domingo, 29 de janeiro de 2012

Amalgamação: Declarações de Ellen G. White em relação às condições por ocasião do Dilúvio


Por Francis D. Nichol 
(Adaptado de seu livro Ellen G. White and Her Critics, pp. 306-322) 
No verão de 1864, o “Prelo a Vapor da Associação de Publicações dos Adventistas do Sétimo Dia”, de Battle Creek, Michigan, publicou, de Ellen G. White, um volume de trezentas páginas intitulado “Fatos Importantes da Fé em Conexão com a História dos Homens Santos do Passado”. Esse foi o terceiro de uma série de quatro volumes cujo título geral é Spiritual Gifts.
Nesta obra é apresentada a narrativa da história do princípio do mundo, começando com “A Criação” e estendendo-se até a outorga da lei a Israel, sendo que estes assuntos, como a autora declara no Prefácio, lhe foram mostrados em visão. 
No capítulo 6, intitulado “A Criminalidade Antes do Dilúvio”, a Sra. White, ao descrever as condições deploráveis que levaram à catastrófica destruição do mundo, fala sobre a amalgamação de homens e animais. No capítulo seguinte, há uma outra referência semelhante. Indagações ocasionais são feitas quanto ao que a Sra. White escreveu em relação a isso e o que suas declarações queriam dizer, e por que elas não são encontradas em suas obras posteriores que estão em circulação hoje. Algumas pessoas relacionam as declarações sobre amalgamação com a lembrança de mitos antigos sobre criaturas estranhas produzidas por uniões profanas entre seres humanos e animais, e perguntam se as declarações de E. G. White não defendem essas fábulas. Insinuam também que elas tendem rumo à evolução. 
As únicas citações nos escritos da Sra. White que são de interesse em relação a isso, encontram-se no livro Spiritual Gifts, volume 3, já mencionado, e foram republicadas no Spirit of Prophecy, volume 1, em 1870. A primeira, no capítulo 6, “A Criminalidade Antes do Dilúvio”, é esta: 
“Mas se houve um pecado maior que qualquer outro que requereu a destruição da raça humana pelo dilúvio, este foi o vil crime da amalgamação de homens e animais, que desfigurou a imagem de Deus e causou confusão por toda parte. Deus Se propôs a destruir por um dilúvio essa poderosa raça longeva que corrompera seus caminhos diante dEle” Spiritual Gifts, vol.3, pág. 64. 
O capítulo 7 intitula-se “O Dilúvio”, e contém a seguinte declaração: 
“Todas as espécies de animais que Deus criara foram preservadas na arca. As espécies confusas que Deus não criou, que eram resultado de amalgamação, foram destruídas pelo dilúvio. Desde o dilúvio, tem havido amalgamação de homens e animais, conforme pode ser visto nas quase infindas variedades de espécies de animais, e em certas raças de homens”. Idem, pág. 75. 
Essas são as únicas declarações da Sra. White sobre o assunto da amalgamação de homens e animais. 
Exatamente o que a Sra. White queria dizer com estas passagens tem sido objeto de algumas especulações no decorrer dos anos, e surgiram duas explicações. Alguns afirmam que ela ensinou não apenas que homens e animais coabitaram, mas que houve descendentes dessa relação. Porém, aqueles que sustentam essa idéia afirmam que isso não apóia a teoria da evolução. A teoria da evolução depende da idéia de que estruturas vivas pequenas e simples podem gradualmente evoluir para formas mais elevadas de vida, gerando, finalmente, o homem. 
O fato de que formas de vida relacionadas de maneira mais próxima ou menos próxima podem se cruzar e produzir descendentes híbridos, não é questionado pelos criacionistas hoje. O fato de muito tempo atrás, quando a virilidade era maior e as condições possivelmente diferentes em alguns aspectos, formas mais diversas de vida poderem ter se cruzado – como o homem e algumas espécies mais elevadas de animais – pode ser apresentado apenas como uma suposição. Essa suposição, porém, evocou a oposição de todo o peso da crença científica atual. Sem dúvida, os cientistas erram, às vezes, ao pensar que todo o passado deva ser compreendido em termos dos processos que vemos em andamento hoje. 
Poderíamos deixar essa questão como estando além dos limites da investigação ou da comprovação. A própria Bíblia contém algumas declarações deste tipo, como todo estudante das Escrituras bem sabe. Mas há uma outra explicação para estas passagens sobre amalgamação, que é bem fundamentada e, cremos, mais satisfatória, e que evita qualquer conflito com os dados observáveis da ciência. 


O que Significa a Palavra “Amalgamação”? 
Primeiro, qual é o significado geral da palavra “amalgamação”? Ela é usada alguma vez para descrever o ato depravado de coabitação de homem  com  animal? Nenhum dicionário a que tivemos acesso, nem mesmo o exaustivo  Oxford English Dictionary,indica que o termo já foi usado alguma vez para descrever esse ato. Há uma outra palavra no inglês padrão que pode corretamente ser usada para descrever tal coabitação. 
O uso primário da palavra “amalgamação”, no decorrer dos anos, tem sido o descrever a fusão de certos metais e, por extensão, denotar a fusão de raças humanas. Em meados do século XIX, a palavra era comumente empregada nos Estados Unidos para descrever o casamento entre a raça branca e a negra. 
1
Estabelecido há muito tempo, o significado da palavra-chave “amalgamação” como a mistura entre raças deveria ter um grande peso ao se determinar a interpretação das citações questionadas. 
Segundo, o teor geral dos escritos da Sra. White proporciona um forte testemunho contra a afirmação de que ela está aqui procurando solenemente apresentar como fato algumas histórias antigas sobre descendentes anormais da relação homem-animal. Seus escritos não estão maculados por fábulas imaginárias do passado. Pelo contrário, eles são de natureza bem realista. Se a autora tivesse sido uma sonhadora e visionária, ela teria, freqüentemente, divertido seus leitores com mitos e histórias misteriosas da antiguidade.


