quinta-feira, 19 de maio de 2016

Havia ou Não Lei Desde Adão até Moisés? – Romanos 5:13 e 14




“Pois até à Lei, havia pecado no mundo; o pecado, porém, não é levado em conta quando não existe lei. Todavia, a morte imperou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram de modo semelhante à transgressão de Adão, que é figura daquele que devia vir” (A Bíblia de Jerusalém).

Muitas interpretações têm sido apresentadas para estes versos, mas o caminho mais fácil para uma solução, de acordo com o que Paulo tencionava dizer, é estudá-los no contexto dos versos 12 a 21. Ele nos relata que Adão através de seu pecado trouxe a morte para todos os homens, mesmo àqueles que não pecaram a sua semelhança.

Adão, o primeiro homem, é um tipo de Cristo, que Paulo chama de “segundo homem” ou “o último Adão” (1Coríntios 15:45 e 47). É digno de menção que o único vulto do Velho Testamento a ser chamado expressamente de tipo de Cristo é Adão. (Há personagens do Velho Testamento que implicitamente são tratados como “tipos” de Cristo, sendo talvez o mais notável Melquisedeque).

A frase de Thomas Goodwin, presidente do Magdalene College, de Oxford, é muito significativa: “Diante de Deus há dois homens, Adão e Jesus Cristo, e todos os outros estão pendurados em seus cinturões“.

O relato bíblico nos informa que quando um homem falha Deus escolhe outro para o substituir (Davi substituiu Saul).

A desobediência de Adão trouxe a morte para todos, a obediência de Cristo trouxe vida a todos que O aceitaram.

Sobre esta verdade, assim se expressou F.F. Bruce:

“Assim, se a queda de Adão colocou toda a sua posteridade sob o domínio da morte, a obediência de Cristo introduziu triunfalmente uma nova raça nos domínios da graça e da vida” (Comentário de Romanos, pág. 104).

Não esquecer que Cristo é um tipo de Adão por contraste.

Em Adão encontramos um ato de transgressão (Versos 12, 15, 17, 19).

Em Cristo, um ato de Justiça (Verso 18).

Em Adão, todos condenados à morte.

Em Cristo todos têm a possibilidade da justificação para a vida.

O Problema do Texto

Vários comentaristas têm achado este texto muito difícil, e até apresentado explicações que não podem ser aceitas, por colidirem com outras doutrinas da Bíblia.

“Todavia, a morte imperou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram de modo semelhante à transgressão de Adão…”

Em poucas e simples palavras, o verso nos mostra que a morte reinou devido à transgressão de Adão, por que então morrer? O argumento de Paulo é que, pelo pecado de Adão, todos pecaram mesmo antes da lei ter sido dada por escrito no Sinai (verso 13).

O comentarista Nygreen diz o seguinte sobre esta passagem:

“Adão tinha recebido definido mandamento de Deus, instruindo-o com respeito ao seu comportamento. Portanto quando ele pecou, sua ação tinha o caráter de direta transgressão. Antes de falar em transgressão precisa haver um mandamento ou uma lei. Tal era o caso de Adão, mas não o caso daqueles que vieram depois, até que a lei foi dada através de Moisés”.

Havia ou não lei desde Adão até Moisés?

A leitura de apenas dois versos (14 e 15) de Romanos 2 esclarece esta pergunta:

“Quando, pois, os gentios que não têm lei procedem por natureza de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos.

Estes mostram a norma da lei gravada nos seus corações, testemunhando-lhes a consciência, e os seus pensamentos mutuamente acusando-se ou defendendo-se”.

Duas expressões precisam ser realçadas destes versos:

Eles possuíam a lei da consciência.

A lei gravada no coração era a mesma escrita em tábuas de pedra.

De vários comentários lidos, o mais expressivo a meu ver é o do The Interpreter’s Bible, vol. 9, pág. 464, que se segue:

“A dificuldade que acabamos de mencionar é o de explicar a morte como penalidade do pecado em vista do fato de que a morte reinou de Adão até Moisés. Pode-se argumentar que, uma vez que foi Moisés quem deu a lei, não poderia haver transgressão nem portanto punição pela transgressão antes de seu tempo; porém, a morte havia de fato reinado. A resposta de Paulo não é tão persuasiva quanto se ele houvesse aqui feito uso da concepção de ‘lei natural’ à qual aludira anteriormente (2:14-15). Sua verdadeira resposta é dizer que embora o pecado não seja levado em conta onde não há lei, ele estava, não obstante, no mundo.

Mas poder-se-ia perguntar: ‘Se não era levado em conta, por que então deveria o homem morrer por causa dele? Cogita-se por que Paulo não responde apelando para a lei ‘gravada no coração’. Em outras palavras, a lei foi dada muito antes de Moisés, e Deus estava assim em posição de ‘levar em conta’ e punir o pecado desde o princípio. A descrição dos que foram desde Adão até Moisés como aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão pode ajudar a explicar o silêncio de Paulo aqui. Sanday e Headlam entendem a frase ‘não … à semelhança da transgressão de Adão ‘como significando ‘não em violação de um mandamento expresso'”.

Livro: Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Jesus Tinha Irmãos de Sangue? Maria Permaneceu Virgem?




Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.

Os títulos que ensinam este assunto têm dado motivo para intermináveis controvérsias entre católicos e protestantes.

Os irmãos são mencionados nas seguintes passagens: Mateus 12:46; 13:55; 28:10; e Marcos 6:3.

Outras duas passagens relacionadas com os irmãos de Jesus e a virgindade de Maria são: Mateus 1:25 e Lucas 2:7.

Em Marcos 6:3 lemos: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? e não vivem aqui entre nós Suas irmãs?”.

Este versículo já deu origem a muitas conjecturas e continua sendo motivo de acaloradas divergências. Muitos protestantes, baseados neste verso, concluem que Maria foi mãe, não apenas de Jesus, mas em virtude de sua união com José, de quatro homens mais e de algumas mulheres, nascidos todos depois de Jesus, que foi o primogênito. É uma realidade inegável que não se encontra nos Evangelhos e em nenhum outro livro da Bíblia nenhuma referência a outros filhos de Maria além de Jesus.

Lucas 2:7. Descrevendo o nascimento de Jesus, usa, com referência a Maria, a conhecida frase “ela deu à luz o seu filho primogênito”.

Os defensores de outros filhos de Maria apresentam Mateus 1:25 como prova para assim crerem, especialmente as palavras “conheceu” e “até”. Conhecer é um eufemismo semita para indicar as relações conjugais. Os comentaristas, de modo geral, citando a expressão “até que”, afirmam que Mateus quis especificar o que acontecera (nenhum contato) antes do nascimento de Jesus e não o que se verificou depois. Segundo nossa sintaxe, as palavras “até que” pressupõem o fim de uma situação e o início de uma outra contrária. Outros argumentam que no hebraico e no grego a expressão pode ser usada, mesmo que não haja uma mudança de situação.

O Dicionário da Bíblia, de João Davis, pág. 288, declara: “O que parece mais razoável e mais natural é que eles eram filhos de Maria depois de nascido Jesus. Que esta teve mais filhos é claramente deduzido de Mateus 1:25 e Lucas 2:7, que explica a constante associação dos irmãos do Senhor com Maria”.

Os católicos, começando por Jerônimo, sempre solícitos em defenderem o dogma da perpétua virgindade de Maria, afirmam que os chamados irmãos, nas passagens citadas, são na realidade primos de Jesus, filhos de uma irmã de Maria, mulher de Alfeu ou Clopas, segundo João 19:25. A opinião mais defendida desde a antiguidade apoia que esses irmãos eram apenas “primos – irmãos”. Os que apóiam essa ideia alegam que em todas as línguas, mas especialmente naquela falada por Jesus, o termo “irmão” tem uma elasticidade notável; emprega-se para irmão, por parte de pai ou de mãe, primo, e também para um parente mais afastado. Apresentam citações bíblicas para provar que os judeus tinham por costume chamar de irmãos a certos parentes.

A Igreja Católica, desde os primeiros séculos, sempre venerou Maria como virgem em sentido absoluto, antes, durante e depois do nascimento de Jesus. Para nós esse dogma é uma simples tradição, admitida mesmo por alguns comentaristas católicos, como podemos verificar em “Cem Problemas Bíblicos“, pág. 278, Edições Paulinas. É real que tal tradição não teria surgido se os apóstolos tivessem conhecido e mencionado autênticos “filhos” de Maria além de Jesus.

