quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Os filhos falecidos ainda bebês se salvarão


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por Daniel Oscar Plenc
Diretor do Centro White da Argentina
Tradução – Cristiane Perassol Sartorti 

Na realidade, a Bíblia não fala muito sobre a salvação de filhos. Contudo, algumas ideias parecem claras: (a) Deus não torna os filhos responsáveis pelos pecados de seus pais (Ezequiel 18:4,20), (b) haverá filhos na nova terra (Isaías 11:6,8), (c) Cristo ensinou que dos filhos é o reino dos céus (Mateus 19:13-15; Marcos 10:13-16; Lucas 18:15-17), (d) os adultos devem tornar-se como crianças para entrarem no reino de Deus (Mateus 18:2-5; Marcos 9:36-37; Lucas 9:47-48). É importante lembrarmos que Deus é um ser amoroso e justo, em quem podemos confiar inteiramente, sabendo que Ele irá fazer o melhor por Suas criaturas em cada caso. A Bíblia ensina que Deus conhece nossa condição (Salmos 103:14) e que avalia cada um de acordo com a luz que recebeu e as circunstâncias que o rodeiam. Jesus disse que àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão (Lucas 12:48).

Em relação aos escritos de Ellen G. White, recomendamos de maneira específica alguns capítulos de seus livros em português: parte do capítulo 27, intitulado “Os que choram”, do livro Mensagens Escolhidas, volume 2, páginas 257-274; o capítulo 39, intitulado “Perguntas a respeito dos salvos”, do livro Mensagens Escolhidas, volume 3, páginas 313-316; o capítulo 83, intitulado “A recompensa”, do livro Orientação da Criança, páginas 560-570. Em todas essas referências encontra-se o assunto relacionado à salvação dos filhos dos incrédulos, dos filhos dos crentes, da ressurreição dos filhos, do dia do juízo, da presença dos filhos na nova terra, etc.

Ellen White escreveu o seguinte a uma mãe desolada: “Veremos nossos filhos outra vez. Encontrar-nos-emos com eles e os reconheceremos nas cortes celestes. Ponde no Senhor a vossa confiança, e não temais” (Carta 196, 1899, Orientação da Criança, p. 566).

Os conselhos de Ellen G. White estão em harmonia com a Bíblia e dão evidências da existência dos filhos quando Cristo voltar e de sua salvação, independentemente de seus pais.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Crianças não deveriam brincar com animais como gatos e cachorros porque eles são imundos.Será mesmo?


Uma mulher de nossa igreja disse que as crianças não deveriam brincar com animais como gatos e cachorros porque eles são imundos. Entendo que em Levítico 11 fala sobre comer, mas não sobre tocar animais imundos. Vocês sabem qual era a atitude de Ellen G. White em relação aos animais de estimação? Ela escreveu que não se deve permitir que as crianças toquem em cachorros e gatos?

Em Levítico 11 diz respeito ao que se come, e que as pessoas que tocarem o corpo morto de um animal imundo ficam imundas por um período de tempo. Desconheço qualquer admoestação sobre animais vivos. O camelo, por exemplo, é chamado de imundo no verso 4, mas o povo de Deus não está proibido de possuir camelos, de cavalgá-los, etc., o que certamente inclui tocá-los. O mesmo princípio se aplica a cavalos e jumentos. É impossível cuidar adequadamente desses animais sem tocá-los.

Não conheço nenhuma declaração da Sra. White que proíba as crianças de ter animais de estimação como os que você descreve. A própria Sra. White teve um cachorro enquanto esteve na Austrália. Era um cão de guarda, a quem ela deu o nome de Tiglate-Pileser, provavelmente porque ele poderia ser hostil às pessoas que considerasse possíveis inimigos. Mas a Sra. White parecia sentir afeto por ele, até mesmo por ter-lhe dado esse nome bíblico. Aqui está o que Arthur White escreveu sobre o assunto em Ellen G. White: The Early Elmshaven Years, 1900-1905, v. 5, p. 19:

As fotografias em sépia ajudam a contar a história do trabalho na Austrália. Nelas se vê o instituto eletro-hidropático de Adelaide. Há fotografias de algumas igrejinhas bonitas que Ellen White visitou e ajudou financeiramente, para ajudar os grupos de crentes que precisavam de um lugar onde se reunir. Há retratos de amigos e cenas da casa dela em Sunnyside. Uma página foi reservada só para seu cão de guarda, Tiglate-Pilester, em Sunnyside. Convém lembrar que algumas regiões da Austrália foram ocupadas por condenados, e como alguns de seus descendentes aparentemente herdaram as tendências de seus antepassados, um bom cão de guarda tinha sua utilidade em Sunnyside.

Portanto, não encontramos nenhuma base na bíblia ou nos escritos da Sra. White para proibir que alguém toque um gato ou um cachorro por serem animais imundos.


FAGAL, William. 101 perguntas sobre Ellen White e seus escritos. Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2013

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Jesus conservará seu corpo humano para sempre?