Qual o Significado da Frase? 
3O ponto crucial das citações sobre “amalgamação” é este: “amalgamação de homens e animais”. A frase pode ser interpretada como significando amalgamação de homens com animais, ou amalgamação de homens e  de animais. Numa construção como esta, a preposição “de” não precisa necessariamente ser repetida, embora possa estar claramente subentendida. Poderíamos falar sobre a dispersão de homens e animais sobre a Terra, porém, não queremos com isto dizer que no passado homens e animais estavam fundidos em uma só massa num único ponto geográfico. Simplesmente estamos falando da dispersão dos homens sobre a Terra, e da dispersão dos animais sobre a Terra, embora a localização original dos dois grupos pudesse ter sido em lados opostos do planeta. Em outras palavras, a dispersão de homens e de animais. 
Então, por que não podemos entender essa construção gramatical específica da mesma forma quando falamos sobre amalgamação? Se podemos falar da dispersão de homens e animais sem subentender de forma alguma que a dispersão começou a partir de um único local, por que não podemos falar da amalgamação de homens e animais sem subentender de forma alguma que homens e animais se fundiram em certo lugar? 
Cremos que o significado da frase-chave em questão é encontrado ao entendermos que ela diz: “amalgamação de homens e [de] animais”. Assim, a citação estaria falando da amalgamação de diferentes raças humanas, e da amalgamação de diferentes raças de animais. A construção gramatical e o uso comum nos permitem entender a preposição “de” como estando subentendida. 


Os Resultados da Amalgamação 
Será que simplesmente a amalgamação de diferentes raças de homens e a amalgamação 
de diferentes espécies de animais são suficientes para corresponder à descrição do caráter pecaminoso da amalgamação e às conseqüências resultantes dela, ou seja, a destruição por um dilúvio? Vamos analisar primeiro a amalgamação de raças de homens. 
Note novamente o primeiro texto citado  (Spiritual Gifts, vol. 3, p. 64) e observe essas características da amalgamação: 
1. Foi “o pecado que, acima de qualquer outro, requereu a destruição da raça 
humana pelo dilúvio”. 
2. “Desfigurou a imagem de Deus e causou confusão por toda parte”. 
3. “Poderosa raça longeva que corrompera seus caminhos diante dEle”. 
Dois grupos distintos de seres humanos são apresentados no início do capítulo intitulado 
“A Criminalidade Antes do Dilúvio”, em Spiritual Gifts, volume 3: (1) “Os descendentes de Sete” e (2) “Os descendentes de Caim”. Os dois grupos eram distintos em duas maneiras marcantes: (1) o primeiro grupo sentiu a maldição “apenas levemente”. (2) o segundo grupo, “que se afastou de Deus e ignorou Sua autoridade, sentiu os efeitos da maldição mais severamente, especialmente na estatura e nobreza de forma”. “Os descendentes de 
Sete foram chamados filhos de Deus; os descendentes de Caim, filhos dos homens”. Aqui duas raças são apresentadas, e elas diferem tanto em características morais como físicas. 


Em seguida, lemos estas palavras: “Como os filhos de Deus se misturassem com os filhos 
dos homens, tornaram-se corruptos e, pela união em casamento com eles, perderam, mediante a influência de suas esposas, seu caráter santo e peculiar, e se uniram com os filhos de Caim em sua idolatria”, páginas 60-61. Depois vem uma descrição de seus maus costumes de idolatria, particularmente o de prostituírem, para fins pecaminosos, o ouro, a prata e outras posses materiais que possuíam. A Sra. White então observa: “Eles se corromperam com as coisas que Deus colocara sobre a Terra para benefício do homem” (página 63). Da discussão sobre idolatria ela vai para a poligamia, e faz esta declaração: 
“Quanto mais os homens multiplicavam esposas para si, mais cresciam em impiedade e infelicidade” (página 63). 
Mesmo neste curto capítulo, encontramos o suficiente para apoiar a posição de que o juízo de um dilúvio sobre os homens ocorreu por causa da amalgamação de raças de homens. Duas raças são apresentadas. A amalgamação das duas resulta em corrupção e idolatria, e a poligamia apenas aumenta a corrupção e a impiedade. A citação questionada diz que Deus mandou o dilúvio porque os homens “haviam corrompido seus caminhos diante dEle”. 


A Imagem Divina Desfigurada 
Vamos ver agora citações paralelas nos escritos da Sra. White. Em Patriarcas e Profetas,onde escreve muito mais extensamente sobre o assunto, ela fala assim dos descendentes de Sete e Caim: 
Por algum tempo as duas classes permaneceram separadas. A descendência de Caim, espalhando-se do lugar em que a princípio se estabeleceu, dispersou-se pelas planícies e vales onde os filhos de Sete haviam habitado; e os últimos, para escaparem de sua influência contaminadora, retiraram-se para as montanhas, e ali fizeram sua morada. Enquanto durou esta separação, mantiveram em sua pureza o culto a Deus. Mas com o correr do tempo arriscaram-se pouco a pouco a misturar-se com os habitantes dos vales. Esta associação produziu os piores resultados. “Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas. ” 
Gên. 6:2. Os filhos de Sete, atraídos pela beleza das filhas dos descendentes de Caim, desagradaram ao Senhor casando-se com elas. Muitos dos adoradores de Deus foram seduzidos ao pecado pelos engodos que constantemente estavam agora diante deles, e perderam seu caráter peculiar e santo. Misturando-se com os depravados, tornaram-se semelhantes a eles, no espírito e nas ações; as restrições do sétimo mandamento eram desatendidas, “e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram”. Os filhos de Sete “entraram pelo caminho de Caim” (Jud. 11); fixaram a mente na prosperidade e alegrias mundanas, e negligenciaram os mandamentos do Senhor. Páginas 81-82. Aqui a Sra. White pinta um quadro da maldade crescente, culminando no dilúvio, e originando-se grandemente da amalgamação da “raça de Caim” com os “filhos de Sete”. Estamos usando a palavra “amalgamação” no significado próprio do dicionário, e de acordo com o uso comum na época em que a Sra. White escreveu – casamento entre diferentes raças. Mais adiante, em Patriarcas e Profetas, a Sra. White declara: 

A poligamia foi praticada em época primitiva. Foi um dos pecados que acarretaram a ira de Deus sobre o mundo antediluviano. Todavia, depois do dilúvio, tornou-se novamente muito espalhada. Era o esforço calculado de Satanás perverter a instituição do casamento, a fim de enfraquecer as obrigações próprias à mesma, e diminuir a sua santidade; pois de nenhuma outra maneira poderia ele com maior certeza desfigurar a imagem de Deus no homem, e abrir as portas à miséria e ao vício. Página 338. 
Num comentário sobre a história de Israel ela afirma: 
O intercâmbio matrimonial com os pagãos tornou-se uma prática comum. … O inimigo regozijou-se no seu êxito em obliterar a imagem divina da mente das pessoas que Deus escolhera como Seus representantes.  Fundamentos da Educação Cristã, p. 499. 
Veja ainda esta citação da Sra. White: 
Casamentos profanos dos filhos de Deus com as filhas dos homens resultaram em apostasia, que culminou na destruição do mundo pelo dilúvio. Testimonies for the Church, vol. 5, p. 93. 


