sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Onde estavam as "sete mil" pessoas que não dobraram os joelhos a Baal no Monte Carmelo?


Tem uma passagem bíblica que me intriga.

"Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou" - 1Reis 19:18.

Este é um dos relatos mais conhecidos da Bíblia. Muitos são os sermões que se pregam a cada ano com base na experiência de Elias no Carmelo.

E o que me intriga neste verso?

Poucas linhas antes, encontramos Elias aparentemente SOZINHO diante de um exército de adoradores de Baal a serviço de Jezabel. Segundo o texto sagrado, Elias ficou em cima do monte, incitando o povo a tomar uma decisão:

"Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu" (18:21).

Aparentemente, somente Elias, e ninguém mais, estava ao lado do Senhor naquela ocasião. Ele ainda foi mais longe e disse que APENAS ELE, dentre todos os profetas do Senhor havia ficado para enfrentar a batalha (v. 22).

O desfecho, todos conhecemos. Elias saiu vencedor após um dia inteiro de rídicula demonstração de adoração pagã (semelhante à que vemos hoje em alguns lugares). Deus havia sido vitorioso, e todo o povo reconheceu, afinal, que somente Ele é o Senhor (18:39).

A arrogância de Elias

Algum tempo depois, Elias se encontra escondido com medo da sentença condenatória de Jezabel... sim, o mesmo irônico e sarcástico profeta que havia humilhado centenas de funcionários do diabo, agora estava escondido, dentro de uma caverna, com medo de uma mulher... A Bíblia é mesmo fantástica, não é?!

Em seu esconderijo, Elias argumenta com o Senhor sobre sua condição aviltante... chega a pedir mesmo a morte!

No alto de sua arrogância religiosa, Elias diz ao Senhor:

"Tenho sido zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida" (19:10).

Na cabeça de Elias, somente ele era fiel... somente ele era zeloso... somente ele permaneceu firme à aliança... somente ele...

É quando o Senhor faz, na minha opinião, a intrigante revelação:

- Que nada, Elias... deixa de ser arrogante! Ainda existem 7000 no meio do povo que permaneceram fieis, e não se curvaram diante dos falsos deuses.

E eu pergunto:

- Onde estavam estes 7000? Por que eles não se apresentaram quando Elias estava incitando o povo à decisão? Quando ele acusou a todo o povo de estar "coxeando" entre dois pensamentos, porque estes sete mil se calaram (cf. 18:21)?

Deus é mesmo "ilógico"

Há algum tempo eu escrevi aqui sobre o quanto considero Deus um Ser "ilógico" , e a história de Elias na caverna só vem me confirmar esta "tese".

É muito comum, infelizmente, encontrarmos em nossas igrejas algumas pessoas que se consideram mais zelosas, santas e consagradas que outras. Exemplos:

- Eu faço culto familiar, e você não faz...

- Eu levanto de madrugada para orar, e você não...

- Eu chego cedo todo sábado na igreja, e você só chega atrasado...

- Eu devolvo o dízimo e a oferta minuciosamente, e você não...

- Eu sigo a Reforma de Saúde nos mínimos detalhes, mas você...

- Já li todos os livros do Espírito de Profecia... e você?

- Eu aboli a televisão da minha casa, e você não...

- Eu detesto sermão "enlatado", mas você...

- Eu sou Adventista de berço... e você?

- Eu estou em todas as semanas de oração... e você?

- Todo ano eu vou para o retiro de carnaval, das mulheres, dos PGs... e você?
Eu, eu, eu, eu... esse é o problema do arrogante, do falso zeloso, do pseudo-consagrado. Ele usa coisas que, a princípio, são boas e importantes na vida cristã, e fazem delas um "chicote" para atormentar seus irmãos menos "consagrados".

Quantas vezes não vemos pregadores subirem ao púlpito imbuídos da arrogância de Elias, e esbravejarem: "Só eu e minha família fazemos as coisas direito por aqui... se quiserem se salvar, olhem para mim..."! Um dia vi um pregador deste "naipe" discursando no IAENE... e nossa professora de Psicologia na época confirmou o Transtorno Obsessivo Compulsivo pelo qual o iminente pregador estava passando.

E Deus, em Sua infinita, abundante e terna misericórdia, olha para estes arrogantes, escondidos em suas cavernas, e diz:
- Filho, pára com isso! Seja mais humilde e reconheça que você não é nada perfeito... e você sabe que Eu sei disso muito bem... Mesmo que você não consiga ver, Eu tenho muitos outros filhos fieis aqui, mesmo entre estes que, aparentemente, estão calados, improdutivos e estáticos. Eles também estão vivendo a fé verdadeira, assim como você. Por isso, querido filho, não seja arrogante,e saia dessa sua caverna de egoísmo!

É maravilhoso ver nas entrelinhas da Bíblia o quanto o nosso Deus é diferente de nós, em todos os sentidos. Aleluia!

Nós somos arrogantes, presunçosos, invejosos, ciumentos, vingativos, implacáveis, egoístas...

Ele é TODO AMOR E MISERICÓRDIA.

Da próxima vez que eu ou você nos sentirmos tentados a bater no peito e dizer "só eu", vamos nos lembrar que ao nosso lado podem existir outros "sete mil" que estão firmes na fé, mesmo que nossos olhos pecadores não consigam enxergar isso.



fonte: Gilson Medeiros

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Informativo Mundial das Missões – 17/11/12

Informativo Mundial das Missões – 17/11/12

Vídeo com Alta Resolução (16,7 mb): Clique Aqui
Vídeo com Baixa Resolução (6,18 mb): Clique Aqui
Áudio: Clique Aqui
Texto: Clique Aqui



Via Daniel Gonçalves

Testemunho do Binho - amigo do Marquinhos Maraial

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Como melhorar os cultos dos Domingos



Completando a postagem sobre os cultos de quarta-feira, quero agora falar sobre os de domingo.
Eu espero que a realidade em sua igreja seja diferente, mas o que tem se tornado uma rotina na Igreja Adventista é que o único culto no qual o templo fica cheio é o do sábado de manhã. Nos outros dias (em especial, na quarta e no domingo) a freqüência é muito menor do que a do sábado.

Por que isso acontece? 

O que podemos fazer para que todos os cultos fiquem cheios de adoradores felizes e comprometidos com o Evangelho? Será que estamos falhando em algum ponto, o qual poderíamos melhorar?

Eu quero hoje abordar em especial o culto de domingo, por ser considerado na IASD como um culto "evangelístico", ou seja, voltado à pregação para não-crentes.

Normalmente, a "liturgia" que observo na maioria das nossas igrejas aos domingos é a seguinte:
1. Serviço de cânticos monótono e feito só para "cumprir tabela" (uns 10 minutos)
2. O culto inicia com a entrada do pregador e o anúncio do primeiro hino (uns 5 minutos)
3. É feita uma oração inicial (uns 2 minutos)
4. Se houver alguém para cantar, então há uma música especial (uns 3 minutos)

Veja que já se foram uns 20 minutos (no máximo!)... e ainda restam mais de 40 minutos para completar o tempo normal do culto.

Esse é um tempo muito longo para um sermão evangelístico, se a pessoa não tiver domínio da arte da pregação ou não estiver preparada para apresentar o sermão (alguns, visivelmente, não se prepararam... e outros ainda dizem isso no púlpito...rsrs).

Resultado: os irmãos vão perdendo o interesse em vir ao culto de domingo (e quando vêm, raramente trazem visitantes) porque o culto não lhes preenche as necessidades. Motivos:
- Músicas sem alegria
- Sermão enfadonho e mal elaborado, que não atende às necessidades das pessoas
- Quase nenhuma participação dos adoradores durante o culto

Isso é uma grande pena, porque eu creio que a Igreja Adventista do 7º Dia é uma das melhores em qualidade musical, tem um acervo de conhecimento bíblico inigualável por qualquer outra denominação, apresenta uma mensagem evangélica sem gritarias ou apelos dramáticos e insistentes (como os verificados em outros lugares)... etc.

