segunda-feira, 2 de outubro de 2017

O mistério dos 4 cavaleiros

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Queremos nós saber o que aconteceu no passado com a igreja? Podemos aprender alguma coisa da História do Povo de Deus no passado? Evidentemente. Em que época estamos vivendo hoje? Por que existem tantas igrejas? Por que vemos tantas religiões, em nossos dias? O que Deus nos revela quanto ao futuro de Sua Igreja?

Quem são os 4 Cavaleiros dos 7 Selos, e qual é o seu mistério? Podemos encontrar a resposta a estas perguntas em Apocalipse 6, onde encontramos os 7 Selos de um Grande Livro, o misterioso Livro do Destino, escrito por dentro e selado por fora, com 7 selos.

Mas, quem abre o 1º Selo?

Apo 6:1: “Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos e ouvi um dos quatro seres viventes dizendo, como se fosse voz de trovão: Vem!” 

O Cordeiro abre o 1º Selo. Já sabemos quem é o Cordeiro. A palavra “Cordeiro” aparece no Apocalipse 30 vezes referindo-se a Cristo. Por que Ele é chamado de Cordeiro? Porque morreu na Cruz, como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, oferecendo a Sua vida, num sacrifício expiatório para nos salvar da morte eterna.

Qual é o conteúdo do 1º Selo? Qual é a sua mensagem?

Apo 6:2: “Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer.”

O que significam estas coisas? Aqui temos outra cadeia profética de eventos que abrange o mesmo período coberto pela profecia das 7 Igrejas, dentro da Era Cristã. Mas há uma diferença. Enquanto as Cartas das 7 Igrejas revelam os problemas internos das igrejas, os 7 Selos revelam os seus problemas externos. Agora, enfrentamos um grande período de guerras e conflitos entre a Igreja e os seus inimigos, prontos para destruí-la.

Temos primeiramente, um CAVALO BRANCO.

O branco é símbolo de pureza, e o cavalo, que era usado naquele tempo para as batalhas, é símbolo de guerra e conflito, sendo uma figura apropriada da igreja na fase militante de sua trajetória na Era Cristã (Jer. 8: 6; Eze. 38: 15; Zac. 10: 3).

O 1º Período é a ERA DOS APÓSTOLOS, de 31-100 DC.

Aqui temos a Igreja Primitiva, em sua pureza de vida e de doutrina, exemplificando na vida a doutrina santa, correta e verdadeira, sem mistura de erros, a doutrina que os cristãos da receberam dos apóstolos, santos homens de Deus.

Mas diz o texto, que o cavalo branco tinha um Cavaleiro montado nele. O Cavaleiro da Igreja Primitiva é Jesus Cristo, que enfrenta as lutas e peleja por ela. O arco é a arma que também simboliza a batalha, e com ele o Cavaleiro lança as suas flechas fulminantes contra os Seus inimigos. A coroa representa a vitória, e, como diz o apóstolo João, Ele saiu “vencendo e para vencer.” Cristo jamais perdeu uma luta sequer nas batalhas da Sua Igreja.

Isso ocorreu do ano 31, quando Cristo morreu como o Cordeiro, até o ano 100, quando morreu João, o último dos apóstolos.

Nessa época, a Igreja enfrentou controvérsias e muitas lutas, com os seus inimigos, mas os cristãos primitivos não permitiram que a doutrina apostólica fosse manchada com o erro. Os apóstolos ainda estavam vivos, e enviaram as suas cartas para as igrejas, as suas epístolas, que temos até hoje, dentro do Novo Testamento.

Nessa época, começaram as perseguições e Estêvão, o primeiro mártir cristão, foi apedrejado pelos líderes da nação judaica, no ano 34 d. C. Mas longe de ser isto uma derrota para a Igreja, permitiu que ela se espalhasse por todas as regiões circunvizinhas.

Mas lembremos de suas grandes vitórias. Três mil pessoas se converteram ao Cristianismo, só no dia do Pentecostes. Pouco dias depois, esse número se elevou a 5.000 conversos.

Logo também se converteu Saulo de Tarso, que se tornou em Paulo, o maior apóstolo já conhecido, que realizou mais trabalho missionário do que todos juntos. Além disso, deixou escritas 14 epístolas inspiradas e inspiradoras, alimentando a Igreja, em todos estes séculos.

Foi uma época áurea, em que o Evangelho foi pregado em todo o mundo conhecido de então [Col. 1:23].

