sábado, 22 de outubro de 2011

As Cinco Desculpas de Moisés


por Bonita J. Shields:


Para a mente de uma criança, a igreja de minha cidade natal era enorme. Lembro-me da longa escada que levava até a minha sala de escola sabatina. O salão social era vasto porque lá podíamos até jogar “futebol de caranguejo”. O playground era a última palavra.


Quando ainda na adolescência, subitamente percebi que minha igreja não era tão grande. Não era a menor igreja, mas definitivamente também não era a grande estrutura que eu imaginara em minha infância.


A vida de fé de Moisés não começou em Hebreus 11, o “Quem é Quem da Fé”. Ela se iniciou junto a um arbusto ardente, em conversa com Deus. Moisés não disse ousadamente: “Sim, Senhor, que Tua vontade seja feita”. A conversa foi mais ou menos como: “Senhor, não podes enviar outra pessoa?”


A imagem poderosa de um príncipe egípcio, profeta e chefe militar que libertou milhões de pessoas da escravatura é aquela que nos vem das histórias de nossa infância. Víamos a figura de um caráter supra-real e pensávamos: “Puxa! Nunca poderia ser como ele”. Mas uma leitura acurada da narrativa bíblica nos ajuda a ver Moisés sob luz mais realista. É essa imagem, sem diminuir o impacto que ela teve na história do mundo e da salvação, que me dá esperança, coragem e fé.


Moisés cresceu como um príncipe do Egito, mas fugiu de Faraó depois de se ter interposto numa briga entre um hebreu e um egípcio e matado esse último. Tendo ficado exilado no deserto por cerca de 40 anos, Moisés, com 80 anos a esta altura da narrativa, estava pastoreando ovelhas próximo ao monte Horebe, quando viu algo estranho. Chamas subiam de um arbusto, mas esse não se queimava(Ex 3:2). Ao Moisés aproximar-se do arbusto, ouviu uma voz chamando-o pelo nome. A voz identificou quem falava: “Eu Sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó.” Deus, então, participou Seu plano a Moisés: Ele tinha ouvido os clamores de Seu povo por causa da opressão da escravidão egípcia, e viera para resolver a situação. O Senhor queria que Moisés se unisse a Ele na libertação do povo (Êxodo 3:7-10). Neste ponto, Moisés começou a apresentar uma série de desculpas, algumas das quais podem parecer familiares a você.


Desculpa N° 1: “Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?” (verso 11).
Boa pergunta. Moisés tinha estado apascentando ovelhas durante 40 anos, e o pensamento de um pastor, a quem os egípcios desprezavam, ir falar com um rei era contrário ao protocolo usual.


A resposta de Deus: “Eu irei contigo; e isto te será por sinal de que Eu te enviei: Quando houveres tirado este povo do Egito, servireis a Deus neste monte” (verso 12).


Deus não somente prometeu Sua presença; Ele também deu a Moisés a certeza de que sua missão seria bem-sucedida. Mesmo na presença de um rei terrestre, ele não tinha razão para temer ou sentir-se inferior. Contudo, Moisés não entendeu a coisa dessa maneira.


Desculpa N° 2: “Eis que quando for aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o Seu nome? Que lhes direi?” (verso 13).


Outra boa interrogação. Se você for dizer a centenas de milhares de pessoas que foi convidado a comandar sua libertação, seria bom ter o nome da pessoa de quem você recebeu tal autoridade. Também, os nomes eram muito importantes para a mentalidade semita, porque descreviam o caráter do indivíduo.


A resposta de Deus: “Eu Sou o que Sou” (verso 14).


Nas Escrituras, depois de Deus Se ter revelado a Seu povo, eles freqüentemente O descreviam de uma nova maneira, à medida que O iam conhecendo (ver, por exemplo, Salmo 140:7, “meu forte libertador”; Salmo 71:5, “minha esperança”; II Coríntios 1:3, “Deus de toda consolação”). Os judeus sempre reconheceram Eu Sou como o nome que distinguia o Deus verdadeiro dos deuses falsos. Não havia engano sobre quem enviava Moisés em sua missão. Deus não apenas disse quem Ele era, mas também exatamente a quem falar, o que dizer, e lhe deu a garantia de que eles o ouviriam. Agora Moisés está pronto para sua missão. Bem, ainda não!



Desculpa N° 3: “Mas eis que me não crerão” (Êxodo 4:1).
Notemos isto: Deus acabara de assegurar a Moisés que os líderes do povo o ouviriam. Está ficando bem claro que Moisés não era um sujeito bem disposto. Contudo, Deus sabia que a fé de Moisés ainda precisava ser fortalecida. Assim Ele operou através dele para transformar uma vara numa cobra, para tornar sua mão leprosa e depois curá-la, e transformar água em sangue.
Não gostaríamos, por vezes, que Deus nos mostrasse sinais sobrenaturais, e então prometeríamos confiar nEle e obedecê-Lo? Sua Palavra parece não ser suficiente. Egito: eis que chegamos ao destino! Bem, não exatamente.


Desculpa N° 4: “Ah, Senhor! eu não sou homem eloqüente, nem de ontem, nem de anteontem, nem ainda desde que tens falado ao Teu servo, porque sou pesado de boca, e pesado de língua. “(verso 10).