Resumo das Citações Paralelas 
Vamos resumir: O resultado da quebra da instituição do casamento, e particularmente do casamento entre os filhos de Deus e os pagãos, foi desfigurar “a imagem de Deus no homem”. Além disso, “casamentos profanos dos filhos de Deus com as filhas dos homens” levaram a humanidade irresistivelmente a uma iniqüidade crescente “que culminou na destruição do mundo pelo dilúvio”. Substituindo a palavra “amalgamação” por “casamento” nas citações acima, note o surpreendente paralelo com as seguintes declarações na passagem em questão: “o vil crime da amalgamação ... desfigurou a imagem de Deus e ... Deus Se propôs a destruir por um dilúvio essa poderosa raça longeva que corrompera seus caminhos diante dEle”  
Em nenhum desses paralelos, ou em qualquer outra citação que possa ser mencionada, a Sra. White fala da coabitação de homem com animal como sendo uma característica do quadro vulgar e triste da impiedade antediluviana que causou o dilúvio. Pelo contrário, parece que ela fala do casamento entre a raça de Caim e a raça de Sete, com seu inevitável cortejo de idolatria, poligamia e males afins, como sendo a causa do Dilúvio. E tudo isso se harmoniza com a declaração citada, que se encontra no primeiro parágrafo do capítulo que contém a passagem em questão. 
“À medida em que os filhos de Deus se misturaram com os filhos dos homens, tornaram-se corruptos e, pela união em casamento com eles, perderam, mediante a influência de suas esposas, seu caráter peculiar e santo, e se uniram com os filhos de Caim em sua idolatria” _ Spiritual Gifts, vol. 3, pp. 60, 61. 
Como já afirmamos, essa introdução ao capítulo “A Criminalidade Antes do Dilúvio” é seguida por uma narração da idolatria desenfreada, da negação de Deus, do roubo, da poligamia, do assassinato de homens, e da destruição da vida animal. Logo em seguida vem, então, a passagem em questão, como se resumindo tudo: “Mas se houve um pecado maior que qualquer outro que requereu a destruição da raça humana pelo dilúvio, este foi o vil crime da amalgamação de homem e animal, que desfigurou a imagem de Deus e causou confusão em toda parte.” 2

Um aparente obstáculo para se aceitar essa interpretação da citação como sendo casamento entre raças de homens, e cruzamento de espécies diferentes de animais, é a construção da frase: “amalgamação de homem e animal, que desfigurou a imagem de Deus”. Como o cruzamento de espécies de animais poderia fazer isso?
Mas vamos analisar melhor o que ela diz. Dois resultados procedem da “amalgamação de [1] homem e [2] animal”: (1) “desfigurou a imagem de Deus”, e (2) “causou confusão em toda parte”. Vimos como o casamento, a amalgamação, das raças de homens produziu o primeiro dos dois resultados. Por que não poderíamos considerar, apropriadamente, que a amalgamação das raças, ou espécies, de animais produziu o segundo, isso é, “causou confusão em toda parte”? Quando duas coisas relacionadas são descritas em uma sentença, não quer dizer que devemos entender que todos os resultados alistados se referem a cada uma das duas coisas. 


Segunda Citação Examinada 
Isso nos leva a uma consideração da segunda das duas citações relacionadas à 
amalgamação: 
“Todas as espécies de animais que Deus criara foram preservadas na arca. As espécies confusas que Deus não criou, que eram resultados de amalgamação, foram destruídas pelo dilúvio. Desde o dilúvio, tem havido amalgamação de homem e animal, conforme pode ser visto nas quase infindas variedades de espécies de animais, e em certas raças de homens”. Spiritual Gifts, vol. 3, p. 75. 
Essa citação está separada da primeira por apenas algumas páginas, páginas estas que contêm o relato do dilúvio. Aqui ela fala de “todas as espécies de animais que Deus criara”, em contraste com “as espécies confusas que Deus não criou”. “Espécies confusas” de quê? A construção permite apenas uma resposta: Espécies de animais. 
Amalgamação de homem com animal produziria, não uma espécie de animal, mas uma espécie híbrida de homem-animal, qualquer que fosse ela. A Sra. White está aqui falando, com toda certeza, de “espécies confusas” de animais. E ela diz simplesmente que tais “espécies confusas” “eram resultados de amalgamação”. 
Vamos resumir, agora, colocando em colunas paralelas, a essência das duas declarações 
da Sra. White: 


Amalgamação de Homens 
O casamento, a amalgamação, de raças de homens, desfigurou a imagem de Deus. 


Amalgamação de Animais 
A amalgamação de “espécies de animais” resultou em “espécies confusas”.
Cremos que essas citações paralelas certificam completamente a conclusão, já obtida, de que quando a Sra. White disse “amalgamação de homem e animal”, ela quis dizer (1) amalgamação de raças de homens, e (2) amalgamação de espécies de animais. A primeira “desfigurou a imagem de Deus”, e a segunda “causou confusão em toda parte”.


Três Importantes Conclusões 
A Sra. White diz que “desde o dilúvio, tem havido amalgamação de homem e animal”, e acrescenta que os resultados podem ser vistos (1) “nas quase infindas variedades de espécies de animais”, e (2) “em certas raças de homens”. Há várias conclusões importantes resultantes dessa citação: 
1. A Sra. White fala de dois grupos claramente distintos que comprovam essa amalgamação. Há (1) “espécies de animais” e (2) “raças de homens”. Não há nenhuma sugestão que havia espécies parte homem e parte animal. Mas como poderia haver amalgamação de homem com animal e o resultado ser qualquer outra coisa que espécie híbrida homem-animal? Ela nem sequer insinua a existência de monstros subumanos ou caricaturas de homem. Pelo contrário, 
como acabamos de ver, ela fala inequivocamente de “espécies de animais” e “raças de homens”. Ela não cita nem nomeia nenhuma raça particular que apóie a evidência dessa amalgamação. 
2. 2. A Sra. White fala das “quase infindas variedades de espécies de animais” resultantes de amalgamação. Tem-se sugerido que a Sra. White, na questão de amalgamação, refletiu o pensamento daqueles que acreditavam no mito do cruzamento homem-animal. Se entendermos corretamente esse mito, que tem sido transmitido através dos séculos pelos ventos da credulidade, algumas grandes criaturas míticas da antigüidade foram consideradas como resultantes de uma união de homem com animais. E sempre se acreditou que essas criaturas revelavam características tanto humanas como de animais. Mas não há nada 
nesta ficção antiga que apóie a idéia de que “quase infindas variedades de espécies de animais” foram o resultado de um cruzamento anormal de homem com animais. A Sra. White aqui, com certeza,  não está expressando antigo conceito mítico. Nem sequer os pagãos crédulos, totalmente isentos de conhecimentos de biologia, teriam pensado em nutrir tal idéia. Quão mais racional é interpretar a citação como querendo dizer que essas “quase infindas variedades de espécies de animais” resultaram de amalgamação de formas de vida  animal, 
previamente existentes! 
3. A Sra. White pede que o leitor olhe ao seu redor em busca de provas para o que ela está dizendo. Em outras palavras, o que quer que essa amalgamação tenha sido, seu resultado é evidente hoje. “Conforme pode ser visto”, ela diz, “nas quase infindas variedades de espécies de animais, e em certas raças de homens”. Mas pode alguma coisa ser “vista” em nossos dias que apóie o antigo mito de homensanimais? Certamente não há nada nas raças selvagens de algumas terras remotas de pagãos que sequer sugira um cruzamento entre homem e animais. 
se a raça mais degradada de homens não sugere tal cruzamento, muito menos qualquer espécie de animais sugere isso. Mas o resultado da amalgamação que Sra. White fala “pode ser visto” pelo leitor. 


