domingo, 24 de fevereiro de 2013

O relato da vida de Ananias e Safira


Ao proclamarem os discípulos as verdades do evangelho em Jerusalém, Deus deu testemunho de sua Palavra e uma multidão creu. Muitos desses primeiros crentes foram imediatamente separados da família e dos amigos pelo zeloso fanatismo dos judeus, sendo, portanto necessário prover-lhes alimento e abrigo.
O relato declara: "Não havia, pois entre eles necessitado algum."Atos 4:34. E diz como as necessidades eram supridas. Aqueles dentre os crentes que tinham dinheiro e bens, alegremente sacrificavam-nos para socorrer na emergência. Vendendo suas casas ou suas terras, eles levavam o dinheiro e o depositavam aos pés dos apóstolos. "E repartia-se por cada um, segundo a necessidade que cada um tinha." Atos 4:35.
Esta liberalidade da parte dos crentes foi o resultado do derramamento do Espírito. "Era um o coração e a alma" (Atos 4:32) dos conversos ao evangelho. Um comum interesse os guiava - o êxito da missão a eles confiada; e a avareza não tinha lugar em sua vida. Seu amor aos irmãos e à causa que haviam abraçado, era maior do que o amor ao dinheiro e às posses. Suas obras testificavam que eles tinham a salvação dos homens em maior apreço que as riquezas terrestres.
Assim será sempre, quando o Espírito de Deus toma posse da vida. Aqueles cujo coração transborda do amor de Cristo, seguirão o exemplo dAquele que por amor de nós, Se tornou pobre, para que por Sua pobreza enriquecêssemos. Dinheiro, tempo, influência - todos os dons que receberam das mãos de Deus - só serão por eles apreciados quando usados como meio de fazer avançar a obra evangélica. Assim foi na igreja primitiva; e, ao ver-se na igreja de hoje que, pelo poder do Espírito os membros retiraram suas afeições das coisas do mundo, e se dispõem a fazer sacrifícios a fim de que seus semelhantes possam ouvir o evangelho, as verdades proclamadas terão poderosa influência sobre os ouvintes.
Contraste flagrante com o exemplo de generosidade manifestada pelos crentes foi a conduta de Ananias e Safira, cuja experiência, traçada pela pena da Inspiração, deixou uma escura nódoa na história da igreja primitiva. Com outros, esses professos discípulos haviam participado do privilégio de ouvir o evangelho pregado pelos apóstolos. Haviam eles estado presentes com outros crentes, quando, após haverem os apóstolos orado, "moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo". Atos 4:31. Profunda convicção havia-se apossado de todos os presentes, e sob a direta influência do Espírito de Deus, Ananias e Safira haviam feito o voto de dar ao Senhor o produto da venda de certa propriedade.
Depois, Ananias e Safira ofenderam o Espírito Santo cedendo a sentimentos de cobiça. Começaram a lamentar o haverem feito aquela promessa e logo perderam a suave influência da bênção que lhes havia aquecido o coração com o desejo de fazer grandes coisas em benefício da causa de Cristo. Julgaram haverem-se precipitado e sentiam ser necessário reconsiderar sua decisão. Falaram entre si sobre o caso e resolveram não cumprir a promessa. Viam, porém, que os que entregavam seus bens para suprir as necessidades de seus irmãos mais pobres, eram tidos em alta estima pelos crentes; e, com vergonha de que os irmãos viessem a saber que sua mesquinhez de alma regateara aquilo que haviam solenemente dedicado a Deus, resolveram deliberadamente vender sua propriedade e fingir que davam todo o produto para o fundo comum, guardando, porém, para si mesmos, grande parte. Deste modo garantiriam para si o pão do depósito comum, ao mesmo tempo em que alcançariam a alta estima de seus irmãos.
Mas Deus aborrece a hipocrisia e a falsidade. Ananias e Safira praticaram fraude em sua conduta para com Deus. Mentiram ao Espírito Santo, e seu pecado foi punido com juízo rápido e terrível. Quando Ananias chegou com sua oferta, Pedro disse: "Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus." Atos 5:3 e 4.
"E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram." Atos 5:5.
"Guardando-a não ficava para ti?" perguntou Pedro. Atos 5:4. Nenhuma escusa influência tinha levado Ananias a sacrificar sua propriedade pelo bem geral. Ele agira por livre escolha. Mas procurando enganar os discípulos, tinha mentido ao Onipotente.
"E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido. E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim, por tanto. Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti. E logo caiu aos seus pés, e expirou. E, entrando os mancebos, acharam-na morta, e a sepultaram junto de seu marido. E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas." Atos 5:7-11.
A infinita sabedoria viu que essa evidente manifestação da ira divina era necessária para impedir que a jovem igreja se desmoralizasse. O número dos crentes aumentava rapidamente. A igreja teria corrido perigo se, no rápido aumento de conversos, fossem acrescentados homens e mulheres que, embora professassem servir a Deus, adoravam a Mamom. Esse juízo testificou que os homens não podem enganar a Deus, que Ele descobre o pecado oculto do coração e não Se deixa escarnecer. Destinava-se a ser uma advertência à igreja, para levá-la a evitar a pretensão e hipocrisia, e acautelar-se de roubar a Deus.
Não apenas para a igreja primitiva, mas para todas as gerações futuras, este exemplo de como Deus aborrece a cobiça, a fraude, a hipocrisia, foi dada como um sinal de perigo. Foi a cobiça que Ananias e Safira tinham acariciado em primeiro lugar. O desejo de reter para si à parte que haviam prometido ao Senhor levou-os à fraude e à hipocrisia.
Deus tem feito depender a proclamação do evangelho do trabalho e dos donativos de Seu povo. As ofertas voluntárias e os dízimos constituem o meio de manutenção da obra do Senhor. Dos bens confiados aos homens, Deus reclama certa porção - o dízimo. A todos deixa Ele liberdade para decidirem se desejam ou não dar mais do que isto. Mas quando o coração é tocado pela influência do Espírito Santo, e é feito um voto de dar certa importância, aquele que fez o voto não tem mais nenhum direito sobre a porção consagrada. Promessas desta espécie feitas aos homens são olhadas como obrigatórias; seriam menos obrigatórias as feitas a Deus? São as promessas julgadas no tribunal da consciência menos obrigatórias que as escritas nos contratos humanos?
Quando a luz divina brilha no coração com clareza e poder inusitados, o habitual egoísmo relaxa as garras e há disposição para dar para a causa de Deus. Mas ninguém deverá pensar que lhe será permitido cumprir as promessas feitas, sem protesto da parte de Satanás. Ele não tem prazer em ver o reino do Redentor estabelecido na Terra. Sugere que a promessa feita foi excessiva, que isto poderá prejudicar a aquisição de propriedades ou a satisfação dos desejos da família.
É Deus quem abençoa os homens dando-lhes bens, e faz isto para que eles possam contribuir para o avançamento de Sua causa. Ele envia o sol e a chuva. Faz florescer a vegetação. Dá saúde e habilidade para se adquirirem meios. Todas as nossas bênçãos são recebidas de Sua mão generosa. Em retribuição Ele quer que homens e mulheres demonstrem sua gratidão, devolvendo-Lhe uma parte em dízimos e ofertas - em ofertas de ação de graças, em ofertas pelo pecado e ofertas voluntárias. Se o dinheiro entrasse para a tesouraria de acordo com este plano divinamente recomendado - a décima parte do que ganhamos e as ofertas liberais - haveria abundância para o avançamento do trabalho do Senhor.
Mas o coração dos homens torna-se endurecido pelo egoísmo, e à semelhança de Ananias e Safira, são tentados a reter parte do preço, conquanto pretendam estar a cumprir os requisitos de Deus. Muitos gastam dinheiro prodigamente na satisfação própria. Homens e mulheres consultam o prazer e satisfazem o gosto, ao passo que levam para Deus, quase de má vontade, uma oferta mesquinha. Esquecem-se de que um dia Deus pedirá estrita conta de como Seus bens foram usados, e que não aceitará a insignificância que levam à tesouraria, mais do que aceitou a oferta de Ananias e Safira.
Do severo castigo infligido a esses indivíduos, quer Deus que aprendamos também quão profunda é Sua aversão e desprezo por toda a hipocrisia e engano.
Simulando haverem dado tudo, Ananias e Safira mentiram ao Espírito Santo, e, como resultado, perderam esta vida e a futura. O mesmo Deus que os puniu, condena hoje toda falsidade. Lábios mentirosos são-Lhe uma abominação. Ele declara que na cidade santa "não entrará... coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira". Apocalipse 21:27. Seja a verdade dita sem rebuços nem tibieza. Torne-se ela uma parte da vida. Considerar levianamente a verdade, e dissimular para servir a planos egoístas, significa o naufrágio da fé. "Estai, pois firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade." Efésios 6:14. Quem profere inverdades, vende sua alma por baixo preço. Suas falsidades podem parecer servir em emergências; pode parecer, assim, que faz negócios vantajosos que não poderia conseguir pelo reto proceder. Mas finalmente chega ao ponto em que não pode confiar em ninguém. Sendo ele mesmo falsificador, não tem confiança na palavra de outros.
No caso de Ananias e Safira, o pecado da fraude contra Deus foi rapidamente punido. O mesmo pecado foi muitas vezes repetido na história posterior da igreja, e é cometido por muitos em nosso tempo. Mas embora possa não manifestar-se visivelmente o desagrado de Deus, não é menos desprezível a Sua vista agora do que o foi no tempo dos apóstolos. A advertência foi dada; Deus tem claramente mostrado Seu desprezo por este pecado; e todos os que se dão à hipocrisia e à cobiça, podem estar certos de que estão destruindo a própria alma.

