Os acontecimentos mais importantes da vida de uma pessoa são o nascimento, o casamento e a morte.
Quanto ao nascimento e à morte, a pessoa nada tem a dizer. Ela não decide quem será seu pai, nem a nacionalidade que gostaria de ter; chega ao mundo sem ser consultada. No que respeita à morte, não podemos evitá-la, pois ela é certa.
Alguns chegam a viver até uma idade avançada, e alegremente saúdam a grande Ceifadora; outros convidam a morte pela negligência da saúde ou por uma vida de dissolução. São estes os que não podem apreciar nem a vida nem a morte.
Quanto ao segundo caso, o casamento, a coisa é diferente. Se uma pessoa deseja casar-se, ela pode exercer considerável controle sobre isto. Tem em seu poder algumas das chaves da felicidade. Mas geralmente falando, poucos jovens consideram a natural importância da escolha do seu companheiro ou companheira para a vida. A maioria simplesmente deixa que a natureza siga o seu curso, não dando senão superficial consideração ao futuro.
O lar é o mais importante lugar da Terra. Sem o seu ambiente acolhedor dificilmente valeria a pena viver neste mundo – é ou não é verdade? Tal como o dia de repouso tão necessário para a saúde do homem e seu erguimento espiritual, a instituição do casamento veio-nos como herança do Éden. Essas duas bênçãos vieram ao homem desde o início da criação, quando nosso mundo estava ainda no estado de perfeição.
O matrimônio é a associação mais sagrada e íntima que existe. O próprio Deis oficiou o casamento de nossos primeiros pais. Jesus Cristo quando do Seu ministério na Terra, confirmou o casamento. Seu primeiro milagre foi operado numa festa de casamento, quando em Caná da Galiléia Ele transformou a água no mais delicioso vinho. Assistindo a esta festa, o Senhor Jesus pôs Sua aprovação e bênção à sagrada instituição do matrimônio.
O principal objetivo da existência do homem é fazer outra pessoa feliz. O estado matrimonial permite que este objetivo alcance sua maior perfeição. Mediante o estabelecimento de um lar piedoso, toda a comunidade pode tornar-se mais feliz.
Condição Atual do Casamento
Certa mulher, comentando com uma de suas filhas o seu próximo aniversário de casamento, fez a seguinte pergunta:
– Sabe você quantos anos seu pai e eu Estamos casados? Você não é capaz de adivinhar!
Mas antes que a filha tivesse tempo de responder, a netinha, de cinco anos, exclamou :
– Eu sei vovó! Você está casada com vovô há 40 anos!
– Como você sabe, querida? – interrogou compenetrada a avó, surpresa ante a resposta da criança, A pequena respondeu com seriedade:
– Muitas vezes tenho ouvido vovô dizer a seus amigos:
“Temos visto juntos o Sol nascer durante quarenta anos!”
A lição é óbvia. Mas não é de lamentar que na maioria os casamentos hoje são contraídos sem a devida reflexão? Os psicólogos, os psiquiatras, os sacerdotes e ministros que estão em mais íntimo contato com as famílias, estão em condições de declarar que apenas dez por cento dos casamentos são felizes. E no entanto não pode haver nada mais precioso que um lar bem constituído. Mas por outro lado, não pode haver pior inferno que estar entre uma família desunida.
Nos países onde se preparam estatísticas fidedignas, verificamos que há um divórcio para cada três casamentos. Mas nos países onde o divórcio não é legalizado, quando surgem dificuldades entre casais, um dos cônjuges pode abandonar o lar e passar a viver com outra pessoa. Nesses países a média de lares desfeitos é a mesma que nos países onde há o divórcio.
Quando duas pessoas se casam, unem-se por laços de deveres, para o seu próprio bem-estar futuro e felicidade, no fervente atendimento à instrução do seu Criador, que instituiu o casamento. As Sagradas Escrituras ensinam que “o que Deus ajuntou não o separe o homem.” (S. Mat. 19:6.) Isto sugere que a despeito de dificuldades que possam surgir entre marido e mulher, seria melhor para ambos prosseguirem um ao lado do outro a preferirem a separação. Em vez de mudar a aparência, seria melhor para marido e mulher que mudassem o próprio caráter.
