sábado, 15 de dezembro de 2012

Entretenimento Cristão



O lazer é um aspecto importante da vida de toda pessoa, inclusive do cristão. Do ponto de vista social, ele tem a função de relaxar as tensões diárias e renovar as energias para uma nova temporada de atividades rotineiras. O filósofo grego Aristóteles falava da necessidade de pausas nas atividades laborais cotidianas. Para um bom leitor da Bíblia, em tempo algum isso foi novidade, já que nosso Criador estabeleceu, desde o início, um dia de descanso após seis dias de trabalho.

Na Revolução Industrial, com a supervalorização do trabalho, os momentos de lazer passaram a ser vistos sob um ângulo capitalista. Ou seja, desprezava-se o tempo para a recuperação das forças e da energia. Anos depois, ficou compreendido que o trabalhador carece de férias para voltar revigorado a suas atividades. A descoberta valia também para períodos mais curtos, como o prazo de uma semana, por exemplo. Essa foi uma vitória importante para o trabalhador. O sociólogo italiano Domênico De Masi (autor do livro O Ócio Criativo) afirma que, na era pós-industrial, teremos cada vez menos trabalho e mais tempo livre; a escola e a família nos preparam para o trabalho, mas ninguém nos tem preparado para o tempo livre. Isso é especialmente verdade para nós, cristãos, que não queremos preencher nosso tempo disponível com qualquer tipo de atividade.

Deus não nos criou para sermos tristes, solitários nem para vivermos constantemente sob tensão. Ele imaginou inúmeras formas de nos dar alegria por meio de nossos sentidos. Essa é a razão por que as flores têm aroma, as frutas têm sabor, há cores e texturas, os sons exercem efeito sobre nós. Nossos sentidos nos ajudam a desfrutar a vida e percebê-la como um presente do Senhor. O lazer sempre esteve nos planos de Deus para o homem.

O rei Salomão nos fala que recreação é uma ordem do Céu: Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração" (Ec 11:9). E diz mais: há um "tempo de chorar" mas em seguida lembra que também há um "tempo de rir" e até de "saltar de alegria" (Ec 3:4). O ser humano, naturalmente, busca a própria felicidade. Esse sentimento não foi "plantado" em nós pelo inimigo; é um dom divino. Fomos feitos para ser felizes. Aptos para o lazer e estando em busca da felicidade, cabe-nos agora uma decisão: que fazer durante o tempo vago? E é bem nesse ponto que o inimigo tenta nos atrair com formas equivocadas de alcançar nosso objetivo.

Amigos

O ser humano é sociável. Estar em sociedade implica compartilhar idéias. Assim, é fácil enredar-se em um comportamento inadequado quando é precisamente isso o que "todos estão fazendo" É inevitável que uma pessoa influencie outra. No início do século passado, o sociólogo francês Aléxis Carrel dizia em seus discursos que "todos sofrem fatalmente a influência daqueles com quem convivem" Essa realidade perdura e você já deve ter sido influenciado e exercido influência sobre outras pessoas. Assim, em um momento de fraqueza ou "distração" até mesmo o mais fiel cristão está sujeito a ser levado pela correnteza.

Não é muito próprio da natureza humana gostar de ser "diferente" Isso pode deixar algumas pessoas acuadas, e elas acabam participando de atividades impróprias a um genuíno cristão. Esse fato isolado já é ruim, mas se torna ainda pior quando o cristão, jovem ou não, vai se acostumando aos hábitos seculares e faz calar a voz da consciência. Pela influência do meio em que está, acaba pactuando com o mal. É por meio de íntima associação com não-cristãos que muitos cristãos entram em contato com entretenimento impróprio e colocam em risco sua vida espiritual.

No entanto, nenhuma experiência precisa ter esse desfecho. Com forças vindas de Deus, é possível remar em sentido inverso e vencer a "correnteza" "Não sois do mundo" disse-nos Jesus, "pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia" (Jo 15:19). Poderemos ser odiados pelo mundo; mas verdadeiros filhos de Deus suportam isso com valentia.

O ambiente
Por que as pessoas vão a lugares imorais em busca de lazer? Sinceramente, o que elas irão encontrar lá? Pode haver algum riso, mas não será genuíno, e sim provocado por músicas excitantes, bebidas alcoólicas, entorpecentes, incentivos lascivos ou outros artifícios. O motivo pelo qual as pessoas procuram lugares com esses elementos é precisamente a razão pela qual não deveriam fazer isso. Ali , não haverá descanso para a mente nem para o corpo. Não haverá "recriar" que é o propósito da recreação saudável.

É estarrecedor, mas meses atrás circulou na internet a descrição de uma típica festa à fantasia. A prima de um dos convidados voltava do toalete avisando que a "Branca de Neve" estava passando mal depois de ter tomado suas cervejas. "Branca de Neve" no caso, era uma garota de 15 anos. Como ser fiel a Deus e não fazer estas perguntas: Isso é ambiente para um cristão? O que um jovem cristão pretende encontrar quando aceita participar de uma festa dessas?

"O verdadeiro cristão não desejará entrar em nenhum lugar de diversão, nem envolver-se em nenhum entretenimento sobre o qual não possa pedir a bênção de Deus" (Ellen G. White, Mensagem aos Jovens, p. 398).

Ainda assim, alguns se sentem tentados a ir a esses lugares. Chegam a dizer que têm o incrível propósito de resgatar pessoas. É uma causa nobre, sem dúvida, mas não é uma boa estratégia pôr-se em terreno perigoso.

Como cristãos, somos envolvidos por uma redoma que nos protege do mundo exterior. Isso é bom, mas às vezes temos a ilusão de que, do lado externo, é tudo cor-de-rosa e perfumado. "Certamente não morrerás" repete o inimigo. Infelizmente, muitos ainda acreditam nessa mentira e se arriscam. No entanto, toda felicidade oferecida pelo inimigo é temporária. Ainda que haja uma euforia inicial, ela será substituída pelo vazio existencial.

"O contínuo anseio por diversões agradáveis revela os profundos desejos de alguém. Mas os que bebem dessa fonte de prazer mundano acharão que continua ainda insatisfeita a sede de sua alma. Estão enganados; confundem alegria com felicidade; e, quando cessa a agitação, muitos caem nas profundezas do desânimo e desespero" (Eilen G. White, Fundamentos Educação Cristã, p. 422).

As telas
Um dos pontos mais polêmicos a respeito da recreação é o cinema. Em relação a esse assunto, há defesas, ataques e abstenções entre os membros da igreja.

De fato, a indústria cinematográfica é uma máquina de idéias. Por meio dela, você recebe sugestões de como agir no dia-a-dia. Várias vezes, terá controle sobre aquilo a que assistiu e não se sentirá influenciado a respeito do enredo que acompanhou. No entanto, outras muitas vezes a trama o seduzirá e você a transportará para sua própria vida, permitindo que ela o influencie em suas decisões pessoais. Muitas infrações da conduta ou da moral já foram estimuladas por filmes que não levam em conta princípios cristãos. Até mesmo o noticiário nacional já nos pôs a par disso. Tais filmes privilegiam a delinqüência, o crime, a violência, o vício, o roubo, a obscenidade, a blasfêmia. São aulas de toda sorte de maldade. Como menciona João de Deus Pinho, em sua obra Caminhos da Juventude, é lamentável que pessoas cristãs, entre elas, muitos jovens, sentem-se numa poltrona de cinema para assistir a essas aulas. Assim, reduzem a sensibilidade ao que acontece ao redor de si. Isso também pode ser o resultado de freqüências ao teatro, horas indiscriminadas e passivas diante da televisão ou do computador, na internet.

