:2; cf. 14:9-10).
Tal como os antigos israelitas desfrutaram da proteção de Deus durante as dez pragas (Êxodo 11:7), assim o povo de Deus será protegido quando Sua ira divina cair sobre os ímpios. Essa divina proteção é representada em Apocalipse por um anjo que sela os servos de Deus em suas testas (Apocalipse 7:3) de modo a que sejam poupados quando a ira de Deus sobrevir sobre os impenitentes (Apocalipse 9:4). Por fim, o povo de Deus será resgatado pelo glorioso Retorno de Cristo (Apocalipse 16:15; 19:11-21). Destarte, a Revelação não retrata um arrebatamento pré-tribulacional da Igreja, mas um Retorno pós-tribulacional de Cristo.
Conclusão. À luz das razões acima discutidas, concluímos que o ensino popular de uma Vinda Secreta de Cristo para arrebatar a Igreja antes da tribulação final é um sinal errado do Tempo do fim destituído de qualquer respaldo bíblico. Tal crença torna a Deus culpado de chocante discriminação, por dar tratamento preferencial à Igreja que é removida da Terra antes da tribulação final reservada aos judeus. As Escrituras ensinam que a Segunda Vinda de Cristo é um evento único que ocorre após a grande tribulação e será experimentada pelos crentes de todas as eras e de todas as raças. Esta é a Bendita Esperança que une
“toda nação, e tribo, e língua e povo” (Apocalipse 14:6)
Referências:
1. Hal Lindsey, The Rapture: Truth or Consequences (New York, 1983), p. 24.
2. Hal Lindsey, The Late Great Planet Earth (Grand Rapids, 1970), p. 54.
3. Para uma pesquisa breve, mas informativa, do desenvolvimento do pré-tribulacionismo, ver Richard R. Reiter, “A History of the Development of the Rapture Position,” The Rapture. Pre-, Mid-, or Post-Tribulational Symposium (Grand Rapids, 1984), pp. 24-34.
4. Ver também Norman F. Douty, Has Christ’s Return Two Stages? (New York, 1956); Alexander Reese, The Approaching Advent of Christ (Grand Rapids, 1975).
5. John F. Walvoord, The Rapture Question (Grand Rapids, 1957), p. 50.
6. C. C. Ryrie, Dispensationalism Today ( Chicago, Moody Press, 1965), p. 159.
7. Hal Lindsey, The Late Great Planet Earth (Grand Rapids, 1970), p. 143.
8. Ibid.
9. John F. Walvoord, The Revelation of Jesus Christ (Chicago, 1966), p. 103.
Adendo: O Conceito de Israel no Novo Testamento
O material abaixo foi extraído de outro artigo do Dr. Bacchiocchi mais completo e profundo sobre a campanha do “Left Behind”. Trata em maior detalhe sobre um importante aspecto nessa discussão, o papel de Israel nas profecias. Contudo, eis algumas reflexões sobre esta questão do papel de Israel nas profecias:
Avaliação do Ponto de Vista dos “Dois Povos”. É o conceito de uma distinção radical entre o plano de Deus para Israel e para a Igreja um ensino bíblico válido ou um pressuposto infundado? Acaso o ponto de vista neotestamentário para a Igreja é o de um povo diferente e separado do povo do “Israel natural”? A resposta é abundantemente clara. O Novo Testamento considera a Igreja, não como uma “intercalação” temporária, mas como continuação do verdadeiro Israel de Deus. Para verificar esta última posição, breve alusão será feita a algumas sigificativas declarações de Cristo, Pedro e Paulo.
O Ajuntamento do Verdadeiro Israel por Cristo. Ao chamar e ordenar doze discípulos como Seus apóstolos, Cristo manifestou a intenção de reunir o remanescente messiânico das doze tribos de Israel num novo organismo, chamado a Igreja (Mateus 16:18-19). Este não é um organismo independente designado a repor Israel temporariamente mas um rebanho que reúne tanto as “ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 10:6; cf. 15:24; Atos 1:8) como as ovelhas perdidas do mundo gentílico.
Referindo-se à profecia de Isaías com respeito à reunião dos gentios, Cristo anunciou:
“Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a Mim Me convém conduzi-las; elas ouvirão a Minha voz; então haverá um rebanho e um pastor” (João 10:16; cf. Isaías 56:6-8).
Como pastor messiânico, Cristo veio reunir o remanescente de Israel e gentios, não em dois rebanhos separados, mas num só rebanho.
Quando elogiando a fé do centurião, Jesus disse:
“Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas”. (Mateus 8:11-12)
É digno de nota que Cristo não promete o Reino de Deus a uma futura geração de judeus, como alguns dispensacionalistas mantêm, mas a crentes de todas as nações, “do Oriente e do Ocidente”.
Uma Realidade Presente. O reino messiânico prometido no Velho Testamento é visto por Cristo não como um evento futuro envolvendo a restauração territorial e política de Israel, mas como uma realidade presente que raiou mediante Seu ministério vitorioso sobre o pecado, Satanás e a morte.
“Se, porém, Eu expulso demônios, pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós” (Mateus 12:28)
O reino de Cristo é composto, não por dois povos separados, Israel e a Igreja, mas por um povo, o “Novo Israel”, consistindo de judeus e gentios crentes.
Aos discípulos Jesus declarou:
“Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai Se agradou em dar-vos o Seu reino” (Lucas 12:32)
Notem que o prometido Reino messiânico é dado não a uma futura geração de judeus (Mateus 11:29; 13:38; 8:11-12). F. F. Bruce comenta adequadamente: “O chamado de Jesus por discípulos para estarem junto a Si a fim de formarem o ‘pequenino rebanho’ que receberia o Reino (Lucas 12:32; cf. Dan 7:22, 27) O assinala com o fundador do Novo Israel”.
Os profetas falam de Israel como rebanho ou ovelha de Deus (Isaías 40:11; Jeremias 31:10; Ezequiel 34:12-14). Ao chamar Seus discípulos de “pequenino rebanho” ao qual Deus estava dando o Reino, está inegavelmente identificando Seus discípulos quanto ao verdadeiro remanescente de Israel. Ademais, ao comissionar Seus apóstolos para “fazer discípulos de todas as nações” (Mateus 28:19), Cristo revelou que a missão profética do Israel nacional (Isaías 49:6; 60:3) estava sendo cumprida por Seu rebanho messiânico, a Igreja, que consiste de discípulos procedentes de todas as nações. Israel prossegue existindo, não à parte da Igreja, mas como parte dela.