A declaração mais conhecida sobre esse assunto está no livro da Sra. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 25 e26

Pela Sua vida e morte, Cristo operou ainda mais do que a restauração da ruína produzida pelo pecado. Era o intuito de Satanás causar entre o homem e Deus uma eterna separação; em Cristo, porém, chegamos a ficar em mais íntima união com Ele do que se nunca houvéssemos pecado. Ao tomar a nossa natureza, o Salvador ligou-Se à humanidade por um laço que jamais se partirá. Ele nos estará ligado por toda a eternidade. “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito”. João 3:16. Não O deu somente para levar os nossos pecados e morrer em sacrifício por nós; deu-O à raça caída. Para nos assegurar Seu imutável conselho de paz, Deus deu Seu Filho unigênito a fim de que Se tornasse membro da família humana, retendo para sempre Sua natureza humana. Esse é o penhor de que Deus cumprirá Sua palavra. “Um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu; e o principado está sobre os Seus ombros”. Isaías 9:6. Deus adotou a natureza humana na pessoa de Seu Filho, levando a mesma ao mais alto Céu. É o “Filho do homem”, que partilha do trono do Universo. É o “Filho do homem”, cujo nome será “Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz”. Isaías 9:6. O EU SOU é o Árbitro entre Deus e a humanidade, pondo a mão sobre ambos. Aquele que é “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores” (Hebreus 7:26), “não Se envergonha de nos chamar irmãos”. Hebreus 2:11. Em Cristo se acham ligadas a família da Terra e a do Céu. Cristo glorificado é nosso irmão. O Céu Se acha abrigado na humanidade, e esta envolvida no seio do Infinito Amor.







FAGAL, William. 101 perguntas sobre Ellen White e seus escritos. Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2013, p. 120 .

domingo, 13 de dezembro de 2015

Registro Fóssil - Origens Temporada 2 - Episódio 3

João Batista comia insetos?

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Por gentileza, falem-me sobre o tipo de gafanhoto que João Batista comia. Algumas pessoas dizem que os mencionados gafanhotos eram insetos, enquanto outras dizem que eram frutas silvestres chamadas de gafanhotos.

A verdade é que nem as traduções inglesas dessa passagem nem o grego, no qual o Novo testamento foi escrito, nos dizem claramente o que João Batista comia. Embora a palavra grega favoreça o inseto, existe um corpo substancial de evidências provenientes do mundo antigo que favorecem a vagem da alfarrobeira. No Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia há uma extensa discussão sobre isso no volume 5, nota 1, em “Additional Notes on Chapter 3″ [Notas adicionais Sobre o Capítulo 3] sobre Mateus 3.

A Sra. White faz o seguinte comentário sobre João Batista em Testemunhos Para igreja, v. 3, p. 62: “João separou-se dos amigos e das ostentações da vida. [...] Seu regime, puramente vegetariano, composto de gafanhotos e mel silvestre, era uma censura à condescendência com o apetite e a glutonaria que prevalecia por toda parte.”


FAGAL, William. 101 perguntas sobre Ellen White e seus escritos. Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2013

sábado, 12 de dezembro de 2015

Nossos anjos nos deixam ao entrarmos no cinema?

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O cinema no tempo da Sra. White era o teatro ao vivo, não os filmes. O nível moral, entretanto, era provavelmente tão ruim quanto o dos filmes de hoje. Aqui estão algumas declarações que tem haver com a pergunta que você fez sobre os anjos nos deixarem quando vamos a lugares não recomendáveis.

“Anjos de Deus preservarão Seu povo enquanto ele andar no caminho do dever; não há, porém, garantia dessa proteção para os que deliberadamente se aventuram no terreno de Satanás” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 198).

A declaração anterior não é sobre o cinema, mas indica que, de acordo com as escolhas que fazemos, podemos pelo menos restringir, se não impedir, o trabalho e até mesmo a presença dos anjos. Com certeza, esse é um assunto sério que não deve ser considerado de maneira leviana.

Eis uma declaração que se refere ao teatro e também aos anjos:

Quando pensar em acompanhar a esposa e os filhos ao teatro ou ao salão de bailes, que o professo cristão se pergunte: “Posso pedir a bênção de Deus sobre este cenário de prazer? Meu Mestre seria um convidado em um lugar destes? Os anjos estariam ali cuidando de mim?” (Signs of the Times, 23 de fevereiro de 1882).

Note porém as palavras encorajadoras:

Os anjos nunca deixam o tentado como presa ao inimigo que destruiria a vida dos homens, caso isto lhe fosse permitido. Enquanto há esperança, até que eles resistam ao Espirito Santo para sua ruína eterna, os homens são guardados por seres celestiais (Signs of the Times, 6 de junho de 1895).



FAGAL, William. 101 perguntas sobre Ellen White e seus escritos. Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2013, p. 120 .

Existe alguma orientação na bíblia ou nos escritos de Ellen White sobre o uso da aliança?



por Daniel Oscar Plenc

As normas sobre os adornos pessoais que servem para caracterizar os adventistas têm levado em consideração certas perguntas e conselhos: “Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, Mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.” 1 Timóteo 2:9-10.

“O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura dos vestidos; Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.” 1 Pedro 3:3-4.

A instrução bíblica indica com clareza que o adorno pessoal dos cristãos deveria caracterizar-se pelo bom gosto, o pudor, a pureza, a modéstia e o equilíbrio, evitando a ostentação pessoal.