Filhos que nascem num lar onde a discórdia reina entre os pais, tornam-se anti-sociais, mal-humorados, intempestivos e muito infelizes entre si. É significativo o fato de que filhos criados em lares cristãos onde o amor reina soberanamente, raramente caem em delinqüência juvenil, ou em relações sexuais pré-conjugais.
Mas é fato que, quando os pais abandonam o lar ou o divórcio dissolve o matrimônio, as dificuldades simplesmente aumentam. Não raro os problemas econômicos logo criam prévias condições de insatisfação, pois além dos encargos do novo lar, o marido tem de suportar o pesado ônus da sustentação da esposa anterior e de seus filhos.
Nenhum país é melhor que os cidadãos que o compõem, e a qualidade dos cidadãos depende dos lares que possuam. Se há maior número de lares edificados sobre o fundamento cristão, teremos governantes e governados que temem a Deus e respeitam os semelhantes. A humanidade deixaria de estar sujeita a ódios, injustiças, rixas e guerras.
Em que Consiste a Felicidade Matrimonial?
Vejamos o que faz que um lar seja feliz. Em primeiro lugar, as duas pessoas candidatas ao casamento devem ter os mesmos ideais na vida. Se o marido deseja morar no campo, e a mulher na cidade, estão em vias de incompreensões e atritos.
Deve haver reciprocidade também quanto à maneira de considerar o trabalho ou profissão. Se uma jovem tem o ideal de desposar um advogado, mas se apaixona por um jovem que ama a mecânica, e pensa que depois de casada fará dele um advogado, pode correr o risco de frustração pelo resto da vida. Deve haver também a mesma idéia quanto ao tipo de lar que desejam estabelecer.
Um casal feliz está sempre de acordo quanto ao manejo das finanças. Eles têm um alvo financeiro para o qual trabalham entusiasticamente, como por exemplo construir a casa própria e preparar a segurança financeira para os anos da velhice.
A religião constitui o centro da filosofia da vida. Por isto mesmo S. Paulo aconselha: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis.” (II Cor. 6 :14.) A diferença em crença religiosa é muitas vezes uma constante causa de fricção, porque infalivelmente surgirão problemas de várias espécies, principalmente no que respeita à educação dos filhos.
Um casal feliz é o que contrai matrimônio quando há sincero amor de parte à parte, um amor puro que é sempre altruísta e unicamente procura tornar o outro feliz, mesmo ao ponto do sacrifício, se isto promove a felicidade do companheiro ou companheira.
Corretamente se diz que o amor é a corrente elétrica da alma, e portanto, como a eletricidade, pode servir tanto para o bem como para o mal. Devemos manejá-lo com grande prudência. Se tocamos a corrente elétrica de qualquer jeito, corremos o risco de ser eletrocutados, mas se a usamos em harmonia com as leis da Física, nos fará muito bem e dela nos advirá muita satisfação. Com ela podemos usar o rádio, a televisão, o computador. Ela nos fornece a luz e o calor, e muitas outras coisas úteis.
Assim é com o amor: se nós o cultivarmos e o manejarmos com o devido cuidado, ele não destruíra nossa felicidade, pelo contrário, ele nos dará muita satisfação.
É ideal que ambos os parceiros no matrimônio tenham o mesmo nível de cultura, mas se tem que haver uma diferença a este respeito, é preferível que seja o homem intelectualmente superior, ou mais avançado em cultura. Em geral não é bom que a esposa seja mais culta que o homem, porque em muitos casos acontece que ela se torna vítima de um homem que não sabe apreciar suas boas qualidades.
Num casamento feliz, a jovem esposa quase sempre vem de um lar onde os pais vivem em perfeita harmonia. Onde a boa vontade, a compreensão e a essência da religião cristã foram vividas em todos os aspectos da vida, a filha irá desfrutar o seu próprio lar feliz. Mas se ela vem de um lar onde os pais brigam constantemente, onde a esposa censura o esposo e este é ríspido e descortês para com a esposa, é mais que provável que a infelicidade será o resultado. A melhor garantia para um casamento feliz entre dois jovens é o casamento feliz dos pais.