Darwinismo e Criacionismo 
Na época em que a Sra. White escreveu sua declaração sobre amalgamação, em 1864, a influência de Darwin estava apenas começando a ser sentida no mundo. Até que ele publicasse seu livro  Origem das Espécies (24 de novembro de 1859), a maioria dos cientistas, e geralmente os religiosos, defendiam firmemente a teoria de que as espécies são “fixas”, isto é, elas não podem ser cruzadas. Darwin teorizou que toda a criação está em fluxo, sem limites insuperáveis em qualquer forma de vida. Argumentou que a lei natural, expressando-se pela seleção natural e pela sobrevivência do mais apto, faz com que formas simples se tornem gradualmente complexas e cresçam constantemente na escala da vida, até que finalmente apareça o homem. Sua teoria e a doutrina da fixidez das espécies não podiam viver juntas. Uma devorou a outra. Para Darwin e aqueles que concordavam com ele, parecia que o principal obstáculo para a aceitação de sua teoria era a doutrina da fixidez das espécies. E para os cristãos ortodoxos a crença na fixidez das espécies parecia absolutamente essencial à crença em Gênesis. 
Assim, quando a batalha começou entre os Darwinistas e os crentes no Gênesis, a luta foi principalmente sobre esta questão da fixidez das espécies. Os criacionistas geralmente consideravam o termo “espécie” como equivalente ao termo que foi traduzido como “espécie” no Gênesis, para cada uma das quais foi dada a ordem divina: “Produza … conforme a sua espécie” Gên. 1:24. Tal comparação entre o termo “espécie” e a palavra usada no Gênesis, sabemos agora não ser comprovada. 
Todos sabem o resultado de tal luta desigual. Os evolucionistas não tiveram problema nenhum para provar que há  “infindas variedades de espécies de animais”, se pudermos emprestar as palavras da Sra. White em sua declaração sobre amalgamação. E sempre que os criacionistas procuraram defender sua posição sobre a fixidez das espécies, como esse termo é geralmente entendido, foram derrotados. 
Os criacionistas atuais que têm algum conhecimento de genética, que trata das leis que governam a “hereditariedade e as variações entre organismos relacionados”, se saem muito melhor do que seus pais. A genética mostra como intermináveis variedades podem se desenvolver dentro de certos limites - o limite das variações potenciais dentro das características fisiológicas originais de um grupo - mas não além. Em outras palavras, o simples fato das variações nas espécies não fornece, em si, qualquer prova da evolução. Isso é certo. Assim, podemos crer em “infindas variedades de espécies” depois do Ararate, sem acreditar na evolução. A Sra. White escreveu em 1864 que essas “quase infindas variedades” “podem ser vistas”, embora os criacionistas naquela época, e durante meio século mais, não vissem as coisas assim; vissem apenas a fixidez das espécies. 
Mas a Sra. White não tinha tendências para aceitar a teoria de Darwin. Desde o início, ela falou vigorosamente contra a evolução! 


Foi um Pecado? 
A Sra. White descreve a “amalgamação de homens e animais” como um “pecado” e um “vil crime”. Mas por que a amalgamação de várias espécies de animais deveria ser assim descrita? 
Observe primeiro que a Sra. White, no capítulo “a Criminalidade Antes do Dilúvio”, usa a palavra “crime” como sinônima de “pecado”. A palavra-chave perante nós, portanto, é “pecado”. E o que é pecado? É a transgressão da lei de Deus. Isso freqüentemente é restrito ao pensamento teológico quanto à violação dos Dez Mandamentos, a lei moral. Ao se examinar os escritos da Sra. White, fica evidente que ela usa com freqüência a palavra “pecado” num sentido muito maior, incluindo qualquer violação das chamadas leis naturais. A razão pela qual ela faz isto é que ela declara que as chamadas leis da natureza são tão verdadeiramente uma expressão da mente e vontade de Deus como são os Dez Mandamentos. Por exemplo: “Violar as leis de nosso ser é tão pecado como quebrar um dos Dez Mandamentos, pois não podemos num caso como no outro deixar de quebrantar a lei de Deus”, Testemunhos para a Igreja, vol. 2, p. 70. 
Vamos agora ao relato da Bíblia sobre a condição de todo o mundo criado, homens e animais, antes do Dilúvio: “Disse o Senhor: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis, e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito”. Gên. 6:7. Por que o Senhor deveria arrepender-se de “haver feito” os animais, as aves, os répteis, e também o homem? Em alguns versos mais adiante está a resposta: “Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra”. Gên. 6:12. “Pereceu toda carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de animais domésticos e animais selváticos, e de todos os enxames de criaturas que povoam a terra, e todo homem”. Gên. 7:21. 


O Plano de Deus para o Éden 
Quando Deus criou o mundo, colocou sobre ele uma grande variedade de animais e plantas, distribuídos sobre colinas e vales, em planícies ensolaradas e em vales sombreados. O quadro era de beleza e harmonia na diversidade. Podemos, naturalmente, apenas conjeturar sobre os detalhes do mundo edênico. O relato declara que Deus ordenou que cada forma de vida se reproduzisse “conforme a sua espécie”. Gên. 1:24. 
Os registros fósseis dão um testemunho silencioso de que entre as principais formas de vida parece não haver nenhuma forma intermediária. Ao contrário, há grandes lacunas. 
Podemos apenas arriscar uma suposição de que o Senhor projetou que Sua Terra perfeita também preservasse as distinções entre as formas de vida mais intimamente relacionadas. Mas se Ele colocou sobre a terra todas essas formas mais ou menos intimamente relacionadas, parece uma suposição razoável que Ele tenha feito isto como uma expressão de Sua concepção divina de como deveria ser um mundo perfeito. 
Pensamos que isso é mais que uma suposição razoável à luz do conselho específico dado mais tarde a Israel, quando Deus buscava estabelecer nesse mundo pecaminoso um governo de acordo com os planos de céu. Através de Moisés Deus disse a Israel: 
“Guardarás os meus estatutos: não permitirás que os teus animais se ajuntem com os de espécie diversa; no teu campo não semearás semente de duas espécies; nem usarás 
roupa de dois estofos misturados.” Lev. 19:19 (ver também Deut. 22:9-11). 


