terça-feira, 26 de abril de 2011

Penas de Albatroz medem a poluição do ar

Phoebastria nigripes é o nome científico do albatroz dos pés negros, ou albatroz patinegro, uma ave marinha que tem no Pacífico Norte o seu habitat natural. Como essa região (equivalente às principais áreas do Hemisfério Norte) já é fortemente industrializada há mais de cem anos, a espécie vem sofrendo há um bom tempo com agressões ao meio ambiente. E cientistas da Universidade de Harvard descobriram que as penas desses pássaros indicam a poluição por mercúrio desde o século passado.

Os cientistas analisaram 54 penas destes pássaros, e as amostras mais antigas datam de 120 anos atrás. Não se encontrou, nas penas, mercúrio em estado original. Pior: o que foi detectado é o metil-mercúrio, uma forma tóxica do metal, que se origina a partir de reações com bactérias. Concentrado, o metil-mercúrio se concentra nos tecidos das aves e é danoso a elas e aos peixes. Ao lado da pesca predatória, que literalmente monta armadilhas aos albatrozes, a poluição por mercúrio é apontada como responsável pelo albatroz patinegro estar em extinção.
As aves que habitam o Pacífico se diferenciam do Atlântico pelo seguinte motivo: o novo “foco poluente” da Terra não é mais a Europa ou a América do Norte, e sim a Ásia. A maior parte das colônias de pássaros habita áreas próximas ao Oceano Pacífico, e as emissões do continente asiático viraram motivo de preocupação.
Por enquanto, a pesquisa aconteceu somente com penas de albatrozes mortos. O próximo passo, segundo os cientistas, é analisar albatrozes vivos, para saber se de fato o metil-mercúrio atrapalha a reprodução das aves ou causa algum outro tipo de impacto ainda desconhecido. [BBC]

Evidências: Jesus ressuscitou mesmo dentre os mortos?

Dr.Rodrigo Silva responde a essa pergunta utilizando evidências bíblicas e científicas.

A história de Celso, o Alcorão e a Bíblia

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O que a Bíblia diz sobre a dança?

Por Alberto R. Timm

Uma análise das referências bíblicas à dança revela o fato de que as danças israelitas consideradas como apropriadas eram de natureza litúrgica, sendo acompanhadas por hinos de louvor a Deus. Elas eram geralmente praticadas entre grupos de pessoas do mesmo sexo e sem quaisquer conotações sensuais (ver Êx 15:20; Jz 11:34; 21:21-23; I Sm 18:6; II Sm 6:14-16; I Cr 15:29).
A Bíblia fala também de pelo menos duas ocasiões em que pessoas estavam envolvidas em danças inadequadas. A primeira delas foi a dança idolátrica dos israelitas no contexto da adoração do bezerro de ouro (Êx 32:19). A segunda foi a dança da filha de Herodias para agradar o rei Herodes e seus convidados, no banquete em que João Batista foi executado (Mt 14:6; Mc 6:22).
Embora os judeus nos dias de Jesus continuassem praticando a dança (ver Lc 15:25), não encontramos nenhuma evidência no Novo Testamento de que a igreja cristã primitiva perpetuasse tal costume. Há quem sugira que esse rompimento cristão com a dança deve-se à degeneração desde já no tempo de Cristo.
Em contraste com as danças litúrgicas do período bíblico, a maioria das danças modernas são praticadas sob o ritmo sensual das músicas profanas, que desconhecem completamente o princípio enunciado em Filipenses 4:8: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvou existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.”
Grande parte das danças de hoje tem-se transformado em um dos maiores estimuladores do sensualismo. Mesmo não se envolvendo diretamente em relações sexuais explícitas, seus participantes geralmente se entregam ao sensualismo mental (ver Mt 15:19-20), desaprovado por Cristo em Mateus 5:27-28: “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela.”
Há aqueles que endossam as danças particulares entre cônjuges unidos pelos laços matrimoniais. Embora tais práticas pareçam inocentes à primeira vista, elas representam o primeiro passo rumo a estilos mais avançados de dança, integrando eventualmente o casal a grupos dançantes. Seja como for, o cristão dispõe hoje de outras formas de integração e entretenimento sociais mais condizentes com os princípios bíblicos de conduta do que a excitação e o sensualismo promovidos pela maioria das danças modernas.
Fonte: Sinais dos Tempos, novembro de 1997, p. 29 (usado com permissão)

Alguém está esperando você

Umas das histórias bíblicas que mais me impressionam é a da conversão de Saulo de tarso. É emocionante ver como Deus conquista corações duros e alcança pessoas difíceis, usando métodos incomuns!
Saulo, homem culto, era um perseguidor convicto. Tinha coragem e conhecimento para defender sua fé a ponto de matar os que não criam como ele. Você teria coragem de evangelizar um homem assim? Deus o alcançou quando ele ia cumprir seus terríveis planos em Damasco, fazendo-o cair do cavalo e causando-lhe cegeira. Você usaria esses métodos para levar alguém a Jesus?
Quano analiso o que aocnteceu com Saulo, vejo que Deus não segue a lógica humana para cumprir Seus desígnios. Ele pode alcançar pessoas dóceis ou difíceis, usando métodos comuns e previsíveis, ou incomuns e completamente imprevisíveis. Não tenha medo de levar Jesus as pessoas que parecem inatingíveis. Elas podem estar esperando você!
Em Atos 9, lemos que, após o impacto do encontro com Jesus, Saulo ficou três dias sem enxergar e foi levado à casa de um homem chamado Judas. Foram momentos difíceis, durante os quais Saulo não comeu nem bebeu. Ele foi humilhado e abalado, enquanto procurava conhecer melhor a vontade de Deus para sua vida.
No verso 10 do mesmo capítulo, aparece um novo personagem. A Bíblia diz que era " um discípulo chamado Ananias". Esse era um nome comum na época, mas ele é mencionado apenas duas vezes em toda a Bíblia. Paulo conta a história de sua conversão e o chama de "homem piedoso" e respeitado pelos judeus ( At 22:12).
Em Atos 9:10-19, percebe-se que Deus já havia conquistado Saulo. Só precisava de alguém para completar essa tarefa. Para essa missão, chamou Ananias. Não era obra para qualquer pessoa. Deus sabia exatamente quem deveria alcançá-lo. Antes mesmo de enviar Ananias, o Senhor já havia dado uma visão a Saulo, revelando o nome da pessoa que iria encontrá-lo. Saulo o estava esperando.
Ananias teve medo desse encontro. Sabia muito bem quem era Saulo e o risco que ele e a igreja corriam. Tudo poderia não passar de uma armadilha, ou encenação. Por isso, Ananias conversou com Deus tentando ajudá-Lo a saber quem era Saulo e os riscos que ele representava. Apesar das "informações" de Ananias, Deus revelou que Saulo era um "instrumento escolhido". É interessante observar que Deus escolheu alguém que se opunha à Sua vontade.
O resultado de toda a história foi que o perseguidor temido pela igreja e por Ananias se tornou uma das maiores referências da igreja cristã. O que teria acontecido se o medo tivesse vencido Ananias? Sem dúvida, a história teria sido outra.
Quando olhamos para a realidade de hoje, vemos que Deus também trabalha com instrumentos escolhidos, pessoas que consideramos duras e inatingíveis: ateus, agnósticos, corruptos, ricos, famosos. Muitos deles estão esperando, mas alguém precisa buscá-los. Deus precisa de seres humanos como Ananias, a fim de convencer as pessoas a aceitar Jesus.
Alguém está esperando você. Pode ser um vizinho, colega de trabalho, chefe, professor, autoridade, ou qualquer outra pessoa. Talvez sejam os maiores inimigos da verdade hoje, mas amanhã, os maiores defensores de nossa fé. Pessoas que ajudarão a escrever os grandes capítulos finais de nossa história.
Você quer repetir a obra de Ananias?
Por Erton Kohler presidente da Divisão Sul-Americana. Texto extraído da Revista Adventista de março de 2011 na pág.4