As atividades
De que tipo de recreação, então, o homem precisa? As atividades devem renovar suas faculdades intelectuais, físicas, emocionais e espirituais. Tendo isso como princípio básico, ele estará pronto a fazer escolhas corretas e seguras sobre formas cristãs de entretenimento.

A recreação é necessária aos que estão empenhados em trabalho físico e mais necessária ainda àqueles cuja atividade é principalmente mental. Não é essencial para a nossa salvação, nem para a glória de Deus, conservar a mente em atividade constante e excessiva, mesmo que seja sobre assuntos religiosos" (Eilen G. White, O Lar Adventista, p. 494).

Quem tem ocupações rotineiras intelectuais deve procurar um entretenimento que esteja ligado a atividades físicas ou habilidades manuais. Nesse caso, pode praticar esportes, fazer caminhadas ou passeios ciclísticos, nadar, andar a cavalo, fazer artesanato e participar de passeios ao ar livre (nesta época do ano, por exemplo, enquanto o Brasil gira em torno do carnaval, ir a retiros espirituais é uma excelente idéia).

Quem desenvolve uma rotina que trabalhe seu físico deve se entreter com atividades que lidem com suas faculdades intelectuais, como tocar um instrumento musical, assistir a um bom filme, ler um livro, praticar colecionismo ou participar de jogos que estimulem sua agilidade mental, raciocínio lógico e matemático. Visitas a ambientes que propiciem tais atividades também podem ser idéias interessantes: bibliotecas, museus, galerias e exposições culturais.

"A mente não deve estar continuamente submetida a uma intensa atividade, pois o delicado maquinismo mental vem a gastar-se. O corpo, da mesma maneira que a mente, precisa de exercício. Mas é necessário haver grande temperança nas diversões, bem como em qualquer outra ocupação. E o caráter desses entretenimentos deve ser cuidadosa e cabalmente considerado" (Eilen G. White, Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, p. 333).

Atitude
Na procura pelo entretenimento adequado, é importante que a presença de Deus em nossa vida faça a diferença. Se ser cristão não muda a vida de alguém, de que vale ser cristão? Nesse aspecto, erramos quando tentamos igualar nossas atividades ao que é apresentado em ambientes alheios à igreja. Algumas reuniões sociais se limitam a brincadeiras "dançantes". Em entrevista concedida à Revista Adventista anos atrás, o pastor Homero Reis, professor no Unasp, mencionou achar tais brincadeiras "aquém daquilo que se espera de uma reunião social adventista, a partir das músicas escolhidas. Elas não edificam, são de mau gosto e têm conotações maldosas". Deus não tem que Se adaptar a nós, a um costume regional ou a um tempo na história. Ele é imutável, como igualmente são Suas leis para nós; não se alteram. Além disso, há o exemplo. O que as pessoas em geral vêem quando nos contemplam? Temos sido uma inspiração para essas pessoas ou elas não conseguem perceber a atuação de Deus em nossa vida? Podemos dar importante testemunho, mesmo em momentos de lazer, ao respeitar o próximo, trabalhar em equipe e ter espírito esportivo.

Outra atitude que deve ser observada pelos cristãos é o equilíbrio nas atividades sociais lícitas. Beber água, por exemplo, é bom; mas pode até matar uma pessoa, se ela engolir água além do limite. Em princípio, praticar um esporte é bom; mas se isso tomar o tempo de lazer de maneira integral, não haverá espaço para o relacionamento com Deus, e esse entretenimento deixará de ser adequado para o cristão. De igual forma, se os jogadores em campo não puderem se conter e derem lugar à excessiva competitividade, isso poderá abrir as portas para algum grau de violência, algo inaceitável para um autêntico filho de Deus.

Recrear-se é "recriar-se"; é zerar o placar e dar-se novas energias, ter forças renovadas. Se a atividade recreativa escolhida deixar seu corpo mais sadio, em vez de debilitá-lo; sua mente ficar mais ativa, em vez de embotada; a alma ficar revigorada, em vez de enfraquecida; seus pensamentos ficarem nobres, em vez de impuros; e você se sentir mais próximo de Deus, em vez de mais e mais distante dEle - então, essa atividade recreativa poderá ser considerada cristã. Jamais se esqueça de uma das máximas expostas pelo apóstolo Paulo: "Quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (ICo 10:31).

Recreação x Diversão
Segundo Eilen White, "a recreação, na verdadeira acepção do termo - recriação - tende a fortalecer e construir. Afastando-nos de nossos cuidados e ocupações usuais, proporciona descanso ao espírito e ao corpo"(Ellen G.White, Educação, p. 207). O divertimento, por sua vez, tem objetivos menos nobres: "É procurado com o fim de proporcionar prazer, e é mui -tas vezes levado ao excesso; absorve as energias necessárias para o trabalho útil, e desta maneira se revela um estorvo ao verdadeiro êxito da vida" {Ibidem).

Talvez, hoje, os termos tenham se misturado um pouco e seja comum ouvir de cristãos sinceros a palavra "diversão" em um contexto positivo. Porém, os princípios nunca mudam. Dessa forma, ao procurar qualquer tipo de entretenimento, tenha em mente o conceito de recreação.

07 Coisas para o Adventista Fazer
Listas no imperativo são o que há de mais comum. Todas elas mandam o leitor fazer isto ou aquilo. Entre os adventistas, também há várias listas do que não é lícito fazer. A razão disso é que, em geral, nos focamos na retórica da negação. Isso tem grande valor, mas esta lista é de coisas que os adventistas podem fazer em seus momentos de lazer.

1) Aprenda a tocar um instrumento
Esta é uma atividade desafiadora, mas que traz muito prazer e relaxamento quando cumprida. E, ao contrário do que dizem, não há idade para começar.

2) Pratique um esporte radical
A lista é grande: rafting, rapel , mountain-bike, mergulho, montanhismo, surfe. Certifique-se da segurança de cada um deles. Se nada disso funcionar para você, que tal um bom trekking (caminhada entre trilhas)?

3) Cozinhe algo diferente
Para as donas-de-casa, essa idéia pode soar mal , mas existe um abismo entre gastronomia e o arroz-com-feijão de todo dia. Procure ingredientes exóticos, faça combinações diferentes e incremente o visual. Preparar uma comida simples mas refinada, com um toque pessoal , é uma arte - e uma terapia.

4) Viaje
Poucas coisas na vida são mais instrutivas que as viagens. É por meio delas que você extrai do mundo o que há de bom, conhecendo culturas diferentes e interessantes, tornando-se, assim, mais compreensivo com as pessoas e até mais amadurecido. E não perca as excursões de sua igreja.

5) Namore
O relacionamento entre homem e muIher foi um dos melhores presentes que Deus nos deu na Terra. Então,aproveite! Se você é solteiro, namore bastante; se é casado, namore mais ainda. Tudo, claro, dentro dos princípios divinos e da conduta cristã. Valorize o compromisso, a pureza, o respeito, a responsabilidade e, acima de tudo, o amor.

6) Monte um clube de amigos afins
A proposta é interagir com pessoas que tenham preferências e expectativas parecidas com as suas.Vale reunir os amigos para ouvir música, comer alguma coisa, assistir a um bom filme ou simplesmente botar o papo em dia.

7) Comece uma coleção
Podem ser postais, selos, moedas, cartões telefônicos, miniaturas ou qualquer outro objeto colecionável. Mas não fique apenas no ajuntamento. Organize e classifique sua coleção por tamanho, período ou modelo.

Texto de autoria de Sueli Ferreira de Oliveira e Fernando Torres editores associados da Revista Adventista Publicado na RevistaAdventista de Fevereiro/2008.

Arena do Futuro - Como guardar o sábado?





sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Formigas sabem contar, somar e subtrair, porque você reclama que matemática é difícil?

