domingo, 22 de março de 2015

Natureza Humana de Cristo

Natureza Humana de Cristo
By Joe Crews

INTRODUÇÃO

A falsificação mais perigosa é aquela que mais se assemelha à verdade. É por isso que as falsificações religiosas são tão mortais, embora frequentemente toleradas ao invés de serem identificadas e expostas. Os Cristãos, em geral, têm medo de serem mal compreendidos se se posicionarem contra algo que se parece tanto com a coisa mais pura na religião. Já que geralmente existe apenas uma fina linha separando o melhor do pior, o falso do verdadeiro, eles temem ser acusados de atacar o genuíno, caso se oponham à falsificação.

Será que Satanás fabricou algum tipo de falsificação da mais sagrada das doutrinas do Cristianismo? De fato ele a fabricou! E as delicadas diferenças têm levado até mesmo teólogos e eruditos muito reticentes a se oporem a ela abertamente.

Muitos sinceros Cristãos argumentam que as visões paralelas são tão próximas que nenhuma dúvida deveria existir sobre isso. Outros acreditam que a diferença é basicamente semântica e envolve apenas graus de significado no uso das palavras.

Seria possível que nosso poderoso adversário psicológico pudesse antecipar essas imprevisíveis reações humanas e habilidosamente criar sutis desvios da verdade que dificilmente seriam reconhecidos e resistidos? De fato, eu creio que ele seria um tolo se não explorasse seus seis mil anos de experiência nas ciências mentais! É por isso que o caminho do erro sempre jaz tão perto do caminho da verdade inegável. Satanás apostou que o professo Cristão relutaria em tomar posição contra algo tão próximo da verdade, especialmente se tal verdade envolvesse a obra da cruz, ou a imaculada vida do Filho de Deus. Quem gostaria de se posicionar contra essas santas realidades? Parece mais seguro simplesmente tolerar a posição deturpada do que se arriscar a ser mal compreendido ao atacar a falsificação quase perfeita.

Estou convencido de que Satanás engenhosamente produziu e popularizou um erro disfarçado, gerando assim uma rede de erros relacionados. E todos esses erros circulam em torno dos assuntos mais sagrados e queridos ao coração de um Cristão comprometido -justificação pela fé, a encarnação de Jesus, e a vitória sobre o pecado.

Não pode haver dúvida de que as séries de visões errôneas estão relacionadas umas às outras por uma convincente cadeia de lógicas e razões humanas. Se um ponto é verdadeiro, então todos os outros pontos devem, necessariamente, também ser verdadeiros. Mas se um ponto estiver em erro, os outros pontos perdem sua credibilidade.


O PECADO ORIGINAL

É muito provável que a cadeia de erros tenha sido iniciada pela inserção da doutrina do pecado original na teologia da igreja primitiva. Começando com a posição biblicamente válida da natureza carnal inerente ao homem, a qual o predispõe a pecar, a idéia gradualmente evoluiu para que a culpa de Adão também fosse imputada a seus descendentes. Agostinho foi responsável, mais do que qualquer outro, por propagar esta visão da culpa transmitida. Através de Lutero e dos reformadores, ela encontrou seu caminho dentro de muitas das igrejas Protestantes.

Embora a doutrina criasse uma tremenda controvérsia na igreja primitiva, muitos Cristãos modernos parecem aceitar a visão da maioria de hoje sem muita reflexão ou questionamentos profundos. É fácil ver que existe apenas uma única diferença marginal entre as duas visões, tanto naquela época quanto agora. A natureza enfraquecida e pecaminosa de Adão foi passada para seus filhos através das leis da hereditariedade, tornando impossível a eles não pecar enquanto permanecessem em um estado não convertido. Desde que os pecados deles eram o resultado do pecado de Adão, foi fácil deslizarem para dentro do erro de aceitar que eles compartilham a culpa do mesmo.

Mas há uma diferença muito importante entre a inclinação para o pecado e a culpa do pecado, e é esse pequeno grau de diferença que tem disparado uma série de outros erros doutrinários. Disse o profeta: “O filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho” (Ezequiel 18:20).


O BATISMO INFANTIL

Como uma conseqüência natural da crença do pecado original, a igreja Católica desenvolveu uma forte doutrina do batismo infantil. Apenas pelo seu sacramento de aspersão poderia a maldição da culpa de Adão ser removida do bebê. Uma vez que a salvação da criança dependia de um batismo apropriado, foi atribuída uma prioridade absoluta a esse ritual. Se uma escolha tivesse que ser feita entre a vida da mãe e a vida do bebê não nascido, a mãe seria sacrificada. Os médicos e enfermeiras Católicos eram instruídos na arte de batizar um feto ainda no útero se houvesse alguma dúvida da sobrevivência do mesmo.

A doutrina do pecado original também deu origem ao dogma da imaculada concepção de Maria. Se todo bebê nascia com a culpa em sua alma, então alguma coisa precisava ser feita para preservar Jesus dessa culpa, caso contrário, Ele não poderia ser um sacrifício perfeito pelo pecado. A solução Católica atribuiu a Maria uma concepção miraculosa também, que a preservou do efeito do pecado original. Portanto, Jesus teria nascido de uma mãe humana sem participar da suposta culpa de Adão.

Como uma conseqüência estendida da visão de Jesus ser, de forma geral, diferente do homem, a igreja Católica também introduziu o ilegítimo sistema do sacerdócio humano. Se o filho de Deus não viveu na natureza caída do homem, então a escada não foi descida do céu à terra. O abismo continua sem uma ponte entre um Deus santo e a humanidade caída. Dessa forma, alguns outros meios deveriam ser providenciados para completar a conexão.

Primeiro, ela foi atribuída aos sacerdotes na terra, os quais era sabido possuírem carne pecaminosa. Depois, um papel mediador foi reivindicado para aqueles que haviam habitado em carne pecaminosa mas foram canonizados, pela igreja, como santos no céu. Finalmente, aos anjos e à mãe de Jesus foi concedido o status de intercessores entre o homem e Deus.

Já podemos começar a ver a reação em cadeia das conseqüências de um pequeno desvio da verdadeira doutrina.


NATUREZA CAÍDA OU NÃO CAÍDA?

Agora vamos observar o efeito do pecado original nas igrejas Protestantes. Como elas puderam evitar o dilema de suas crenças relacionadas com a natureza de Cristo? Embora elas rejeitassem a tradição Católica da imaculada concepção, elas idealizaram uma doutrina que era igualmente nãoescriturística e que removia Cristo totalmente da família caída de Adão. Esta visão declarava que Jesus encarnou de uma maneira especial que o preservou da participação na natureza dos descendentes de Adão. Em vez disso, Ele nasceu com a natureza não caída de Adão e viveu Sua vida santa no estado incorrupto de humanidade inocente.

Novamente somos surpreendidos com a maravilhosa duplicidade da falsificação. Ele realmente veio na natureza humana, eles dizem, mas deveria ser na natureza não caída de Adão, de forma a protegê-Lo da poluição do pecado original. A verdade é que este pequeno desvio estendeu o fundamento para uma série de outras conclusões falsas que atacam algumas das mais acariciadas verdades do Protestantismo.

