terça-feira, 18 de novembro de 2014

Todos os outros planetas do sistema solar caberiam no espaço entre a Terra e a lua



Aqui está um fato interessante que você talvez nunca imaginou ou parou para pensar: dá para colocar todos os 7 outros planetas do sistema solar no espaço que há entre a Terra e a lua.A distância máxima entre a Terra e seu satélite é de 405.500 km. O diâmetro equatorial de Mercúrio é 4.879 km, Vênus tem 12.104 km, Marte 6.792 km, Júpiter 142.984 km, Saturno 120.536 km, Urano 51.118 km e Netuno 49.528 km. Somando tudo, dá 387.941 km.

Claro que esta conta só funciona perto do apogeu lunar porque, em média, a distância entre a Terra e a lua é de 384.400 km. No perigeu, a lua está a “meros” 363.300 km.Aposto que você não sabia que cabia tanta coisa entre a lua e a Terra.
Via  [Gizmodo, OBA, Nasa]

Livro da Turma da Mônica prega o espiritismo

Doutrinação nos quadrinhos

A Turma da Mônica, grupo de personagens de histórias em quadrinhos criado pelo cartunista Maurício de Sousa, será usada para difundir as crenças espíritas sobre Jesus e o Evangelho.  O livro Meu Pequeno Evangelho traz histórias do grupo de personagens infantis escritas em parceria com o espírita Luis Hu Rivas, um designer peruano, e Alã Michell, que desde os 15 anos de idade é adepto da religião. De acordo com o jornalista Felipe Patury, essa não é a primeira vez que Sousa publica histórias religiosas da Turma da Monica. “O que nunca tinha feito é um livro que juntasse Monica, Cebolinha, Cascão, Magali, Anjinho e Penadinho em histórias de cunho espírita”, pondera Patury. Em pré-venda, o livro Meu Pequeno Evangelho é descrito na sinopse da Boa Nova Editora – especializada em publicações espíritas – como uma obra de mensagens positivas a respeito do Evangelho.

“Neste livro, a Turma da Mônica recebe a visita de André, um primo do Cascão que vai apresentar para as crianças conceitos do Evangelho que todos podemos usar no dia a dia, independentemente da religião que praticam. Meu Pequeno Evangelho traz lindas mensagens de amor, caridade e humildade, contadas de forma divertida com os personagens mais queridos do Brasil”, diz o resumo.

O espiritismo é uma doutrina derivada do cristianismo [sic] criada pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, sob o pseudônimo Allan Kardec, que mistura ciência, filosofia e fé na busca por uma “melhor compreensão não apenas do universo tangível (científico), mas também do universo a esse transcendente (religião)”, de acordo com o resumo do Wikipédia.

No Brasil, uma das principais difusoras das mensagens do espiritismo são as novelas da TV Globo que tratam sobre vida após a morte, reencarnação, almas gêmeas e outros assuntos pertinentes a essa doutrina.

(Gospel Mais)

Nota: Na verdade, como se pode perceber nas ilustrações abaixo, a pregação espírita não é novidade nas produções de Mauricio. A apologia dessa filosofia (que não deriva do cristianismo, como diz a Wikipédia, pois ensina a reencarnação e não a ressurreição, e afirma que Jesus é um “espírito iluminado” e não Deus) vem sendo cada vez mais forte nas mídias populares, como novelas, filmes, seriados e quadrinhos. Praticamente todas as pessoas hoje em dia creem na imortalidade da alma, mesmo aqueles que creem também na Bíblia Sagrada. Mas isso não surpreende. Já estava profetizado. [MB]



domingo, 16 de novembro de 2014

Se os judeus não aceitam Jesus como Messias, por que o sacrifício parou?

Se os judeus não aceitam Jesus como Messias, por que o sacrifício parou?
Se eu fizer um voto a Deus e não cumprir, Ele me perdoará?
Baseado no texto de 1 Timóteo 4:1-5, os adventistas ensinam doutrinas de demônios?
A doutrina da trindade é bíblica ou foi criada pela igreja?
Os anjos podem assumir formas humanas? 
O que fazem os anjos?
Se o corpo vira pó e o espírito volta para o Criador, quem dorme? A alma?
O que a bíblia orienta sobre o juízo? Ele ocorrerá em que momento?
É pecado achar que estamos salvos? Podemos ter a certeza da salvação?
A salvação das crianças depende da vida do pai e da mãe?
Não podemos pecar no sábado?Como que o evangelho será pregado a todo mundo?



quinta-feira, 6 de novembro de 2014

O que aconteceu com a epístola dos Laodicenses, que foi extraviada? Colossenses 4:16


O PROBLEMA: Paulo refere-se à epístola "de Laodiceia" como sendo uma carta que ele escreveu e que deveria ser lida pela igreja de Colossos, assim como a carta inspirada aos Colossenses deveria ser lida pelos laodicenses. Entretanto, não existe tal epístola aos Laodicenses, do primeiro século (embora haja uma falsa, do século IV). Mas é muito estranho que um livro inspirado tenha desaparecido. Por que Deus inspiraria uma carta assim, para a fé e a prática da igreja (2 Tm 3:16-17), e depois permitiria que fosse destruída?

A SOLUÇÃO: Há quatro possibilidades.
 Primeiro, é possível que Deus não pretendesse incluir na Bíblia todos os textos inspirados e com autoridade divina. Lucas refere-se a outros Evangelhos (Lc 1:1), e João afirmou que houve muitas outras coisas que Jesus fez, que não foram registradas no seu Evangelho (Jo 20:30; 21:25). Assim, é possível que Deus tenha pretendido que figurassem no cânon das Escrituras apenas os livros inspirados que ele, com sua providência, preservou.

A segunda possibilidade é que há razões muito boas para se acreditar que a epístola "de Laodiceia" na verdade não tenha sido perdida, mas que seja realmente o livro de Efésios. Em primeiro lugar, o texto não a chama de epístolaaos laodicenses, mas de epístola "deLaodicéia"(4:16), o que dá a entender que ela provinha dessa cidade, não importando o nome que pudesse ter tido.Segundo, sabe-se que Paulo escreveu Efésios na mesma época em que ele escreveu Colossenses, e que a enviou a outra igreja daquela mesma região.

Terceiro, há evidências de que o livro de Efésios originalmente não tinha esse nome, mas era uma carta circular que foi enviada às igrejas da Ásia Menor. É interessante que em alguns dos primeiros manuscritos não consta a expressão "em Éfeso", de Efésios 1:1. Certamente é estranho que Paulo, tendo antes passado três anos ministrando aos efésios (At 20:31), não lhes tenha enviado nenhuma saudação pessoal, se é que a carta aos Efésios era destinada exclusivamente a eles. Em contraste, Paulo ainda não tinha ido a Roma, mas enviou saudações a muitas pessoas em sua carta aos Romanos (Rm 16:1-16).