Artigo de dois pesquisadores russos descreve habilidade do inseto para localizar comida com base em informações numéricas.
Formica polyctena: espécie de formiga consegue fazer contas simples

Uma espécie de formiga europeia consegue contar e fazer operações matemáticas simples. A habilidade, já conhecida de abelhas, pombos, chimpanzés e golfinhos, foi descrita por uma dupla de pesquisadores russos em artigo que será publicado no periódico holandês Behaviour.

Zhanna Rezhikova, da Academia Russa de Ciências, e Boris Ryabko, da Universidade de Telecomunicações e Ciência da Computação da Sibéria, montaram uma série de experimentos para analisar o comportamento da Formica polyctena na busca por comida. Os cientistas construíram um cilindro plástico vazado por 30 pequenos tubos, enfileirados como se fossem um pente. Em um dos tubos, os cientistas colocaram uma solução adocicada. Em todos os outros, colocaram água.

Uma formiga "batedora" era então colocada em frente ao tubo com a comida e em seguida voltava ao formigueiro para se comunicar com outras formigas. Ao fim da "conversa", a formiga que já conhecia a estrutura de plástico era retirada para não influenciar a decisão das outras. Enquanto isso, os cientistas retiravam o tubo com a comida e o substituíam por outro com água, para que os insetos fizessem uso apenas das instruções da formiga "batedora" e não pudessem aproveitar nenhum outro estímulo visual ou olfativo. Para evitar que as formigas também seguissem o rastro químico deixado pela colega, o tubo maior também era trocado.

Os cientistas repetiram esse processo 152 vezes, variando a posição do tubo com a solução adocicada de diferentes maneiras. Resultado: os insetos chegaram imediatamente à posição certa em 117 das 152 tentativas. "Isso indica que as formigas conseguem contar e compartilhar informações que carregam valor numérico entre si", afirmam os autores no estudo. "Qual tubo elas tinham que ir para pegar comida? O primeiro? O décimo? É esse o tipo de informação que provavelmente trocavam", disse Zhanna em entrevista ao site de VEJA. As formigas europeias da pesquisa conseguiram se virar com até 30 posições no tubo.

Adição e subtração - O estudo mostrou também que as formigas vão além do simples ato de contar e também sabem fazer operações aritméticas. Em outro experimento, os pesquisadores variaram as posições do tubo com a solução adocicada. Algumas das posições foram escolhidas com mais frequência, de modo a permitir que a formiga "batedora" fixasse o lugar mais provável de encontrar comida. Toda vez que a comida aparecia em um lugar próximo à posição mais frequente, as formigas transmitiam a informação mais rapidamente do que quando aparecia em lugares mais distantes. "Isso pode significar que as formigas diziam, por exemplo, vá até a posição 20 — a que teria mais chances de ter comida — e conte mais três, caso a solução adocicada estivesse no tubo 23", explicou Zhanna.

Para a especialista, os resultados "mudam dramaticamente a forma como percebemos a inteligência em organismos vivos no mundo". A abordagem utilizada no experimento russo, acrescenta, poderia ser testada com qualquer espécie animal com habilidades sociais, sem a necessidade de saber a forma como se comunicam.

