terça-feira, 20 de março de 2012

Visão panorâmica das "2300 tardes e manhãs" e das "70 semanas"

Focalizando Daniel 9


As Escrituras revelam que os antigos profetas não somente se preocuparam em anunciar eventos futuros, como também em indicar o tempo de seu cumprimento. Os 120 anos de graça destinados ao mundo antediluviano (Gênesis 6:3), os 7 dias que precederiam o início da chuva, a qual deveria cair por 40 dias ininterruptos (Gênesis 7:4), os 400 anos de peregrinação da descendência de Abraão (Gênesis 15:13 e Atos 7:6), os 3 dias para o copeiro e para o padeiro de Faraó (Gênesis 40:12, 13, 18 e 19), os 7 anos de fartura e os outros 7 de fome sobre a terra do Egito (Gênesis 41:26, 27, 29 e 30), os 40 anos de jornada no deserto (Números 14:33 e 34), os 3 anos e meio de seca no reinado de Acabe (1 Reis 17:1 e Lucas 4:25), o cativeiro de 70 anos (Jeremias 25:11 e 12; 29:10 e Daniel 9:2) e os 7 tempos de loucura de Nabucodonosor (Daniel 4:16, 23, 25 e 32) foram períodos que delimitaram a realização dos acontecimentos preditos.


Não poderiam os profetas ter antecipado também a época do advento do Redentor? A lógica sugere que sim, o que é confirmado pelo apóstolo Pedro, segundo o qual “os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada” “inquiriram e trataram diligentemente” da salvação, “indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir.” 1 Pedro 1:10 e 11.


Os dados cronológicos concernentes à primeira vinda de Cristo podem ser encontrados em Daniel 9, em que já estavam preditos, com inigualável precisão, os anos exatos do início e do fim do ministério do Salvador. Contudo, visto que Daniel 9 constitui um complemento ao capítulo 8, imperioso se torna o estudo concatenado de ambos.


Uma Impressionante Visão

O capítulo 8 descreve uma fascinante visão recebida pelo profeta Daniel, na qual ele contemplou um carneiro, um bode e uma ponta pequena. Esse último elemento lhe atraiu particular interesse, em virtude de seu ataque ao exército do Céu, ao Príncipe dos príncipes e ao Santuário Celestial. Enquanto observava a blasfema atuação da ponta pequena, Daniel ouviu um santo anjo a indagar: “Até quando durará esta visão?”. A solene resposta é encontrada em Daniel 8:14: “Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.”.

Daniel 8:14 faz referência a um longo período profético, findo o qual o Santuário seria purificado. Esse período possui especial importância por estar intimamente associado às 70 semanas de Daniel 9, cujo principal objetivo é localizar o tempo do ministério de Jesus. Daí, a necessidade de uma investigação mais detalhada das 2.300 tardes e manhãs.

As 2.300 Tardes e Manhãs

A origem da expressão “tardes e manhãs” remonta ao relato da Criação, no qual se lê: “Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia.” Gênesis 1:5. Desse texto se deduz que num dia completo há uma tarde e uma manhã, o que conduz à inevitável conclusão de que o período mencionado em Daniel 8:14 é, na realidade, de 2.300 dias.

Esses dias não podem ser literais, em virtude de que aparecem num contexto altamente simbólico. Mediante a aplicação do princípio bíblico do dia-ano, segundo o qual, um dia profético corresponde a um ano literal (Números 14:34 e Ezequiel 4:6 e 7), torna-se evidente que os 2.300 dias representam 2.300 anos reais.

O Ponto de Partida das 2.300 Tardes e Manhãs
Uma leitura atenciosa de Daniel 8 revela a carência de qualquer indicação exata para o início dos 2.300 anos. Depois de comentar cada elemento da visão, as poucas palavras de Gabriel referentes àquele período foram: “A visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira; tu, porém, preserva a visão, porque se refere a dias ainda mui distantes.” Daniel 8:26. Antes que Gabriel pudesse fornecer alguma informação adicional sobre os 2.300 dias, Daniel perdeu as forças e desmaiou. A cena das horrendas perseguições a sobrevir ao povo de Deus e a afirmação de sua longa duração eram mais do que o idoso profeta poderia suportar. Assim, Gabriel teve de abandoná-lo para só retornar em ocasião oportuna.

Investigando o livro do profeta Jeremias, Daniel entendeu que o prazo determinado por Deus para o regresso de seu povo à Judéia seria de 70 anos (Daniel 9:1 e 2). Como esse período já estava próximo do fim, Daniel temeu que a visão recebida alguns anos antes fosse um alerta divino concernente a um prolongamento na duração do cativeiro. Tal perspectiva encheu de horror o coração do bondoso profeta, o que o impulsionou a derramar sua alma perante o Senhor numa impressionante oração intercessória por sua nação. Temendo que os 2.300 dias consistissem num acréscimo aos 70 anos de desolação, Daniel assim se expressou: “Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não Te retardes, por amor de Ti mesmo, ó Deus meu; porque a Tua cidade e o Teu povo são chamados pelo Teu nome.” Daniel 9:19.

Em resposta à súplica daquele fervoroso servo de Deus, Gabriel retornou para completar sua missão. Ele recebera a ordem: “Dá a entender a este a visão” (Daniel 8:16) e a incumbência devia ser satisfeita. Por isso, aproximou-se mais uma vez do profeta, dizendo: “Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido... Considera, pois, a coisa e entende a visão.” Daniel 9:22 e 23. Retomando o assunto, Gabriel se deteve particularmente no aspecto do tempo: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade...” Daniel 9:25. A palavra aqui vertida por “determinadas” significa literalmente “separadas” ou “cortadas”. O questionamento lógico em face dessa observação é: separadas de quê? Visto que os 2.300 dias foram o único período mencionado anteriormente, o qual não havia recebido maiores considerações, devem ser o período de que as 70 semanas se separaram. As 70 semanas são, portanto, uma parte dos 2.300 dias e os 2 períodos devem começar simultaneamente. Isso supre a carência de informação em Daniel 8 sobre o início das 2.300 tardes e manhãs, visto que em Daniel 9 o ponto de partida é indicado.

O ponto inicial das 70 semanas é “a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém” Daniel 9:25. Embora 3 decretos persas sejam mencionados no livro de Esdras nesse sentido, o de Artaxerxes é o mais abrangente, além do que, as intenções dos 2 anteriores são plenamente satisfeitas com este último. Esse decreto entrou em vigor no outono de 457 A.C., data que deve ser tomada como o início dos cômputos proféticos.

7 Semanas e 62 Semanas

“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos.” Daniel 9:25. Assim, a manifestação do Messias estava marcada para 69 semanas proféticas, ou 483 dias-anos, depois que o decreto de Artaxerxes entrasse em vigor, o que conduz ao ano 27 da Era Cristã, no qual Jesus, após ter sido batizado no rio Jordão, foi ungido pelo Espírito Santo, que sobre Ele repousou em forma de pomba, e deu início ao Seu ministério público.Após essa data, segundo o relato de Marcos, “foi Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.” Marcos 1:14 e 15.

A parte final do versículo se refere aos turbulentos anos de reconstrução da cidade de Jerusalém, o que pode ser comprovado mediante a leitura do livro bíblico de Neemias.

“O Ungido será tirado”

“Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas.” Daniel 9:26. A intenção dessa passagem não é marcar a data exata da morte de Jesus, pois,  segundo as palavras de Gabriel, o Ungido seria tirado não ao fim das 62 semanas, mas depois disso. A menção à destruição do Templo e da Cidade Santa aponta logicamente à invasão de Jerusalém pelos exércitos romanos, liderados pelo general Tito, no ano 70 da Era Cristã. Invasões dessa natureza eram comparadas a inundações, o que explica a referência a um dilúvio; e a afirmação de que “até ao fim haverá guerra” retrata bem os combates e o derramamento de sangue dos últimos 2.000 anos da História da Humanidade.

A Última Semana
“Elefará firme aliançacom muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele.” Daniel 9:27. A “semana” aqui mencionada é a última das 70 e corresponde aos derradeiros anos de oportunidade concedidos ao povo de Israel.Durante esse período, que se estende do ano 27 ao ano 34, Cristo, em princípio em pessoa e depois por intermédio de Seus discípulos, dirigiu o convite do Evangelho especialmente aos judeus.

A parte mais impressionante da predição está relacionada ao meioda septuagésima semana, em que se faria cessar o sacrifício e a oferta de manjares. No ano 31 da Era Cristã, 3 anos e meio após Seu batismo, o Senhor Jesus foi crucificado. Mediante o grande sacrifício oferecido na Cruz do Gólgota, o sistema de sacrifícios, que por 4.000 anos havia apontado para o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29), perdeu a sua validade.O tipo alcançou o antítipo e, em conformidade com a vontade de Deus, todos os sacrifícios e ofertas deveriam cessar. Ao Jesus entregar Seu espírito naquela tarde de sexta-feira, houve um grande terremoto e “o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo” (Mateus 27:51), como notória evidência de que o sistema cerimonial havia chegado ao esgotamento. Que Jesus estava cônscio de que aquele era o momento indicado pela profecia de Daniel, observa-se de Suas palavras proferidas na noite anterior: “Pai, é chegada a hora; glorifica a Teu Filho, para que o Filho Te glorifique a Ti.” João 17:1.