Evidências Vol. II - 26 Deus Existe II

Espaçonave Terra - SEMANA 17 - EQUILÍBRIO GRAVITACIONAL; COMO A LUA AJUDA A TERRA

domingo, 24 de abril de 2011

O que aconteceu com as pessoas que ressuscitaram quando Jesus morreu (Mt 27:51-53)?

Por Alberto R. Timm

Mateus 27:51-53 nos diz que, por ocasião da morte de Jesus, “o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas; abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos”. Alguns mortos, como o filho da sunamita (2Rs 4:18-37), a filha de Jairo (Mt 9:23-26), o filho da viúva de Naim (Lc 7:11-17) e Lázaro (Jo 11:14), já haviam sido ressuscitados antes da morte e ressurreição de Jesus. Estes, porém, não foram glorificados e nem receberam o dom da imortalidade ao serem ressuscitados.
Cristo mesmo havia declarado ser Ele “a ressurreição e a vida” (Jo 11:25; 10:17 e 18) e ter poder para conceder a “vida eterna” a todos quantos nEle cressem (Jo 3:14-16; 5:24-29; 17:2). O poder de Cristo sobre a morte evidenciou-se não apenas em Sua própria ressurreição, como “as primícias dos que dormem” (1Co 15:20 e 23), mas também na ressurreição de um grupo de “santos” que ressuscitou com Ele (Mt 27:51-53). Os líderes judeus haviam subornado os guardas para negarem a ressurreição de Jesus (Mt 28:11-15), mas esses santos ressuscitados “entraram” em Jerusalém “e apareceram a muitos” (Mt 27:53) como testemunhas autênticas da ressurreição de Cristo e do Seu poder sobre a morte (ver Ap 1:18).
O texto bíblico não entra em detalhes a respeito do futuro daqueles que ressuscitaram com Jesus. Mas, se considerados como os “primeiros frutos” (ver Êx 23:16; 34:22 e 26; Lv 23:9-14) da grande messe de salvos que ressuscitarão incorruptíveis por ocasião da segunda vinda de Cristo (1Co 15:51-55), então eles só podem ter sido ressuscitados também incorruptíveis para receber o galardão da vida eterna. Em seu comentário sobre Mateus 27:53, Jamieson, Fausset e Brown declaram que “esta foi uma ressurreição uma vez por todas, para a vida eterna; e, desta forma, não existe lugar para dúvidas de que eles foram para a glória com o seu Senhor, como esplêndidos troféus da Sua vitória sobre a morte” (Commentary on the Whole Bible, Grand Rapids, MI: Zondervan, 1961, p. 948).
Ellen G White declara no livro Visões do Céu página 62 "Quando Cristo ressurigiu, trouxe do sepulcro uma multidão de cativos. O terremoto, por ocasião de sua morte, abrira-lhes o sepulcro e, ao ressuscitar Ele, ressurgiram juntamente. Eram os que haviam colaborado com Deus, e que à custa da própria vida tinham dado testemunho da verdade. Agora deviam ser testemunhas daquele que os ressuscitara dos mortos. Durante Seu ministério Jesus ressuscitara mortos. Fizera reviver o filho da viúva de Naim, a filha do principal, e Lazáro. Estes não foram revestidos de imortalidade. Ressurgidos, estavam ainda sujeitos à morte. Aqueles, porém, que ressurgiram por ocasião da ressurreição de Cristo, saíram para a vida eterna. Ascenderam com Ele, como troféus de Sua vitória sobre a morte e o sepulcro. Estes, disse Cristo, não mais são cativos de Satanás. Eu os redimi. Trouxe-os da sepultura como as primícias de Meu poder, para estarem comigo onde Eu estiver, para nucna mais verem a morte nem experimentarem a dor."
Fonte: Sinais dos Tempos, maio/junho de 2000. p. 21 (usado com permissão), complementos com textos de Ellen White feito pelo Site Bíblia e a Ciência.

Evidências Vol. II - 25 Deus Existe I

sábado, 23 de abril de 2011

Páscoa: Proteção e Liberdade

As festas litúrgicas caracterizam a vida religiosa de um povo, e com Israel não era diferente. Suas festas anuais comemoravam os grandes feitos divinos operados em seu favor no passado, fortaleciam a fé em Deus na certeza de Sua presente e contínua proteção, e apontavam para Sua futura provisão face ao pecado; a vinda do Redentor Dessa forma, estimulavam o zelo religioso nacional, conscientizando mais significativamente cada israelita de sua dependência de Deus, e gerando nele maior sentimento de gratidão e amor Àquele a quem tudo devia.
Infelizmente, com o passar do tempo, as festas e outras atividades ligadas ao santuário se degeneraram em formalismo. Perdido de vista o propósito principal delas, tornaram-se mera ostentação de um sistema religioso vazio (ver Isa 1:11-14); esta situação predominava entre os judeus nos dias de Jesus.
Páscoa e outros festivais – Entre as festas do calendário litúrgico, a Páscoa ocupava lugar preponderante. Associada com os Pães Asmos, ela, Pentecostes e Tabernáculos perfaziam as chamadas festas de peregrinação, quando a presença de cada israelita em Jerusalém era requerida (ver Êxo. 23:14-17; 34:23; Deut. 16:16). Nota-se a importância da Páscoa no fato de que não havia qualquer penalidade expressa para aqueles que não observassem as festas de peregrinação, exceto ela (Núm. 9:13). Era tão importante a comemoração pascoal que a lei fazia provisão para quem não pudesse observá-la na ocasião própria, devendo fazê-lo imprescindivelmente um mês depois (versos 10-12).
A Páscoa marcava a abertura das festas anuais como prescritas em Levítico 23. Do verso 4 em diante, podem-se estabelecer sete festas e sete sábados cerimoniais:
A essas festas, duas outras foram acrescentadas após o exílio babilónico: Purim, em 14 e 15 de Adar, o duodécimo mês (Est. 9:23-28); e Hanukkah (Dedicação), em 25 de Kislev, o nono.