Clique na imagem abaixo para saber mais sobre o experimento:
info formigas

Via Veja

Salmo 31 - O que Fazer Diante de Inimigos


Quem não possui inimigos? Parece que todos os têm. Mas se há alguém que tem mais inimigos do qualquer pessoa, se há alguém que possui muito mais adversários, esse é o cristão. O cristão tem inimigos na escola, no trabalho, na vizinhança, dentro de casa, dentro da família, e muitas vezes até dentro da sua própria igreja. O cristão tem inimigos até dentro de si mesmo. Ele tem os próprios demônios que o perseguem tentando controlar a sua mente. O cristão tem a sua própria natureza lutando contra ele mesmo!
Por isso, os Salmos são sempre muito atuais, cheios de conforto e ânimo para os cristãos que vivem em nosso tempo, em que há perigo por todos os lados. Neste salmo, podemos ver como agiram os inimigos de Davi em seu tempo, e como ele reagiu diante dos seus adversários, e como é correto agirmos nós diante de situações semelhantes.
O tom do salmo oscila entre lamento e ações de graças. Mas o salmista está procurando a proteção divina (1-8) porque chegou até a ficar doente (9-12) por causa das acusações que o pressionavam e de sua consciência de pecado (13-18). Mas finalmente, ele louva a Deus por Sua bondade pela qual ele é salvo e liberto (19-24). Portanto, o esboço natural é este: Oração (lamento) e Ações de graças, e ambos mostram um extensivo uso de repetições como um recurso literário:
        I. Oração (vs. 1-18)
            A. Oração pela Justiça de Jeová (vs. 1-5)
                B. Expressão de Confiança (vs. 6-8)
            A'. Oração pelo Favor de Jeová (vs. 9-13)
                B'. Expressão de Confiança (vs. 14-18)
        II. Ações de Graças (vs. 19-24)
  A. Grandeza da Bondade de Deus (v. 19)
                B. Razão: proteção dos fiéis (v. 19-20)
            A'. Grandeza da Misericórdia de Deus (vs. 21)
                B'. Razão: proteção do rei Davi (v. 21-22)
         III. Apelo (v. 23-24)
           A. Amai a Jeová (v. 23)
           B. Sede Fortes (v. 24)
Mas, se você quiser um esboço mais didático, mais fácil de seguir para compreender e/ou pregar, então, me acompanhe nessas próximas divisões, seguidas do comentário correspondente, nos textos indicados.
I – Os Atos dos Inimigos
1. Os Inimigos Praticavam a Traição: Os ímpios armaram ciladas às ocultas contra Davi (v. 4), de tal modo que ele horrorizado pôde dizer: “Tenho ouvido a murmuração de muitos, terror por todos os lados; conspirando contra mim, tramam tirar-me a vida.” (v. 13). Pelo contexto, parece que esta era a traição de Absalão, o próprio filho de Davi que às ocultas conspirava contra o seu pai, a fim de lhe usurpar o trono. “10 Enviou Absalão emissários secretos por todas as tribos de Israel, dizendo: ‘Quando ouvirdes o som das trombetas, direis: Absalão é rei em Hebrom!’ 11 De Jerusalém foram com Absalão duzentos homens convidados, porém iam na sua simplicidade, porque nada sabiam daquele negócio. 12 Também Absalão mandou vir Aitofel, o gilonita, do conselho de Davi, da sua cidade de Gilo; enquanto ele oferecia os seus sacrifícios, tornou-se poderosa a conspirata, e crescia em número o povo que tomava o partido de Absalão.” (2Sm 15:10-12).
Geralmente, a vítima é a última a saber do que se passa. Os homens maus estavam conspirando e tramando contra o servo de Deus, buscando tirar-lhe a vida, mas ninguém lhe dizia nada diretamente, apontando os nomes principais da conspiração. Nesse momento, ninguém queria se envolver; ninguém sabia de nada; havia apenas boatos. Mas havia muita murmuração, e atrás de todo boato há um fundo de verdade. Isso tirou a paz, o sossego e a tranquilidade de Davi.
Hoje acontece o mesmo contra os filhos de Deus. Muitas vezes estamos sendo traídos, sem mesmo desconfiar do perigo que nos cerca, por causa de certas pessoas em quem confiamos. Há muita traição da parte de inimigos desconhecidos, ou de pretensos amigos. Mas nós podemos repetir confiantes as palavras do salmista, dirigindo-nos ao Protetor dos perseguidos: “Tirar-me-ás do laço que, às ocultas, me armaram, pois Tu és a minha Fortaleza” (v. 4).
2. Os Inimigos Praticavam a Idolatria. Eles eram idólatras: “adoram ídolos vãos”, disse o salmista (v. 6); eles não adoravam a Deus como Davi e todos os justos. Eles adoravam aos ídolos de pedra, madeira e ouro. Em nosso tempo, eles são mais sutis e adoram ao sexo, à tecnologia, aos artistas da televisão e do cinema, à filosofia e ao dinheiro. Eles adoram a si mesmos e a Satanás.
Mas, embora ainda exista muita sutileza na adoração de falsos ídolos, há muitos que ainda orientados pelo romanismo, adoram diretamente a ídolos em suas procissões, e exaltam à virgem Maria como sendo a “mãe de Deus”, conduzindo os seus ídolos que nada podem fazer. Multidões estão sendo enganados por falsos líderes que estimulam essa idolatria de imagens de escultura que têm boca, mas não falam; têm braços, mas estão inertes; têm ouvidos, mas nãos os ouvem, e é o nosso dever adverti-los, a fim de que sejam salvos os que temem a Deus, e O servem na ignorância.
Outros adoram os ídolos do paganismo, do budismo e do xintoísmo, talhados em pau e pedra. Eles se esquecem do Deus que os criou, e ignoram as evidências que demonstram que há um Deus de majestade e excelência, que não pode ser adorado por imagens de escultura. Eles desatendem os apelos do Espírito Santo convidando-os para a salvação. 
3. Os Inimigos Praticavam a Ameaça. De acordo com o verso 21, no contexto do Salmo 31, eles sitiaram a cidade de Jerusalém, a cidade de Davi, e ele se encontrava em um grande perigo. Quando uma cidade antiga era sitiada, faltava água e alimento, que se encontravam fora da cidade. E como consequência, havia fome, crimes internos, como a morte de filhos para satisfazer aos pais que os matavam para se alimentar. Havia revoltas, e muito sofrimento, enquanto os inimigos sitiando a cidade zombavam deles e destruíam as suas cearas e tapavam os seus poços, e ameaçavam entrar, destruir a cidade e matar a todos. Mas Deus libertou a Davi e o seu reino desta situação aflitiva.
Ainda teremos de enfrentar a ameaça dos nossos inimigos antes da volta de Cristo e após o milênio. Nesse tempo, os justos estarão dentro da cidade querida, a nova Jerusalém, enquanto todos os ímpios do lado de fora estarão nos ameaçando juntamente com Satanás, sitiando “a cidade querida” com todos os preparativos de guerra para invadir a cidade de ouro e cristal. Mas então, desce fogo do céu e consome a todos. Será a mais esmagadora derrota e destruição de todos os ímpios de todos os tempos, para nunca mais se levantar a angústia por duas vezes (Ap 20:7-10).
4. Os Inimigos Praticavam a Mentira. No v. 18,  o salmista revela o caráter desses homens: “Emudeçam os lábios mentirosos”; eles são mentirosos, e devem ser calados: “que se cale toda boca, e todo o mundo [de ímpios] seja culpável perante Deus.” (Rm 3:19).
Há muitos mentirosos em nosso tempo, mas você pode ter certeza de que nenhum deles é cristão. Alguém pode se dizer cristão e ainda praticar a mentira; mas isto é outra história. Pode haver um cristão professo e ser mentiroso, mas não pode haver um cristão verdadeiro e ser mentiroso, porque os mentirosos são filhos de Satanás. Disse Jesus Cristo, a uma classe  de mentirosos e hipócritas: “Vós sois do Diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” (Jo 8:44). Mas a parte que cabe aos mentirosos é “o lago que arde com fogo e enxofre, a saber a segunda morte.” (Ap 21:8).
5. Os Inimigos Praticavam o Orgulho. No v. 18, o salmista continua ainda pintando o quadro do caráter dos inimigos: “Falam insolentemente contra o justo, com arrogância e desdém.”  Como  se não bastasse a mentira para serem punidos os ímpios, eles ainda adicionam à mentira o pecado do orgulho, da arrogância e o desprezo dos filhos de Deus. Mas, o salmista lembra que “o Senhor preserva os fiéis, mas retribui com largueza ao soberbo” (v. 23).
Não ficarão sem castigo aqueles que menosprezam os fiéis, falando insolentemente contra eles e se  levantando em tribunais para condená-los, desprezando aqueles que são preciosos à vista de Deus. Esta é a promessa divina para o cristão: “Toda arma forjada contra ti não prosperará; toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor e o seu direito que de Mim procede, diz o Senhor.” (Is 54:17).
II – Os Atos de Davi
O que deveria fazer Davi diante de tantos atos detestáveis dos seus inimigos?
1. Davi confiava em Deus“Em ti, Senhor, me refugio”. “Confio no Senhor.” “Quanto a mim, confio emTi, Senhor. Eu disse: Tu és o meu Deus.” (v. 1, 6, 14)
Para Davi, Deus é SENHOR, Jeová (Yahweh, v. 1), que significa “o Eterno”. Para Davi, Deus é o seu Refúgio (v. 1). Ele é o seu Castelo forte (v. 2), uma Cidadela fortíssima (v. 2), uma Rocha inquebrantável (v. 3), a “minha Fortaleza” (v. 3, 4). Deus é o Pastor que conduz o justo pelo caminho da justiça (v. 3). Ele é o Redentor (v. 5) que me redimiu. Ele é o “Deus da verdade” (v. 5), em quem habita a plenitude do conhecimento. Ele é Onisciente, e sabe de tudo o que se passa comigo, conhece a aflição de minha alma, as angústias que me são tão próprias (v. 7). Sua presença é o esconderijo dos justos (v. 20). Ele é a nossa única Esperança (v. 24)
Se nosso Deus possui tantas e infinitas qualidades, não é de se admirar que Davi confie tanto nEle. O que é mais de admirar é que sendo Deus como Ele é de fato e de verdade, haja tantos milhões que não podem confiar nEle, porque confiam mais em si mesmos, fracos pecadores sem noção das realidades da vida espiritual. Entretano, Deus é plenamente confiável; é Alguém que não pode falhar, fiel em todas as Suas múltiplas promessas da esperança, poderoso para cumprir tudo o que disse para o nosso bem eterno. Assim como o salmista, sempre podemos confiar em Deus.
2. Davi clamou por libertação. Ele disse: “Tirar-me-ás do laço que, às ocultas, me armaram”. “Pois tenho ouvido a murmuração de muitos, terror por todos os lados; conspirando contra mim, tramam tirar-me a vida.” (v. 4, 13). Ele era vítima de traição de seus próprios súditos e oficiais, além de ter sido traído por seu próprio filho Absalão, que procurou matá-lo para lhe usurpar o trono. Então, ele clama desse modo: “Livra-me por tua justiça. Inclina-me os ouvidos, livra-me depressa!” “Livra-me das mãos dos meus inimigos e dos meus perseguidores.” (vs. 1-2, 15úp).
“Livra-me depressa!” Davi se sentiu acossado, pressionado de todos os lados, e pediu que fosse liberto “depressa”. A pressa do pedido indica o aperto e a intensidade da aflição. Quanto maior é a dor, maior é a pressa por alívio, mais pressa por socorro. Davi pediu um “pronto socorro” numa libertação imediata e eficaz.
Entretanto, “a pressa é inimiga da perfeição”. Deus estava testando o seu servo a fim de que ele percebesse que a sua confiança ainda era fraca, e devia esperar e suportar um pouco mais a aflição, a fim de que pudesse se fortalecer. Disse Davi, reconhecendo isso mesmo: “Eu disse na minha pressa: estou excluído da Tua presença!” (v. 22). Mas mesmo quando nossos amigos, vizinhos e conhecidos nos esquecem e nos desprezam e nos alienam de sua presença (11-12), Deus nunca nos abandona. Davi vacilou em sua angústia. “Não obstante,”reconheceu ele, imediatamente: “ouviste a minha súplice voz!” (v. 22).
Quão precipitados somos muitas vezes, para julgar a Deus que é tão compassivo para conosco. Agar tinha sido despedida do seu lar, onde habitava como serva de Sara e de Abraão, com quem tivera um filho que atendia pelo nome de Ismael. Mas foram ambos, mãe e filho mandados embora pelo deserto de Berseba, porque a convivência deles não era mais suportável, visto que Ismael zombava de Isaque, o filho da promessa.