Desconheço a fonte

O Judaísmo no Período Apostólico

Muçulmanos árabes descobrem Cristo através de livros

Na Península Arábica não é nada fácil ser cristão, quem dirá ter a pretensão de divulgar o evangelho de Cristo às pessoas. Importar ou imprimir literatura religiosa, que não seja sobre o Islã, é proibido. Ainda assim, Deus abriu caminho, para adentrar na Península, livros que podem mudar a vida das pessoas.

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Leia abaixo as histórias de um vendedor de livros que exerce um importante ministério na obra do Senhor:

Um jovem curioso
"Esses livros não têm nada a ver com nossas crenças!", repreende uma mulher árabe o seu filho que, ao passar em frente a uma livraria cristã, para, curioso. Mas, o jovem Saeed* parece não escutar sua mãe: sem poder se conter, ele pega um livro após o outro, passando os olhos surpresos sobre eles. Animado, ele começa a questionar o vendedor sobre o conteúdo daqueles livros. Sua mãe continua a chamá-lo impacientemente, mandando-o sair dali, até que Saeed vira-se e sentencia: ‘Vamos comprar ao menos um!’ Era o que faltava para a mãe explodir em ódio e forçá-lo a ir embora. O vendedor precisa ser bastante cuidadoso com o trabalho que realiza, porque, assim como essa senhora, muitos árabes não gostam do que ele faz. Da mesma maneira, alguns deles descobriram que esse mesmo vendedor pode lhes dar exatamente o que eles procuram.

A cruz

Certo dia, Adeeb, muçulmano ativo em sua mesquita, entra na livraria. Ele encontra livros com cruzes na capa. "Eu estive procurando por essas cruzes", conta ele ao vendedor. "Conte-me sobre o personagem desse livro". Adeeb interessou-se pelo Evangelho de Jesus quando uma noite, acidentalmente, ouviu versículos da Bíblia através do rádio. Ele não tem conhecimento profundo da fé cristã, mas, após ouvir o programa cristão no rádio, pela segunda vez, ele entregou seu coração ao Senhor e, desde então, estava bastante aflito para saber mais e mais acerca da Palavra de Deus. O vendedor passou então a ensiná-lo sobre Jesus. Adeeb sente-se muito feliz com sua nova fé, porém, sofre sérias ameaças por sua família que, inclusive, quer que ele saia de casa. Quando seu cunhado ficou sabendo que Adeeb havia se tornado cristão, ele ficou extremamente furioso. Passou a persegui-lo e a pressioná-lo a negar sua fé em Deus. 

Um livro imundo
Diante disso, Adeeb ouviu uma proposta do vendedor de livros cristãos: "Deixe-me falar com seu cunhado." Adeeb sentou-se em lugar ali próximo, orando e chorando, e o vendedor foi ao encontro do irmão de sua esposa, um muçulmano chamado Sabri. "Leia isto", disse o vendedor a Sabri, presenteando-o com um livro. "Fala sobre o amor de Deus." Sabri entendeu que o livro que o vendedor tinha em mãos era uma Bíblia. "É um livro imundo, por que você está me entregando isso?" O vendedor começou a explicar-lhe sobre as Escrituras e Sabri ouviu a Palavra do Senhor. Assim, ele entregou sua vida a Jesus: aquilo que ele tanto condenava, agora era o seu maior tesouro! Sem saber do ocorrido, Adeeb volta para casa, ansioso para ver a reação de Sabri. Ao chegar, Sabri lhe abre os braços e lamenta: "Eu não sabia, eu não sabia, estava cego!", afirma ele com lágrimas nos olhos, "perdoe-me meu irmão!"

Fuga que valeu a pena

Sabri agora compartilha a Palavra de Deus e o evangelho de Jesus com muçulmanos que conheceu na mesquita. O jovem Saeed conseguir fugir da raiva de sua mãe por algumas horas e logo correu para a livraria cristã: "Onde mais eu posso comprar livros como esses?", pergunta ele. Depois de conversar sobre o amor e a misericórdia do Senhor com o vendedor, ele promete a si mesmo que vai fazer o que for possível para ter sua própria Bíblia um dia. 

Pedidos de oração

"Ore por cada pessoa que ousa entrar em minha livraria. Essa é a grande chance dele ou dela conhecer a maravilhosa Palavra de Deus." Vendedor de livros.

Via Portas Abertas

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A história de João Batista


De acordo com a Bíblia, vários profetas anteciparam a vinda de Jesus a este mundo. Usando diferentes estilos e métodos de pregação, eles à uma anunciavam a chegada do prometido messias dos judeus. Por isso foram chamados de profetas messiânico.

Isaías, Jeremias, Daniel são alguns destes videntes perpetuados pela tradição judaico-cristã nenhum deles, porém, foi tão misterioso e fascinante quanto a figura de João Batista o último precursor do filho de Deus, o próprio Jesus chegou usou um enigmático aforismo para se referir à sua pessoa.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Por que no Velho Testamento não havia batismo?