O final do versículo 27 também faz alusão à destruição de Jerusalém, assim como o verso precedente, e foi mencionado por Jesus em Seu sermão profético, quando Ele instou a Seus discípulos que estudassem com atenção o livro de Daniel. Ver Mateus 24:15.

O Fim das 70 Semanas
Visto que as 70 semanas foram separadas especialmente para o povo de Israel, seu término deve coincidir com a rejeição dos judeus ao Evangelho de Cristo. Embora nenhum evento específico seja relacionado ao fim das 70 semanas e apesar de os dados cronológicos dos primeiros capítulos do livro de Atos serem insuficientes para uma datação exata, a morte do diácono Estevãoe a primeira perseguição à Igreja servem muito bem como marcos do fim do tempo de graça concedido à nação eleita, pois, após o início das hostilidades, os discípulos, forçados pela perseguição a fugir de Jerusalém, “iam por toda parte pregando a palavra” (Atos 8:4). Filipe desceu à cidade de Samaria e pregou a Cristo. Pedro, guiado pelo Espírito de Deus, anunciou o Evangelho a Cornélio, centurião de Cesaréia; e Paulo, ganho à fé cristã, foi incumbido de pregar as doces novas do Evangelho “aos gentios de longe” Atos 22:21 (ARC).

O Término dos 2.300 Anos

Todas as especificações da profecia se cumpriram nos mínimos pormenores em relação ao ministério terrestre de Cristo, o que imprime um selo de garantia sobre o restante da profecia que diz respeito à purificação do Santuário Celestial. Avançando 2.300 anos a partir do outono de 457 A.C., chega-se ao outono de 1.844 A.D., quando Jesus, Sumo Sacerdote do Céu, à semelhança do que se fazia no Dia da Expiação, entrou no Lugar Santíssimo para purificar o Santuário. Naquele ano, Jesus deu início à última etapa de Seu ministério intercessório, após o qual Ele voltará para buscar o Seu povo.

Implicações dos Cômputos Proféticos

As 70 semanas de Daniel 9 constituem a mais espetacular de todas as profecias bíblicas. Erguem-se como um desafio ao ceticismo do mundo hodierno, cujos pilares estão supostamente firmados sobre bases científicas. Se as datas propostas pelo esquema profético puderem ser confirmadas, um golpe mortal terá sido dado a todas as correntes do pensamento atual que deixam de parte a Bíblia e a fé em Jesus. Nos próximos estudos, serão fornecidas evidências concretas e irrefutáveis para a comprovação das datas do início das 70 semanas, do batismo de Jesus e de Sua crucifixão e morte. Que o leitor possa sentir sua fé aumentar a cada descoberta e que a graça de Cristo e a presença do Espírito Santo possam Se intensificar em seu coração!

Henderson H. L. Velten

segunda-feira, 19 de março de 2012

O que você sabe sobre o MILAGRE da vida?

Saudades de um lar que ainda não temos



E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará." Isaías 11:6


Foto maravilhosa! (Parece que o tigre tem saudades da nova terra e o bebê tem a certeza que pode confiar e brincar com o tigre)
Essa promessa nos faz lembrar e ter saudades de um lar que ainda não temos.
Em saber que os bebês brincarão com leões e com tigres como essa foto ilustra, mas que por enquanto o pecado faz separação como esse vidro, de uma realidade presente e de uma futura.
Uma parede de vidro é um espaço de tempo que representa a história negra da terra e ao mesmo tempo a revelação do amor de Deus para salvar um mundo da escuridão.
Sei que um dia contemplaremos cenas maravilhosas que nunca sequer imaginamos...(1Co 2:9)
Mantenhamos a Esperança viva para um dia vermos essa realidade que não está longe!
Texto escrito por Cris Viana, parceira do Site Bíblia e a Ciência

Oferece o Espiritismo Alguma Esperança?