Há uma terceira interpretação, semelhante às mencionadas e que foi defendida também pelos antigos pais da igreja (Orígenes, Eusébio de Cesareia, Epifânio, Ambrósio e outros), segundo a qual José era viúvo quando se casou com Maria, e os aludidos irmãos e irmãs eram filhos de seu matrimônio anterior, com uma tal Melca, ou Esca, chamada por outros de Salomé.

Sabemos que os Evangelhos nada dizem com respeito a José, sobre seu estado de viuvez antes de seu casamento com Maria.

Apesar do silêncio dos evangelistas, esta versão é a que deve ser aceita por nós, como nos comprova o Comentário Bíblico Adventista e o Espírito de Profecia.

“Seus irmãos. Os escritores dos evangelhos tornam claro que esses eram filhos de José em razão de matrimônio anterior. O fato de que Jesus confiou Sua mãe aos cuidados de João (ver João 19:26-27) indica que os ‘irmãos’ (e irmãs) de Jesus não eram propriamente filhos de Maria. Que eles eram mais velhos que Jesus é demonstrado pela atitude deles e seu relacionamento para com o Senhor. Eles tentavam repreendê-Lo e falavam-Lhe com severidade (João 7:3-4) procurando interferir em Sua conduta por outras maneiras. Tais atitudes somente seriam cabíveis a irmãos mais velhos, segundo os costumes da época. Para quem está familiarizado coma vida nas terras bíblicas, esse argumento, por si só, parece conclusivo… “Embora esses ‘irmãos’ não cressem em Jesus naquele tempo (João 7:3-5), eles posteriormente O aceitaram e foram contados entre Seus seguidores (ver Atos 1:4)” (Comentário Bíblico Adventista, referente Mateus 12:46).

“Seus irmãos, como eram chamados os filhos de José, tomavam o lado dos rabinos” […]

“Tudo isso desgostava os irmãos. Sendo mais velhos que Jesus, achavam que Ele devia estar sob sua direção” (O Desejado de Todas as Nações, capítulo “Dias de Luta”).

O Pastor Juan Ferri defendeu tese idêntica, declarando:

1º) Que os chamados “irmãos” mencionados em Mateus 13:55 e Marcos 6:3 não são primos do Senhor.

2º) Que são pessoas diferentes e não os filhos de Maria, esposa de Alfeu, embora tivessem nomes iguais.

3º) Que a única conclusão lógica seria que fossem filhos de um primeiro matrimônio de José, o que é confirmado por antiga tradição.

A seguir apresenta as provas bíblicas que, segundo seu parecer, constituem a base dessa última conclusão. Não as transcreveremos por duas razões:

1º) Não as reputamos essenciais;

2º) Por serem muito extensas. (O Pregador Adventista, março-abril de 1949, págs.3-8).

A Castidade de José

A Igreja Católica, apoiada em ideias defendidas por Jerônimo e Agostinho, afirma que José se conservara casto não somente depois do seu casamento com Maria, mas também antes dele.

Juan Ferri, no artigo já citado, sustenta a castidade de José após o nascimento de Jesus, declarando:

“Vejo nisso nada mais do que a atitude consequente de um homem que, desde o momento em que o anjo Gabriel lhe revelara o propósito divino, compreendeu seu dever, aceitando a sagrada incumbência e se limitando a ser o que Deus queria que fosse: o pai legal e mantenedor de Jesus e o esposo legal e mantenedor de Maria […]

A sua união legal com a virgem era requerida somente como uma medida indispensável para que o bom nome daquela santa mulher permanecesse protegido de calúnia e infâmia”.

É bom frisar que ele declara ser esta uma opinião pessoal e não a posição da Igreja.

Conclusões Gerais

Tanto católicos como protestantes têm tomado posições extremadas, para as quais não se acham nenhuma base bíblica.

Não encontramos nada em o Novo Testamento a respeito da eterna virgindade de Maria; se esse fato fosse essencial para o plano da salvação ele seria apresentado.

Em contrapartida os protestantes também não podem, pela Bíblia, apresentar provas convincentes de que os irmãos e irmãs de Jesus fossem filhos de José e Maria. Russell Norman Champlin, em seu Novo Testamento Interpretado, vol. 1, pág. 396, apresenta argumentos, na sua opinião irrefutáveis de que José e Maria tiveram vários filhos. Para mim ao menos, os argumentos não são convincentes.

Em face destas duas posições exageradas, nossa posição devia estar no meio termo: Maria somente deu à luz a um filho, o nosso Salvador; e por ser virgem “antes do parto”, não há nenhuma base para crer que continuasse a sê-lo no parto e depois dele.

terça-feira, 17 de maio de 2016

É Possível ou Impossível o Arrependimento? – Hebreus 6:4-6




“É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa Palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-O à ignomínia”.

Estes versos, através dos séculos, têm deixado seus leitores angustiados e perplexos, porque, à primeira vista, parecem ensinar que não há esperança de arrependimento ou de aceitação divina para aqueles que aceitaram a Cristo e depois O rejeitaram.

Para melhor compreensão do problema, Hebreus 6:4-6 deve ser estudado juntamente com as declarações que tratam do mesmo assunto em Hebreus 10:26-31 e 12:15-17, 25-29.

Há várias interpretações sugeridas para solucionar os aparentes paradoxos desta passagem com as demais doutrinas escriturísticas, destacando-se entre estas as arminianas e as calvinistas, apresentadas por Russell Champlin, em O Novo Testamento Interpretado, vol. 5, págs. 537 e 538.

Em uma coisa os comentaristas estão de acordo: há neste trecho referências ao pecado da apostasia.

Declara o Comentário Bíblico Adventista:

“Entre as várias opiniões que têm sido sugeridas, duas são dignas de consideração:

1º) Que a apostasia aqui referida é o ato de cometer o pecado imperdoável (Mateus 12:31-32), uma vez que esta é a única forma de apostasia que é sem esperança.

2º) Que a passagem corretamente compreendida não ensina a absoluta desesperança da apostasia aqui descrita, mas uma desesperança condicional (Hebreus 6:6). A maioria dos comentaristas aceita a primeira alternativa, embora a segunda tenha méritos e possa ser baseada no grego”.

Como bem salientou Cotton: “Nada pode existir nesta passagem que nos leve a duvidar da total misericórdia de Deus, pois, do contrário, esta passagem destruiria o Evangelho”.

Deduzimos da leitura de Hebreus 6:4-6, e das outras passagens correlatas, que Paulo fala de pessoas que propositadamente rejeitaram a Cristo e os princípios do Evangelho.

As afirmações aqui consignadas pelo apóstolo trouxeram sérios problemas para a igreja cristã, especialmente durante as perseguições, quando alguns fraquejaram e posteriormente arrependidos de terem sido tíbios na fé quiseram voltar, muitas comunidades cristãs não queriam aceitá-los escudados em Hebreus 6:6.

A seguinte verdade não pode ser esquecida: Cristo está sempre de braços abertos para receber o mais indigno pecador, que reconhece o erro e apela pelo perdão como nos relata Mateus 18:22 e se comprova na triste experiência de Pedro. Em contrapartida, outra verdade escriturística deve ser lembrada: não há esperança para quem consciente e deliberadamente rejeita os ensinamentos de Cristo e o Seu sacrifício vicário em nosso favor.

Algumas ponderações esclarecedoras:

“Caíram” (6:6) significa não pecados grosseiros, mas, antes, nada menos que apostasia deliberada, uma completa rejeição e execração à fé de Cristo. No que lhes diz respeito (isto é, para si mesmos) tais pessoas expulsam Cristo de suas próprias vidas, ou rejeitam Sua reivindicação de ser o Filho de Deus, por ação similar à daqueles que procuraram livrar-se dEle ao crucificá-Lo. Desse modo expõem Cristo publicamente à vergonha” (O Novo Comentário da Bíblia, editado em português por Russell P. Shedd).

“Há aqui referências aos apostatados do cristianismo, àqueles que rejeitaram todo o sistema cristão e seu Autor, o Senhor Jesus.