Muito obrigado por ter entrado em contato conosco, com prazer respondemos sua pergunta:
Romanos 6:1- 4 é um texto que nos fala sobre o simbolismo do batismo: morte - sepultamento - ressurreição de Jesus, e nossa aceitação do Seu sacrifício. Assim quando um cristão se batiza, simbolicamente ele está morrendo para o mundo e ressurgindo para uma nova vida com Cristo. Somente mergulhando alguém na água, é que se pode ver o simbolismo em seu verdadeiro significado.
Na época de Israel não havia o batismo dessa forma porque não faria sentido, já que Cristo ainda não havia morrido, contudo havia o sacrifício de animais que apontava para o sacrifício vindouro de Cristo na cruz, e havia também a circuncisão[1].
            Em Josué 5:8, encontramos este relato: “Tendo sido circuncidada toda a nação, ficaram no seu lugar no arraial, até que sararam.  Para entendermos melhor como isso se deu, vale ressaltar que no capítulo anterior (cap.4), lemos a respeito da travessia do Jordão, assim como houve quando o mar se abriu (Êxodo 14:15-31), vejamos agora como a circuncisão foi comparada ao batismo por Paulo:
tendo sido todos batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés.” I Coríntios 10:2
            A experiência dos filhos de Israel era uma figura do batismo. Os Israelitas estavam envoltos na água quando cruzaram o mar, pois a nuvem os cobria e tinham o mar de ambos os lados; e nesse sentido foram batizados.
Se o apóstolo quisesse ensinar sobre a forma correta de batismo, este texto seria um forte argumento a favor do batismo por imersão. Sabe por quê?
Porque eles foram “cobertos pela nuvem” e as águas estavam “rodeando” eles. Perfeito símbolo do batismo por imersão, que “cobre” a pessoa com as águas (simbolizado pelo cobrir da nuvem e pelas águas que rodeavam de ambos os lados).
Entendemos, portanto que assim como a travessia feita pelo povo no mar, ou no rio Jordão, representou o batismo, a circuncisão representou a conversão. Alguém perguntaria, como ficam as mulheres diante da circuncisão?  A partir desse aspecto podemos afirmar que as mulheres foram também circuncidadas, mas somente em seu interior.
Deus instituiu este ato (circuncisão) como um pacto entre Ele e Abraão e seus descendentes para que fosse um sinal externo (para os homens no aspecto físico, pois sendo que a circuncisão tinha uma dupla finalidade[2], não teria como se dar tal procedimento com uma mulher) de que eles eram um povo escolhido por Deus. Entretanto vejamos alguns versos do Novo Testamento a respeito da circuncisão interior, o que nos leva a ver que no sentido espiritual as mulheres com certeza eram circuncidadas no coração pelo Espírito Santo:
Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus.Romanos 2:29
 “Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor”. Gálatas 5:6
             “Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura”.Gálatas 6:15


A circuncisão no Novo Testamento toma outra forma. O pacto que Deus quer estabelecer com Seu povo no Novo Testamento, toma a forma do batismo, que é a expressão de algo maravilhoso que acontece no coração. Colossenses 2:11 e 12 diz: "Nele também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo; tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos."
É através do batismo que você aceita Jesus como seu Deus e que você declara ser Seu filho. É através do batismo que você declara publicamente que aceita o perdão, a transformação e que aceita o poder para viver uma vida vitoriosa. Hoje, o Senhor Jesus apresenta-Se diante de você e lhe diz: "Filho, estou disposto a fazer você nascer de novo. Não importa o seu passado, seu presente ou seu futuro. Quero ser o Seu Deus e que você seja Meu filho. Mas preciso estabelecer um pacto com você. Quero que entre nas águas do batismo e seja batizado e esse será o pacto através do qual estará declarando publicamente que quer seguir-Me até o fim."


Escola Bíblica


[1] A circuncisão é o ato de cortar o prepúcio, que é a pele que cobre a glande (cabeça) do pênis.

[2] Além de ser um sinal do pacto entre Deus e seu povo, tinha também uma outra finalidade de caráter higiênico e de saúde muito importante para aquela época, onde a falta de conhecimento dos micro-organismos e das doenças contagiosas, poderiam causar uma verdadeira epidemia, especialmente num mundo sem saneamento básico.

Por que não foi o próprio Jesus quem escreveu a Bíblia?


A Bíblia não diz diretamente, e pode ser que existam várias razões. Mas uma evidência muito forte que temos é que, pelos propósitos da revelação, o "por que" deveria ser trocado por um "para que". Para que, Jesus escreveria as escrituras?
Observe este versículo: “Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna. E são elas mesmas que dão testemunho a meu favor (João 5:39)". As Escrituras só existem para revelar a Deus, e Ele é Deus. Não seria estranho, ele revelar-se a si mesmo escrevendo? Nada que Jesus escrevesse poderia ser uma revelação maior do que sua própria presença em pessoa, como Ele veio fazer quando esteve aqui na Terra. Veja como esta é a maior de todas as revelações, pela classificação que este versículo dá: "Antigamente, por meio dos profetas, Deus falou muitas vezes e de muitas maneiras aos nossos antepassados, mas nestes últimos tempos ele nos falou por meio do seu Filho (Hebreus 1:1-2)".
Que a presença deste Jesus esteja em seu coração.

Um abraço,

Pr. Valdeci Jr.


Informativo Mundial das Missões – 23/02/13

Informativo Mundial das Missões – 23/02/13


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Via Daniel Gonçalves

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Devemos nos ajoelhar em todas as orações feitas na igreja?


Essa, diríamos, é a pergunta “arroz com feijão” de um bom número de nossos irmãos. Por esse motivo, pedimos para transcrever nesta página o que escrevemos no livro Consultoria Doutrinária, pág. 225, esperando que nossos consulentes divulguem as ponderações ali expostas.
A ideia central do Espírito de Profecia é que idealmente as orações sejam feitas ajoelhados. Em Mensagens Escolhidas, vol 2, pág 132, lê-se: “Quando em oração a Deus, a posição indicada é prostrado de joelhos.” Isto, porém, não é uma lei férrea.
No final do mesmo capítulo, à página 316, Ellen White diz: “Para orar não é preciso que estejais sempre prostrados de joelhos. Cultivai o hábito de falar com o Salvador quando a sós, quando estais caminhando e quando ocupados com os trabalhos diários.” E em outra obra, diz mais: “Não há tempo nem lugar impróprios para se erguer a Deus uma oração. ... entre as turbas de transeuntes na rua, em meio de uma transação comercial, podemos elevar a Deus um pedido, rogando a direção divina, como fez Neemias quando apresentou seu pedido perante o rei Artaxerxes.” Caminho a Cristo, pág. 98 e 99.
Ezequias orou deitado. Não era, porém, uma regra. A própria Sra. White, também em ocasiões especiais, orou em pé. O livro Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 152, transcreve o trecho de um apelo feito por ela aos presentes na assembléia geral de 1909, que assim termina: “Que o Senhor vos ajude a lançar mão dessa obra como nunca dantes fizeste. Fá-lo-eis? Erguer-vos-ei aqui e dareis testemunho de que fareis de Deus vossa confiança e vosso ajudador? [Levanta-se a congregação, e a Sra. White ora]: “Graças Te dou, Senhor Deus de Israel. Aceita esse compromisso deste Teu povo. Põe sobre eles o Teu Espírito. Seja neles vista a Tua glória. Ao falarem eles a Palavra da Verdade, vejamos em nós a salvação de Deus. Amém.” E isto não foi um caso isolado.
Em outras oportunidades, ela fez apelos ao povo, e os convidava a ficar em pé, enquanto ela, também em pé, orava. O Manuscrito 35 registra fato semelhante ocorrido na igreja de Oakland, em sete de março de 1908. Na mesma igreja, em oito de fevereiro de 1909, ela também orou em pé, conforme informação dela própria no Manuscrito 7,1909.
Depoimento valioso, de testemunha ocular, é o do Pastor D. E. Robinson. Em 1934, em resposta à pergunta sobre o orar somente de joelhos, escreveu: “Diversas vezes estive presente em reuniões campais e sessões da Associação Geral em que a própria irmã White fez oração, estando a congregação e ela mesma em pé.” Carta de D. E. Robinson, de quatro de março de 1934 (arquivos do Patrimônio Literário White).
Ao descrever a atitude de Cristo quando prestes a realizar Seu maior milagre – a ressurreição de Lázaro – a Sra. White assim se expressou: “Cristo, sereno, Se acha em pé ante a tumba. Paira sobre todos os presentes uma santa solenidade. Cristo Se aproxima do sepulcro. Erguendo os olhos ao Céu, diz: ‘Pai, graças dou por Me haveres ouvido’.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 511.
Os relatos bíblicos de Jonas, que dificilmente poderia ter-se ajoelhado no ventre do peixe, do ladrão na cruz, que orou na posição incômoda em que se achava, e do publicano no templo, que estando em pé, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito dizendo: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Luc. 18:13), também indicam que não se deve dogmatizar quanto a haver uma única forma aceita por Deus para orações. Deus atendeu a todos esses: Jonas foi livrado da desagradável prisão submarina, o ladrão na cruz obteve a promessa de ir ter com Cristo no Paraíso, e o publicano “desceu justificado” (verso 14).
Permanece, pois, o princípio: a postura ideal para a oração é de joelhos. Há, porém, ocasiões em que isso não é possível ou recomendável sem quebra da solenidade do momento de oração.