Quando o assunto é aliança de casamento e anéis de compromisso, este critério parece se flexibilizar, ao considerá-los símbolos de aliança matrimonial, estes são até certo pondo “esperados” e demandados pela comunidade.

Temos em espanhol apenas uma declaração de Ellen White a respeito da aliança. Seu conteúdo é esclarecedor:

“Algumas pessoas tem se preocupado com o uso da aliança e lhes parece que as esposas dos nossos ministros deveriam aceitar esse costume. Tudo isso é desnecessário. Quando as esposas dos ministros se esbanjam com ouro, isto desconecta as suas almas de Jesus Cristo: um caráter puro e Santo, o verdadeiro amor, a mansidão e a piedade que são os frutos produzidos pela árvore cristã, e a sua influência estará segura em qualquer parte. O fato de que os resultados não coincidem com as observações não é um motivo suficiente para adotá-la. Os Norte-Americanos podem fazer com que entendam a sua situação declarando sensivelmente que em seu país esse costume não é obrigatório. Não precisamos usar o símbolo porque não somos infiéis aos nossos votos matrimoniais, e o fato de usar uma aliança não prova a nossa fidelidade a respeito desse assunto. Preocupa-me profundamente esse processo semelhante ao da levedura que parece se sentir entre nós e que tende a nos confrontar com os costumes e modas. Não deveria se gastar um centavo em um anel de ouro para provar que somos casados. Nos países no qual este costume reina não nos sentimos obrigados a condenar a aqueles que usam suas alianças; o que importa é como as suas consciências estão, mas nenhum de nossos missionários deve se sentir como se usar uma aliança fosse influenciar em sua vida cristã. Se são cristãos, isso se manifestará no caráter semelhante ao de Cristo, em suas palavras, em suas obras, nos seus lares, no jeito como tratam as pessoas, através da paciência, longanimidade e bondade. (Joyas de los testimonios, 1:602)

O que o Manual da Igreja diz a esse respeito: Em alguns países o costume de usar aliança é visto como algo imperativo e tem chego a ser na mente das pessoas um critério de virtude e, portanto não chega a ser considerado um ornamento. Em tais circunstâncias, não sentimos que devemos condenar esta prática.

Parece desnecessário agregar comentários a esta sensível e prudente orientação. Na prática, efetivamente, existem lugares onde o anel é considerado ostentação, e outros onde a sua ausência parece indicar falta de compromisso matrimonial. Tanto o conselho inspirado como a recomendação do Manual da Igreja nos conduz a evitar o dogmatismo e a polêmica sobre este assunto dentro da igreja.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Devemos ter cruzes em nossas igrejas?



A Sra. White nunca se pronunciou sobre esse assunto.  Mas aqui está uma declaração relacionada ao assunto:

“Existia notável semelhança entre a Igreja de Roma e a igreja judaica, ao tempo do primeiro advento de Cristo. Ao passo que os judeus secretamente espezinhavam todos os princípios da lei de Deus, eram exteriormente rigorosos na observância de seus preceitos, sobrecarregando-a com exorbitâncias e tradições que tornavam difícil e penosa a obediência. Assim como os judeus professavam reverenciar a lei, pretendem os romanistas reverenciar a cruz. Exaltam o símbolo dos sofrimentos de Cristo, enquanto no viver negam Aquele a quem ela representa.

Os romanistas colocam cruzes sobre as igrejas, sobre os altares e sobre as vestes. Por toda parte se vê a insígnia da cruz. Por toda parte é ela exteriormente honrada e exaltada. Mas os ensinos de Cristo estão sepultados sob um montão de tradições destituídas de sentido, falsas interpretações e rigorosas exigências. “(O Grande Conflito, p. 568)

A Sra. White não condenou o uso de cruzes em nossas igrejas, contanto que não fossem extravagantes e que acrescentassem beleza e funcionalidade.  A motivação era muito importante para ela.


FAGAL, William. 101 perguntas sobre Ellen White e seus escritos. Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2013, p. 120 .

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Vasos sanguíneos de dinossauro de “80 milhões de anos”



Milhões ou milhares de anos?

Pesquisadores confirmaram que estruturas encontradas, com 80 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista], do fóssil de um dinossauro, são seus vasos sanguíneos. Pesquisas anteriores sugeriram que os vasos sanguíneos poderiam ser preservados ao longo de milhões de anos, mas os cientistas estavam compreensivelmente céticos quando viram, pela primeira vez, as estruturas. Agora, sua existência foi confirmada. Os vasos foram vistos pela primeira vez após a desmineralização de um pedaço de osso da perna de um Brachylophosaurus canadensis de 9 metros de comprimento, um hadrossauro de cerca de 80 milhões de anos [sic]. O responsável foi o paleontólogo molecular Tim Cleland, enquanto ele ainda era estudante de pós-graduação. Cleland, que atualmente é pesquisador da Universidade do Texas, nos EUA, juntamente com sua equipe, tentou por anos identificar várias proteínas distintas presas no interior dos vasos, incluindo a miosina, que é encontrada nos músculos lisos que compõem as paredes dos vasos sanguíneos. E ele conseguiu, publicando os resultados no Journal of Proteome Research.