Origem e elementos da Páscoa

- A palavra hebraica para Páscoa é Pesach, cujo sentido se infere do contexto do evento comemorado. O termo significa passagem, da forma verbal pasach, passar por cima, desconsiderar, omitir, precisamente como, em inglês, a páscoa bíblica é chamada Passover (pass = passar + over = sobre). Após o Êxodo, a Páscoa seria comemorada em memória dos acontecimentos que culminaram com a saída de Israel do Egito, com particular referência à morte dos primogênitos egípcios. Naquela terrível noite para os opressores, mas não para os oprimidos, o anjo da morte “passou por alto” isto é, desconsiderou as casas onde famílias de hebreus residiam, poupando a vida de seus primogênitos.
Mas não bastava que ali estivesse uma família israelita; o que garantia a preservação da vida era a marca do sangue nos umbrais da porta: sangue derramado e aplicado foi, naquela noite, sinônimo de vida poupada (Êxo. 12:12,13, 22 e 23). O sangue provinha do cordeiro sacrificado para esse fim, o cordeiro pascal, morto vicariamente, isto é, no lugar de primogênitos humanos. Assim, em virtude do sacrifício da páscoa, a morte “passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito” (v. 27). Precisamente após esse fato, os israelitas foram libertados, partindo rumo a terra da promissão.
Páscoa, de fato, se liga à idéia de proteção, resgate, salvação e liberdade.
Êxodo 12 oferece os necessários elementos da festa:
1) Um cordeiro “sem mancha” (versos 3-5) para ser sacrificado - sem ele, simplesmente não havia Páscoa, pois esta equivalia ao cordeiro (v. 21);
2) O cordeiro deveria ser assado por inteiro e comido, sem que qualquer de seus ossos fosse quebrado (v. 46);
3) A refeição pascal deveria ser acompanhada de pão não levedado e ervas amargas (v. 8) – enquanto estas eram um símbolo apropriado da amargura da escravidão, o pão sem levedura era representativo da pureza e integridade. Em determinado aspecto, fermento, na Bíblia, é símbolo do pecado (I Cor. 5:7 e 8).

A Páscoa no Novo Testamento

- A santa-ceia, instituída por Jesus na quinta à noite (o dia anterior ao da crucifixão), foi uma refeição pascal. Os Evangelhos afirmam que Jesus comeu a Páscoa com os discípulos naquele dia (Mat. 26:17-19; Mar. 14:12-16; Luc. 22:7-15). Mas não há qualquer declaração sobre o sacrifício do cordeiro, o qual, no tempo de Jesus, era efetuado no templo, pois isso ocorreria no dia seguinte, sexta feira, entre 14h30 e 15h A antecipação do evento cumpriu o propósito de Jesus. Ele afirmou no contexto da ceia: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do Meu sofrimento” (Luc. 22:15).
A ausência da vítima pascal indica o momento da transição, quando Jesus tomaria o lugar do cordeiro e o antítipo cumpriria o tipo. A Páscoa, portanto, foi comemorada por Jesus em termos de evento messiânico. O cordeiro pascal não era mesmo para ser imolado, porque Ele, Jesus, era agora esse cordeiro, a ser oferecido justamente no dia da celebração da Páscoa. E, desde que a refeição pascal incluía pão asmo, este elemento se fez presente na Santa Ceia, e foi servido por Jesus aos discípulos como símbolo do Seu corpo, o verdadeiro Cordeiro pascal. O vinho, outro elemento da refeição pascal, foi então servido como símbolo do Seu sangue que logo seria derramado “em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mat. 26:28), tal como o sangue do cordeiro pascal fora, no princípio, derramado para a preservação de vidas.
Efetivada, assim, a transição, restava agora a Jesus cumprir tudo aquilo que antes havia sido estabelecido como figura e sombra. Ele foi sacrificado no dia seguinte como vítima pascal, morrendo na cruz ”por volta da hora nona” (Mat. 27:46), precisamente o horário do sacrifício do cordeiro. Isso é tão real que o Novo Testamento identifica-O como o Cordeiro de Deus, sem defeito e sem mácula, que tira o pecado do mundo, Aquele que em Seu sacrifício não teve quebrado nenhum osso (I Ped. 1:19; João 1:29 e 36; 19:36). Aqui a Páscoa alcança seu mais profundo significado. De fato, Jesus é “nosso Cordeiro Pascal” (I Cor. 5:7), e por Ele desfrutamos vida e liberdade (João 8:31,32 e 34-36).

Deturpação

Notamos que, segundo a Bíblia, a Páscoa esteve mais relacionada com a morte de Jesus do que com Sua ressurreição, embora esse evento estivesse indiretamente envolvido. Com sua ressurreição, Jesus cumpriu o cerimonial do molho movido que ocorria no transcurso dos dias dos Asmos (Lev. 23:6-12). Ele ressuscitou como “as primícias” dos que dormem (I Cor. 15:23).
Por que, então, a Páscoa, no cristianismo atual, se liga mais à ressurreição que à cruz?
Naturalmente houve, pela apostasia que invadiu os arraiais do cristianismo depois da era apostólica, uma deturpação do sentido cristão da Páscoa Mais ou menos na metade do segundo século, uma controvérsia pascal começou a ocorrer sobre quando e como deveria ser ela comemorada Cristãos da Ásia Menor, sob a liderança de Policarpo, defendiam um dia fixo anual, correspondente a 14 de Nisan, quando jejuavam e concluíam a celebração com a Santa Ceia e uma refeição fraterna chamada ágape. Os cristãos ocidentais, sob a liderança de Aniceto de Roma, defendiam um tempo semanal fixo, o primeiro fim de semana após esta data, sendo a sexta e o sábado dias de tristeza e jejum, e o domingo de alegria.
Embora Vítor, bispo de Roma, tentasse em 168 impor a todas as igrejas o costume romano de celebrar a Páscoa a cada ano no domingo, a controvérsia perdurou até o quarto século, e só foi resolvida por força de concílios Em 314, o Concílio de Aries declarou que a coisa mais desejável de todas era que “a pascha do Senhor fosse observada em um único dia e num único tempo em todo o mundo” O Concílio de Nicéia deu seqüência ao parecer de Aries determinando que a Páscoa recaísse, em cada ano, no domingo seguinte à primeira lua cheia depois do equinócio vernal, quando se dava o início da primavera. Vale lembrar que esse concílio foi convocado em 325 pelo mesmo Constantino que, quatro anos antes, lavrara o decreto dominical requerendo a observância do “dia do Sol” em todo o Império. Segundo o historiador Eusébio, a razão apresentada pelo imperador para essa deliberação foi mais ou menos a mesma que motivou líderes cristãos a adotarem, como dia de guarda, o primeiro da semana em lugar do sétimo: romper qualquer vínculo com os judeus. Não é, pois, por mero acaso que a páscoa cristã é chamada de Easter, em inglês (east significa este, ou oriente, o lado do nascente). Esse termo se liga ao surgimento e ascensão do Sol na primavera, e envolve o sentido de renovação, renascimento, etc; supuseram, portanto, que nada seria mais original do que comemorar a páscoa sempre no dia do Sol. Tudo isso contribuiu para, posteriormente, serem agregados, ao contexto pascal, elementos populares como o ovo de páscoa e a figura do coelho, animal considerado dos mais prolíferos em toda a natureza.
Mais tarde, o Concílio de Cartago (397) e o Sínodo de Toledo (400) reafirmaram a posição de Aries e Nicéia. Foi assim dado à Páscoa um sentido mais restrito, sendo aplicada exclusivamente à ressurreição de Cristo.