Em primeiro lugar, tal doutrina é diametralmente oposta ao claro ensinamento da Bíblia. Pelo menos, seis vezes somos assegurados que Jesus teve uma natureza humana exatamente como a nossa. Em Hebreus 2:11 lemos: “Tanto o que santifica, como os que são santificados, vêm todos de um só. Por esta causa Jesus não se envergonha de lhes chamar irmãos.” Irmãos são de uma mesma carne e natureza familiar. Cristo é o único que santifica, e nós estamos sendo santificados; e todos somos de uma única carne, de modo que Ele pode nos chamar de Seus irmãos. Isso estabelece o ponto além de qualquer dúvida.

“Pois na verdade Ele não tomou sobre si a natureza de anjos, mas Ele tomou sobre si a semente de Abraão” (Hebreus 2:16 KJV). Como poderia Ele participar da semente de Abraão se Ele tomasse sobre Si a natureza de Adão não caído? A ênfase aqui é que ele não tomou sobre Si alguma natureza exótica, sem pecado, tal como a que os anjos ou o santo Adão pudessem ter tido, mas a mesma natureza que os filhos de Abraão possuíam. Eles tinham corpos e mentes enfraquecidos pelo pecado. Assim também Ele. Isto não envolve culpa. Estar sujeito ao pecado não é ser culpado dele. Ele foi tentado da mesma forma que nós somos, todavia Ele nunca, nem mesmo uma única vez, nutriu ou cedeu ao pecado. Ele nunca desenvolveu qualquer propensão em direção ao pecado por dar-lhe caminho. Ele permaneceu imaculado pelo pecado e foi sempre totalmente puro e santo.

“Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus” (Hebreus 2:17).


POR QUE A NATUREZA HUMANA?

Por que Ele nasceu na mesma carne e natureza que temos? Para que Ele pudesse ter entendimento de nossas fraquezas e inclinações para o pecado, e ser um Sumo Sacerdote misericordioso por nós. As palavras “em todas as coisas” realmente significam “em todas as coisas”? É claro que sim!

Paulo declarou que Jesus “nasceu da descendência de Davi segundo a carne” (Romanos 1:3). Seria contrário à razão interpretar estas palavras como significando que Cristo herdou de Maria uma natureza santa, não caída. Qualquer que fosse a semente de Davi segundo a carne, nosso Senhor participou da mesma. Todos os descendentes de Davi, exceto um, cedeu a suas inclinações hereditárias e cometeram pecados pessoais. Jesus, como todos os outros, herdou a natureza de Davi segundo a carne, mas Ele não cedeu à fraqueza inerente àquela natureza. Embora tentado em todos os pontos como nós somos, Ele não respondeu com um único grau de indulgência a qualquer dessas tentações. Sua vida foi uma constante fortaleza de invencível poder espiritual contra o tentador.

Ao contar completamente apenas com a força sempre presente de Seu Pai, Ele demonstrou a vitória que é possível, para toda semente de Davi segundo a carne, experimentar.

Novamente lemos: “Portanto, visto que os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas” (Hebreus 2:14). Note como o escritor inspirado enfatiza a semelhança do corpo de Cristo com o do homem. ELE MESMO TAMBÉM PARTICIPOU DAS MESMAS COISAS (no inglês, HE ALSO HIMSELF LIKEWISE, significando ELE TAMBÉM, ELE MESMO, DA MESMA FORMA). Essas palavras são usadas consecutivamente, mesmo sendo repetitivas e redundantes. POR QUÊ? De forma a impressionar-nos de que Jesus realmente participou da MESMA natureza que o homem caído possui. Exatamente como os filhos participam da mesma carne e sangue, ELE MESMO, TAMBÉM DA MESMA FORMA, tomou a MESMA! Como alguém pode ser confundido por esta linguagem não ambígua?


JESUS POSSUIU FRAQUEZAS HEREDITÁRIAS?

Essas palavras inspiradas, definitivamente, nos dizem que Cristo tomou parte da mesma natureza que os filhos que “são participantes da carne e sangue”. Isto não nos diz, sem dúvida, o tipo de natureza que Cristo possuiu? Adão teve algum filho nascido antes que ele pecasse? Nenhum! O fato é que todos os filhos que já nasceram neste mundo herdaram a mesma natureza humana caída de Adão, porque eles nasceram depois que Adão pecou. O livro de Hebreus declara que Jesus “também participou das mesmas coisas”. As mesmas quais? A mesma carne e sangue que os filhos herdam de seus pais. Que tipo de carne as crianças herdam de seus pais? Apenas carne pecaminosa. Algum outro tipo de carne, exceto carne pecaminosa, alguma vez foi conhecida entre os descendentes de Adão? Nenhuma, seja qual for. Se Jesus participou da mesma carne e sangue que os folhos, tinha que ser carne e sangue pecaminosos. Não há nenhuma outra conclusão a ser tirada. Todavia, Ele mesmo era sem pecado!

Uma escritora, reconhecendo esta clara posição bíblica, descreveu isso sucintamente nestas palavras:

“Teria sido uma quase infinita humilhação para o Filho de Deus revestir-Se da natureza humana mesmo quando Adão permanecia em seu estado de inocência, no Éden. Mas Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado. Como qualquer filho de Adão, aceitou os resultados da operação da grande lei da hereditariedade. O que estes resultados foram, manifesta-se na história de seus ancestrais terrestres. Veio com essa hereditariedade para partilhar de nossas dores e tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável.” (O Desejado de Todas as Nações, p. 49).

Essa declaração descreveu a operação das leis da hereditariedade e está em perfeita harmonia com a declaração de Paulo, de que Jesus participou da mesma carne e sangue que os filhos recebem de seus pais. Isso está referindo-se à hereditariedade também. Se Cristo tivesse nascido com a natureza não caída de Adão, a própria sugestão da influência hereditária seria ridícula ao extremo. Não poderia haver lugar para qualquer tipo de tendências hereditárias em uma natureza “adâmica” que nunca conheceu tanto o nascimento quanto a ancestralidade. Se Ele não possuísse nenhuma fraqueza herdada, por que o autor de Hebreus diria que ele participou da mesma carne e sangue que os filhos recebem dos pais? Certamente é porque o Criador não incorporou nenhuma fraqueza inerente na criação original. Adão não possuía nenhuma batalha para lutar contra tendências hereditárias. Ele possuía o poder em si mesmo para escolher sempre não pecar. Jesus, como homem, reivindicou ter esse mesmo tipo de poder? Não! Ele disse:“nada faço de mim mesmo, mas falo como o Pai me ensinou” (João 8:28). Repetidamente, Cristo falou de ser dependente de Seu Pai para o que Ele dizia e o que Ele fazia. Ele escolheu viver Sua vida aqui como um homem da mesma maneira que nós temos que vivê-la. Para salvar a Si mesmo do pecado e dos perigos da carne, Ele dependeu constantemente e unicamente do poder de Seu Pai. Foi dessa forma que Ele superou o Diabo, fechou cada avenida da tentação, e viveu uma vida de perfeita obediência.