Lá estavam agora num deserto, sem água e sem alimento. Então, chegou o momento crítico, em que Agar colocou o menino Ismael, seu filho, a uma distância razoável, para que não visse morrer o menino. E chorou. “Mas Deus ouviu a voz do menino; e o Anjo de Deus chamou do céu a Agar e lhe disse: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está. Ergue-te, levanta o rapaz, segura-o pela mão, porque eu farei dele um grande povo.” (Gn 21:17-18).
Agar chegara a um ponto em que não podia fazer nada mais, senão chorar. Não havia recursos naquele deserto, não havia possibilidade de sobrevivência. Somente um milagre poderia salvar o seu filho. E ela, em profunda angústia, desesperando até da vida, chorou, sem se lembrar de que no Céu há um Deus de amor que cuida dos Seus filhos. Quão apressados somos muitas vezes para nos considerar alienados dos planos de Deus.
3. Davi orou a Deus. Davi era um homem de oração. Ele orava muitas vezes, clamando, invocando, suplicando, adorando, externando suas aflições, derramando a sua alma diante de Deus, em Quem ele tanto confiava e esperava respostas para as sua preces, dizendo: “Inclina para mim os Teus ouvidos (v. 2). Ele tinha a certeza de que Deus ouvia as sua preces: “Ouviste a minha súplice voz, quando clamei por teu socorro” (v. 22).”
(1) Davi orou pela vitória. Esta parecia ser a situação mais embaraçosa que poderia ter vindo a Davi. Ele estava sendo humilhado por seu próprio filho Absalão (2Sm 15:10-12). Quando dois exércitos se enfrentam, a vergonha virá certamente ou para um ou para outro. Mas Davi se apega a Deus e Lhe diz, iniciando o salmo com estas palavras: “Não seja eu jamais envergonhado” “Não seja eu envergonhado, Senhor, pois te invoquei” (v. 1,17).
É uma situação muito embaraçosa ser envergonhado ou confundido, mas ele argumenta com Deus e Lhe diz por que Ele devia atender à sua prece: “pois Te invoquei!” Esta é a maior razão, este é o maior argumento que temos a nosso favor para dizer a Deus que nos atenda – porque O invocamos, a Ele o Soberano dos reis da terra, o Salvador dos aflitos, Aquele que morreu por nós na Cruz do Calvário, e está disposto a socorrer a todos os que O invocam. Disse Ele: “Invoca-me no dia da angústia; Eu te livrarei, e tu me glorificarás.” (Sl 50:15).  “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.” (Jr 33:3). “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Rm 10:13).
Davi coloca a vergonha nos ombros merecidos dos ímpios: “Envergonhados sejam os perversos, emudecidos na morte. Emudeçam os lábios mentirosos, que falam insolentemente contra o justo, com arrogância e desdém” (v. 17-18). Vergonha era o vexame dos derrotados. Davi ora contra aqueles que eram não só os seus inimigos, mas eram também adversários de Deus, porque eram idólatras (v. 6) e perseguidores dos Seus filhos (v. 15). E Davi faz uma prece clamando pela vitória esmagadora contra os inimigos de Deus, a fim de que a vergonha seja o seu manto e o opróbrio o seu vestido.
(2) Davi orou por compaixão, e dá as razões: “Compadece-te de mim, Senhor, porque me sinto atribulado; de tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo. Gasta-se a minha vida na tristeza, e os meus anos, em gemidos; debilita-se a minha força, por causa da minha iniqüidade, e os meus ossos se consomem.   Tornei-me opróbrio para todos os meus adversários, espanto para os meus vizinhos e horror para os meus conhecidos; os que me vêem na rua fogem de mim. Estou esquecido no coração deles, como morto; sou como vaso quebrado.” (v. 9-12).
Davi se sentia atribulado e triste; passava por um momento de profunda melancolia, sentida no mais íntimo de sua alma, perdendo suas forças físicas. Sua vida se consumia em gemidos e na fraqueza de seus ossos, sofria as dores mais lancinates. Ele estava doente. Era um momento de intensa depressão. E para aumentar os seus sofrimentos, os seus conhecidos, amigos e vizinhos o alienaram, o abandonaram, além de ser ridicularizado e considerado como opróbrio perante os seus adversários.
E ele dá a razão para todo esse estado de coisas: “por causa da minha iniquidade” (v. 10). Compaixão é para quem peca. Porque o pecado nos leva à miséria, e precisamos de compaixão para sermos restaurados e perdoados. Se Deus nos dá a compaixão, nos perdoa e nos restaura, então teremos muita força contra os inimigos. Então, Davi pediu a compaixão amorosa de Deus, o perdão completo dos seus pecados e foi atendido (v. 22), porque Deus nunca desampara os Seus filhos que Lhe pedem a compaixão e o perdão. Se nos aproximarmos dEle com nosso humilde pedido de compaixão, Ele Se aproximará de nós com o Seu grande e exorbitado amor.
(3) Davi orou por salvação. Deus era para Davi “cidadela fortíssima que me salve” (v. 2). “Salva-me por Tua misericórdia.” (v. 16). Há os que pregam hoje que a salvação no Antigo Testamento era pelas obras, e que a salvação no Novo Testamento é pela graça. Mas o salmista diz: “Salva-me por Tua misericórdia.” Misericórdia é compaixão despertada pela miséria alheia. Misericórdia é a graça de Deus se manifestando pela miséria do homem. Mas o mesmo salmista já dizia no Salmo 6:4: “Salva-me por Tua graça.” Davi conhecia o plano de Deus e não confiava em suas obras para obter a salvação. De fato, “porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Ef 2:8-9).
A doutrina da salvação pelas obras é uma doutrina estranha que não é ensinada pela Bíblia. Desde que o pecado entrou no mundo, a salvação foi oferecida pela graça de Deus que desdobrou o plano da salvação logo aos nossos primeiros pais. Falando no Jardim do Éden, onde aconteceu para primeiro e principal pecado, porque decisivo, disse Deus: “Porei inimizade entre ti [Satanás] e a mulher [a igreja], entre a tua descendência [os filhos do Diabo (Jo 8:44)] e o seu descendente [Jesus Cristo, Filho da igreja (Gl 3:16)]. Este [Jesus] te ferirá a cabeça [após o milênio], e tu lhe ferirás o calcanhar [na Cruz].” (Gn 3:15). Estas palavras dirigidas à serpente, contém o princípio do concerto da graça, pela qual todos os homens poderiam obter a salvação.
4. Davi se entregou a Deus. “Nas tuas mãos, entrego o meu espírito.” “Não me entregaste nas mãos do inimigo.” “Nas tuas mãos, estão os meus dias.” (v. 5, 8, 15pp). Davi se entregou nas nas mãos de Deus, inteiramente. Ele temia as mãos assassinas dos ímpios e perversos. Ele reconhece a libertação das mãos dos inimigos do passado, e confia presentemente que Deus o livrará das mãos dos inimigos no futuro.
Cristo mesmo usou as palavras proféticas de Davi. Quando o Salvador do mundo pendia na Cruz do Calvário, quando havia trevas espessas, relâmpagos e trovões, quando Jesus Cristo sentiu a angústia suportada pelos nossos pecados, quando fora abandonado por todos, sentindo a ira divina sobre Si mesmo, e sentindo que a morte estava chegando, Ele ainda pôde Se entregar a Deus: “Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou.” (Lc 23:46).
Tal exemplo de renúncia, desprendimento e abnegação deve ser seguido por todos. Davi, quando foi ameaçado por seus inimigos, ele entregou o seu espírito a Deus, entregou todos os seus dias, e estava pronto a morrer se isso fosse a vontade de Deus. Mesmo Cristo, o Filho amado de Deus Se entregava diariamente a Deus para que se cumprisse a Sua vontade nEle.  Mas ao chegar a hora da morte, mesmo sofrendo a ira divina sobre Si mesmo, Ele foi pronto a Se entregar a Deus, e confiar em Sua eterna justiça. E quanto a nós? Estamos dispostos a nos entregar inteiramente ao nosso amorável Criador e Redentor? Já fizemos uma entrega sem reservas ao nosso Deus?
5. Davi se regozijava. “Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois tens visto a minha aflição, conheceste as angústias de minha alma e não me entregaste nas mãos do inimigo; firmaste os meus pés em lugar espaçoso.” (v. 7-8). Davi se alegra na bondade de Deus porque tinha visto a sua aflição frente aos seus inimigos e o livrou deles. A vida dos cristãos é cheia de alegria, não por algum divertimento banal, não por causa das ilusões do mundo, mas porque Deus está sempre nos livrando de nossos inimigos espirituais. Ele firma os nossos pés em terreno seguro, de tal modo que podemos andar confiantes.
6. Davi louvava a Deus. “Bendito seja o Senhor, que engrandeceu a Sua misericórdia para comigo” (v. 21). Ele não só se alegrou na bondade, mas louvou a misericórdia de Deus, porque esta se engrandecera sobremaneira. Mas em que circunstâncias Davi pôde contemplar a misericórdia de Deus engrandecida? “Numa cidade sitiada!” Quando Jerusalém foi sitiada e cercada, quando Davi estava sendo ameaçado por seus inimigos, ele viu a misericórdia divina, salvando a si mesmo e a todo o povo da aliança divina.
Quando Jerusalém mais tarde foi sitiada pelo exército romano, no ano 70 DC, os cristãos puderam ver a misericórdia de  engrandecida sobremaneira, porque todos eles foram preservados e salvos. E quando a cidade da nova Jerusalém for novamente sitiada pelo mais numeroso exército de todos os tempos, sitiada por um número de inmigos tão numeroso como a areia do mar, então, os justos novamente poderão louvar a misericórdia de Deus que será infinitamente engrandecida numa vitória esmagadora contra Satanás, seus demônios e todos os ímpios.
7. Davi apelou aos justos. No verso 23, Davi faz um apelo veemente a todos os que temem a Deus: “Amai o Senhor, vós todos os seus santos.” Este é o maior apelo encontrado na Bíblia: Temos que amar Aquele que nos amou antes da fundação do mundo, porque nos amou primeiro. E amor desperta amor. Se Deus nos amou, Ele espera que nós O amemos também, embora não exija isso. Mas para o nosso bem eterno, Ele nos aconselha que O amemos também.
Como devemos amar a Deus? João nos deixou claro esse ponto, quando disse: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos.” (1Jo 5:3). Cristo repetiu as palavras que Ele mesmo havia dito no passado a Moisés: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” (Mt 22:37). Mas, para não nos deixar nenhuma dúvida, Deus relacionou o amor à adoração em forma de mandamentos. Os Dez Mandamentos foram dados para que soubéssemos como amar e adorar a Deus.
Mas apesar de termos muitas razões para amar a Deus, o salmista enfatiza também a nossa esperança: “Amai o Senhor...”, e logo dá a razão: O Senhor preserva os fiéis, mas retribui com largueza ao soberbo.” (v. 23). Estas palavras podem ser entendidas num contexto imediato para quem está sofrendo a perseguição de algum inimigo. Mas também podem ser entendidas de modo mais amplo, ou seja: Deus nos preserva para o seu Reino eterno, e fará isso de modo especial na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, quando virá para levar os fiéis ao Céu, e para retribuir aos injustos toda a injustiça feita por eles contra os justos, e então, serão destruídos todos os ímpios.
8. Davi encorajou aos cristãos, no v. 24: “Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor.” Estamos vivendo nos últimos dias da história deste mundo agitado. Nunca a igreja se viu tão ansiosa pelo retorno de Cristo; jamais esteve tão empenhada em trabalho missionário para proclamar a volta do Senhor Jesus Cristo. Jamais se falou tanto de esperança como agora, quando até os tímidos estão pregando que a nossa esperança está por se concretizar, em breve. Mas também enfrentamos muita oposição da parte de muitos falsos cristãos que dizem estudar a Bíblia, mas negam os seus ensinos. Sabemos que a ira de Satanás contra a igreja remanescente há de se intensificar.
Portanto, as palavras de encorajamento escritas 1.000 anos AC nos chegam como um bálsamo: “Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor.” (v. 24). Você espera no Senhor? Então, deve ser forte, confiando na força do Seu poder. Você espera mesmo no Senhor? Então, deve revigorar o seu coração num grande reavivamento da alma. Como? Basta confiar e buscar a Jesus Cristo que derramou o Seu precioso sangue em seu lugar, e enviou o Seu Espírito para produzir esse reavivamento.