Para se certificar de que o que eles estavam vendo realmente pertencia a um dinossauro, a equipe comparou as proteínas nos vasos sanguíneos fossilizados com aqueles encontrados em seus parentes diretos [sic], como galinhas e avestruzes. Surpreendentemente, as sequências encontradas em ambas as amostras antigas e modernas condiziam com as encontradas nos vasos sanguíneos.

“Este estudo é a primeira análise direta dos vasos sanguíneos de um organismo extinto, e nos fornece uma oportunidade de compreender que tipos de proteínas e tecidos podem persistir e como eles mudam durante a fossilização. Isso irá fornecer novos caminhos para a prossecução de questões relativas às relações evolucionárias de organismos extintos, e irá identificar modificações significativas de proteínas e quando elas poderiam ter surgido nessas linhagens”, disse Cleland.

 O especialista foi capaz de identificar as proteínas antigas utilizando um processo conhecido como espectrometria de massa de alta resolução, que é, basicamente, quando uma amostra é bombardeada com elétrons, para que sua estrutura seja visualizada. Sua técnica agora pode ser usada para saber mais sobre as proteínas em uma gama extensa de materiais fossilizados.

“Parte do valor desta pesquisa é que ela nos dá uma visão sobre como as proteínas podem modificar e alterar em mais de 80 milhões de anos [sic]. Isso nos diz não somente como preservar os tecidos ao longo do tempo, como também nos dá a possibilidade de olhar para a forma como esses animais se adaptaram ao seu ambiente, enquanto estavam vivos”, disse uma das pesquisadoras, Mary Schweitzer, paleontóloga molecular da Universidade do Estado da Carolina do Norte.

(Jornal Ciência, R7)

Nota: Cientistas evolucionistas preferem propor um absurdo – que proteínas e tecidos moles sejam capazes de se manter íntegros por milhões de anos – a questionar seu modelo e as infladíssimas datas das quais ele depende. Isso é ciência? A situação está ficando complicada para eles, pois o aprimoramento dos equipamentos capazes de perscrutar os fósseis está revelando detalhes inesperados. [MB]

Via Criacionismo

Cristo veio com a natureza de Adão antes ou depois da queda?


Alguns entendem de forma equivocada Romanos 8:3, que afirma que Jesus veio "em semelhança de carne pecaminosa", para "provar" que Cristo veio com a natureza de Adão depois da queda. Porém, eles esquecem que o próprio texto não diz que Jesus veio com uma natureza pecaminosa, mas sim que veio em semelhança de carne pecaminosa.

Tais indivíduos também alegam que "para vencermos como Cristo, Ele tem que ter vindo com a natureza de Adão depois da queda; do contrário, não poderia ser nosso modelo". É claro que Cristo é nosso modelo (1Jo 2:6), mas de modo algum podemos esquecer de que primeiro Ele é o nosso Salvador. Se pudéssemos imitar o exemplo de perfeição dEle (Mateus 5:48 também é mal interpretado), o Senhor nem precisaria ter vindo aqui. Poderíamos com nossas próprias obras chegar a um nível de perfeição elevado.

Só podemos obedecer a Deus e seguir o exemplo de Cristo se primeiro O aceitarmos como Salvador e depois continuarmos, durante a vida toda, passando pelo processo de santificação (Hb 12:14; Rm 6:22; Fp 3:13-16). É por isso que para sermos bons ou fazermos qualquer ato digno de aprovação do Senhor,dependemos totalmente da graça dEle e não das nossas obras! "Pois Deus [não o próprio ser humano, fraco pelo pecado]está sempre agindo em vocês para que obedeçam à vontade dEle, tanto no pensamento como nas ações" (Fp 2:13; veja também Ef 2:8, 9).

A pergunta ainda não quer calar: Cristo veio com a natureza de Adão antes ou depois da queda?

No aspecto FÍSICO, realmente Jesus nasceu com a natureza de Adão DEPOIS da queda. O Salvador não veio a este mundo com a mesma altura e vigor físico de Adão. Pelo contrário: a Bíblia diz que no aspecto físico o Salvador não chamava atenção (ver Isaías 53:2).

Entretanto, no aspecto ESPIRITUAL, Jesus veio com a natureza de Adão ANTES da queda, ou seja, moralmente perfeito. E não poderia ser diferente, pois a Bíblia diz que Jesus é o segundo adão (cf. 1Co 15:45). Se Jesus tivesse vindo com alguma propensão ao pecado, sendo o "segundo Adão", isso indicaria que o "primeiro Adão" também foi criado imperfeito, o que seria uma heresia! E mais: se Cristo tivesse tendências para o mal, seria um pecador. Consequentemente, não poderia nos salvar, pois também precisaria de um Salvador.

Alguém poderia ainda perguntar: "Então, como Jesus poderia ser tentado (Mt 4:1-11) se Ele não tinha uma natureza pecaminosa?"