A Descrição do Novo Israel por Pedro. Pedro, à semelhança de Cristo, via a Igreja como cumprimento das promessas feitas ao antigo Israel. No dia de Pentecoste, Pedro declarou que a profecia de Joel concernente à restauração messiânica de Israel (Joel 2:28-32) se estava cumprindo através do derramamento do Espírito Santo sobre a Igreja (Atos 2:16-21).
Para Pedro, a Igreja não é uma entidade não-predita no Velho Testamento, nem uma interrupção temporária do plano divino para Israel; antes, é o cumprimento do remanescente escatológico de Israel. Se o início da Igreja é visto por Pedro como cumprimento de uma profecia concernente a Israel, temos razões em crer que os eventos finais da Igreja devem também representar o cumprimento de certas profecias do Velho Testamento relativas a Israel.
A Igreja é o Novo Israel. É digno de nota que Pedro aplica à Igreja aqueles títulos do Velho Testamento que designam a Israel:
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes Daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz, vós, sim, que antes não éreis povo, mas agora sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia” (1 Ped. 2:9-10)
Esta descrição da Igreja é uma combinação de três passagens veterotestamentárias (Êxodo 19:6; Isaías 43:20-21; Oséias 1:6, 9; 2:1) que caracterizam o povo de Deus. Pedro reúne a visão de Israel do Velho Testamento e proclama seu cumprimento na Igreja. Em palavras bastante claras, Pedro demonstra que a “raça escolhida” não é mais exclusivamente os judeus étnicos, mas tanto crentes judeus quanto gentios. A Igreja é o novo Israel que cumpre as promessas feitas ao Israel do Velho Testamento.
A Visão de Paulo do “Israel de Deus”. À semelhança de Cristo e Pedro, Paulo também via a Igreja como o verdadeiro Israel. Falando aos judeus reunidos na sinagoga em Antioquia da Pisídia, Paulo afirmou:
“Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus” (Atos 13:32-33)
Neste discurso Paulo explica que as promessas de Deus aos pais foram cumpridas na ressurreição de Cristo. O cumprimento não resulta no estabelecimento de um reino judaico durante o milênio, mas no “perdão dos pecados” concedido mediante Cristo a “todo o que crer” (Atos 13:38-39). As promessas feitas a Israel são, portanto, cumpridas na Igreja do Novo Testamento, não mediante uma restauração política dos judeus étnicos, mas através de uma redenção espiritual de todos os crentes.
Na epístola aos gálatas Paulo emprega a frase “o Israel de Deus” inclusive tanto de judeus quanto de gentios:
“Nem a circuncisão é cousa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura. E a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus” (Gálatas 6:15-16)
Alguns dispensacionalistas mantêm que a frase “o Israel de Deus” refere-se exclusivamente aos judeus crentes. Eles traduzem a palavra grega kai como “e”, significando “adicionalmente a”. Destarte, “o Israel de Deus” refere-se exclusivamente aos cristãos judeus que Paulo supostamente distingue da igreja como um todo, porque deixaram o legalismo para seguirem a regra de Cristo.
Unidade de Judeus e Gentios. Esta interpretação, contudo, ignora tanto o contexto imediato de Gálatas quanto a ênfase teológica mais ampla. O contexto imediato fala de “quantos andarem de conformidade com esta regra” e deve incluir os crentes judeus e gentios, uma vez que é dito que tanto a circuncisão quanto a incircuncisão nada representam. Assim, o “Israel de Deus” é uma descrição adicional de ambos os grupos que andam “de conformidade com esta regra”. O contexto mais amplo realça a unidade que ambos os grupos compartilham em Cristo:
“Não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão, e herdeiros segundo a promessa” (Gálatas 3:28-29)
À luz do contexto imediato e mais amplo, o “Israel de Deus” não pode ser um grupo distinto de judeus crentes, à parte dos gentios crentes. Alegar assim representa destruir a própria unidade que Paulo se empenha em estabelecer. Antes, a frase “Israel de Deus” foi empregada por Paulo como uma maneira explicativa para qualificar adicionalmente “quantos andarem em conformidade com esta regra”. Ou seja, pessoas crentes judeus e gentios.
A Integração dos Gentios no Israel, por Paulo. Paulo ensina repetidamente a integração de gentios em Israel como herdeiros das promessas de Deus. Em Efésios claramente explica que os gentios que outrora estavam “sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa” (Efésios 2:12), não mais são “estranhos às alianças da promessa . . . mas . . . não mais estrangeiros e peregrinos, mesmo concidadãos dos santos”, membros da “família de Deus” (Efésios 2:19).
Essa integração de gentios à “comunidade de Israel” e “às alianças da promessa” tiveram lugar mediante Jesus Cristo que uniu tanto os judeus quanto os gentios
“para que dos dois criasse em si mesmo um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade” (Efésios 2:15-16)
O pensamento de um propósito separado para crentes judeus na presente era ou num futuro milênio é aqui totalmente excluído por Paulo. De fato, tal pensamento destruiria a própria unidade de judeus e gentios que Cristo realizou. Paulo explica aos efésios que foi pela revelação de Deus que se tornou conhecida a ele este “mistério” de como “os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho” (Efésios 3:5-6). Três vezes Paulo ressalta aqui que os gentios compartilham com Israel a promessa da aliança. Qualquer sistema teológico que divida o que Deus ajuntou está operando contra o propósito divino.
A Imagem Paulina da Oliveira. Em Romanos 9-11 Paulo descreve a integração de gentios em Israel utilizando a imagem efetiva do enxerto de ramos bravos de oliveira (gentios) à única oliveira do Israel de Deus (Romanos 11:17-24). Observem que para Paulo a salvação dos gentios não resulta no brotar de uma nova oliveira, mas em enxertar os gentios na mesma oliveira.