O ministério dos santos anjos, conforme é apresentado nas Escrituras Sagradas, é uma verdade deveras confortadora e preciosa a todo seguidor de Cristo. Mas o ensino bíblico acerca deste ponto tem sido obscurecido e pervertido pelos erros da teologia popular. A doutrina da imortalidade natural, a princípio tomada emprestada à filosofia pagã, e incorporada à fé cristã durante as trevas da grande apostasia, tem suplantado a verdade tão claramente ensinada nas Escrituras, de que “os mortos não sabem coisa nenhuma”. Multidões têm chegado a crer que os espíritos dos mortos é que são os “espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação”. E isto apesar do testemunho das Escrituras quanto à existência dos anjos celestiais, e sua relação com a história do homem, antes da morte de qualquer ser humano.
A doutrina da consciência do homem na morte, especialmente a crença de que os espíritos dos mortos voltam para ministrar aos vivos, abriu caminho para o moderno espiritismo. Se os mortos são admitidos à presença de Deus e dos santos anjos e se são favorecidos com conhecimentos que superam em muito o que antes possuíam, por que não voltariam eles à Terra para iluminar e instruir os vivos? Se conforme é ensinado pelos teólogos populares, os espíritos dos mortos estão a pairar sobre seus amigos na Terra, por que não lhes seria permitido comunicar-se com eles, a fim de os advertir contra o mal, ou consolá-los na tristeza? Como podem os que crêem no estado consciente dos mortos rejeitar o que lhes vem como luz divina transmitida por espíritos glorificados? Eis aí um meio de comunicação considerado sagrado, e de que Satanás se vale para realizar seus propósitos. Os anjos decaídos que executam suas ordens, aparecem como mensageiros do mundo dos espíritos. Ao mesmo tempo em que professam trazer os vivos em comunicação com os mortos, o príncipe do mal sobre eles exerce sua influência fascinante.
Ele tem poder para fazer surgir perante os homens a aparência de seus amigos falecidos. A contrafação é perfeita; a expressão familiar, as palavras, o tom da voz, são reproduzidos com maravilhosa exatidão. Muitos são consolados com a afirmativa de que seus queridos estão gozando a ventura celestial; e, sem suspeita de perigo, dão ouvidos a “espíritos enganadores, e doutrinas de demônios”.
Induzindo-os Satanás a crer que os mortos efetivamente voltam para comunicar-se com eles, faz o maligno com que apareçam os que baixaram ao túmulo sem estarem preparados. Pretendem estar felizes no Céu, e mesmo ocupar ali elevadas posições; e assim é largamente ensinado o erro de que nenhuma diferença se faz entre justos e ímpios. Os pretensos visitantes do mundo dos espíritos algumas vezes proferem avisos e advertências que se demonstram corretos. Então, estando ganha a confiança, apresentam doutrinas que solapam diretamente a fé nas Escrituras. Com a aparência de profundo interesse no bem-estar de seus amigos na Terra, insinuam os mais perigosos erros. O fato de declararem algumas verdades e poderem por vezes predizer acontecimentos futuros, dá às suas declarações uma aparência de crédito; e seus falsos ensinos são tão de pronto aceitos pelas multidões, e tão implicitamente cridos, como se fossem as mais sagradas verdades da Bíblia. A lei de Deus é posta de parte, desprezado o Espírito da graça, o sangue do concerto tido em conta de coisa profana. Os espíritos negam a divindade de Cristo, colocando o próprio Criador no mesmo nível em que estão. Assim, sob novo disfarce, o grande rebelde ainda prossegue com sua luta contra Deus – luta iniciada no Céu, e durante quase seis mil anos continuada na Terra.
Muitos se esforçam por explicar as manifestações espíritas, atribuindo-as inteiramente a fraudes e prestidigitação por parte do médium. Mas, conquanto seja verdade que os resultados da trapaça tenham muitas vezes sido apresentados como manifestações genuínas, tem havido também assinaladas exibições de poder sobrenatural. As pancadas misteriosas com que o espiritismo moderno se iniciou, não foram resultado de trapaça ou artifício humano, mas obra direta dos anjos maus, que assim introduziam um engano dos mais eficazes para a destruição das almas. Muitos serão enredados pela crença de que o espiritismo seja meramente impostura humana; quando postos em face de manifestações que não podem senão considerar como sobrenaturais, serão enganados e levados a aceitá-las como o grande poder de Deus.
Estas pessoas não tomam em consideração o testemunho das Escrituras relativo às maravilhas operadas por Satanás e seus agentes. Foi por auxílio satânico que os magos de Faraó puderam contrafazer a obra de Deus. Paulo testifica que antes do segundo advento de Cristo haverá manifestações semelhantes do poder satânico. A vinda do Senhor deve ser precedida da operação de Satanás “com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça”. II Tess. 2:9 e 10. E o apóstolo João, descrevendo o poder efetuador de prodígios que se manifestará nos últimos dias, declara: “Faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à Terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na Terra com sinais que foi permitido que fizesse.” Apoc. 13:13 e 14. Não se acham aqui preditas meras imposturas. Os homens são enganados por sinais que os agentes de Satanás têm poder para fazer, e não pelo que pretendam realizar.
O príncipe das trevas, que durante tanto tempo tem aplicado na obra do engano as faculdades de seu espírito superior, adapta habilmente suas tentações aos homens de todas as classes e condições. A pessoas de cultura e educação apresenta o espiritismo em seus aspectos mais apurados e intelectuais, e assim consegue atrair muitos à sua cilada. A sabedoria que o espiritismo comunica é aquela descrita pelo apóstolo Tiago, a qual não “vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica”. Tia. 3:15. Isto, entretanto, o grande enganador esconde, quando o encobrimento melhor convém ao propósito visado. Aquele que, perante Cristo, no deserto da tentação, pôde aparecer vestido com o resplendor dos serafins celestiais, vem aos homens da maneira mais atrativa, como anjo de luz. Apela para a razão, apresentando assuntos que elevam; deleita a imaginação com cenas arrebatadoras; conquista a afeição por meio de quadros eloqüentes de amor e caridade. Excita a imaginação a vôos altaneiros, levando os homens a terem grande orgulho de sua própria sabedoria a ponto de em seu coração desdenharem o Eterno. Aquele ser poderoso que pôde levar o Redentor do mundo a um monte muito alto, e mostrar-Lhe todos os reinos da Terra e a glória dos mesmos, apresentará aos homens as suas tentações de maneira a perverter o senso de todos os que não estejam escudados no poder divino.
Como a Eva no Éden, Satanás hoje seduz os homens pela lisonja, despertando-lhes o desejo de obter conhecimento proibido, tornando-os ambiciosos de exaltação própria. Foi o acariciar estes males que lhe ocasionou a queda, e por meio deles visa conseguir a ruína dos homens. “Sereis como Deus”, declara ele, “sabendo o bem e o mal.” Gên. 3:5. O espiritismo ensina “que o homem é criatura susceptível de progresso; que é seu destino progredir, desde o nascimento, até à eternidade, em direção à Divindade”. E ainda: “Cada espírito julgará a si mesmo, e não a outro.” “O juízo será correto, porque é o juízo de si mesmo. … O tribunal está dentro de vós.” Disse um ensinador espírita, ao despertar-se nele a “consciência espiritual”: “Meus semelhantes foram todos eles semideuses não caídos.” E outro declara: “Todo ser justo e perfeito é Cristo.”
Assim, em lugar da justiça e perfeição do Deus infinito, verdadeiro objeto de adoração; em lugar da justiça perfeita de Sua lei, a verdadeira norma da perfeição humana, pôs Satanás a natureza pecaminosa, falível do próprio homem, como único objeto de adoração, a única regra para o juízo, ou norma de caráter. Isto é progresso, não para cima, mas para baixo.
É lei, tanto da natureza intelectual como da espiritual, que, pela contemplação, nos transformamos. O espírito gradualmente se adapta aos assuntos com os quais lhe é permitido ocupar-se. Identifica-se com aquilo que está acostumado a amar e reverenciar. Jamais se levantará o homem acima de sua norma de pureza, de bondade ou de verdade. Se o eu é o seu mais alto ideal, nunca atingirá ele qualquer coisa mais elevada. Antes, cairá constantemente. A graça de Deus unicamente tem poder para soerguer o homem. Abandonado a si mesmo, seu caminho inevitavelmente será em direção descendente.
Ao que condescende consigo mesmo, ao amante de prazeres, ao sensual, apresenta-se o espiritismo sob disfarce menos sutil do que aos mais educados e intelectuais; em suas formas mais grosseiras encontram aqueles o que está em harmonia com as suas inclinações. Satanás estuda todo indício da fragilidade da natureza humana; nota os pecados que cada indivíduo é inclinado a cometer, e então cuida em que não faltem oportunidades para satisfazer a tendência para o mal. Tenta os homens ao excesso naquilo que em si mesmo é lícito, fazendo-os pela intemperança enfraquecer as faculdades físicas, mentais e morais. Tem destruído e está a destruir milhares por meio da satisfação das paixões, embrutecendo assim toda a natureza do homem. E, para completar a sua obra, declara por meio dos espíritos que “o verdadeiro conhecimento coloca o homem acima de toda a lei”; que “tudo está certo”; que “Deus não condena”; e que “todos os pecados que se cometem, são inocentes”. Sendo o povo assim levado a crer que o desejo é a mais elevada lei, que a liberdade é a libertinagem, e que o homem é apenas responsável a si mesmo, quem poderá maravilhar-se de que a corrupção e a depravação proliferem por toda parte? Multidões aceitam avidamente os ensinos que as deixam em liberdade para obedecer aos impulsos do coração carnal. As rédeas do domínio próprio são dirigidas pela concupiscência, as faculdades do espírito e da alma são submetidas às inclinações animais, e Satanás exultantemente, para a sua rede arrasta milhares que professam ser seguidores de Cristo.
Mas ninguém deve enganar-se pelas mentirosas pretensões do espiritismo. Deus deu ao mundo luz suficiente para habilitá-lo a descobrir a cilada. Conforme já se mostrou, a teoria que constitui o fundamento mesmo do espiritismo está em contradição com as mais terminantes declarações das Escrituras. A Bíblia declara que os mortos não sabem coisa nenhuma, que seus pensamentos pereceram; que não têm parte em nada que se faz debaixo do Sol; nada sabem das alegrias ou tristezas dos que lhes eram os mais caros na Terra.
Demais, Deus proibiu expressamente toda pretensa comunicação com os espíritos dos mortos. Nos dias dos hebreus, havia uma classe de pessoas que pretendiam, como o fazem os espíritas de hoje, entreter comunicação com os mortos. Mas esses “espíritos familiares” como eram chamados os visitantes de outros mundos, declara a Bíblia serem “espíritos de demônios” (comparar Núm. 25:1-3; Sal. 106:28; I Cor. 10:20; Apoc. 16:14). O costume de tratar com os espíritos familiares foi denunciado como abominação ao Senhor, e solenemente proibido sob pena de morte (Lev. 19:31; 20:27). O próprio nome de feitiçaria é hoje tido em desdém. A pretensão de que os homens podem entreter comunicações com os espíritos maus é considerada como fábula da Idade Média. O espiritismo, porém, que conta centenas de milhares, e na verdade, milhões de adeptos, que teve ingresso nos centros científicos, invadiu igrejas e alcançou favor nas corporações legislativas e mesmo nas cortes reais, esse grande engano – não é senão o reaparecimento, sob novo disfarce, da feitiçaria condenada e proibida na antiguidade.
Se não existissem outras provas do verdadeiro caráter do espiritismo, bastaria ao cristão o fato de que os espíritos não fazem diferença entre a justiça e o pecado, entre os mais nobres e puros dos apóstolos de Cristo e os mais corruptos dos servos de Satanás. Representando os mais vis dos homens como se estivessem no Céu, altamente exaltados, diz Satanás ao mundo: “Não importa quão ímpios sejais; não importa que creiais ou não em Deus e na Bíblia. Vivei como vos agradar; o Céu será o vosso destino.” Os ensinadores espíritas virtualmente declaram: “Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que Ele Se agrada; ou onde está o Deus do juízo?” Mal. 2:17. Diz a Palavra de Deus: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade.” Isa. 5:20.
Os apóstolos, conforme os personificam esses espíritos de mentira, são apresentados contradizendo o que escreveram, sob a inspiração do Espírito Santo, quando estavam na Terra. Negam a origem divina da Escritura Sagrada, estando assim a demolir o fundamento da esperança cristã e a extinguir a luz que revela o caminho do Céu. Satanás está fazendo o mundo crer que a Escritura Sagrada é mera ficção, ou ao menos um livro apropriado às eras primitivas, devendo hoje ser considerado com menosprezo, ou rejeitado como obsoleto. E para substituir a Palavra de Deus, exibe as manifestações espíritas. É este um meio inteiramente sob seu domínio; mediante ele é-lhe possível fazer o mundo acreditar o que lhe aprouver. O livro que deve julgar a ele e a seus seguidores, lança-o à obscuridade, precisamente o que lhe convém; o Salvador do mundo ele O representa como sendo nada mais que homem comum. E, assim como a guarda romana que vigiou o túmulo de Jesus espalhou a notícia mentirosa que os sacerdotes e anciãos lhes puseram na boca para negar Sua ressurreição, os que crêem em manifestações espíritas procuram fazer parecer que nada há de miraculoso nas circunstâncias da vida de nosso Salvador. Depois de procurar desta maneira pôr Jesus à sombra, chama a atenção para os seus próprios milagres, declarando que estes excedem em muito as obras de Cristo.
É verdade que o espiritismo hoje está mudando a sua forma, e, ocultando alguns de seus mais reprováveis aspectos, reveste-se de aparência cristã. Mas as suas declarações pela tribuna e pela imprensa têm estado perante o público durante muitos anos, e nelas o seu verdadeiro caráter se acha revelado. Estes ensinos não podem ser negados nem encobertos.
Mesmo em sua forma atual, longe de ser mais tolerável do que o foi anteriormente, é na verdade um engano mais perigoso, por isso que mais sutil. Embora antes atacasse a Cristo e a Escritura Sagrada, hoje professa aceitar a ambos. Mas a Bíblia é interpretada de molde a agradar ao coração não regenerado, enquanto suas verdades solenes e vitais são anuladas. Preocupa-se com o amor, como o principal atributo de Deus, rebaixando-o, porém, até reduzi-lo a sentimentalismo, pouca distinção fazendo entre o bem e o mal. A justiça de Deus, Sua reprovação ao pecado, os requisitos de Sua santa lei, tudo isto é posto de parte. O povo é ensinado a considerar o decálogo como letra morta. Fábulas aprazíveis, fascinantes, cativam os sentidos, levando os homens a rejeitar as Sagradas Escrituras como o fundamento da fé. Cristo é tão verdadeiramente negado como antes; mas Satanás a tal ponto cegou o povo que o engano não pode ser discernido.
Poucos há que tenham justa concepção do poder enganador do espiritismo e do perigo de colocar-se sob sua influência. Muitos se intrometem com ele, simplesmente para satisfazer a curiosidade. Não têm realmente nenhuma fé nele, e encher-se-iam de horror ao pensamento de se entregarem ao domínio dos espíritos. Aventuram-se, porém, a entrar no terreno proibido e o poderoso destruidor exerce a sua força sobre eles contra a sua vontade. Uma vez induzidos a submeter a mente à sua direção, segura-os ele em cativeiro. É impossível pela sua própria força romperem com o fascinante, sedutor encanto. Nada, a não ser o poder de Deus, concedido em resposta à fervorosa oração da fé, poderá livrar essas almas prisioneiras.
Todos os que condescendem com traços pecaminosos de caráter, ou voluntariamente acariciam um pecado conhecido, estão a atrair as tentações de Satanás. Separam-se de Deus e do vigilante cuidado de Seus anjos; apresentando o maligno os seus enganos, estão indefesos, tornando-se presa fácil. Os que assim se colocam em seu poder, não compreendem onde terminará seu caminho. Tendo-os subjugado por completo, o tentador os emprega como agentes para levar outros à ruína.
Diz o profeta Isaías: “Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares, e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes – não recorrerá um povo ao seu Deus? a favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? À lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.” Isa. 8:19 e 20. Se os homens tivessem estado dispostos a receber a verdade tão claramente apresentada nas Escrituras, concernente à natureza do homem e ao estado dos mortos, veriam nas pretensões e manifestações do espiritismo a operação de Satanás com poder, sinais e prodígios de mentira. Mas ao invés de renunciar à liberdade tão agradável ao coração carnal, assim como aos pecados que amam, as multidões fecham os olhos à luz e prosseguem em seus caminhos, sem tomar em consideração as advertências, ao mesmo tempo em que Satanás lhes tece em torno as suas armadilhas, fazendo-os presa sua. “Porque não receberam o amor da verdade para se salvarem”, “Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira.” II Tess. 2:10 e 11.
Os que se opõem aos ensinos do espiritismo, enfrentam não somente aos homens, mas também a Satanás e a seus anjos. Entraram em luta contra os principados, potestades e espíritos maus dos ares. Satanás não cederá um centímetro de terreno sequer, a menos que seja rechaçado pelo poder dos mensageiros celestiais. O povo de Deus deve ser capaz de o enfrentar, como fez nosso Salvador, com as palavras: “Está escrito.” Satanás pode citar a Escritura hoje, como o fez nos dias de Cristo, pervertendo-lhe os ensinos para apoiar seus enganos. Os que quiserem estar em pé neste tempo de perigo, devem compreender por si mesmos o testemunho das Escrituras.
Muitos serão defrontados por espíritos de demônios personificando parentes ou amigos queridos, e declarando as mais perigosas heresias. Estes visitantes apelarão para os nossos mais ternos sentimentos de simpatia, efetuando prodígios para apoiarem suas pretensões. Devemos estar preparados para resistir a eles com a verdade bíblica de que os mortos nada sabem, e de que os que desta maneira aparecem são espíritos de demônios.
Está iminente diante de nós a “hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na Terra”. Apoc. 3:10. Todos aqueles cuja fé não estiver firmemente estabelecida na Palavra de Deus, serão enganados e vencidos. Satanás opera com todo o “engano da injustiça”, para alcançar domínio sobre os filhos dos homens; e os seus enganos aumentarão continuamente. Só logrará alcançar, porém, o objetivo visado, quando os homens voluntariamente cederem a suas tentações. Os que sinceramente buscam o conhecimento da verdade, e se esforçam em purificar a alma pela obediência, fazendo assim o que podem a fim de preparar-se para o conflito, encontrarão refúgio seguro no Deus da verdade. “Como guardaste a palavra da Minha paciência, também Eu te guardarei” (Apoc. 3:10), é a promessa do Salvador. Mais fácil seria enviar Ele todos os anjos do Céu para protegerem Seu povo, do que deixar a alma que nEle confia ser vencida por Satanás.
O profeta Isaías descreve a terrível ilusão que virá sobre os ímpios, levando-os a considerar-se seguros contra os juízos de Deus: “Fizemos concerto com a morte, e com o inferno fizemos aliança; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos.” Isa. 28:15. Na classe aqui descrita estão incluídos os que, em obstinada impenitência, se consolam com a segurança de que deverá haver castigo para o pecador; de que toda a humanidade, não importa quão corruptas sejam as pessoas, será elevada até aos Céus, para se tornar como os anjos de Deus. Entretanto, de modo ainda mais declarado estão a fazer concerto com a morte e aliança com o inferno os que renunciam às verdades que o Céu proveu como defesa aos justos no tempo de angústia, e aceitam o falso abrigo oferecido por Satanás em lugar daquelas, a saber, as sedutoras pretensões do espiritismo.
É sobremaneira admirável a cegueira do povo desta geração. Milhares rejeitam a Palavra de Deus como indigna de crédito, e com absoluta confiança esposam os enganos de Satanás. Cépticos e escarnecedores acusam o fanatismo dos que contendem pela fé dos profetas e apóstolos, e divertem-se ridicularizando as declarações solenes das Escrituras referentes a Cristo, ao plano da salvação e ao castigo que aguarda os que rejeitam a verdade. Aparentam grande piedade por espíritos tão acanhados, fracos e supersticiosos que reconheçam as reivindicações de Deus e obedeçam aos requisitos de Sua lei. Manifestam tamanha segurança como se na verdade, houvesse feito um concerto com a morte e uma aliança com o inferno – como se houvessem erigido uma barreira intransponível, impenetrável, entre si e a vingança de Deus. Nada lhes pode suscitar temores. Tão completamente se têm entregue ao tentador, tão intimamente se acham com ele unidos e tão imbuídos de seu espírito, que não têm poder nem inclinação para desembaraçar-se de suas ciladas.
Satanás tem há muito estado a preparar-se para um esforço final a fim de enganar o mundo. O fundamento de sua obra foi posto na declaração feita a Eva no Éden: “Certamente não morrereis.” “No dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.” Gên. 3:4 e 5. Pouco a pouco ele tem preparado o caminho para a sua obra-mestra de engano: o desenvolvimento do espiritismo. Até agora não logrou realizar completamente seus desígnios; mas estes serão atingidos no fim dos últimos tempos. Diz o profeta: “Vi … três espíritos imundos semelhantes a rãs. … São espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus todo-poderoso.” Apoc. 16:13 e 14. Com exceção dos que são guardados pelo poder de Deus, pela fé em Sua Palavra, o mundo todo será envolvido por esse engano. O povo está rapidamente adormecendo, acalentado por uma segurança fatal, para unicamente despertar com o derramamento da ira de Deus.
Diz o Senhor Deus: “Regrarei o juízo pela linha, e a justiça pelo prumo, e a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas cobrirão o esconderijo: E o vosso concerto com a morte se anulará; e a vossa aliança com o inferno não subsistirá; e, quando o dilúvio do açoite passar, então sereis oprimidos por ele.” Isa. 28:17 e 18.
Extraído do Livro O Grande Conflito de Ellen G. White.