A Idade Própria para o Casamento
As estatísticas provam que 85 por cento dos casamentos contraídos antes dos 18 ou 19 anos resultam infelizes. Por quê? Porque nem o moço e nem a moça que contraem matrimônio antes desta idade estão prontos do ponto de vista mental, física ou emocionalmente. Não desenvolveram convenientemente o senso de responsabilidade.
A melhor idade paira o casamento é entre 20 e 27 anos para a mulher; e entre 22 e 30 para o homem. Depois desta idade, em geral, os riscos aumentam porque a personalidade de um já está tão inflexivelmente formada que é difícil adaptar-se à personalidade do outro.
O que o Noivo Deve Saber
É natural apaixonar-se, mas ninguém deve fazê-lo estultamente. Infelizmente, a maioria dos rapazes dão maior importância a uma cara bonita, a qual no decurso dos anos fenece como as flores no jardim, do que as virtudes de caráter, como a honestidade, boas maneiras, integridade, bondade e pureza.
Mulheres de natureza dominadora não são boas donas-de-casa. O homem aprecia a mulher que tenha muitas características femininas e que seja amorável e sinta que sua felicidade e segurança dependem dele. E em geral o homem normal tudo fará para proteger e tornar feliz a mulher que possua essas características. O jovem observará se as emoções da jovem são estáveis. Ele verificará também se pode discutir com ela assuntos controvertidos sem que ela se torne imperativa e perca a paciência.
Jovens sensíveis não contrairão matrimônio sem que tenham a plena aprovação e bênção dos pais, uma vez que tudo que eles conhecem reduz-se a ideais e ilusões, ao passo que seus pais, que lhes desejam a felicidade, podem dar-lhes conselhos que lhes assegurarão essa felicidade no lar futuro.
É bom que o noivo se informe dos hábitos de limpeza e ordem de sua prometida no seu próprio lar, visto que como regra geral o seu futuro lar não será melhor do que aquele de onde vier sua futura esposa.
É bom também que ele observe o tratamento que ela dispensa aos pais, porque, casados, será esse o tratamento que dela receberá.
Que todo jovem proceda com a jovem de sua escolha, com pureza de consciência. Assim o futuro casamento será tanto mais feliz, e ao mesmo tempo terão evitado os perigosos escolhos que são a fonte de quase todo casamento fracassado.
O que a Noiva Deve Saber
Infelizmente há algumas mães que dão a impressão de que desejam que as filhas casem por dinheiro ou por um automóvel em vez de um homem nobre e honrado. Não devia ser assim, mas a verdade é que algumas mães aconselham suas filhas: “Não case com quem não tenha dinheiro.”
O mais precioso tesouro, que deve ter supremacia sobre todas as riquezas do mundo, é o bom caráter e a integridade de um jovem, e se por acaso ele possui dinheiro também, tanto melhor. Mas o essencial é não considerar a riqueza como o fator dominante na escolha do companheiro.
Da mesma maneira o rapaz deve ser bem previdente. Algumas vezes sucede que uma jovem desposa um rapaz cuja situação financeira é precária, esperando que as coisas melhorarão depois da lua-de-mel, mas logo sua esperança murcha. O rapaz deve demonstrar no período do noivado que é capaz de sustentar um lar, embora humilde.
A jovem deve fazer a si mesma a pergunta: “Eu o amo com todas as suas faltas?” Lembre-se, elas não desaparecerão após o casamento.
Jovens, vocês sentem orgulho de seu noivo na presença de amigos e parentes? Se vos sentis envergonhadas por algo, está aí a segura evidência de futura incompatibilidade e infelicidade. O melhor conselho neste caso é: Não se case com ele.