Pr. Roberto Biagini
Mestrado em teologia

Natal, a verdade revelada sobre esta tradição anti-cristã

Os Dez Mandamentos 3D Animado completo

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O Milênio está entre Duas Ressurreições



Jesus Cristo falou claramente de duas ressurreições, quando disse: "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo" (João 5:29).

O apóstolo Paulo também falou sobre estas duas ressurreições, quando disse: "...haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos" (Atos 24:15). Assim, tanto Jesus Cristo como Paulo falaram de duas ressurreições, sendo a primeira a ressurreição da vida para os justos, e a segunda a ressurreição da condenação para os injustos. Este é um ensino bíblico muito claro.

Apocalipse 20 também fala de duas ressurreições. Uma leitura cuidadosa dos versos 4-6 mostram que uma tem lugar no início dos 1000 anos (milênio), a outra no final. A Palavra diz: "Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes a segunda morte não tem poder, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos" (v. 6). Aqui está a ressurreição do início dos 1000 anos. Esta é uma ressurreição feliz e abençoada, daqueles que não precisam temer a segunda morte. "Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos..." (verso 5). Aqueles que não fizeram parte da primeira ressurreição serão ressuscitados no fim dos 1000 anos na segunda ressurreição. Novamente, Paulo disse que esta seria uma ressurreição de "injustos" (Atos 24:15), enquanto que Jesus Cristo a chamou de "ressurreição da condenação" (João 5:29).

Estes na segunda ressurreição serão enganados por Satanás (v. 8), serão reunidos contra a Cidade de Deus (v. 9), estarão diante do grande trono branco no julgamento final (v. 11), serão julgados por suas obras (vs. 12, 13), serão lançados no lago de fogo (vs. 9, 15), e sofrerão a segunda morte (vs. 14).

Assim Apocalipse 20 ensina duas ressurreições - uma no início dos 1000 anos, a outro no final. Se você morrer antes da volta de Jesus Cristo, de qual ressurreição você fará parte? Amigo, esta é uma questão muito séria e solene. Agora é a hora de ter certeza de quem são os verdadeiros crentes em Jesus Cristo e verdadeiros seguidores de Sua Santa Palavra. Ele nos ama profundamente. É por isso que Ele sofreu terrivelmente e morreu por nossos pecados. Não podemos nos dar ao luxo de cometer um erro nesta matéria.