Príncipe herdeiro do Kuwait abandona o Islã e confessa a sua fé em Jesus Cristo



Sabah Al Abdollah é membro da família real do Kuwait que governa o país
12/03/2012


O Kuwait é um país do Oriente Médio, vizinhos do Iraque, Arábia Saudita e Irã. Sua capital também se chama Kuwait. Na década de 1990, foi invadido pelo Iraque e defendido pelos Estrados unidos, dando origem a Primeira Guerra do Iraque. O Islamismo é a religião oficial e predominante no país. Estima-se que apenas 4% da população é cristã. O Artigo 2 da Constituição do Kuwait, diz: “O Islã é a religião oficial no país e a Sharia é a principal fonte da legislação”.


De acordo com a agência de notícias cristãs Mohabat, um árabe cristão chamado Al-haqiqa, que transmite programas de televisão via satélite mostrou no ar um arquivo de áudio atribuído ao príncipe Abdollah Al-Sabah. Esse príncipe seria membro da família real do Kuwait que governa o país.


“Em primeiro lugar, eu concordo totalmente com a distribuição desse arquivo de áudio e declaro que, se eles me matarem, por causa disso vou entrar na presença de Jesus Cristo e estar com ele por toda a eternidade. Estou satisfeito, porque a verdade na Bíblia me levou para o caminho certo ” , diz a voz atribuída ao Príncipe Abdollah.


Durante o programa, foi dito que o príncipe renunciou à sua fé muçulmana e se converteu ao cristianismo.


Falando sobre o grupo islâmico que recentemente tomou o poder no Egito, o príncipe do Kuwait declarou que “as muitas comunidades islâmicas sempre quiseram dominar diferentes partes do mundo, mas Deus tem preservado o mundo e ainda o protege. É por isso que temos visto as discrepâncias que aparecem entre os grupos islâmicos que agora estão lutando entre si”.


As declarações do príncipe foram manchetes brevemente em canais de TV a cabo de notícias árabes e também na agência de notícias do governo iraniano. Mas alguns sites xiitas contradizem as declarações atribuídas a Abdollah Al-Sabah dizendo que não há “ninguém na família real do Kuwait com esse nome”.