A árvore de Israel não é arrancada por causa de descrença, mas é podada, ou seja, reestruturada mediante o enxerto de ramos gentios. A Igreja vive da raiz e tronco do Israel do Velho Testamento (Romanos 11:17-18). Por meio dessa expressiva imagem, Paulo descreve a unidade e continuidade que existe no plano redentor de Deus para Israel e a Igreja.
Interrelação Entre Israel e a Igreja. Os dispensacionalistas apelam a Romanos 11:25-26 para argumentar em favor de uma futura conversão da nação de Israel, independentemente da Igreja. A passagem assim reza:
“Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério, para que não sejais presumidos em vós mesmos, que veio endurecimento em parte a Israel até que haja entrado a plenitude dos gentios. E assim todo o Israel será salvo” (Romanos 11:25-26)
Os dispensacionalistas explicam esta passagem como ensinando uma conversão em larga escala da nação de Israel após a reunião da plenitude dos gentios estar completa, pouco antes do tempo do Retorno de Cristo.
Essa interpretação ignora quatro importantes observações. Primeiro, a frase “todo Israel será salvo” dificilmente se refere apenas à última geração de judeus, uma vez que esta seria apenas uma fração de todos os judeus que viveram. Em segundo lugar, o texto não está discutindo a sucessão temporal, mas a maneira pela qual Israel será salvo. O texto não diz “e então [após a reunião dos gentios] todo Israel será salvo”. Antes, declara: “E assim [desse modo, pelo fato de os israelitas serem movidos por ciúmes pela salvação dos gentios] todo Israel será salvo”. Em terceiro lugar, os judeus estão sendo salvos por serem reenxertados na mesma oliveira em que os gentios também estão. Assim, a salvação dos judeus não ocorre independentemente da dos gentios, mas concomitantemente a isso.
Por fim, se a reunião de um número pleno de gentios tem lugar ao longo da história, há razão para duvidar que o mesmo também seja verdadeiro quanto à reunião dos judeus. De fato, no vs. 31 Paulo especificamente declara que os judeus “agora foram desobedientes, para que igualmente eles alcancem misericórdia, à vista da que vos foi concedida”. Essas observações claramente indicam que Paulo aqui não está apresentando uma ordem de dispensações sucessivas, mas uma promessa de inter-relação dinâmica entre a salvação de Israel e a da Igreja.
O equivocado pressuposto de dois povos com dois destinos procede em grande parte de uma teologia de desprezo aos judeus, antes que do ensino bíblico de um rebanho, um pastor, e um destino. O Novo Testamento freqüentemente fala dos judeus em cotejo com os gentios, mas nunca ensina ou deixa implícito que Deus tenha em mente um futuro separado para Israel, distinto daquele planejado para os gentios. Há uma unidade existente entre Israel e a Igreja. Na Nova Jerusalém estão inscritos tanto os nomes das doze tribos de Israel quanto os nomes dos doze apóstolos, os primeiros nas doze portas e os últimos nos doze fundamentos (Apocalipse 21:12, 14). A Igreja e Israel assim compartilham não só da mesma salvação presente, mas também da mesma glorificação e restauração finais. O futuro de Israel é visto no Novo Testamento, não em termos de um reino milenial político na Palestina, mas em termos de bênção eterna compartilhada com os remidos de todas as eras numa nova terra restaurada.
Conclusão. À luz das considerações precedentes concluímos que o ensino popular promovido por Left Behind [deixados para trás, um popular filme religioso e série de livros de ficção escatológica] de um desaparecimento súbito de milhões de cristãos, deixando para trás uma massa de judeus descrentes e pessoas inconversas, é uma ficção enganosa e não uma verdade bíblica. A popularidade desse engano pode ser atribuída à falsa premissa de que os crentes serão poupados de sofrer a tribulação final.
Numa época em que as pessoas engolem toda sorte de analgésicos para evitar ou aliviar a dor, não surpreende que muitos estejam dispostos a engolir também o engano de um Arrebatamento pré-tribulacional—um ensino que promete às pessoas isenção do sofrimento da tribulação final. Tal ensino atraente, contudo, não carece apenas de suporte bíblico, mas é também incriminatório do caráter de Deus. Retrata a Deus como um Ser discriminador que dá tratamento preferencial à Igreja removendo-a de sobre a Terra, antes de despejar a tribulação final sobre os que são deixados para trás.
Left Behind [deixados para trás] posiciona a conversão de muitos descrentes durante a tribulação—um ensino alheio à Bíblia. Repetidamente o Apocalipse afirma que os que experimentam as pragas finais
“não se arrependeram de sua obras” (Apocalipse 16:11; 16:9)
 Ademais, destrói a unidade e finalidade da Vinda de Cristo, apresentada nas Escrituras como um evento único que ocorre após a Grande Tribulação. Nessa ocasião os santos adormecidos serão ressuscitados, os santos vivos serão transformados, os crentes de todas as eras se reunirão com o Senhor, e aqueles que são deixados para trás
“sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor” (2 Tessalonicenses 1:9)
Não haverá segunda chance para os que são deixados para trás quando Cristo vier, porque o fogo purificador de Sua presença consumirá todo o vestígio de pecado e pecadores:
“Virá, entretanto, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com grande estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas” (2 Pedro 3:10)
Nossa bendita esperança repousa não sobre a ficção de desaparecer subitamente no espaço, mas na promessa do retorno de Cristo para criar
“novos céus e uma nova terra nos quais habita a justiça” (2 Pedro 3:13)
__________
* O Prof. Samuele Bacchiocchi atuou como professor de História Eclesiástica e Teologia na Universidade Andrews até jubilar-se. Ele é conferencista internacional e autor de vários livros de sua área de especialidade, tendo sido o primeiro não-católico a doutorar-se pela Pontifícia Universidade Gregoriana, ligada ao Vaticano.