Por nunca ceder ao apelo inerente da carne, Ele deu um exemplo do tipo de vitória que pode vir a cada filho de Adão através da dependência do Pai.

Satanás tentou Jesus no deserto a usar Seu poder divino para satisfazer Sua fome agonizante. Satanás sabia que Jesus tinha o poder divino para operar aquele milagre. Sua esperança era que ele pudesse provocá-Lo a depender de Sua divindade para alívio próprio. Por que isso teria sido um triunfo para Satanás? Ele poderia ter usado isso para sustentar suas acusações de que Deus requeria uma obediência que nenhum homem, na carne, poderia prestar. Se Jesus falhasse em superar o tentador na mesma natureza que temos e pelos mesmos meios disponíveis para nós, o Diabo teria provado que a obediência é, de fato, um requisito impossível. Satanás entendeu muito bem que Jesus não poderia usar Seu poder divino para salvar a Si mesmo e salvar o homem ao mesmo tempo. Foi isto o que tornou o teste uma experiência tão severa e agonizante para Cristo.

Se Jesus realmente herdou a natureza comprometida de Adão, então por que Ele não pecou como o resto dos descendentes de Adão? Porque Ele era cheio do Espírito Santo de Deus desde o ventre, e possuía uma vontade completamente entregue ao Pai, e uma natureza humana santificada. Podemos nós participar do mesmo poder para guardar-nos de pecar? Sim! Jesus ao viver Sua vida de vitória sobre o pecado, não utilizou Sua divindade, mas confinou-se ao mesmo poder disponível a nós através da conversão e santificação.


CRISTO VENCEU EM NOSSA PRÓPRIA NATUREZA

Não tivesse Ele obtido a vitória sobre Satanás na mesma natureza que temos, que encorajamento poderia ser tirado de Sua vitória? Não é necessário me mostrar que era possível para Adão não ceder ao pecado. Eu já sabia disso. O que eu preciso saber é se eu posso superar o pecado, sendo minha natureza a que é.

Satanás acusou Deus de requerer algo que não podia ser feito. A razão pela qual o homem caído não podia prestar obediência é claramente descrita em Romanos 8:3-4: “Pois o que era impossível à lei, visto que estava enferma pela carne, Deus, enviando Seu filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne, para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”.

Esses versos são simplificados quando fazemos algumas perguntas: O que a lei não poderia fazer por nós porque éramos muito fracos na carne para guardá-la? Ela não podia salvar-nos.

Já que nós não podíamos guardá-la devido à fraqueza da carne, o que fez Deus? Ele enviou Jesus para obedecer à lei perfeitamente na carne. Ele condenou o pecado na carne pela total vitória sobre ele.

O que Sua vitória na carne tornou possível para nós? “Para que a justiça (os justos requisitos) da lei se cumprisse em nós”. Ela habilitou-nos a obedecer.

Como Sua vitória na carne tornou possível a nossa obediência? Pelo milagre da conversão, que muda nossa caminhada, da carne para o Espírito. Então Cristo em nós, através do Seu Espírito, comunica vitória sobre o pecado para nossas vidas.

Estas verdades óbvias apontam um dos grandes problemas em se acreditar na natureza humana pré-lapsariana de Cristo (isto é, a natureza de Adão antes da queda). Se Sua vitória sobre Satanás, na carne, foi com o propósito de habilitar-me a cumprir os requisitos da lei, como poderia Sua vitória ajudar-me de alguma forma, se ela foi obtida em alguma outra carne se não a minha? Aqui é onde essa falsa doutrina ataca o belo princípio da justificação pela fé.

Justiça pela fé é a imputação e a comunicação dos resultados da vida sem pecado e morte expiatória de Cristo. Inclui tanto justificação quanto santificação. Cristo atribui, ou credita, a nós, os méritos de Sua experiência sem pecado para libertar-nos da penalidade do pecado. Isso é justificação. Para libertar-nos do poder do pecado Ele não apenas, e meramente, nos conta como justos, mas Ele realmente comunica Sua força para superar o pecado. Em ambos os casos, Ele pode apenas conceder-nos o que Ele conseguiu através de Sua própria experiência encarnada como o Salvador do mundo.

Alguém pode afirmar que desde que a justificação apenas envolve uma atribuição do registro sem pecado de Cristo em nossa conta, isto poderia ter sido feito em qualquer tipo de corpo. Mas seria isto verdade? O propósito da encarnação foi redimir o homem caído e não o homem que não pecou. Para fazer isso Ele tinha que “condenar o pecado na carne” (Romanos 8:3). Nossos pecados, que procedem da carne, deveriam ser condenados por Ele, e a única maneira pela qual isso poderia ser feito era conquistar aquela carne pecaminosa e submetê-la à morte da cruz.

Jesus veio tirar o pecado do mundo, como declarou João. Como Ele poderia tirar o pecado que não estivesse mesmo na carne que Ele assumiu? Para ser mais preciso, como ele poderia “condenar o pecado na carne” em uma carne sem pecado? Paulo disse: “Estou crucificado com Cristo” (Gálatas 2:20). Por que ele posteriormente declara que nós “fomos batizados na Sua morte” (Romanos 6:3)? Todo pecador deve passar, pela fé, pela experiência da crucificação e ressurreição com Cristo. De modo a passar da morte para a vida, cada um de nós deve identificar-se com Aquele que nos representou como o segundo Adão. Nossos pecados estavam nEle. Quando Ele morreu, nós morremos; e a penalidade pelos nossos pecados foi satisfeita e exaurida.

Você pode ver que Ele teve que carregar nossa natureza caída até àquela cruz, de modo a tornar possível que nossa natureza pecaminosa fosse colocada para morrer? Qualquer coisa a menos teria falhado em satisfazer a justiça de Deus. Cristo teve que render a humanidade condenada ao salário completo do pecado naquela cruz, de modo a tornar a expiação possível por nós. De outra forma, não poderíamos nos identificar com Ele ou sermos crucificados com Ele. Obviamente, a redenção requer que Jesus viva e morra com a natureza do homem caído, de forma a fornecer a ligação vital da justificação. Agora vamos para os requisitos da santificação


PARTICIPANDO NA VITÓRIA DE CRISTO

A santificação não é um mero crédito ou contabilidade. É a comunicação de algo a nós. Assim como Ele atribui justificação para nos libertar da culpa do pecado, Ele agora comunica santificação para nos libertar do poder do pecado. O que é a santificação que Ele nos comunica? É nossa real participação na vitória de Cristo sobre o pecado. Pela fé, nos apropriamos da força da vitória que Ele experimentou na carne. Em outras palavras, Ele é capaz e desejoso de viver em nós a mesma vida de superação que Ele viveu como um homem nesta terra. Ele reproduzirá em nós Sua própria experiência sem pecado. Isso é santificação.