O apóstolo se refere também àqueles que se uniram com os judeus blasfemos, chamando a Cristo de impostor, sustentando que Sua morte na cruz foi consequência de ser um malfeitor. Este procedimento tornou impossível sua salvação, porque de maneira obstinada e maliciosa rejeitaram ao Senhor que os resgatara. Ninguém que creia em Cristo como o grande sacrifício pelo pecado e conhece o cristianismo como uma revelação divina está aqui incluído, embora ele possa ter desventuradamente apostatado de algum aspecto da salvação de Deus.

Estão crucificando novamente a Jesus Cristo, isto é, eles mostram abertamente que julgam a Cristo como digno da morte que Ele sofreu, tornando-se um exemplo público por ter sido crucificado.

Isto mostra que é a apostasia final, pela total rejeição do Evangelho e blasfêmia ao Salvador dos homens, que o apóstolo tem em vista neste relato” (Notas de Adam Clarke sobre Hebreus 6:4 a 6).

“Algumas pessoas ficam perturbadas com estes textos, pensando que é possível que eles se refiram ao apostatado comum, que em seu coração jamais rejeitou ao Senhor, e que está constantemente pensando que algum dia voltará a servi-Lo novamente. E muitas vezes, quando ele começa a pensar seriamente em fazer isto o mais depressa possível, então o inimigo das almas o confronta com estes textos, da mesma forma que confrontou o próprio Cristo com textos da Escritura, procurando dar-lhes una aplicação errônea.

“O texto fala de indivíduos que verdadeiramente foram iluminados.Verdadeiramente provaram o dom celestial, e sabem por experiência o que ele significa. Tornaram-se participantes do Espírito Santo. Provaram a Palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro. Sua experiência alcançou as profundezas de um conhecimento definido, de forma que conheceram os explícitos fundamentos do divino dom. E então estes indivíduos se afastam de tudo isto, e, segundo o texto citado dodécimo capítulo de Hebreus, consideram o sangue da aliança, pelo qual foramsantificados, como coisa profana, comum. Desprezaram o Espírito da graça.

“O texto fala de uma deserção real que leva um homem a renunciar a coisas que ele realmente sabe serem a verdade, e a tratar com desrespeito e desprezo o Espírito Santo, cujas influências em toda a sua bendita realidade ele sentiu no próprio coração e vida.

“E tendo desertado desta maneira pode ser prontamente visto que ele se desligou de todas as influências que o atrairiam ao céu, e propositada e determinadamente se colocou numa posição sem esperança e fora do alcance de Deus. O texto mostra que ele fez isto voluntariamente – exercitou sua vontade para fazê-lo.

“Mas o pobre apostatado, em vez de exercitar qualquer poder da vontade simplesmente deixou que sua vontade fosse vencida e destronada pelos persistentes ataques de Satanás; e para todos estes, o Senhor envia muitos apelos graciosos em Sua Palavra, como (Jereremias 35:12-14, 22). De todos os benditos atributos de Deus, há um que Ele destacou como preeminente: O Senhor… tem prazer na misericórdia. Miquéias7:18” (Questions and Answers, F. M. Wilcox, vol. 2, págs. 210-212).

Livro: Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Gogue e Magogue – Ezequiel 38 e 39


Muito se tem escrito na vã tentativa de explicar convincentemente as palavras Gogue e Magogue.

As afirmações do eminente comentarista Adam Clarke são valiosas:

“É reconhecida ser esta a mais difícil profecia no Velho Testamento. Este estudo é difícil para nós porque não conhecemos nem o rei e nem o povo mencionados por ele: mas estou satisfeito porque eram bem conhecidos no tempo em que o profeta escreveu”.

O Dicionário Enciclopédico da Bíblia, da Editora Vozes, pág. 646 sintetiza:

“Gogue é uma figura apocalíptica em Ezequiel 38, chefe de exércitos hostis, que, no final dos tempos, hão de lutar contra Israel numa batalha terrível… Ele é chamado (Ezequiel 38:2) rei de Ros (desconhecido), Mosoque e Tubal (dois povos da Ásia Menor). Todo o seu território é indicado pela denominação “terra de Magogue“, que talvez signifique a terra do macedônio Alexandre Magno. Em Apocalipse 20:8 esse Magogue tornou-se uma figura independente ao lado de Gogue. O próprio Ezequiel deve ter visto neste Gogue outro Agague (Números 24:7), o inimigo hereditário de Israel”.

A. Josef Greig, professor assistente de religião na Andrews University, Berrien Springs, Michigan, assim comentou:

“Gogue e Magogue. Palavras de código hebraicas ajudam a resolver um problema, e derrubam algumas acalentadas especulações.

No capítulo 38 de Ezequiel é emitida uma mensagem de reprovação contra o misterioso Gogue, da terra de Magogue. No começo de Ezequiel há um número de oráculo descrevendo a queda dos tradicionais inimigos de Israel: Amon, Moabe, Edom, Filístia, Tiro e Egito. A destruição desses inimigos foi necessária porque Israel não poderia existir como uma comunidade pacífica e segura se fosse constantemente ameaçada por esses inimigos. No entanto, ficamos perplexos pelo fato de Babilônia não ter sido mencionada na lista dos inimigos de Israel.

Com os tradicionais inimigos de Israel destruídos, o que houve com aqueles povos e tribos que habitavam os externos limites do mundo? Ezequiel reconhece que aqueles dois constituem uma ameaça ao novo Israel, e pressente estarem mobilizando suas forças para atacá-lo (S. Vinward, A Guide to the Prophets, pág. 165). O líder desta horda pagã é Gogue, da terra de Magogue, o príncipe de Meseque e Tubal. Com ele estão a Pérsia, Etiópia, Put, Gomer e Togarma. Juntos eles atacam a região pacífica onde o povo mora nas cidades sem muros. Porém, Deus intervém e destrói esta horda pagã.

Mas quem é este Gogue, e onde fica a terra de Magogue? Gogue tem sido identificada com muitas figuras históricas do passado: nenhuma delas foi satisfatoriamente provada (SDA Bible Dictionary, pág. 408). A terra de Magogue tem sido identificada por alguns como sendo a Rússia, pelo fato de que Gogue vem do Norte (a localização geográfica da Rússia) e visto algumas versões entenderem ser Gogue o “príncipe de Rôs”, permitindo alguns interpretadores fazerem uma conexão entre Rôs e Rússia. O próximo passo neste método errôneo de etimologia é ligar Meseque com Moscou, comparando de novo um assírio equivalente a Meseque com Moscou. Ainda outro traço de falha evidência é acrescentado a este argumento, citando o historiador grego Heródoto, que chama Meseque de Moscou. Alguns foram mais longe, identificando Tubal com Tobolsk (The Septuagint transliterates the Word rosh “ head” as a proper name “Rosh”).

A solução da identificação da terra de Magogue na profecia de Ezequiel pode estar na compreensão do uso pelos hebreus de escritas secretas. A aplicação de nosso conhecimento em escritas secretas nos ajudou a compreender certas palavras da Bíblia e dos rolos do Mar Morto (H. J. Schofield, Secrets of the Dead Sea Scrolls, pág. 21).

Uma forma de escrita empregada no Velho Testamento é conhecida como Atbash. Esta palavra é formada da primeira e da última letra do alfabeto hebraico, combinada com a segunda e a penúltima do mesmo alfabeto. Apalavra Atbash é usada em Jeremias quatro vezes, sendo a mais conhecida delas a palavra Sheshach, que substitui a palavra Babilônia. As consoantes que designam Babilônia em hebraico são BBL, a segunda e a duodécima letras do alfabeto hebraico. Se contarmos as letras do alfabeto hebraico a começar do fim, a segunda letra será Sh, a qual é então substituída por B. Dois “Bb” são iguais a Sh Sh. A duodécima letra do alfabeto contando de trás para frente é K, que é substituída pela letra L. Assim, temos Sh ShK, que, acrescido das vogais apropriadas, forma – Sheshach.

Entre os rolos do Mar Morto está o Documento de Damasco, o qual em três passagens faz menção de uma obra autorizada chamada o Livro de Hagu. A palavra Hagu não tem significado por si. Mas, se acrescentarmos a ela a palavra Atbash, Hagu torna-se Tsaraph, significando “refinar, ou provar”. Assim, o título “o Livro de Hagu‘, que nada significa, torna-se ‘O Livro de Prova, ou ‘Livro de Teste’.