Quarto, nenhuma epístola aos Laodicenses é jamais citada pelos primitivos pais da Igreja, embora suas citações do NT sejam superiores a 36.000, e incluam todos os livros e quase todos os versículos do NT.Uma falsa epístola aos Laodicenses apareceu no século IV, mas os eruditos não crêem que ela seja a carta a que Paulo se referiu. Com efeito, ela é basicamente uma compilação de citações de Efésios e de Colossenses, a qual o Conselho de Nicéia (787 a.D.) chamou de "falsa epístola".

Extraido do MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia - Norman Geisler - Thomas Howe

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Isaías foi mesmo serrado ao meio?



O profeta Isaías é o autor do livro que leva o seu nome. Filho de Amoz e descendente da linhagem real, ele foi chamado na juventude para o ofício de profeta, no final do reinado de Uzias (Azarias, 790-739 a.C), durante a corregencia de Jotao (PR, 305). Isso sugere que o chamado ocorreu entre os anos 750 e 739 a.C. Seu ministério continuou por pelo menos 60 anos (PR, 310), abrangendo os reinados de Uzias, Jotao, Acaz e Ezequias (ver Is 1:1).O fato de Isaías não mencionar Manassés, cujo reinado começou em 686 a.C, e de ter estado entre "um dos primeiros a cair" no massacre liderado por Manassés sobre os que permaneciam fiéis a Deus (Profetas e Reis, 382; 2Rs 21:16), indica que seu ministério terminou logo após a morte de Ezequias, em 686 a.C.

Isaías era casado e tinha dois filhos, "Um-Resto-Volvera" e "Rápido-Despojo-Presa-Segura" (Is 7:3; 8:3). Em Jerusalém, cenário principal de suas obras, tornou-se pregador da corte e exerceu influência consideravel. Por muitos anos foi conselheiro político e religioso da nação. Seu ministério profético, junto com o de Miquéias, e, possivelmente também, a influência direta de Oséias no reino do Norte contribuiram para as reformas realizadas por Ezequias. Manassés, porém, seguiu a política ímpia de seu avô Acaz. Ele aboliu as reformas de seu pai Ezequias e tirou a vida de homens que tinham encorajado a adoração ao verdadeiro Deus. Segundo o Talmude babilonico, Isaías foi morto por Manassés (ver Profetas e Reis 382). As palavras de Hebreus 11:37, de que alguns foram "serrados ao meio", sugerem o destino de Isaías.

Vejamos o comentário da escritora Ellen White no "Signs of the Times" de 17/02/1898 que deixa ainda mais claro:

"Isaías,  a quem o Senhor permitiu ver coisas maravilhosas, FOI SERRADO AO MEIO, porque reprovou fielmente os pecados da nação judaica. Os profetas que vieram cuidar da vinha do Senhor foram, de fato, surrados e mortos. "Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos ao fio da espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo não era digno)" [Hb 11:37, 38]."

Extraído do Comentario Bíblico Adventista vol.4 pág. 71 e 1251 por Bíblia e a Ciência

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Lúcifer realmente foi regente do coro celestial?


O uso incorreto dos escritos de Ellen White tem dado origem a muitas lendas e mitos adventistas. A maneira como isso ocorre é semelhante à brincadeira do telefone sem fio. Você sabe como é o jogo, a simples frase “Maria foi nadar na piscina” torna-se no fim da roda em “Azarias não jogou nada na latrina”.

Quando trabalhei como Assistente de Pesquisas no Centro White, Unasp-2, publiquei um artigo na Revista Adventista (“Revisão de Arquivo” RA, Abril de 1995) em que abordei algumas dessas citações “apócrifas” do Espírito de Profecia, e mais recentemente no artigo “Órion e os Eventos Finais”. Tenho aprendido que o problema não está com certas declarações de Ellen White e sim com a maneira em que seus escritos são lidos, descontextualizados e abusados.

Uma das interpretações que tem se tornado quase proverbial em nosso meio é a idéia de que Lúcifer era “regente do coro celeste”. A idéia é baseada na seguinte citação de Ellen White:

“Satanás tinha dirigido o coro celestial. Tinha ferido a primeira nota; então todo o exército angelical havia-se unido a ele, e gloriosos acordes musicais haviam ressoado através do Céu em honra a Deus e Seu amado Filho. Mas agora, em vez de suaves notas musicais, palavras de discórdia e ira caíam aos ouvidos do grande líder rebelde.” (História da Redenção, 25).

Primeiramente, é importante ressaltar que a revelação Bíblica, a luz maior, em nenhum momento retrata Lúcifer como regente do coro celeste. Isso já seria razão suficiente para sermos cautelosos ao fazer afirmações categóricas sobre as atividades de Lúcifer no céu antes de sua queda.
Mas alguns textos bíblicos são usados para provar a idéia de que Satanás era músico; veja Ezequiel 28:13-15:

“Estiveste no Éden, jardim de Deus; cobrias-te de toda pedra preciosa: a cornalina, o topázio, o ônix, a crisólita, o berilo, o jaspe, a safira, a granada, a esmeralda e o ouro. Em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Eu te coloquei com o querubim da guarda; estiveste sobre o monte santo de Deus; andaste no meio das pedras afogueadas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que em ti se achou iniqüidade.”

A passagem acima faz parte de um juízo proferido sobre o rei de Tiro, portanto, a intenção original de Ezequiel não é tratar de Lúcifer em seu estado não caído e por isso, precisamos respeitar o contexto. Mesmo que haja certos paralelos entre a altivez do rei de Tiro e Lúcifer, a linguagem não trata deles de forma literal. Por exemplo, porque o texto trata de instrumentos musicais, alguns concluem que isso se refere ao dom musical de Lúcifer no céu, enquanto outros até vêem aí uma prova de que havia “tambores” no céu. Mas a linguagem aqui é poética, simbólica e metafórica e o hebraico é de difícil tradução e inconclusivo ao falar de instrumentos, é necessária cautela.

Podemos, no entanto, aplicar os princípios da queda do rei de Tiro como símbolo da queda de Lúcifer, já que há alguns paralelos óbvios, tais como “eras o selo da perfeição, cheio de sabedoria e perfeito em formosura” (v. 12). Mas ao mesmo tempo em que há paralelos, há também disparidades entre os dois personagens que nos impedem de criar um paralelo literal entre cada elemento do texto de Ezequiel com Lúcifer. Assim, tentar literalizar a passagem de Ezequiel nos traz dificuldades já que se Lúcifer era músico e tocava “tambores e pífaros” (v. 13) no céu, então ele também era coberto de jóias preciosas literalmente, se engajou em “comércio” lá (v. 16, 18), profanou os seus próprios “santuários” (v. 18) e Deus o expulsou em direção à “terra” (que supostamente ainda não havia sido criada!) e o expôs perante “reis” (v. 16, 17). O disparate exegético deveria ser óbvio.