Saúde Emocional - Medo


Você tem medo de que?

Costumo definir medo como aquilo que sentimos diante de algo em relação ao qual somos frágeis, vulneráveis e que pode nos oferecer algum perigo. Por isso algumas pessoas sentem medo de escuro, de viajar de avião, de dirigir, de altura, entre tantos outros medos.Essa sensação de vulnerabilidade e perigo, em alguns casos, é benéfica. Imagine se não tivéssemos medo de algumas coisas, como andar em um carro em alta velocidade! Possivelmente os acidentes automobilísticos seriam ainda mais constantes. Mas, da mesma forma que o medo limita nossa ação nos protegendo do perigo, em medidas inadequadas ele pode limitar nossa qualidade de vida.

Ter medo de dirigir em alta velocidade nos mantém dirigindo na velocidade permitida pelas leis de trânsito e evita acidentes e multas. Contudo, ter medo de dirigir (independente da velocidade) pode gerar diversos transtornos no dia a dia, pois, ao depender de outras pessoas para deslocar-se, a pessoa que tem medo de dirigir torna-se limitada para realizar diversas atividades como sair para fazer compras ou ir a um encontro social quando quiser. 

Nossos medos
Alguns estudiosos afirmam que os medos infantis podem ser divididos em três categorias: os que estão presentes desde o nascimento (inatos), os que aparecem ao longo do crescimento e os que surgem devido a eventos traumáticos ou induzidos pelo meio. Na primeira categoria encontram-se ruídos repentinos, flashes luminosos, movimentos súbitos e perda do apoio. Ao longo do crescimentos alguns medos são deixados e outros adquiridos naturalmente devido às novas condições cognitivas. No entanto, alguns medos surgem devido a experiências desagradáveis que marcam profundamente a vida das pessoas. Problemas de autoconceito e autoestima (desenvolvidos, muitas vezes, na infância) estão muito relacionados aos medos dos adultos. 