“Magogue, como Sheshach, é uma palavra-código para Babilônia (J. N. Schofield, Law, Prophets, and Writings, pág. 209). Todavia, o modo como foi derivada é diferente do modo como Babilônia foi derivada de Sheshach em Jeremias. Empregando o conceito de escrita enigmática, em lugar de contar do final do alfabeto para o início, usamos a próxima letra após B e L para caracteres na palavra-código. A letra que segue ao B no alfabeto hebraico é G, a letra depois de L é M; juntando essas letras teremos GGM. Em ordem inversa, isto dá MGG. Acrescentando as vogais apropriadas, teremos Magogue. Se Magogue é uma palavra-código para Babilônia, então esta nação está faltando na lista dos inimigos de Israel, mas aparece sob o nome de Magogue (Ver “Gematria”, Encyclopaedia Judaica, vol. 7, págs. 369-370).

Podemos também sugerir que o nome Gogue é derivado de Magogue, usando as últimas duas letras da palavra e juntando-as a MGG. Gogue (GG) representaria possivelmente o chefe (rei) da terra de Magogue simplesmente porque se presta a uma ordem de letras com MGG. Assim, a solução de nosso problema Gogue-Magogue pode estar na direção de melhor compreensão do antigo uso hebraico de nomes enigmáticos ou códigos.

O que significa isto para o evangelista que pregou sobre a Rússia na profecia bíblica? Francamente, não há base para pregar sobre a Rússia como assunto específico das profecias de Ezequiel 38 e 39. As questões feitas por Alger Johns (The Ministry, setembro, 1962, pág. 31) devem ser lidas novamente com grande proveito, especialmente as que falam da necessidade de pregar somente sobre fatos sustentáveis e baseados em exegese segura.

As hordas pagãs mencionadas em Ezequiel, contudo, podem ser usadas para descrever simbolicamente os poderes do mal, que sempre estiveram e sempre estarão em conflito com o reino de Deus até o triunfo final de todas as coisas. O comunismo ateísta bem poderia colocar-se entre esta descrição dos inimigos de Deus, mas ela é referente a um símbolo muito mais abarcante que o próprio comunismo. Gogue e Magogue são usados simbolicamente em Apocalipse 20, para as nações da ímpia assembleia de Satanás, reunida após o milênio para atacar a Nova Jerusalém. Lá a hoste dos ímpios é destruída por Deus, que envia fogo do céu para consumi-los. Apesar de a vitória dos bons sobre os maus não ter sido absolutamente assegurada na história de nossos tempos, um dia ela o será. Até que chegue esse dia, temos de estar vigilantes quanto a qualquer poder que se levante contra Deus, como Seu inimigo, e enfrentá-lo resolutamente com a Palavra de Deus nas Santas Escrituras”.

Pedi ao Pastor S. J. Schwantes que lesse este artigo e me desse a sua opinião. Com sua inconteste autoridade, disse o seguinte:

“O argumento deste artigo deixa muito a desejar. Mesmo que se admitisse que Magogue é uma palavra-código para Babilônia, quando é que esta Babilônia atacou a terra de Israel e foi destruída pelo poder de Deus? Não pode ter sido antes de 539 a.C. E, depois desta data, Babilônia não mais exerceu liderança política ou militar neste mundo. O império babilônico foi substituído pelo império dos Medos e Persas. Não há evidência de que Ezequiel tenha usado o sistema atbash em caso algum”.

O Comentário Bíblico Adventista, referindo-se a Ezequiel 38:2, diz:

“Gogue. Este é o nome escolhido por Ezequiel para designar o líder das hostes pagãs que atacaria o Estado Judeu restaurado após o retorno dos exilados (veja Ezequiel 38:14-16). Os esforços para identificá-lo com qualquer personagem histórico mostraram-se até agora infrutíferos. A raiz de onde se deriva o nome é desconhecida. A Palavra ocorre 13 vezes nas Escrituras, mas nenhuma das referências lança qualquer luz sobre seu significado. Gogue aparece em 1Crônicas 5:4 como o nome de um dos filhos de Joel, da tribo de Rúben. Em Apocalipse 20:8 é usado em conexão com Magogue para simbolizar as nações dos ímpios, a quem Satanás reúne após o milênio para atacar Cristo e apoderar-se da Nova Jerusalém. As 11 ocorrências em Ezequiel (38:2, 3, 14, 16, 18; 39:1, 11, 15) descrevem o líder de uma vasta coalizão de nações pagãs. Gogue é também a variante que aparece no Pentateuco Samaritano e na LXX em lugar de Agague, em Números 24:7. Uma forma composta, Hamom-Gogue – “a multidão de Gogue” (ou as forças de Gogue), é usada em Ezequiel 39:11 e 15, nome este que é aplicado ao vale no qual seriam sepultadas as multidões de Gogue. Todas estas referências bíblicas não derramam qualquer luz sobre a identidade de Gogue, e a única indicação quanto a sua origem está em 38:15, onde é feita a declaração: “Virás, pois, ao teu lugar, das bandas do norte”.

Outra sugestão relaciona Gogue com o país bárbaro de Gagaia, que é mencionado nos tabletes de Tell-el-Amarna. Contudo, Gagaia é um país e não uma pessoa, como representa ser o Gogue de Ezequiel. Em realidade não é necessário encontrar um Gogue nos registros históricos. Gogue é muito provavelmente um nome imaginário, pelo qual Ezequiel descreve o líder das hordas pagãs, que fazem uma final investida sobre Israel, após sua restauração, e numa ocasião quando estão desfrutando da prosperidade prometida por Deus sob condição de sua obediência.

A terra de Magogue. Ou “da terra de Magogue“. O “Magogue” de Ezequiel era a terra natal de Gogue, e como “Gogue” seu sentido é obscuro. O título foi provavelmente formado pelo próprio Ezequiel, prefixando “ma” ao nome “Gog”. “Magogue” ocorre cinco vezes nas Escrituras. É usado duas vezes em Ezequiel (38:2 e 39:6) como a terra de Gogue; uma vez em Apocalipse 20:8, para as nações dos ímpios; e em Gênenesis 10:2 e 1Crônicas 1:5 para os filhos de Jafé. Alguns, havendo identificado Gogue como Giges, rei da Lídia, sugerem que Magogue precisa necessariamente ser a Lídia. Não há, contudo, prova histórica disto. Uma tribo bárbara chamada Magogue é mencionada numa carta de um rei babilônico (ver o comentário a Gênesis 10:2).

Estes dois nomes, Gogue e Magogue, têm ocasionado muita especulação. A antiga tradição judaico identificava Magogue com os ‘citas’ (Josefo, Antiguidades, i.6.1.). O mesmo é sugerido por Gesenius em seu léxico hebraico.

Contudo, esta identificação de Magogue com os ‘citas’ ainda repousa sobre conjecturas. Como Gogue, o nome é provavelmente imaginário, provavelmente para se evitar de propósito uma identidade demasiado aproximada, como é muitas vezes ocaso em profecia preditiva, para que tal identidade na predição não impeça seu cumprimento.

Outras interpretações fantasiosas de tempos em tempos têm identificado Magogue com várias nações ou com indivíduos. Poder-se-ia reunir uma vasta biblioteca de legendas sobre Gogue e Magogue. Em muitas delas a história diz respeito a um muro para manter de fora Gogue e Magogue. Este muro tem sido situado em muitos países, da Grécia à China, dependendo da nacionalidade da legenda. A ruptura do muro abriu caminho para que as forças destrutivas de Gogue e Magogue fizessem sua obra. Em algumas das legendas esses eventos estavam relacionados com o aparecimento do anticristo, ocasião em que Gogue e Magogue (os povos selvagens do norte do Cáucaso), anteriormente encerrados atrás dos portões por Alexandre, o Grande, seriam soltos (ver L.E. Froom, Prophetic Faith of Our Fathers, vol. 1, págs. 555, 583, 584, 586 e 662).

Príncipe. Do hebraico nesi’ ro’sh. Nesi’ significa “príncipe”, e ro’sh pode ser “chefe”. Contudo a LXX o traduz como um nome próprio, e o mesmo faz a Almeida Revista Atualizada com a sua tradução “Rôs”. Qualquer que seja a tradução adotada, o ensino geral da profecia permanece o mesmo. Se se considerar ro’sh como representando uma nação de pessoas, ainda temos o problema de identificar o povo ou seu território.