À luz do que estava acontecendo — Deus lhe prometera Sua companhia, assegurou-lhe do êxito de sua missão e forneceu-lhe sinais miraculosos — a relutância de Moisés não era um sinal de humildade ou reconhecimento da própria incapacidade. Ela revelou incredulidade na capacidade divina.
Quando recusamos a nos unir a Deus em Sua obra, estamos revelando falta de confiança em Sua habilidade de operar em nós. A Palavra de Deus é cheia de promessas e garantias de Sua presença e competência de agir em nós e por nós. Precisamos aprender a tomá-Lo pela Sua Palavra.
Houve tempos quando cheguei a perguntar a Deus, “Por que o Senhor me deu esta incumbência? Há tantas outras pessoas que não têm as fraquezas que eu tenho. Por que o Senhor não as usa?” Mas então vem a resposta: “A minha graça te basta porque o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (II Coríntios 12:9). Se nos sentimos fracos, limitados ou inadequados, somos o melhor instrumento mediante o qual o poder de Deus pode operar.
Isso não significa que Deus nos queira manter sob Sua tutela como fracos. Ele Se ocupa do crescimento das pessoas. Deseja que sejamos confiantes e tenhamos um forte senso de valor próprio. Contudo, em lugar de nossa confiança e sentimentos de valor virem de coisas ou de outras pessoas, eles devem ser o resultado de nosso relacionamento com Ele.




A resposta de Deus: “Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não Sou Eu, o Senhor? Vai, pois, agora, e Eu serei com tua boca, e te ensinarei o que hás de falar” (versos 11 e 12).


Aparentemente, Moisés não tinha compreendido bem que o Deus que criou sua boca, ouvidos e olhos era plenamente capaz de fazê-los funcionar. Por vezes nos esquecemos de que estamos lidando com o Criador do Universo.
Agora, Deus ordena que Moisés vá e promete estar com ele. Está Moisés pronto?


Desculpa N° 5: “Ah, Senhor! envia por mão daquele a quem Tu hás de enviar” (verso 13).


Em nossa tradução tais palavras soam como uma queixa, mas no original hebraico repercute como rudeza: “Por favor, envia por mão daquele a quem tu hás de enviar.” Em outras palavras: “Não gostaria de dar essa informação a uma pessoa que vai aceitar o encargo?”
Quando Deus contestou todas as desculpas de Moisés, seus motivos secretos foram revelados: Ele não queria a designação. Acho que Moisés queria unir-se a Deus em Sua obra — apenas tinha dificuldade em crer que Deus poderia torná-lo suficientemente capaz para o trabalho.
O mesmo que sucede com muitos de nós. Quando somos relutantes em obedecer a Deus, não é que não queremos. É que não nos sentimos suficientemente capazes. Mas é aí que precisamos tomar a Deus em Sua palavra. Precisamos confiar nEle o bastante para crer que Ele é capaz de nos qualificar para a obra à qual nos chama. E quando estamos dispostos a avançar pela fé e a obedecê-Lo, vamos sentir a Deus como nunca antes.


A resposta de Deus: “Que tal teu irmão Aarão?” (verso 14).


Deus estabeleceu um relacionamento com Moisés. Ele desejava que Moisés se unisse a Ele na obra em favor de Seu povo. Assim o Senhor estava disposto a encontrar-Se com Moisés justamente onde esse se achava. Infelizmente, o poder que Deus prometeu a Moisés não lhe foi suficiente. Ele somente aquiesceu quando a ajuda de uma criatura finita lhe foi oferecida. Moisés falaria mediante Aarão e isso o limitava em sua obra.
O que acontece com você? Tem você se valido de qualquer das desculpas de Moisés no diálogo com Deus? Está tendo dificuldade de confiar que Ele é capaz de qualificá-lo para o trabalho ao qual o chamou?
Se Deus quisesse criaturas perfeitas para cooperar com Ele, poderia ter usado anjos. Mas, em vez disso, Ele nos escolheu. Se permitirmos que o Senhor trabalhe por nosso intermédio, tornar-nos-emos uma evidência inquestionável de Seu poder. Pela obediência, Moisés tornou-se um líder poderoso — poderoso o suficiente para mudar o curso da história. Ainda mais importante: ele se tornou um possante homem de fé, que participou com Deus da história da salvação e que foi ressuscitado e levado para o céu porque Deus o considerou “Seu amigo” (Êxodo 33:11).

Hábitos Musicais da Família White

 
Por Márcio Dias Guarda [1]
A música era de vital importância na vida de Tiago e Ellen White.
O favorito de Ellen era o velho hino de Carlos Wesley, "Ó Jesus, Meu Bom Pastor" (Cantai ao Senhor, 497[2]). Ela também apreciava muito "Oh Adorai o Senhor" (Cantai ao Senhor, 2 [mesmo número no Hinário Adventista]), "Ouvi o Salvador Dizer" (Cantai ao Senhor, 192[3]) e “Nunca Te Deixarei” (Cantai ao Senhor, 423 [386, no HASD].
Tiago tinha voz educada, e outros membros de sua família também. Seu pai fora professor de canto.
Em certas ocasiões, quando devia pregar, Tiago White encaminhava-se para o púlpito, vindo dos fundos da igreja, cantando um hino.
Um dos filhos de Tiago e Ellen White, James Edson, teve especial interesse pela publicação de hinos, tendo publicado seis hinários, mais sete em associação com seu primo F. E. Belden, além de um periódico sobre música, chamado Musical Messenger.
Tempos atrás, essas informações tão curiosas quanto inspiradoras a respeito da vida de uma família tão cara para nós adventistas, me conquistaram para ler o interessante livro Ellen White and Music, de Paul Hamel[4], do departamento de música da Andrews University. Agora, chegou a oportunidade de partilhar com os leitores alguns detalhes da vida musical da família White, os quais podem ser encarados como exemplo e inspiração para nossos próprios hábitos musicais. Ou não precisamos de exemplos e inspiração nesse particular?
Os tempos pós-desapontamento eram tão impróprios para a alegria cristã e espiritualidade como os nossos, ou mais ainda. "Quando Tiago e Ellen visitavam um pequeno grupo de crentes adventistas que se sentiam solitários e desencorajados, Tiago sugeria para a esposa: 'Ellen, vamos cantar para eles'. Os dois começavam a cantar com voz suave e harmonizada uma mensagem de ânimo para os corações pesarosos. Parecia que os canais da paz celestial eram reabertos", é o testemunho da neta Ella Robinson.