Concluir, portanto, que Lúcifer era regente do coro celestial ou até mesmo músico com base nos instrumentos citados na passagem de Ezequiel é forçar o texto bíblico. Isso não quer dizer necessariamente que Lúcifer não era músico no céu, a Bíblia contém muitas cenas de louvor oferecido pelos anjos a Deus. Mas querer precisar que função Lúcifer tinha no céu é ir além da revelação.O outro texto citado é Jó 38:4-7, que mostra que fala do “coro celestial”:

“Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? ... quando juntas cantavam as estrelas da manhã, e todos os filhos de Deus bradavam de júbilo?” 

O texto pode estar se referindo a um coro de anjos cantando nas eras sem fim da eternidade, mas não trata de Lúcifer em específico. Acima de tudo, assim como Ezequiel, o texto de Jó é poético e simbólico.

"Pessoalmente, não tenho nenhum problema a priori com a idéia de que Lúcifer possa ter sido "regente do coro celestial", assim como não teria problema com a idéia de que ele possa ter sido compositor, pintor, escultor ou mesmo arquiteto das cortes celestiais. O problema é ter base escriturística para fundamentar tais afirmações."

É interessante notar que a idéia de que Lúcifer tivera posição de líder dos anjos não é original de Ellen White. Esse conceito parece ter se tornado parte da tradição cristã e era idéia comum para alguns autores no tempo de Ellen White.[1] Ela estaria apenas refletindo uma idéia periférica da sua época neste ponto (como fez em muitos outros[2]) para expressar um ponto mais importante sobre a atuação de Lúcifer.

Com esse breve pano de fundo bíblico e histórico, voltemos então à passagem de Ellen White. Uma leitura mais cuidadosa da passagem indica que Ellen White não pretendeu fazer uma declaração sobre a posição de regente musical de Lúcifer. Ela escreveu que “Satanás tinha dirigido o coro celestial. Tinha ferido a primeira nota,” o que expressa uma ação pontiliar num passado distante e não uma ação constante necessariamente. Note que a conclusão que Satanás tinha a posição estabelecida de “regente do coro” não está no texto. Essa nuance é importante para o entendimento da intenção de Ellen White.

 "Ela claramente não está fazendo uma declaração sobre a função de músico de Lúcifer ou como a música é executada nas cortes celestiais, mas está ressaltando sua posição em relação aos anjos: ele era o anjo mais exaltado, tinha primazia em termos de criação e função."

Lúcifer é retratado aqui como aquele que, dentre os anjos, primeiro sentiu em seu coração o desejo de louvar a Deus, ele iniciou o louvor, feriu a "primeira nota" e os anjos seguiram. Assim, a metáfora da música celestial é usada por Ellen White para criar um forte contraste entre a submissão de Lúcifer a Deus ao alçar louvores a Ele e a rebelião que começava a surgir em seu coração através da discórida e desarmonia. Veja que ela continua dizendo “Mas agora, em vez de suaves notas musicais, palavras de discórdia e ira caíam aos ouvidos do grande líder rebelde.” Aqui Lúcifer abandonara o desejo de louvar a Deus. Dessa forma, a metáfora musical é usada para fins primordialmente homiléticos, para expressar um ponto mais importante, a saber, a exaltação de Lúcifer perante os anjos e sua repentina queda.

"O detalhe musical sobre Lúcifer é informação periférica, é como a moldura de um quadro, que se for retirada, não impacta a apreciação da arte. Em outras palavras, Ellen White poderia ter dito, "Lúcifer foi o primeiro anjo a apreciar a beleza do céu, seguido pelos outros anjos. Mas agora, em vez de apreciar a beleza do céu, ele começou a criticar tudo" O ponto central é o mesmo: Lúcifer foi privilegiado mas caiu pelo orgulho ou arrogância."

O objetivo de Ellen White aqui não é descrever a posição musical de Lúcifer e sim traçar um contraste entre sua posição de fidelidade a Deus e sua subsequente atitude de rebelião.

 Além da precariedade do argumento do ponto de vista bíblico e o fato de que Ellen White não disse que Satanás era "regente" do coro celeste, a idéia de que Lúcifer tinha esse função específica também esbarra em problemas lógicos. O primeiro deles é o tamanho do coro celeste; se houvesse mesmo a necessidade de um regente, deveria haver milhares de sub-regentes para um coro de milhares, milhões ou bilhões de anjos, como ocorre com grandes corais aqui. O problema é que a necessidade de um regente nos moldes de um diretor de coral terrestre fere o conceito bíblico de que os anjos são perfeitos em todos os sentidos e superiores ao homem (Salmo 8:5; Heb 2:7). Por quê?

"Anjos perfeitos em poder não devem necessitar de um regente que indique o compasso, mudanças de dinâmica, cadência, rallentandos, pianissimos ou mezzo fortes, se é que a música celeste sequer pode ser descrita nos moldes terrestres!"

Nem mesmo deve ser necessário que alguém lhes dê a “primeira nota” nos padrões de um regente terrestre, como se os anjos precisassem disso para se manterem no tom. Existem seres humanos que possuem o que chamamos de “ouvido absoluto”, ou seja, não precisam que ninguém lhes toque ao piano ou sopre num diapasão um Dó ou Fá, eles ouvem a nota automaticamente em seu ouvido e cantam no tom. Quanto mais os anjos que foram criados de forma superior ao homem! E até mesmo em nossa esfera decaída, há muito coral profissional por aí que não necessita de regente. Creio que deu para entender os problemas com uma leitura rígida da passagem em questão.

Em conclusão, nosso estudo revela que Ellen White se valeu de certa forma de uma idéia comum em seu tempo, a saber, de que Lúcifer era líder do anjos, inclusive nos louvores, para ilustrar um ponto mais importante, o da sua posição elevada e repentina queda. Também não há nada na passagem que indique que esse conceito fora parte de uma revelação especial a Ellen White.

"Se Lúcifer era ou não "regente do coro celestial" é irrelevante, já que ele não caiu de sua elevada posição por rebelião ao governo de Deus em questões musicais. Assim, devemos ler a passagem sobre Lúcifer e o coro celeste mais por sua força retórica sobre a exaltação e subsequente queda de Lúcifer, e não como uma declaração de qual função musical ele exercia no céu ou como é realizada a música celeste".

 Cabe aqui também uma palavra de exortação. Infelizmente, a intenção de muitos que usam a passagem de Satanás como suposto “regente do coro celeste” é quase sempre demonizar (literalmente) a música sacra contemporânea. Ouvem-se afirmações do tipo “Satanás é músico, temos que ter cuidado com avanços na música adventista.” Assim, cria-se um espantalho ao redor da música adventista para coibir, oprimir e ostracizar músicos. Nossos músicos não têm liberdade para trabalhar porque sempre correm o risco de se tornar culpados por associação com Lúcifer, o músico par excellence, o “regente do coro celeste”.