Não há um porquê de Cristo precisar ter uma natureza pecaminosa para ser tentado. Adão era perfeito e mesmo assim pôde ser tentado. O fato de Adão poder ser tentado não indica que Deus o tivesse criado com propensões pecaminosas. O mesmo se dá em relação a Cristo, o "segundo Adão", como vimos anteriormente. O detalhe é que a tentação de Adão e de Jesus era apenas externa, e não interna (eles não tinham a vontade de pecar). Poderiam escolher pecar, devido ao livre-arbítrio, mas sem sentir aquele desejo pecaminoso. Se Cristo tivesse a tendência interna para o mal, o simbolismo do cordeiro perfeito, sem defeito (Êx 12:5), usado nos dias do Antigo Testamento para simbolizar a Cristo (João 1:29), perderia todo o sentido! Além do mais, contradiria frontalmente textos como Hebreus 4:15, 7:26, 1 Pedro 2:22... (confira-os em sua Bíblia).

O fato de Jesus ter algumas "debilidades inocentes" como sentir fome, sede e ficar cansado (Jo 4:6, 7; Mt 4:2) não indica que Ele tinha natureza pecaminosa. Ter tais características humanas em nada afetou a perfeita natureza espiritual dEle.

Podemos resumir e concluir o assunto com uma frase, dita pelo professor e doutor Amim Rodor (do Centro Universitário Adventista ) em uma de suas aulas de Cristologia: "Jesus foi afetado pelo pecado (fisicamente), mas não infectado (moralmente)."

Àqueles que acreditam que Jesus veio com uma natureza pecaminosa, Ele pergunta: "Quem dentre vós Me convence de pecado?" (Jo 8:46).

Leandro Quadros

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O Fim dos 2.300 Dias de Daniel 8:14




Na profecia da mensagem do primeiro anjo, no capítulo 14 de Apocalipse, é predito um grande despertamento religioso sob a proclamação da breve vinda de Jesus. É visto um anjo a voar “pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo”. “Com grande voz” ele proclama a mensagem: “Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas.” Apoc. 14:6 e 7.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Aveia: O Cereal que Regula o Intestino

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O alimento ainda ajuda a garantir saciedade e reduz o colesterol

O que é a aveia

A aveia (Avena L.), é uma planta pertencente à família Poaceae. Seu gênero é composto por aproximadamente 450 espécies. Sendo as mais cultivadas a Avena sativa e Avena byzantina. Cereal rico em fibras que pode ser encontrado na forma de farinha, flocos e farelo.

O cereal em si não contém glúten, mas como na maior parte do mundo ele é processado junto ao trigo, é considerado um dos alimentos perigosos para os celíacos. Por isso, é importante sempre verificar a embalagem, pois se ele contiver traços dessa proteína, deverá constar na embalagem “contém glúten”.
O grande diferencial da aveia são suas fibras, mas aqui ela ganha pela qualidade, e não pela quantidade, principalmente devido às beta-glucanas, que traz diversos benefícios ao organismo, como veremos a seguir. No quesito quantidade, é preciso consumir 25 gramas de fibras ao dia, em uma dieta de 2 mil calorias, e a aveia contém 2,73 g a cada porção. Portanto, isso corresponde a 11% das nossas quantidades diárias. 

Veja qual porcentagem do Valor Diário* de alguns nutrientes ela também carrega:
13% de magnésio
11% de zinco
9% de ferro
8% de proteínas
6% de fósforo
6% de carboidratos
1,4% de cálcio.

* Valores Diários de referência para adultos com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8.400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.

Benefícios da aveia

* Traz saciedade – A aveia possui dois tipos de fibras: uma parte são fibras insolúveis, como a celulose, que as enzimas do nosso corpo não conseguem “quebrar”. No entanto, o destaque do cereal são suas fibras solúveis, as beta-glucanas, que são parcialmente digeridas pelo intestino. Elas pegam a água que está no órgão e a “sugam”. Dessa forma, elas crescem de tamanho e vão formando um gel que forra a parede do estômago e do intestino, retardando o esvaziamento gástrico e prolongando a saciedade. Sendo assim, o consumo de aveia é interessante para quem faz dieta.

* Mantém o intestino em ordem – Uma das funções mais conhecidas da aveia é a de regular esse órgão. As grandes quantidades de fibras do alimento, quando entram em contato com a água, formam um gel que estimula o funcionamento do trânsito intestinal. Além disso, as fibras do tipo beta-glucana estimulam o crescimento da microbiota intestinal, ou seja, dos probióticos. Isso ocorre porque ela serve como “comida” para os lactobacilos. Quando as bactérias proliferam em cima dessas fibras, existe a produção de uma substância, o ácido butírico, que estimula os movimentos do intestino (chamados de peristálticos). O órgão, por sua vez, quando está sendo estimulado, elimina as substâncias tóxicas mais rápido e estimula a renovação celular. Isso diminui a chance de câncer intestinal.

* Uma equipe de pesquisadores ingleses do Imperial College analisou vinte e cinco estudos que envolviam mais de duas milhões de pessoas e chegou à conclusão de que a alta ingestão de fibra alimentar, particularmente de cereais e grãos integrais, como a aveia, está associada com a redução do risco de câncer colorretal. A cada adição de 10 g por dia de grãos integrais no total de fibras ingeridas, constatou-se uma redução de 10% no risco da doença.

* Ajuda a defender o organismo – A aveia não tem uma ação direta na nossa imunidade, porém, por melhorar o trânsito intestinal, ela pode aumentar as defesas orgânicas do nosso corpo, uma vez que contribui para a saúde da flora intestinal. Afinal, 60% do total de imunoglobulinas do nosso corpo estão nele! Toda vez que estimulamos a microbiota intestinal, acabamos produzindo mais anticorpos, o que melhora a imunidade.