1. Desde quando o ser humano convive com esse sentimento chamado medo? 

“E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.” Gênesis 3:10

Enquanto o ser humano se relacionava bem com Deus, ele ainda não havia experimentado sentir medo. Contudo, quando optou por desobedecer a Deus, homem e mulher reconheceram sua fragilidade e vulnerabilidade diante do SENHOR do universo. Desde então, aproximar-se de Deus não era mais algo tão agradável ao ser humano, mas perigoso.

2. Leia Êxodo 20:18-21. Por que o povo pediu que Moisés falasse com eles no lugar de Deus?

18 E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe.
19 E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos.
20 E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, afim de que não pequeis.
21 E o povo estava em pé de longe. Moisés, porém, se chegou à escuridão, onde Deus estava.

 O ser humano manchado pelo pecado corre perigo diante da santidade de Deus. Em Êxodo 33:18 Moisés pede a Deus que mostre-lhe Sua glória. A esse pedido Deus responde dizendo: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá.” Êxodo 33:20. A fragilidade do ser humano diante da santidade de Deus deve produzir em nós respeito para com o SENHOR. Precisamos reconhecer que é perigoso estar diante de Deus. 

Mas, se é perigoso estar diante de Deus, como podemos nos relacionar com Ele?

3. Leia Mateus 14:27; 17:7; 28:10. Que expressão Jesus utilizou em várias situações para com os discípulos?

“Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais.” Mateus 14:27.

“E, aproximando-se Jesus, tocou-lhes, e disse: Levantai-vos, e não tenhais medo.” Mateus 17:7.

“Então Jesus disse-lhes: Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão à Galiléia, e lá me verão.” Mateus 28:10.

Em Mateus 17:1-8 lemos a história da transfiguração de Jesus. No verso 5 Deus, através de uma nuvem luminosa reafirma a divindade de Cristo dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi.”. Ouvindo a voz de Deus, os discípulos foram tomados por grande medo (verso 6). Então, Jesus se dirige a eles dizendo “não temais” (verso 7).

Por diversas vezes Cristo usou a expressão “não temais”. É somente através de Cristo que podemos ir à Deus sem temor. É em Seu nome que podemos nos dirigir a Deus em oração. É pelos Seus méritos que podemos pedir perdão por nossos pecados. Somente Cristo é capaz de restaurar o relacionamento entre Deus e o homem, livre do medo adquirido no Éden.

Mas, sobre os outros tipos de medo que não se referem a Deus, o que a Bíblia nos ensina? 

“Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares.” Josué 1:9

“E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.” Mateus 8:26

“E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.” Mateus 10:28

A Bíblia nos ensina que temos um Deus poderoso a quem devemos temer. Confiando em Deus, não precisamos temer desafios, nem perigo de natureza alguma. Ele nos capacita a enfrentar os desafios segundo Sua vontade, e nos livra de todo mal e perigo de acordo com o Seu santo querer.

Que maravilha é servir a um Deus que diz “não temais”. Vivendo a Seu lado não há o que temer.

Leia Salmos 91 e medite no cuidado de Deus para conosco.

Para refletir: 
"Em sua consciente culpabilidade, sentindo-se ainda sob o desagrado divino, não podiam suportar a luz celestial, a qual, se houvessem eles sido obedientes a Deus, tê-los-ia enchido de alegria. O medo acompanha a culpa. A alma que está livre de pecado não deseja esconder-se da luz do Céu." Patriarcas e Profetas, p. 330 "Sermos revestidos de humildade não significa devermos ser de intelecto medíocre, aspirações deficientes, e covardes em nossa vida, esquivando-nos de cargos com medo de não sermos bem-sucedidos. A verdadeira humildade cumpre o propósito de Deus, confiante no Seu poder." Parábolas de Jesus, p. 363.

Estudo 08 da Série Saúde Emocional

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Gastando Tempo Com Quem Busca a Cura


“Tendo Jesus partido dali, foi para a Sua terra, e os Seus discípulos o acompanharam” (Marcos 6:1).

Para o povo de Nazaré, Jesus era motivo de perturbação, críticas e tropeços. Eles não podiam explicar o segredo daquela vida.

Tratavam Jesus como o último e o mais desprezado dos homens, entretanto o "filho do carpinteiro" os maravilhava, porque era submisso ao Pai em todas as coisas.

Podemos ver Jesus voltar uma última vez a essa cidade onde tinha encontrado tamanha hostilidade.

Cristãos, nós, que trabalhamos com nossas mãos em meio à agitação, ao ruído e às correntes contrárias, será que provocamos a mesma reação que o Filho do homem?