 Com certeza Satanás deve ter um vasto conhecimento da música celeste e bem como da terrestre, mas ele não foi originador da música, Deus o é. Não entreguemos a Satanás algo que pertence a Deus, o dom da música, e não façamos os músicos da Igreja culpados por associação porque um suposto “regente do coro celeste” caiu em rebelião.

"E, ironicamente, Satanás sempre alcança seu objetivo de espalhar desarmonia na igreja quando, no afã de evitar o complexo do “regente Lúcifer”, caímos em extremos na questão da música sacra, julgando a intenção dos nossos irmãos, impondo nossas idéias pessoais do que Deus aceita ou não ("Se eu não gosto, Deus não gosta também"), criticando e condenando."

No fim das contas, o maior problema dos músicos e adoradores adventistas não é tanto “musical” e sim “relacional”, seja no relacionamento com Deus ou com nosso próximo, como foi para Lúcifer. Cultive relacionamentos saudáveis na questão da música sacra para não cair no mesmo problema daquele anjo caído.

Um abraço!André Reis__
Via Adoração Adventista

_[1] Veja, por exemplo, John Milton, Paradise Lost (Londres: 1674), Livro IV, 600-605; ibid., Livro VII, 130; Daniel Defoe, The Political History of the Devil (1726), p. 49, ibid., The Life and Adventures of Robinson Crusoe (1800), p. 119, Emily Percival, The Token of Friendship(1852), que usa linguagem bem semelhante à de Ellen White: “Lúcifer pode haver sido o líder daquele coro celeste” (p. 26).
[2] Como por exemplo, 6.000 anos para a idade da terra, idéia comum no século 19 hoje questionada por cientistas criacionistas e arqueólogos Adventistas. A história da civilização humana tem pouco mais de 6.000 anos, talvez 10.000. Ellen White nunca procurou estabelecer a idade da terra, ela usou o cômputo para ressaltar um ponto mais importante, a saber, a longa odisséia do pecado na terra.

domingo, 2 de novembro de 2014

Transformou-se o grande rei Salomão em um homossexual?


“Tinha setecentas mulheres, princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração. Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era de todo fiel para com o Senhor, seu Deus, como fora o de Davi, seu pai. Salomão seguiu a Astarote, deusa dos sidônios, e a Milcom, abominação dos amonitas. Assim, fez Salomão o que era mau perante o Senhor e não perseverou em seguir ao Senhor, como Davi, seu pai. Nesse tempo, edificou Salomão um santuário a Camos, abominação de Moabe, sobre o monte fronteiro a Jerusalém, e a Moloque, abominação dos filhos de Amom. Assim fez para com todas as suas mulheres estrangeiras, as quais queimavam incenso e sacrificavam a seus deuses”. (I Reis 11:3-8)

O capítulo 11 de I Reis descreve como Salomão se afastou de Deus e se tornou idólatra.De acordo com a história, a distância de Deus somada à busca por preencher o vazio com prazer o levou ao que é anti-natural.Embora não encontremos detalhes sobre os cultos realizados aos deuses pagãos, é fato de que a idolatria geralmente era acompanhada de uma crua imoralidade, e esta era considerada antigamente como uma parte da religião.A história confirma a prática destes vícios anti-naturais (homossexualismo) na sociedade pagã, sociedade esta a qual Salomão fez parte.Depois de haver sido um dos maiores reis que já empunharam um cetro, Salomão tornou-se um libertino, instrumento e escravo de outros. Seu caráter, outrora nobre e viril, tornou-se debilitado e efeminado. Sua fé no Deus vivo foi suplantada por dúvidas ateístas. A incredulidade mareou sua felicidade, enfraqueceu-lhe os princípios e degradou-lhe a vida. A justiça e magnanimidade dos primórdios de seu reinado, transmudara-se em despotismo e tirania. Pobre, frágil natureza humana Pouco pode Deus fazer por homens que perdem o senso de dependência dEle.Veja como a descrição de Paulo sobre as conseqüências de quem se afasta de Deus e busca a idolatria confirma o estado de Salomão:“Eles sabem quem Deus é, mas não lhe dão a glória que ele merece e não lhe são agradecidos. Pelo contrário, os seus pensamentos se tornaram tolos, e a sua mente vazia está coberta de escuridão. Eles dizem que são sábios, mas são tolos. Em vez de adorarem ao Deus imortal, adoram ídolos que se parecem com seres humanos, ou com pássaros, ou com animais de quatro patas, ou com animais que se arrastam pelo chão. Por isso Deus entregou os seres humanos aos desejos do coração deles para fazerem coisas sujas e para terem relações vergonhosas uns com os outros. Eles trocam a verdade sobre Deus pela mentira e adoram e servem as coisas que Deus criou, em vez de adorarem e servirem o próprio Criador, que deve ser louvado para sempre. Amém! Por causa das coisas que essas pessoas fazem, Deus as entregou a paixões vergonhosas. Pois até as mulheres trocam as relações naturais pelas que são contra a natureza. E também os homens deixam as relações naturais com as mulheres e se queimam de paixão uns pelos outros. Homens têm relações vergonhosas uns com os outros e por isso recebem em si mesmos o castigo que merecem por causa dos seus erros.” (Romanos 1:21-27 NTLH)* Quando os pagãos voluntariamente se apartaram de Deus e o eliminaram de sua mente e coração, o Senhor os deixou que caminhassem em suas próprias sendas de autodestruição (Sal. 81:12; Atos 7: 42; 14:16). Isto é parte do preço de nossa liberdade moral. Se os homens insistem em seguir em seus maus caminhos, Deus permitirá que o façam retirando sua bondosa ajuda e restrição. Nesse caso são deixados para que colham os resultados de sua rebelião, sendo escravizados cada vez mais profundamente sob o poder do pecado.

*SDBAC – Comentário Bíblico
Equipe Biblia Online

sábado, 1 de novembro de 2014

Por que o santuário celestial é importante?


Um estudo sobre o significado do templo celestial deve examinar a natureza de Deus, Sua interação conosco e a veracidade dessa relação. A interação com Deus e Sua presença em relação às Suas criaturas são temas teológicos sumamente importantes, e o templo celestial desempenha papel fundamental para que eles sejam compreendidos.