Se Jesus veio ao mundo com a natureza não caída de Adão para manifestar uma vida sem pecado, como poderia aquela natureza não caída ser reproduzida em mim? Homens caídos não são santificados por participar da experiência não caída de Adão! Eles são santificados ao vencer o pecado em sua natureza caída, através do mesmo poder que Jesus utilizou para vencer o pecado. Não há nenhuma forma de nós participarmos da experiência não caída de Adão. Se este foi o meio pelo qual Jesus superou Satanás, não há nenhum modo para Ele comunicá-lo a mim. Mas se Jesus obteve a vitória sobre Satanás na natureza caída dos descendentes de Adão, então eu posso participar dela com Ele. Este tipo de vitória pode ser superposta sobre minha própria vida, porque ela foi obtida na mesma natureza que eu possuo.

Uma experiência sem pecado, vivida em alguma natureza alienígena não caída, não poderia ser creditada a mim, nem jamais poderia ser possuída por mim. A natureza caída nunca pode, nesta vida, ser restaurada ao estado do homem não caído. Mas nós podemos receber a vitória sobre o pecado, a qual Jesus obteve na carne como um de nós.


OS DOIS EXTREMOS

Nesse contexto, é interessante estudarmos a breve história vivida por um grupo de Cristãos em Indiana (EUA), que reivindicavam ter carne santa. Por volta do ano 1900, um corpo particularmente grande de membros conservadores tornou-se obcecado com a idéia de que Jesus viveu Sua vida sem pecado na natureza do Adão não caído.

Assumindo, corretamente, que Sua experiência vitoriosa na carne poderia ser comunicada a cada Cristão através da fé, eles começaram a ensinar que a mesmíssima vida incorrupta sem pecado de Adão poderia ser vivida pelos homens caídos. Esta visão fanática levou-os a acreditar que eles pudessem reproduzir a absoluta santidade e perfeição do Adão não caído. Esse é apenas um bem documentado exemplo das ramificações deste falso ensinamento.

A outra extremidade para a qual os homens são levados, ao aceitar o erro da natureza pré-queda de Cristo, é exatamente o oposto à teoria da “carne santa”. Eles simplesmente afirmam que, visto que Jesus venceu na natureza sem pecado de Adão, nós não podemos experimentar Sua vitória enquanto permanecemos em corpos de carne pecaminosa.

Cristo poderia apenas comunicar o que Ele tem para dar, e posto que Ele não obteve vitória sobre o pecado em nossa natureza caída, Ele não poderia compartilhá-la conosco. Portanto, é impossível vencer como Cristo venceu.

Assim, podemos ver como a verdade bela e simples da santificação é minimizada e removida da experiência da justificação pela fé. Já vimos como o erro do “pecado original” gerou duas outras perversões, a saber, que Jesus possuía a natureza não caída de Adão, e que a santificação não pode ser comunicada ao homem por Jesus. De fato, muitos proponentes do pecado original nem mesmo acreditam que é possível superar o pecado nesta vida. Eles negam as repetidas declarações das Escrituras de que o homem caído pode realmente participar da natureza divina de Cristo. De alguma forma, eles não conseguem perceber e aceitar o mistério celestial, tão freqüentemente afirmado na Bíblia, de que Jesus tomou a natureza caída do homem sobre Si e, todavia, nunca foi culpado de pecado. Para eles, a culpa herdada de Adão é tão penetrante na natureza humana, que ela apenas pode ser vencida quando a transladação tomar lugar na vinda de Cristo.


VIVENDO SEM PECADO

É difícil para nós crermos que Jesus, em Sua humanidade, pudesse manter uma mente absolutamente pura, impecável, durante Seus 33 anos e meio neste mundo? É impossível para qualquer um, em carne humana, mesmo sob o poder de Deus, alcançar um tal ponto de vitória sobre o pecado? A resposta da Bíblia é clara: “Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus... Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo” ( II Coríntios 10:3-5).

Essa promessa é feita com relação aos pecadores na carne, os quais voltam-se para o poder libertador do Evangelho. Quanto mais nosso abençoado Senhor seria capaz de clamar a força capacitadora de Seu Pai para guardá-lo de pecar! A Palavra de Deus assegura-nos que podemos participar da natureza divina de Jesus e ter a “mente de Cristo”. Sua experiência sem pecado na carne é uma garantia de que qualquer um de nós pode ter a mesma vitória se dependermos do Pai como Ele fez.

Isto significa que ao vencer o pecado Ele não possuía nenhuma vantagem sobre nós. Ele lutou contra o inimigo na mesma natureza e com as mesmas armas espirituais que estão disponíveis para nós. Se Ele possuiu qualquer vantagem sobre outros homens, foi simplesmente por Sua natureza humana inerente nunca ter sido debilitada, posteriormente, pela indulgência pessoal ao pecado.

Podemos igualar-nos ao padrão perfeito da vida sem pecado de Jesus? Não! Todos nós temos degradado a natureza humana também, ao rendermonos à carne. Não apenas trouxemos a maldição da morte sobre nós mesmos ao quebrar a lei de Deus, mas tornamo-nos a nós mesmos mais vulneráveis a Satanás ao cooperarmos com ele. Jesus nunca respondeu a um único estímulo, e Satanás não podia achar nada nEle. Ele viveu toda a Sua vida com a mente rendida e a vontade do ser inteiramente santificada. Ele não cometeu nenhum pecado pelo qual ser expiado.

Mas, embora não podendo nos igualar ao padrão, devemos procurar ardentemente refletir aquela vida santa de Jesus, tão completamente quanto possível. Pela graça de Deus, podemos colocar de lado cada pecado conhecido e sermos perfeitos em nossa esfera, com consciência nenhuma de ter acariciado um mal proceder sequer.

Isto significa que estaremos nos gabando de viver sem pecado? Pelo contrário, quanto mais nos aproximarmos de Cristo, mais sentiremos nossa indignidade. Aqueles que alcançam o padrão de Cristo serão os últimos a reconhecer isso, quanto mais gabar-se disso. É importante que Deus tenha um povo obediente no final dos tempos, para que Ele possa apontar como uma prova de Seu caráter? A Bíblia revela que todo conflito cósmico entre Deus e o mal pode ser traçado ao desejo original de Satanás em tomar o lugar de Deus e governar o universo. Foi o seu programa de falsa acusação que provocou a rebelião no céu e alienou um terço dos anjos. Satanás apresentou de forma inapropriada o caráter de Deus e acusou o Criador de fazer exigências não razoáveis e impossíveis.

Como se poderia provar que o diabo estava errado? Deus tinha que fornecer uma demonstração que silenciaria o adversário para sempre. Foi uma longa e dolorosa demonstração que levou o Filho de Deus a descer em um corpo humano de homem caído e, dentro do limite dessa natureza, superar tudo o que Satanás pudesse atirar contra Ele. Tivesse Ele utilizado qualquer poder divino para vencer o pecado, que não estivesse disponível a outros na carne, Satanás teria usado isto pra sustentar suas reclamações de que ninguém poderia guardar a lei de Deus.