* Previne doenças crônicas – O cereal também age no controle da glicose e do colesterol. Lembram do gel que as beta-glucanas formam ao entrar em contato com a água? A glicose e o colesterol ficam mais tempo “presos” nesse gel, para depois serem absorvidos. No caso dos açúcares, isso diminui o tempo de absorção dos carboidratos, melhorando os níveis glicêmicos. Por isso, o consumo de aveia é recomendado aos diabéticos. A ingestão do cereal, especialmente na forma de farelo, também é benéfico para quem tem colesterol alto, já que há uma diminuição em até 10%.

* Não existem estudos suficientes de que a aveia ajuda no controle da hipertensão, no entanto, sabemos que ela é rica em potássio, mineral importante para modular a pressão arterial, evitando a retenção de líquidos.

* Traz mais bem-estar – Por ser uma fonte proteica, a aveia contém triptofano, um precursor da serotonina, neurotransmissor responsável pelo controle do nosso humor, conhecido como amigo do bem-estar). Para a conversão de um para o outro, é necessária a ação de uma enzima, que só funciona bem quando os níveis de alguns nutrientes estão adequados, entre eles, o magnésio, encontrado também em boa quantidade no cereal. Sendo assim, a aveia pode ser uma aliada extra no combate à tristeza e até mesmo da depressão.

* Faz bem para a pele – Como é um alimento rico em silício e proteínas, o consumo de aveia também é bom para a renovação de tecidos, como a pele. Isso ajuda nas divisões celulares e deixa o tecido com uma melhor aparência, além de mais saudável.

Como consumir

A aveia é vendida na forma de farinha, flocos (finos e grossos) e farelo. Ela pode ser consumida junto com as frutas de sua preferência ou adicionada aos sucos, shakes e às vitaminas. A aveia também pode fazer parte da preparação de bolos, tortas (doces e salgadas), pães, biscoitos, cookies, empanados, bolinhos e farofa. Outra forma de utilizá-la é no mingau, ela dá a consistência ao leite sem a necessidade do uso de amido de milho para engrossar.
Quantidade recomendada de aveia
Estudos demonstram que 30 gramas, ou seja, aproximadamente três colheres de sopa de aveia diariamente é o suficiente para obter os benefícios do cereal. Por causa do alto teor de fibras, o consumo deve ser acompanhado da ingestão de líquidos.

Comparação com outros alimentos

* A aveia é uma ótima fonte energética, sendo que sua porção de 100 g conta com 67 g de carboidratos, perdendo apenas da quinoa, com 68,8 g e do farelo de trigo com 76 g na mesma porção.
* Quando falamos em fibras, a aveia não é campeã em quantidade. Uma porção de 30 g contém 2,73 g da substância, enquanto uma porção de chia tem 8,6 gramas, 3 vezes mais. Porém, a qualidade é maior, já que as beta-glucanas têm diversas propriedades importantes para a saúde.
* Apesar de ter menos minerais do que outros cereais, como podemos ver na tabela abaixa, a aveia ganha do arroz integral, a versão completa do arroz branco, um dos grãos mais consumidos no nosso dia. O indicado é o consumo de 86 g desse alimento, o que equivale a 2 colheres de sopa. Essa porção tem 0,285 mg de ferro e 4,3 mg de cálcio, contra 1,32 mg e 14,4 mg respectivamente desses minerais contidos em 30 gramas de aveia. Ou seja, comparando as porções recomendadas, a aveia contém 3 vezes mais cálcio e 5 vezes mais ferro!

Contraindicações

O consumo de aveia é contraindicado para quem tem a doença celíaca, que é causada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada na aveia (por contaminação do trigo) e em outros alimentos, que provoca dificuldade no organismo de absorver os nutrientes, vitaminas, sais minerais e água. Pessoas que possuem intolerância alimentar também devem evitá-la.
Quem tem síndrome do intestino irritado não deve consumir aveia, pois, por causa da inflamação, precisa de alimentos de fácil digestão. O consumo de muita fibra provoca ainda mais irritação, pois o alimento permanece mais tempo no intestino.

Já os que possuem intestino muito acelerado também devem evitá-la, pois a aveia possui muitas fibras e ajuda a acelerar ainda mais o trânsito intestinal.
Além disso, a aveia não é recomendada para crianças com menos de seis meses, porque o teor de fibras desse alimento é muito alto e a criança ainda não tem um aparelho digestório que consegue digerir de forma eficiente a aveia.

Riscos do consumo exagerado

O excesso de consumo da aveia pode causar intolerância alimentar ou flatulência. Todo alimento em exagero pode criar uma intolerância, isso é individual de cada um. Além disso, como todo item rico em fibras, precisamos de maior quantidade de água para ajudar na digestão, senão é possível criar gases. O excesso de fibras na alimentação também diminui a absorção de zinco e cálcio

Referências:
– Nutricionista Roseli Rossi, especialista em Nutrição Clínica da Clínica Equilíbrio Nutricional, em São Paulo
– Nutricionista Janice Chencinski, de São Paulo
– Nutrólogo Roberto Navarro (CRM SP 78.392), membro da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran)

Via Noticias Naturais

domingo, 6 de dezembro de 2015

Impressões Digitais da Criação - Radiohalos de Robert Gentry

Documentário dublado sobre evidências da formação instantânea das rochas.