1.Natureza de Deus: Deus é único e singular. Dentro do Universo, tudo pertence à esfera do que foi criado, menos Ele. Os teólogos se referem a essa dimensão de Deus como Sua transcendencia; em outras palavras, Ele está acima e independente dos cosmos. A criação não é grande o suficiente para conte-Lo (1Rs 8). Com relação à Criação, Deus é, por natureza, o Ser distante. A criação não emanou dEle, mas veio à existência por meio de Sua palavra, que está fora dEle. Uma vez que que Ele tem vida em Si mesmo, nada na natureza pode contribuir para Sua existência ou é necessário para que Ele preserve a Si mesmo. A natureza é o habitat exclusivo das criaturas finitas.
Embora, por natureza, Deus seja transcendente, por opção Ele é Aquele que está sempre presente. Os teólogos se referem a essa caracteristica como a imanência divina. Deus está presente com Sua criação. Essa é uma rejeição ao deísmo, segundo o qual Deus criou o Universo para, em seguida, abandona-lo à sua própria sorte. Nesse caso Deus seria um Criador absolutamente ausente. A imanência de Deus está claramente retratada em Gênesis 2, onde Ele é descrito como sendo ativo dentro da Criação, enquanto cria seres humanos. O Deus bíblico escolheu viver perto de Suas criaturas, no espaço que Ele criou para elas. A criação é uma expressão do Seu amor.

2.Proximidade de Deus:  A pergunta seguinte é: Como Deus está presente em Sua criação? Diferente e, às vezes, complexa, esta pergunta já recebeu diversas respostas. Uma das mais comuns é a onipresença, que quer dizer que Ele está em todos os lugares. Essa resposta elimina a heresia do panteísmo - na qual Deus é uma força impessoal que permeia tudo e, portanto, em último sentido, tudo é divino.
Mas o Deus bíblico é uma pessoa. A Bíblia fala sobre a onipresença de Deus no senso de que nada no cosmos acontece fora da Sua presença e em total independencia de Suas ações. Essa compreensão de onipresença presume que Ele está em toda parte, porque Ele está em algum lugar em particular. Ele Se coloca dentro do espaço de Suas criaturas em um lugar especifico. O Deus transcendente Se torna o Deus imanente ao entrar em nosso espaço em um determinado local. Descrevendo o que aconteceu no princípio, o salmista declara com segurança:"O Teu trono está firme desde a antiguidade; Tu existes desde a eternidade" (Sl 93:2). Deus "estabeleceu Seu trono nos Céus, e como rei domina sobre tudo o que existe" (Sl 103:19). Para o salmista o trono de Deus está no templo celestial (Sl 11:4).
O fragmento único de espaço onde o infinito e o finito se cruzam entre si, e onde a proximidade de Deus é vista e sentida por Suas criaturas inteligentes, é o que chamamos de templo celestial. Sua majestade e grandeza permanecem misteriosas e inimagináveis para nós. Esse local é tão antigo quanto a própria criacao.

3.Um Templo Real: O templo celestial não é um detalhe incidental na teologia bíblica, ou uma especulacao desnecessária. É um lugar real que revela o caráter pessoal de Deus e Seu intenso amor por Seus filhos. Esse templo não foi feito por mãos humanas, mas é um ato singular da criação divina. Sua existência é afirmada pelo fato de que é um centro cósmico de adoração para incontáveis seres inteligentes (Sl 89:5, 6; Dn 7:9, 10; Ap 4:2-7)  e o centro do Reino cósmico de Deus (Sl 103:19). De lá, Ele revela Sua vontade para Suas criaturas (Sl 103:20, 21). Desse majestoso templo, Deus trabalha na resolução do conflito cósmico por meio de julgamento (Sl 11:4-6; 33:13-15). De lá, Ele desce e liberta Seu povo da opressão do inimigo (Sl 18:6-9, 16, 17), concede perdão para o pecado (1Rs 8:30, 38, 39), abençoa e justifica Seu povo (Dt 26:15; 1Rs 8:32). Nesse espaço singular, Cristo intercede por nós diante do Pai (Hb 7:25). Por intermédio de Cristo, Deus veio ao nosso mundo pecaminoso e podemos desfrutar de Sua proximidade salvadora (Jo 1:14).

Por Ángel Manuel Rodriguez, extraído da Revista Adventist World de março de 2014.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Papa defende a Evolução e despreza o Criacionismo


O papa Francisco afirmou nesta segunda-feira (27), durante discurso na Pontifícia Academia de Ciências, que a teoria da evolução e o big bang são reais e criticou a interpretação das pessoas que leem o Gênesis, livro da Bíblia, achando que Deus “tenha agido como um mago, com uma varinha mágica capaz de criar todas as coisas”. Segundo ele, a criação do mundo “não é obra do caos, mas deriva de um princípio supremo que cria por amor”. “O big bang não contradiz a intervenção criadora, mas a exige”, disse o pontífice na inauguração de um busto de bronze em homenagem ao papa Emérito Bento XVI. O big bang é, segundo aceita a maior parte da comunidade científica, a explosão ocorrida há cerca de 13,8 bilhões de anos que deu origem à expansão do Universo. Já a teoria da evolução, iniciada pelo britânico Charles Darwin (1809-1882), que prega que os seres vivos não são imutáveis e se transformam de acordo com sua melhor adaptação ao meio ambiente, pela seleção natural. O papa acrescentou dizendo que a “evolução da natureza não é incompatível com a noção de criação, pois exige a criação de seres que evoluem”.Ele criticou que quando as pessoas leem o livro do Gênesis, sobre como foi a origem do mundo, pensam que Deus tenha agido como um mago. “Mas não é assim”, explica.Segundo Francisco, o homem foi criado com uma característica especial – a liberdade – e recebe a incumbência de proteger a criação, mas quando a liberdade se torna autonomia, destrói a criação e o homem assume o lugar do criador.“Ao cientista, portanto, sobretudo ao cientista cristão, corresponde a atitude de interrogar-se sobre o futuro da humanidade e da Terra; de construir um mundo humano para todas as pessoas e não para um grupo ou uma classe de privilegiados”, concluiu o pontífice.(G1 Notícias)