Traduzido e adaptado de Notícias Cristianas


Fonte: Meditando em Jesus

Idolatria - O culto a falsos deuses



Na antiguidade, os ídolos- ou seja, imagens ou espectros - eram, com frequência, transformados em deuses visíveis confeccionados por artífices. A idolatria é um ataque direto à natureza fundamental de Deus. No Novo Testamento, ela é associada a pecados sexuais (GL 5:19-20), desejos malignos, cobiça (1Co 5:11; Ef 5:5; Cl 3:5) e todas as atitudes e práticas que levam as pessoas a se desviarem do evangelho de Jesus Cristo (1Jo 5:18-21).
Tudo aquilo que requer de nós a lealdade e a glória que pertencem somente a Deus é um ídolo (Sl 95:3; Is 42:8). Por isso, os ídolos são detestáveis aos olhos de Deus (Jr 4:1). Eles provocam seu zelo (Sl 78:58), sua ira (Dt 32:16) e até sua abominação (Jr 44:4).
Os ídolos são coisas sem importância confeccionadas segundo a imaginação humana (Sl 31:6; 1 Co 8:4). Não obstante, são associados à feitiçaria e atividades demoníacas que constituem uma ameaça espiritual extremamente real ( 2Cr 33:5-7; Mq 5:12-13; Gl 5:20). A idolatria e o cristianismo são inteira e absolutamente incompatíveis (2 Co 6:16) e , portanto, os cristãos são admoestados a se guardar dos ídolos (1Jo 5:21).
Artigo extraído do quadro da página 1145 da Bíblia da Mulher pelo Site Bíblia e a Ciência

domingo, 18 de março de 2012

Parábola da Ovelha Perdida

Brilhar por ti - Leonardo Gonçalves

sábado, 17 de março de 2012

Por que nascem deficientes físicos?


 
A doença, o sofrimento e a morte são conseqüência do pecado do homem (Gênesis 3:17, 18). Quando Adão e Eva desobedeceram a Deus e obedeceram ao diabo, transferiram para o diabo o domínio deste mundo. O diabo passou a ser o príncipe deste mundo (João 14:30). O diabo disse a Jesus que era dono da glória deste mundo “porque ele me foi entregue” (Lucas 4:6) e Jesus concordou.
Deus é amor (I João 4:8) e Ele só nos dá coisas boas (Tiago 1:17; Mateus 7:9-11). Deus permite que o homem sofra as conseqüências de suas escolhas erradas. O alcoólatra pode ter cirrose hepática, o fumante morrerá de câncer do pulmão ou de enfisema pulmonar, e etc. Por outro lado, o diabo conhece as leis físicas do mundo e pode manipulá-las com o intuito de causar destruição (tempestades, terremotos, etc.). A degeneração da raça humana, depois de tantos séculos de pecado, dá lugar a deformidades físicas e mentais congênitas.
O cristão tem a promessa de que não ficará sozinho no vale da dor e da aflição (Salmo 23:4, Mateus 28:20, João 16:33). Por outro lado, Deus estabelece limites ao diabo (I Coríntios 10:13). O apóstolo Paulo chama a tribulação de “leve e momentânea” (II Coríntios 4:17) porque em breve terminará quando Jesus voltar e criar novo céu e nova terra (Apocalipse 21:1-4).
Jesus veio buscar e salvar o perdido (Lucas 19:10) e para destruir as obras do diabo (I João 3:8). Deus promete que o homem vai recuperar o domínio perdido (Miquéias 4:8) e que Seus gemidos ter!ao um fim (Romanos 8:18-23). Na verdade, devemos exultar porque a nossa redenção se aproxima (Lucas 21:28).
Este mundo, cheio de tristeza e de misérias, não é o lugar de nossa recompensa, de nossa felicidade total, e devemos nos considerar estrangeiros e peregrinos sobre a terra (Hebreus 11:13). Estamos em viagem para a Nova Terra, a herança que Deus nos promete em Cristo. Esta é a nossa esperança e a nossa certeza de salvação em Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador (Tito 2:13).

História da adoração 12 – O paganismo babilônico

 

A religião na Mesopotâmia, e na babilônia, era politeísta. Cada cidade tinha seu próprio deus, por isso, paganismo, o deus da cidade, ou da região. Era cultuado como poderoso e imortal. Os principais deuses da Mesopotâmia foram Anu, o deus do céu; Shamash, o deus do Sol e da justiça; Isthar era a deusa do amor, e Marduk, o criador do céu, da Terra, rios e homens. Os mesopotâmios também acreditavam em adivinhações, foram eles que desenvolveram a idéia do horóscopo baseados nos astros, desenvolveram a astrologia (mistura de astronomia que é ciência, com adoração e consulta aos corpos celestes). Criam na possibilidade da previsão do futuro da vida de uma pessoa com base na posição dos astros. Isto faziam naqueles tempos para os reis e grandes personalidades, não para o povo em geral. Os sacerdotes exerciam grande poder por meio das adivinhações, que sempre fascinam, perante os reis e nobres. Aliás, foi nesse contexto que o rei Nabucodonosor teve o sonho da grande estátua, em que os adivinhos foram derrotados por Daniel, pois não conseguiram adivinhar o que o rei sonhara. Ou seja, uma vez contado o sonho, eles inventavam uma interpretação mística. Esses sacerdotes eram muito prestigiados entre o povo, pois eles adivinhavam pelos astros as cheias e as vazantes dos rios Tigre e Eufrates. É óbvio, eles já conheciam algo de meteorologia e das estações, e usavam da crendice popular para com suas previsões bastante corretas, se fazerem poderosos perante o povo, e tornarem o rei ainda mais poderoso. Esse poder era usado politicamente, como veremos no próximo capítulo.
Estudavam os astros com fins religiosos, e a construção da Torre de Babel estava relacionada com a adoração dos astros, queriam aproximar-se deles. Os babilônios foram os primeiros a distinguirem astros de estrelas, identificaram as fazes da Lua e os eclipses. Criaram os signos do zodíaco, dividiram o ano em 12 meses e o dia em 12 horas, e a hora em 60 minutos. A semana de sete dias sempre existiu desde a fundação do mundo. Foram bons matemáticos, e preferiam números múltiplos de 6. Dividiram o círculo em 360 graus. O número 6 era o seu número da perfeição. A sua ciência estava intimamente relacionada com a sua adoração.
Além da adoração politeísta de astros, sol e outros deuses, criam em gênios, demônios e magias. Desenvolveram um culto extremamente místico, de impressionante ritualismo. Faziam grandes ajuntamentos, como aquele em que Nabucodonosor forçou todo o povo à adoração de uma estátua, por meio da qual, atemorizando o povo, ele desejara fortalecer o seu poder absoluto. Em situações tais, os mais achegados ao rei mantinham fidelidade a ele de tal maneira que, se alguém não se rendesse à sua ordem, era imediatamente delatado e morto. Esse foi o caso da fornalha ardente, de onde o verdadeiro DEUS dos três jovens hebreus os livrou da morte. Diante do fracasso dos deuses de Babilônia, e da impressionante demonstração de poder do DEUS verdadeiro, Nabucodonosor viu-se obrigado a admitir Sua superioridade, o que fez por meio de um decreto. A sua veneração do Sol mais tarde resultou na santificação do domingo.
Os babilônios desenvolveram a matemática e a geometria. Isto era necessário à construção de grandes templos, cidades, edifícios, pirâmides (mais tarde elas foram construídas em muitos lugares, mas os povos já se haviam espalhado), diques e seus sistemas de irrigação e outras obras grandiosas. Tudo o que se construía envolvia um aspecto sagrado e era dedicado aos deuses. A vida entre os mesopotâmios, não só os babilônios, era fortemente mística. Faziam a guerra em nome dos deuses, e a paz também. Plantavam, colhiam, festejavam e viviam por esses deuses, que os seus dirigentes mesmos inventaram para dominá-los e controlá-los mais facilmente.

História da adoração 11– Uma música misteriosa de louvor

 