Extraído da Revista Adventista de Março de 1997

Outra Ellen White?


“Deus suscitará, à semelhança do que fez com Ellen G. White, outra mensageira ou mensageiro para o povo de Deus, principalmente nos dias finais da História para, entre outros propósitos, encorajar o remanescente final. Esse último mensageiro não seria o anjo do cumprimento de Apocalipse 18, que iluminará a Terra toda com a sua glória? Ademais, parece que, à luz do que ela previu em Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 412 (alguém há de vir, no espírito e poder de Elias), esta questão requereria uma resposta positiva.”

Só Deus sabe se, à semelhança de Ellen G. White, deverá ou não se levantar outra(o) mensageira(o) para o povo de Deus antes que Jesus venha. Se Ele achar necessário para o fortalecimento do Seu povo, podemos estar seguros que Ele o fará no tempo certo e da maneira correta, e que “o eleito” não precisará alardear para os quatro ventos ser ele o Elias que haveria de vir. Deus proverá que o mesmo seja reconhecido como tal, justamente como aconteceu como a Sra. White.
Quanto à citação de Mensagens Escolhidas, não podemos esquecer que o bom senso e a prudência requerem que não se faça uma afirmação taxativa de fé ou doutrina, inclusive em assuntos proféticos, fundamentada em uma citação isolada, seja da Bíblia, seja do Espírito de Profecia. Se não respeitarmos os corretos princípios de interpretação, nós o faremos dizer o que queremos que digam. Com prioridade à Bíblia, há que se ver igualmente em Ellen G. White o que é dito sobre esse e qualquer outro ponto em seus escritos, se queremos saber o que ela, de fato, afirma.
Por exemplo, ela também declara: “A obra de João Batista e a obra dos que nos últimos dias saem no espírito e poder de Elias para despertar as pessoas de sua apatia são idênticas em muitos aspectos.” – Maranata, o Senhor Vem, pág. 20. “Os que devem preparar o caminho para a segunda vinda de Cristo são representados pelo fiel Elias, assim como João veio no espírito de Elias para preparar o caminho para o primeiro advento de Cristo.” – Testemunhos para a Igreja, vol. 3, pág. 62. “Na ocasião apropriada, Ele envia Seus fiéis mensageiros para fazer uma obra semelhante à de Elias.” – Ibidem, vol. 5, pág. 254. “Elias foi um tipo dos santos que estarão vivendo na Terra por ocasião do segundo advento de Cristo.” “Hoje, no espírito e poder de Elias e de João Batista, mensageiros escolhidos por Deus estão chamando a atenção de um mundo em vias de julgamento para os solenes acontecimentos a terem lugar breve em conexão com as horas finais de graça e o aparecimento de Cristo Jesus como Rei dos reis e Senhor dos senhores.” – Profetas e Reis, págs. 227 e 716. Nesses trechos, é evidente o sentido coletivo do “Elias que há de vir”, adotado pela mensageira do Senhor.
Entre os aludidos princípios de interpretação, situam-se os contextos histórico e literário de qualquer passagem, e se não os levarmos em conta, o resultado será uma interpretação apressada e, precisamente por isso, superficial, tendenciosa e equivocada. Conferindo a referência de Mensagens Escolhidas, observa-se que ela está censurando a atitude dos judeus do tempo de Jesus de resistir à verdade e tentar impedir sua proclamação. Então ela nos deixa entrever que essa atitude se repete inclusive em nossos dias, de tal modo que mesmo aquele que vem no espírito e poder de Elias seja também resistido.
O anjo de Apocalipse 18 que ilumina toda a Terra com sua glória, a exemplo dos três anjos de Apocalipse 14, não é um indivíduo, não importa se homem ou mulher, mas uma comunidade de fiéis; nesse caso, o remanescente final, sob o poder da chuva serôdia.
Segundo o mesmo Apocalipse, uma das qualidades da Igreja de Jesus Cristo é que ela possui o “espírito de profecia” (Apocalipse 12:17; 19:10). Isso é particularmente verdade com relação ao povo de Deus nos últimos dias, o que significa que o exercício profético poderá eventualmente se manifestar de forma específica no meio dessa Igreja, como no início se manifestou na pessoa e nos escritos de Ellen G. White. Não estou afirmando que terá que se manifestar, pois como disse, só Deus sabe se, como um povo, necessitamos de uma segunda ou terceira (ou até mais de uma terceira) Ellen G. White. A meu ver, não precisamos, pois a Bíblia (secundada pela luz menor, os escritos dela) contém tudo o que precisamos para chegar ao último dia preparados para a transladação. Outra coisa: devemos lembrar que possuímos o espírito, ou dom, de profecia não porque possuímos Ellen G. White, mas temos Ellen G. White porque possuímos o espírito de profecia. Segundo o Novo Testamento, o ato de se estudar e proclamar as profecias bíblicas equivale a “profetizar”; isto é, para se profetizar não é necessariamente imperativo que haja sonhos e visões, ou predições inéditas do futuro. O último livro da Bíblia confirma esse fato, assinalando que os 144 mil, a última geração de salvos, é constituída de “servos” (Apocalipse 7:3), um termo técnico identificativo dos “profetas” (ver 1:1; 10:7; 11:18; 22:9). Em outras palavras, os 144 mil perfazem uma comunidade profética, e não precisamos assumir que eles viverão sonhando e tendo visões. Essa comunidade profética última de fiéis cumpre as especificações de Elias a ser enviado antes do “grande e terrível dia do Senhor” (Malaquias 4:5; ver SDABC, vol. 4, pág. 11840), e que cumprirá a obra prevista nesse texto, através da pregação, em todo o mundo, da tríplice mensagem angélica de Apocalipse 14. Tudo, é claro, sob o poder e providência do Espírito Santo, segundo o que transparece na obra do “quarto anjo” de Apocalipse 18.

Por José Carlos Ramos, professor de teologia do Seminário Latino-americano de Teologia, em Engenheiro Coelho, SP. Publicado na Revista Adventista em abril de 2007. 