Tiago
Quando trevas e pessimismo pareciam dominar uma sessão da Associação Geral, na velha igreja de Battle Creek, sessão que se arrastava presidida por Tiago White, ele não hesitou em interromper os trabalhos e convidar Ellen para um dueto. Ao final da primeira estrofe, todos os delegados se uniram aos White para cantar o coro. As sombras estavam dissipadas.
Não eram apenas o gosto musical e o senso de oportunidade as características únicas destes pioneiros ilustres no bendito uso da voz. Outros incidentes revelam criatividade e apuro técnico. Aqueles que privaram com Tiago White descrevem sua voz como rica e melodiosa. No seu livro Life lncidents, ele conta como usava um corinho simples, suave e repetitivo como suas primeiras palavras diante de uma grande congregação. Assim ganhava a atenção de todos e depois iniciava o sermão. Ele mesmo diz que ao terminar de cantar "havia completo silêncio no auditório de aproximadamente mil pessoas, nenhum pé ou mão se movia, alguns choravam". Alguém que o ouviu cantar, já no final da vida, com cabelo e barba brancos, descreveu sua voz como "clara e melodiosa, fácil de compreender-lhe as palavras".
Numa viagem, Tiago, seu pai e duas de suas irmãs foram apanhados por um aguaceiro repentino. Procuraram abrigo numa estalagem. Logo estavam cantando melodias de reavivamento da época. O estalajadeiro, sua família e outros que ali haviam chegado por causa da chuva, se tomaram deliciados ouvintes. Ao terminar um hino, solicitavam outro do quarteto improvisado. Assim avançaram noite adentro. Na manhã seguinte, quando o pai de Tiago pediu a conta, antes de reiniciar a jornada, foi informado de que estava tudo pago pelos hinos apresentados na noite anterior.


Ellen
Ellen, por seu lado, viera da Igreja Metodista com a rica herança musical de João e Carlos Wesley. Na realidade, os Wesley estabeleceram novos conceitos em tempos de música religiosa ao expressar de maneira mais dinâmica e artística as verdades espirituais. Já disse que o favorito de Ellen era "Ó Jesus. Meu Bom Pastor" (Cantai ao Senhor, 497 [HASD, 97]) de Carlos Wesley. Outros hinos que estavam em seus lábios constantemente eram: "Ao Ver a Cruz" (Cantai ao Senhor, 96 e 312 [Não constam no HASD]) e "A Ovelha Perdida" (Cantai ao Senhor, 156 [HASD, 99 – com o título de "Noventa e Nove Ovelhas"]).
Nos últimos anos de sua vida, apreciava repetir um hino escrito por William Hyde, depois de vê-la em visão e ouvi-la contar das belezas e glórias da Nova Terra como lhe foram mostradas. A última estrofe desse hino recobrava-lhe o ânimo, e a esperança de modo marcante durante sua enfermidade final, assim que, sempre estava a repetir:
Lá estaremos, lá estaremos dentro em pouco / Com os puros e benditos / Teremos a palma, a veste e a coroa / E o descanso eterno.
Quando Ellen era bem jovem, ouviu um cântico intitulado "O Sonho da Esposa de Pilatos". Sentiu-se muito impressionada. Mas, como não conseguira nem a letra nem a música, tempos depois não tinha mais condições de lembrá-lo. No início do seu ministério, tanto ela quanto Tiago tentaram obter o hino, mas todos os esforços foram baldados. Anos mais tarde, no meio da noite, ela sentou-se na cama e cantou o hino inteiro sem hesitação. Enquanto cantava, o marido procurou memorizar as palavras e a música. Posteriormente, o filho Edson e o sobrinho F. E. Belden copiaram a música e incluíram o hino no Hymns and Tunes, que estavam publicando.
Tempos mais tarde, a senhora White teve oportunidade de usar o hino para dar ênfase à mensagem de um sermão. Sendo convidada para pregar na Assembléia da Associação Geral, em 1909, escolheu como tema a crucifixão e apresentou particularmente a vacilação de Pilatos e suas conseqüências em relação a Cristo. No meio do sermão fez uma pausa para que um quarteto masculino cantasse "O Sonho da Esposa de Pilatos". A congregação foi movida maravilhosamente pelo cântico.


No Lar
O lar de Tiago e Ellen White era um lugar agradável, feliz, onde os cuidados e obrigações eram suavizados com cânticos e as alegrias eram expressadas em louvores musicais.
O filho William escreveu a respeito dos cultos matinais: "Às sete da manhã, estávamos reunidos na sala para o culto matinal. Papai lia um trecho apropriado das Escrituras, depois entoávamos um cântico de louvor ou súplica, no qual todos participavam. O mais freqüentemente usado era: 'Desponta o Sol, e eu venho a Ti, Senhor dos altos Céus;/ Ouvir-me-ás a voz aqui, A voz dos rogos meus' (Cantai ao Senhor, 33 [HASD, 24]). Este ou outro cântico similar era oferecido com caloroso vigor e, por último, papai orava".
Freqüentemente os White tinham hóspedes em casa. Alguns vinham para passar o sábado e outros ficavam para pernoitar. William relata de ocasiões em que já estava na cama e seus pais e visitas continuavam cantando. "Cantar os hinos do advento, naqueles dias, era costume não olvidado em quaisquer encontros sociais de devotas famílias adventistas. Nessas ocasiões, depois de anfitriões e visitas trocarem experiências e palavras de encorajamento, todos se uniam para cantar".
Entre os quatro filhos, Henry, o mais velho, era o melhor dotado com o talento musical, e recebia apoio e incentivo dos pais. Pena que tenha, vivido tão poucos anos!
Ainda juvenis, Henry e Edson conseguiram juntar cerca de cem dólares trabalhando no escritório da Revista Review and Herald ou fazendo jardinagem. Obtido o consentimento dos pais, investiram as economias num pequeno órgão. Como resultado, diz William, "passaram a cantar dois ou três hinos nos cultos da manhã e da noite, ao invés de um"!