Na cruz, Jesus demonstrou ao universo inteiro que Satanás estava errado. Ele provou que era possível, na carne, ser obediente através da dependência do Pai. O passo final da prova terá lugar quando o caráter de Cristo tiver sido reproduzido naquele pequeno remanescente perseguido, que permanecer fiel através da tempestade de fogo do Armagedon e além. Muito tempo depois que os joelhos de Satanás tiverem se dobrado em reconhecimento à justiça de Deus, e eras após ele e seus seguidores tiverem provado as conseqüências eternas de seus pecados, os 144.000 continuarão ainda dando testemunho da honra e integridade do governo de Deus. Ao seu novo cântico de vitória e libertação ser escutados por anjos, mundos não caídos, inumerável multidão de santos, todos unir-se-ão em um oratório de louvor, dizendo: “Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém.” (Apocalipse 7:12).

É fácil entender porque aquele pequeno grupo que canta o cântico de Moisés e do Cordeiro será tão assinaladamente honrado ao permanecerem mais perto do trono de Deus. É através da experiência deles que o caráter de Deus será vindicado afinal.

Em resumo, podemos ver como o antigo erro da culpa atribuída de Adão levou à uma cadeia de enganos relacionados. As verdades mais significativas da salvação foram habilmente falsificadas. A humanidade de Jesus foi negada, a justiça comunicada por Cristo foi desafiada, e a possibilidade de vitória sobre o pecado foi ridicularizada. É apenas ao reconhecermos o engano básico que podemos evitar as perversões que a seguem. Que Deus nos dê a sabedoria para permanecermos firmes sobre a Palavra apenas, e rejeitar toda doutrina que não estiver enraizada nEle.


sábado, 21 de março de 2015

Descobertas 9 galáxias anãs a orbitar a Via Láctea



Astrônomos a analisar dados do Dark Energy Survey descobriram 9 galáxias anãs que orbitam a nossa própria galáxia, a Via Láctea.

Os resultados, publicados em dois estudos disponíveis no arXiv (artigo 1, artigo 2), podem ajudar a explicar alguns dos mistérios sobre a matéria escura, a substância invisível que prende as galáxias.

A matéria escura representa 25 por cento de toda a matéria e energia do universo, e a sua presença só é conhecida através da sua atração gravitacional. As galáxias anãs contêm até 99 por cento de matéria escura, deixando apenas um por cento de matéria observável.

Três desses novos satélites são definitivamente galáxias anãs, e os outros poderão ser galáxias anãs, mas também podem ser aglomerados globulares. Estes aglomerados são semelhantes a galáxias anãs, excepto pelo facto de não estarem colados pela matéria escura.

Estas são as primeiras galáxias anãs a serem descobertas desde 2005 e 2006, quando dezenas foram descobertas no hemisfério norte. Os nove novos satélites foram encontrados num pequeno pedaço de céu acima do hemisfério sul, perto das Grande e Pequena Nuvem de Magalhães, as maiores galáxias anãs em órbita da Via Láctea.

Estes novos objetos são cerca de um milhão de vezes menos massivos e 1.000 milhões de vezes mais fracos do que a Via Láctea, que contém centenas de milhões de estrelas. É por isso que têm sido tão difíceis de encontrar. As distâncias variam de cerca de 95.000 anos-luz a 1,2 milhões de anos-luz da Terra. A mais próxima está localizado na constelação do retículo a meio caminho das Nuvens de Magalhães, e está em vias de ser dilacerado por forças de maré.

O mais distante dos objetos está na constelação de Eridanus (ou do rio) mesmo à margem da Via Láctea, e está prestes a ser puxado para dentro. "Estes resultados são muito intrigantes", diz Wyn Evans, pesquisador no estudo. "Talvez fossem satélites que orbitavam as Nuvens de Magalhães e foram expulsos pela interação da Pequena e Grande Nuvem de Magalhães".

"Ou talvez eles fizessem parte de um grupo gigantesco de galáxias que, juntamente com as Nuvens de Magalhães estão a cair na nossa galáxia, a Via Láctea", acrescentou o pesquisador. O Dark Energy Survey, com sede no Laboratório Nacional do Acelerador Fermi, procura fotografar o céu do hemisfério sul com detalhes sem precedentes usando uma câmera com 570 megapixels.

Montado num telescópio no Observatório Interamericano de Cerro Tololo, na Cordilheira dos Andes, no Chile, a câmera permite ver galáxias a distâncias até 8 mil milhões de anos-luz de distância. Estas novas descobertas foram feitas de forma independente por pesquisadores de Cambridge liderados por Sergey Koposov e por uma equipa liderada por Alex Fermilab Drlica-Wagner.

Via Ciencia Online

A Idade da Terra

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Como explicar a expressão “o Espírito de Deus pairava sobre as águas? (Gn 1:2)? Isso significa que as águas e as rochas já existiam antes da semana da criação? Elton Rodrigues


A afirmação “o Espírito de Deus pairava sobre as águas” (Gn 1:2) indica que essa pessoa da Divindade participou ativamente na criação. Ele estava pronto para agir.
Já a expressão “no princípio” (Gn 1:1) tem sido motivo de discussão entre os criacionistas. Há basicamente duas correntes de opinião. Uma afirma que esse “princípio” foi há cerca de 6 mil anos, quando os astros e a vida na Terra foram criados na semana literal da criação. A outra defende a ideia de que esse “princípio” tem que ver com um passado remoto, antes da criação da vida na Terra. Depois disso, em outra etapa, Deus organizou os elementos em nosso planeta e fez surgir nele a vida. Em um ponto as duas correntes estão de acordo: o aparecimento da vida na Terra é recente e aconteceu por obra de Deus há cerca de 6 mil anos.
Quem defende que o surgimento de tudo o que existe (astros e vida na Terra) foi há cerca de 6 mil anos argumenta que um Deus todo-poderoso poderia ter formado as coisas dessa maneira. Assim, a vida na Terra e os corpos celestes teriam sido criados todos na mesma ocasião. Para os defensores desse ponto de vista, pretender uma criação em duas etapas seria limitar o poder criador de Deus.
Um dos problemas com essa teoria é que ela situa a formação do planeta Terra três dias antes do aparecimento do Sol, da Lua e das estrelas, no 4º dia da semana literal da criação (Gn 1:14-18). Caso a Terra fosse mais antiga que o Sol, em torno do que ela teria orbitado até o 4º dia da criação?
É verdade que Deus poderia criar tudo de uma vez. Mas a Bíblia não é explícita sobre a data exata da criação dos astros. Diz apenas que “no princípio criou Deus os céus e a Terra” (Gn 1:1). Quando teria sido esse “princípio”? Há milhões de anos ou há 6 mil anos?
Os que defendem a criação em duas etapas argumentam que o verso 3 do capítulo 1 de Gênesis parece indicar um espaço de tempo entre a criação dos astros (v. 1, 2) e a organização dos elementos em nosso planeta para o surgimento da vida (v. 3-31). E veem na informação de que a Terra “estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo” (v. 2) uma indicação de que, quando Deus passou a organizar os elementos para o surgimento da vida na Terra, o planeta já existia, tendo sido criado com os demais astros em um “princípio” remoto.
Quem defende a criação em duas etapas não crê que isso possa, de alguma forma, diminuir o poder criador de Deus. Sendo soberano, ele pode escolher criar como desejar, seja de uma vez ou em etapas, sem que isso signifique apoio à teoria da evolução.
A verdade é que a discussão sobre uma ou duas etapas para a obra criadora de Deus não deveria ser vista como tão importante assim. Afinal, tanto os defensores da criação em um único momento quanto os que pensam nela como ocorrendo em duas etapas não negam que (1) Deus é o Criador de tudo o que existe, (2) o aparecimento da vida na Terra é algo recente e (3) os dias da semana da criação são literais e de 24 horas, conforme indicado pelo uso da palavra hebraica yom seguida de numeral ordinal, como ocorre no fim do 2º ao 7º dia da criação. A exceção fica por conta do 1º dia, em que o termo echad, numeral cardinal (um), foi empregado pelo escritor bíblico como numeral ordinal (primeiro), como em Gênesis 8:5. Além disso, a expressão “tarde e manhã”, no relato da criação, indica um dia de 24 horas (confira Êxodo 27:21). Um detalhe importante: “A duração do sétimo dia necessariamente determina a extensão dos outros seis” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 191).
Assim, se aceitamos a ideia de que tudo foi criado de uma só vez e há cerca de 6 mil anos, então as águas e as rochas não existiam antes da semana da criação. Se, ao contrário, cremos que a criação se deu em duas etapas, então as águas e as rochas já existiam antes da semana da criação.
O que realmente importa é que aceitemos nossa condição de criaturas de Deus, necessitados de seu cuidado e orientações e deixemos que ele dirija nossa vida, de acordo com seus propósitos. 