Então, o problema está exatamente em que não estamos usando este maravilhoso arsenal "litúrgico" em nossos cultos. Eu gostaria de apresentar algumas sugestões para que o culto em sua Igreja se torne uma bênção para os que comparecerem.

Recepção
- Todo mundo gosta de ser bem recebido, e o mesmo vale para a igreja.
- À porta, deve estar um grupo de 3 ou 4 recepcionistas que abracem esta tarefa como um ministério.
- Pessoas sorridentes, amáveis e simpáticas, e que transmitam um sentimento de que o adorador está chegando a um lugar onde ele será sempre bem tratado e valorizado.
- Os bebedouros e banheiros devem estar visíveis e limpos, para que as pessoas vejam o quanto temos respeito pela Casa de nosso Deus.
- Bíblias, coletâneas ou hinários devem estar disponíveis para os visitantes poderem participar ativamente dos momentos do culto.

Música
- Uns 30 minutos antes do culto começar, o grupo do louvor (algumas igrejas chama de "ministério de louvor/adoração") deve iniciar com cânticos e hinos que criem a atmosfera ideal para o ínício da programação.
- A sugestão é que as músicas escolhidas para este momento sigam uma espécie de "gráfico":
a. Músicas solenes e calmas (ponto baixo do gráfico)
b. Músicas alegres e vibrantes (ponto alto do gráfico)
c. Músicas que mantenham o espírito de alegria e animação (o gráfico permanece no alto)
d. Músicas que criem uma atmosfera de entrega e devoção solene (o gráfico desce)
e. Uma música que prepare o espírito para a recepção da mensagem daquela noite
- Se na sua igreja existem instrumentistas, faça uso deles, pois o Play-back é interessante, mas a música acompanhada de instrumentos ao vivo ganha um brilho sem igual.
- Lembre que existem visitas na Igreja, por isso não se deve pensar que todos já conhecem a letra das músicas. Prepare coletâneas ou transparências para que ninguém fique sem participar por não conhecer o que está sendo cantado.
- A música que produz efeito duradouro no adorador é a congregacional, ou seja, os louvores apresentados por solistas ou grupos não devem tomar mais do que uma pequena parte do momento do louvor. Os adoradores precisam cantar, sentir a música, e participarem ativamente da adoração... não apenas como "ouvintes", mas como "cantores" também.
- As pessoas que estiverem dirigindo os louvores devem ser entusiasmados e motivarem a congregação a cantar com o coração e com o entendimento.

"A música é um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais. [Através dela] as tentações perdem o seu poder, a vida assume novo sentido e propósito, e o ânimo e a alegria se comunicam a outras pessoas" - Ellen White, Educação, pág. 167.

Pregação
- A pregação que produz efeito é aquela que o Espírito de Deus inspirou o pregador a trazer.
- Por isso, temas "sociológicos", "psicológicos" ou "filosóficos" não devem ocupar o lugar da pregação poderosa da Palavra de Deus.
- Muitos pregadores são "eloqüentes", ou seja, "pregam bem", mas sua pregação não tem conteúdo fundado nas Escrituras. São teologicamente vazios! Alguns se limitam a "pescar" textos bíblicos isolados, e fazem uma verdadeira "colcha de retalhos" unicamente para dar "apoio" ao tema que está sendo pregado. Já vi pregadores usarem textos bíblicos que não tinham nada a ver com o que estava sendo pregado. Isto é uma tremenda falta de respeito para com o Espírito de Deus!
- Os sermões devem atingir a necessidade da alma, o desejo anelante de cada adorador ali presente. Pregar sobre os 7/8 reis de Apocalipse 17 pode ser interessante, mas será que vai preencher o vazio de alma que todos nós temos? Tentar descobrir quem são os 144.000 pode trazer a admiração de alguns para com o pregador, mas estará este tema cumprindo o papel de salvar almas do pecado?
- Você que é pregador deve lembrar que o sermão de domingo deve ser feito especialmente para atingir os não-crentes, ou seja, a temática deve ser puramente evangelística: salvação, perdão, justificação, volta de Jesus, milagres de Cristo, etc.
- Pregue de forma simples, sem palavras "decoradas do dicionário". Apresente o sermão de tal forma que tanto o Doutor quanto aquele irmão semi-analfabeto entendam e aproveitem o seu sermão.
- Não é hora de criticar a roupa das irmãs, ou a irreverência das crianças, ou a falta de espírito missionário dos jovens, etc. Pregue sobre Jesus e Seu amor... e vidas serão transformadas!
- Todo sermão deve encerrar com um APELO concreto. Um pregador que encerra seu sermão com chavões ("que o Senhor abençoe você... amém!") e não dá oportunidade para que as pessoas expressem sua entrega a Cristo (levantar de mãos, ficar em pé, ajoelhar para orar, ir à frente, etc.) perdeu grande oportunidade de impressionar os corações com o Espírito Santo de Deus. Um sermão assim não merece mais do que uma nota 3 ou 4 (numa escala de 0 a 10).

"Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado... A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus" (1Cor. 2:2-5).


Depois do culto
- Dizem os estudiosos que se todos vão embora nos 10 primeiros minutos após o culto, é porque a igreja está carente de relacionamentos sociais entre seus membros.
- Na saída é o momento de fazer amizade com os visitantes; convidá-los para a reunião do Pequeno Grupo; para retornarem no próximo sábado; para iniciarem uma série de estudos bíblicos; etc.
- Será interessante ter um pequeno lanche (chás, sucos, biscoitos, bolo, etc.) ao final de algum domingo especial (o primeiro ou último do mês, por exemplo), pois estas ocasiões criam uma atmosfera propícia para estreitar os relacionamentos entre os membros da igreja, e faz com que todos se sintam parte de uma grande família.

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Nossos cultos de domingo têm tudo para serem os mais freqüentados da semana (especialmente por visitantes), pois poucos estarão trabalhando ou estudando no domingo à noite.

Se isto não está ocorrendo, é porque não estão sendo oferecidas condições para que os adoradores sintam-se motivados a irem à igreja.

Aquela história de que "quem não vai é porque não quer ir, ou não está convertido ainda" é uma desculpa típica de pessoas de espírito pobre, que não querem admitir que não estão fazendo o melhor para Deus e para Sua Obra de salvação.

"Deus move uma montanha, quando o homem não tem forças para fazê-lo;
Mas não move uma palha, quando o homem tem forças para fazê-lo".

Por  Gilson Medeiros

Por que Deus colocou uma prova no Jardim do Éden?



Em Gênesis 2:16 e 17 Deus ordena expressamente que o homem não deveria comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Poderia comer do fruto de todas as demais árvores do jardim com apenas essa exceção. Quando Eva se aproxima da árvore do conhecimento do bem e do mal, a serpente (João em Apocalipse 12:9 identifica a serpente como o Diabo, Satanás) inicia um diálogo com ela distorcendo as palavras de Deus. Eva responde que “Deus disse: Não comereis dele [do fruto], nem nele tocareis, para que não morrais” (Gênesis 3:3). Portanto, nota-se que a ordem de Deus era para que não tocassem e nem comessem o fruto da árvore da ciência do bem e do mal.
Apenas para elucidar um pouco mais, muitos perguntam: “Por que Deus colocou uma prova no jardim do Éden? Pois caso não existisse esse teste, não existiria o pecado”. Veja que Deus não criou robôs programados para obedecerem. Se esse fosse o caso seríamos máquinas, sem liberdade.
É através das escolhas que se formam os hábitos, e o homem deveria exercer sua liberdade para prestar uma obediência voluntária a Deus e assim desenvolver bons hábitos que constituem um caráter nobre e elevado. Mas para isso, Deus deveria colocar pelo menos uma prova de fidelidade. O amor de Deus faz com que Ele se coloque numa posição de ser rejeitado. Foi o que aconteceu no Éden e o que aconteceu quando Jesus veio – várias pessoas o rejeitaram. Contudo, com Seu maravilhoso amor, atraiu muitos a Si, possibilitando aos que creem a vida eterna por meio do sacrifício substitutivo de Jesus.

 por Hudson Cavalcanti, parceiro do Site Bíblia e a Ciência

O sinal de Caim e seu casamento


Gostaria de saber qual foi o sinal que Deus pôs em Caim, para que ninguém o matasse, e com quem ele teria se casado.