A história da música de louvor a DEUS tem a mesma idade do ser humano na Terra, e a história da música de contra-louvor chega perto dessa idade. Assim que DEUS instituiu o culto de adoração após a queda de Adão e Eva, satanás tratou de, imediatamente, instituir a sua forma de adoração a ele. E portanto, tratou da música de adoração a ele também, para ter o seu culto, que tanto deseja. Assim como Lúcifer se fez passar como amigo de Eva para enganá-la, do mesmo modo tenta fazer que todos pensem que a música que louva a ele é a que louva a DEUS. Nem poderia ser diferente, pois os recém criados seres, inteligentes, não adorariam a satanás se ele aparecesse dizendo diretamente, este louvor não é a DEUS, mas a seu inimigo...
A história do louvor a satanás é também a história da percussão. E a percussão é, provavelmente quase tão antiga quanto a humanidade. Ela sempre teve por função invocar os espíritos e os deuses das respectivas mitologias. Escavações arqueológicas encontraram objetos petrificados, desenhos em cavernas, esculturas, papiros preservados sobre a música por percussão. O homem primitivo deve ter iniciado a percussão batendo palmas em cadência rítmica, batendo pedras uma na outra ou pedaços de pau, batendo os pés no chão, raspando superfícies rugosas e ao mesmo tempo dançando. Foram achados troncos de árvores que se tornam excelentes meios de comunicação, os tantan africanos. Certos frutos, como as cabaças, depois de secos, transformam-se em chocalhos. Obviamente enquanto isso, cantavam em forma de ritual. Arqueólogos encontraram pegadas antigas que sugerem a utilização do ritmo binário 2 por 4, o mesmo hoje usado pelo samba.
“Os instrumentos de percussão são os mais antigos que existem. Em muitos sítios arqueológicos foram encontradas representações de pessoas dançando em torno de um tambor. Muitos objetos musicais também foram encontrados como toras de árvore fossilizadas, possivelmente usadas como tambores primitivos, e diversas versões de litofones, rochas de diversos tamanhos que eram dispostas sobre um tronco ou buraco no chão, usadas para produzir música melódica por percussão.” (wikipédia, instrumento de percussão).
Consta que as primeiras manifestações musicais se desenvolveram nas regiões férteis às margens de grandes rios, como na Mesopotâmia, no vale do rio Indo, no rio Nilo, no rio Jordão, etc. As pesquisas registram que essas regiões foram ricas em instrumentos musicais e prática musical. A música estava muito ligada a magia, a rituais religiosos, a festas de guerra, à saúde, à criação do mundo e a muitas divindades ligadas à música. Entre os hebreus descendentes de Abraão havia muita música, assim como entre seus vizinhos. A música antiga estava intimamente ligada a busca do transe com os espíritos dos mortos ou com os deuses da mitologia pagã, e aos feitos dos homens.
A ampla variedade de músicas surgidas entre todos os povos, a sua vinculação com divindades, com guerras e com festas influenciaram os rituais religiosos. A adoração pagã foi praticamente determinada pela música da respectiva região. A música sempre teve maior efeito sobre a mente das pessoas que a reflexão e o conhecimento sobre as divindades, ou mesmo sobre o DEUS Criador. Em todos os tempos, um talentoso músico definia como seria o culto e a adoração. Desde os tempos antigos sempre foi a música que determianda a adoração, e não as doutrinas, que nas religiões naturais antigas nem existiam.
A diferença entre a adoração ao DEUS Criador e aos deuses inventados pelos seres humanos é a música. Assim foi ao longo da história, desde os primeiros tempos depois da queda de Adão e Eva. Uma música estranha e misteriosa de um louvor em que as criaturas tentam, por meio da êxtase, convencer os deuses que venham até elas. Essa música certamente se tornaria global nos últimos dias da grande guerra entre satanás e nosso Senhor JESUS CRISTO. Enquanto a música a DEUS é um suave louvor, a de satanás é uma música de guerra, que mexe com os músculos, que conclama para a ação e para a busca de um poder que não vem de cima. É uma música que excita e agita o espírito, e que está, em nossos dias, fazendo muitos entenderem ser o poder do ESPÍRITO SANTO a se manifestar. Como no início do pecado nessa Terra, como durante esses seis mil anos, assim, agora, no final, por meio de enganos, também satanás tenta seduzir as pessoas a adorarem a ele, pensando estarem sob o poder de DEUS.

Qual a explicação de Atos 19:16 ?

Vamos ler Atos 19:16 em três versões diferentes. Primeiro, na Linguagem de Hoje: ‘Então o homem que estava dominado pelo espírito mau os atacou e bateu neles com tanta violência, que eles fugiram daquela casa feridos e com as roupas rasgadas’. (Atos 19:16)

Agora na versão Almeida Revista e Atualizada: ‘E o possesso do espírito maligno saltou sobre eles, subjugando a todos, e, de tal modo prevaleceu contra eles, que, desnudos e feridos, fugiram daquela casa’. (Atos 19:16)

E, por último, na versão Almeida Revista e Corrigida: ‘E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno e assenhoreando-se de dois, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa’. (Atos 19:16)

Nos tempos de Jesus, as pessoas haviam se afastado grandemente da verdade. Os sacerdotes judeus haviam levado o povo a uma adoração legalista. Com todo esse afastamento da verdade pura, entre o povo era muito comum pessoas serem possuídas por ‘espíritos imundos’.

O texto fala que havia sete ‘exorcistas ambulantes’(verso 13) que tentaram invocar o nome do Senhor, dizendo: ‘Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega’. Eles eram filhos de Ceva, sumo sacerdote.

Podemos notar que estes ‘exorcistas’ não tinham o poder do Espírito Santo. Pensavam que poderiam expulsar o espírito ordenando que ele se fosse, mas o próprio Jesus já havia citado numa ocasião, que apenas com oração e jejum era possível vencer. A fé daqueles homens não foi suficiente a ponto de expulsar o espírito maligno. Algo que influenciou para que isto acontecesse foi porque eles confiaram mais em si próprios do que em Jesus.

Marcos 9:29 tem a receita de Jesus: ‘… Este tipo de espírito só pode ser expulso com oração’.

A possessão demoníaca, como no texto citado em Atos, dava a sua vítima uma força sobrenatural. Como no endemoniado na terra dos gadarenos, (Lucas 8:29, Marcos 5:2, Mateus 8:28) vemos que havia homens que ficavam com uma força sobrenatural.

Os falsos exorcistas ficaram espantados diante da fúria demoníaca do homem, e correram, apavorados e com as vestes rasgadas. Foi a única alternativa que encontraram, diante da ocasião, sendo que sua fé para expulsar não se centralizou no Deus bendito Jesus Cristo (Romanos 9:5).

A receita para os dias de hoje? Confiemos em Deus; mantenhamos uma comunhão íntima com Ele a fim de recebermos poder para vencer o mal. 
Fonte: Rádio Novo Tempo

Líder religioso saudita pede a "destruição de todas as Igrejas cristãs na Região"

De acordo com várias fontes de notícias árabes, na segunda-feira passada, o xeique Abdul Aziz bin Abdullah, o Grande Mufti*  da Arábia Saudita, declarou que "é necessário destruir todas as igrejas da região"


O grão-mufti fez sua afirmação em resposta a uma pergunta feita por uma delegação do Kuwait, em relação à posição de um membro do parlamento do Kuwait, que recentemente pediu a "remoção" de igrejas (mais tarde "esclareceu", dizendo que ele apenas quis dizer que nenhuma igreja deveria ser construída no Kuwait). Assim, o Grande Mufti ", sublinhou que o Kuwait é parte da Península Arábica, e por isso é necessário destruir todas as igrejas desse país."


Assim como fizeram os muitos grandes muftis antes dele, o Sheikh baseou sua declaração na famosa tradição, ou hadith** , onde o profeta do Islã declarou em seu leito de morte que "Não deve haver duas religiões na Península (árabica)". Esta afirmação normalmente é interpretada  como: O Islã é a unica religião que pode e deve ser praticada na região.


O Xeique Abdul Aziz bin Abdullah, não é apenas um muçulmano que odeia a Igreja. Ele é considerado o Grande Mufti da nação que traz ao mundo uma melhor compreensão sobre o Islã e suas leis. Além disso, ele é o presidente do Conselho Supremo dos Ulemas [estudiosos islâmicos] e presidente do Comitê Permanente para a Investigação Científica e emissão de fatwas (interpretações da lei islâmica-Sharia). Assim, quando se trata do que o Islã fala a respeito de determinados assuntos, suas palavras são muito respeitadas.


Para compreendermos um pouco o que sentem os muçulmanos ao ouvir tais palavras de seu líder religioso supremo, basta compararmos com a histeria que muitos ocidentais sentem quando são feitas ofenças ao Islã ou, por exemplo, se determinado pastor evangélico ou mesmo o Papa  (motivados por sentimentos radicais) declararassem que todas as mesquitas em determinado país do ocidente fossem destruídas. Por outro lado, é claro, a mídia ociental não perdoaria a atitude de tais lideranças cristãs fazendo a elas pesadas críticas de intolerância e desrespeito aos direitos humanos.


No entanto, os grão-muftis (as mais altas autoridades sobre a lei islâmica)  como o xeique Abdullah, da  Arábia Saudita, estão livres de tais críiticas (tanto da mídia local quanto da internacional) e recebem passe livre quando incitam os muçulmanos a destruir igrejas, não que qualquer incitamento extra seja necessário para que isso aconteça, mas contribui bastante.


“A omissão dos principais meios de comunicação, universidades, e da maioria dos políticos ocidentais sobre o que a Igreja Cristã tem enfrentado nos países de maioria muçulmana, demonstra o quão voltado o ocidente está, para os seus próprios interesses”.


Matéria de Raymond Ibrahim - membro associado do Fórum do Oriente Médio


* O Mufti é um estudioso islâmico a quem é reconhecida a capacidade de interpretar a lei islâmica (Sharia), e a capacidade de emitir fatwas.
  
** Hadith é um conjunto de leis, lendas e histórias sobre a vida do profeta Maomé, (estas histórias em Árabe são denomidas de Sunnah) e seus próprios dizeres nos quais ele justificou as suas escolhas ou ofereceu conselhos.
Via Missão Portas Abertas

quinta-feira, 15 de março de 2012

Se somos salvos pela graça, por que então temos que guardar os mandamentos de Deus?