Estamos em comunhão com o Pai, a ponto de nossos companheiros perceberem que nossa vida tem um segredo que não conseguem explicar? Será que cada um de nós é o melhor trabalhador, o melhor empregado, o melhor soldado do regimento?

É preciso que o lado humano de nossa vida e de nosso testemunho cristão manifeste a vida divina que está em nós, pelo Espírito Santo. Devemos dar testemunho de Cristo pelo trabalho bem-feito, por uma vida coerente, cheia de compreensão para com os outros.

Se foi entre os seus que Jesus encontrou fria indiferença, foi também entre eles que, no início, abriu seu coração, manifestando amor insondável pelo mundo. "O Espírito do Senhor está sobre Mim [•••] enviou-me a curar os quebrantados de coração" (cf. Is 61:1).

O texto diz que os discípulos o seguiram. Vamos seguir o exemplo de Jesus: não perder tempo com os que não querem ouvir; porque ao redor de nós há pobres, há corações quebrantados, há cativos, há cegos e oprimidos que esperam a boa-nova e a cura.

Estamos em seu caminho e o acompanharemos aonde Ele for. Hoje ainda é o ano da graça do Senhor e Seu apelo se dirige aos cansados e sobrecarregados.

Se as pessoas de Nazaré se endurecem na incredulidade, somos chamados a buscar os infelizes e os cativos, que dele necessitam.

Para onde seremos conduzidos hoje? Que cada um de nós possa acompanhar Jesus com toda a sinceridade do coração!

- Extraído de H. E. Alexander, Orvalho da Manhã.

Semeadores da Palavra


“Enviou-lhes a Sua palavra, e os sarou, e os livrou do que lhes era mortal” (Salmo 107:20).

Deus enviou a Sua Palavra e em Seu nome a transmitimos aos nossos semelhantes. É por isso que temos necessidade do contato humano, da sabedoria e dos cuidados que se aprendem na escola do Senhor. Assim, nosso trabalho não se parecerá com religiosidade, com o que é mecânico e mercenário.

Esse texto dá-nos a inspiração necessária para o trabalho. Será que estamos totalmente convencidos de que Ele envia a Sua Palavra para curar a humanidade e livrá-la do que a destrói? Será que os males que fazem a humanidade sofrer pesam em nosso coração? 

Esses males são tão variados quanto são numerosos os seres humanos, mas a Palavra divina oferece cura a todos. Nosso trabalho é semear a Palavra nos corações, sabendo que ela não voltará a Deus vazia, sem ter realizado Sua vontade.

Devemos ficar em Sua presença para receber a visão da humanidade ferida, da multidão de corações magoados, curvados sob os poderes da destruição. E compreenderemos que agora é o tempo oportuno. 

De todos os lados, a perder de vista, espalha-se o sofrimento, que se manifesta, às vezes, sob a forma de revolta, maldição ou violência. Mas o Autor do Livro pode dar-nos a sabedoria para alcançar até mesmo esses corações, com o remédio para a ferida. 

Em outros, a ferida se esconde sob uma aparência calma, resignada ou indiferente. Mas, se vivermos em comunhão como o Senhor, saberemos atingir as feridas desses também.

Esse trabalho não é vão. Terá recompensa presente e futura. Ainda que não trabalhemos em busca de recompensa, está escrito que cada um receberá "segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo" (2Co 5:10). 

Não podemos esquecer que ficar acomodados é fazer o mal. Estamos em um mundo profundamente ferido, mas esse mundo não virá a nós; não podemos nos iludir quanto a isso. Nós é que devemos ir até o mundo com a Palavra que Deus enviou. E, depois das lágrimas do que semeia, Ele nos promete a alegria de quem colhe (SI 126:5).



- Extraído de H. E. Alexander, Orvalho da Manhã. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Informativo Mundial das Missões – 23/06/12

Informativo Mundial das Missões – 23/06/12
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A Corrida Cristã


“... aquele que crer não foge” (Isaías 28:16).

“Ambos corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro” (João 20:4).


Que fique bem claro que essas palavras não desculpam a preguiça, a acomodação, a tolerância de temperamentos adormecidos, que procuram seu bem-estar, evitando o sacrifício e a renúncia.

Hoje em dia, a vida passa depressa e despercebida. Passa-se de uma coisa para outra com precipitação. Assim, a superficialidade, o hábito e o desgaste ameaçam a cada um de nós, sem que percebamos. As circunstâncias da vida concorrem para impedir a calma, o repouso, a paz.

Mas há um remédio para "aquele que crê": não se deixar levar pela corrente da vida moderna, não se apressar. O que significam essas palavras? Qualquer que seja o trabalho, o dever diário e as numerosas pequenas atividades que o compõem, nosso coração deve permanecer em repouso. É o próprio Deus que nos dá o ritmo e a medida. É ele que mantém seus filhos à sombra do Todo-Poderoso.