Conclusão

Não há qualquer indicação no Novo Testamento de que os cristãos do primeiro século celebravam a cada ano o dia da morte ou da ressurreição de Jesus como páscoa, porque o Salvador ao morrer deu cumprimento final ao significado de todas as festas com seus ritos, sábados cerimoniais, etc. Simplesmente não tinham mais razão de ser (ver Gál. 4:10-11 ;Col .2:16 e 17).
A maneira bíblica da comemoração é, antes de tudo,  espiritual. Começamos a fazê-lo através do batismo por imersão, segundo o que Paulo declara em Romanos 6:3 e 4, o que sela nossa união com Jesus (v. 5); isso, sim, tem valor E mais: essa experiência se renova a cada dia conforme avançamos na vida cristã alimentando-nos do Cordeiro pascal e verdadeiro pão, Cristo (João 6:35, 48, 50, 51, 53-58 e 63), o que nos leva a morrermos continuamente para o pecado e andarmos em “novidade de vida (Rom. 6:4).
A participação periódica na ceia do Senhor, que tomou o lugar da antiga páscoa, solidifica essa maravilhosa comemoração. Por isso é importante um preparo prévio para a ceia. Paulo diz: “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade” (I Cor. 5:7 e 8). Isto, sem dúvida, nos habilitará um dia a tomarmos a ceia com Jesus em Seu reino, conforme Sua promessa em Mateus 26:29.
E não é o que mais almejamos ?
Artigo de José Carlos Ramos publicado na revista Adventista edição de Abril/2006.

Encontrado animal marinho com olhos de cristal


Pesquisadores fizeram uma curiosa descoberta no mundo subaquático: um molusco que usa minúsculos olhos feitos de um cristal de carbonato de cálcio para detectar predadores. Os cientistas dizem que se trata do primeiro par de olhos rochosos encontrado no reino animal. As centenas de estruturas similares a olho sobre a superfície desse molusco, chamado de chiton, já haviam sido descobertas décadas atrás. Porém, até agora, não se sabia de que material elas eram feitas ou se os animais podiam efetivamente ver objetos ou apenas sentir a luminosidade. “Agora descobrimos que eles realmente conseguem ver objetos, embora provavelmente não muito bem”, afirma o pesquisador Daniel Speiser, que recentemente completou seu pós-doutorado na Universidade da Califórnia, em Santa Barbara, Estados Unidos. Como comparação, o estudo descobriu que a visão humana é cerca de mil vezes mais nítida que a do chiton.

Chitons apareceram pela primeira vez na Terra há mais de 500 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. Porém, de acordo com o registro de fósseis, o mais antigo chiton com os olhos surgiu apenas nos últimos 25 milhões de anos, tornando seus olhos um dos mais recentes a evoluir nos animais. “Os olhos provavelmente evoluíram de modo que os chitons pudessem ver e se defender dos predadores”, conta Speiser.
A fim de descobrir como os olhos de pedra funcionam na fuga contra predadores, Speiser e o biólogo Sönke Johnsen estudaram, em laboratório, chitons do oeste da Índia (Acanthopleura granulata), que medem cerca de 8 cm de comprimento. Como outros chitons, essas criaturas têm escudos achatados feitos de oito placas separadas por centenas de minúsculas lentes na superfície, cobrindo grupos de células sensíveis à luz. [...] As experiências também sugerem que os olhos tem capacidades semelhantes tanto na água quanto no ar, o que indica que os chitons são capazes de enxergar em cima e abaixo d’água.
(Hypescience)
Nota: Ao ler sobre o chiton, me lembrei dos trilobitas, que também tinham olhos de cristais de calcita. A diferença é que se supõe que os trilobitas viveram há bilhões de anos (não há milhões) e estão na base da coluna geológica, no período Cambriano. Os olhos deles, como os do chiton, são bem complexos e não há antecedentes evolutivos (elos perdidos) desses artrópodes no Pré-cambriano. Na ausência de melhores e convincentes explicações, apela-se para a “varinha de condão” (como fazem com o chiton): o olho “evoluiu” para que o animal pudesse se defender dos predadores. Ah, sim. Ok. Faço apenas uma pergunta, entre muitas que poderiam ser feitas: O que surgiu primeiro, as lentes de cristal ou as células sensíveis à luz? De que serviriam umas sem as outras? Leia o que Michael Behe escreve sobre a bioquímica da visão no livro A Caixa Preta de Darwin, para constatar que a o problema pode ser ainda maior para os darwinistas, quando se analisa a complexidade irredutível de processos como a visão.[MB]