O Ocultismo

A alma é imortal?


Os ricos poderão herdar o reino dos céus?
É pecado doar todos os órgãos após a morte? A Bíblia fala algo sobre isso?
Jesus e o diabo disputaram o corpo de Moisés? Por que isto aconteceu?
O que acontece depois da morte?
Existe um anjo da guarda para cada ser humano?
Se Deus tirou a vida de pessoas no passado, Ele estava contradizendo a sua própria lei?
Devemos fazer pactos com Deus para recebermos as bênçãos Dele?
Haverão 3 ressurreições?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O Fim do Tempo da Graça


Ninguém Sabe Quando Terminará o Tempo da Graça


Deus não nos revelou o tempo em que esta mensagem será concluída, ou quando terá fim o tempo de graça. Devemos aceitar as coisas reveladas a nós, mas não devemos nos preocupar em buscar o conhecimento daquelas mantidas em segredo.
Têm-me chegado cartas buscando esclarecimento especial quanto ao tempo do fim da graça. A essas perguntas respondo que tenho apenas esta mensagem a dar: “que agora é tempo de trabalhar, enquanto é dia, pois a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”. Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 191.

A Imposição da Lei Dominical Precede o Fim do Tempo da Graça


“O Senhor mostrou-me claramente que a imagem da besta formar-se-á antes que termine a graça; pois isso será a grande prova para o povo de Deus, pela qual será decidido seu destino eterno”. Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 81.
O que é a "imagem da besta"? E como ela será formada? A imagem é feita pela besta de dois cornos, também chamada imagem da besta. Portanto, para sabermos o que é a imagem, e como será formada, devemos estudar as características da própria besta - o papado.
“Quando se corrompeu a primitiva igreja, afastando-se da simplicidade do evangelho e aceitando ritos e costumes pagãos, perdeu o Espírito e o poder de Deus; e, para que pudesse governar a consciência do povo, procurou apoio do poder secular. Disso resultou o papado, uma igreja que dirigia o poder do Estado e o empregava para favorecer aos seus próprios fins, especialmente na punição da ‘heresia’. A fim de formarem os Estados Unidos uma imagem da besta, o poder religioso deve a tal ponto dirigir o governo civil que a autoridade do Estado também seja empregada pela igreja para realizar os seus próprios fins. A ‘imagem da besta’ representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para imposição de seus dogmas”. O Grande Conflito, pág. 443, 445.

O Tempo da Graça Terminará Quando For Concluído o Selamento


Pouco antes de entrarmos no tempo de angústia, todos nós recebemos o selo do Deus vivo. “Então eu vi os quatro anjos deixarem de segurar os quatro ventos. E vi fomes, epidemias e espada, nação se levantando contra nação e o mundo inteiro em confusão”. The Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 7, pág. 968.
“Vi anjos indo aceleradamente de um lado para o outro no Céu. Um anjo com um tinteiro de escrivão ao lado voltou da Terra, e referiu a Jesus que sua obra estava feita, e os santos estavam numerados e selados. Então vi Jesus, que havia estado a ministrar diante da arca, a qual contém os Dez Mandamentos, lançar o incensário. Levantou as mãos e com grande voz disse: ‘Está feito’ ”. Primeiros Escritos, pág. 279.
“Só nos resta, por assim dizer, um pequeno instante. Mas, conquanto nação se esteja levantando contra nação e reino contra reino, não se desencadeou ainda um conflito geral. Ainda os quatro ventos sobre os quatro cantos da Terra estão sendo retidos até que os servos de Deus estejam assinalados na testa. Então as potências do mundo hão de mobilizar suas forças para a última grande batalha”. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 369.
“Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita; o mundo foi submetido à prova final, e todos os que se mostrarem fiéis aos preceitos divinos receberam ‘o selo do Deus vivo’. Cessa então Jesus de interceder no santuário celestial. Levanta as mãos, e com grande voz diz: ‘Está feito’ ”. O Grande Conflito, pág. 613.

O Tempo da Graça Terminará Repentina e Inesperadamente


“Quando Jesus deixar de interceder pelo homem, os casos de todos estarão decididos para sempre. Termina o tempo da graça; as intercessões de Cristo cessam no Céu. Esse tempo afinal virá repentinamente sobre todos, e os que não purificarem a alma pela obediência à verdade, serão encontrados dormindo”. Testimonies, vol. 2, pág. 191.
“Quando terminar o tempo da graça, isso se dará repentina e inesperadamente - numa ocasião em que menos esperarmos. Mas podemos ter hoje um registro limpo no Céu, e saber que Deus nos aceita”. The Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 7, pág. 989.
Quando se encerrar a obra do juízo de investigação, o destino de todos terá sido decidido, ou para a vida, ou para a morte. O tempo da graça finaliza pouco antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do céu.
Antes do dilúvio, depois que Noé entrou na arca, Deus o encerrou ali, e excluiu os ímpios; mas, durante sete dias, o povo, não sabendo que seu destino se achava determinado, continuou em sua vida de descuido e de amor aos prazeres, zombando das advertências sobre o juízo iminente. “Assim diz o Salvador, será também a vinda do Filho do homem.” Mat. 24:39. Silenciosamente, despercebida como o ladrão à meia-noite, virá a hora decisiva que determina o destino de cada homem, sendo retraída para sempre a oferta de misericórdia ao homem culpado.
“Enquanto o homem de negócios está absorto em busca de lucros, enquanto o amante dos prazeres procura satisfazer aos mesmos, enquanto a escrava da moda está a arranjar os seus adornos - pode ser que naquela hora o Juiz de toda a Terra pronuncie a sentença: ‘Pesado foste na balança, e foste achado em falta.’ ” Dan. 5:27. O Grande Conflito, págs. 490 e 491.

A Atividade Humana Depois do fim do Tempo da Graça


“Os justos e os ímpios estarão ainda a viver sobre a Terra em seu estado mortal: estarão os homens a plantar e a construir, comendo e bebendo, todos inconscientes de que a decisão final, irrevogável, foi pronunciada no santuário celestial”. O Grande Conflito, pág. 491.
“Quando a decisão irrevogável do santuário houver sido pronunciada, e para sempre tiver sido fixado o destino do mundo, os habitantes da Terra não o saberão. As formas da religião continuarão a ser mantidas por um povo do qual finalmente o Espírito de Deus Se terá retirado; o zelo satânico com que o príncipe do mal os inspirará para o cumprimento de seus maldosos desígnios, terá a semelhança do zelo para com Deus.” O Grande Conflito, pág. 615
“O trigo e o joio deverão ‘crescer ambos juntos até a ceifa’. No desempenho de seus deveres cotidianos, os justos hão de estar, até o fim, em contato com os ímpios. Os filhos da luz estão espalhados entre os das trevas para que o contraste salte aos olhos de todos”. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 13.
Cristo declarou que quando Ele vier, alguns de Seu povo expectante estarão empenhados em transações comerciais. Alguns estarão semeando no campo, outros ceifando e colhendo, e outros ainda moendo num moinho.