Aquele que crê não se apressa e não se deixa atropelar. Aprende a descarregar seu peso sobre Deus, assim como os cuidados. Quando o trabalho a que é chamado o sobrecarrega e o oprime sobremaneira, quando sua atividade o cansa e encobre sua comunhão com Deus, ele percebe o perigo, vê que a velocidade está a ponto de vencê-lo e, então, não "se apressa". Coloca-se sob a direção de Deus, que vai adiante e regula o ritmo de sua vida.

Somos chamados a correr, a conquistar o prêmio da carreira, mas está dito expressamente que devemos observar as regras prescritas. Há coisas semelhantes a "correr mais depressa que Pedro" e chegar a um "sepulcro" onde sentimos a própria morte espiritual, a avidez, a esterilidade, o desânimo e o cansaço. 

A diferença está em corrermos ao sepulcro em vez de andarmos em novidade de vida com o Ressuscitado, em todo o poder da ressurreição. Sua carga é suave e aquele que encontra nele o repouso para a alma não se deixa atropelar. Vigia para que seu trabalho permaneça no devido lugar e para que a comunhão com Deus fique no primeiro plano da vida.


- Extraído de H. E. Alexander, Orvalho da Manhã. 

A Posição da Igreja Adventista Sobre a Homossexualidade


A Igreja Adventista reconhece que cada ser humano é precioso à vista de Deus. Por isso, buscamos ministrar a todos os homens e mulheres no espírito de Jesus. Cremos também que, pela graça de Deus e com o apoio da comunidade da fé, uma pessoa pode viver em harmonia com os princípios da Palavra de Deus.


Os adventistas crêem que a intimidade sexual é apropriada unicamente no relacionamento conjugal entre homem e mulher. Esse foi o desígnio estabelecido por Deus na criação. As Escrituras declaram: “Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gên. 2:24). Esse padrão heterossexual é confirmado em todas as Escrituras.


A Bíblia não faz ajustes para incluir atividades ou relacionamentos homossexuais. Os atos sexuais praticados fora do círculo do casamento heterossexual estão proibidos (Lev. 20:7-21; Rom. 1:24- 27; 1 Cor. 6:9-11).


Jesus Cristo reafirmou o propósito da criação divina quando disse: “Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se uma só carne? Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mat. 19:4-6). Por esse motivo, os adventistas opõem-se às práticas e relacionamentos homossexuais.


Os adventistas empenham-se por seguir a instrução e o exemplo de Jesus. Ele afirmou a dignidade de todos os seres humanos e estendeu a mão compassivamente a todas as pessoas e famílias que sofriam a conseqüência do pecado. Desenvolveu um ministério solícito e proferiu palavras de conforto às pessoas que enfrentavam dificuldades. Mas fez distinção entre Seu amor pelos pecadores e Seus claros ensinos sobre as práticas pecaminosas.


Esta declaração foi votada em 3 de outubro de 1999, durante o Concílio Anual da Comissão Executiva da Associação Geral realizado em Silver Spring, Maryland.

O cristão pode praticar capoeira?


Capoeira
Deus quer que seus filhos sejam felizes e saudáveis; sendo assim, o esporte é importante para que este plano de Deus realize-se em nossa vida.


Além de avaliar o tipo de benefício físico e mental que o esporte irá nos proporcionar, precisamos também avaliar seu benefício ‘espiritual’.


A capoeira e o candomblé


A capoeira é baseada em ensinamentos do candomblé. Sabemos que esta ‘crença’ pratica feitiçarias e crê na existência dos espíritos, entre eles os exus, coisas abomináveis a Deus. (Deuteronômio 18:11 a 14; Levítico 20:6 e 27). Os exus são espíritos malignos que causam mal às pessoas (assim como todos os outros).


Analise um fato importante: Você já notou que a maioria das escolas de capoeira tem seus nomes iniciados com o nome exu? Isto indica que tal esporte é baseado em crendices espiritualistas. Também passa a mensagem acerca da luta (violência).


A desaprovação de Deus


Será que o Senhor Deus aprovaria que nos associássemos com os demônios? Claro que não! Estes espíritos do mal são inimigos do Senhor Jesus. Não devemos ter comunhão com eles. Portanto, podemos concluir por estes fatores que a capoeira não é recomendada. Tudo o que fazemos neste mundo irá influenciar em nossa salvação. Temos de evitar que o inimigo tome conta de nossa mente. Se o procurarmos em seu terreno, isso será mais difícil para nós.
Via Evidências Proféticas

Você está preparado para este dia?


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Mais que um Biochip



Alguns pensam que a marca da besta é algo do presente. Não cremos que ela exista presentemente, nem existirá até que os eventos de Apocalipse 13 se concretizem. A marca da besta inclui muito mais que a guarda do domingo e está restrita a um curto período de tempo imediatamente antes da segunda vinda de Cristo. Para nós, a guarda do domingo é apenas uma tradição humana, que se tornará parte da marca, mas não antes que todos os eventos de Apocalipse 13 sejam materializados.