Entretanto, todos os apóstolos foram martirizados, até o ano 100, exceto João, que ficou para receber as visões do Apocalipse, e escrever o seu Evangelho e as suas cartas que nós temos o privilégio de estudar hoje.

Então, abre-se o 2º Selo: O CAVALO VERMELHO.

Apo 6:4: “E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada.”

É a ERA DOS MÁRTIRES. O 2º Período vai de 100-313 DC.

O cavalo, nesta guerra da Igreja contra as forças do mal, muda de cor, e se apresenta com o pelo vermelho. Qual é o seu cavaleiro?

O que simboliza a cor vermelha? O profeta Isaías responde, onde lemos esta grande promessa, Isa 1:18: “Ainda que os vossos pecados ... sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.”  

Portanto, o vermelho é símbolo do pecado. O pecado do orgulho, da inveja, da controvérsia levou a muitos pregadores e filósofos da igreja primitiva a questionar certas doutrinas estabelecidas por Cristo e pelos apóstolos, do primeiro período, quando a Igreja tinha uma doutrina pura e imaculada.

Muitos filósofos cristãos apresentaram doutrinas estranhas aos ensinos de Cristo. As controvérsias surgiram sobre a Divindade, a Natureza de Cristo, a Personalidade do Espírito Santo, a Posição de Maria, o Celibato e a Autoridade da Igreja. 

Mas a grande questão era: Quem é o Cabeça da Igreja?

A Igreja tinha crescido. Já não era mais formada por aquele pequeno grupo que seguiu a Jesus. Havia igrejas cristãs nas maiores metrópoles da época. A quem deviam eles obedecer? Tinha que haver um cabeça. Naquele tempo, todos consideravam Jesus como o Cabeça da Igreja. "Mas já que Cristo não estava mais presente, alguém devia assumir a liderança da Igreja" - pensavam alguns. E o mais natural é que fosse o bispo de alguma das igrejas existentes. Mas quem?

Ora, se Roma era o poder político que dominava o mundo, seria lógico que o bispo de Roma passasse a ter o comando da Igreja mundial. Mas os bispos das outras cidades não aceitaram isso facilmente, o que deu origem a guerras sanguinárias.

Então se cumpriram as palavras do profeta: “para que os homens se matassem uns aos outros.” Eram guerras internas motivadas por orgulho.

E Quem era, então, o seu cavaleiro? Diz a profecia que “ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra,” e que recebeu uma grande espada. [Apo 6:4]. É evidente que já não fosse mais Cristo o cavaleiro. “O Príncipe da paz” foi destronado da liderança da Igreja, e foi substituído pelo Bispo de Roma, que liderava a guerra contra os que discordavam dele.

A cor vermelha do cavalo então, passa a representar não só o pecado dos líderes, mas também o derramamento de sangue, que é o resultado natural do pecado. A cor vermelha e os símbolos deste selo representam indiscutivelmente o derramamento de sangue.

Mas, quando os cristãos estão lutando entre si, Deus lhes envia o fogo das perseguições externas. Isso purifica a Igreja. Como eu disse, esta é a Era dos Mártires. Mártires das perseguições de dentro e de fora da Igreja.

Muitos cristãos nesse tempo foram mortos. Destacaram-se os imperadores Nero, Calígula, Domiciano, como os perseguidores da Igreja. Mas nessa época, houve uma perseguição em série, chamada de Dez Perseguições, por 10 anos, impostas por Diocleciano, desde o ano 303-313 DC.

Foi grande a carnificina, e milhares de cristãos foram ceifados pelas perseguições mais atrozes.  Eles eram lançados às feras famintas do Coliseu de Roma, eram massacrados, torturados, eram queimados vivos, e os seus templos eram incendiados com os cristãos dentro.

Certamente, foi uma época muito difícil, mas como disse Tertuliano, o sangue dos cristãos era semente, que gerava outros cristãos: quanto mais se matavam os cristãos, mais cristãos renasciam.

Mas, então, se abre o TERCEIRO SELO: O CAVALO PRETO

Apo 6:5-6: “5 Quando abriu o terceiro selo, ...Então, vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão.

6 E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho.”

O que representam estas palavras?

Ora, se o cavalo branco era símbolo de uma igreja lutando com a doutrina pura, o cavalo preto é símbolo do contrário, e representa a degradação da verdade.

Portanto, temos A ERA DA APOSTASIA, de 313-538 DC.