Contudo, é questionável que seja adequado traduzir ro’sh como um nome próprio, “Rôs”. A palavra é muito comum no hebraico, ocorrendo mais de 600 vezes no Velho Testamento. Seu significado básico é “cabeça”, e na King James Version não é em parte alguma traduzido como nome próprio, exceto em Gênesis 46:21, onde é o nome dado a um dos filhos de Benjamim. Naturalmente existe a possibilidade de que uma palavra que ocorre mais de 600 vezes com a ideia básica de “cabeça” possa em realidade tornar-se um nome próprio em um ou dois casos. Talvez a mais forte evidência reclamada em apoio da tradução “Rôs” seja o testemunho da LXX. A LXX foi traduzida no 3º e 2º séculos antes de Cristo, e por alguma razão seus tradutores adotaram a versão “Rôs”. Se em seus dias eles conheciam ou não uma terra chamada “Rôs”, não podemos afirmar.

Há uma consideração sintática que tende a favorecer um nome próprio aqui. Se a palavra ro’sh for aqui usada como adjetivo, normalmente se esperaria que tivesse um artigo, visto que ela modificaria nesi’, que no hebraico é definido por estar no estado construto com um substantivo próprio, neste caso, “Meseque”. Exemplos de tais construções, onde o adjetivo que modifica o nome no estado construto é definido pela afixação do artigo, são: Jeremias 13:9, “a muita soberba de Jerusalém”; Esdras 7:9, “a boa mão do seu Deus”. O adjetivo encontra-se em Ezequiel 38:2, sem o artigo, proporcionando um pretexto para traduzi-lo como nome próprio, uma vez que nomes próprios não levam artigo. Mas a evidência não é de modo algum conclusiva. Às vezes tal adjetivo é ele próprio colocado no estado construto, e está, portanto, sem o artigo no hebraico (ver, por exemplo, 2Samuel 23:1; 2Crônicas 36:10). Uma notável exceção à regra precedente é também encontrada em 1Crônicas 27:5, onde a expressão hakkohen ro’sh, “sacerdote chefe”, ocorre. Ali, “sacerdote” tem o artigo, e o adjetivo “chefe” está sem o artigo. Isto, contudo, é considerado pelos editores do texto hebraico como um erro, sendo que o artigo naturalmente pertence ao adjetivo.

Um estudo das fontes seculares na procura de um país pelo nome de “Rôs” adianta muito pouco. Vários nomes com um som similar a “Rôs” aparecem em inscrições assírias, mas não há certeza de que qualquer deles seja idêntico com “Rôs”.

Desde o século 10º, vários exegetas têm feito tentativas de identificar “Rôs” como “Rússia”. Segundo Gesenius, os escritores bizantinos do século 10º identificavam “Rôs” sob o nome de hoi Rhõs, um povo que habitava as partes setentrionais de Taurus e que, assevera ele, eram “indubitavelmente os russos” (ver seu léxico hebraico). Ele também menciona um escritor árabe do mesmo período, Ibn Fosslan, que fala desse povo como habitando sobre o rio Rha (Volga).

A evidência histórica, contudo, mostra que o termo “Rússia” não veio de “Rôs”. Entre os eslavos que viviam no que agora é a Rússia estavam grupos de vikings chamados varangianos, que migraram do leste da Suécia. Embora haja diferentes pontos de vista quanto ao papel dos varangianos, a opinião prevalecente entre os estudiosos é que estes guerreiros-mercadores e líderes militares de origem não-eslava, chamados pelo nome “Russ” ou “Russos”, deram seu nome ao território. A tradição russa diz que Rurik, um varangiano, tomou o título de Príncipe de Novgorod (a principal cidade do norte da Rússia nessa ocasião), em cerca de 862 d.C., e que seus descendentes diretos governaram a Rússia até a morte de Feodor (Teodoro), o último governante da dinastiade Rurik, em 1598. Após vários anos de agitação, durante os quais vários pretendentes governaram pela força, um novo czar foi eleito, Michael Romanoff, cuja dinastia continuou até a revolução de 1917 (ver J. B. Bury, A History of the Eastern Roman Empire, 1912, p. 412; Bernard Pares, A History of Russia, 1944; Encyclopedia Britannica, edição 1974, artigo “Rússia”). Assim pode ser visto que qualquer similaridade de som entre “Rôs” e “Rússia” é obviamente pura coincidência. Parece não haver qualquer evidência de que o nome foi aplicado a esse país até cerca do 10º século d.C.

Meseque. O nome aparece nove vezes nas Escrituras. Em Gênesis 10:2 e 1Crônicas 1:5, Meseque é alistado como um dos filhos de Jafé. Em 1Crônicas 1:17 um provável erro de escribas alista Meseque como um dos filhos de Sem, mas sem dúvida a referência é a Más, em harmonia com Gênesis 10:23. As outras seis ocorrências referem-se a Meseque como nação. Três delas estão em Ezequiel 38 e 39; duas estão em 27:13 e 32:26, e a referência restante está em Salmos 120:5. Segundo a LXX, dever-se-ia ler também “Meseque” em Isaías 66:19 em vez de “que atiram com o arco”. Em todas as cinco ocorrências em Ezequiel (bem como em Gênesis 10:2 e 1Crônicas 1:5) está associado com Tubal, indicando que se refere aos descendentes de Jafé. Ezequiel fala deles como mercadores negociando com Tiro “objetos de bronze” bem como escravos (27:13). Nos Salmos são descritos como inclinados para a “guerra” (Salmos 120:7).

Historicamente, crê-se que Meseque represente os Moschoi dos escritores gregos clássicos (ver Heródoto iii.94; vii.78), os Mushku das inscrições assírias (ver Comentário Bíblico Adventista sobre Gênesis 10:2).

Alguns escritores, que veem a Rússia no som ro‘sh, também veem Moscou no som “Meseque“, ou Mushku, e creem que a cidade pode ter sido fundada por descendentes dos Mushku. Contudo, de acordo com a Encyclopedia Britannica, ed. 1974, Moscou não foi estabelecida antes do século 12, por George Dolgoruki. Não se pode encontrar nenhum traço de conexão entre os dois nomes”.

Livro: Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.

domingo, 15 de maio de 2016

Mateus disse “Jeremias”, e devia ser “Zacarias”



Mateus disse “Jeremias” onde deveria ser “Zacarias” – Mateus 27:9 e Zacarias 11:13
As explicações são muitas, sendo talvez as duas mais consistentes as seguintes:
1º) Numa das organizações dos livros proféticos, o de Jeremias aparecia encabeçando a lista. Este primeiro estendia o seu nome aos outros livros. Este processo aconteceu com o livro de Salmos também.
2º) Se todos reconhecem que esta citação foi feita por Zacarias 11:13, é também uma realidade que ela se combina com a ideia da compra de um campo relatada em Jeremias 32:6-15. Jeremias não faz alusão as trinta moedas de prata; em contrapartida, Zacarias não menciona a compra do campo. Mateus poderia ter escrito assim: Então se cumpriu o que foi dito pelos profetas Jeremias e Zacarias. Sendo Jeremias um profeta mais destacado, o seu nome permaneceu.
Os copistas procurando harmonizar esta divergência têm apresentado as seguintes variantes:
1. O que foi dito pelo profeta Jeremias.
2. O que foi dito pelo profeta Zacarias.
3. O que foi dito pelo profeta.
4. O que foi dito pelos profetas Jeremias e Zacarias.
As sugestões de que Mateus citou de memória, por isso errou, e que a citação foi retirada de um livro apócrifo, de Jeremias, não devem ser esposadas por nós.

Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário – Passagens Aparentemente Conflitantes – item 11

Vestígios Culturais - Pictogramas Chineses


Uma das principais evidências que o relato criacionista bíblico é verdadeiro e singular entre os demais, é a própria construção da história secular. Entre lendas, mitos e costumes inseridos nas culturas podemos encontrar enormes pontos de ligação com os primeiros capítulos do livro de Gênesis. Estes pontos apontam para uma origem, apontam para algo que realmente aconteceu e foi tão marcante que culturas em todo o planeta decidiram registrar.