Via Criacionismo

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Evangelho segundo o Twitter

terça-feira, 19 de abril de 2011

Cristo Nossa Páscoa

Cumprindo a Páscoa antitípica, a morte do Cordeiro de Deus concede ao cristão a libertação do pecado e o conduz à Canaã celestial.
Novamente é Páscoa! Durante os dias deste mês, crianças e adultos provocarão uma corrida frenética aos supermercados e lojas para adoçar a boca. Ovos de chocolate - pequenos ou grandes, escuros ou brancos, doces ou meio amargos, recheados, flocados, etc.- de todos os formatos, para todos os gostos e imaginações.
A ficção mítica se repete: coelhos que botam ovos de chocolate. E pasme: embrulhados em papéis coloridos. Fantástico, não é?
Entre as culturas ocidentais, a Páscoa de hoje é uma das datas comemorativas mais importantes. Pesquisas históricas mencionam que ela foi introduzida em homenagem a um deus teuto-saxônico (germânico-britânico) séculos atrás, por ocasião da primavera (março/ abril) e do plantio no hemisfério norte. Devido à sua reprodução e grande fertilidade, o coelho foi tomado como símbolo desse evento. No cristianismo, a Páscoa foi estabelecida ou adotada no calendário das festas religiosas romanas, em referência à morte e ressurreição de Jesus.
Por que transformar a Páscoa em crendice? Como cristãos, temos um fato histórico real, escrito com sangue, na cruz. Essa história precisa ser contada ao mundo que perece. Caso contrário, a Páscoa não terá sentido nem motivo para comemoração.
Instituição da Páscoa
Nos capítulos 12 e 13 de Êxodo, encontramos a origem e finalidade dessa festa tipológica. O povo de Israel havia passado quatro séculos no cativeiro egípcio e chegara o momento tão esperado da libertação.
Êxodo 12:3-14 descreve detalhadamente as ordens divinas: " Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, [...] um cordeiro para cada família.[...] O cordeiro será sem defeito, macho de um ano;[...] e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o imolará no crepúsculo da tarde. Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta[...] naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas a comerão.[...] Desta maneira a comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-la-eis à pressa; é a Páscoa do Senhor."
Os versos 12 a 14 mencionam o propósito: "Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos[...]; quando Eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora,[...] Este dia vos será por memorial."
Páscoa: a palavra em português não traduz exatamente a essência do significado. Deus disse a Moisés que ordenasse aos israelitas a celebração anual da Páscoa (hebr.Pesach " passagem do ou sobre"; gr. Pascha; latim Pascua; inglês Passover [pass over] "passar sobre") como lembrança permanente do livramento dos primogênitos israelitas.
Eles jamais deviam se esquecer daquela noite em que o anjo destruidor passou sobre os lares, viu o sangue do cordeiro pascal nos portais das casas dos que tinham observado as ordens divinas.
O cordeiro devia ser preparado em seu todo, não lhe sendo quebrado nenhum osso; assim, nenhum osso seria quebrado do Cordeiro de Deus, que por nós devia morrer (Êx 12:46; Jo 19:36). Isso seria uma representação da inteireza do sacrifício de Cristo.
O cordeiro devia ser comido com ervas amargas, como lembrança do cativeiro egípcio. Quando nos alimentamos de Cristo, devemos fazê-lo com contrição e humildade, por causa de nossos pecados. O uso dos pães asmos ( heb. matzá) era também significativo. Era expressamente estipulado na lei da Páscoa que nenhum fermento fosse encontrado nas casas dos hebreus durante a festa.
A dimensão tipológica apontava também para o futuro. O cordeiro fora morto em lugar do primogênito; por isso devia ser macho (Êx 12:5). As religiões pagãs também tinham suas festas e muitas delas incluíam o sacrifício de animais. Tais sacrifícios, porém, visavam a apaziguar a fúria dos deuses, mudar a atitude deles em favor dos homens. Era uma espécie de troca: davam para receber.
Tal idéia é completamente oposta ao caráter de Deus, e não é esse o significado dos sacrifícios que Deus ordenou no Antigo Testamento. Todos eles, especialmente o da Páscoa, não tinham como alvo aplacar a ira de Deus, mas " Seu objetivo era dirigir os homens ao Salvador, levando-os assim a estar em harmonia com Deus" ( Ellen White, O Desejado de Todas as Nações,p.286). S.N.Haskell menciona que "de todos os sacrifícios registrados, nenhum chegou tão próximo à oferta antitípica quanto aquele requerido de Abrão quando Deus o chamou para oferecer seu único filho" ( The Cross and Its Shadow,p.34).
Desde a entrada do pecado, Deus ensinou de maneira ilustrada o plano da salvação. Começando com os altares: " Na porta do Paraíso, guardada pelos querubins, revelava-se a glória de Deus, e para ali iam os primeiros adoradores. Ali erguiam seus altares e apresentavam suas ofertas" ( Ellen G. White, Patriarcas e Profetas,p.84,85). Seguindo depois os patriarcas - povo de Israel - santuário - templo - profetas...
Deus ordenara que Moisés construísse um tabernáculo ou santuário todo especial, e lhe dera instruções com referência à sucessão de cerimônias anuais que eram de natureza simbólica, sendo uma "sombra das coisas que haviam de vir" ( Cl 2:17), prefigurando a vida, morte, ressurreição e ministério de Cristo.
Finalmente, Jesus - o tipo encontrara o antitípico -, a salvação em pessoa. Quando João viu Jesus, exclamou: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo"(Jo 1:29)." E era a preparação da Páscoa, e quase à hora sexta; e [Pilatos] disse aos judeus:Eis aqui o vosso rei" (Jo 19:14, ARC). "Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder" ( Ap 5:12).
Ao escrever aos corintos (1Co 5:7), Paulo explicou-lhes que "Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado"(ARA). Ou, "Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós" (ARC).
Quanod Cristo proferiu Suas últimas palavras, o sacerdote no templo estava para tirar a vida do cordeiro pascal. Houve repentino terror e confusão. O grande "véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas"(Mt 27:51). O cordeiro pascal desvencilhou-se das mãos do sacerdote. Aquele que veio para fazer a vontade de Deus ocasionou a cessação dos sacrifícios, holocaustos e oblações pelo pecado (Hb 10:10-12). (Ver Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações,p.757).
Quando o cordeiro pascal era sacrificado, o adorador israelita devia lembrar que, por causa dessa morte e desse sangue, ele estava sendo poupado da sua própria morte, estava sendo libertado da escravidão e tinha diante de si, aberto, o caminho para a terra de Canaã. Tudo isso era símbolo do sacrifício de Cristo, que nos salvou da morte eterna, nos libertou da escravidão do pecado e abriu, para nós, o caminho da Canaã celestial.
Mas o povo da nova Aliança (Jr 31:31; Ez 37:26), do Novo Testamento (Hb 9:14-17), precisava de outra celebração que lembrasse a morte do Redentor e pusesse diante de Seu povo a esperança de uma terra futura. " Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha"(1Co 11:26).
Para o mundo cristão, a Ceia do Senhor - solenidade instituída pelo Senhor Jesus às vésperas de Sua morte - substituta da Páscoa. Ao participarmos dela, confirmamos nossa fé na volta de Jesus a este mundo. Ele, então, nos levará para o Céu, onde, com todos os Seus discípulos, de todos os tempos e de todas as partes, celebrará a ceia das bodas do Cordeiro ( Ap 19:9), na qual beberá novamente do fruto da vide.
Significado da Páscoa
A advertência feita a nossos primeiros pais: "No dia em que dela comeres, certamente morrerás"( Gn 2:17), transformou-se em sentença. A imortalidade foi-lhes prometida sob a condição de obediência, mas, pela transgressão, perderam o privilégio de se tornar eternos. Estavam agora condenados à morte.