Satanás e o Reino Animal 
A Bíblia apresenta a descrição de um conflito entre Deus e Satanás que começa com os primórdios de nosso mundo e envolve tudo que está relacionado com nosso planeta. A Bíblia comprova plenamente que Satanás, como um agente moral livre, tem permissão de Deus para vagar pela terra e usar sua habilidade diabólica para criar desordem e destruição. 
O primeiro exemplo da tentativa de Satanás de trazer desordem em nosso mundo foi sua fala através de um animal, uma serpente. E embora Satanás fosse o instigador das palavras ardilosas da serpente, o Senhor incluiu a serpente nos juízos infligidos na queda.

Sendo o relato da Escritura tão curto, devemos ser tardios em dogmatizar. Mas podemos encontrar no ato de Satanás, em seus maus propósitos, e nesse exemplo especificamente mencionado de seu controle sobre um membro do reino animal, uma forte sugestão de que o reino animal sofreu com suas astúcias diabólicas. Não podemos acreditar que no Éden havia animais sedentos de sangue, cruéis, raivosos e ferozes. 
Todos os que crêem na Bíblia admitem que essas mudanças ruins nos animais foram resultados do pecado. Mas como poderia um animal, que não tem uma natureza moral e, portanto, não tem nenhum conhecimento do pecado, ter sua natureza mudada pela entrada do pecado na vida de Adão e Eva? A mente cristã não permitirá a idéia de que Deus mudou os animais assim. No ato de Satanás, cujo domínio da serpente está registrado para nosso aprendizado, encontra-se, de fato, a única verdadeira explicação para a triste mudança que ocorreu no reino animal. Parte dessa mudança, cremos, foi a confusão das espécies, uma mancha no quadro maravilhoso da harmonia divina na diversidade. 


Uma Crença Coerente com as Escrituras 
Admitimos que essa crença quanto à causa da confusão das espécies não pode ser apoiada por um texto claro das Escrituras. Afirmamos apenas que essa crença é coerente com os textos bíblicos que discutem o que ocorreu no princípio do mundo. E nada mais que isso precisa ser afirmado para proteger esta crença de ser levianamente descartada por qualquer crente na Bíblia, como sendo uma explicação irracional. 
É evidente que nesse ponto de vista sobre a confusão das espécies no reino animal encontramos uma resposta satisfatória para a pergunta: Como o cruzamento de formas diferentes de vida animal poderia ser descrito como pecado? O pecado estava envolvido na atividade da serpente? Todos nós respondemos que sim. Mas imediatamente pensamos em Satanás. O mesmo ocorre em relação ao cruzamento de animais. Qualquer e cada ato para arruinar o plano original de Deus só pode ser descrito como pecado. 


A Sra. White Vê Satanás Como o Poder Maligno 
Não é preciso ler muito dentro dos escritos da Sra. White para ficar ciente de que ela vê o 
drama completo de nosso mundo, desde o princípio, como uma grande luta entre Deus e o diabo. 
4
A Sra. White descreve Satanás como estando à espreita para atacar a terra, trazendo desordem e devastação, assim como a Bíblia o retrata. É verdade que ela não se referiu especificamente a Satanás nas declarações sobre amalgamação no livro Spritual Gifts. No entanto, outra referência à amalgamação revela seu ponto de vista quanto à causa de algumas das mudanças que ocorreram em nosso mundo depois que Adão e Eva caíram. A declaração diz: 
Nenhuma planta nociva foi colocada no grande jardim do Senhor, mas depois que Adão e Eva pecaram, nasceram ervas venenosas. Na parábola do semeador, foi feita ao dono da casa a pergunta: “Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?” O dono da casa respondeu: “Um inimigo fez isso”. Mat. 13:27 e 28. Todo joio é semeado pelo maligno. Toda erva nociva é de sua semeadura, e por seus métodos engenhosos de amalgamação ele corrompeu a Terra com joio.  Mensagens Escolhidas, vol. 2, pp. 288-289.

Essa declaração, vista no contexto do teor geral dos escritos da Sra. White, que atribui a Satanás a responsabilidade ativa para toda o mal no mundo, nos permite plenamente concluir que ela atribuiu a Satanás as “espécies confusas” de animais. Portanto ela certamente descreveria essas “espécies” como uma manifestação do pecado, assim como poderia apropriadamente falar do aparecimento de plantas nocivas e ervas venenosas como uma demonstração das atividades do “maligno”. Assim, sua declaração sobre amalgamação, referindo-se a “pecado”, é coerente com tudo o que a Escritura revela sobre os primórdios da terra, em termos da interpretação que demos à frase-chave, “amalgamação de homens e animais”. 