Caim foi o primeiro bebê deste mundo. Deve ter sido muito lindo, forte e sadio. Talvez sua mãe, Eva, tenha até imaginado que ele pudesse ser o Messias prometido, Aquele que esmagaria a cabeça de Satanás, simbolizado pela serpente. Mal sabia ela que segurava em seus bra­ços o primeiro assassino, aquele que, por ciúme, mata­ria seu irmão, o piedoso e justo Abel. Chamado a se ex­plicar diante de Deus, declarou cinicamente: "Acaso sou eu tutor de meu irmão?" (Gn 4:9).

O relato bíblico afirma que Caim estava com medo de morrer devido a seu crime (Gn 4:14). Isso poderia aconte­cer pelas mãos de algum "vingador do sangue", que pode­ria ser Adão mesmo ou qualquer um de seus outros irmãos (veja, em Gn 5:4, que ele teve outros irmãos e i rmãs). Então, Deus pôs nele um sinal, "para que o não ferisse de morte quem quer que o encontrasse" (Gn 4:15). A palavra "sinal", no original, é "ôt, e significa "sinal", "marca", "emblema", "símbolo". Essa palavra aparece também em Gênesis 9:12 e 13, com respeito ao arco-íris, sinal divino de que a Terra não mais seria destruída por outro dilúvio. No entanto, apenas pelo significado dessa palavra hebraica não se pode saber qual teria sido o sinal posto em Caim.

"Alguns comentaristas têm interpretado este sinal como uma marca externa, posta em Caim, ao passo que outros interpretam o sinal como sendo a promessa di­vina de que nada poria em risco a vida de Caim. De toda maneira, não era um sinal de perdão, mas tão-somente de proteção temporal" (E D. Nichol, Comentário Bíblico Adventista del Séptimo Dia, v. 1, p. 254).

R.N. Champlin (em O Antigo Testamento Interpretado, v. 1, p. 47) lista diversas tentativas de explicação para esse sinal, algumas até risíveis:

1. Caim teria se tornado negro e foi o pai das pessoas de pele escura. Essa é uma hipótese nitidamente racista. Na verdade, os negros se originaram com um dos filhos de Noé - Cam;

2. Ele teria recebido uma espécie de tatuagem;

3. O nome de Deus, Yahweh, teria sido estampado na testa dele;

4. O nome "Caim, o fratricida", teria sido escrito em sua testa;

5. Deus teria tornado Caim invencível - não podia ser queimado, afogado, nem ferido à espada;

6. Uma luz, como o círculo do Sol, o acompanhava por onde quer que ele fosse.

Como se pode ver, nenhuma dessas explicações sa­tisfaz a curiosidade em relação àquele sinal. Contudo, o mais importante não é o sinal em si, mas a razão pela qual Deus o pôs em Caim: foi para que ele tivesse tempo de se arrepender. Percebe o grande amor de Deus pelo pri­meiro homicida? Pena que Caim não tenha aproveitado sua longa vida (talvez perto dos mil anos, como muitos dos seus parentes antediluvianos) para se arrepender, desprezando o oferecimento divino de salvação.

Sobre o casamento de Caim, deve-se dizer que as in­formações são bem escassas. Sabemos apenas que ele se retirou "da presença do Senhor e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden" (Gn 4:16) e, nesse lugar, "coabi­tou com sua mulher; ela concebeu e deu à luz a Enoque" (4:17). "Coabitar", nesse verso, é ter relações sexuais.

Como Caim teria conseguido mulher na terra de Node, uma vez que, segundo a Bíblia, Adão e Eva forma­ram o casal que iniciou o povoamento da Terra? Perceba que o relato bíblico diz apenas que, em Node, Caim teve relações sexuais com sua mulher. Com certeza, já era ca­sado com uma de suas irmãs ou sobrinhas, antes de fu­gir da presença do Senhor (em Gn 5:4 é dito que Adão teve outros filhos e filhas).

No início da história da Terra, não havia problemas com casamentos tão próximos, o que não é o caso hoje, devido às tendências degenerativas no ser humano. Note que Abraão era casado com Sara, sua irmã por parte de pai (Gn 20:12), e Moisés era filho de um casamento entre tia e sobrinho (a mãe dele era tia do marido, conforme Êxodo 6:20). Casamentos com parentes tão próximos fo­ram proibidos por Deus ainda nos dias de Moisés (ver Levítico 18:9-14).

Algumas lições podem ser tiradas da vida de Caim:

(1) ira mal resolvida pode levar ao ódio, e este ao assas­sinato,

(2) Deus não nos rejeita quando praticamos um ato mau, mas nos dá oportunidade para que nos arre­pendamos, sejamos perdoados e salvos,

(3) a piedade e religiosidade dos pais não são automaticamente trans­feridas aos filhos. Com certeza, ajudam no desenvolvi­mento de um bom caráter, mas o fator decisivo é a to­mada de decisões por parte de cada filho, "pois cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus" (Rm 14:12).

Ozeas C. Moura - Doutor em Teologia Bíblica

Sete Revelações da Natureza e Obra do Cordeiro


1. O Sangue do Cordeiro (Apoc. 5:8-9; 7:14; 12:11)
2. O Livro da Vida do Cordeiro (Apoc. 13:8; 21:27)
3. Os Apóstolos do Cordeiro (Apoc. 21:14)
4. A Noiva do Cordeiro (Apoc. 21:9)
5. As Bodas do Cordeiro (Apoc. 19:7)
6. O Trono do Cordeiro (Apoc.22:3)
7. A Ira do Cordeiro (Apoc. 6:16)¹

A palavra Cordeiro aparece no Apocalipse pelos menos 28 
vezes (4x7).  A mensagem central deste livro é a Revelação do 
Cordeiro de Deus e Sua obra no Santuário do Céu.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Campanha em prol da missionária Vitória





A Igreja Adventista do Sétimo Dia na região Centro Sul de Catarina (Associação Catarinense – AC) está dando início a uma campanha em prol da missionária Ingrid Vitória Martins. A moça hoje tem 16 anos e moradora na cidade de São José/SC. Ela é conhecida pelo seu empenho em liderar dois Pequenos Grupos, apesar de sofrer com uma doença rara (Epidermólise Bolhosa), que provoca bolhas por todo o seu corpo. A doença é ainda pouco conhecida e aparece já nos primeiros dias do bebê, acompanhando o paciente por toda a vida, como é o caso irmã Vitória.


Recentemente surgiu a possibilidade de cura para a rara doença, uma cirurgia realizada no exterior de alto risco e que tem um tratamento pós-operatório de no mínimo seis meses. Mas para ela realizar a cirurgia, é necessário ter condições básicas de saúde. “Sua família é muito humilde. Eles trabalham, mas não conseguem pagar a maioria das contas, por que priorizam algumas necessidades da Vitória. Ela necessita, por exemplo, de uma substância especial para se alimentar, senão a comida machuca o seu esôfago, mas não é sempre que eles conseguem comprar porque o produto é caríssimo”, comenta o pastor Fábio Correa.