Exemplo
A esta altura é possível compreender por que James Edson publicou tantos hinários em sua vida e, durante muitos anos, o periódico Musical Messenger. Compreende-se também por que os adventistas do sétimo dia publicaram 23 hinários entre 1849 e 1900. "Os pioneiros adventistas encontravam nos cânticos de Sião o melhor antídoto para a depressão e desencorajamento. Eles cantavam sempre e em qualquer lugar. Enquanto iam a cavalo ou de carruagem para os humildes locais de reuniões, e como cantavam durante as reuniões! Freqüentemente cantavam sem acompanhamento, porque todo o dinheiro houvera sido gasto na construção de igrejas e nada sobrara para comprar algum instrumento. Mas não cantavam só nas igrejas. Cantavam também nos lares. (...) Nos cultos matutinos e vespertinos; individualmente, enquanto trabalhavam no campo, no comércio ou na cozinha (...)", testifica Ella Robinson.
O cultivo da música e o uso dos cânticos e hinos pela família White se toma para nós um exemplo e uma inspiração. No dia-a-dia, nos cultos da família, nas visitas, diante das congregações e com elas, Ellen e Tiago White sempre tinham hinos no coração e nos lábios.
Hoje, o aprendizado da música vocal ou instrumental é substituído pela aquisição de custosos e sofisticados aparelhos eletrônicos e o hábito de cantar em família, e mesmo na igreja, é substituído pelo ouvir, freqüentemente, desatento. O resultado são pessoas desafinadas e tristes, congregações que cantam mal e pouco, conjuntos excessivamente dependentes de instrumental e "reparos" eletrônicos, e ainda o cultivo de uma música primitiva, digo, superficial, pouco trabalhada, apenas carregada de ritmo e expressão.
Sem dúvida, estamos longe do modelo pioneiro e longe da vontade de Deus. Voltemos aos hinos de Sião, se queremos cantar com os cento e quarenta e quatro mil o hino da vitória!
Notas dos Editores:
[1] Agradecemos à Loide Simon por esta contribuição ao Música Sacra e Adoração.
[2] O hino com letra de Wesley – no novo Hinário Adventista do Sétimo Dia (HASD) – é o de número 97, com o título de "Meu Divino Protetor". Aproveitamos a nota para esclarecer ao leitor que todas as expressões localizadas entre [colchetes] são de autoria dos editores do site, e não constam do original.
[3] Não consta do Hinário Adventista do Sétimo Dia.
[4] Hamel, Paul. Ellen White and Music: Background and Principles. Washington D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1976
Fonte: Revista Adventista. Novembro de 1981, pp. 38-9.

A Trindade: por que é importante?


Não me lembro de ter ouvido um sermão sobre a Trindade em minha infância ou adolescência. Na verdade, eu nunca tive nenhuma discussão prolongada sobre essa doutrina, senão em meu último ano da faculdade de teologia. Num seminário sobre a Doutrina de Deus, o professor nos levou a uma discussão detalhada da história dessa doutrina e suas bases bíblicas. Mas, devo confessar que tudo me pareceu um pouco enigmático e impraticável. Minha trajetória teológica, porém, iria pouco a pouco se transformar numa preocupação que agora se tornou paixão. Minha indiferença transformou-se na convicção definida de que a doutrina da Trindade é a declaração teológica central do pensamento e prática cristãos. Na verdade, longe de ser um mistério irrelevante, ela expressa a essência daquilo que os cristãos desejam confessar acerca da natureza de Deus e Seu propósito para a felicidade humana.

Pensar em teologia envolve dois passos básicos: Primeiro, o “quê” da doutrina. A fase “quê” envolve duas facetas importantes: (1) afirmar claramente a doutrina; e (2) avaliar a base bíblica para o seu ensino. Segundo, as reflexões sobre o “e então?” Essa fase procura clarificar pontos tais como as implicações teológicas e práticas da doutrina – especialmente sua coerência com outros ensinos cristãos, e a questão da salvação pessoal ou reconciliação com Deus.



O “quê” da Trindade

A crença fundamental adventista do sétimo dia de número dois define a doutrina da seguinte forma: “Há um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de três Pessoas coeternas”.1 No que tange a essa declaração, tanto a igreja cristã primitiva quanto o movimento adventista do sétimo dia tiveram que lidar com vários desafios. A questão de Deus o Pai nunca foi controversa, em virtude da longa tradição do ensino cristão ortodoxo. Enquanto a vasta maioria dos cristãos afirma a eterna divindade do Pai, sempre existiram controvérsias em torno das questões acerca da completa e eterna divindade do Filho, a personalidade do Espírito Santo e a profunda unidade do Trio. O espaço não nos permite uma discussão pormenorizada da evidência bíblica em prol da unidade triúna de Deus, mas se pudermos estabelecer a plena divindade do Filho e do Espírito, parece lógico que haverá uma profunda unidade com o Pai. Assim, os cristãos têm confessado que há um Deus (monoteísmo) que Se manifesta em amor como uma unidade tri-pessoal (não três Deuses, ou triteísmo).