Dois terríveis enganos têm obscurecido o ensino da Palavra de Deus. O primeiro deles é de que o homem pode salvar-se pelo seu próprio esforço em obedecer aos mandamentos da lei de Deus. Aquele que isso faz está tentando o impossível. Por si só jamais o homem alcançará justiça, bondade e perfeição. Aliás aquele que tenta salvar-se pela obediência à lei está rejeitando e desprezando aquilo que Cristo fez por Ele: Salvação!
Outro engano, não menos perigoso é achar que a salvação encontrada em Cristo nos liberta de qualquer compromisso com a lei de Deus. É verdade que alguns ainda tentam salvação com um pouco de Cristo e um pouco de obras – isso também é perigoso engano. Muito pelo contrário, a verdadeira obediência é uma resposta de amor e compromisso para com Cristo Jesus. Ela nunca traz méritos ou vantagens para aquele que a pratica. É apenas uma resposta de amor! Gostaria que você lesse com calma alguns textos bíblicos: João 14:15; João 15 (videira-ramos-fruto) Romanos 3:31; Gálatas 5:16-25; Tito 2:11-15.
As obras, não são um meio para alcançar a salvação (Efésios 2:9), e sim fruto da fé, pois o fruto do Espírito é entre outras coisas amor (Gálatas 5:22). A lei se resume no amor (Gálatas 5:14, Mateus 22:36-40), e é o reflexo do caráter de Deus, pois Deus é amor (I João 4:8). Sendo assim ao obedecermos aos quatro primeiros mandamentos nós demonstramos amor à Deus, e ao obedecermos aos seis últimos demonstramos amor ao próximo.
Vale ressaltar que:
A obediência a lei demonstra amor a Deus (João 14:15); A fé não nos dispensa de guardar os mandamentos (obras), pois a fé sem obras é morta (Romanos 3: 31; Tiago 2:17); Temos a vida eterna através do conhecimento de Deus (João 17:3), ou seja, a prova de que conhecemos a Deus é a obediência aos Seus mandamentos (I João 2:3-5);
Resumindo: quem salva é Cristo; nossa obediência à lei é apenas uma resposta de amor; guardar a lei nem sempre significa que estamos buscando salvação por obras; A salvação não depende das obras de obediência à lei de Deus (Romanos 3:28). Entendemos, portanto que sendo a salvação inteiramente pela graça, as obras são uma conseqüência natural de aceitarmos a graça de Deus em nossa vida, um resultado do novo nascimento.
Via Rádio NT

Pesquisador anuncia descoberta de manuscritos de São Marcos‎


Um manuscrito supostamente de autoria de São Marcos foi encontrado por pesquisadores de arqueologia bíblica. A notícia foi dada durante um debate entre Bart Ehrman, professor e chefe do Departamento Religioso da Universidade de Carolina do Norte, e Daniel B. Wallace, professor do Novo Testamento no Seminário Teológico de Dallas.


Os dois professores são profundamente ligados ao cristianismo e são autores de livros, que resultaram de pesquisas sobre tudo o que envolve a igreja do primeiro século. O anúncio da descoberta de um manuscrito de Marcos, que foi definido por um especialista em paleografia (ciência que estuda a origem, forma e evolução de textos antigos) como sendo do primeiro século, foi feito pelo professor Daniel Wallace.


Na ocasião, ele afirmou em resposta a Bart Ehrman, que havia afirmado que a religião cristã não pode ser confirmada por ausência de manuscritos originais, que haviam sim, manuscritos datados do primeiro e do segundo séculos, e que havia recém descoberto o manuscrito mencionado, e que aguardava a oportunidade certa para revelá-lo, pois estava produzindo uma pesquisa e redigindo um livro sobre o manuscrito.


A partir daí, o debate passou a ser em torno da exatidão oferecida pelos métodos paleográficos. O blog “O contorno da Sombra” publicou artigo dizendo ser preciso cautela com essas descobertas: “Sempre que uma descoberta é feita na área da arqueologia bíblica, todo cuidado é pouco. Geralmente estas descobertas podem ser obras de gananciosos falsários ou de pessoas que desejam a todo custo (mesmo às custas da mentira), provar que sua fé é verdadeira”. Porém, no mesmo artigo, o professor Wallace é defendido como sendo pesquisador sério e que publica suas pesquisas com conclusões baseadas em fatos. “Ele demonstra ser bem cuidadoso em suas afirmações e sempre busca bases fáticas para elas. Assim, baseando-se na forma que ele trabalha, há uma boa expectativa de que o que ele afirmou neste debate seja verdadeiro”.



O conteúdo do manuscrito e tudo que o envolve, só estarão disponíveis a partir do lançamento do livro que relata a história em torno da descoberta. Além da informação de que será publicado pela editora E. J. Brill, não foram disponibilizados maiores dados.


Gospel+

Dez razões por que creio em Deus



No princípio… Deus” (Gênesis 1:1). Esse é o fundamento de meu ser, minha esperança e meu destino. Sem este firme fundamento de crença em Deus, a vida é vazia. Alguns acham difícil crer num Deus vivo e pessoal. Alguns acham estranho relacionar-se com Deus num nível profundo e significativo. Não eu. Para mim Deus é real, tão real como se poderia esperar — para guiar, corrigir e orientar na jornada da vida. Ao refletir sobre minha fé em Deus, posso pensar pelo menos em 10 razões para essa convicção.


1. Creio em Deus por causa da grande beleza que a maior parte da natureza ainda exibe. A beleza da natureza é desnecessária sob o ponto de vista evolucionista. A natureza fala de desígnio com um pendor para a beleza.


2. Creio em Deus por causa da ordem, complexidade e complementaridade da natureza. A maior parte das coisas na natureza opera num conjunto harmonioso e parece feita uma para a outra, como as peças de um gigantesco quebra-cabeça. Isso revela desígnio, e não ocorrência casual.


3. Creio em Deus por causa das numerosas maneiras pelas quais a ecologia, o ambiente, a posição e os movimentos de nosso planeta satisfazem as necessidades da vida na terra, dentro de limites estreitos. Isso, de novo, é muito mais provavelmente o resultado de desígnio e não de casualidade.


4. Creio em Deus por causa de pessoas como Albert Schweitzer, Madre Teresa e milhões de outros seres humanos dispostos a sacrificar-se. Vidas e impulsos altruísticos contradizem a “sobrevivência do mais forte” no cenário de unhas e dentes proposto pelos evolucionistas. O sacrifício próprio testifica da existência de uma Presença boa e amorosa no mundo e no universo, uma Presença que influencia muitos a serem amorosos e generosos, independentemente de seus próprios interesses. Não há vantagem evolucionária em agir assim.


5. Creio em Deus por causa dos bons traços de caráter que muitas pessoas ainda possuem, apesar de fortes influências negativas. Estou-me referindo a qualidades, tais como honestidade, generosidade, perdão, tolerância, equilíbrio, paciência, determinação, amor por aqueles que não são amoráveis, e assim por diante. Admiramos todas essas qualidades porque são, com efeito, qualidades divinas, exemplificadas por Deus. A maior parte delas é contrária ao princípio evolucionista, segundo o qual cão devora cão. Muitos incrédulos, naturalmente, têm caracteres excelentes; mas não é isso uma manifestação não reconhecida da influência de Deus no mundo?


6. Creio em Deus porque muitas pessoas, inclusive eu, têm experimentado casos de proteção providencial contra perigos e têm tido a satisfação de ver suas vidas superarem todos os obstáculos, incluindo circunstâncias extremamente adversas. Deus, que criou as leis da natureza, não é escravo delas; Ele certamente pode abrir exceções. Denominamo-las “milagres”.


Creio que Deus está pronto para proteger, guiar e abençoar aqueles que nEle crêem e que estão dispostos a obedecer-Lhe. Naturalmente, há pessoas que se consideram demasiado sofisticadas e independentes para se submeterem a um Ser Supremo, e podem não aceitar o argumento. Mas ele não deixa de ser verdadeiro.


7. Creio em Deus porque dezenas de pesquisas científicas cuidadosas têm mostrado que os crentes devotos desfrutam numerosas vantagens sobre crentes nominais e sobre incrédulos. Os cristãos devotos são mais felizes, sadios, geralmente mais prósperos, vivem mais e evitam um número maior de patologias sociais do que os crentes nominais ou os incrédulos. Não creio em Deus para colher esses benefícios. Com ou sem esses benefícios, posso afirmar o efeito positivo da crença em Deus sobre minha vida, meus pensamentos e minhas ações.


8. Creio em Deus porque os efeitos destrutivos da impiedade sobre indivíduos e sociedades inteiras são tristemente evidentes. Esses efeitos incluem falta de propósito, decadência moral, crime, dependência de drogas e uma deterioração da sociedade em geral.


9. Creio em Deus porque a alternativa não leva ao que é bom e prazenteiro na vida humana. A razão independente não é confiável, e não se pode depender das mentes humanas mais brilhantes para produzir sistemas filosóficos construtivos. Platão, por exemplo, queria substituir a família pelo Estado! Entre os pensadores “iluminados”, filósofos recentes tais como Nietzsche propuseram um “super-homem” destituído de moralidade. O resultado foi o “desejo de poder” que se manifestou nos horrores do nazismo. Sartre e Heidegger promoveram o existencialismo, cuja posição ateísta só leva ao desespero e ausência de significado. Tudo isso mostra que o pensamento humano não orientado não merece confiança. Tem por vezes produzido as distorções mais devastadoras e os males mais terríveis — mesmo vindo de filósofos de grande reputação.


10. Creio em Deus Criador porque a teoria alternativa das origens — a evolução — está cheia de anomalias lógicas e lacunas de dados. Considere o seguinte:


• Embora haja evidências de micro-evolução na natureza (mudanças que envolvem adaptação ao ambiente dentro da mesma espécie de organismos), não há evidência de que que os organismos, deixados sós, se tornam mais complexos e sofisticados. O oposto é que parece ser o caso. Até mesmo as mutações revertem a suas formas anteriores.