Esse ano ela ganhou uma casa (totalmente estruturada para auxiliar a Vitória), construída por membros da Igreja Adventista do bairro Estreito (Florianópolis/SC). Mas a falta de recursos faz com que a família ainda não proporcione condições básicas para auxiliar a missionária. As prestações do terreno e da conta de luz, por exemplo, estão sempre atrasadas. “Vale ressaltar que a conta de luz da família é muito alta. Mas o motivo é para diminuir as dores da Vitória, já que com o ar-condicionado ligado, sua pele não fica tão irritada”, acrescenta o pastor Fábio.

Por isso a AC, através da ASA (Ação Social Adventista) iniciou uma campanha para ajudar financeiramente a Vitória. O objetivo é colaborar no pagamento dos recursos básicos da família, para assim a missionária ter condições de fazer a cirurgia. A própria Igreja tem ajudado, mas ainda não tem sido suficiente. Por isso foi criado um blog (www.ajudeavitoria.com) e produzido um vídeo para divulgar essa campanha (anexo a essa notícia). Por isso ajude!

“Jesus lhes disse: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um desses pequeninos irmãos, a mim o fizestes”, Mateus 25:40

Para doações:
Aldaíra Aparecida Martins
Caixa Econômica Federal
Agência 0506
OP. 013
Conta Poupança: 00060463-4

Entenda: Segundo o dermatologista Gunter Hans Filho, membro do Departamento de Doenças Bolhosas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a doença é originada por um defeito no gene que produz a proteína (colágeno) que cola a pele ao corpo. “A alteração genética se dá na falta da produção do colágeno que liga as camadas da pele. Sem essa proteína, essas camadas se separam facilmente sob qualquer pressão”, explica Hans.

“A Vitória tem bolhas em todo o corpo. Ela sofre para fazer atividades simples, como andar, falar, tomar banho e comer”, comenta o pastor Fabio Correa

Via advir

Moisés era gago?


moises
Ah Senhor! eu não sou homem eloqüente, nem de ontem nem de anteontem, nem ainda desde que tens falado a Teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua." Êxo. 4:10.


Tem-se dito por aí que Moisés era gago. Bem, que problema teria se fosse. Deus o capacitou para a missão e ele aceitou e cumpriu seu chamado, é isto que importa. Mas, para responder esta pergunta, que é uma curiosidade para muitos, vamos ver o que a Bíblia nos diz em  Atos 7.22: “E Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras.” 

Uma escritora cristã comenta:  

"Durante tanto tempo havia ele estado afastado dos egípcios, que não tinha um conhecimento tão claro e um uso tão pronto da língua, como quando estivera entre eles...Moisés então foi mandado ir ter com Arão, seu irmão mais velho, que, tendo estado em uso diário da língua dos egípcios, podia falá-la perfeitamente." WHITE, Ellen G. Patriarcas e Profetas, 254. CPB (grifos acrescentados)


A questão era que além da humildade, Moisés se sentia incapaz de realizar tão grandes feitos, tanto pela língua (idioma) que não estava mais familiarizado, quanto pela dificuldade da tarefa. Mesmo assim "Pela fé saiu do Egito, não temendo a ira do rei, e perseverou, porque via aquele que é invisível." Hebreus 11:27

Pr Iuri Haubrich

RESUMO: Em suma, Moisés não era gago, apenas NÃO falava mais a língua egipcia tão fluente como antes, em virtude dos 40 anos agora passados no deserto. (GM)

Senhor, dê-me Paz

Adoração da estátua: Onde estava Daniel?



Nabucodonosor ordenou que todos os que não adorassem a estátua de ouro fossem mortos. Mas, onde estava o profeta Daniel, visto que ele não é citado com os três rapazes em Daniel 3? 


A adoração da estátua, levantada pelo rei Nabucodonosor, figura entre os grandes relatos de fé na Bíblia. Três corajosos e fiéis jovens – Sadraque, Mesaque e AbedeNego – preferiram a morte em uma fornalha de fogo a desonrar o nome de Deus, curvando-se perante um ídolo. Só não morreram porque Deus interveio, enviando um Ser que, aos olhos do rei da Babilônia, parecia ser “o filho dos deuses” (Dn 3:25), para estar com aqueles jovens. Esse Ser era Jesus, perante o qual o fogo perdeu seu poder destruidor e os jovens foram salvos de morte certa.

Ao que tudo indica, ao fazer uma imagem toda de ouro, Nabucodonosor quis contradizer a interpretação dada por Daniel de que apenas a cabeça da estátua, vista em sonho pelo rei babilónico, era de ouro – essa interpretação indicava que o império babilónico não seria eterno e que outros impérios o sucederiam, conforme representados pelos diferentes metais (Dn 2:31-43). O ato de se prostrar em adoração à imagem seria uma demonstração de lealdade e submissão ao império babilónico.

Podemos apenas conjecturar quanto à data dessa adoração. Uma boa hipótese é aquela que aponta a ocasião em que o rei Zedequias fez uma viagem a Babilônia (Ir 51:59), no 4º ano do seu reinado (594/593 a.C), possivelmente atendendo à convocação de Nabucodonosor para que todos os seus magistrados e vassalos fossem a Babilônia para adorar a imagem de ouro ( Dn 3:2). Se essa viagem do rei Zedequias foi para atender à convocação do rei babilónico, podemos imaginar o espanto dos jovens hebreus ao verem o rei do povo de Deus adorando uma imagem – prática proibida pelo 1º e e 2º mandamentos. E também o espanto do rei de Judá ao ver seus súditos se recusarem a se prostrar, mesmo correndo risco de morte.

E quanto a Daniel? Onde estava ele quando ocorreu a adoração da imagem? A verdade é que ele já havia dado mostras de sua fidelidade a Deus e às Suas orientações desde o tempo em que a ele e aos outros jovens hebreus foram oferecidos alimentos da mesa do rei, mas eles haviam recusado, porque aqueles alimentos não estavam de acordo com as normas bíblicas. Teria Daniel fraquejado no momento da adoração daquela imagem e se prostrado diante dela?

A verdade é que não sabemos onde estava Daniel, por ocasião da adoração da estátua. Conhecendo bem o caráter desse profeta, como é mostrado no livro que leva seu nome, podemos estar certos de uma coisa: se ele estivesse presente àquela cerimônia, também não teria se prostrado. Ele era tão fiel às suas crenças que preferiu morrer devorado por leões a negar a fé (Dn 6). Só não morreu porque Deus o protegeu miraculosamente, fechando a boca daqueles animais (Dn 6:22).

A seguir, eis algumas hipóteses sobre o não comparecimento de Daniel à adoração da imagem de Nabucodonosor:

1. Poderia estar enfermo. Que geralmente Daniel tinha boa saúde pode ser inferido do cuidado que ele tinha com sua alimentação (Dn 1:8,11-15). Mas ele não estava totalmente imune à doença, como pode ser visto em Dn 8:27: “Eu, Daniel, enfraqueci e estive enfermo alguns dias…”

2. Poderia ter recebido uma missão especial do rei e, assim, estaria em viagem pelo reino. Um exemplo de viagem pelo reino é encontrado em Daniel 10:4, 7, quando o profeta teve uma visão “à margem do grande rio Tigre”, no tempo do rei Ciro.