A plena divindade do Filho

Basicamente há três tipos fundamentais de evidências bíblicas que mostram que Jesus era inerentemente divino, tendo a mesma natureza e substância do Pai.2

1. Jesus é expressamente chamado de Deus no Novo Testamento. Hebreus 1 compara Jesus com os anjos. Nos versos 7 e 8, o autor diz que enquanto Deus fez os anjos como “ventos, e a Seus ministros como labaredas de fogo” (verso 7, ARA), acerca do Filho diz: “O Teu trono, ó Deus, é para todo o sempre” (vs. 8, ARA). O versículo 8 é uma das sete vezes em que a palavra grega theos (“Deus”) é diretamente usada com relação a Jesus no Novo Testamento (as outras seis são João 1:1, 18; 20:28; Romanos 9:5; Tito 2:13; e II Pedro 1:1).

Sejamos bem claros quanto ao que os escritores do Novo Testamento, especialmente o autor de Hebreus, estão dizendo nesses versos. Eles estão se referindo a Jesus como “Deus”, e em Hebreus, o escritor está interpretando o Antigo Testamento mediante a aplicação do Salmo 45:6 a Jesus que originalmente se referia a Deus, o Pai.

2. Jesus aplica a Si mesmo títulos e atribuições divinos. O exemplo mais singular é encontrado em João 8:58: “Respondeu Jesus: Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!” (NVI). Muito simples: o que Jesus estava dizendo é que Ele não era outro senão o Deus do Êxodo, e fez isso aplicando a passagem de Êxodo 3:14 a Si mesmo: “Disse Deus a Moisés: Eu Sou o que Sou” (NVI).

Além disso, esse “Deus” que fala em Êxodo 3:14 prossegue e esclarece Sua identidade: “O Senhor, o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó” (verso 15, NVI). Em outras palavras, Jesus não apenas reivindicou ser o Deus do Êxodo, mas também o “Senhor” (Yahweh) dos patriarcas. Não nos surpreende que os fariseus “apanharam pedras para apedrejá-Lo” (João 8:59, NVI) – a punição prevista no Antigo Testamento para blasfêmia (veja João 5:17, onde Jesus diz a mesma coisa).

3. A aplicação dos nomes divinos a Jesus pelos escritores do Novo Testamento. Em Hebreus 1:10-12, a Inspiração atribui o supremo título do Deus do Antigo Testamento (JHWH ou Yahweh) a Jesus. O autor de Hebreus faz isso ao aplicar o Salmo 102:25-27 a Cristo. Isso não é incomum entre os escritores do Novo Testamento, mas o que chama a atenção nessa aplicação é que esse Salmo originalmente se refere ao “Senhor” (Yahweh) do Antigo Testamento. Assim, o autor do Novo Testamento se sente muito à vontade ao aplicar a Jesus passagens que originalmente se referiam ao auto-existente Deus de Israel. A clara implicação é que Jesus é o “Senhor” Jehovah (JHWH) do Antigo Testamento. Apocalipse 1:17 descreve o uso semelhante de um título do Antigo Testamento – “o Primeiro e o Último.”


A plena divindade do Espírito Santo

As Escrituras fornecem inúmeras linhas de evidência que testificam da natureza divina do Espírito. A mais significativa vem do livro de Atos, na trágica história de Ananias e Safira. Esse casal, às escondidas, voltou atrás nos votos sagrados que havia feito a Deus. Quando eles vieram publicamente depositar a oferta parcial aos pés dos apóstolos, eles caíram mortos repentinamente. Pedro explicou de forma bem objetiva o que haviam feito: Vocês mentiram ao Espírito Santo. A isso se seguiu a impressionante revelação de que eles não haviam mentido aos homens, “mas a Deus” (Atos 5:3-4). A implicação óbvia é que o Espírito Santo é um ser divino.

A próxima linha de evidência é encontrada nas muitas passagens que descrevem a obra do Espírito em termos daquilo que é exclusivo de Deus. O mais claro exemplo está em I Coríntios 2:9-11. Paulo declara que seus leitores podem ter algum conhecimento daquilo “que Deus preparou para aqueles que O amam” (vs. 9, NVI). E como tal conhecimento é possível? “Deus o revelou a nós por meio do Espírito” (vs. 10). E como é que o Espírito está a par desse conhecimento? “O Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus. Pois quem conhece os pensamento do homem, a não ser o espírito do homem que nele está? Da mesma forma, ninguém conhece os pensamentos de Deus, a não ser o Espírito de Deus” (vss. 10-11, NVI).

O que essa passagem sugere é o seguinte: Se alguém deseja saber “o que é verdadeiramente humano”, deve conseguir tal informação de um ser humano. Aquilo, porém, que é verdade no nível humano, muito mais o é no divino: “Da mesma forma, ninguém conhece os pensamentos de Deus, a não ser o Espírito de Deus” (vs. 10). Apenas um Ser divino pode verdadeiramente conhecer o que se passa na mente e no coração de outro Ser divino.


O “e então?” da Trindade

Qual é o significado do “e então?” da plena divindade do Filho e do Espírito? Antes de abordar essa importante questão, precisamos lidar com um ponto que incomoda a muitos: a aparente falta de lógica na confissão de que três são iguais a um. Esse ponto incomoda especialmente a mente racionalista de muitos estudantes universitários no Ocidente e nossos amigos muçulmanos fortemente monoteístas.

A objeção lógica. Millard Erickson sugere que a razão humana não pode tolerar a estranha matemática trinitariana na qual “três = um.” Se você for a um supermercado, pegar três pães e tentar persuadir o caixa de que eles são na verdade um e que você não tem que pagar senão apenas o valor de um, o caixa poderá ser tentado a chamar imediatamente os seguranças.3

A primeira resposta à lógica do pensamento trinitariano é admitir que estamos lidando com o mais profundo dos mistérios. Sabemos que em relacionamentos de amor parece desenvolver-se uma profunda unidade social e emocional. Diríamos então que os relacionamentos de amor são totalmente ilógicos e incoerentes? Penso que não. E essa parece ser a melhor maneira de explicar o mistério da Trindade e Sua unidade plural.