Declaração Não Encontrada em Patriarcas e Profetas 
Passamos a considerar agora o fato de que as declarações sobre amalgamação não foram incorporadas pela Sra. White ao livro Patriarcas e Profetas, em circulação hoje, e à natural indagação de por que estas duas declarações não aparecem ali. Alguns presumem que essas duas declarações foram propositalmente suprimidas. 
O fato de uma citação não ser mantida em publicações posteriores, ou de um determinado livro não ser republicado, não é em si uma razão válida para se presumir que ocorreu uma supressão. A falta de base para tal sugestão torna-se transparentemente clara quando fornecemos estes fatos relacionados ao caso: 
De 1858 a 1864 apareceram, da pena da Sra. White, quatro volumes pequenos levando o título geral de  Spiritual Gifts. Com exceção do volume 2, que é em grande parte autobiográfico, e da última metade do volume 4, os volumes apresentam uma descrição da história sagrada, da criação ao Éden restaurado. 
De 1870 a 1884, ela escreveu quatro volumes maiores, sob o título  The Spirit of Prophecy. Esses volumes abrangem mais plenamente o tema da história religiosa do homem do Éden ao Éden. Em grande parte, o conteúdo de  Spiritual Gifts, exceto o volume autobiográfico, é reproduzido em  The Spirit of Prophecy. Freqüentemente os textos do primeiro são exatamente reproduzidos, capítulo após capítulo, no segundo. Em alguns casos há material deixado fora e muitas vezes há acréscimos. Um estudo detalhado da questão revela que aqui se aplicam os princípios de que um autor, ao trazer à luz um novo e mais completo exame de um tema, pode apropriadamente adicionar, ou subtrair, ou revisar. As duas citações sobre amalgamação aparecem literalmente em The Spirit of Prophecy, no volume 1, publicado em 1870. 
Quão fácil teria sido para a Sra. White o retirar as citações sobre amalgamação na edição de 1870. Elas já tinham levantado questionamentos, como é mostrado pela referência a elas na obra de Uriah Smith, Objections to the Visions Answered (Respostas a Objeções quanto às Visões), publicado em 1868. Aquele era o momento para “eliminá-las” se ela quisesse. Mas dois anos mais tarde ela reproduziu os capítulos contendo as citações, de modo que tanto as citações como o contexto permanecem os mesmos. 
Até esse momento, a Sra. White tinha escrito exclusivamente para a igreja. O próximo passo era o planejamento de livros que pudessem ser vendidos a pessoas fora da Igreja Adventista do Sétimo Dia, mesmo àquelas que não tivessem qualquer formação ou conexão religiosa. Naturalmente, incluso em tal plano estaria o desejo de dar uma ênfase apropriada a certas verdades que distinguem a pregação do movimento adventista.


Agora, assim como um ministro, saindo de sua congregação para se dirigir a uma multidão mista, mudaria completamente seu modo de tratar um assunto, acrescentando, eliminando ou revisando, da mesma forma faria um escritor. 
Em 1890, o grandel assunto do princípio da história humana, que é o tema do Spiritual Gifts, volume 3, e  Spirit of Prophecy, volume 1, foi abordado em novo estilo no livro Patriarcas e Profetas, preparado para venda ao público em geral. Este é um dos volumes da coleção de obras atuais que cobre a história religiosa do homem do Éden ao Éden, e que é geralmente conhecida como Série “Conflito dos Séculos”. Em cada volume da série o assunto é exposto de maneira ampliada e às vezes nova, e não há pretensão de se republicar uma obra antiga. Seria tão coerente afirmar que os quatro volumes completos de The Spirit of Prophecy foram omitidos, como afirmar que umas certas cinco sentenças - o total envolvido nas citações sobre amalgamação – foram omitidas. 
Em relação a esse assunto, lembramos ao leitor que os quatro volumes de Spiritual Gifts, que são a fonte original das citações sobre amalgamação, estão atualmente disponíveis 
numa edição em fac-símile. 


Notas: 
1.  The Century Dictionary, edição de 1889, diz sobre a palavra “Amalgamação”: “2. A mistura ou combinação de coisas diferentes, especialmente de raças”. A idéia da mistura de raças, como um dos significados da palavra, parece ter saído de alguns dicionários, provavelmente tendo em vista o fato de que o termo “hibridação” é agora geralmente usado para denotar fusão, ou cruzamento, de coisas vivas. Entretanto, a publicação de Funk e Wagnalls, em 1949, do  New Standard Dictionary, diz sobre “Amalgamar”: “3. Formar um composto misturando ou combinando; unir; combinar; como amalgamar diversas raças. Usado especificamente, no sul dos Estados Unidos, para casamento entre pessoas brancas e negras”.  
O  Dictionary of American English (Oxford University Press, 1938-1944, 4 vols.) diz: “Amalgamar, v. (1797-, em sentido geral.) De pessoas: a. Combinar ou unir, esp. por casamento entre pessoas de raça ou nacionalidade diferentes. /b. (Ver nota 1859)... 1859 BARTLETT 8  Amalgamar ... é universalmente aplicado, nos Estados Unidos, para a mistura das raças branca e negra. Amalgamação. (1775- em sentido geral.) /A fusão das raças branca e negra através de casamento”. 
2. Alguém pode argumentar que a construção dessa sentença indica que a escritora está listando um novo pecado à série, algo além dos casamentos profanos, idolatria, assassinato, etc. Não acreditamos que tal conclusão seja necessária. Não é algo incomum para um escritor o alistar uma série de itens e, depois, em conclusão, concentrar-se em um deles, com uma frase introdutória como, “Se há um item acima de outro...”. Também não acreditamos que alguma ênfase especial deva ser colocada no fato de que, nessa recapitulação, o escritor amplia o assunto em questão, como se o próprio fato de enfocá-lo parecesse atrair a mente do escritor para um pensamento relacionado. Isso, cremos, é uma forma totalmente racional de ver a construção das frases diante de nós. A Sra. White, no último parágrafo do capítulo, volta a focalizar na causa principal do Dilúvio, que fora delineada anteriormente no capítulo. Ao fazê-lo, ela expande um pouco, de forma a incluir a “confusão” no reino animal que resultou da 
entrada do pecado no mundo.

3. Em meados do século dezenove, quando alguns recessos escuros da terra mal tinham sido tocado por exploradores, histórias estranhas eram freqüentemente contadas sobre os selvagens que habitavam nesses lugares. Provavelmente, alguns dos primeiros que leram as declarações da Sra. White sobre amalgamação, inconscientemente permitiram que essas histórias estranhas determinassem sua interpretação das citações. Não é necessário dizer, agora que todas as raças selvagens são amplamente conhecidas, que o depoimento de quem entrou em contato com elas é que, embora possam ser depravadas, são totalmente humanas em todos os aspectos, e só precisam de oportunidade para adquirir os hábitos e vícios do 
homem branco! A Sra. White não comenta sobre a frase “certas raças de homens”. 
Ela não dá nenhum detalhe sobre como as raças se misturaram após o dilúvio, nem diz que tal mistura pós-diluviana foi um “vil crime”. Precisamos apenas notar que ela faz a simples declaração de que a “amalgamação” produziu “raças de homens”, não raças parte homem, parte animal. 
4. Uma obra de quatro volumes da Sra. White, publicada entre 1870 e 1884, intitulada Spirit of Prophecy, leva o título secundário: O Grande Conflito Entre Cristo e Satanás, e não deve ser confundida com a obra posterior  O Grande Conflito, que é uma expansão do quarto volume. No primeiro volume, as duas citações sobre amalgamação são reimpressas em seu contexto original.
 Ellen White

sábado, 28 de janeiro de 2012

Download Multimídia do CD do Ministério da Música 2012 - A Grande Esperança

Chegou o tão esperado Multimídia do Cd do Ministério da Música 2012
Conheça as Músicas:
1 - Somos Teus | 2 - Meu Tudo | 3 - Eu Vou Para o Céu | 4 - Renascer | 5 - A Grande Esperança | 6 - Quer Recomeçar | 7 - Esperança e Poder | 8 - Restaura | 9 - O Poder Pra Vencer | 10 - A Esperança | 11 - Que Prazer é Ser de Cristo | 12 - Santo és Senhor
 O Cd ainda não foi lançado, mas enquanto isso já podemos escutar e cantar as Músicas que farão parte do Cd do Ministério da Música para 2012, o Ano da Grande Esperança.