Nota: O papa, que já condenou o “fundamentalismo” daqueles que leem os primeiros capítulos da Bíblia de forma literal (confira aqui), volta e meia vem “alfinetando” os que creem na criação segundo a Bíblia. Esta é a primeira vez que, assim como fizeram Bento XVI e João Paulo II, Francisco defende abertamente a teoria da evolução. Com todo o respeito, ou ele não leu direito a Bíblia, ou não entende o evolucionismo. Dizer que ambos não se contradizem é promover um grande erro. Se a teoria da evolução estivesse correta, a morte seria elemento constitutivo da criação de Deus, uma vez que, até o surgimento do primeiro ser humano, outros milhões de organismos teriam morrido. Além disso, se a história dos primeiros capítulos do Gênesis não são literais, que sentido teria a morte de Cristo por um pecado que não ocorreu? Por que cargas d’água Jesus teria Se referido a Adão e Eva como personagens históricos (assim como fez também com Noé), comparando, inclusive, Sua vinda com os dias anteriores ao dilúvio? Que árvore da vida seria aquela prometida pelo Apocalipse aos salvos, se a correspondente árvore da vida do Gênesis fosse apenas um mito? Se o papa realmente crê no Deus todo-poderoso, por que não crer que Ele poderia ter criado a vida na Terra em seis dias? Faria diferença se Ele houvesse criado em seis horas ou seis segundos? Por que Ele dependeria do processo evolutivo? Por que depender de um processo que envolve sobrevivência dos mais fortes/aptos e morte de incontáveis indivíduos desfavorecidos pela seleção natural? Que Deus seria esse? Segundo a Bíblia, a morte é um inimigo que será finalmente destruído por Jesus, não um elemento constitutivo natural da criação. Quanto ao big bang, essa teoria não é unanimidade absoluta e foi inicialmente proposta por um padre. Há quem discorde dela em bases científicas. E se houver no futuro uma reviravolta cosmológica, como ficará a igreja? Será que a igreja católica não aprendeu nada com o erro de defender o aristotelismo geocentrista? O fato é que cada vez mais aumenta a polarização entre o criacionismo bíblico e o evolucionismo teísta defendido pelo papa e outros religiosos. [MB]

sábado, 25 de outubro de 2014

O Salmo 150 e o uso da percussão no louvor


Enviei um e-mail para os estudiosos da SBB e pude contar com a intermediação do irmão Denis, da Secretaria de Tradução e Publicações, para manter contato com o Dr. Vilson Scholz, consultor de Traduções da SBB.

Fiz duas perguntas a ele e fui muito bem atendido. E, por se tratar da resposta mais equilibrada que já li sobre o assunto, irei publicá-la na íntegra, em forma de entrevista, com a devida autorização.

- Vamos a pergunta, a primeira questão que apresentei à SBB foi:

Necessito de uma explicação sobre o Salmo 150, pois, há teólogos questionando a tradução do mesmo. Eles alegam que o instrumento conhecido como “adufe” não está presente no original do texto. Porém, creio que a SBB tem razões linguísticas para traduzir assim o verso [...] 

Dr. Scholz: [...] O texto hebraico traz a palavra “tôf” que, em Êxodo 15.20, foi traduzida por “tamborim”. Vejo que um grande número de traduções – a rigor, todas as que pude consultar rapidamente – trazem um termo parecido com “adufe” ou “tamborim”. Poderia ser, também, pandeiro. Às vezes essa palavra, que ocorre 17 vezes na Bíblia Hebraica, é traduzida por tambores, tamboril. O mesmo termo ocorre também em Jz 11.34, naquele episódio da filha de Jefté. Ali é traduzida por adufe. Não há nenhuma dúvida quanto ao significado desse termo. Quanto a “adufe”, o Dicionário Houaiss registra que se trata de “um tipo de pandeiro quadrado de origem árabe, usado por portugueses e brasileiros”. Portanto, algo do contexto oriental, bem ao sabor do mundo bíblico. E, além disso, algo que os portugueses e brasileiros supostamente conhecem. 

Estranho que pessoas tenham dúvidas quanto a essa tradução. O que eu tenho ouvido – e recebido em forma de crítica – é a presença da palavra “danças”, em Sl 150.4, na Almeida Revista e Atualizada. Acontece que a Almeida Revista e Corrigida, por uma razão que ignoro, traz “flautas” naquele lugar. E há uma diferença entre dança e flauta! Mas o termo hebraico é, claramente, “dança”, por mais que isto incomode algumas pessoas. E as traduções tendem a seguir na linha da Revista e Atualizada. 

Espero que isto o ajude na resposta àqueles que perguntam a respeito desse texto bíblico. 

Grande abraço fraterno!


- A segunda pergunta feita ao Dr. Scholz, foi esta:

[...] É verdadeira a afirmação de que, entre os instrumentos tocados no templo (inclusive no segundo), os adufes não mais estavam presentes? 

Dr. Scholz: Esta é uma argumentação baseada na diferença entre o que afirmam dois textos: 2Crônicas 29.25-26 (acrescido de Ed 3.1) e Salmo 150, colocados numa suposta ordem cronológica. Há dois problemas envolvidos nessa discussão: a questão da cronologia e os argumentos tirados do silêncio. 

Comecemos com a questão da cronologia. Somos nós que colocamos os textos numa sequência cronológica (na medida em que eles se apresentam sem data, no cânone) e somos nós que interpretamos o silêncio dos textos neste ou naquele particular. Se a colocação de Sl 150 após 2Crônicas é vista como fruto de pré-concepção, não menos preconcebida (e difícil de sustentar, em termos históricos) é a ideia de que Sl 150 é anterior a 2Crônicas. (Será difícil encontrar um biblista que pensa que o Salmo 150 é de “algum período pré-Santuário”. O fato de encerrar o Livro de Salmos sugere que foi escrito mais adiante, na história de Israel. Mas, de novo, não há como comprovar isso.) A colocação de Sl 150 antes de 2Crônicas se deve, não a argumentos históricos, mas ao desejo de provar que, a partir de certo momento, os tambores foram excluídos do culto, mesmo que o texto não afirme isso. 

A questão do argumento do silêncio dos textos também é problemática. O fato de 2Crônicas não mencionar “adufes” não significa que não os houvesse naquele momento (tampouco que não vieram a existir ou a serem usados depois; é possível que, no período posterior a Ezequias, os adufes foram incluídos entre os instrumentos usados no culto). Mas o mais importante é que um texto não “desmente” o outro abertamente. Se 2Crônicas dissesse, com todas as letras, “revogando o que havia anteriormente, conforme o Sl 150”, o problema estaria resolvido. Acontece, porém, que o texto não diz isso. Tampouco o Sl 150 diz: “aumentando a lista de 2Crônicas”. Assim, do mesmo modo como é possível argumentar a favor da sequência: “presença de adufes” (Sl 150) seguida de “ausência de adufes” (2Crônicas), é igualmente possível argumentar pela sequência “ausência de adufes” (2Crônicas) – “presença de adufes” (Sl 150). Os textos, em si, não estabelecem um diálogo; quem os coloca lado a lado é o intérprete. E, em termos históricos, a sequência 2Crônicas – Sl 150 é mais crível do que a sequência contrária. 

A rigor, temos textos bíblicos que mencionam os adufes e textos que não os mencionam. E não temos nenhuma indicação no sentido de que, a partir de certo momento, adufes não podiam mais ser usados. Na medida em que esses instrumentos são citados, são lícitos (ou eram lícitos em determinado momento). E enquanto não se disser, no texto bíblico, que não são lícitos, não podemos concluir que não sejam. 