A Descrença e os Prazeres Proibidos Continuam


“O ceticismo e o que é chamado de ciência têm, em grande medida, minado a fé do mundo cristão em suas Bíblias. Erros e fábulas são aceitos de bom grado, para que eles possam seguir o caminho da condescendência pessoal e não ficar alarmados, pois não procuram preservar o conhecimento de Deus. Dizem: ‘O dia de amanhã será como este, e ainda maior e mais famoso’. Mas, em meio à sua descrença e iníquo prazer, será ouvida a voz do arcanjo e a trombeta de Deus.
Quando tudo em nosso mundo for buliçosa atividade, imersa em egoísta ambição de lucro, Jesus virá como um ladrão”. Manuscrito 15b, 1886.
“Quando o professo povo de Deus se estiver unindo com o mundo, vivendo como vivem os do mundo, e com eles gozando de prazeres proibidos; quando o luxo do mundo se tornar luxo da igreja; quando os sinos para casamentos estiverem a tocar, e todos olharem para o futuro esperando muitos anos de prosperidade temporal, subitamente então, como dos céus fulgura o relâmpago, virá o fim de suas resplendentes visões e esperanças ilusórias”. O Grande Conflito, págs. 338 e 339.

Os Homens Estarão Inteiramente Absortos nos Negócios


“Quando Ló advertiu os membros de sua família da destruição de Sodoma, eles não quiseram atender às suas palavras, mas o consideraram um entusiasta fanático. A destruição que ocorreu encontrou-os desprevenidos. Assim será quando Cristo vier - agricultores, negociantes, advogados, comerciantes, estarão inteiramente absortos nos negócios, e o dia do Senhor virá sobre eles como um laço”. Review and Herald, 10 de março de 1904.
“Quando pastores, agricultores, negociantes, advogados, grandes e pretensos bons homens exclamarem: ‘Paz e segurança!’, sobrevirá repentina destruição. Lucas relata as palavras de Cristo, de que o dia de Deus vem como um laço - a figura de um animal andando na selva em busca da presa, e eis que, de repente, ele é apanhado na disfarçada armadilha do caçador”. Manuscript Releases, vol. 10, pág. 266.
“Quando os homens estão despreocupados, enlevados nas diversões, absortos em comprar e vender, o ladrão se aproxima com passos furtivos. Assim será na vinda do Filho do homem”. Carta (Ellen G. White) Nº 21, Ano 1897.

Líderes Religiosos Estarão Cheios de Otimismo


“Quando os raciocínios da filosofia houverem banido o temor dos juízos de Deus; quando ensinadores religiosos estiverem a apontar no futuro para longas eras de paz e prosperidade, e o mundo estiver absorto em sua rotina de negócios e prazeres, plantando e construindo, banqueteando-se e divertindo-se, rejeitando as advertências de Deus e zombando de Seus mensageiros, então é que súbita destruição lhes sobrevirá, e não escaparão”. Patriarcas e Profetas, pág. 104.
“Venha quando vier, o dia do Senhor virá de improviso aos ímpios. Correndo a vida sua rotina invariável; encontrando-se os homens absortos nos prazeres, negócios, comércio e ambição de ganho; estando os dirigentes do mundo religioso a engrandecer o progresso e ilustração do mundo, e achando-se o povo embalado em uma falsa segurança, então, como o ladrão à meia-noite rouba na casa que não é guardada, sobrevirá repentina destruição aos descuidados e ímpios, e ‘de nenhum modo escaparão’ ”. O Grande Conflito, pág. 38.

Satanás Deduz que Terminou o Tempo da Graça


“No tempo de angústia Satanás instiga os ímpios, e eles cercam o povo de Deus para destruí-los. Mas ele não sabe que foi escrito ‘perdão’ ao lado de seus nomes nos livros do Céu”. Review and Herald, 19 de novembro de 1908.
            “Assim como Satanás influenciou Esaú a marchar contra Jacó, instigará os ímpios a destruírem o povo de Deus no tempo de angústia... Ele vê que santos anjos os estão guardando, e deduz que seus pecados foram perdoados; mas não sabe que seus casos foram decididos no santuário celestial”. O Grande Conflito, pág. 618.

Fome da Palavra


“Os que não apreciam, não estudam e prezam ternamente a Palavra de Deus proferida por Seus servos terão por que lamentar-se amargamente no futuro. Vi que o Senhor, em juízo, andará no fim do tempo pela Terra; as terríveis pragas começarão a cair. Então os que desprezaram a Palavra de Deus, os que a tiveram em pouca conta, ‘andarão de mar a mar, e do norte até o oriente; correrão por toda parte, procurando a palavra do Senhor, e não a acharão’ ”. Amós 8:12.
“Há na Terra uma fome de ouvir a Palavra”. Manuscrito 1, 1857.

Não Mais Orações Pelos Ímpios


“Os ministros de Deus terão realizado seu último trabalho, oferecido suas últimas orações, derramado sua última e amarga lágrima por uma igreja rebelde e um povo iníquo. Foi dada sua última e solene advertência. Oh, então, quão depressa casas, terras e dólares que foram ambiciosamente acumulados e acalentados, e firmemente agarrados, seriam dados em troca de alguma consolação pelos que professaram a verdade mas não viveram de acordo com ela, para que fosse explicado o caminho da salvação ou para ouvir uma palavra de esperança ou uma oração ou exortação de seus pastores! Mas não! Eles continuarão sentindo fome e sede inutilmente; sua sede nunca será mitigada; eles não poderão obter nenhuma consolação. Os seus casos estão decididos e resolvidos para sempre. É um tempo terrível e espantoso”. Manuscrito 1, 1857.
“Na ocasião em que os juízos de Deus estiverem caindo sem misericórdia, oh! quão invejável para os ímpios será a posição dos que habitam no esconderijo do Altíssimo - o pavilhão em que o Senhor esconde todos os que O têm amado e obedecido a Seus mandamentos! Em tal tempo como esse, a condição dos justos será realmente invejável aos que estiverem sofrendo por causa de seus pecados. Mas a porta da graça estará fechada para os ímpios. Depois que terminar o tempo da graça não serão mais oferecidas orações em seu favor”. The Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 3, pág. 1.150.

O Caráter não Pode Ser Transferido


“O Senhor vem com poder e grande glória. Será então o Seu trabalho fazer completa separação entre o justo e o ímpio. Mas o óleo não pode ser transferido para o vaso dos que não o têm. Então se cumprirão as palavras de Cristo: ‘Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. Então, estando dois no campo, será levado um e deixado outro’. Os justos e os ímpios devem estar associados no trabalho da vida. Mas o Senhor lê o caráter; Ele discerne quem são os filhos obedientes, que respeitam e amam aos Seus mandamentos”. Testemunhos para Ministros, pág. 234.
“Solene coisa é morrer, mas muito mais solene é viver. Todo pensamento e palavra e ato de nossa vida será novamente enfrentado. O que fazemos de nós mesmos no tempo da graça, isso havemos de permanecer por toda a eternidade. A morte traz a dissolução do corpo, mas não opera mudança no caráter. A vinda de Cristo não nos muda o caráter; fixa-o apenas para sempre, além da possibilidade de qualquer mudança”. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág.

Outra Oportunidade não Convenceria os Ímpios


“Devemos aproveitar ao máximo nossas oportunidades atuais. Não nos será concedido outro tempo de graça em que possamos preparar-nos para o Céu. Esta é nossa única e derradeira oportunidade para formar caracteres que nos habilitem para o futuro lar que o Senhor preparou para todos os que obedecem aos Seus mandamentos”. Carta (Ellen G. White) Nº 20, Ano 1899.
‘Não haverá um tempo de graça depois da vinda do Senhor. Os que dizem que haverá, estão enganados e iludidos. Antes que Cristo venha, a situação será semelhante à que existiu antes do Dilúvio. E depois que o Salvador aparecer nas nuvens do Céu, ninguém terá outra oportunidade de obter a salvação. Todos terão feito suas decisões”. Carta 45, 1891.
“Todos serão examinados e julgados de acordo com a luz que tiveram. Os que se desviam da verdade para as fábulas não podem esperar uma segunda oportunidade. Não haverá um milênio temporal. Se, depois que o Espírito Santo trouxe convicção aos seus corações, resistirem à verdade e usarem sua influência para impedir que outros O recebam, eles nunca se convencerão. Não buscaram a transformação do caráter no tempo de graça que lhes foi concedido, e Cristo não lhes dará a oportunidade de passarem outra vez pela mesma situação. A decisão é definitiva”. Carta 25, 1900.