Tamanho: 105 Megabytes

Segundo o NT, os conversos ao cristianismo devem ser batizados em nome da Trindade ou apenas em nome de Cristo?


Na grande comissão evangélica de Mateus 28:18-20, Cristo ordenou que o Evangelho fosse pregado a “todas as nações”, e que os conversos dessas nações fossem batizados “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (verso 19). No entanto, eventos registrados no livro de Atos falam de conversos que foram batizados “em nome de Jesus Cristo” (At 2:38; 8:16; 10:48; 19:5). Diante disso surge a indagação: Esses batismos “em nome de Jesus” invalidam a ordem de ministrar-se o batismo em nome da Trindade?


Várias teorias têm sido propostas para explicar essa aparente tensão entre a ordem de Cristo e a prática da igreja apostólica. A mais convincente delas parece ser a de que as referências ao batismo “em nome de Jesus Cristo” não estejam sugerindo uma nova fórmula batismal, mas apenas enfatizando a condição básica para esse rito ser ministrado. Em outras palavras, um judeu étnico ou prosélito, que já cria no verdadeiro Deus, só poderia ser batizado na comunidade cristã se ele cresse também em Jesus de Nazaré como o prometido Messias.


O mesmo Cristo que declarou, em Mateus 28:19, que o rito do batismo deve ser ministrado “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, também afirmou, em Marcos 16:16, que a submissão a esse rito deve ser precedida pela fé que se centraliza no próprio Cristo (Jo 3:16; Hb 12:2). Por ocasião do Pentecostes, aqueles que, em resposta ao discurso de Pedro, aceitaram a Jesus de Nazaré como o Messias, foram batizados “em nome de Jesus Cristo” (At 2:38) como demonstração pública dessa aceitação.


Mas é importante notar que mesmo os textos que falam do batismo “em nome de Jesus Cristo” estão impregnados pelo conceito da Trindade. Analisando-se o conteúdo desses textos, percebe-se, em primeiro lugar, que aqueles que foram então batizados “em nome de Jesus Cristo” eram pessoas que já criam previamente em Deus o Pai. Além disso, em todas essas ocasiões o batismo “em nome de Jesus Cristo” foi acompanhado pelo recebimento prévio, simultâneo ou posterior do “dom do Espírito Santo” (At 2:38; 8:14-17; 10:44-48; 19:1-6).


Procurando invalidar a fórmula batismal em nome da Trindade, alguns indivíduos alegam que o texto de Mateus 28:19 não aparece no original grego do Novo Testamento. Essa alegação é totalmente infundada, pois não existem quaisquer evidências textuais que a comprovem. Embora hajam discussões significativas a respeito do conteúdo original de Marcos 16:9-20 (ver Bruce M. Metzger, A Textual Commentary on the Greek New Testament, ed. corr. [Londres: United Bible Societies, 1975], pp. 122-128), o mesmo não ocorre com Mateus 28:18-20.


Cremos, portanto, que a ministração do batismo “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito” é parte dos ensinos de Cristo que devem ser observados por Sua igreja “até à consumação do século” (Mt 28:20).


Texto de autoria do Dr. Alberto Timm, publicado na Revista Sinais dos Tempos, agosto de 1999, p. 29. Via Sétimo Dia

46 novas espécies são encontradas na densa floresta do Suriname



O “sapo cowboy” da foto no topo do artigo (Hypsiboas sp.), que ganhou esse nome por causa das franjas nas pernas e da espora na “pata”. O anfíbio foi descoberto durante uma saída noturna, em uma área pantanosa do rio Kutari
Uma pesquisa revelou 46 novas espécies no Suriname. Elas foram descobertas em um expedição dentro do país com uma das mais densas florestas tropicais do mundo.
“Nossa equipe é privilegiada de estudar uma das últimas áreas selvagens vastas e intocáveis no mundo”, comenta Trond Larsen. “Como cientista, é emocionante estudar essas florestas remotas onde diversas descobertas estão nos esperando, especialmente quando se acredita que devemos proteger esses territórios para manter a biodiversidade e os ecossistemas do planeta, necessários para as gerações que virão”.
A expedição, que durou três semanas, passou por três locais remotos ao longo dos rios Kutari e Sipaliwini, perto da vila de Kwamalasumutu, entre agosto e setembro de 2010. O objetivo era catalogar a vida selvagem e ajudar a desenvolver o ecoturismo sustentável entre os indígenas locais. Fizeram parte dela 53 cientistas, indígenas e estudantes.
“Água esteve na expedição inteira”, comenta Larsen. “Após subir o rio de bote por muitas horas, nós montamos um acampamento na floresta. Nossa cozinha, construída com pedaços de madeira, foi levada embora poucos dias depois, por culpa das fortes chuvas”.
“Nossa decida diária das tendas para o local de refeições virou um jogo de escorregar e cair. Em um dos dias, quando escorreguei, consegui me segurar em um galho, para descobrir depois que ele estava coberto de espinhos. Após alguns dais, nossas roupas estavam espalhadas pelo local, na esperança de um pouco de sol que pudesse secá-las. Uma noite, quando entrei em minha barraca, vi meu saco de dormir com uma formiga-cabo-verde (formiga bala) dentro, que tem esse nome pela dor absurda que sua picada causa, durante 24 horas”, conta.
Apesar desses desafios, os pesquisadores documentaram quase 1.300 espécies, entre uma diversidade incrível de plantas, peixes, répteis, anfíbios, pássaros, pequenos mamíferos, formigas, libélulas e besouros.
Entre as espécies, estão:

Um bagre “com armadura” (Pseudacanthicus sp.), com as placas ósseas externas cobertas com espinhos para se defender das piranhas gigantes que habitam as mesmas águas. Um dos guias locais da expedição estava quase comendo essa espécie até que os cientistas notaram as características únicas e o preservaram. Poucos são conhecidos no Suriname, e esse é o primeiro encontrado no rio Sipaliwini. “Nós trabalhamos muito perto do povo Trio, que depende principalmente de caça e pesca”, afirma Larsen. “Eles pescaram e comeram muitos peixes durante nossa expedição, incluindo uma grande variedade de bagres. Uma vez que você tira os espinhos, imagino que deve ter um gosto comum”;