OZEAS C. MOURA, doutor em Teologia Bíblica na área de Antigo Testamento, é professor no Unasp, campus Engenheiro Coelho (SP)

Couve-flor inibe o crescimento de células cancerígena

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Você conhece todo o potencial da couve-flor? Ela abriga vários nutrientes e a lista é generosa: cálcio, aliado dos dentes e ossos, potássio, que controla a pressão arterial e previne o AVC, sódio, aliado do coração e dos músculos, fósforo, enxofre, magnésio, bom para quem tem diabetes, silício, cloro e ferro, que previne anemia. A vitamina C, boa para a imunidade, vitaminas do complexo B, aliadas do cérebro, e as fibras, que melhoram o trânsito intestinal e proporcionam saciedade, também estão presentes em boas quantidades na couve-flor. 

Sem dúvida a couve-flor reforça o nosso sistema imunológico e contribui bastante para uma vida mais saudável, prevenindo gripes resfriados. Elas possuem também sulforafanos, que contém enxofre. Eles são conhecidos por serem úteis como contra o câncer e inibem o crescimento das células cancerígenas de pulmão, mama e o câncer de bexiga. 

A ação anti-inflamatória da couve-flor mantém o vaso sanguíneo flexível e eficiente. O sulforafano ajuda também a reverter danos nos vasos sanguíneos. A alicina, também presente, reduz as chances de ataques cardíacos e derrames. O potássio presente no alimento também irá ajudar a regular a pressão arterial. 

Devido ao alto teor de fibras a couve-flor melhora a microbiota intestinal. Com a microbiota mais saudável o trânsito intestinal fica mais eficiente e até mesmo o sistema imunológico fica mais forte. Estas fibras também farão com que a pessoa sinta mais saciedade e então pode contribuir para a perda de peso. 

Entretanto, algumas pessoas tem a produção de gases aumentada após o consumo da couve-flor, podendo diminuir este efeito com o consumo de chá de camomila. 

Outro grande benefício de se consumir couve-flor é que é um alimento rico em antioxidantes. Portanto, ela é eficaz no combate aos radicais livres. Ao fazer isso, ela irá prevenir cânceres, diminuir os riscos de doenças cerebrais degenerativas e também do envelhecimento celular. 

A couve-flor pode ser consumida refogada, cozida, gratinada ou em forma de salada. Você também pode cozinha-la ao vapor, preservando nutrientes. O recomendável para se obter os benefícios nutritivos da couve-flor é consumir de um a dois buquês por dia. Evite combiná-la com alimentos mais calóricos, como um molho branco com creme de leite. 

Via Minha vida

quinta-feira, 19 de março de 2015

A Atualidade do Apocalipse

Imagem: Fotolia

Todos os dias, os acontecimentos indicam que o mundo caminha para o fim. E, nesse contexto, um dos livros bíblicos mais relevantes é o que encerra o cânon: o Apocalipse. Foi num cenário semelhante ao das descrições bíblicas dos eventos finais que Jesus apareceu a João em Patmos, dando-lhe a mais completa profecia bíblica, a chave para entender todas as promessas ainda não cumpridas do Antigo Testamento, todas as enigmáticas palavras de Cristo e todas as explanações escatológicas dos apóstolos.

O Apocalipse é o livro da revelação. Seu título vem do grego apokalypsis, derivado do verbo apokalypto, palavra formada por apo (“de”) e kalypto (“esconder”, “ocultar”). A ideia é a de desvendar algo anteriormente oculto. O Apocalipse poderia ser chamado de O Evangelho de Jesus Cristo no Céu, pois há nele a apresentação do ministério de Cristo após sua ascensão e até sua prometida volta.

O termo apokalypsis e a forma verbal apokalypto são frequentes no Novo Testamento grego em relação ao retorno de Cristo e aos acontecimentos simultâneos, como a glorificação dos salvos e o castigo dos ímpios.

REVELAÇÃO ANTECIPADA

Um fato curioso a respeito do Apocalipse é que, bem antes de Deus revelar as visões escritas nesse livro, ele deu profecias antecipando que haveria de enviar as profecias do Apocalipse. Em Amós 3:7, o verbo usado para “revelar” na Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento usada pela igreja primitiva, é apocalypto. Ou seja, Deus já havia dito ao profeta Amós que, no futuro, haveria uma revelação ou um “apocalipse”.

Mais clara que a profecia de Amós é a que Paulo registrou em Romanos 16:25: “conforme a revelação ­[apocalypsis] do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos”. O livro do Apocalipse refere-se a si mesmo como a revelação do mistério de Deus (Ap 1:20; 10:7). Assim, tanto o apóstolo Paulo quanto o profeta Amós tiveram conhecimento de que uma revelação especial do mistério de Deus viria a ser dada à igreja por meio de profecia.

Para o apóstolo Paulo, a revelação (ou apocalipse) de Jesus Cristo era a maneira pela qual ele pôde receber e aprender o evangelho: “o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação [apokalypsis] de Jesus Cristo”, pois “aprouve [a Deus] revelar [apokalypsai, aoristo do indicativo ativo do verbo apokalypto] seu Filho em mim” (Gl 1:11, 12, 15, 16).

Parece que Paulo recebeu diretamente de Cristo revelações que mais tarde foram repetidas e ampliadas no Apocalipse de João. Em 2 Coríntios 12:1-6, ele descreve “revelações” (apokalypseis, plural de apokalypsis) do Senhor. Ele recebeu seu “apocalipse” 14 anos antes de escrever essa carta. Sendo que 2 Coríntios data do verão de 57, essas visões e revelações do Céu devem ter ocorrido em 43.