Uma das mais impressionantes evidências são os pictogramas chineses. Então vamos entender primeiramente qual os pontos que devemos observar.

O que são pictogramas ?
É um símbolo que representa um objeto ou conceito por meio de desenhos figurativos. Pictografia é a forma de escrita pela qual ideias e objetivos são transmitidos através de desenhos. Ossos encontrados em Honan (China) mencionam governantes da dinastia de Shang (1766 a. C. – 1123 a. C.), o que nos dá a certeza de que a escrita chinesa tem pelo menos essa idade. Certamente é a língua usada na atualidade que é mais antiga.A língua chinesa contém cerca de 600 símbolos básicos, que são palavras básicas. Outras palavras podem ser formadas pela combinação desses símbolos básicos para as figuras mais complicadas. 

China antes de Buda
Quando falamos em 2.000 a.c estamos falando de um período anterior ao budismo, pois a nascimento de Buda se deu por volta de 600 a.C. A língua chinesa teve origem por volta de 2.500 a.c e o livro de Gênesis foi escrito quase mil anos depois disso. Então uma breve cronologia seguiria esta ordem :

-3.000 a.c - Evento "torre de babel"
-2.500 a.c - Início da escrita chinesa
-1.400 a.c - Gênesis foi escrito por Moisés
-600 a.c - Nascimento de Buda
-240 a.C - Início do Budismo como Religião.

Antes de Buda e do Budismo, a religião chinesa era muito parecida com a religião do povo que habitava a terra após a evento da "torre de babel". Durante as três primeiras dinastias (Hsia, Shang e Shou) ou chineses adoravam a um único Deus. Este Deus era chamado por eles de "Shang Di", que traduzido quer dizer "Deus dos céus".

Chineses migraram para o Oeste
Depois da "torre de babel", a bíblia nos ensina que as nações foram espalhadas pela terra.  Isso ocorreu mais ou menos 500 anos antes do surgimento da escrita chinesa. E de acordo com os estudos sobre a origem do povo chinês, sabe-se que eles migraram da região onde hoje está localizado o Iraque, antiga Babilônia. Por coincidência, esta região era onde se localizava a torre de babel. E como evidência criacionista de que o relato bíblico é fiel, todas as nações se originaram deste evento. Então qualquer vestígio cultural que possamos encontrar, nos remete a origem deste costume e de onde ele veio.

Rastreando a migração dos antepassados chineses, eles deveriam vir do Oeste se isolando por trás de cadeias de montanhas que em determinado período ficou inacessível aos demais povos. Isso explica a singularidade física do povo chinês em relação aos outros povos. O isolamento genético fez seu trabalho nos séculos a seguir, deixando os chineses com uma característica ímpar.



Podemos ter certeza disto analisando o primeiro pictograma chinês. Perceba que os pictogramas simples das palavras Grande, Divisão, Oeste e Passeio, formam o ideograma ( que exprime a ideia) de Migrar. Então concluímos que a formação dos ideogramas são fundamentados em experiências reais.

Podemos achar que talvez isto seja uma coincidência contida no idioma chinês, no meio de tantos símbolos talvez alguns realmente tenham algo em comum. Um argumento comum dos céticos quanto à universalidade dos relatos bíblicos, sobretudo os eventos do Gênesis (a Criação, o Éden e o Dilúvio), é a de que civilizações antigas como a China não têm [aparentemente] nenhuma ligação cultural e religiosa com a visão teísta-criacionista das Escrituras.Entretanto, os autores C. H. Kang e a Dra. Ethel R. Nelson, em sua obra “Descoberta do Gênesis na Língua Chinesa” (The Discovery of Genesis) – que, aliás, já está na minha lista de aquisições urgentes – mostram justamente o oposto. Publicado em 1979, foi lançado em português somente em 2011, pela SCB.
A Dra. Ethel R. Nelson explica: 

“Um estudo dos mais antigos escritos Chineses, artigos de bronze e oracle bone writing [escritos em cascos de tartarugas ou ossos, feitos por adivinhadores], apoia a ideia de seu [dos chineses] conhecimento detalhado do mundo pré-diluviano. Estas formas de escrita primitiva são mais pictográficas (pictogramas) do que a taquigrafia de hoje. Os caracteres mais primitivos e básicos, chamados ‘radicais’, servem como o ‘ABC’ da escrita. Quando os radicais são combinados, eles formam um tipo de caractere mais complexo, chamado ‘ideograma’, que relata uma história ou conceito.”
A evidência dos relatos do Gênesis na escrita milenar dos chineses é algo precioso histórica, cultural e teologicamente. Como bem frisou Paul Zimmerman, presidente do Concordia Teachers College (River Forrest, Illinois):

“À semelhança de arqueólogos pacientes e cuidadosos, os autores ajuntaram as evidências. Muitos hão de concordar. Outros, sem dúvida, colocarão em cheque este trabalho. Mas, as evidências parecem pedir que se cave mais fundo, pois não podem ser ignoradas. Não, as evidências não podem ser colocadas de lado, como se os pontos correspondentes entre os 6 ideogramas chineses e o Gênesis fossem mero produto do acaso. Não, este livro clama por consideração muito mais séria.”

Vamos analisar alguns pictogramas encontrados na escrita chinesa que apontam para os primeiros capítulos do livro de Gênesis.


A bíblia em Gênesis 2:27 traz a seguinte narração : "Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente." Perceba a conexão entre os pictogramas. A palavra "Boca", também representa "homem" ou "pessoa", por este ideograma podemos entender que "uma pessoa viva de pó". Ainda podemos relacionar a palavra "falar" com "caminhar" para formar o pictograma "criar" em chinês. 


Ainda podemos relacionar as palavras VIVO, PÓ, HOMEM e formar o Ideograma PRIMEIRO em chinês. Seria muita coincidência estes ideogramas comporem justamente as palavras que confirmam o relato bíblico.


No princípio o homem desfrutava de uma comunhão com Deus. Havia verdadeira felicidade no relacionamento entre o homem e Deus. No jardim Deus abençoou o homem vivente, e no jardim desfrutou de felicidade e comunhão. Confira os relatos em Gênesis 1:26 ou Gênesis 3:9.


Uma criança chinesa pode em algum momento ter perguntado de onde veio o primeiro homem. Como já vimos anteriormente, os chineses migraram do oeste. E o ideograma de representação da palavra "OESTE" é composto pelas palavras UM, HOMEM e JARDIM FECHADO.


Esta mesma criança podia ter perguntado sobre a origem da primeira mulher. E mais uma vez os ideogramas mostram uma fina sintonia com o primeiro livro da Bíblia. A mulher foi desejada pelo homem e podemos observar que a palavra "OESTE" aparece nas duas concepções de ideogramas. Gênesis 2:18.


Na Bíblia também também encontramos o relato de como começou a humanidade. Foram com duas pessoas, Adão e Eva.  E delas toda a humanidade se originou.


Em Gênesis 2:8-9 lemos que Deus plantou um jardim no oriente. E que haviam muitas árvores, mas apenas duas especiais. E que Deus havia proibido o homem de comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Leia Gênesis 2:16-17. O homem foi proibido de comer o fruto de uma árvore, e se desobedecesse a outra (Árvore da Vida) seria tirado dele também.


Em Gênesis 3:1-8 lemos que a serpente, enganou a mulher. E após isso, homem e mulher cobiçaram o fruto proibido da árvore do conhecimento do bem e do mal e ambos pecaram diante de Deus. Como já vimos, a palavra desejar tem contida a palavra mulher. E se mudarmos para cobiça, temos a ideia formada de DUAS ÁRVORES com uma MULHER. 


Sabemos pela Bíblia que satanás, o tentador foi responsável por induzir Adão e Eva ao pecado no jardim do Éden. Na palavra diabo temos a ocorrência de um segredo contado em um jardim para as pessoas. E na palavra "tentador" temos a ocorrências das duas árvores.



O livro de Gênesis também relata o que aconteceu imediatamente após ter comido o fruto proibido. Adão e Eva viram que estavam nus. Uma das palavras que descreve "homem" é associada a palavra "fruta" para compor a ideia de "nudez".