"O Filho de Deus, o glorioso Comandante do Céu, ficou tocado de piedade pela raça decaída.[...]Entretanto, o amor divino havia concebido um plano pelo qual o homem poderia ser remido. A lei de Deus, quebrantada, exigia a vida do pecador.[...] Visto que a lei divina é tão sagrada como o próprio Deus, unicamente um Ser igual a Deus poderias fazer expiação pela transgressão" ( Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p.63).
Esse plano já estava previsto e preparado antes da fundação do mundo, caso o pecado nele entrasse. Os seguintes textos comprovam isso:"[...] o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós" (1 Pe 1:19-20). "Eu sei que o meu Redentor vive e por fim Se levantará sobre a Terra"( Jó 19:25)."O mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos Seus santos" ( Cl 1:26). "Segundo o poder de Deus que nos salvou [...] conforme a Sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos" ( 2Tm 1:9).
"Deus ia ser manifesto em Cristo, 'reconciliando consigo o mundo'(2Co 5:19).[...] Mas Cristo, depois de ter remido o homem da condenação da lei, poderia comunicar força divina para se unir com o esforço humano. Assim, pelo arrependimento para com Deus e fé em Cristo, os caídos filhos de Adão poderiam mais uma vez tornar-se 'filhos de Deus' (1Jo 3:2)" (ibid., p.64).
Isso é enfatizado em 1Pedro 1:18 e 19:"Não foi mediante coisas corruptíveis, como prata e ouro, que fostes resgatados, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula."
A primeira indicação de redenção foi dada na sentença pronunciada sobre Satanás, no Jardim:"Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu Lhe ferirás o calcanhar"(Gn 3:15). Essa inimizade é sobrenaturalmente posta, e não naturalmente convidada.
Quando Satanás ouviu que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente, compreendeu que, embora tivesse tido sucesso em rebaixar a natureza humana e assemelhá-la à sua própria, Deus- mediante um misterioso processo - restauraria no homem seu perdido poder e o capacitaria a resistir a seu conquistador e a derrotá-lo.
Redenção: comprar por alto preço; resgatar algo perdido ( Rm 3:24,25; Hb 9:5); "propiciação".
Paulo declara que o Pai ofereceu Seu filho como sacrifício expiatório, como propiciação " de Sua santa ira pela culpa humana porque aceitou Cristo como representante divino substituto do homem para receber Sua sentença sobre o pecado".
Reconciliação: "Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo" ( 2Co 5:19). Que fantástica declaração! O Céu se mobilizou para resgatar e reconciliar com Deus o planeta perdido!
A palavra "reconciliação" pressupõe alienação entre partes que anteriormente estavam unidas. E a restauração de um relacionamento interrompido. Isso é dom de Deus, pois Ele tomou a iniciativa (2Co 5:18). O feito torna-se mais surpreendente quando nos lembramos de que foi o homem quem causou essa separação.
Assim, Deus é ao mesmo tempo o provedor e o recepiente da reconciliação, a qual se tornou possível unicamente por meio do sangue propiciatório e expiatório do sacrifício voluntário de Cristo (Cl 1:20-22).
"Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele [...] reconhecido em figura humana, a Si mesmo Se humilhou, tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz" (Fp 2:5-8).
O apóstolo João descreve essa redenção e reconciliação de maneira explícita:"Se todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo; e Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro" (1Jo 2:1,2).
"Pecado algum pode ser cometido pelo homem, para o qual não se tenha dado satisfação no Calvário" (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v.1. p. 343). Como escreveu Hans LaRondelle: "A morte de Jesus não foi o fracasso trágico de um profeta, mas o resultado necessário da divina providência" ( O que é Salvação, p.24)
A Páscoa e a certeza da Salvação
Quando Simeão, avançado em idade, viu o menino Jesus sendo dedicado a Deus, orou:"Agora, Senhor, podes despedir em paz Teus servo; porque os meus olhos já viram a Tua salvação" (Lc 2:29-30).
Cristo é o evangelho personificado. O evangelho (boas-novas) da nossa salvação é a revelação de Jesus Cristo como Salvador. É o "pode de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Rm 1:16).
Entretanto, o fato de que Cristo deveria vir a este mundo duas vezes, alternadamente, a fim de realizar completamente nossa salvação, gerou um conflito quanto à certeza da mesma - algo que alguns teólogos classificam como "uma tensão inerente entre a dimensão presente da salvação [o 'já '] e a futura [ o 'ainda não' ]" (Hans K. Larondelle, O que é Salvação, p.11).
Durante a década de 80, a Revista Adventista publicou vários artigos em relação ao assunto. Na década de 90, livros também forma lançados pela CPB sobre o tema da certeza da salvação.
"Alguns receiam declarar que têm certeza da salvação, porque isso parece cheirar farisaísmo. Só realmente, se a pessoa pensar que a salvação depende de boas obras e em crê que ela é melhor do que o próximo. Não será quando, conscientemente, se crê que a certeza da salvação vem pela aceitação do sacrifício que Cristo fez por nós"(Revista Adventista, janeiro de 1987, p.13).
O grande reformador Lutero passou por essa experiência. Antes de desenvolver sua teologia da cruz, a salvação era para ele exigências da justiça de Deus. Tentava com todas as forças "expiar"o sentimento de culpa com jejuns e auto-punições. Mas, ao entender que justiça é oferecida e não exigida - e esse presente de Deus é Jesus -, Lutero se gloriou na cruz. Ali estava a certeza da sua salvação em oposição a méritos e realizações humanas (Rm 1:16,17; Ef 2:8-10).
"O âmago do evangelho não é 'fazer' mas 'feito'! Não é 'faça' mas 'creia'. Não precisamos ser bons para ser salvos. Devemos ser salvos para ser bons. Não somos salvo pela fé e obras, mas pela fé que opera" (Hans K. Larondelle, O que é Salvação, p.66).
Hoje, mais do que nunca, é necessário compreendermos a salvação como um processo e não como um ponto - "uma vez salvo, salvo para sempre" (doutrina calvinista), e pronto. A salvação bíblico-teológica compreende passado, presente e futuro: Eu fui salvo da culpa do pecado (justificação - Rm 8:1); estou sendo salvo do pode do pecado (santificação - Rm 6:22) e, serei salvo da presença do pecado ( glorificação - 1Co 15:51-54; Ap 21:4).
Entretanto, entre o "já" salvo ( da culpa) e o "ainda não" (glorificado) há uma vida de santificação, a fim de que guiados pelo Espírito, não percamos a salvação celestial (1Co 10:12; Hb 10:26-27 e Ap 2:10). Salvação não é uma situação estática, mas um continuado processo dinâmico.
Conclusão
Nesta Páscoa, longe da instituição religiosa, a qual decorreu de inebriantes discussões quanto à data - resultado de cálculos exaustivos de luas novas, equinócios vernais, concílios, etc. - ou dos festejos e apelos secularistas, fixemos nossa mente no Salvador e em Seu sacrifício por nós. Foi um ato de amor imensurável por este mundo alienado (Jo 3:16).
Assim como a "destruição do faráo e todo o seu exército no Mar Vermelho, e o cântico do livramento cantado pelos israelitas, forma típicos do livramento final do povo de Deus deste mundo"; podemos esperar seguros de que "os justos serão erguidos para encontrar o Senhor nos ares, mas os ímpios ficarão mortos sobre a Terra" ( S.N.Haskell, The Cross and Its Shadow, p.99). Então Jesus nos conduzirá à terra prometida!
Lembremos: o Senhor não ordena que Seu povo fixe a lei nas ombreiras de suas portas. Nenhum de nós jamais obterá a salvação escalando as sinuosas encostas do Monte Sinai. Proteção, segurança e salvação são encontradas em outro nome - o Monte Calvário, onde Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós.
Texto de Márcio Nastrini, extraído da Revista Adventista abril de 2011 na pág. 8 a 11 pelo Site Bíblia e a Ciência.