Em 80 por cento de casamentos arruinados, é a mulher a vítima inocente; o homem é inocente em apenas 20 por cento. Assim as jovens devem ser mais cautelosas mesmo na escolha do futuro companheiro do que o rapaz. É muito melhor não casar quando existe forte evidência de que o casamento redundará em desastre. É preferível permanecer solteiro a casar-se com a probabilidade de ser infeliz pelo resto da vida de um dos dois.
É sobremodo importante não casar com um homem que tenha vícios. Toda jovem prudente observará as ações e hábitos do seu prometido. É muito importante saber tudo isto antes da cerimônia nupcial. Muitas mulheres levam em conta essas coisas depois do casamento, e então lamentam a vida inteira o não terem sabido antes.
Outro entre os principais fatores na futura estabilidade do lar é a saúde. Portanto, é bom que a jovem saiba se o homem que lhe pretende a mão em casamento é livre de enfermidades chamadas sociais, da tuberculose e outras enfermidades infecciosas. É bom que o pai da moça se assegure disto de maneira discreta, a fim de evitar futuras lamentações.
É também sábio da parte da jovem observar se o moço sabe como manter relações harmoniosas com as pessoas que o cercam, com seus companheiros de trabalho, com os vizinhos e assim por diante, porque quem não se dá com outras pessoas não está apto a tornar feliz a própria esposa.
Duração do Noivado
Quando dois jovens comprometidos estão juntos diariamente, um noivado de seis meses a um ano pode ser suficiente. Mas se vivem distantes um do outro e têm poucas oportunidades de estarem juntos, pode ser necessário que o noivado se prolongue por dois ou três anos, para que possam estar seguros de que estão em condições de viver em harmonia até que a morte os separe.
Agora consideremos a lua-de-mel. Luas-de-mel de fim de semana não são bastante longas para que se estabeleça real fundamento de compreensão para o futuro. Mas muitos casais não dispõem de meios para uma viagem de lua-de-mel, e seria melhor irem da igreja diretamente para o seu novo lar. Serão muito mais felizes não gastando o que ainda não ganharam. Não está correto comprometer a felicidade futura do lar pela ostentação.
O Marido Ideal
Como deve proceder o marido após a lua-de-mel?
Em 1º lugar: Considerar a esposa como o bem mais precioso.
Ele deve ter em mente uma grande verdade, admiravelmente expressa por Jeremias Taylor nas seguintes palavras: “Uma boa esposa é o último e melhor dom do Céu ao homem, uma gema de muitas virtudes, seu cofre de jóias; sua voz é suave música, seu sorriso o seu mais brilhante dia; o seu beijo, o guardião de sua inocência; seus braços, o pálio de sua segurança; a sua diligência, sua mais segura riqueza; sua economia, a mordomia mais garantida; seus lábios, seus fiéis conselheiros; o seu coração, o mais suave travesseiro dos seus cuidados.” Esta magnífica descrição de que uma boa esposa é preciosa devia inspirar cada homem a desejar ser o esposo ideal.
Em 2º lugar: Inspirar confiança. Para que a felicidade no lar seja mantida, o esposo se conduzirá de tal maneira que a esposa tenha plena confiança em sua integridade moral.
Em 3º lugar: Ter em mente o fato de que fisicamente a esposa é diferente dele: mais delicada, de constituição física mais frágil. Seu sistema nervoso é constituído para as coisas mais delicadas e mais finas da vida. Ele não esperará de sua esposa tarefas que devem estar a cargo unicamente do homem.
Em 4º lugar: Dar importância ao fator econômico na conquista da felicidade no lar. A esposa tem o direito de saber quanto seu esposo ganha. O casamento não pode ser feliz quando o marido não considera a esposa como sócia nas questões financeiras. Se for possível, tenham uma conta bancária em comum e ajudem-se mutuamente a alcançarem saldos. O orçamento mensal deve ser preparado por ambos com antecedência.
Em 5º lugar: Lembrar sempre do dia do aniversário da esposa, e sobretudo seu aniversário de casamento, e ter alguma agradável surpresa para ela. Ele deve agir durante o tempo de casado como quando eram noivos e lhe dispensava pequenas atenções: um ocasional buquê de flores, cartões, caramelos, etc.