Outra vez Erickson sabiamente indica o caminho para uma resposta aceitável: “Nós, portanto, sugerimos pensar na Trindade como uma sociedade de pessoas que, contudo, são um só Ser. Conquanto essa sociedade de pessoas tenha dimensões que não encontramos entre seres humanos quanto ao seu inter-relacionamento, existem alguns paralelos que ajudam a esclarecer o assunto. Amor é o relacionamento aglutinante dentro da Divindade, que une cada uma das pessoas às outras.”4

Erickson, então, naturalmente apela para I João 4:8, 16: “Deus é amor.” Compreendemos realmente as profundezas dessa declaração inspirada que é tão desconcertante em sua simplicidade? Gostaria de sugerir que essas três palavras têm uma profunda contribuição a fazer à nossa compreensão de um Deus que preexistiu eternamente em estado de “unidade” trinitariana. “A declaração ‘Deus é amor’ não é uma definição de Deus, nem sequer a declaração de um atributo entre outros. Ela é uma caracterização bem básica de Deus.”5

Para os cristãos trinitarianos, a pergunta fundamental acerca de Deus está direta e completamente relacionada com a questão do Seu amor. E se Deus não for “amor” no âmago de Seu ser, então qualquer questão acerca de Sua natureza imediatamente se torna irrelevante do ponto de vista bíblico. Nós, contudo, pensamos que o amor é a caracterização mais fundamental de Deus. Se Deus é verdadeiramente, na Sua essência, o Deus de “amor” (João 3:16; I João 4:8), então temos que considerar algumas implicações.

Pode Alguém que existe desde a eternidade e que nos fez à Sua imagem de amor, ser realmente chamado amor se Ele existir tão-somente como um ser solitário ou unitário? Não é o amor, especialmente o amor divino, possível apenas se Aquele que fez nosso Universo for um ser plural que estava exercitando amor dentro de Sua pluralidade divina (trinitária) desde toda a eternidade passada? Não é o amor verdadeiro e altruísta possível apenas se ele proceder de um tipo de Deus que, por natureza, sempre será um Deus de amor como uma Trindade social?

Sinto-me fortemente inclinado a afirmar que Deus é uma Trindade de amor e que Seu amor encontrou a revelação mais profunda na obra criadora, e na encarnação, vida, morte e ressurreição do plenamente divino Filho de Deus. A unidade trinitária de Deus, por fim, não é ilógica. Na verdade, ela é a fonte da única lógica que faz sentido absoluto – um amor que se auto-sacrifica, que é mutuamente submisso e um eterno canal da graça de poder criador e redentor.

Tal amor infinito, porém, deve ser comunicado de forma prática a seres humanos finitos e pecadores. E é aqui que o “e então?” da plena divindade do Filho e do Espírito exerce um papel dramático na criação e na redenção.


Implicações da divindade de Cristo

Primeiro, antes que a Trindade pudesse fazer com que a vida e a morte salvíficas de Cristo de fato gerassem a salvação de pecadores, havia a necessidade urgente de revelar aos seres humanos alienados pelo pecado como Deus realmente é. E o único Ser que poderia oferecer tal surpreendente revelação da natureza divina era Deus mesmo. E essa foi a missão primária de Jesus, o divino Filho de Deus.

Agora, em se tratando realmente da provisão para a salvação, especialmente em Sua morte expiatória, apenas Alguém que é igual a Deus, por meio de Espírito Santo, seria poderoso o bastante para recriar seres humanos deformados pelo pecado à semelhança do caráter divino. Em outras palavras, apenas o divino Filho poderia gerar a conversão ou o novo nascimento, e ocasionar a mudança de caráter que faz com que o homem reflita a semelhança divina. Resumindo: apenas o Filho, que é o amor encarnado, poderia manifestar e produzir tal amor transformador.


A plena divindade do Espírito

Como acontece com a divindade do Filho, as implicações teológicas da divindade do Espírito derivam dos pontos relacionados à intenção de Deus de redimir a humanidade pecadora.

Com toda a certeza, se Aquele que é igual ao Pai em natureza e caráter podia oferecer um sacrifício efetivo pelo pecado, então, da mesma forma, somente Alguém (o Espírito) que é plenamente divino podia comunicar de fato a eficácia desse sacrifício a seres humanos pecadores. Outra vez, é necessário um Espírito completamente divino para revelar ao pecador a obra do Filho completamente divino (I Coríntios 2:7-12).

Somente o Espírito Santo podia trazer à humanidade decaída o convertedor e convencedor poder do grande amor de Deus, poder que gera contrição e conversão. Somente Alguém que tem estado em eterna e estreita ligação com o coração de Deus e do Filho, o coração de um amor que se auto-sacrifica, pode comunicar plenamente tal amor à humanidade perdida.

Somente Alguém que atuou com o Filho na criação poderia estar equipado para operar a recriação nas almas arruinadas pelas forças destrutivas de Satanás e do pecado (Rom 8:10-11).

Somente Alguém que pôde estar em plena sintonia com o coração do ministério encarnado de Jesus, e ainda assim, ao mesmo tempo, ser capaz de estar em todos os lugares (onipresença de Deus), podia representar de maneira hábil a presença pessoal e redentora de Cristo perante todo o mundo. O único Ser que podia fazer tal coisa é o Espírito Santo, um Ser pessoal sempre e todo-presente.