Fonte: Eventos Finais, Cap. 16 - pág. 237-240 – Ellen G. White
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Por que amar e adorar a Deus e não apenas amar uns aos outros?


O ser humano foi criado perfeitamente para viver em harmonia com Deus, numa relação de dependência e confiança, pois Deus é o Criador e o mantenedor de todas as coisas (Gênesis 1: 26, 31). Sua felicidade, bem como o desenvolvimento de seu caráter, dependeria de sua voluntária escolha de obediência e lealdade para com Deus (Gênesis 2:15-17).
Contudo, o primeiro casal desobedeceu a Deus e sua felicidade foi comprometida. Agora se tornaram conhecedores do mal e adquiriram uma natureza pecaminosa que resultaria em morte (Gênesis 3:22, Romanos 5:12, 6:23).
Pelo fato de o homem e a mulher, por causa do pecado, estarem despidos do manto protetor de Deus (Gênesis 3:11), tornaram-se carentes de Sua glória (Romanos 3:23). Para que não se perpetuasse a maldade Deus os expulsou do jardim (Gênesis 3:22), mas não os deixou sem esperança. Fez uma linda promessa, dando-lhes a certeza de que Deus se reconciliaria com o mundo através do Descendente da mulher, Cristo (Gênesis 3:15). Paulo diz que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2 Coríntios 5:19). Portanto, notamos um Deus apaixonado por suas criaturas, um Deus que se despojou de tudo, envolveu-se com a miséria humana, sentiu nossas dores, para que fôssemos resgatados, salvos do pecado e de sua penalidade, pois como nosso substituto Ele pagou o preço com o Seu próprio sangue (Filipenses 2:5-11; João 1:1, 14, 3:16; Romanos 5:19).
João, em Patmos, escreve: “Digno és, Senhor nosso e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, pois tu criaste todas as coisas, e por tua vontade existem e foram criadas (Apocalipse 4:11). Portanto, vê-se claramente que Deus é amor e que a criação é  a manifestação de Seu amor. De forma plena esse amor é revelado em Sua obra de recriação ou redenção, por isso João descreve seres celestes cantando “um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação” (Apocalipse 5:9).
Deus é o ser mais cavalheiro que existe, pois o amor só pode surgir, desenvolver-se e amadurecer em um ambiente de liberdade. Amor desperta amor, e é por isso que podemos amar a Deus (1 João 4:19). A Bíblia é uma proposta de vida plena, abundante, é a revelação dAquele que é a fonte da vida e que nos concede a liberdade de escolhermos a vida (Deus) ou a ausência de vida (morte), ou seja, ausência de Deus (leia Deuteronômio 30:20).
Moisés declara que “Ele é a tua vida”. Não há como amar o próximo sem amar a Deus, “pois o amor é de Deus” (1 Jo. 4:7). Adoração é uma atitude de reconhecimento e gratidão de que Deus é o Criador, Mantenedor e Redentor. Não pode haver real amor ao próximo sem amor a Deus.

Um abraço, Pr. Frederico Branco.

O Espírito de Deus está neste lugar

Ouça os corações

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A criação do Sol


Gostaria de saber mais claramente se o Sol foi realmente criado no quarto dia, ou já havia sido criado antes. Eu acredito numa semana de criação e não de aparecimento. Devemos aplicar o princípio de hermenêutica a Gênesis 1? E. F.

Devemos aplicar os princípios de hermenêutica na interpretação de Gênesis 1, como de qualquer outra passagem bíblica. Quanto ao Sol ter sido criado ou ter aparecido, será que as duas coisas não podem acontecer? Afinal, Deus pode criar fazendo coisas aparecerem, como o verso 9 nos assegura concernente à porção seca.
A idéia de que Deus fez o Sol aparecer no quarto dia da semana da criação é uma das maneiras de interpretar o texto. Os que esposam esta interpretação acham que o “princípio” de Gênesis 1:1 ocorreu tempos antes do primeiro dia, com o que II Pedro 3:4 e 5 parece concorrer, já que “princípio” do verso 4 está em antítese com “de longo tempo houve céus bem como terra” do verso 5. A outra maneira, naturalmente, é afirmar que Deus criou o Sol no quarto dia, e ponto final.
Claro que o irmão, como adventista, tem o direito de crer desta maneira, e ter sua opinião respeitada. Quanto a mim, prefiro aceitar a primeira interpretação por quatro razões: 

(1) o relato de Gênesis 1 tem a ver com a criação da Terra, não com a de outros corpos do Universo. Quando o quarto mandamento diz que em “seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há,” são aí referidas as três divisões fundamentais desta criação, e não todo o Universo. São estas três divisões respectivamente: a camada atmosférica que nos envolve, a parte seca, e a parte líquida; 

(2) a “terra” que foi criada no “princípio,” segundo 1:1, é a Terra em seu estado original, primitivo, caótico por estar ainda “sem forma e vazia” (verso 2) – imprópria, portanto, para a presença da vida; o que Deus faz a partir do primeiro dia é aprimorar o planeta, adequando-o à vida.
Os “céus,” também criados “no princípio”, não podem ser o céu onde Deus habita, pois este, como domínio da divindade, é eterno; não podem ser o céu atmosférico porque este foi criado no segundo dia (verso 8); sobra-nos a terceira alternativa: os céus estelares. O Sol é um astro destes “céus”, e, portanto, foi criado “no princípio”, isto é, antes do quarto dia;

(3) essa posição explica “o haja luz” do primeiro dia, sem dúvida a luz solar, pois a seqüência noite/dia, que ocorre em decorrência do Sol, começa aí (versos 4 e 5) e não a partir do quarto dia. De fato, com exceção do sétimo, esta seqüência é referida como tomando lugar a cada
dia, com o emprego da fórmula “houve tarde e manhã” (versos 5, 8, 13,19, 23 e 31). Ora, se a fórmula é empregada em alusão inclusive ao primeiro, segundo e terceiro dias, e se o Sol é responsável pela alternância “tarde e manhã”, segue-se que este astro já existia antes do quarto dia;

(4) esta posição explica também o que são “águas abaixo” do céu atmosférico, e “águas sobre” o céu atmosférico (verso 7).

Naturalmente, os raios solares, aquecendo a superfície aquática (verso 2; compare com II Ped 3:5) da Terra original, produziram uma camada tão espessa de vapor que o bloco líquido, no núcleo, se envolveu em trevas (Gên. 1:2).
É a partir deste ponto, a meu ver, que Moisés traça o relato da semana da criação.
De início, essa camada tocava as águas líquidas. Na verdade, a ordem divina “haja luz”, do primeiro dia (verso 3), fez com que a camada se dissolvesse parcialmente, tornado-se menos espessa e permitindo que a luz solar penetrasse atingindo o bloco líquido em baixo, que se iluminou mais ou menos como num dia de neblina; houve iluminação sem que o Sol fosse visto. No segundo dia da semana Deus fez “separação” entre águas e águas, colocando um “firmamento” entre elas (versos 6 e 7). Em outros termos, Ele ordenou que o vapor se elevasse e se condensasse acima. Este “firmamento” recebeu o nome de “céus” (verso 8), e é, com efeito, a camada atmosférica que envolve o planeta. Isso feito, Deus fez surgir, das águas líquidas, o solo, a chamada “porção seca” do verso 9; a partir deste ponto, a superfície do planeta é dividida em “mares” e “terra” (solo). Havendo vapor d’água e solo, o ambiente tornou-se propício para Deus criar a primeira forma de vida, a vegetal. Esses milagres todos ocorreram no “terceiro dia” (versos 9-13).