A Páscoa de um cristão secreto

Últimas palavras de Jesus -palavras de entrega mensagem 08

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Páscoa: Qual o Verdadeiro Significado

 Qual é a origem e significado da Páscoa? Como surgiu a idéia do coelho e ovos de chocolate? E por que na sexta-feira dizem que não se deve comer carne mas sim peixe?
A páscoa pode cair em qualquer domingo entre 22 de março e 25 de abril. Tem sido modernamente celebrada com ovos e coelhos de chocolate com muita alegria. O moderno ovo de páscoa apareceu por volta de 1828, quando a indústria de chocolate começou a desenvolver-se. Ovos gigantescos, super decorados, era a moda das décadas de 1920 e 1930. Porém, o maior ovo e o mais pesado que a história regista, ficou pronto no dia 9 de abril de 1992. É da Cidade de Vitória na Austrália. Tinha 7 metros e dez centímetros de altura e pesava 4 toneladas e 760 quilos. Mas o que é que tem a ver ovos e coelhos com a morte e ressurreição de Cristo?
A origem dos ovos e coelhos é antiga e cheia de lendas. Segundo alguns autores, os anglo-saxões teriam sido os primeiros a usar o coelho como símbolo da Páscoa. Outras fontes porém, o relacionam ao culto da fertilidade celebrado pelos babilônicos e depois transportado para o Egito. A partir do século VIII, foi introduzido nas festividades da páscoa um deus teuto-saxão, isto é, originário dos germanos e ingleses. Era um deus para representar a fertilidade e a luz. À figura do coelho juntou-se o ovo que é símbolo da própria vida. Embora aparentemente morto, o ovo contém uma vida que surge repentinamente; e este é o sentido para a Páscoa, após a morte, vem a ressurreição e a vida. A Igreja no século XVIII, adotou oficialmente o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo. Assim foi santificado um uso originalmente pagão, e pilhas de ovos coloridos começaram a ser benzidos antes de sua distribuição aos fiéis.
Em 1215 na Alsácia, França, surgiu a lenda de que um dos coelhinhos da floresta foi o animal escolhido para levar um ninho cheio de ovos ao principezinho que estava doente. E ainda hoje se tem o hábito de presentear os amigos com ovos, na Páscoa. Não mais ovos de galinha, mas de chocolate. A idéia principal de ressurreição, renovação da vida foi perdida de vista, mas os chocolates não, ele continuam sendo supostamente trazidos por um coelhinho…
O Peixe, foi símbolo adotado pelos primeiros cristãos. Em grego, a palavra peixe era um símbolo da confissão da fé, e significava: “Jesus Cristo, filho de Deus e Salvador.” O costume de comer peixe na sexta-feira santa, está associado ao fato de Jesus ter repartido este alimento entre o povo faminto. Assim a tradição de não se comer carne com sangue derramado por Cristo em nosso favor.
Mas vejamos agora, qual é a verdadeira origem da Páscoa?
Não tem nada a ver com ovos nem coelhos. Sua origem remonta os tempos do Velho Testamento, por ocasião do êxodo do povo de Israel da terra do Egito. A Bíblia relata o acontecimento no capítulo 12 do livro do Êxodo. Faraó, o rei do Egito, não queria deixar o povo de Israel sair, então muitas pragas vieram sobre ele e seu povo. A décima praga porém, foi fatal : a matança dos primogênitos – o filho mais velho seria morto. Segundo as instruções Divinas, cada família hebréia, no dia 14 de Nisã, deveria sacrificar um cordeiro e espargir o seu sangue nos umbrais das portas de sua casa. Este era o sinal, para que o mensageiro de Deus, não atingisse esta casa com a décima praga. A carne do cordeiro, deveria ser comida juntamente com pão não fermentado e ervas amargas, preparando o povo para a saída do Egito. Segundo a narrativa Bíblica, à meia-noite todos os primogênitos egípcios, inclusive o primogênito do Faraó foram mortos. Então Faraó, permitiu que o povo de Israel fosse embora, com medo de que todos os egípcios fossem mortos.
Em comemoração a este livramento extraordinário, cada família hebréia deveria observar anualmente a festa da Páscoa, palavra hebraica que significa “passagem” “passar por cima”. Esta festa, deveria lembrar não só a libertação da escravidão egípcia, mas também a libertação da escravidão do pecado, pois o sangue do cordeiro, apontava para o sacrifício de Cristo, o Cordeiro que tira o pecado do mundo.
A chamada páscoa cristã, foi estabelecida no Concílio de Nicéia, no ano de 325 de nossa era. Ao adotar a Páscoa como uma de suas festas, a Igreja Católica, inspirou-se primeiramente em motivos judaicos: a passagem pelo mar Vermelho, a viagem pelo deserto rumo a terra prometida, retirando a peregrinação ao Céu, o maná que exemplifica a Eucaristia, e muitos outros ritos, que aos poucos vão desaparecendo.
A maior parte das igreja evangélicas porém, comemora a morte e a ressurreição de Cristo através da Cerimônia da Santa Ceia. Na antiga Páscoa judaica, as famílias removiam de suas casas, todo o fermento e todo o pecado, antes da festa dos pães asmos. Da mesma forma, devem os cristãos confessar os seus pecados e deles arrepender-se, tirando o orgulho, a vaidade, inveja, rivalidades, ressentimentos, com a cerimônia do lava-pés, assim como Jesus fez com os discípulos. Jesus instituiu uma cerimônia memorial, a ceia, em substituição à comemoração festiva da páscoa. I Coríntios 11:24 a 26 relata o seguinte:
Jesus tomou o pão, “e tendo dado graças o partiu e disse: Isto é o meu corpo que á dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no Meu sangue, fazei isto todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do senhor, até que ele venha.”
Vários símbolos nesta ceia merecem nossa atenção. O ato de partir o pão, indicava os sofrimentos pelos quais Cristo havia de passar em nosso favor. Alguns pensam, que a expressão “isso é o meu corpo” signifique o pão e o vinho se transformassem realmente no corpo e no sangue de Cristo. Lembremo-nos portanto, que muitas vezes Cristo se referiu a si próprio dizendo “Eu Sou a porta” (João 10:7), “Eu sou o caminho” (João 14:6) e outros exemplos mais que a Bíblia apresenta. Isto esclarece, que o pão e o vinho não fermentado, são símbolos e representam o sacrifício de Cristo. Ao cristão participar da cerimônia da ceia, ele está proclamando ao mundo sua fé no sacrifício expiatório de Cristo e em sua segunda vinda. Jesus declarou: “Não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber convosco no reino de Meu Pai.” ( Mateus 26:29)
Portanto, a cerimônia da Santa-Ceia, que Jesus instituiu, que veio a substituir a cerimônia da Páscoa, traz muitos significados:
1 - O Lava-Pés, significa a humilhação de Cristo. Mostra a necessidade de purificar a nossa vida. Não é a purificação dos pés, mas de todo o ser, todo o nosso coração. Reconciliação com deus, com o nosso próximo e conosco mesmo – união – não somos mais do que ninguém. O maior é aquele que serve…
2 - A Ceia significa a libertação do Pecado através do sacrifício de Cristo. Significa também estar em comunhão com ele. E sobretudo, é um antegozo dos salvos, pois Jesus disse: “Não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber convosco no reino do meu Pai.” (Mateus 26:29)
Conclusão:
Advertindo a cada cristão, que tome cuidado com os costumes pagãos que tentam sempre driblar os princípios bíblicos. Não é de hoje, que se nota como os princípios bíblicos são alterados por costumes e filosofias humanas. Adoração a ídolos, a mudança do sábado para o domingo, o coelho e o chocolate, são apenas alguns exemplos das astúcias do inimigo. A Bíblia, e a Bíblia somente, deve ser única regra de nossa fé, para nos orientar, esclarecer e mostrar qual o caminho certo que nos leva a Deus e que nos apresenta os fundamentos de nossa esperança maior que é viver com Cristo e os remidos, num novo céu e numa nova terra. Devemos tomar cuidado com as crendices, tradições, fábulas, e mudanças humanas disfarçadas. Minha sugestão é examinar com oração, cuidado e com tempo as Sagradas Escrituras, para saber o que hoje é crendice ou tradição, estando atento, para saber o que realmente deus espera de cada um de nós.
Jesus foi claro “Fazei isto em memória de mim.” Ele exemplificou tudo o que deve ser feito. E se queremos ser salvos, precisamos seguir o que Jesus ensina e não outras tradições ou ensinamentos. Mateus 15:9 adverte: “Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.”