• Não há evidência de que organismos de uma espécie possam tornar-se organismos de outra espécie — quer gradual, quer subitamente. Nenhum fóssil intermediário verdadeiro foi encontrado. Se a teoria da evolução fosse verdadeira, milhares de fósseis intermediários já teriam sido desenterrados. Ao contrário, o registro dos fósseis mostra espécies distintas com nenhum ou poucos assim-denominados intermediários.


• Quanto ao “equilíbrio pontuado”, a hipótese de que mudanças rápidas ocorreram em lugares isolados e depois se espalharam não foi comprovada por nenhuma evidência, já que não se encontraram esses lugares. Soa mais como uma explicação fantasiosa por falta de evidência, do que alguma aplicação do método científico.




• As extremas complexidades da célula, do cérebro humano, do DNA e mesmo do aminoácido mais simples, não poderiam ter surgido por acaso, mesmo em eras infindáveis. Esse “milagre do acaso” é pensamento positivo por parte daqueles que rejeitam a idéia de um desígnio inteligente. A probabilidade estatística de que tal coisa aconteça é tão pequena que se torna impossível para qualquer propósito prático. Mesmo com todo o tempo no universo, um vento forte soprando sobre um monte de sucata não poderia produzir um Boeing 747. Nem pode um cérebro humano ou o código genético simplesmente “aparecer” como resultado de forças naturais aleatórias.


Resumindo estes breves comentários sobre a teoria da evolução, parece natural que pessoas que não fecham a mente à existência de Deus achariam mais lógico crer num Planejador Inteligente do que numa teoria defeituosa. A crença em Deus não é um recurso de mentes ociosas. Depois de examinar as provas a favor e contrárias, é mais lógico ver uma Mente Inteligente operando no universo do que aceitar o castelo de cartas da evolução.


As dez razões acima parecem mais do que suficientes para nos levarem a aceitar a idéia de Desígnio Inteligente — e de um Planejador Inteligente e cheio de amor, isto é, Deus. Embora eu não possa provar que Deus existe, do exposto acima concluo que Ele precisa existir e, portanto, não devo resistir — ao Seu amor, direção e planos para minha vida.


Hector Hammerly (Ph.D., Ohio State University) leciona Lingüística Aplicada na Simon Fraser University, Colúmbia Britânica, Canadá. 

Como Não falar com Jesus - Vídeo

Esse vídeo mostra como não deve ser nosso relacionamento de oração com Jesus.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Como se originou a crença no “inferno”?


A noção de um “inferno” de fogo eterno para castigar os maus está intimamente associada à teoria da imortalidade natural da alma. Já no Jardim do Éden, Satanás, na forma de uma serpente, disse a Eva que ela e Adão não morreriam (Gn 3:4; Ap 12:9). Entre os antigos pagãos havia noções de um outro mundo no qual os espíritos dos mortos viviam conscientes. Essa crença, somada à noção de que entre os seres humanos existem pessoas boas e pessoas más que não podem conviver para sempre juntas, levou antigos judeus e cristãos a crerem que, além do paraíso para os bons, existe também um inferno para os maus.


Muitos eruditos criam que a noção de um inferno de tormento para os ímpios derivara do pensamento persa. Mas em meados do século 20 essa teoria já havia perdido muito de sua força, diante das novas investigações que enfatizavam a influência grega sobre os escritos apocalípticos judaicos do 2o século a.C. Tal ênfase parece correta, pois na literatura greco-clássica aparecem alusões a um lugar de tormento para os maus. Por exemplo, a famosa Odisséia de Homero (rapsódia 11) descreve uma pretensa viagem de Ulisses à região inferior do Hades, onde mantém diálogo com a alma de vários mortos que sofriam pelos maus atos deles. Também Platão, em sua obra A República, alega que “a nossa alma é imortal e nunca perece”.


Por contraste, o Antigo Testamento afirma que o ser humano é uma alma mortal (ver Gn 2:7; Ez 18:20); que ele permanece em estado de completa inconsciência na morte (ver Sl 6:5; 115:17; Ec 3:19 e 20; 9:5 e 10); e que os ímpios serão aniquilados no juízo final (ver Ml 4:1). Mas tais ensinamentos bíblicos não conseguiram impedir que o judaísmo do 2.o século A.C. começasse a absorver gradativamente as teorias gregas da imortalidade natural da alma e de um lugar de tormento onde já se encontram as almas dos ímpios mortos. Esse lugar de tormento era normalmente denominado pelos termos Hades e Sheol.


Já nos apócrifos judaicos transparecem as noções de uma espécie de purgatório (Sabedoria 3:1-9) e de orações pelos mortos (II Macabeus 12:42-46). Mas o pseudepígrafo judaico de I Enoque (103:7) assevera explicitamente: “Vocês mesmos sabem que eles [os pecadores] trarão as almas de vocês à região inferior do Sheol; e eles experimentarão o mal e grande tribulação – em trevas, redes e chamas ardentes.” Também o livro de IV Enoque (4:41) fala que “no Hades as câmaras das almas são como o útero”. A idéia básica sugerida é a de uma alma imortal que sobrevive conscientemente à morte do corpo.


O Novo Testamento, por sua vez, fala acerca da morte como um sono (ver Jo 11:11-14; I Co 15:6, 18, 20 e 51; I Ts 4:13-15; II Pe 3:4) e da ressurreição como a única esperança de vida eterna (ver Jo 5:28 e 29; I Co 15:1-58; I Ts 4:13-18). Mas o cristianismo pós-apostólico também não conseguiu resistir por muito tempo à tentação paganizadora da cultura greco-romana, e passou a incorporar as teorias da imortalidade natural da alma e de um inferno de tormento já presente. Uma das mais importantes exposições medievais do assunto aparece em A Divina Comédia, de Dante Alighieri, cujo conteúdo está dividido em “Inferno”, “Purgatório” e “Paraíso”.


Além de conflitar com os ensinos do Antigo e do Novo Testamento, a teoria de um inferno eterno também conspira contra a justiça e o poder de Deus. Por que uma criança impenitente, que viveu apenas doze anos, deveria ser punida nas chamas infernais por toda a eternidade? Não seria essa uma pena desproporcional e injusta (ver Ap 20:11-13)? Se o mal teve um início, mas não terá fim, não significa isso que Deus é incapaz de erradicá-lo, a fim de conduzir o Universo à sua perfeição original? Cremos, portanto, que a teoria de um tormento eterno no inferno é antibíblica e conflitante com o caráter justo e misericordioso de Deus.


Texto de autoria do Dr. Alberto Timm.

A Verdade Revelada Sobre a Morte

A verdade revelada sobre o que acontece após a morte. Saiba o que está por trás das aparições dos espíritos, mediunidade, espiritismo, necromancia e a adoração dos mortos.

Por que a Bíblia católica tem mais livros do que a protestante?

A Bíblia protestante é constituída por 66 livros, 39 dos quais formam o Antigo Testamento e 27 o Novo Testamento. Já a Bíblia católica possui, além desses 66 livros, outros sete livros completos (Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico) e alguns acréscimos ao texto dos livros de Ester (10:4 a 11:1 ou a 16:24) e Daniel (3:24-90; caps. 13 e 14). Esses livros e fragmentos adicionais são chamados de deuterocanônicos, pelos católicos, e de apócrifos, pelos protestantes.


Os apócrifos (ou deuterocanônicos) foram produzidos, em sua maioria, durante os dois últimos séculos a.C. Embora não fizessem parte da Bíblia hebraica dos judeus da Palestina, eles foram incorporados à tradução da Bíblia ao latim (Vulgata Latina), que preservou e popularizou esses acréscimos durante a Idade Média. Já o Concílio de Trento decretou em sua Quarta Sessão, reunida em 8 de abril de 1546, que aqueles que não reconhecessem os apócrifos da Vulgata Latina como genuinamente “sagrados e canônicos” deveriam ser anatemizados. Conseqüentemente, todas as versões católicas da Bíblia preservam até hoje esses escritos.


Os protestantes, por sua vez, reconhecem o valor histórico dos apócrifos, mas não os consideram como canônicos ou inspirados. Esta posição deriva do fato de tais escritos (1) não fazerem parte do cânon hebraico do Antigo Testamento; (2) não haverem sido citados por Cristo ou pelos apóstolos no Novo Testamento; e (3) apresentarem ensinamentos contrários ao restante das Escrituras. Entre esses ensinamentos encontram-se, por exemplo, as falsas teorias da existência do purgatório (Sabedoria 3:1-9; contrastar com Salmo 6:5; Eclesiastes 9:5, 10); das orações pelos mortos (II Macabeus 12:42-46; contrastar com Isaías 38:18 e 19); de que anjos bons mentem (Tobias 5:10-14; contrastar com Mateus 22:30; João 8:44); de que o fundo dos órgãos de um peixe, postos sobre brasas, espantam os demônios (Tobias 6:5-8; contrastar com Marcos 9:17-29); de que as esmolas expiam o pecado (Tobias 12:8 e 9; Eclesiástico 3:30; contrastar com I Pedro 1:18 e 19; I João 1:7-9). Isso nos impede de aceitar a inspiração e a canonicidade dos escritos apócrifos (ou deuterocanônicos).


Texto de autoria do Dr. Alberto Timm, publicado na Revista Sinais dos Tempos, dezembro de 1997, p. 28.

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