Análise racional


Temos desenvolvido muitas explicações para nossa crença. Elas têm se mostrado valiosas, mas ultimamente a compreensão tem se ampliado. Sempre temos explicado que o selo de Deus e a marca da besta são opostos. Portanto, se podemos conhecer o selo, encontramos a identidade da marca. Isso está claro. Explicamos que um selo tem três componentes: o nome, o título e o território de abrangência. Então, demonstramos que o sábado cumpre esse critério, ao mencionar o nome do Senhor (nome), como Criador (título) dos céus e da Terra (território). Essa é uma linha razoável de evidência, embora externa a Apocalipse 13.


Uma linha de evidência mais forte nota que a imagem da marca posta na fronte é tirada de textos que falam dos mandamentos gravados na fronte e testa (Dt 6:8-8; Hb 10:16; Pv 7:2, 3). Isso sugere que a marca da besta é o oposto aos mandamentos de Deus (incluindo o mandamento do sábado). Tudo isso é bom; mas, é tudo?


Perspectiva ampla


Acaso, existem evidências, em Apocalipse 13, que apoiem a posição adventista sobre a identidade da marca da besta? Sim.


Em um de seus artigos, Jon Paulien diz que a resposta de Deus às bestas é chamar o povo para adorá-Lo como Criador (Journal of Adventist Theological Society, v. 9, 1988, p. 179-186). Adoração é um tema central no Apocalipse, e o chamado de Deus à adoração alude ao mandamento do sábado (Ap 14:7). Adoração a Deus fundamentada no sábado é oposta à adoração da besta. Isso complementa outro ponto importante, ou seja, a identificação do povo de Deus como os que “guardam os mandamentos” (Ap 12:17: 14:12). Quais são esses mandamentos? Os dez mandamentos, com focalização especial nos quatro primeiros, que tratam de adoração e obediência a Deus.


Na tentativa da besta para forçar o mundo a adorar a imagem dela (Ap 13:15), há clara violação do segundo mandamento. Alguns estudiosos têm notado que mais de um dos primeiros quatro mandamentos é atingido pelo dragão e pelas bestas. A consistência dos ataques aos mandamentos sugere que é impossível compreender a marca da besta, a menos que seja compreendida à luz de suas ações contrárias à lei. Podemos esperar que ela se oponha, substitua, quebre ou falsifique um dos mandamentos.


Quando examinamos mais detalhadamente a marca da besta, percebemos que ela realmente é uma paródia do sábado. A marca e o sábado expressam realidades totalmente diferentes. Enquanto o sábado focaliza o verdadeiro Deus Criador, a marca leva a obedecer a falsos deuses. O sábado provê liberdade econômica e repouso; a marca é reforçada por sanções econômicas e opressão. Em sua extensão, os dois mandamentos são universais. Diferentemente do sábado, que nos convida a lembrar e honrar nosso Criador e Redentor, a marca exalta a autoridade da criatura. O sábado e a marca da besta são diferentes sinais que revelam o verdadeiro caráter de seus autores.


O número 666


Nosso estudo também pode nos ajudar a compreender a íntima ligação entre a marca, o nome e o misterioso número da besta: 666. Diz o texto: “para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis” (Ap 13:17, 18). O chamado para calcular nos anima a olhar o número seis, escriturística e teologicamente, em vez de matemática ou numericamente.


O número da besta é definido como número humano. Não é divino. Qual é o número de Deus e, por extensão, Sua marca ou selo? Nosso estudo sugere que o sábado é a marca de Deus, levando Seu nome (Senhor, Deus) e seu número (sétimo dia). As raízes simbólicas dos números da besta e do sábado partilham o mesmo antecedente bíblico. Em Gênesis 1, a humanidade foi criada no sexto dia. Na criação, “seis” é o número da humanidade. Mas, a criação não estava completa até o sétimo dia, quando Deus nele repousou, o abençoou e o santificou. Na criação, sete é o número de Deus e Seu sábado.


Qual é o significado disso? O número 666 parece apontar uma rejeição final da humanidade em adorar o Criador e reconhecer Seu memorial – o sábado. O livro de Gênesis nos mostra que somos completos apenas em nosso Criador. O alvo da criação é Deus conosco e nós com Deus. Assim é o sábado. Ele mostra nossa inteireza somente em Deus, nosso Criador. A crise final não é algo relacionado apenas à obediência, mas à revelação do caráter de Deus, comparado ao dragão e à besta.


Assim sendo, a marca da besta não tem que ver com biochips, mas com relacionamento, fé, amor e obediência. Qualquer pessoa pode receber literalmente, através de um biochip, o número 666 na fronte ou na mão. Porém, isso não significa que tem a marca da besta. O assunto não é tecnologia, nem marcas literais em nosso corpo. A questão real é adoração; entrega de mente, coração e tudo o mais a Deus. É sobre quem Ele é e como Ele é.


Texto de autoria de Anthony MacPherson Pastor adventista em Melbourne, Austrália. Publicado na Revista Ministério de Out-Nov/2010.Via Sétimo Dia

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