Em 6º lugar: Elogiar a esposa pelas boas refeições, por sua maneira de vestir, seu novo penteado, e também pelo arranjo atrativo dos móveis. Palavras de apreciação fazem que o impossível se torne possível. Uma esposa que sabe que é apreciada pelo esposo, está pronta a fazer sacrifícios pela felicidade do companheiro.
Em 7º lugar: A palavra “eu” deve desaparecer do dicionário matrimonial, e ser substituída por “nós,” porque, conforme as palavras do Mestre da Galiléia, “deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão ambos uma só carne.” (S. Mat. 19:5). O pior inimigo da felicidade no casamento é o ego dos cônjuges, que lhes causa muitas aflições e dificuldades.
Em 8º lugar: A esposa aprecia experimentar o senso de “pertencer” ao esposo. Ela quer sentir que está sendo amada e desejada. É um desejo natural e inato de toda mulher normal. Isto a ajuda a conservar-se bela e saudável.
Há alguns sérios traços pessoais em homens que empanam a felicidade da esposa. Em ordem de importância, são eles: o egoísmo ou desconsideração, falta de sucesso nos negócios, infidelidade, queixumes, falta de mostrar afeição por ela, indisposição de falar sobre coisas, impaciência com as crianças, nervosismo, criticismo, renda insuficiente, tédio quando ela lhe fala sobre suas atividades do dia.
Cada manhã antes de deixar o lar, e cada noite antes de ir para a cama, é bom que o esposo e a esposa orem juntos e supliquem a guia divina sobre o lar; que supliquem perfeição de caráter, felicidade mútua bem como segurança econômica. Com a oração da manhã é recomendável ler algumas porções escolhidas de leitura espiritual, dando-se preferência às Sagradas Escrituras, o que servirá como guia e conselho para os problemas do dia.
A Esposa Ideal
Em 1º lugar: Lembrar que seu marido é uma preciosa aquisição. Saber que o esposo é único meio que lhe permitirá alcançar o zênite da felicidade e realizar seus mais íntimos anseios. Portanto, ela o tratará sempre como o melhor amigo, porque se o esposo percebe que ela tem uma amiga na qual confia mais que nele, haverá dificuldades. .O esposo deve sentir que é o verdadeiro confidente de sua esposa.
Em 2º lugar: Fazer todo o possível para manter o bom-humor e ser atrativa aos olhos do marido. Deverá ter em mente que o primeiro ano de vida juntos é sempre o mais difícil, e que durante o período de ajustamento ela deverá ser muito paciente.
Em 3º lugar: Jamais permitir que uma terceira pessoa partilhe da intimidade do casal, sejam os pais, irmãos ou irmãs. Por outro lado, nem o esposo e nem a esposa devem criticar um ao outro diante dos outros membros da família, muito menos diante de estranhos. A falta de observância destas regras pode produzir desajustamentos que redundarão afinal em separação.
Em 4º lugar: Considerar que a paz do lar vale mais que a satisfação de alguns pequenos caprichos, evitará tudo que tenha o aspecto de intolerância, de criticismo e egoísmo, e não exigirá que seu esposo haja sempre conforme ela deseja.
Em 5º lugar: Procurar sempre melhorar sua condição no sentido de manter passo com o crescimento intelectual do marido. Demais disto, procurará desenvolver juízo amadurecido que a guiará em todas as suas ações.
Em 6º lugar: Se a esposa tem que trabalhar fora do lar para aumentar as entradas da família, é sempre razoável que o esposo em tal caso compartilhe com ela das responsabilidades da arrumação da casa. Se fizer isso, haverá tempo suficiente nas tardes para divertimentos e recreação, o que ajuda a conservar unidos esposo e esposa.
Em 7º lugar: Evitar os traços de personalidade que ameaçam seriamente a felicidade do marido. São eles em ordem de importância: irritabilidade, desafeição, egoísmo ou desconsideração, demasiada interferência em seus “hobbies,” desleixo na aparência, falta de equilíbrio, discussão com ele na presença dos filhos, falta à verdade, etc.