As descrições nas suas cartas de detalhes inéditos dos eventos relacionados à vinda de Cristo evidenciam que ele tinha um conhecimento prévio de revelações que o restante da igreja só teria com a publicação do Apocalipse de João. Ele chegou a afirmar que tomou conhecimento dos detalhes da ressurreição dos justos descritos em 1 Tessalonicenses 4:15-18 “por palavra do Senhor”. Duas vezes Paulo associou a ressurreição dos salvos e a vinda do Senhor com o “ressoar da última trombeta” (1Co 15:52; 1Ts 4:16). O detalhe de ser a última trombeta só faria sentido se ele soubesse que haveria outras trombetas proféticas anteriores, e só o Apocalipse dá essa informação.

Usando a mesma expressão com que João introduziria seu livro, o apóstolo Paulo exortou a igreja a aguardar a revelação (apocalipse) de Jesus Cristo, o dom do testemunho de Jesus (Espírito de Profecia) que faltava para que a igreja estivesse enriquecida (1Co 1:4-9). O Apocalipse deveria ser aguardado pelos crentes porque essa revelação iria prepará-los para a volta de Jesus.

DÁDIVA DE ESPERANÇA

Jesus não revelou toda a sua mensagem, mas deixou que o Espírito da verdade revelasse as coisas que haveriam de vir (Jo 16:12, 13). No Apocalipse, o Espírito é diversas vezes mencionado como o autor da mensagem do livro, o testemunho de Jesus (Ap 1:1, 9; 12:17; 19:10; 20:4). O mais interessante é que o Apocalipse é o livro que anuncia as coisas que haveriam de vir (Ap 1:1, 19).

Um dos mais importantes papéis do Espírito Santo seria revelar o que hoje está escrito no Apocalipse. Mas isso não exclui a possibilidade de outros apóstolos que morreram antes da composição do livro terem recebido de Cristo suas próprias revelações das coisas vindouras. Se Paulo recebeu essas revelações, Pedro e Judas também registram em suas cartas revelações escatológicas semelhantes ao conteúdo do Apocalipse.

“Cada promessa do Apocalipse é destinada ao vencedor, aquele que perseverar até o fim e conservar pura sua fé”

Em sua primeira epístola, o apóstolo Pedro usou duas vezes a expressão grega apokalypsis Iesou Christou (revelação de Jesus Cristo [1Pe 1:7, 13]), a mesma frase inicial do Apocalipse de João, e uma vez a expressão en te apokalypsei tes doxes autou (na revelação de sua [de Cristo] glória [4:13]). Ele também falou da plenitude da salvação “preparada para revelar-se [apokalyphthenai, infinitivo aoristo passivo do verbo apokalypto] no último tempo” (1:5). Também se referiu à glória da qual os presbíteros fiéis participarão: “há de ser revelada [apokalyptesthai, presente do indicativo médio do verbo apokalypto]”.

Entretanto, foi em sua segunda epístola que Pedro expôs mais à vontade seu conhecimento dos temas apocalípticos. Aliás, o próprio objetivo que o apóstolo mencionou para escrever sua segunda carta foi a necessidade de deixar para a igreja uma compreensão correta da vinda do Senhor Jesus Cristo (2Pe 1:12-16).

Apesar de não usar o termo grego apokalypsis nem o verbo apokalypto, 2 Pedro, assim como a carta de Judas, traz grande número de semelhanças com o texto de Apocalipse. Nas epístolas de Pedro e Judas são antecipados muitos temas do Apocalipse, inclusive usando as mesmas imagens.

A igreja primitiva viveu uma ardente expectativa do segundo advento de Cristo para seus dias. Seria muito desmotivador para a florescente comunidade cristã tomar conhecimento de que um longo período de apostasia precederia a vinda de Cristo (2Ts 2:1-3; Ap 11:2, 3; 12:14). Parece que Deus, em sua sabedoria, anunciou a vinda de uma revelação maior sobre o segundo advento que seria outorgada ao apóstolo João (Jo 21:22). Essa revelação, o livro do Apocalipse, veio em um momento de perseguição da igreja, quando haviam se esgotado todas as expectativas a respeito dos sinais da segunda vinda de Jesus, do ponto de vista dos cristãos do 1º século.

O Apocalipse foi uma dádiva de esperança para uma igreja que atravessaria séculos de perseguição e de apostasia e ainda teria que ter fôlego para cumprir a missão de pregar a salvação em Cristo a todo o mundo.

Artigo de FERNANDO DIAS DE SOUZA,pastor em Nova Serrana (MG). Publicado Originalmente na Revista Adventista de Março de 2015

Limão ajuda na digestão e na dieta


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O limão é considerado um dos mais potentes alimentos detox, pois ajuda na eliminação de toxinas acumuladas (ambientais e alimentares), tem ação alcalinizante, além de ajudar na digestão. Por ser rico em vitamina C e flavonoides previne contra o câncer, fortalece o sistema imunológico, é um anti-inflamatório natural, protege o DNA celular, reduz a pressão arterial e deixa os vasos sanguíneos elásticos e resistentes. Ele ajuda a emagrecer porque, além de poucas calorias (20 por unidade), tem muitos nutrientes importantes para metabolizar a glicose e oxidar as gorduras. Seu consumo frequente promove a saúde. 

Tipos de limão e nutrientes

Ao todo, estima-se que existam cerca de 100 espécies no mundo. No Brasil encontramos quatro tipos principais: tahiti, galego, siciliano e cravo. Limão contém vitamina C, ácido cítrico, diversos bioflavonoides, vitaminas do complexo B, folato, cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio e fibras. Não há grandes diferenças entre os valores nutricionais presentes nos diversos tipos de limão. 

Alimento alcalino

O limão é ácido no sabor, porém tem ação alcalinizante no organismo. Na verdade o limão é um dos alimentos mais alcalinos e isso é ótimo para neutralizar a tendência à acidez no corpo. O limão induz à produção de agentes alcalinos nos fluidos corporais, ajudando a restabelecer um pH equilibrado, o que contribui para a vitalidade e a longevidade.  


Poderoso antioxidante

O limão é excelente fonte de vitamina C e de flavonoides (hesperidina, polifenóis, ácido elágico), com ação antioxidante e imunoestimulante, ajudando o corpo a lutar contra gripes e resfriados, e outras infecções. 

Sistema digestivo

O limão ajuda na digestão porque estimula o fígado a produzir mais enzimas digestivas, melhora a ação da bile (que digere as gorduras), tem uma composição química semelhante à da saliva e do ácido clorídrico produzido pelo estômago atuando na digestão de amidos e proteínas, e ainda estimula a função intestinal, ajudando a corpo a eliminar os resíduos com maior eficiência. 

Quebra pedra

O ácido cítrico presente no suco de limão ajuda a dissolver os cálculos biliares, os depósitos de cálcio nos vasos sanguíneos e as pedras nos rins, além de diluir e eliminar o ácido úrico (um cristal causador da gota).  

Efeito anticancerígeno

O fruto contém 22 compostos diferentes com ação anticancerígena, incluindo o limoneno, um óleo que retarda ou paralisa o crescimento de tumores em animais, e glicosídeos de flavonol que param a divisão celular em células cancerosas. 