É claro que existem duas maneiras de argumentar (e aqui já passo à aplicação disso aos nossos dias): Primeiro, que só se pode usar o que é citado (ou ordenado) na Bíblia. Neste caso, nenhum instrumento elétrico ou eletrônico poderia ser usado! Segundo, que tudo que não é proibido na Bíblia, é lícito para uso. (Eu me identifico com este ponto de vista.) Como a Bíblia não proíbe os adufes ou tambores, que sejam usados por quem entender que é bom e possível usá-los. (É claro, há quem argumente que o Novo Testamento não ordena o uso deste ou daquele instrumento, no culto, o que poderia sugerir que não se deve usar instrumento algum. Por outro lado, o Novo Testamento não proíbe o uso de nenhum instrumento. No Apocalipse, aparecem harpas e trombetas.) 

Diante do silêncio do texto, vale o princípio de que “Tudo é lícito, mas nem tudo convém”. E o que não convém é aquilo que destrói, em vez de edificar; que ofende, em vez de animar. Como saber? Isto depende de onde se está e quem está envolvido na situação. Em outras palavras, não existe como definir de antemão aquilo que “não convém”. Se as pessoas se sentirem mortalmente ofendidas com a presença de um pandeiro, a ponto de deixarem a igreja, é preferível que saia o pandeiro, pelo menos até que essa situação seja esclarecida e as pessoas possam entender por que o pandeiro faz parte da banda. Se as pessoas não estão “nem ligando” e falta animação na banda, por que não incluir um pandeiro ou dois? Mais do que ter argumentos, nestes casos é preciso ser sábio. 

Dr. Vilson – SBB


PALAVRAS FINAIS 

Gostei muito da resposta bem embasada do Dr. Scholz e poderia destacar vários aspectos dela. Porém, me atenho ao bom senso que ele apresentou, ao levar em conta (1) o princípio bíblico de que não devemos “escandalizar” nossos irmãos (1Co 8:1-13; 10:32, 33; 11:1), bem como (2) o contexto sócio-religioso em que cada cristão se encontra.

Se tanto tradicionalistas quanto liberais (inclusive eu, que tento ficar entre o meio termo) seguirem tal princípio, e não esquecerem que o amor é uma das características distintivas dos seguidores de Jesus (Jo 13:35), haverá nos debates menos disputa (para se ter razão) e mais preocupação com aquilo que o outro sente durante o debate.

Creio que Deus quer isso.

Leandro Quadros

sábado, 11 de outubro de 2014

O Jardim do Inimigo

Assisti essa peça teatral do grupo Jeová Nissi e achei muito boa. Estou disponibilizando aqui no site para que vocês possam ver também. A peça contém algumas cenas fortes e algumas palavras pesadas, mas muitas vezes o que é mostrado nessa peça é a realidade de muitas pessoas que enfrentam essas situações. O testemunho dado no final pelo ator Caique Oliveira é emocionante e falou ao meu coração. Não acreditamos no dom de línguas estranhas que o ator fala por alguns segundos, enfim utilize o princípio de 1 Tessalonicenses 5:21 "JULGAI TODAS AS COISAS, RETENDE O QUE É BOM" .

sábado, 4 de outubro de 2014

Podemos nadar, jogar bola ou lavar a louça no sábado?


"Toda operação de milagres por Cristo era essencial e devia revelar ao mundo que havia uma grande obra a ser realizada no dia de sábado para alívio da humanidade sofredora, mas não o trabalho comum. Procurar prazeres, jogar bola, nadar, não era uma necessidade, mas pecaminosa negligência do dia sagrado santificado por Jeová. Cristo não realizava milagres meramente para mostrar Seu poder, mas sempre para enfrentar a Satanás ao afligir ele a humanidade sofredora. Cristo veio ao nosso mundo para satisfazer as necessidades dos sofredores aos quais Satanás estava torturando". Ellen White, Carta 252, 1906. citado em Mensagens Escolhidas, vol. 3, 258.


Outras atividades proibidas nos sábados:

"Recomendamos a todos que não lavem sua louça no sábado se for possível evitá-lo. Deus é desonrado por todo trabalho desnecessário efetuado no Seu santo dia. Não é incoerente, e, sim, apropriado, que a louça fique por lavar até o fim do sábado, se isto puder ser feito assim". Ellen White, Carta 104, 1901. citado em Mensagens Escolhidas, vol. 3, 258.

"Barulho ruidoso e contenda não devem ser permitidos em nenhum dia da semana; mas no sábado todos devem manter silêncio. Não devem ser ouvidas ordens em voz alta em nenhuma ocasião; mas no sábado isso é completamente impróprio". Ellen White, Mensagens Escolhidas, vol. 3, 257.

O Filho Pródigo - por Benício Rios

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Família é para Sempre

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Diabo em livro infanto-juvenil vira polêmica


"A Máquina de Brincar" traz poemas que colocam o diabo como uma figura simpática

Um livro infanto-juvenil lançado há exatos nove anos virou alvo de críticas nas redes sociais, após ter trechos de dois poemas – um sobre Deus, e outro sobre o diabo – divulgados por uma mãe para quem a obra é uma heresia. Somente no Facebook o depoimento dela obteve mais de 60 mil compartilhamentos.No livro “A máquina de Brincar”, o autor Paulo Bentancur descreve Deus como “criança pequenininha com medo de descer do céu”. Num trecho do poema “O que Deus nos deu”, consta: “Quem já viu a sua cara, quem já falou no ouvido desse pai tão escondido. Eu ainda não”.
Trechos da obra que fala de Deus e do diabo foram criticados no Facebook. Já no poema “O diabo que me carregue”, numa página de fundo escuro, com letras vermelhas, pode-se ler: “Ó diabo, meu amigo, vem, vem brincar comigo. A tua cara malvada deixa Maria assustada...” E ainda: ...“Todos os filmes de terror tu escrevestes com amor”.O livro tem, ao todo, 25 poemas, e foi comprado pelo governo do São Paulo, segundo Bentancur, para ser distribuído nas bibliotecas de escolas públicas.

Fanatismo

O autor não sabe explicar a razão de a obra ter virado alvo do que ele define como “um movimento de fanáticos”.Ateu confesso, Bentancur diz que, para ele, Deus e o diabo são “ótimos personagens de ficção”, com os quais brinca nos poemas. Na sua opinião, 90% dos que o criticam nem leram os poemas.Autor de 30 livros já lançados, 25 dos quais infanto-juvenis, Bentancur diz que seus textos são bem-humorados. “Busco a beleza das palavras e das imagens. Não faço propaganda religiosa”, esclarece.