O que aconteceu, então?

No ano 313 DC, o imperador Constantino teve uma grande ideia. Usou a política da tolerância. Os outros imperadores temiam que o crescimento dos cristãos levaria à sua queda. Mas, Constantino, viu nesse crescimento uma oportunidade para ele mesmo crescer junto à Roma. Então, ele baixou um decreto de tolerância, o Edito de Milão, em que ele dava plena liberdade religiosa aos cristãos.

Ele disse aos seus liderados: “Ao invés de matar os cristãos, vamos usar a sua força. Vamos tê-los ao nosso lado!” E os cristãos gostaram do seu novo imperador. E cessaram as terríveis perseguições.

Mas, este era outro engano, porque Satanás mudou de tática: se ele não vencera os cristãos com a perseguição, então, os venceria por meio da apostasia da verdade.

Constantino era agora o Cavaleiro do Cavalo Preto. Quem dominava a igreja não mais era o Bispo da Igreja, mas o imperador Constantino. Numa batalha, ele disse que viu um sinal no céu, o sinal da Cruz, com as palavras dizendo: “Com este sinal vencerás!” Então, ele se converteu ao Cristianismo, e se batizou. Mas era uma conversão interesseira.

Ele foi a um rio com todos os seus soldados, cruzou o rio a cavalo com eles, e disse que estavam todos batizados. Assim, com tudo isso, o próximo passo foi a união da Igreja com o Estado, considerado por Deus como prostituição. Antes o Cristianismo era proibido. Agora, era a lei do estado.

Então, veio a apostasia. Constantino estabeleceu algumas condições. E os cristãos fizeram as concessões. O imperador disse que os romanos estavam acostumados a adorar vendo as imagens dos seus deuses. Então, por que os cristãos não colocavam os seus deuses em imagens para todos adorar juntos as mesmas coisas? Daí, foram erguidos os ídolos com a face de Cristo, juntamente com imagens dos apóstolos e da virgem Maria. E tudo isso foi introduzido nos seus templos.

Mas, o segundo mandamento da Lei de Deus ainda dizia: “Não farás para ti imagens de escultura... Não as adorarás nem lhes darás culto.” [Êxo 20:4-5]. Então, os líderes cristãos mandaram retirar esse mandamento do seu Catecismo. Mas, como os Dez Mandamentos ficariam com falta de um, eles dividiram o décimo em dois. E a idolatria se estabeleceu na igreja apostatada.

Mas, Constantino também queria fazer outras reformas, e uma delas foi o Dia de Adoração. Ele adorava o Sol, o “Sol invictus”, o Sol invencível. E o dia do Sol era o primeiro dia da semana, o Sunday dos ingleses, dia em que todos os romanos pagãos do Mitraísmo adoravam o deus Mitra.

Então, o cavaleiro Constantino baixou outro decreto, a Lei Dominical, o decreto que ordenava a todos para adorar no “dia venerável do Sol”, o primeiro dia da semana. E isso aconteceu a 7 de março de 321 AD, um fato registrado na História do Cristianismo, como mais um elemento de sua apostasia. É a lei dominical mais antiga que existe.

Então, os cristãos raciocinaram que o sábado era coisa de judeu, que lembrava os judeus, os quais eram odiados pelos romanos, e, como Cristo ressuscitou mesmo no domingo, então, celebraram o domingo, apoiaram a ideia do imperador, e passaram a guardar o domingo, em detrimento do sábado. Era a paganização do Cristianismo.

Mas a Lei de Deus ainda diz: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho.” [Êxo 20:8-10].

Mas, há outros símbolos. João viu o cavaleiro levando uma balança na mão. Disse Jó 31:6: “Pese-me Deus em balanças fiéis e conhecerá a minha integridade”. E Daniel falou de Belsazar que foi pesado na balança e achado em falta [Dan 5:27]. A balança é símbolo do instrumento de Deus para pesar caracteres, para provar se o homem anda na verdade ou na mentira. O trigo e a cevada são cereais muito parecidos, mas um não é o outro.

Mas o que significam? O trigo simboliza a verdade. Disse Deus: “Aquele em quem está a minha palavra fale... com verdade. Que tem a palha com o trigo? — diz o Senhor.” [Jer 23:28]. O trigo representa a verdade, e a cevada, que era mais barata, representava a mentira, uma contrafação da verdade.