Uma vez criada, a vida vegetal deveria crescer e ser preservada; isto seria possível através da assimilação da clorofila e do gás carbônico. Deus, então, no quarto dia, fez com que a camada gasosa restante acima se desvanecesse, e o sol incidisse diretamente sobre as plantas. Isso efetivou o processo conhecido como fotossíntese, através do qual a clorofila é assimilada, enquanto a criação da vida animal, a partir do quinto dia, proporcionou o meio de manutenção do gás carbônico, a ser, também com o auxílio da irradiação solar, absorvido pelos vegetais. Na verdade, os seres da vida animal aspiram o oxigênio e expiram o gás carbônico útil para os vegetais, enquanto estes assimilam o gás carbônico e exalam o oxigênio útil para a vida animal. Assim, um plano de apoio recíproco entre vegetais e animais subsiste na natureza e a vida na Terra é mantida. Isso encarece o valor dos princípios ecológicos do planeta.
Conforme a semana da criação começou e prosseguiu, Deus foi aprimorando este mundo, tornando-o cada vez mais adequado para a presença da vida em seus diferentes níveis de manifestação. Os atos divinos em cada dia foram estágios progressivos no cumprimento deste maravilhoso propósito, cujo clímax é logrado com a criação da vida humana. Vemos aqui a operação não apenas de um Deus todo-poderoso, trazendo cada coisa à existência pelo poder do Seu comando, mas também um Deus amoroso e sábio, cumprindo um plano perfeito de criação e sustentação da vida. – 

por José Carlos Ramos, diretor dos cursos de Pós-Graduação do SALT, IAE – Campus 2

Alimentos proibidos


por Helnio J. Nogueira
Esta é uma pergunta bastante freqüente. Por que Deus, em Levítico 11, proibiu o uso de carnes como a do coelho, do porco, dos peixes de couro e de todos os animais que hoje chamamos de “frutos do mar” (incluindo camarão, lagosta, ostras), e também da avestruz, do cisne, da tartaruga, da rã, da lesma e tantos mais? 
Existem várias evidências contra essas carnes, consideradas imundas, mas não podemos dizer que foi por esta ou aquela razão que elas foram proibidas. Deus não deu uma explicação aos israelitas; não disse, por exemplo, que causavam câncer, ou aumentavam o colesterol, ou que transmitiam vermes, bactérias ou outras doenças. Falou apenas que esses animais eram “imundos”, “abominação” ou “abomináveis”.
“Da sua carne não comereis, nem tocareis no seu cadáver... qualquer que tocar os seus cadáveres será imundo até à tarde. ... Não façais as vossas almas abomináveis por nenhum réptil que se arrasta, nem neles vos contamineis... porque Eu sou o Senhor vosso Deus, para que sejais santos, porque Eu sou santo” (Lev. 11: 7 e 8, 10, 24 e 43).

É muito interessante ver que, mesmo sem saber os motivos científicos, os israelitas obedeceram. Hoje, no entanto, todos precisamos saber as razões. Será que eu tenho mesmo que obedecer a essa parte da Bíblia? Por que Deus foi tão severo a respeito da carne desses animais?
Se olhássemos mais demoradamente a lista dos animais imundos, veríamos que ela é bem mais extensa e inclui também o rato, o lagarto, a lagartixa, a águia, o urubu, corujas, gaviões e morcegos. Talvez em relação a esses animais ninguém queira discutir porque são considerados impuros ou imundos. Mesmo assim, muita gente poderia pensar que essas classificações de animais impuros eram:
1. Proibições cerimoniais ou religiosas. “Não façais as vossas almas abomináveis.”
2. Talvez nem fossem orientações de saúde e sim apenas um teste de fé. Se você confia em Deus e O ama, você obedece, sem discutir, mesmo que não entenda o porquê.
3. Poderia ser uma questão de saúde restrita aos israelitas do deserto. Hoje, com melhores condições de higiene, todos os imundos já teriam passado para a categoria dos “limpos”.
O fato é que, independente do motivo, Deus classificou esses alimentos como imundos, e disse que eles contaminavam as coisas e as pessoas com que entravam em contato.
A Bíblia  também os  chama de “abomináveis”, ou como diz outra tradução, “nojentos”.

Razões científicas – 1. Doenças transmissíveis. Não há nenhuma dúvida de que as carnes “proibidas” não são “saudáveis”. Aliás, carne nenhuma o é! (Mas essas não eram simplesmente “não saudáveis”, eram “imundas e abomináveis”). Qualquer bom livro de saúde ou medicina vai dizer, por exemplo, que muitas dessas carnes podem transmitir
vários tipos de vermes, bactérias e outras doenças.
Embora o problema da transmissão de doenças seja real, é pouco provável que a razão seja só esta. Hoje já existem criadores que desenvolvem seus animais em ambientes praticamente estéreis. E sinceramente não acredito que Levítico 11 devesse ser reescrito dizendo: “do coelho, do porco, dos peixes de couro, do rato, da lesma, etc, só comereis os que forem criados em ambiente estéril...”
2. Colesterol. Também é bastante conhecido o fato de que carne de porco, banha, “bacon”, torresmo e outros derivados, aumentam o colesterol. Frutos do mar (camarão, mexilhão, ostras), também. No entanto, não é crível que o problema seja apenas o colesterol, pois o leite integral, a manteiga, gema de ovos, pele de frango também fazem subir o nosso colesterol e nem por isso são considerados imundos ou abominação. E mais, a carne de alguns animais imundos, como a avestruz, é relativamente pobre em colesterol.
3. As crises de gota úrica. Peixes de couro e rãs, além de bebidas alcoólicas, sardinha, carne vermelha, miúdos, galeto e animais de caça, podem deflagrar crises de gota úrica,
em determinados pacientes. Mas, igualmente, se o problema fosse só o ácido úrico, por que apenas os peixes de couro e a rã teriam sido discriminados como imundos e abomináveis? E os outros?
Infelizmente, o conhecimento atual da medicina sobre este assunto ainda é pequeno e não nos ajuda muito. A ciência ainda não tem razões suficientes para dizer que algumas dessas carnes são piores do que as outras.
Por outro lado, não dá para considerar o silêncio da ciência como permissão. É uma ilusão tola pensar que a ciência dos nossos dias sabe tudo. Na realidade, a medicina
científica tem pouco mais de cem anos. Em matéria de conhecimento estamos engatinhando, apenas arranhando a superfície. Não temos a menor idéia da causa de um número enorme de doenças graves. Mas é muito provável que no futuro se descubra que algumas ou muitas dessas doenças sejam causadas pela carne de animais imundos.
Enquanto isso não acontece, o que devemos fazer? Posso garantir uma coisa: três mil e quinhentos anos atrás, quando Deus deu essas orientações, certamente sabia muito mais medicina do que todos nós juntos sabemos hoje.

Extraído da Revista Adventista de Dezembro de 2001

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