Um apelo

Gostaria de desafiar cada leitor a ponderar com oração e cuidado sobre a Trindade e Suas profundas implicações para a vida e o destino que o Deus da Bíblia oferece à humanidade. Essa doutrina satisfaz às necessidades do moderno anseio por uma reflexão racional sobre o problema divino/humano, e ao mesmo tempo oferece um mistério verdadeiramente cativante para os gostos mais relacionais dos pós-modernistas. Além disso, o pensamento e a vida trinitarianos oferecem uma visão de relacionamentos que vivem em amor, os quais refletem a realidade mais profunda oferecida por Aquele que fez o mundo em amor e está buscando redimi-lo do pecado (que é contrário ao amor – a mais profunda antítese do amor divino).

Além disso, não consigo pensar num melhor ponto da discussão quando se busca abordar as preocupações monoteísticas de nossos amigos muçulmanos. Se o amor de Jesus, o lado humano do amor da Trindade, não convencer, nada será capaz de fazê-lo. Os recursos do amor que flui do Pai, encarna-se em Cristo e é comunicado pela Pessoa plenamente divina do Espírito Santo proporcionam a mais rica visão teológica que se pode imaginar para o destino de um mundo perdido.

Woodrow W. Whidden (Ph.D. pela Universidade Drew) é professor de Religião na Universidade Andrews, Berrien Springs, Michigan, E.U.A. Email: whiddenw@andrews.edu

Referências

1. Manual da Igreja Adventista do Sétimo Dia, ed. revisada na Assembléia da Associação Geral de 2000 (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004), 9.

2. Para uma discussão detalhada da evidência, veja meus capítulos na Primeira Seção do livro A Trindade: Como entender os mistérios da Pessoa de Deus na Bíblia e na história do cristianismo (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2003), 19-135.

3. Millard Erickson, Making Sense of the Trinity: Three Crucial Questions (Grand Rapids, MI: Baker Book House, 2000), 43-44.

4. Idem., 58.

5. Ibidem.

É verdade que a IASD marcou datas para a volta de Jesus?

 
"Já me disseram que tanto Ellen White como muitos outros pioneiros Adventistas marcaram várias datas para o retorno de Jesus. Isso é verdade?"

Eu AINDA fico impressionado com a maneira como os opositores dos Adventistas agem.

A maioria esmagadora dessas pessoas nunca se dignou a ler algum livro da História Denominacional dos Adventistas, e limitam-se, apenas, a repetir a ladainha que ouvem em seus cursos doutrinários fajutos e pregações equivocadas. São os "crentes papagaios..."

Dentre as inúmeras dessas "ladainhas", uma comumente utilizada é a de que "os Adventistas marcaram datas para a volta de Jesus", tentando assim desacreditar a forte base doutrinária desta Igreja.

Como eu disse, tais pessoas repetem estes frágeis argumentos pelo simples fato de não conhecerem o que REALMENTE aconteceu no surgimento da IASD... ou então agem de má fé, repetindo falácias que sabem que são inverídicas! Prefiro crer na primeira opção...

Todos sabem, e os livros denominacionais estão ai para confirmar, que a Igreja Adventista só surgiu na década de 1860, ou seja, quase 20 anos depois do desapontamento de 22 de outubro de 1844. Na verdade, quem marcou esta data foi um BATISTA, o senhor Guilherme (ou William, em inglês) Miller. Ele, sim, foi quem fez os cálculos e descobriu que algo muito importante ocorreria em 22-10-1844. Seu erro foi acreditar que o evento seria a VOLTA DE JESUS.

Como sabemos hoje, Miller errou no evento, mas não nos cálculos da data. Ou seja, a data estava correta... o que estava errado era o pensamento de que este seria o dia do retorno de Jesus, conforme a crença evangélica daquela época.


Depois deste fatídico dia (22-10-1844), o Movimento Millerita (também chamado de Movimento Adventista por alguns, porém não deve-se confundir com a Igreja Adventista do 7º Dia), se fragmentou em diversos ramos.


Algumas pessoas continuaram refazendo os cálculos de Miller, e repetiram o erro de datar o retorno de Jesus. Mas NUNCA a Igreja Adventista do 7º Dia, como Instituição organizada, cometeu tal erro.

A Igreja Adventista, e seus hoje quase 20 milhões de membros, não pode ser continuamente acusada e ridicularizada (insisto, pelos que preferem não conhecer sua História), devido ao erro de algumas pessoas que, posteriormente, formariam a primeira geração de membros da denominação. Da mesma forma, hoje não podemos condenar uma denominação inteira porque alguns membros, equivocadamente, gostam de pensar, por exemplo, que um tal CHIP MONDEX será a marca da besta.

Na sua excelente obra doutoral ("Crises na Igreja Apostólica e na Igreja Adventista do 7º Dia"), o Pr. Luiz Nunes traz o seguinte esclarecimento:

"A tendência literalista exagerada do historicismo de alguns estudiosos adventistas os levou ocasionalmente a marcar novas datas para o Segundo Advento, ameaçando assim a credibilidade do adventismo. Após a decepção de 22 de outubro de 1844, a Segunda Vinda de Cristo foi aguardada por alguns para abril de 1845, quando terminaria o ano judaico de 1844... Tendo falhado esta previsão, surgiram alguns artigos propondo novas datas" (pág. 104).


Entre estes "calculistas" estavam: O. R. L. Crosier, Hiram Edson, Joseph Bates, e outros.

Porém, antes de outubro de 1845, como lembra o Pr. Nunes, Ellen White recebeu uma visão advertindo que a tentativa de marcar novas datas seria sempre motivo de desapontamento (como o é até hoje! Basta relembrar o fiasco recente de uma igreja americana em 21/05/2011). Veja o que ela declarou posteriormente:

"Tenho sido repetidamente advertida com referência a marcar tempo. Nunca mais haverá para o povo de Deus uma mensagem baseada no tempo" - Mens. Escolhidas, vol. 1, pág. 188.