O “sapo Pac-Man” (Ceratophrys cornuta), um predador que usa a técnica “sentar e esperar”, com uma boca enorme que o permite engolir uma presa quase do seu tamanho, incluindo pássaros, ratos e outros sapos. Um dos pesquisadores estava usando coleiras para rastrear pássaros, e acabou encontrando o animal e a coleira na barriga do sapo;


O “grande besouro de chifre” (Coprophanaeus lancifer) tem o tamanho de uma tangerina e pesa mais de seis gramas. Tem cor metálica azul e roxa. Os machos e as fêmeas têm chifres, que usam em conflitos.
Para ver fotos de outros animais descobertos clique aqui.
Os cientistas também descobriram extensas cavernas rochosas, perto da vila de Kwamalasamutu, em uma região conhecida como Werehpai, o local de vida humana mais antigo do sul do Suriname, com estimativas recentes que sugerem a habitação há 5 mil anos. A Conservação Internacional está trabalhando com as comunidades locais para preservar e promover Werehpai e o ecoturismo, já que aqui está a maior concentração de cavernas rochosas da Bacia Amazônica.
“A natureza intocada e a cultura de Kwamalasamutu a tornam um destino único para turistas mais aventureiros, que gostam de caminhadas ao longo da floresta tropical, em busca de fauna e flora”, comenta Annette Tjon Sie Fat, diretora do programa da Conservação Internacional no Suriname.
Os pesquisadores vão voltar ao Suriname em março, para continuar a exploração.
“É necessário documentar e entender sua biodiversidade, para que possamos protegê-la, mas um dos pontos mais importantes da expedição foi a chance de trabalhar com a comunidade local, a Trio”, afirma Larsen. “Nossas descobertas vão ajudar os Trio a promover o ecoturismo sustentável, oferecendo novas oportunidades econômicas ao mesmo tempo que mantém a conservação dos ecossistemas. Nossos cientistas trabalharam com vários estudantes do país, durante a expedição, oferecendo um treinamento de valor para a próxima geração de biólogos e conservacionistas”. 
por [LiveScience]

Uma vez que o altar de incenso estava localizado no lugar santo do tabernáculo, como Hebreus 9:3 e 4 menciona que esse altar “pertencia” ao lugar santíssimo?


O Antigo Testamento menciona que o altar de incenso estava localizado no Lugar Santo, “diante do véu” que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo (Êx 30:6; 40:26; 1 Rs 6:22), para que o sumo sacerdote pudesse queimar sobre ele, cada manhã e cada tarde, “o incenso aromático” ao Senhor (Êx 30:7 e 8). Embora localizado geograficamente no Lugar Santo, esse altar era tido como pertencendo tecnicamente ao Lugar Santíssimo (Hb 9:3 e 4), pois o incenso sobre ele oferecido era tido como penetrando além do véu, “perante o Senhor” (Êx 30:8).


Se o altar estivesse localizado no próprio Lugar Santíssimo, o sumo sacerdote não poderia oferecer sobre ele “incenso contínuo ao Senhor”, cada manhã e cada tarde (Êx 30:7 e 8), pois naquele compartimento o sumo sacerdote só podia entrar “uma vez por ano” (Hb 9:6 e 7), ou seja, no grande Dia da Expiação (ver Lv 16:1-34; 23:26-32). Portanto, mesmo pertencendo ao Lugar Santíssimo, o altar de incenso precisava estar no Lugar Santo para que o sumo sacerdote tivesse acesso diário a ele.


Artigo de autoria do Dr. Alberto Timm, publicado na Revista Sinais dos Tempos, julho/agosto de 2001. p. 30. Via Sétimo Dia

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Qual era a altura de Adão?E a altura do homem depois do pecado?


Começaremos por Adão, sua altura não é mencionada de maneira precisa na Bíblia. Mas os Teólogos e Estudiosos Bíblicos, concordam em afirmar que Adão, foi criado à imagem e semelhança de Deus, na sua mais perfeita forma, beleza e simetria. A escritora Ellen G. White, escreveu no seu livro História da Redenção, página 21, que Adão possuía mais que o dobro do tamanho dos homens que vivem hoje. Calcula-se então que Adão tinha sua altura provável entre 4 e 5 metros.


Mais dados sobre Adão

EDUCAÇÃO, p. 20 – “Criados para serem a “imagem e glória de Deus”, Adão e Eva tinham obtido prerrogativas que os faziam bem dignos de seu alto destino. Dotados de formas graciosas e simétricas, de aspecto regular e belo, o rosto resplandecendo com o rubor da saúde e a luz da alegria e esperança, apresentavam eles em sua aparência exterior a semelhança dAquele que os criara. Esta semelhança não se manifestava apenas na natureza física. Todas as faculdades do espírito e da alma refletiam a glória do Criador. Favorecidos com elevados dotes espirituais e mentais, Adão e Eva foram feitos um pouco menores do que os anjos (Ib. 2:7), para que não somente pudessem discernir as maravilhas do universo visível, mas também compreender as responsabilidades e obrigações morais.”

SPIRITUAL GIFT, 3, p. 34 – “Tinha mais de duas vezes a altura dos homens de hoje”. Dois metros vezes 2,50 m são iguais a aproximadamente 4 a 5 metros de altura. Quantos quilos pesava?

3 T. 138, 139 – “Possuía força física que era vinte vezes a mais que os homens de hoje.” Nas Olimpíadas um homem levantou 245 quilos.

GÊNESIS 5:5 – “Os dias todos da vida de Adão foram novecentos e trinta anos...” Vivia quase mil anos. Possuía mente tão perfeita que não se necessitava de livros.


A estatura nobre e simetria que Adão possuía, veio a decrescer, devido ao pecado. Ao ser expulso do Éden, o casal perdeu o acesso à árvore da vida, e com a entrada do pecado no mundo, veio a poluição, os venenos, etc, que somados às tendências pecaminosas como: a falta de domínio próprio, intemperança, etc, trazem a decrepitude do ser humano, através de todas as épocas. Um exemplo clássico é do homem que a Bíblia registra com a maior idade, ele foi o oitavo patriarca, registrado em Gênesis capítulo 5, que viveu 969 anos, e hoje dificilmente se chega a 10% desta longevidade privilegiada... a média de vida mundial atualmente, é de 64 anos, cerca de 6,5% de um dos descendentes de Adão. Isto mostra claramente a decrepitude da raça humana por causa do pecado.
Via Advir, complementos adm Site Bíblia e a Ciência

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