10 versículos muito populares que não estão na Bíblia




É comum observar em conversas entre cristãos, letras de música, e até mesmo em mensagens de pregações, os “ditados bíblicos” que não estão na Bíblia. Ainda que estas frases não sejam leais às Escrituras Sagradas, muitas delas são coerentes aos princípios bíblicos – se usadas corretamente.

Veja abaixo os dez versículos imaginários mais populares, conhecidos entre cristãos e não-cristãos:

1. "Vinde a mim como estás."
Jesus faz o convite aos cansados, mas não com estas palavras. O correto é: "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês". (Mateus 11:28)

2. "O cair é do homem, mas o levantar é de Deus."
Essa frase, que é muito conhecida, não está na Bíblia. O versículo que remete a este texto é: “Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios tropeçarão no mal”. (Provérbios 24:16)

3. "Quem não vem pelo amor, vem pela dor.”
Embora a ideia seja verdadeira, este não é um versículo bíblico. Em muitas situações, o sofrimento se torna um instrumento para conduzir o homem ao arrependimento.

4. "O dinheiro é a raiz de todos os males.”
A raiz de todos os males não é o dinheiro, mas sim o amor ao dinheiro. Veja: "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores". (I Timóteo 6:10)

5. "Esforça-te, e eu te ajudarei.”
O termo "esforça-te" é, de fato, encontrado várias vezes na Bíblia, mas em nenhum momento está acompanhado de “e eu te ajudarei”. Veja exemplos: "Esforça-te, e faze a obra" (I Crônicas 28:10); "Esforça-te, e clama" (Gálatas 4:27). 

6. "Eu venci o mundo, e vós vencereis.”
No texto correto da Bíblia, não está escrito "e vós vencereis”. O correto é: "Tenho-vos dito isto para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo". (João 16:33)

7. "Diga-me com quem tu andas, e eu te direi quem és.”
Embora o livro de Provérbios traga essa ideia, este versículo não existe. Veja: "O homem violento persuade o seu companheiro, e guia-o por caminho não bom". (Provérbios 16:29)

8. "É dando que se recebe.”
Muitos mencionam esta frase, em confusão com o seguinte versículo: “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.” (Atos 20:35)

9. "Quem com ferro fere, com ferro será ferido.”
Na verdade, o que a Bíblia diz é: "... todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão". (Mateus 26:52)

10. "Não cai uma folha da árvore sem que Deus queira."
Está ideia é bíblica. Deus não só controla, mas determina todas as coisas. No entanto, este versículo não existe, podendo ser confundido com a ideia do seguinte: “... mas nem um só cabelo de vossa cabeça se perderá.” (Lucas 21:18)

Via Megaphone Adventista

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Dinossauros no Egito?




Alguns criacionistas questionam a figura do monstro leviatã descrita em Jó capítulo 41. Algumas traduções atuais da Bíblia deram a ele o nome de crocodilo, mas uma análise mais aprofundada revela que os detalhes contidos nas descrições do livro de Jó fazem menção, sem dúvida alguma, aos dinossauros. Alguns críticos se utilizam do seguinte argumento: o potencial autor para o livro de Jó é Moisés. Portanto, Moisés viveu no Egito, e naquela região do rio Nilo havia muitos crocodilos e, portanto, a criatura que Moisés conhecia, no período em que escrevia o livro de Jó, provavelmente fosse um crocodilo. Os crocodilos eram cultuados pelos egípcios e, portanto, eram criaturas sagradas para aquele povo. Por outro lado, mesmo nos tempos do Antigo Testamento, algumas pessoas ganhavam a vida matando crocodilos e comercializando a pele deles. Devido a esse e outros fatores, os crocodilos se tornaram extintos em alguns lugares. Pesquisas arqueológicas encontraram evidências de que etíopes caçavam e matavam criaturas parecidas com crocodilos, além de evidências de dinossauros e humanos coexistindo, em um Mosaico do Nilo de Palestrina.[1] Arqueólogos encontraram esse mosaico no antigo local do Templo da Fortuna, na cidade de Palestrina. Especialistas acreditam que o Mosaico do Nilo é do primeiro século a.C., durante o reinado de Sulla.

Dessa forma, há evidências de que pessoas na Etiópia (que também era banhada pelo rio Nilo) frequentemente caçavam e matavam crocodilos nos tempos bíblicos, excluindo esse tipo de réptil (crocodilo) da afirmação de Deus de que pessoas não poderiam arrancar seu couro ou furar com uma lança sua couraça (Jó 41:7, 13). Ademais, o fato de os crocodilos serem sagrados para os egípcios levanta, ainda, outro problema: não faria sentido Deus falar a Jó que pessoas não conseguiriam matar os [supostos] crocodilos, uma vez que os moradores daquela região (Egito) nem sequer cogitariam essa hipótese.