3. Poderia ter sido dispensado daquele ato de adoração pelo próprio Nabucodonosor.

Aquele era um ato através do qual os súditos demonstravam lealdade ao rei, e Nabucodonosor não tinha dúvida quanto à lealdade de Daniel, tanto que o havia nomeado “governador de toda a província da Babilônia” (Dn 2:48). Assim, poderia tê-lo dispensado. Ao agir assim, estaria evitando duas situações: (1) matar Daniel, pois o rei sabia que esse fiel servo não se prostraria diante da imagem. Mas, como Daniel era um oficial altamente capaz, qualificado e honesto, o rei não desejava perder um auxiliar tão valioso; ou (2) ser desmoralizado perante os grandes de seu reino, ao permitir que Daniel ficasse impune, mesmo não se prostrando diante da estátua. Essa opção também não estava nos planos do rei, que era arrogante e prepotente (Dn 3:15,19), e não deixaria que alguém o desmoralizasse e humilhasse.

Qualquer uma das três hipóteses é uma boa candidata para explicar por que Daniel não é mencionado no ato de adoração da estátua. A verdade é que, sempre que sua fé foi provada, ele se manteve fiel – um poderoso exemplo a nós, que vivemos no tempo em que deuses modernos desafiam nossas crenças e nossa fé.

Ozeas C. Moura - Doutor em Teologia Bíblica

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Surdez espiritual

Deus predestinou Lúcifer para ser Satanás?


diabo
Imagine a cena: Jesus volta em glória e majestade (Ap 1:7) para executar o juízo final sobre o Diabo (Mt 25:41). Antes de Satanás ser jogado no lago de fogo, eles mantêm o seguinte diálogo para “colocar todas as cartas na mesa”:

Demônio: – Por que serei condenado e jogado no lago de fogo se você, em Sua Onisciência, predestinou-me para ser assim?

Jesus Cristo: – Predestinei-o para ser Satanás por causa da minha Soberania.

Demônio: – Mas, se o Senhor é Soberano, por que não determinou, em Sua Soberania, que eu fosse Lúcifer, um anjo de luz, durante a vida toda? Assim, o universo viveria em harmonia por toda a eternidade e muita dor teria sido evitada.

Jesus Cristo: – Já lhe disse: é a minha Soberania quem define isso.

Demônio: – Mas por que tem que ser assim?

Jesus Cristo: – Por que eu sou Soberano e pronto. Mesmo eu sendo amor e tendo estabelecido princípios morais desde a eternidade, em minha Soberania decidi criar seres que me desobedecessem. O que você tem com isso?

Demônio: – Mas eu não poderia ter escolhido ser bom?

Jesus Cristo: – Não! Eu amo o bem e em mim não há treva alguma (1Jo 1:5); escrevi os Dez Mandamentos (Ex 31:18), porém, eu decidi persuadi-lo, desde a eternidade, a ser mau mesmo. Sou Soberano e faço o que eu quiser. Sou livre para predestinar pessoas a desobedecerem aos mandamentos morais que eu mesmo estabeleci (Ex 20; Dt 5).

Demônio: – Tudo bem, Deus. Já que você decidiu em Sua Soberania que eu me tornaria Diabo, vai em frente. Mas que eu ainda não entendi o porquê de haver me criado assim, não entendi. E, nunca entenderei. Afinal, o Senhor deve ter me predestinado para ser ignorante.

[Fim do diálogo]

Esse é mais ou menos o tipo de “diálogo” que os deterministas rígidos (há um tipo de determinismo mais suave) querem que aceitemos. Não foi à toa que o teólogo Clark Pinnock, ex-calvinista, declarou:

“O Calvinismo envolve a pessoa em dificuldades agonizantes de primeira grandeza [ele afirma isso por experiência própria]. Faz com que Deus se transforme num tipo de terrorista que vai por aí distribuindo tortura e desastre [afinal, Deus “determinou” que Hitler mataria 6 milhões de judeus], e até mesmo exigindo que as pessoas façam coisas que a Bíblia diz que Deus aborrece [...]. Não há maneira de limpar a reputação de Deus, num caso assim. Não é preciso a pessoa pensar muito para responder por que muita gente torna-se descrente, ou ateu, ao defrontar-se com tal teologia. Um Deus assim teria muita coisa por que responder”. (Predestinação e Livre-Arbítrio [Mundo Cristão, 2010], p. 78).

Se o Diabo fosse designado por Deus para ser “homicida desde o princípio” (Jo 8:44), o inimigo teria razão em questionar o poder da Soberania de Deus. Afinal, se Deus é Soberano ao ponto de negar a criaturas racionais o direito de escolha, por que não escolheu por elas, para que elas fossem boas por toda a eternidade, assim como Ele é Bondoso?

Separar a soberania de Deus do amor dEle pela moral, tornando-O responsável por aquilo que Ele mesmo odeia, é um sacrilégio. É uma aberração teológica de primeira “grandeza”.

LÚCIFER É QUEM QUIS SER DIABO

Deus não predestinou Lúcifer para se transformar no “capeta”, e muito menos decidiu “programar” criaturas para O amarem, enquanto “programa” outras para O odiarem. O Criador da razão criou Lúcifer perfeito (Ez 28:15) e dotou a humanidade com livre-arbítrio (Gn 2:16, 17; 3:15) para que todos possam amá-Lo livremente e serem moralmente responsáveis pelas próprias atitudes (Gn 4:7; Js 24:15; Tg 1:14). Apenas assim a doutrina do juízo possui sentido (Ec 12:13-14; Rm 14:12; 2Co 5:10).

Os calvinistas rígidos confundem presciência com a predestinação, sendo que Paulo, de modo claro, diferenciou as duas coisas em Romanos 8:29. Se predestinação e presciência não são a mesma coisa, isso significa que Deus não predestina tudo o que Ele prevê.

É claro que presciência e predestinação trabalham juntas; porém, a presciência de Deus não O faz determinar a perdição de grande parte da população. Se assim o fosse, então a presciência de Deus é tão incompetente que O fez “predestinar” a maioria para a perdição (Ap 20:8, 9), ao invés de fazê-Lo predestinar a maioria para o céu (Mt 7:13, 14).

Além disso, os deterministas supervalorizam a Soberania Divina em detrimento do Seu Amor, Onipotência, etc. E, pior: não têm a compreensão correta do conceito bíblico de Soberania Divina.*

Ao invés de crerem que Deus é tão Soberano ao ponto de fazer criaturas livres e moralmente responsáveis (Is 66:4 – preste atenção nesse texto), mesmo após o pecado (interpretemos Romanos 3 à luz de Gênesis 3:15), creem que Ele é Soberano no sentido de programar a mente de cada um para aceitá-Lo ou rejeitá-Lo, sendo que Ele mesmo fica decepcionado quando o ser humano o rejeita! Veja como a Bíblia ignora tal compreensão determinista:

“Como seria bom se eles sempre pensassem assim, e me respeitassem, e sempre obedecessem a todos os meus mandamentos! Assim tudo daria certo para eles e para os seus descendentes para sempre.” (Dt 5:29, NTLH).

Já pensou Deus ficar chateado por Ele mesmo ter predestinado as pessoas para serem desobedientes e pecadoras? Isso é um absurdo sem tamanho. Imaginou o Criador, em Deuteronômio 5:29, lamentar aquilo que Ele mesmo determinou que as pessoas fossem, ou seja, desobedientes? Se lermos o texto com os olhos calvinistas, poderíamos “reinterpretá-lo” da seguinte maneira:

“Como seria bom se eu tivesse predestinado os Israelitas para obedecerem aos meus mandamentos! Pena que não fiz isso em minha Soberania…”

Graças a Deus que, na Bíblia, não há lugar para o “Deus esquizofrênico” criado pelos calvinistas rígidos.

PARADOXO = DESCULPA ESFARRAPADA

Quando questionados sobre como um ser humano pode ser moralmente responsável pelos próprios pecados, se foi Deus quem decretou que o ser humano pecaria, alguns calvinistas respondem que isso é um “paradoxo”.

