domingo, 6 de novembro de 2011

Culto familiar – A igreja do lar

Se em algum tempo ir aos cultos semanais da Igreja eram o suficiente para manter a espiritualidade saudável, esse tempo acabou. Se houve tempo em que comprar a lição da escola sabatina e entregar nas mãos dos filhos para que eles lessem e fizessem seu devocional sozinhos era uma forma inteligente de promover o crescimento espiritual deles, esse tempo se foi. Se em algum momento da história o fato de pessoas reunirem-se na sala, ou sentarem em volta de uma mesa, lendo superficialmente a Bíblia e fazendo uma oração decorada foi considerado culto familiar, esse momento passou.
Na verdade, para mim, nenhum desses momentos ou épocas existiram. Um contato superficial com a palavra de Deus nunca foi alimento suficiente para  alma! O culto familiar é a igreja do lar. Ele deve existir e deve existir da forma certa.
Você pode dizer: “Karyne, eu sei que o culto familiar é importante, mas eu não sei como fazê-lo.” Por isso, separei algumas dicas que poderão auxiliar na realização do culto familiar. Leia com atenção:


Tenha um lugar especial em que seja construído o altar da família. Separar um lugar especial para a realização do culto, um lugar que os membros da família distinguam que é o altar da família, o espaço de encontro com Deus, é uma forma de criar nos membros da família a noção de santidade. Esse lugar não deve ser usado para brincadeiras ou atividades seculares, mas unicamente para conversar com Deus e adorá-lo. Se existe possibilidade de fazer isso em sua casa, não perca essa oportunidade.


Use uma linguagem adequada. “Pais, seja simples a instrução que dais a vossos filhos, e certificai-vos de que ela é claramente compreendida.” Conselho aos Professores, Pais e Estudantes (p. 109). As intruções dadas aos filhos devem ser adequadas à sua capacidade de entendimento. Não devemos privar as crianças de mensagens importantes achando que elas não as compreenderão. Não é isso! Devemos transmitir-lhes todas as verdades de Deus, mas numa linguagem acessível, que toque os pequenos corações e produza entendimento de fato.


Faça um culto interessante. “Sejam os períodos de culto familiar curtos e espirituais. Não deixem que seus filhos, ou qualquer membro da família, os tema, devido à sua monotonia ou falta de interesse. Quando um capítulo comprido é lido e explicado e se faz uma longa oração, esse precioso culto se torna enfadonho e é um alívio quando passa.” Orientação da Criança, p. 521. É no culto familiar que os membros da família aprendem a amar ou não os momentos de adoração a Deus. Tudo deve ser feito de forma que Deus seja adorado devidamente, e que a família sinta prazer nessa adoração.


Separe um tempo específico para o culto. “Então, em cada família ascendam ao Céu orações tanto de manhã como na hora fresca do pôr-do-sol em nosso favor, apresentando diante de Deus os méritos do Salvador. De manhã e à tarde, o universo celestial toma nota de cada família que ora.” Orientação da Criança, p. 519. Pela manhã e pela tarde devemos nos reunir em família para adorarmos ao Senhor. Mesmo que nossa rotina seja aparentemente um impecílio, precisamos modificá-la de forma a não prejudicar esses momentos com Deus. Para tanto, é importante fixar um horário para que os membros da família se organizem em torno desse horário e reunam-se na igreja do lar. “Em cada família deve haver um tempo determinado para os cultos matutino e vespertino.” Orientação da Criança, p. 519.


Permita a participação de todos. “Tomem todos parte na leitura da Bíblia, e aprendam e repitam muitas vezes a lei de Deus. Contribuirá para maior interesse das crianças ser-lhes algumas vezes permitido escolher o trecho a ser lido.” Educação, p. 186. Distribua diferentes tarefas, tome cada um uma responsabilidade em relação ao culto, tenha cada um a oportunidade de sugerir o que deve ser lido ou cantado, e assim todos poderão adorar a Deus através do culto familiar.


Tenha como foco do ensinamento inculcar a lei de Deus na mente da família. “Ensinai-as a repetir a lei de Deus.” Conselho aos Professores, Pais e Estudantes (p. 110). A Lei de Deus, expressão de seu caráter, deve ser lembrada diariamente. Se desejamos desenvolver um caráter semelhante ao de Cristo, se desejamos que nossas crianças desenvolvam esse caráter também, a lei de Deus deve ser muito bem estudada e compreendida. Pais e filhos devem aprender toda a vontade de Deus (que é a Sua lei como um todo, incluindo as chamadas leis naturais) e a amar!


Pratique os ensinamentos do culto. Em Provérbios 22:6, lemos: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.” Aqui temos uma orientação importantíssima. A educação (incluindo educação religiosa) deve ser feita desde cedo e com o exemplo dos pais. O texto não diz para apontarmos com o dedo e dizermo às crianças “olha, o caminho é aquele lá”. O texto diz que o ensinamento deve ser feito no caminho. Os pais devem andar no mesmo caminho que estão ensinando as crianças a andarem. Não adianta dizer ao menino “faça o certo”, e com o exemplo ensinar-lhe a fazer o errado. Isso é anti-bíblico, e conduz a criança à perdição!


Tenha o culto como uma preparação para um dia de adoração. “E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te;” Deuteronômio 11:19. Aqui a Bíblia nos dá outra orientação importante – as ordens de Deus, Sua santa vontade, deve ser ensinada a todo tempo, em toda ocasião. A adoração do culto familiar não deve encerrar quando a família se levanta da oração final. Na verdade, o culto familiar deve nos preparar para um dia inteiro de adoração à Deus. Isso significa que todo meu comportamento ao longo do dia deve ser coerente com a minha devoção matinal, com o momento que tive com Deus em família. Especialmente para as crianças, a forma como os pais se comportam ao longo do dia confirmará ou negará tudo o que foi lido e cantado durante culto. Então, ao levantarmos da oração, nossa mente deve estar determinada a passar o restante do dia na companhia do Senhor.
Nossas famílias só poderão ser reavivadas e reformadas se Deus puder se comunicar com ela. Não é possível preparar um lar para o céu se não houver tempo para o céu dentro do lar!
Via Mulher Adventista

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