Sabemos que houve um castigo aplicado ao homem e a mulher por desobedecer os conselhos de Deus. Ao homem foi dito que com suor tiraria o alimento da terra, e a terra produziria ervas daninhas. A mulher sentiria dor no parto e isto seria uma espécie de punição pelo erro cometido. As ideias de dor e tristeza são compostas por elementos das histórias relatadas em Gênesis.



Quando analisamos o grande dilúvio global que Gênesis relata, vemos que apenas oito pessoas se salvaram. A ideia de "navio" é composta pelas palavras "boca", "oito" e "barco". Logicamente o evento foi tão marcante nos descendentes de noé que ficou registrado na escrita.


Até para formarmos a ideia de "total" temos que unir as palavras OITO, UNIDOS e TERRA. Fazendo uma clara alusão ao oito sobreviventes da arca de noé que formaram a totalidade dos seres vivos após o dilúvio.


Conforme a Bíblia, o dilúvio se estendeu por toda a terra. Se adicionarmos a ideia de ÁGUA e a ideia de TOTAL, temos o ideograma que representa DILÚVIO ou INUNDAÇÃO. 


 O estudo destes pictogramas evidencia o fato de quê o registro de Gênesis não é exclusivo do povo hebreu. Outro fato a se atestar é que o registro de Gênesis é fiel ao que realmente aconteceu. A tradição oral e os vestígios culturais ficaram presos ao tempo e nos mostram evidências de que a verdade está presente nos dias atuais.



sábado, 14 de maio de 2016

20-A Verdade Sobre A Sua Decisão DVD - A Verdade

Você fez todo esse estudo sobre - A Verdade - então está na hora de tomar uma importante decisão em sua vida. Agora é a hora dessa decisão, a entregar-se às verdades bíblicas te conduzirá a uma vida maravilhosa em comunhão com Deus.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

19-A Verdade Sobre Os Princípios Bíblicos De Saúde DVD - A Verdade

A Saúde é fundamental para todos nós. Podemos observar na própria Bíblia que Deus cuidou dessa parte também. Veja o que devemos fazer e quais as orientações que nos foram deixada pelo nosso Criador.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O véu do templo

 
"Farás também um véu de estofo azul, púrpura e carmesim, e de linho fino retorcido, com querubins, obra de artífice se fará. (Ex 26:31)
A cortina ou véu era a divisória entre o lugar santo e o santíssimo, era o limite para as funções do sacerdote. O véu era bordado com imagens de querubins para apresentar um quadro de um ambiente celestial.
 
Pensamos por instantes no privilégio que deve ter sido contemplar aquele lindo véu. Por muito tempo aquele belo tecido foi objeto de admiração e respeito. Os pilares que sustentavam aquela cortina foram feitos de madeira de acácia revestidos com ouro, firmados com ganchos de ouro.
 
Somente o sumo-sacerdote poderia ultrapassar aquela cortina, isso ocorria no dia da expiação para interceder em favor da nação.
 
O véu é descrito como um trabalho hábil. Os trabalhadores que o produziram foram especialmente escolhidos sob a direção do Espírito Santo.
 
As figuras dos querubins estampados no véu eram imagens de seres angelicais da mais alta ordem que simbolicamente guardavam a entrada. O caráter deles era beleza e poder, que ultrapassam qualquer linguagem humana.
 
Símbolos de querubins eram usados por outros povos semíticos, embora parecendo com leões alados e touros, para vigiar os templos e palácios. Ezequiel nos deu a impressão que estes seres angelicais têm ambas as características de homens e animais (Ez 10). Eram simbolos da presença protetora de Deus ao santo dos santos. Era como se Deus tivesse colocado guardas continuamente na entrada. Eles foram colocados à entrada do Jardim de Eden após Adão e Eva terem caído em pecado, para proteger a o acesso a árvore de vida (Gn 3:24).
 
O véu era um quadro gráfico da vida de Jesus e seu ministério. Como o véu no Tabernáculo escondeu a glória de Deus, assim a glória divina de Deus era escondida durante o ministério terrestre dEle (Jo 1:1, 14, 18). Paulo escreveu, "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas a si mesmo se esvaziou tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens". (Fl 2:6-7). Cristo que é da mesma natureza e essência de Deus se esvaziou, ou assumiu as limitações de humanidade sem se render quaisquer dos atributos dele como deidade. Ele permitiu a limitação de alguns dos direitos divinos dele voluntariamente durante o ministério terrestre. Em um certo momento de seu ministério, Ele revelou a sua glória a alguns discípulos quando foi transfigurado ante eles (Mt 17:2).
Assim, Jesus é representado no tabernáculo quando olhamos para o véu ou cortina, pois é Cristo quem se põe entre nós e Deus.
 
Antes do rasgar do véu, nenhum gênero humano teve acesso direto à presença de Deus. O próprio Deus rasgara de forma profunda o véu que era a divisão que separava a humanidade pecadora por 1500 anos.
 
Este véu foi rasgado quando Cristo morreu na cruz "Neste instante o véu do templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo. Tremeu a terra, e fenderam-se as rochas" (Mt 27:51).
 
Muitos críticos da Bíblia negam que o rasgar do véu foi caso de intervenção divina. Alguns até acreditam que o terremoto foi o motivo para rasgar o véu, porém, isso seria impossível. O véu pode ter caído ao chão durante o terremoto, mas a Bíblia apresenta que o mesmo foi rasgado de alto a baixo. Além disso o texto claramente apresenta que o terremoto foi posterior ao rasgar do véu. Se um terremoto tivesse causado tal rompimento do véu, outras partes do tabernáculo também teriam sido afetadas, o que não foi o caso.
 
Outros reivindicam que os próprios homens rasgaram o véu, mas seu tamanho e espessuras fazem esta reivindicação quase inconcebível. O fato ocorreu no momento da morte de Jesus Cristo (15h), a nona hora, e naquele momento, os homens estavam ocupados no Templo preparando o sacrifício de noite. Centenas de pessoas estavam na área do templo, e todo olho ali pôde testemunhar este evento milagroso. Temor e assombro devem ter golpeado as pessoas que viram o golpe divino de Deus rasgando o véu pela metade. O espaço mais sagrado agora apresentava um inútil quadro mostrando que todos eram iguais e tinham outro mediador.
 
Jesus, o verdadeiro sumo-sacerdote tinha aberto o caminho para os homens a um acesso direto a presença de Deus pelo sangue de seus méritos (Hb 6:19; 9:3-15; 10:19).
 
O véu rasgado é um quadro do corpo rasgado de Cristo que tornou possível adorar a Deus em seu trono. A mesma mão que rasgou o véu no Templo rasgou o corpo de Jesus.
 
Bom é, saber que a qualquer momento os cristãos podem vir a qualquer hora à presença de Deus com a confiança que nós obteremos clemência e graça para achar ajuda em tempo oportuno.

Weber Marques e Adriano Euzébio

18-A Verdade Sobre A Oração DVD - A Verdade

A oração é o meio em que podemos conversar com o nosso Pai Celestial. Veja o que as escrituras sagradas ensinam referente a realização de uma oração verdadeira e fervorosa

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Dificuldades no Sexo - Sem Tabus

Todo mundo sonha com o sexo perfeito, ser um casal perfeito com uma química e uma harmonia 100% incrível. Mas essa realidade não existe. Casais tem dificuldade no sexo sim, e dá pra resolver! Para conversar sobre esse assunto, convidamos o psicólogo Augusto Maia.

17-A Verdade Sobre Os Dízimos E As Ofertas DVD - A Verdade

A Bíblia também tem orientações preciosas sobre a parte financeira em nossa vida. Veja o que Deus nos ensina sobre esse assunto.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Comer carne está matando os seres humanos

 
 
Uma revisão de seis estudos que avaliaram os efeitos de dietas carnívoras e vegetarianas concluiu que todas as causas de mortalidade são maiores para aqueles que comem carne, particularmente vermelha ou processada, em uma base diária. A meta-análise envolveu mais de 1,5 milhão de pessoas, foi conduzida por médicos da Clínica Mayo, no estado americano do Arizona, e publicada no Journal of the American Osteopathic Association. Há pouco tempo, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer das Nações Unidas afirmou que a carne é uma substância cancerígena tão perigosa quanto o plutônio ou o tabagismo. A nova análise corrobora essa visão. Apesar da variabilidade dos dados, os pesquisadores concluíram que o aumento da ingestão de carne vermelha, especialmente a vermelha e processada, está associado com o aumento da mortalidade por qualquer causa.