Era o tempo em que proliferavam a mentira e as tradições humanas, enquanto que a verdade era mais rara. Havia uma inflação espiritual, uma fome e carência da verdade, uma escassez da Palavra de Deus.

O apelo era para que não danificassem o azeite (símbolo da doutrina do Espírito Santo) e o vinho (símbolo da doutrina do sangue de Cristo). Ainda restava uma esperança para os fiéis remanescentes: Se eles preservassem estas doutrinas, eles teriam o Espírito da verdade guiando-os de volta para a realidade espiritual da morte de Cristo na Cruz do Calvário, como fonte de salvação, em sua luta contra as astutas ciladas do Diabo.

Então, se abre o 4º SELO: O CAVALO AMARELO

A ERA DA IDADE MÉDIA: De 538-1517 DC

Apo 6:8: “E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra.”

O cavalo amarelo representa uma época de grande angústia para a igreja.

O amarelo pálido é a cor da morte. O seu cavaleiro que se  chama Morte, era agora novamente o Bispo de Roma. Então, o imperador Justiniano baixou um decreto, em 533, segundo o qual o Bispo de Roma devia ser considerado “o cabeça de todas as igrejas”. Então, quem comandava a igreja não era mais o imperador romano, porque a Roma dos Césares já havia caído em 476 d.C., com a derrota do seu último imperador, Rômulo Augusto. Quem mandava agora, novamente, era o Bispo de Roma, “chefe de todas as igrejas”, com o nome de papa, que significa “pai”.

Então, em 538 d.C., com a derrota dos ostrogodos, um povo bárbaro, ariano, que não cria na divindade de Cristo, foi perseguido pelo Bispo de Roma, até ser derrotado, vencido e morto. Nesse tempo, não eram mais pagãos perseguindo os cristãos; não eram mais os cristãos perseguindo os pagãos. Agora, eram cristãos perseguindo e matando outros cristãos.

A palavra “Inferno” aqui, vem do grego original “Hades” e significa a “sepultura”. A “4ª parte” representa um grande número de cristãos sinceros e fiéis que foram mortos no tempo da Inquisição, que perseguiu os valdenses, os albigenses, e os huguenotes, nos vales do Piemonte, na Itália, e noutros lugares, que eram verdadeiros cristãos remanescentes, cujo único crime era servir a Deus de acordo com os ditames de sua própria consciência.

 A Roma cristã não crucificava as pessoas como a Roma pagã fazia. A Roma cristã as queimava vivas. A Roma pagã torturava criminosos por seus delitos, mas a Roma cristã torturava cristãos por lerem a Bíblia.

Só na Espanha, foram vítimas da Inquisição, promovida pelo papado:

31.912 queimados vivos,

291.450 forçados à submissão e torturados,

900.000 fiéis cristãos foram assassinados, violentamente.

1 milhão de cristãos pereceu no massacre dos albigenses.

Não admira que o cavaleiro da Igreja apostatada se chamasse de Morte e a Sepultura o seguia.

Agora, VEM O 5º SELO: A ERA DA REFORMA: 1517-1755.

Apo 6:9:

“9 Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.

10 Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a Terra?

11 Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca.”

Aqui não vemos mais os cristãos sendo mortos, porque a Reforma desviou a atenção do papado, que ficou se ocupando com os seus oponentes intelectuais, que ameaçavam a estrutura do seu sistema.

Aqui temos a visão das “almas debaixo do altar.” O que significam estas palavras? Alguns entendem que as almas dos cristãos mortos na época do 4º selo foram ao Céu diretamente e ficaram debaixo do altar. Será que essa expressão ensina que as almas desencarnadas dos mártires estão conscientes no Céu?  

Isso não pode ser. O altar que está no Céu é o altar de incenso, e aqui temos o altar de sacrifício, e o seu lugar é a Terra. Antigamente, o povo judeu levava os seus sacrifícios para o santuário, e eram imolados no altar de holocaustos, e o sangue desses animais era derramado à base do altar de sacrifícios. Os cristãos, igualmente, foram sacrificados na Terra, e o altar de sacrifícios fica na Terra, onde também Cristo foi sacrificado.

Mas, então, O que significam as “almas”? A palavra “alma” vem do original grego “psychê” e significa “vida“, mas de acordo com Lev 17:11, a vida está no sangue. Portanto, quando João viu as almas debaixo do altar de sacrifícios, ele viu de fato o sangue dos mártires, que representava a vida deles que foi sacrificada por amor a Jesus.