É válido também apresentar algumas evidências históricas para a existência de dinossauros no Egito. Registros do historiador grego Heródoto, que viveu no século V a.C., e do historiador judeu Flávio Josefo (o mesmo que traz relatos da existência de Jesus Cristo), que viveu no século I/II d.C., descreveram répteis voadores entre o antigo Egito e a Arábia Saudita, que todos os anos tentavam invadir essas regiões.[2, 3]

Mas será possível que os dinossauros tenham vivido no “deserto” do Egito? Sabemos hoje que a região do Saara nos tempos bíblicos era muito diferente do deserto que é hoje. De acordo com o paleontólogo Nizar Ibrahim, “o local tinha grandes rios cheios de peixes, predadores semelhantes a crocodilos, répteis voadores e tartarugas”.[4] Esse cenário se encaixa perfeitamente como um local adequado para a existência de dinossauros semiaquáticos que viviam sobre os rios (Nilo, por exemplo) daquela região. No entanto, é possível que existissem dinossauros aquáticos tão imensos como aquele que Deus descreveu em Jó 41:12? E quanto ao verso em que são descritos os espinhos ou as fileiras de escamas nas costas, tão ligadas que nem o ar passaria entre elas (Jó 41:15-17)?

Em 1912, por exemplo, foram encontrados no Egito os primeiros ossos do espinossauro, mas somente em 1915 eles foram descritos pelo paleontólogo alemão Ernst Stromer von Reichenbach, que, no entanto, não conseguiu decifrar suas capacidades de adaptação ao meio ambiente.[4, 5] Somente em 2014 é que foi encontrado um esqueleto de Spinosaurus aegyptiacus, uma espécie de cruzamento entre pato e crocodilo, descoberto na região de Kem Kem (deserto do Saara), no Marrocos, o qual demonstrou que ele tinha adaptações para se mover tanto na terra quanto na água.[6] Esse foi o maior dinossauro predador conhecido até hoje, superando em mais de três metros o maior exemplar do T-rex já descoberto.

Em 2001, foi descoberto o fóssil de um dinossauro herbívoro gigante (27 metros de comprimento) que vagava pelos mangues da agora desértica região do oeste do Egito.[7, 8] O fóssil foi encontrado num sítio arqueológico no deserto do Saara. A descoberta é a segunda realizada na região de Baharlya desde 1935, quando o geólogo alemão Ernst Stromer descobriu fósseis de vertebrados, incluindo crocodilos, e de quatro dinossauros: spinosaurus, carcharadontosaurus e bahariasaurus, além do saurópodo aegiptosaurus.

E o que dizer de algumas das descrições detalhadas que Deus fez do monstro Leviatã? Já vimos que, no caso de um crocodilo, seu couro possui, sim, pontos fracos a ponto de ser perfeitamente possível furá-lo com uma lança; fato que se opõe à descrição de Jó 41:7, 13, 23 e 26. Além disso, em Jó 41:30 nos é dito que a barriga do bicho é coberta de cacos pontudos; é certo que ninguém afirmaria que essa característica realmente exista em um crocodilo.

Portanto, em resposta ao título do artigo, as evidências existem, assim como também a possibilidade de que o Leviatã descrito por Deus a Jó não seja, de fato, um crocodilo.

(Everton Fernando Alves é enfermeiro e mestre em Ciências da Saúde pela UEM; seu e-book pode ser lido aqui)

Referências:
[1] Towers R. Mosaico de Palestrina mostra humanos interagindo com dinossauros. Darwinismo, 2015. Disponível em: https://darwinismo.wordpress.com/2015/09/05/o-mosaico-de-palestrina-mostra-humanos-interagir-com-dinossauros/
[2] Macaulay GC (Trad.). The History of Herodotus. Book II. Londres e Nova York: MacMillan and Co, 1890, pp: 75 e 77. Este livro foi originalmente escrito por Heródoto em 440 a.C. Disponível em: http://classics.mit.edu/Herodotus/history.2.ii.html
[3] Sabino. “A Bíblia e os dinossauros” (parte 6) – relatos históricos sobre dragões. A lógica do Sabino, 2009. Disponível em: https://alogicadosabino.wordpress.com/2009/11/19/a-biblia-e-os-dinossauros-parte-6-relatos-historicos-sobre-dragoes/
[4] Entrevista concedida pelo paleontólogo Nizar Ibrahim. “Gigante nadador.” Entrevistadora: Mariana Rocha. Ciência Hoje das crianças, 2014. Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/gigante-nadador/
[5] Presse F. “Novos fósseis revelam dinossauro que sabia nadar.” G1.com, 2014. Disponível em: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/09/novos-fosseis-revelam-dinossauro-que-sabia-nadar.html
[6] Ibrahim N, Sereno PC, Dal Sasso C, Maganuco S, Fabbri M, Martill DM, Zouhri S, Myhrvold N, Iurino DA. “Semiaquatic adaptations in a giant predatory dinosaur.” Science. 2014 Sep 26;345(6204):1613-6.
[7] Smith JB, Lamanna MC, Lacovara KJ, Dodson P, Smith JR, Poole JC, Giegengack R, Attia Y. “A giant sauropod dinosaur from an Upper Cretaceous mangrove deposit in Egypt.” Science. 2001 Jun 1;292(5522):1704-6.
[8] Presse F. “Segundo maior dinossauro do mundo é encontrado no Egito.” Folha de S. Paulo, 2001. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u3859.shtml

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