Texto de autoria de Steve Wohlberg, publicado no site White Horse Media. Crédito da Tradução: Blog Sétimo Dia http://setimodia.wordpress.com/

Senhor, Guia Minha Vida

Informativo Mundial das Missões – 15/12/12

Informativo Mundial das Missões – 15/12/12
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Via Daniel Gonçalves

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O Papel do Espiritismo no Conflito Final



O Mundo Dominado no Conflito Final por Forças Demoníacas.

Através das épocas, Satanás tem elaborado seu plano magistral para o engano final do mundo todo no fim dos séculos. O clímax de seus desígnios milenários será assinalado pela irrupção de espíritos demoníacos — “espíritos imundos,” expressamente identificados como “espíritos de demônios.” Estes fomentarão o cataclismo final da Terra. Passo a paso, o maligno tem preparado o caminho para sua obra-prima de engano, as últimas mistificações do espiritismo. Estas alcançarão seu ponto culminante nas cenas descritas no Apocalipse:

“Então vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso
profeta três espíritos imundos seme-hantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajun-tá-los para a peleja do grande dia do Deus todo-poderoso.” Apoc. 16: 13 e 14.

Esta passagem torna claro que os “espíritos de demônios” irão fomentar os últimos ventos da guerra. Os anjos caídos e os réprobos se aliam na derradeira e desesperada confederação do mal, incentivada por um poder de baixo. Os dirigentes da Terra nela se envolvem. É o que nos apresenta a Inspiração.

Somente os cristãos cuja mente tenha sido fortalecida pelas advertências da Palavra de Deus poderão reconhecer essa assombrosa falsificação preparada pelo maligno, a qual abrangerá praticamente o “mundo inteiro” com seu engano sedutor.

A cena precedente ocorre na última hora do tempo, imediatamente antes da segunda vinda de Cristo (V. 15). Culmina com o morticínio final — a batalha destruidora do Armagedom. Temido através dos séculos e aproximando-se agora a passos gigantescos, o último conflito devastador envolverá as nações do “mundo inteiro,” porque será inspirado pelos “espíritos imundos,” ou “espíritos de demônios.” Ocorre no fim do tempo de graça, e a apostasia do mundo sofrerá o derramamento
dos juízos finais de Deus (Vs. 19-21).

Por conseguinte, na hora culminante da Terra serão os “espíritos de demônios, operadores de sinais” que procurarão envolver os dirigentes dos homens e das nações. Serão empregados podêres sobrenaturais e milagres, com o objetivo de enganar. Incapazes de explicar os “milagres” de Satanás, muitos os atribuirão ao poder de Deus, e assim a humanidade será enredada. O apóstolo Paulo declara que a Segunda Vinda ocorrerá depois que se tenha manifestado “a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça” (II Tess. 2:9 e 10). Essas coisas estão acontecendo em nossos próprios dias. Quando se realizam milagres por “espíritos” que asseverem ser nossos amigos mortos, podemos saber que eles são “espíritos de demônios, operadores de sinais” (Apoc. 16:14).

Dois podêres antagônicos se enfrentam no último grande conflito: Cristo, o Criador e Redentor do homem, e os que Lhe são leais; e o príncipe das trevas e os que se alistaram sob sua bandeira. Estes representam os dois reinos opostos que lutam pela supremacia — o governo justo, de Deus, e o governo rebelde, de Satanás, que foi expulso do Céu e está agora fazendo suas últimas tentativas na Terra. Todavia, como já dissemos, o fim do conflito foi predito pela Inspiração: a absoluta derrota e aniquilação de Satanás e de seus seguidores demoníacos e humanos. Isto constitui o assunto dos derradeiros capítulos do livro de Apocalipse.

O espiritismo está procurando cativar o mundo, e vem efetuando conquistas alarmantes. A razão de seu êxito é óbvia: o fundamento para a bem sucedida disseminação do espiritismo tem sido lançado pela pregação, tanto de púlpitos protestantes como católicos, da doutrina do estado consciente depois da morte e da possibilidade de comunicação dos vivos com os mortos — as duas premissas básicas do espiritismo.

Esse falso ensino tem aberto o caminho para que os “espíritos de demônios” enganem a humanidade, apresentando-se como espíritos dos mortos. São agentes satânicos que personificam os mortos, e multidões são enganadas por suas fraudes sutis. Eles ensinam que os mortos são agora anjos radiantes em esferas superiores. É isso que lançará o fundamento para o último grande engano do espiritismo, que começa a projetar-se.

Estamos no limiar de grandes acontecimentos. As nações estão em crescente tumulto. Os dirigentes estão sendo levados para conflitos armados por forças que escapam a sua compreensão, arrastados por uma avalanche a que não podem resistir. As nações da Terra arregimentam as suas forças, impulsionadas por podêres incógnitos alheios a seu controle. Na infalível descrição da Escritura, o mundo está pisando o umbral da última grande crise, impelido por “espíritos de demônios.”

Tal é o papel que o espiritismo desempenhará nos acontecimentos finais da Terra. E os seus próprios seguidores são enganados ardilosamente, bem como as nações, por astuciosas mentes demoníacas que pretendem destruir a humanidade.

É chegada a culminância dos séculos. O desenlace, no entanto, é tão seguro como a integridade de Deus e a finalidade de Seu poder. Olhemos para o fim do conflito.

A última e terrível advertência de Deus contra a feitiçaria e toda as abominações dessa natureza, acha-se registrada nos capítulos finais do derradeiro livro do cânon inspirado. Diz o relato sagrado: “Quanto… aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idolatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.” Apoc. 21:8.

Aqui é apresentada a feitiçaria em lugar da longa lista de artes diabólicas conhecidas agora pelo termo moderno de “espiritismo.” Será visitada com a “morte” — a “segunda morte,” final, inexorável, para a qual não existe apelação. Isso ocasiona o fim do conflito iniciado no Éden, o término da controvérsia mantida através dos séculos.

Confirma-se agora que Deus e Sua Palavra são a verdade, e se demonstra que o diabo foi “mentiroso” desde o princípio (S. João 8:44), o enganador da humanidade com sua decantada promessa: “Não morrereis” (Gên. 3:4). É desmascarado o seu engano. Agora, Satanás e seus anjos e todos os impenitentes que recusaram crer em Deus e se alistaram com Satanás são castigados mediante a destruição final, total e irreversível, no lago de fogo, preparado para o diabo e seus anjos associados (S.Mat. 25:41). Fica demonstrada a veracidade de Deus, bem como a falsidade de Satanás. A Palavra do Senhor é estabelecida para sempre e se executa inexoravelmente a vontade divina. Este é o desfecho de toda a História.

O lado positivo desse trágico relato é a salvação eterna dos remidos que creram em Deus, prestaram ouvido a Suas advertências e aceitaram Suas promessas. Obedeceram a Seus mandamentos, e finalmente morarão para todo o sempre na Terra renovada, tendo outra vez “direito à árvore da vida,” de que nossos primeiros pais se viram destituídos por aceitar a mentira original de Satanás, no Éden. Agora eles entram “pelas portas” na cidade de Deus, seu eterno lar (Apoc. 22:14). “Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idolatras, e todo aquele que ama e pratica mentira.” V. 15.

Esta é a descrição inspirada do fim do conflito e do extermínio de todos os que rejeitaram a Palavra de Deus e seus preceitos e promessas. Certamente, a lição é esta: Creiamos em Deus, apeguemo-nos a Sua Palavra e recebamos a vida eterna; rejeitemos a mentira de Satanás — sua obra-prima de engano — e a inevitável retribuição de morte eterna para os que se dedicam a sua grande impostura.

Texto de Autoria de Leroy Edwin Froom. Publicado na RA de Mar/1970.