Na verdade, o termo “paradoxo”, como usado por eles, é mais uma palavra para justificar o injustificado. É uma maneira de a pessoa “sair de fininho” sem se comprometer ainda mais em dar uma explicação racional para determinado fato contraditório.

Em minha opinião, essa palavra, quando empregada pelos deterministas, é um eufemismo para desculpa esfarrapada.

Nossos irmãos calvinistas deveriam aceitar o que a Bíblia ensina em Lucas 7:30: que o pecador rejeita a Cristo por decisão própria e não por decreto Divino:

“Mas os fariseus e os mestres da Lei não quiseram ser batizados por João e assim rejeitaram o plano de Deus para eles.” (Lc 7:30, NTLH).

Veja que Deus é tão Soberano que permitiu aos fariseus rejeitarem o plano dEle para eles! Deveríamos ler a Bíblia e aceitá-la como ela é. Assim, não precisamos criar termos para justificar aquilo que é absurdamente contra a razão e o bom senso.

Assim como o plano do Salvador para os fariseus não era a perdição, o plano da Divindade para você, amigo leitor, não é o lago de fogo. “Deus idealizou e resolveu a estrutura do plano de salvar a humanidade” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, [Casa Publicadora Brasileira, 2011] p. 132), segundo Efésios 1:9, e não idealizou que alguns O rejeitassem.

Desse modo, use corretamente o livre-arbítrio que Ele devolveu ao ser humano (Gn 3:15). Aproveite que Ele colocou em seu coração uma “inimizade” contra a “serpente” (Satanás – Ap 12:9) e decida-se por Jesus Cristo e as Verdades dEle. Aceite o plano de salvação disponibilizado a “todo o mundo” (Mc 16:15) e faça parte do povo de Deus que desfrutará de vida e felicidade eternas ao lado da Divindade:

“[...] Aquele que tem sede venha. E quem quiser receba de graça da água da vida.” (Ap 22:17)

E aí, caro leitor? Você crê que Deus criou Lúcifer para ele se transformar em Diabo e Satanás, trazendo assim dor e sofrimento ao universo? Caso não, parabéns! Você não é (ou está deixado de ser) um calvinista rígido e, portanto, compreenderá melhor o plano de salvação e o amor infinito que Deus sente por todas as criaturas dEle.

Esse amor Ele evidencia também ao dar a cada ser a oportunidade de escolher amá-Lo ou não. Se não fosse assim, o próprio Deus não seria “portador” do amor altruísta de 1 Coríntios 13.


* Nota: Nenhum de nós pode compreender a Onisciência Divina. Afinal, não somos deuses. Como afirmou Davi, no Salmo 139:6: “Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir.” Porém, podemos no mínimo nos aproximarmos da Verdade a respeito do assunto, como revelada na Bíblia (de que a Onisciência Divina não fez o Diabo ser Diabo – Ez 28:15). Basta deixarmos as Escrituras falarem por si mesmas e submetermos nossa lógica pecadora à lógica Divina (Is 55:8, 9).

LEANDRO QUADROS

Abraão e a cidade ‘Inexistente”



Ao ler Gênesis 14:14, como poderia Abraão ter perseguido até a cidade de Dã os quatro reis que invadiram a terra de Canaã, quando ainda não havia cidade com esse nome no tempo desse patriarca? 


Os copistas dos livros da Bíblia tinham o costume de “atualizar” ou “modernizar” nomes de localidades quando isso se fazia necessário. Não faziam isso com o fim de adulterar a Palavra de Deus, mas, sim, para melhor compreensão dos leitores. O entendimento dessa prática ajuda a esclarecer a questão da menção à cidade de Dã, no tempo de Abraão (nascido em aproximadamente 1950 a.C., conforme SDABC, v. 8, p. 9), quando ainda não havia cidade com esse nome. Como nos informa o relato bíblico, só houve uma cidade com o nome de Dã quando os descendentes desse bisneto de Abraão conquistaram determinada cidade ao norte da Palestina, por volta de 1405 a.C.

Vejamos, a seguir, alguns exemplos de atualização de nomes de lugares mencionados pela Bíblia, geralmente introduzidos pelas expressões “esta é” ou “que é”:

1. “Fizeram guerra contra [...] o rei de Bela (esta é Zoar)” (Gn 14:2).

2. “… morreu [Sara] emQuiriate-Arba, que é Hebrom…” (Gn 23:2).

3. “Seguia o limite… e terminava em Quiriate-Baal (que é Quiriate-learim) (Is 18:14).

4. “Então, José estabeleceu a seu pai e a seus irmãos e lhes deu possessão na terra do Egito, no melhor da terra, na terra de Ramessés” (Gn 47:11). O nome “Ramessés” aparece ainda em Êxodo 1:11; 12:37 e Números 33:3. Nesse mesmo capítulo de Gênesis 47, é mencionado o nome antigo do lugar dado aos israelitas para morar: trata-se da “terra de Gósen” (ver Gn 47:1,4,6,27). “Gósen” aparece ainda em Gênesis 46:28, 29,34 e Êxodo 9:26.

Muitos, por desconhecerem a prática da “atualização” de nomes feita pelos copistas bíblicos, chegam a afirmar que a Bíblia data o Êxodo do tempo do faraó Ramsés II (1299-1232 a.C), somente por causa da menção ao nome “Ramessés”, em Êxodo 1:11, onde se diz que “os israelitas edificaram a Faraó as cidades-celeiros, Pitom e Ramessés”. Mas, de acordo com a informação bíblica de 1 Reis 6:1, o Êxodo pode ser datado por volta de 1445 a.C, no tempo do faraó Amenotepe II (1450-1425 a.C). A verdade é que o faraó Ramsés II tinha o costume de atribuir a si feitos de faraós anteriores. Assim, muito tempo depois da expulsão dos invasores Hicsos, esse faraó aumentou e embelezou a antiga capital daqueles invasores, chamada Tânis (a bíblica Zoã, cf. Nm 13:22), e deu seu próprio nome a ela (SDABC, v. 1, p. 497,498).

Os exemplos de atualização mencionados são suficientes para se ver que o mesmo processo aconteceu ao texto de Gênesis 14:14: ” Ouvindo Abrão que seu sobrinho estava preso, fez sair trezentos e dezoito homens dos mais capazes, nascidos em sua casa, e os perseguiu até Dã.”

Sabemos, pela Bíblia, que, no tempo de Abraão, a cidade de Dã era chamada de “Laís” (Jz 18:27-29) ou “Lesem” (Is 19:47). Então, como a cidade de Laís/Lesém passou a se chamar Dã? Isso ocorreu quando a tribo de Dã tomou essa cidade, após os israelitas terem invadido a Palestina, por volta de 1405 a.C. É isso o que nos diz o relato bíblico: ”Saiu, porém, pequeno o limite aos filhos de Dã, pelo que subiram os filhos de Dã, e pelejaram contra Lesem, e a tomaram, e a feriram ao fio de espada; e, tendo-a possuído, habitaram nela e lhe chamaram Dã, segundo o nome de Dã, seu pai” (Is 19:47);”… e chegaram a Laís, a um povo em paz e confiado, e os feriram a fio de espada, e queimaram a cidade. [...] Reedificaram a cidade, habitaram nela e lhe chamaram Dã, segundo o nome de Dã, seu pai, que nascera a Israel; porém, outrora, o nome desta cidade era Laís” (Jz 18:27-29).

Assim, fica óbvia a atualização da cidade que, no tempo de Abraão, se chamava Laís ou Lesem, para Dã, nome pelo qual ficou conhecida após sua conquista pela tribo de Dã, mais de 400 anos depois do tempo de Abraão. Assim, é verdadeira a informação de que esse patriarca perseguiu os reis até “Dã”, nome como era conhecida nos dias do copista bíblico, mas conhecida por Abraão como Laís ou Lesem.