Últimas palavras de Jesus -palavras de vitória mensagem 07

Espaçonave Terra - SEMANA 16 - OS CALENDÁRIOS JULIANO E GREGORIANO; A TERRA E ÓRION

domingo, 17 de abril de 2011

A Divindade e a Personalidade do Espírito Santo

O Espírito Santo não é uma criatura subordinada ao Pai e ao Filho. Idéias heréticas sobre a divindade e a personalidade do Espírito Santo já vêm de longe.“Macedônio, bispo de Constantinopla de 341 a 360 d.C., já ensinava que o Espírito Santo era ‘ministro e servo’ no mesmo nível dos anjos. Cria que o Espírito Santo era uma criatura subordinada ao Pai e ao Filho. Isso era uma negação da verdadeira divindade do Espírito Santo”1. Em 381 d.C., o Concílio de Constantinopla condenou essas idéias de Macedônio. No entanto, vê-se hoje que essas velhas heresias sobre a pessoa do Espírito Santo vêm sendo ressuscitadas, seja por mera curiosidade teológica especulativa, seja como meio de atacar a Igreja e suas doutrinas. O certo é que o conselho dado pelo apóstolo João, no I século, continua bastante válido para os nossos dias: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (I João
4:1). Concordamos que, devido à nossa limitação humana, não nos é possível abarcar tudo o que Deus é. Em relação com a pessoa do Espírito Santo, não é diferente: o que dEle podemos e devemos saber está revelado nas páginas das Escrituras, quer seja lógico ou não à razão humana. Com esse cuidado em mente, analisemos o que nos diz a Palavra de Deus sobre a Terceira Pessoa da Trindade. O que passar disso é mera especulação perigosa, que pode e tem desencaminhado da fé aqueles que se deixam levar “por todo vento de doutrina” (Efés. 4:14).
1. O Espírito Santo é Deus, pois tem os mesmos atributos de Deus. Por exemplo: santidade –em muitas passagens das Escrituras o adjetivo “santo” é acrescido ao nome do divino Espírito(Mar. 13:11; Tito 3:5); eternidade – (Heb. 9:14); onisciência – (ICor. 2:10 e 11); onipotência – (em Lucas 1:35, o Espírito Santo é chamado de “poder do Altíssimo”; confira, ainda, a palavra “poder” ligada ao Espírito em Isa. 11:2; Miq. 3:8; Luc. 4:14 e Atos 1:8); onipresença – (Sal. 139:7-12); Criador – (Gen. 1:2; Jó 33:4; Sal.104:30 e Eze. 37:14). Uma vez que só Deus tem esses atributos, e o Espírito Santo os tem, então ele é Deus, como Deus Pai e Deus Filho. Por isso Pedro disse a Ananias que mentir ao Espírito Santo é mentir a Deus (Atos 5:3 e 4).
2. O Espírito Santo é uma Pessoa. Os que dizem que o Espírito Santo é apenas uma força e não uma pessoa, deveriam atentar para os atributos pessoais com que a Bíblia O apresenta. Ele tem inteligência, pois “perscruta” ou investiga (I Cor. 2:10 e 11) e “ensina” (João 14:26 e I Cor. 2:13); tem vontade, pois distribui os dons “como Lhe apraz” (I Cor. 12:11); tem emoção, pois pode ser “contristado” (Isa. 63:10) ou “entristecido” (Efés. 4:30). Ele fala (II Sam. 23:2 e Atos 13:2); ensina (João 14:26); guia (Rom. 8:14); convence (João 16:8); contende ou age (Gên. 6:3); testifica (Rom. 8:16); separa e envia (Atos 13:2); intercede (Rom. 8:26).2
A palavra grega com a qual Jesus descreve a obra do Espírito Santo, é PARÁKLETOS (João
14:16, 26; 15:26; 16:7; aparece também em I João 2:1), vocábulo cuja tradução é “Ajudador”,
“Intercessor”, “Advogado” (na Versão Almeida, o vocábulo é traduzido por “Consolador”). Esses significados de PARÁKLETOS indicam que o Espírito Santo é uma pessoa, pois uma mera força não poderia ser um Ajudador, um Intercessor, um Advogado e um Consolador.
Deve-se dizer ainda que o fato de as Escrituras apresentarem o Espírito Santo como uma pessoa divina, não contraria Deuteronômio 6:4: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor”. A palavra “único”, no original hebraico, é Echad (pronuncia-se “errad”), a qual indica uma “unidade composta”. Em Gên. 1:5, uma tarde e uma manhã é igual a uma echad – dia. Em Gênesis 2:24, um homem e uma mulher, mediante o casamento, são uma (echad) só carne. Se Moisés quisesse dizer que Deus é uma só pessoa, teria empregado Yachid (pronuncia-se “iarrid”), como se pode ver no caso de Isaque, que era filho “único” (Yachid) de Abrão e Sara (Gen. 22:2). O fato de Moisés ter empregado Echad e não Yachid para falar de Deus, indica que Deus é uma “unidade composta”:
Pai, Filho e Espírito Santo (Mat. 28:19). Sendo que as três pessoas da Trindade são co-iguais, coeternas, da mesma natureza, da mesma qualidade e com os mesmos propósitos, então é correto dizer que adoramos Um Deus, que Se manifesta ou Se apresenta em três pessoas divinas. Em outras palavras, adoramos o Deus Triúno. Isso pode não parecer lógico à nossa pobre mente humana, limitada, finita e imperfeita, mas é o que Deus revelou acerca de Si mesmo nas páginas das Escrituras. Caberia aqui nos lembrar do conselho divino dado em Deuteronômio 29:29: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre...” Deveríamos também atentar para o que Ellen White escreveu sobre a pessoa do Espírito Santo:
“O Consolador que Cristo prometeu enviar depois de ascender ao Céu, é o Espírito em toda a
plenitude da Divindade... Há três pessoas vivas pertencentes à Trindade celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados, e esses poderes cooperarão com os súditos obedientes do Céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo. ...Os eternos dignitários celestes – Deus, Cristo e o Espírito Santo – munindo-os [aos discípulos] de energia sobre-humana, ... avançariam com eles para a obra e convenceriam o mundo do pecado.
“Precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como o próprio Deus, está andando por esses terrenos. O Espírito Santo é uma pessoa, pois dá testemunho com o nosso espírito de que somos filhos de Deus. ...O Espírito Santo tem personalidade, do contrário não poderia testificar ao nosso espírito e com e com nosso espírito que somos filhos de Deus. Deve ser também uma pessoa divina, do contrário não poderia perscrutar os segredos que jazem ocultos na mente de Deus.
“O príncipe da potestade do mal só pode ser mantido em sujeição pelo poder de Deus na terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo. Cumpre-nos cooperar com os três poderes mais altos no Céu – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – e esses poderes operarão por meio de nós, fazendo-nos coobreiros de Deus.”3
Referências:
1. CAIRNS, E. E. O Cristianismo Através dos Séculos (São Paulo: Vida Nova, 1992), pág. 109.
2. Pedro Apolinário, As Testemunhas de Jeová e sua Interpretação da Bíblia (São Paulo: Gráfica do IAE, 1986), pp. 84 e 85.
3. Ellen White, Evangelismo. 2ª. Ed. (Santo André: Casa Publicadora Brasileira, 1978), pp. 615-617.
Fonte:
Revista Adventista, novembro de 2002, pp. 16 e 17.
Por Ozeas Caldas Moura

Últimas palavras de Jesus -palavras de necessidade mensagem 06

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