Mensageiro

Mas, para o pastor presidente da Igreja Adventista nas regiões Norte e Central do Estado, Jair Soares Lima, o livro de Bentancur “é desastroso”.“Ele está sendo mensageiro do inimigo de Deus. O diabo não mostra sua cara, mas tem representantes aqui na Terra. E seu alvo maior são as crianças, o futuro do mundo”, assegura.Doutor em Ciências da Religião, o professor Edebrande Cavalieri pensa diferente. “Sob regime do medo não se educa para a fé, para a vida, para Deus. Se o livro leva as pessoas a viverem com menos medo, a discutir a questão do mal com tranquilidade, ótimo. As pessoas têm uma imagem estereotipada do demônio”, diz ele.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Dica de filme: Deus não está morto


Filme recomendado pelo Site Biblia e a Ciência

Quando o jovem Josh Wheaton (Shane Harper) entra na universidade, ele conhece um arrogante professor de filosofia (Kevin Sorbo) que não acredita em Deus. O aluno reafirma sua fé, e é desafiado pelo professor a comprovar a existência de Deus. Começa uma batalha entre os dois homens, que estão dispostos a tudo para justificar o seu ponto de vista - até se afastar das pessoas mais importantes para eles.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Ted Wilson abre conferência mundial sobre Bíblia e ciência


O verdadeiro adventista é criacionista

O presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, pastor Ted Wilson, afirmou vigorosamente, na abertura da conferência de educadores em Utah, EUA, na sexta-feira, que a vida existe na Terra há apenas alguns milhares de anos, e não há milhões de anos, e disse também que os professores que acreditam de outra forma não devem trabalhar em escolas operadas pela Igreja nem se considerar adventistas. [...] O local [da conferência, St. George, Utah] foi escolhido por seu fácil acesso a três sítios geológicos que os 350 participantes vão explorar entre as sessões de palestras sobre arqueologia, geologia, paleontologia e biologia. “Como professores nos campi adventistas do sétimo dia, faculdades e universidades e líderes na Igreja de Deus [devemos defender] com firmeza uma criação literal recente e absolutamente rejeitar a teoria evolucionista teísta”, disse Wilson, em seu discurso de abertura. “Peço a vocês para serem campeões da criação com base no relato bíblico e reforçada de forma tão explícita pelo Espírito de Profecia.”

Ele apontou para passagens da Bíblia, como Gênesis 1 e 2, Salmo 33:6 e 9 e os escritos da cofundadora da Igreja Adventista Ellen G. White como base para rejeitar o ensino popular de que cada dia da semana da criação bíblica poderia ter durado milhões de anos, tornando o mundo muito mais velho do que os seis mil e poucos anos que os criacionistas acreditam terem se passado desde que a Terra foi formada.

O ensinamento popular, que mistura a história bíblica com a teoria da evolução de Darwin, tem surgido em algumas escolas adventistas nos últimos anos, o que levou, em parte, à decisão da Igreja Adventista de começar a organizar conferências bíblicas e científicas a partir de 2002.

Em seu discurso, Wilson citou o livro Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, de Ellen White: “Quando o Senhor declara que fez o mundo em seis dias e descansou no sétimo, quer dizer o dia de vinte e quatro horas, que Ele assinalou pelo nascer e o pôr do sol” (p. 136). “Poderia ser mais claro?”, perguntou Wilson.

Ele disse que o próprio nome “adventista do sétimo dia” aponta para uma criação literal em seis dias, porque faria pouco sentido comemorar um sábado no sétimo dia, se o sábado original tivesse durado anos em vez de 24 horas. “Se a pessoa não aceitar o entendimento da criação recente em seis dias, então ela realmente não é adventista do sétimo dia, e o sábado do sétimo dia se tornaria absolutamente sem sentido, e outras de nossas doutrinas baseadas na Bíblia e centralizadas em Cristo e em Sua voz autoritativa também ficariam sem sentido”, disse.

[...] Ele disse que os educadores devem apoiar o criacionismo de coração ou tomar a “atitude honrosa” de renunciar. “[Esse assunto é] muito importante para a missão final de Deus”, disse ele.

Ed Zinke, um teólogo adventista, empresário e co-organizador da conferência, explicou em uma entrevista que as implicações da má interpretação da Bíblia poderiam ser profundas e prejudicar seriamente a relação da pessoa com Deus. “A compreensão bíblica de Deus torna possível para nós ter um relacionamento mais íntimo com Ele do que se tivermos um falso conceito de Deus”, disse Zinke.

[...] Embora a conferência em Utah esteja enraizada na Bíblia, é também sobre ciência e incluirá apresentações sobre fósseis, formações rochosas e achados arqueológicos recentes. [...]

Os participantes da conferência, entre os quais representantes de escolas adventistas ao redor do mundo, bem como líderes da igreja, cientistas e alguns estudantes de doutorado, farão três viagens de campo para conferir de perto evidências que apoiam a crença de que a Terra é relativamente jovem: Virgin River Gorge, um longo canyon localizado entre St. George, Utah e Littlefield, Arizona; o Grand Canyon, no Arizona; e o Zion National Park de Utah, que tem uma garganta de 15 milhas e até meia milha de profundidade, em alguns pontos.

Arthur V. Chadwick, geólogo e professor da Universidade Adventista do Sudoeste, disse que os cientistas têm que confiar na fé, não importa se apoiam a criação ou a evolução. “À medida que avaliamos os dados, vemos coisas que são problemas para os criacionistas e vemos coisas que são problemas para os evolucionistas”, disse ele por telefone, antes da conferência. [...]

Chadwick dedicou toda a sua carreira à busca de evidência científica que suporte o criacionismo, e já publicou mais de 50 artigos em revistas populares. Ele vai apresentar na conferência algumas das suas mais recentes descobertas.

O canyon Virgin River Gorge será visitado pelos participantes

Zinke, o co-organizador, disse que espera que os educadores conheçam na conferência a mais recente pesquisa científica que sustenta o ponto de vista da Terra jovem e que usem isso para reforçar sua própria fé e a de seus alunos.

“Esperamos enriquecer os professores para que eles estejam bem informados em sala de aula, e que entendam a importância de retratar uma cosmovisão bíblica aos seus alunos, ajudando-os a compreender como isso afeta várias disciplinas, incluindo a ciência, e como ela afeta sua vida pessoal e seu compromisso com Deus”, disse ele.

(Adventist Review)

Nota: Instituições adventistas brasileiras, como colégios, a Novo Tempo e a Casa Publicadora Brasileira, também enviaram representantes para esse encontro mundial sobre ciência e religião, que está sendo realizado em Utah. Aguardemos o retorno deles com novas ideias e motivação para que a igreja e a educação adventista em nosso país continuem levando avante a bandeira criacionista. [MB]

Testemunho de Cid Moreira

Cid Moreira fala sobre a influência dos livros da CPB em sua vida.

O chip é a marca da besta?

Deus criou o Universo

Deus existe? Existem evidências que apontem para a existência dEle. Ele criou o Universo? Há evidências disso? Teria Deus deixado "digitais" espalhadas na natureza? Como detectá-las? É sobre isso que o jornalista Michelson Borges fala nesta palestra. Apresentada na Fadminas, em Lavras, MG

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