Devemos dar graças a Deus porque, além de inspirar os escritores bíblicos ao escreverem a Bíblia, Ele também velou para que Sua Palavra escrita fosse preservada sem adulteração. Alguma “atualização” que se fez necessária a algum nome antigo não prejudica o relato bíblico, antes ajuda os leitores a compreendê-lo ainda melhor.

Ozeas C. Moura - Doutor em Teologia Bíblica

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Informativo Mundial das Missões – 10/11/12

Informativo Mundial das Missões – 10/11/12


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Via Daniel Gonçalves

Participa Satanás da expiação?



O texto de Levítico 16:10 é claro em afirmar que o bode emissário participa da expiação. Se esse bode representa Satanás, isso significaria sua participação na expiação ao lado de Cristo?

O texto em questão afirma: “O bode sobre que cair a sorte para bode emissário [azazel] será apresentado vivo perante o Senhor, para fazer expiação [kaphar] por meio dele e enviá-lo ao deserto como bode emissário” (Lv 16:10).

A palavra “Azazel” só ocorre nesse texto de Levítico e tem sido objeto de muita discussão entre os eruditos bíblicos. Diversos significados têm sido propostos para o termo: um lugar no deserto, “bode emissário”, um demônio do deserto, ou o próprio Satanás. No pseudepígrafo 1 Livro de Enoque (8:1; 10:12; 13:1), Azazel é o chefe dos anjos caídos.

Uma análise do papel dos dois bodes no ritual do Dia da Expiação aponta para Azazel como um ser pessoal, em oposição ao Senhor (Yahweh): um bode era “para o Senhor”- um ser pessoal (Lv 16:8), o outro “para Azazel” (Lv 16:8) – que, em oposição ao Senhor, deve ser também um ser pessoal. O bode “para o Senhor” era sacrificado (Lv 16:15) – representando o sacrifício de Cristo; o outro bode era enviado ao deserto (Lv 16:20-22) – representando Satanás, que, durante o Milênio, vagará pela Terra desolada e desértica (Ap 20:1-3).

Assim, sendo Azazel símbolo de Satanás, como entender, em Levítico 16:10, a expressão “para fazer expiação [kaphar] por meio dele”? Se esse bode não era imolado em sacrifício, como participa da expiação?

Frank B. Holbrook, em sua obra O Sacerdócio Expiatório de Jesus Cristo (Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2002), na página 143, argumenta, com propriedade, que o vocábulo “expiação” (kaphar) tem mais de um significado na Bíblia:

1. Expiação em sentido “redentivo”, Isso se dava quando o pecado do penitente era perdoado e apagado por meio da morte de um substituto. Essa expiação redentiva é a mencionada em Levítico 4:34- 35: “Então, o sacerdote, com o dedo, tomará do sangue da oferta pelo pecado e o porá sobre os chifres do altar do holocausto. [...] Assim, o sacerdote, por essa pessoa, fará expiação [kaphar] do seu pecado que cometeu, e lhe será perdoado.” O mesmo tipo de expiação era feito com o sangue do ”bode para o Senhor” (Lv 16:15-19). Essa expiação “redentiva” era símbolo da que é efetuada pelo precioso sangue de Cristo, “como de cordeiro sem defeito e sem mácula” (1 Pe 1:19).

2. Expiação em sentido “punitivo”, quando o pecador perde a vida devido ao castigo por seus delitos. No livro de Números, ocorrem dois exemplos de expiação ”punitiva”:

1) quando o imoral simeonita Zimri e sua parceira sexual Cosbi foram atravessados com uma lança pelo sacerdote Fineias (ver Nm 25:6-18). É dito que, com a morte desses dois pecadores impenitentes, se fez “expiação [kaphar] pelos filhos de Israel” (Nm 25:13);

2) quando um homicida era executado por seu crime (ver Nm 35:16, 30-33). Com isso, Deus deixou claro que ”o sangue profana a terra; nenhuma expiação [kaphar] se fará pela terra por causa do sangue que nela for derramado, senão com o sangue daquele que o derramou” ( Nm 35:33).

Esse tipo de expiação punitiva é a que acontecia com o bode emissário (Lv 16:10), o qual levava sobre si, não vicariamente, mas punitivamente, os pecados confessados, perdoados e apagados do povo de Israel. O bode Azazel é símbolo apropriado de Satanás, autor e instigador de todo o pecado, o qual levará sobre si, durante mil anos,
os pecados que fez o povo de Deus cometer.

Interessante é que Ellen G. White também fala em expiação nos aspectos “punitivo” e “redentivo”:

“Visto que Satanás é o originador do pecado, o instigador direto de todos os pecados que ocasionaram a morte do Filho de Deus, exige a justiça que Satanás sofra a punição final. A obra de Cristo para a redenção dos homens e purificação do Universo da contaminação do pecado será encerrada pela remoção dos pecados do santuário celestial e deposição dos mesmos sobre Satanás, que cumprirá a pena final. Assim no cerimonial típico, o ciclo anual do ministério encerrava-se com a purificação do santuário e confissão dos pecados sobre a cabeça do bode emissário. Em tais condições, no ministério do tabernáculo e do templo que mais tarde tomou o seu lugar, ensinavam-se ao povo cada dia as grandes verdades relativas à morte e ministério de Cristo, e uma vez ao ano sua mente era transportada para os acontecimentos finais do grande conflito entre Cristo e Satanás, e para a final purificação do Universo, de pecado e pecadores” [Patriarcas eProfetas, p. 358 [grifos acrescentados]).

E então, participa Satanás da expiação? A resposta é ”sim”, se levarmos em conta a expiação “punitiva”, e “não”, se temos em vista a expiação “redentiva”, a qual é feita somente através de Jesus Cristo e seu precioso sangue.

Por Ozeas C. Moura, doutor em Teologia Bíblica e editor na Casa Publicadora Brasileira.

É necessário que não tenhamos vícios para sermos batizados?


Quem nos livra de todo hábito pecaminoso é Cristo. O ideal é buscarmos o poder de Jesus para vencermos todo o vício antes de nos batizarmos.
Em 2 Coríntios 5:17 lemos que “...assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”.
O batismo é a festa que comemora a libertação do pecado que Jesus operou em nossa vida. 
Algumas pessoas deixam para abandonar o vício (seja ele qualquer) no dia do batismo. Entretanto, para muitos, a boa intenção não é suficiente. Após o batismo a força do hábito, a influência das companhias, e tantos outros fatores podem fazer com que a pessoa volte ao vício. Aí, sentimentos de culpa e de raiva, vêm contra si próprios e contra Deus. Tentam esconder a situação dos demais membros da igreja e tudo se torna muito desagradável.
Deixar de fumar ou beber, ou qualquer outro vício, pode parecer uma batalha simples, mas não é. Essa vitória somente é possível pela graça de Deus mediante a união do poder divino com a escolha humana.
Por isso dizemos que é melhor apegar-se a Deus para obter a vitória sobre cada pecado conhecido antes do batismo. Assim a pessoa chegará ao batismo como um vitorioso e não como um pretendente à vitória.
Existe a possibilidade de que mesmo deixando o mau hábito antes do batismo a pessoa venha a cair novamente, mas desta forma as chances serão muito menores. Se a pessoa já teve a experiência da vitória por alguns dias e semanas, ela tem uma experiência preciosa que lhe dá ânimo para prosseguir e elementos em quê se basear para uma vitória mais permanente. 
Para um passo tão importante quanto o batismo, nada melhor que uma boa preparação. Desde o dia em que uma pessoa entregou o coração a Jesus como seu Salvador pessoal e começou os preparativos para o batismo, a partir desse dia, essa pessoa pode ter a certeza do perdão de seus pecados passados e aceitação perante Deus.
O que nos salva não é o batismo. O batismo é uma consequência, um testemunho público, da salvação que Jesus já efetuou em nossa vida. Quando nos batizamos depois de vencidos os hábitos e vícios conhecidos, essa cerimônia expressa maior significado.

por Hudson Cavalcanti, colunista do Site Bíblia e a Ciência

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Como "ressuscitar" o culto das quartas-feiras?