Solteiro, cristão e feliz



A realidade deste mundo é complicada. Solteiros ‘felizes’ são aqueles que, como a música diz, “são de todo mundo e todo mundo é de ninguém”. E são felizes superficialmente, porque vivem um amor egoísta, e nada que provêm do egoísmo pode trazer uma felicidade duradoura.
Hoje escrevo esse post para você que é solteiro. Quero te dizer que dá pra ser um cristão feliz   no período solteiro da vida. Eu sei porque vivi por 23 anos sem relacionamento, e passei tanto pela tristeza quanto por uma felicidade incrível. Apesar das lutas, que sempre existirão, é possível ser solteiro, cristão e feliz.
Aí vão algumas dicas:
1. Não espere que só quando estiver casado você será feliz. Busque ser feliz hoje!
Deus deu diferentes dons para cada um. Uns são chamados para serem missionários e abrirem mão de tudo (inclusive do casamento). Conheço uma missionária que foi para a tribo indígena dos Jarawara quando tinha 20 anos, e ficou lá por décadas. Ela se casou, mas só depois de muitos anos. Ela entregou sua juventude para servir a Deus.
Se você é chamado para algo assim, obedeça. Se você sonha em casar e quer muito ter uma família, ore a Deus. Nós não mandamos em nosso tempo, nem em nossa vida. Mas a felicidade está disponível em qualquer momento de nossa vida. Por isso não ache que você só será feliz com uma companheira/o – confie em Deus, pois dele vem toda a felicidade!
“Como são felizes todos os que nele esperam!” – Isaías 30:18
2. Estar solteiro é um tempo incrível para servir a Deus. Não acelere esse tempo em sua vida por causa de carência!
Conheço pessoas que começaram a namorar cedo e casaram (e são felizes), e outras que deram errado e deixaram muitas marcas. Não tem regra. Mas aqueles que forçam um relacionamento muito cedo na vida geralmente se arrependem de não terem tido tanto tempo para fazer as coisas de Deus, ou até de terem estado mais com os amigos.
Tudo tem seu tempo. Se você se casar com 25 anos e viver até os 75 anos, você passará o dobro de tempo casado. É muito tempo! Casar é maravilhoso, mas no tempo certo, com a pessoa certa. Como diz em Cantares 2:7, “não acordeis nem desperteis o meu amor, até que queira.” Ou seja, na hora errada esse ‘amor’ pode ser encrenca.
Eu aproveitei meu tempo de solteiro para fazer viagens, estudar, trabalhar, curtir com amigos. Fui para o Haiti ajudar pessoas, fui para o Chile estudar espanhol, fui pular de parapente, jogar bola com os amigos, e tanta coisa boa. Hoje quero construir minha vida com a Bruna. Não que eu vou ser sem graça e deixar de curtir, mas as responsabilidades aumentam com o tempo. E isso também é benção de Deus – mas se não for no tempo certo, essas responsabilidades podem ser um peso excessivo.
Por isso, lembre-se: há um tempo certo para tudo na vida. “Tempo de chorar, tempo de rir; tempo de prantear, tempo de dançar” (Ecl. 3:4) … tempo de curtir solteiro, tempo de namorar; tempo de viajar fazendo missões, tempo de cuidar de casa, …
3. Comprometa-se com Deus. Tenha ele como seu primeiro relacionamento!
Um dia vi um líder de louvor e amigo de muitos anos chamado Asaph Borba ministrando. Ele levantou suas duas mãos e disse: “esse anel na mão esquerda é de compromisso com minha esposa. Tenho uma aliança com ela. E esse anel na mão direita é o meu compromisso com meu Deus. Tenho uma aliança eterna com o meu Senhor!”
Achei fantástico isso. O amor a Deus é o centro de qualquer outro amor. Esse amor a Deus faz com que amemos muito mais a todos à nossa volta. Por isso, se você quer ter um relacionamento saudável e feliz algum dia, comece a investir amando a Deus – Ele tem vários segredos pra te ensinar sobre como ser feliz e cheio de amor pra dar e receber!
Ser um cristão solteiro e feliz é difícil se você quer muito se casar e parece que as coisas não acontecem. É difícil se todos à sua volta namoram e você não. É difícil quando parece que você tem muito mais hormônios que todo mundo, e às vezes não consegue se controlar. É difícil quando o mundo inteiro diz algo e você rema contra a corrente.
Mas não tenha vergonha de estar solteiro há tanto tempo (se esse é seu caso) – alguns se casam com pressa e terminam rápido, mas aquele que espera o tempo certo é sábio. Não tenha medo de ficar só e triste – Deus é contigo, e ele supre suas necessidades.
Eu venho aqui dizer a você que é solteiro: aproveite esse tempo, dedique-se a Deus e você será feliz! As coisas vão se encaixar no tempo certo, se você entregar sua vida nas mãos dEle.
por Matheus Ortega.
Fonte: Guiame.

Por que Deus não destruiu o Diabo?



Se você fosse um anjo de Deus e estivesse lá no céu quando Lúcifer (que depois se tornou o Diabo) se rebelou, o que pensaria se Deus resolvesse, imediatamente, sentencia-lo à morte? Você passaria a adorar a Deus por temor, por medo, e não por amor. Esse tipo de adoração nunca satisfez a Deus. Deus é sábio e paciente e deixou que o diabo semeasse a sua semente e colhesse os resultados. Usando seu livre arbítrio, Lúcifer ajuntou o orgulho no coração (Ezequiel 28:17). Ele cobiçou a posição do próprio Deus: “eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono... subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14:13 e 14). O orgulho moveu Satanás a se rebelar contra seu Criador. Usando então a sua extraordinária inteligência para o mal e empregando a mentira, Satanás seduziu a terça parte dos anjos (Apocalipse 12: 3 e 4). Evidentemente, Satanás e seus anjos recusaram o oferecimento do perdão que Deus lhes deve ter feito e persistiram no erro. Dessa maneira, eles se confirmaram no pecado; foram além dos limites da misericórdia de Deus, e tornaram-se irreconciliáveis inimigos do seu Criador e do bem.
Hoje, todo o universo está convicto da maldade de Satanás. Na luta entre o bem e o mal, entre o Diabo e Cristo, Deus permitiu que o homem lhe desse as costas, isto é, pecasse. Essa ação do homem se deu numa obediência ao Diabo. Mas por que Deus permitiu isso? É porque se o homem só tivesse uma alternativa (obedecer a Deus), não teria o livre arbítrio, que é a liberdade de escolha. Dando liberdade ao homem, Deus estava preparado para arcar com as consequências, para pagar o preço. Para que o homem não morresse eternamente, Jesus Cristo se ofereceu para morrer (a morte eterna) em nosso lugar. Isso Ele fez por amor a nós. Estamos salvos! 
O Diabo existe e tem poder até para tomar posse das pessoas. Porém é necessário entender que poder de Cristo é superior e que os espíritos imundos tremem diante de Jesus. 
Só existe um modo de ser vitorioso: é viver uma vida de comunhão permanente com Jesus. Com o Diabo não pode existir diálogo. Devemos simplesmente colocar tudo nas mãos de Deus e pedir que Ele expulse o inimigo das nossas vidas. Não precisamos ter medo de nada. O inimigo já está vencido, seus dias estão contados. Veja o que João viu em visão, a respeito do que está para acontecer:

Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre. O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, [a morte eterna] (Apocalipse 19:20; 20:10 e 14).

Ele não terá mais o direito de atormentar a nossa vida! Aleluia! Deus seja louvado pelos séculos sem fim da eternidade, porque nos amou e derramou seu sangue para o perdão dos nossos pecados. Esta é a grande oferta gratuita, do evangelho. Aceite-a e seja feliz para sempre!
Quero encontrar-lhe um dia no Céu, onde Deus nos enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor (Apocalipse21:4). Seja fiel até à morte, e você vai receber a coroa da vida eterna!

por Hudson Cavalcanti, colunista do Site Bíblia e a Ciência

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