Neuroprotetor

A casca de limão contém um potente fitoquímico, a tangeretina, que se mostrou eficaz para prevenir distúrbios cerebrais, como a doença de Parkinson. Um estudo com animais mostrou que a tangeretina tem ação neuroprotetora e aumenta os níveis de dopamina, um neurotransmissor que tem seus níveis reduzidos nos portadores de Parkinson. A tangeretina ainda ajuda a reduzir a taxa de colesterol e tem ação antitumoral na leucemia. 

Limão emagrece

A naringenina, um flavonoide encontrado em cítricos, apresentou grande potencial para prevenção da obesidade e da síndrome metabólica (onde o acúmulo de gordura visceral evolui para o diabetes tipo 2 e favorece a ocorrência de doenças do aparelho cardiovascular) em recente estudo realizado por pesquisadores canadenses e publicado na revista Diabetes, da American Diabetes Association. 

O estudo feito com camundongos mostrou que os animais que tiveram a alimentação enriquecida com naringenina apresentaram melhora dos níveis de colesterol e triglicerídeos, assim como uma redução da resistência à insulina e o metabolismo da glicose normalizado, um dos fatores que influencia diretamente o emagrecimento. Não houve restrição calórica e nem de gordura administrada às cobaias. Dois grupos de camundongos foram alimentados da mesma maneira, mas somente um deles teve o flavonoide adicionado à alimentação e este grupo não desenvolveu obesidade e outras disfunções metabólicas.  

Vitamina C detona gordura

Diversos estudos correlacionaram um nível baixo de vitamina C circulando no sangue com o aumento de gordura corporal e da medida da circunferência abdominal. Uma pesquisa realizada em 2006 na Universidade do Arizona verificou que a vitamina C circulante está diretamente ligada à oxidação das gorduras, que é a habilidade do corpo de usar a gordura como combustível durante a prática de atividades físicas e no repouso, ou seja, com níveis adequados de vitamina C o corpo queima mais eficientemente a gordura estocada.  

Dose diária

Para ter saúde um limão por dia é suficiente, mas nada impede que você consuma dois ou três. Tome água com limão para um rápido detox, faça uma limonada (aproveite a casca), acrescente em outros sucos (combina com tudo), tempere saladas e legumes, esprema na sopa ou no prato pronto (pescados e carne). Um alerta: evite chupar o limão para não danificar o esmalte dental, devido ao seu alto conteúdo de ácido cítrico. 

Via Minha Vida

Vídeo: Homem entra em um grande vulcão e filma tudo


Com rouba apropriada, este homem chegou mais próximo de um vulcão ativo e bem grande, cuspindo lava por vários metros. Compare o vulcão com uma enxorada de água  que visto pessoalmente é de arrepiar, agora imagina isso, só que ao invés de água, lava,  quente muito quente.

Vulcões são estruturas geológicas formadas a partir da erupção de magma, que é aquela coisa superquente que fica no centro da Terra. Um vulcão ativo é aquele que se parece com um caldeirão gigante, extremamente quente e cuspindo lava.

Agora imagine como seria poder ver um vulcão ativo assim, de pertinho… Imaginou? Se precisar de ajuda, fique tranquilo que o vídeo abaixo vai fazer com que você quase sinta o calor do vulcão.


Conheça a Grande Nuvem de Magalhães (Vídeo)


A Grande Nuvem de Magalhães (LMC) é uma galáxia anã satélite da Via Láctea, que está entre as galáxias mais próximas da Terra.

A cerca de 163 mil anos-luz da Terra, a galáxia anã parece uma nuvem fraca no céu do hemisfério sul. Situa-se na fronteira das constelações Dorado e Mensa.

Tanto a LMC como a sua companheira, a Pequena Nuvem de Magalhães (SMC), têm o nome de Fernão de Magalhães.

Apesar de os astrônomos do hemisfério sul as terem visto antes da viagem de volta ao mundo de Magalhães, em 1519, o explorador e a sua equipa foram os primeiros a trazer esse conhecimento para o mundo ocidental.



quarta-feira, 18 de março de 2015

Papa não é o 8º Rei !


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Os “reis” mencionados na visão de Apocalipse 17 devem ser entendidos dentro do contexto das relações entre Igreja e Estado, cuja descrição começa em Apocalipse 16. O parêntese na sexta praga mostra que “três espíritos” (poder religioso global) buscam o apoio dos “reis do mundo inteiro”. No capítulo 17, a visão da mulher (poder religioso) “montada” numa besta (poder político-militar) indica que a campanha dos espíritos foi bem-sucedida e que a religião conseguiu dominar o poder político. Por isso, a besta escarlate não exibe diademas (símbolo de poder real), pois, no contexto enfocado na visão, esse poder está nas mãos da mulher (igreja).

Os sete “reis” devem ser vistos como poderes temporais (ou impérios) capazes de emitir decretos contra a obediência a Deus, ao longo da história. “Reis” é uma designação costumeira para reinos ou impérios (Dn 7:17, 23).

O chamado “oitavo rei” deve ser entendido como um último poder político da mesma natureza dos sete anteriores. Os anteriores dão sustentação à religião falsa, ao longo da história, em sua luta contra o povo da aliança. A religião falsa, “montada” no poder dos impérios, difunde suas heresias (santidade do Sol e do domingo e imortalidade da alma, o vinho de Babilônia) desde o Egito até o fim do tempo, e persegue e mata profetas, santos e apóstolos (Ap 18:20, 24).

Assim, o 8º rei deverá ser uma entidade de natureza política capaz de dar sustentação à igreja falsa em seu confronto final contra o remanescente de Deus no fim do tempo.  

Por VANDERLEI DORNELES, redator-chefe associado da Casa Publicadora Brasileira e autor do livro O Último Império

Descobertos anéis em torno do planeta anão Quíron


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Após Huygens ter identificado os anéis de Saturno, passaram 322 anos até se descobrir que também Úrano tinha anéis. Logo depois, descobrimos que os outros gigantes gasosos, Júpiter e Neptuno, estão também rodeados por anéis mais suaves e difíceis de perceber.

Mas as descobertas ficam ainda mais surpreendentes, quando se descobriu que também o planeta anão Chariklo tinha anéis. Ainda é um mistério como um objeto com apenas 230 km de diâmetro conta com um sistema de anéis, mas parece que isso pode não ser tão incomum como pensavamos.

Em 2011, o planeta anão Quíron passou em frente a uma estrela. A estrela não só foi escondida quando Quíron passou, mas a sua luz também foi desvanecida antes e depois da passagem do planeta anão, o que indica a presença de algo 300 km de cada lado do centro do planeta anão.

A análise levou mais de três anos a ser concluída e foi agora publicada na Icarus. O padrão de escurecimento que os pesquisadores observaram sugere a presença de dois anéis, com cerca de 3 km e 7 km de largura, e com um intervalo de entre 10 e 14 km entre eles.

Os cientistas afirmam também que a teoria de jatos simétricos continua a ser uma possibilidade, mas que a presença dos anéis é uma explicação mais provável. A confirmação exigirá a passagem na frente de outra estrela, vista de locais diferentes da Terra.

Via Ciência Online

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