O estudo acompanhou mais de um milhão de pessoas e considerou a associação de mortalidade e carne processada (como bacon, salsicha, salame e presunto), bem como carne vermelha não processada (como carne não curada nem salgada de vaca, porco e cordeiro).

A meta-análise de 2014 examinou as associações com mortalidade por doença cardiovascular e doença isquêmica do coração. Nesse estudo com mais de 1,5 milhão de pessoas, pesquisadores descobriram que a carne processada aumenta significativamente o risco de mortalidade por qualquer causa.

Além disso, uma revisão com mais de 500 mil participantes feita em 2003 revelou uma diminuição do risco de 25% para quase 50% de todas as causas de mortalidade em pessoas com consumo muito baixo de carne em comparação com pessoas com alto consumo.

Os cientistas também descobriram um aumento de 3,6 anos na expectativa de vida das pessoas que levavam uma dieta vegetariana durante mais de 17 anos, em comparação com os vegetarianos de curto prazo.


Nota: Adicione ao vegetarianismo o exercício físico, consumo adequado de água e a dispensa de bebidas como os refrigerantes, abstinência de álcool, exposição adequada aos raios solares, descanso (horas de sono suficientes e uma pausa semanal, no sábado) e a confiança em Deus, e você estará vivendo exatamente como prescreve a Bíblia Sagrada. E funciona porque quem recomendou esse estilo de vida foi o Criador do ser humano. Para mais dicas de saúde, clique aqui. [MB] 

16-A Verdade Sobre A Conduta De Um Cristão DVD - A Verdade

O que as escrituras falam sobre a conduta de um cristão? Como devemos agir e ao mesmo tempo ser exemplo para as outras pessoas? Veja como nossa conduta pode influenciar a vida de outras pessoas.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

15-A Verdade Sobre O Dom De Profecia DVD - A Verdade

Será que qualquer pessoa pode ter o dom de profecia? Descubra nesse emocionante tema sobre o tom de profecias que envolve assuntos como línguas estranhas e outros.

domingo, 8 de maio de 2016

14-A Verdade Sobre O Batismo DVD - A Verdade

Veja a incrível profecia que João Batista realizou a respeito do Messias. Isso também envolve o Batismo, muito importante e fundamental para nossa decisão sobre a aceitação de Jesus em nossas vidas.

sábado, 7 de maio de 2016

13-A Verdade Sobre A Igreja Verdadeira DVD - A Verdade

Conheça e estude sobre as características da igreja de Deus.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

12-A Verdade Sobre O Juízo Final DVD - A Verdade

Um tema que atualmente tem mexido com as estruturas humanas. Conheça toda a verdade sobre esse grande dia.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

11-A Verdade Sobre O Santuário DVD - A Verdade

Descubra como foi o processo do santuário que existiu na terra e em seguida com mais detalhes sobre o santuário celestial.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

As dispensações da Bíblia

 
Quais são as dispensações que Deus nos concedeu? Estamos sob a dispensação da graça?

Alberto R. Timm

 Muita especulação tem havido sobre o número e a natureza das dispensações ou sistemas de relacionamento entre Deus e a raça humana. A grande maioria dos “dispensacionalistas” contemporâneos alega (1) que a história bíblica está dividida em sete dispensações distintas; (2) que Deus possui ainda hoje propósitos salvíficos diferentes para Israel e para a Igreja; e (3) que vivemos hoje sob a “dispensação da graça”, enquanto os israelitas estiveram, do Sinai à morte de Cristo, sob a “dispensação da lei”.

Por mais atrativos que os diagramas dispensacionalistas possam parecer, eles carecem de fundamentação bíblica. A divisão da história da salvação em sete dispensações distintas, como proposta pelos dispensacionalistas, não deriva de uma exegese acurada dos textos bíblicos onde aparecem os termos gregos oikonomia(traduzido como “dispensação” em Ef 1:10; 3:2 e 9; Cl 1:25) ou aión (traduzido como “era[s]” em Lc 20:35; Jd 25), e nem sempre é sugerida pelo consenso geral das Escrituras. Tal divisão não passa, portanto, de um esquema artificial, arbitrariamente imposto às Escrituras, que acaba retalhando a unidade tipológica da Palavra de Deus.

A própria Bíblia divide a história humana em duas grandes dispensações, interligadas através de um relacionamento tipológico. A primeira delas é a dispensação do Antigo Testamento, que se estendeu da queda do homem à morte de Cristo; e a segunda é a presente dispensação do Novo Testamento, que iniciou com a morte de Cristo e prossegue até a Sua segunda vinda. A epístola aos Hebreus define o relacionamento tipológico existente entre ambas as dispensações ao mencionar que a primeira foi um tipo (“figura” ou “sombra”) da segunda; e que esta, por sua vez, é o antítipo (realidade ou concretização) da primeira (ver Hb 7:10).

Já a teoria dispensacionalista de uma permanente distinção entre Israel e a Igreja desconhece completamente o conceito neotestamentário de que em Cristo todas as distinções raciais e étnicas foram desfeitas. Paulo é claro em afirmar que em Cristo “não há distinção entre judeu e grego” (Rm 10:12), e que todos os que estão em Cristo são também “descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gl 3:26-29; ver Hb 11:8-16).

Sérias implicações teológicas estão associadas à falsa dicotomia dispensacionalista de que sob a antiga dispensação israelita “da lei” os pecadores eram salvos “pela lei” sem a graça, e que sob a presente dispensação cristã “da graça” as pessoas são salvas “pela graça” sem a lei. Se todos os seres humanos de todas as épocas são igualmente pecadores (Jr 13:23; Rm 3:23; Ef 2:1-3), como foi possível que alguns deles puderam ser salvos pelos seus próprios méritos de obediência à lei? Não teria Deus sido injusto para com as pessoas do Antigo Testamento, ao impor-lhes um plano de salvação legalista, bem mais severo do que o do Novo Testamento?

Uma análise detida do conceito bíblico de salvação revela o fato de que os pecadores foram, sob ambas as dispensações e em todos os tempos, sempre salvos pela graça (Sl 6:4; Is 55:1-4; Ef 2:8 e 9), justificados pela fé (Gn 15:6; Hb 2:4; Rm 5:1) e julgados pelas obras (Dt 28; Mt 5:16-21; 25:31-46; Ap 20:11-13). Isso significa, em primeiro lugar, que o Antigo Testamento não ensina um caminholegalista de salvação. É interessante notarmos que, mesmo no concerto do Sinai (ver Êx 19:24), Deus primeiro salvou o Seu povo da escravidão do Egito (Êx 20:1 e 2) para depois proclamar-lhe o Decálogo e exigir a obediência (Êx 20:3-17). Por semelhante modo, o Deuteronômio “não ensina”, de acordo com Gerhard von Rad, “um caminho legalista”, pois nele os imperativos da obediência requerida são sempre uma resposta de Israel aos indicativos da salvação anteriormente provida pelo Senhor. Além disso, todos os sacrifícios oferecidos sob a antiga dispensação prefiguravam em símbolos a suprema revelação da graça salvífica de Deus na morte de Cristo como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29).

Por outro lado, a nova dispensação não ensina um caminho antinomista (sem lei) de salvação. A falsa teoria de que a graça de transgressão da lei” (I Jo 3:4) e a lei fosse abolida, então não existiriam mais pecadores e, conseqüentemente, não haveria mais necessidade de salvação. Paulo refuta esta teoria ao afirmar que a fé não anula a lei moral (Rm 3:31; ver Mt 5:17 e 18), pois o problema do pecado não está na lei, que é santa, justa e boa (Rm 7:12), mas no próprio pecador que precisa ser regenerado pela graça de Deus (Rm 3:23). Aqueles que verdadeiramente aceitam o dom gratuito da salvação de Deus em Cristo passam da condenação da lei (Rm 8:1-4) para a conformidade com a lei (Hb 8:8-10).

Fonte: Sinais dos Tempos, outubro de 1997, p. 29 (usado com permissão)


domingo, 1 de maio de 2016

Falta-me fé para ser ateu - Dr. Marcos Eberlin

Papa Francisco blasfema contra Deus

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