NOTA DE FALECIMENTO:
"Lamentamos informar que o nosso querido companheiro, o Culto de Quarta-feira, não resistiu, e morreu!".


Não deixe que isso ocorra em sua Igreja local!

Semanalmente nós temos uma grande oportunidade para fortalecermos nossa fé, através das orações, louvores, testemunhos, estudo da Palavra de Deus, etc.

Esta oportunidade chama-se "Culto de Oração", ou o Culto da Quarta-feira, na maioria das congregações Adventistas do 7º Dia.

Praticamente as mesmas reclamações ouvidas contra os Cultos de Domingo são repetidas pelos que não frequentam assiduamente os Cultos de Oração, acrescentando-se alguns pontos mais peculiares:
- Os pregadores menos experientes são escalados para as Quartas-feiras.
- O Culto é mais de "lamúria" e "choradeira" do que de louvor e ações de graça.
- Expressões do tipo ("Hoje estamos em um pequeno número...") valorizam mais os que faltaram do que os que tiveram interesse em vir ao Culto.
- Não há variedade na liturgia, sendo feita sempre da mesma maneira fria e monótona a cada semana.
- etc.

Os Cultos de Quarta-feira podem e devem ser muito participativos e revigorantes. Pela sua localização estratégica (no meio da semana de trabalho e estudos), este Culto tem uma grande chance de ser o "oásis" em meio ao deserto de dificuldades que todos nós enfrentamos no dia-a-dia.

Assim como fiz para o Culto de Domingo, quero apresentar algumas sugestões para uma melhor qualidade dos Cultos de Oração (com relação à música, vale o mesmo que falei para o de Domingo)...

Pregação
- Selecione os melhores pregadores para pregarem também nas Quartas-feiras. Porém, devo relembrar que "pregar bem e com poder" não é o mesmo que "pregar com eloquência", pois alguns são excelentes "oradores", mas são péssimos "pregadores da Palavra", ou seja, não apresentam um sermão que nutra espiritual e psicologicamente a carência da grande maioria dos membros de nossas congregações Adventistas.
- A temática deve girar em torno do crescimento na vida espiritual: fé, milagres, vitória, comunhão com Deus, perseverança na oração, obra do Espírito Santo, etc.
- O sermão deve ser curto (em torno de 20 minutos), para que mais tempo seja dado para os momentos de participação da congregação (pedidos, agradecimentos e testemunhos).
- Os irmãos devem sair do templo com a sensação de que estão com forças renovadas para enfrentarem mais 2 dias de "luta", e chegarem firmes até o próximo Sábado (ponto alto da comunhão semanal).

Testemunhos
- Deus opera grandes maravilhas na vida de todos nós, mas dificilmente ouvimos sobre elas nos nossos Cultos de Oração.
- A cada semana, alguns podem ser pré-selecionados para trazerem um relato de alguma poderosa atuação do Senhor em suas vidas: vitória sobre a guarda do sábado; milagre contra uma doença; etc.
- Alguns também poderão contar como se deu sua conversão. É uma grande maneira de conhecermos um pouco mais da história de vida de nossos irmãos e irmãs em Cristo.
- Uma vez por mês, faça um Culto apenas de testemunhos, procurando até mesmo trazer alguém de fora, que tenha uma grande vitória de vida para compartilhar com a Igreja.

Momentos dos pedidos e agradecimentos
- Este é um ponto crítico do Culto de quarta-feira, pois se não for bem feito (o que normalmente acontece), torna-se um grande "muro de lamentações".
- Divida este período em 2 momentos: O primeiro somente para agradecimentos, e o segundo, para os pedidos. Intercale cada um com orações fervorosas.
- Os momentos de oração devem ser diversificados a cada semana. Algumas sugestões:
a) Em duplas ou trios
b) Em grupos de 4 ou 5
c) Através de grupos de orações específicas (pelos jovens, pelas famílias, pelos estudos bíblicos, pelos líderes, pelos doentes, etc.).
- Uma pessoa pode ficar encarregada de anotar cada pedido feito, e depois colocar em um mural para serem conhecidos por todos aqueles que não puderam vir ao Culto. No sábado de manhã, os pedidos do mural são divididos entre os membros das Unidades, para que todos orem mais uma vez em favor das necessidades ali apresentadas.
- Durante as semanas de oração, o culto de cada noite pode ser feito de forma diferente, para que todos tenham oportunidade de se expressar, e a programação não caia na rotina na metade da semana.
- Se os visitantes desejarem, deixem que eles também apresentem seus pedidos e agradecimentos diante da Igreja. Lembre que em outras denominações, absurdamente, os visitantes não podem nem entrar nos cultos de oração (até a porta fica fechada!).

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Junte-se com a liderança de sua Igreja local, e vejam como cada um pode contribuir para "ressuscitar" o Culto de Quarta-feira.

Deus será tremendamente honrado!

Gilson Medeiros

É pecado tomar café?



Por mais incrível que nos pareça, esse assunto não é tão controverso. Basta perguntarmos a especialistas ou consultarmos artigos científicos sobre o assunto e não haverá quem negue o fato de que o café faz aumentar a pressão arterial. E isso é bom para a saúde? Uma recente pesquisa que foi feita com consumidores de café exigiu que eles se abstivessem do produto por 21 dias. Sabe qual foi o resultado? Dores de cabeça intensas! Por quê? Porque café é um estimulante do sistema nervoso central e pode causar dependência. A abstenção pode resultar em crise de abstinência que desencadeia numa série de efeitos sobre o bem estar do indivíduo. Isso é bom? Muitas vezes o que acontece é que alguns tentam forçar a barra para justificar um hábito antigo que se modificado poderia afetar violentamente a economia. Uma pessoa que não tem o hábito de tomar café, caso beba, poderá ter palpitações, taquicardia, e os defensores do café dirão que isto ocorre porque o indivíduo não está acostumado a tomar café! E aí? Faz bem para a saúde? E quanto ao sono? Se ingerido à noite poderá afetar o sono. Com o tempo o indivíduo poderá ter alterado o seu relógio biológico, causando distúrbios do sono. Isso é bom? Em decorrência de uma péssima qualidade de sono a pessoa poderá ter outros problemas como ansiedade. Isso faz bem à saúde? O mesmo ocorre com o vinho, que possui flavonóides, o que "justificaria" o seu uso, pois faz bem ao coração. Mas, quais são os prejuízos e riscos que uma pessoa corre ao tomar vinho? (1) O álcool queima a mucosa bucal podendo causar câncer, (2) o álcool pode perverter o juízo, (3) o indivíduo pode perder o autocontrole e tornar-se um alcoólatra. Faz bem ao coração? Sim, mas quanto mal pode fazer para a saúde? Quanto risco pode trazer? Portanto, mais uma vez, alguns usam o fato de que flavonóide faz bem ao coração para justificar o consumo do vinho! O que pode ser substituído pelo vinho? O próprio suco de uva integral! O que mais pode fazer bem para o coração? Exercícios físicos, alimentação equilibrada, etc. Contudo, o ser humano não está disposto a pagar o preço para se obter uma boa saúde e, assim, prefere continuar seu hábito que pode proporcionar grande prazer à custa da saúde. 
“Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado” (1 Coríntios 3:16 e 17).

por Hudson Cavalcanti, colunista do Site Bíblia e a Ciência

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