Em 8º lugar: Procurar que o esposo sinta que ela é companheira amorável. Isto encorajará a fidelidade do esposo a ela. Finalmente, eu gostaria de dar a cada senhora casada o seguinte conselho: “Se deseja derramar poucas lágrimas no futuro, seja bondosa agora.”
Os Filhos
As Escrituras nos dizem que “os filhos são a herança do Senhor,” e que “bem-aventurado é o homem que enche deles a sua aljava,” Sim, o maior tesouro que um casal pode adquirir e que produzirá a mais permanente satisfação da vida, e conforto e confiança na velhice, são os bons filhos.
Alguém expressou uma irredutível verdade quando disse: “Um lar sem filhos é como um jardim sem flores.” Os casais que evitam assumir a responsabilidade de filhos não desfrutarão a plenitude da vida. Na velhice não há maior prazer do que ver-se rodeado de bons filhos.
Não há satisfação comparável à de criar e educar um filho que pode ser perfeito em todos os passos da vida e ser o orgulho e alegria dos pais através da existência. Por esta razão os pais jamais deverão permitir que surjam desarmonias no lar.
Que os filhos cresçam na convicção de que esse é o lar mais feliz e harmonioso do mundo. Assim quando eles tiverem os seus próprios lares, também serão felizes, porque aprenderam a ser felizes no próprio ambiente do lar paterno.
Tem sido estabelecido que quando há incompatibilidade de caracteres, acusações mútuas, reprovações e aversões entre os pais, os filhos terão complexo de inferioridade, melancolia, falta de interesse nas disciplinas elevadas, disposição irritadiça e insegurança.
Muitas vezes, quando os filhos têm más notas escolares e deficiência na sua educação, isso é devido à infeliz atmosfera do lar em que vivem.
Como pode um Casal Infeliz Reconquistar a Felicidade?
Tenho encontrado através dos anos muitas pessoas que se separaram e formaram novo lar, mas quase todos eles me confessaram que ao fazê-lo cometeram um erro. Reconheciam que teria sido melhor se tivessem mudado sua personalidade ou disposição, em vez de mudar de esposo ou de esposa.
Meu conselho é, portanto, que os que estão tendo dificuldades procurem sinceramente perdoar e esquecer os erros do passado e desenvolver no futuro mais paciência, compreensão e espírito de amor e sacrifício de um para com o outro. Procedendo assim com sinceridade e determinação de que o casamento pode ser um sucesso, virá a felicidade.
Se aparecem dificuldades entre esposo e esposa, o melhor a fazer é sobrepor-se a elas e pedir a Deus sua graça e paciência, para que a vida matrimonial possa renascer, rejuvenescida numa atmosfera de tolerância, compreensão e amor.
Tenhamos sempre em mente as seguintes palavras, divinamente inspiradas, escritas pelo apóstolo S. Paulo:
(Efés. 5:22-25, 28-31): As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja; sendo Ele mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido. Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela…” “Assim também os maridos devem amar a sua mulher, como ao seu próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque nunca ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também o Cristo o faz com a igreja; porque somos membros do seu corpo. Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher e se tornarão os dois uma só carne.”
E se por acaso alguém se sente gravemente ofendido pelo companheiro ou companheira, esqueça os agravos do passado, e mostre nova afeição.
Se alguém tem sido frio ou indiferente para com o esposo ou esposa, está disposto e determinado a tornar o outro cônjuge feliz? Fazendo isto, vocês estarão criando sua própria felicidade. Digam para sua esposa, ou para seu esposo, que você o ama. Comecem nova lua-de-mel, que durará por toda a vida.
Moços e moças em idade de casar, apelo a vocês para que busquem do Altíssimo um companheiro para a vida que os possa fazer feliz, e a quem darão sua verdadeira felicidade, que é o maior dom do Céu.
Lembrem-se de que um lar feliz é um antegozo da felicidade que os espera nas mansões do Alto.
Que Deus os abençoe!
Pr. Walter Schubert, via Sétimo Dia