Mas, E o clamor dos mártires por vingança? Por que clamam? Não podemos imaginar os cristãos clamando por vingança, e insatisfeitos, depois de estarem na glória do Céu, e ainda querendo a destruição dos seus inimigos.

Se a ideia popular que coloca as almas dos mártires no Céu fosse verdade, seus perseguidores já estariam queimando no Inferno. Por que essas almas ainda estariam clamando por vingança? Que vingança maior poderiam querer?

Esta é uma figura de linguagem, como lemos em Gên. 4:10: “E disse Deus [para Caim]: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim.” Não era Abel que estava clamando; era o seu sangue. Assim também, o sangue dos mártires é que clamava simbolicamente.

O sangue derramado de homens, mulheres e crianças inocentes ao longo dos séculos clama por justiça. Este não é apenas um clamor de vingança contra os seus assassinos, mas também um clamor para que eles sejam vindicados, para a glória de Deus.

No v. 11, eles receberam uma vestidura branca, que é símbolo da justiça de Cristo [Isa 61:10], porque se eles eram condenados pelos homens, seriam justificados por Deus. A promessa feita aos vencedores é a de serem vestidos com vestes brancas (Apo 3:5), como recompensa da vitória. Embora tivessem sido mortos na Terra, haveriam de ressuscitar para viver eternamente, embora ainda devessem repousar na sepultura, por mais um pouco de tempo, até se completar o número dos salvos.

Este foi o período da Reforma, de 1517-1755. Em 1517, Lutero colocou as 95 Teses Sobre a Justificação pela Fé, que protestavam contra os abusos da Igreja papal, e foram fixadas à porta da igreja em Wittenberg, Alemanha.

Outros nomes se destacaram como João Huss, Jerônimo Zwinglio, João Knox, Calvino, as estrelas da Reforma Protestante, que ajudou a cessar as perseguições contra a Igreja, trazendo também a grande luz sobre a doutrina da Justificação pela Fé, que iluminou as trevas que a igreja apostatada deixara no mundo.

Abre-se então, o 6º SELO:

A ERA DO TEMPO DO FIM [1755 – 7 Últimas Pragas]

Apo 6:12:

“12 Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue,

13 as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes.”

O 6º selo alcança as 7 Pragas que serão derramadas pouco antes da Segunda Vinda de Cristo. No tempo certo do Calendário de Deus, essas predições se cumpriram. Há aqui 4 grandes sinais que identificam o início do Tempo do Fim, que começou em 1798.

O 1º Sinal: No dia 1º de novembro de 1755, houve o maior Terremoto do Mundo para anunciar que o Tempo do Fim estava chegando. Foi o terremoto de Lisboa (Portugal), uma cidade que contava 150.000 habitantes, que nesse dia foi quase inteiramente destruída.

Em apenas 6 minutos, um violento tsunami, seguido de um grande terremoto, trouxe a desgraça para a cidade, além de muitos outros lugares distribuídos em 3 continentes, em uma área de 8 milhões de quilôme­tros quadrados. As ondas do mar se elevaram a 50 pés acima do seu nível normal, num grande tsunami, quando a humanidade não sabia o que era isso.

Esse terremoto foi o mais abrangente de todos até agora, atingindo a maior parte dos continentes da Europa, África e América. Em Lisboa, era o Dia de Todos os Santos, quando as igrejas e conventos estavam repletos, sendo pou­cas as pessoas que escaparam... O terror do povo não pode ser descrito. Ninguém chorava; era além das lágrimas.

Corriam to­dos de um lado para outro, delirando de horror, pasmo, e desespero, batendo na face e no peito, gritando: “Misericórdia! O mundo vai se acabar!” Mães esqueciam os filhos, e corriam, carregando crucifixos. Desafortunadamente, muitos corriam às igrejas em busca de proteção; mas em vão foi ministrado o sacramento; em vão as pobres criaturas abraçavam os altares; imagens, sacerdotes e o povo fo­ram soterrados na ruína comum. Noventa mil pessoas sucumbiram naquele dia fatal. [Estudos Bíblicos, p. 242].

O 2º sinal da proximidade da Vinda de Jesus Cristo, no 6º selo foi o Escurecimento do Sol que ocorreu a 19 de maio de 1780. O maior Dia Escuro da História surpreendeu a milhares de pessoas na Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, e em outros lugares, onde os cristãos protestantes conheciam estas profecias de Cristo no Apocalipse.

O 3º Sinal foi a Cor Vermelha da Lua que apareceu como sangue. Isso aconteceu logo na noite do Dia Escuro, de 19 para 20 de maio de 1780. E o povo ficou em alerta.

O 4º sinal foi A Queda das Estrelas. Era uma chuva de meteoros cadentes. Isso se cumpriu exatamente a 13 de novembro de 1833, e as multidões novamente julgaram que havia chegado o Dia do Juízo. Mas era apenas mais um sinal de que o fim estava próximo.

Já conheci muitos ateus, mas eles nunca puderam me explicar como estas profecias se cumpriram exatamente como diz o Apocalipse. Um ateu que fez um Blog para defender a inexistência de Deus não pôde me responder quando eu lhe apresentei algumas profecias da Bíblia, que se cumpriram com exatidão matemática.

Mas, a profecia continua, dizendo: Apo 6: 14: “E o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar.”

Agora, somos levados para a 7ª Praga, de Apo 16:20, onde lemos: “Todas as ilhas fugiram e os montes não foram achados.” Será uma grande convulsão da Natureza: As montanhas sendo transportadas para os mares e as ilhas desaparecendo na profundidade dos abismos líquidos.

 Então, chegamos ao final, Apo 6: 15-17: Todos os ímpios “15 se esconderão nas cavernas e nos penhascos dos montes e [16] dirão aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, 17 porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?”

Será uma grande reunião de oração, mas eu não desejo estar presente nesse culto de preces às rochas inanimadas. E a história se repetirá. Como no terremoto de Lisboa, ou no tsunami do Japão, as pessoas correrão de um lugar para outro, em desespero e angústia, batendo no peito e clamando: “Misericórdia, misericórdia! é o fim do mundo.”

E nesse dia, virá mesmo o fim, e não haverá mais oportunidade de salvação. Será tarde demais para quem não estiver pronto. Amigo, você está preparado? Você tem um bom relacionamento com Jesus Cristo, o nosso Salvador?

O 7º SELO é descrito em Apo 8:1: “Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no Céu cerca de meia hora.”

PERÍODO: DA 7ª PRAGA ATÉ A VOLTA DE CRISTO – UM TEMPO RARO E ÚNICO DE SILÊNCIO NO CÉU.

Apenas estas palavras: Silêncio no Céu.

Mas, Por que haverá Silêncio no Céu? O Céu é um lugar de contínuos louvores. Os anjos nunca cessam de louvar e engrandecer a Divindade. Continuamente, os querubins estão louvando: “Não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, Aquele que era, que é e que há de vir.“ [Apo 4:8]. No entanto, lemos que se fará silêncio no Céu.

Há uma grande razão para este silêncio, No Céu. Cristo estará voltando a esta Terra. Mas Ele disse: “Quando vier o Filho do Homem” então, trará “todos os anjos com Ele.” [Mat 25:31]. De fato, quando Cristo voltar, todos os anjos da Sua glória virão com Ele, a fim de reunir os escolhidos de todo o mundo [Mat 24:31]. Então, se fará silêncio no céu, porque lá não haverá ninguém para louvar, nem para ser louvado.

Quanto tempo durará este silêncio? Por “quase meia hora”. Este é um tempo profético. Se considerarmos que um dia vale um ano, então, temos que dividir 360 dias por 24 horas = 15 dias. Meia hora seriam 7 dias e meio. “Quase” meia hora, significa exatamente 7 dias literais. Logo, os fiéis estarão no Céu dentro de 7 dias com Cristo no mar de vidro [Ver E.G.White, Primeiros Escritos, p. 16 § 3].

Mas, enquanto haverá silêncio no céu, aqui Na Terra haverá muito barulho, com o som das trombetas de bilhões de anjos, e com a voz do Arcanjo Miguel [1Tess 4:16], o próprio Jesus Cristo, ordenando as coisas, e Sua voz é a “voz do Onipotente” [Eze 1:24;], e alcança a todos os confins da Terra [Apo 1:15].  

Prezado amigo, você está se preparando, buscando o Salvador Jesus Cristo, a fim de ser levado para o Céu, quando Ele voltar? Ele quer levar a você para lá, também.

Faça isso, prepare-se antes que seja tarde demais. Aceite a Cristo no seu coração agora, e esteja em paz com Deus.

Estude a Bíblia, e siga a vontade de Deus! 

Pr. Roberto Biagini

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