Como vemos, muitos anos ANTES de nascer a Igreja Adventista do 7º Dia, Ellen White já fora orientada sobre o erro de marcar datas para a volta de Cristo, ou para qualquer outro aspecto temporal da profecia apocalítica, posterior a 22 de outubro de 1844.


Portanto, cai por terra mais esta falácia: de que Ellen White e os "pioneiros" da Igreja Adventista do 7º Dia cometeram sucessivos erros na datação do retorno de Cristo.


Pena que ainda vamos ouvir esta ladainha mentirosa MUUUUUUUIIIITAS vezes... 

Fonte: Gilson Medeiros

24 razões para a Guarda do Sábado

Passagens do Antigo Testamento


1ª. O Sábado [Sétimo Dia] é um dos itens da Lei dos Dez Mandamentos. Êxodo 20.1-17.


2ª. O próprio Deus, ao criar o mundo, guardou o Sábado (dando-nos exemplo)pois, no sétimo dia, descansou, o abençoou e o santificou. Gênesis 2.3.


3ª. Santificar o Sábado é um pacto entre nós e Deus, um sinalexterno, visível, uma declaração pública de que reconhecemos que o Senhor Jeováé o nosso Deus. Ezequiel 20.12.


4ª. Guardar o Sábado [Sétimo Dia] é um sinal exterior, uma evidência externa que nos torna cientes que Deus nos está santificando. Ezequiel 20.20.


5ª. É o memorial da Criação, isto é: o marco que nos lembra que Deus é o Criadordo Universo Êxodo 20.8-11.


6ª. É o memorial da Justificação pela Fé, da nossa libertação do jugo satânico, da nossa redenção em Cristo Jesus. Deuteronômio 5.12-15.


7ª. O Sábado [Sétimo Dia] vai de Éden a Éden, pois também na Nova Terra, isto é: no Paraíso, será observado pelos salvos por toda a eternidade. Isaías 66.23.


8ª. Deus chama o Sábado [Sétimo Dia] de o ‘Meu santo dia” (Isaías 58.13). Se a palavra ‘domingo’ significa ‘Dia do Senhor’, então o verdadeiro Domingo [‘dia do Senhor’] não é o do primeiro dia da semana e sim o Sétimo Dia.


Passagens do Novo Testamento


9ª. O Senhor, reverenciado e adorado ao se guardar o Sétimo Dia, é Jesus Cristo, o ‘Senhor do Sábado’. Marcos 2.28.


10ª. Guardar o Sétimo Dia é uma demonstração de nosso amor a Deus (João 14.21).‘O cumprimento da Lei é o amor’ (Romanos 12.10); ‘E o amor é este, que andemos segundos os Seus mandamentos’ (2 João 6); ‘Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e praticamos os Seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus, que guardemos os Seus mandamentos’. 1 João 5.2-3.


11ª. Jesus teve por costume guardar o Sábado e freqüentar a igreja neste dia (São Lucas 4.16; 13.10) e os cristãos têm como objetivo seguir o exemplo dado pelo Mestre.


12ª. Segundo a afirmação do nosso Criador, Ele estabeleceu o Sábado por nossa causa, isto é: nós, os humanos de todas as épocas, necessitamos do Sábado (Marcos 2.27).


13ª. Como Jesus nos disse que ‘nem um i ou um til jamais passará da lei’, então a guarda do Sábado continua em vigor hoje, pois o céu e a terra ainda não passaram, mas existem, e o Sétimo Dia é um dos itens da Lei (São Mateus 5.18).


14ª. A disputa entre Cristo e Seus inimigos judeus era a respeito da maneira corretade se guardar o Sábado e não em relação a guardar outro dia. Mateus 12.9-12; S. Marcos 2.23-28; 3.1-6 etc.


15ª. Jesus recomendou que Sua Igreja guardasse o Sábado quarenta anos apósSua ressurreição. Mateus 24.20.


16ª. O apóstolo Paulo guardou o Sábado tanto entre os gentios (Atos 16.11-13), como entre os judeus. Atos 17.2; 18.4,11; 13.42-44.


17ª. A fé não anulou a Lei dos Dez Mandamentos, antes a confirmou (Romanos 3.31). Então a fé em Cristo, em Sua graça, não anulou o Sábado.


18ª. Os cristãos guardam o Sábado não para se salvar, mas porque que foram salvospor Jesus lhes ter creditado Sua morte e Sua vida de perfeita obediência à Lei [2 Coríntios 5.21; Romanos 5.19; São João 15.2.


19ª. Afirmar que amamos a Jesus, e não guardar um dos Dez Mandamentos, seria declarar-nos mentirosos. 1 João 2.4.


20ª. Não existe nenhum mandamento abolindo ou alterando a santificação ou a guarda do Sábado, isto tanto no Antigo como também no Novo Testamento.


21ª. No Novo Testamento não existe nenhum mandamento para se guardar o domingo [Primeira Feira].


22ª. Quem não guarda o Sétimo Dia, conforme a Bíblia ensina, torna-se culpado de transgredir toda a Lei do Amor ou seja: a Lei da Liberdade em Cristo, a Lei dos Dez Mandamentos Tiago 2.10-12.


23ª. A Igreja do Deus vivo, o remanescente final, ‘guarda os mandamentos de Deus’. Apocalipse 12.17. Logo guarda tambémo santo Sábado do Senhor.


24ª. O Sábado é o sinal de Deus (Ezequiel 20.12;20.20), então, é, igualmente, o sinal do Filho do homem, pois Jesus é Deus (S. João 1.1). Como há, e haverá, intensa disputa entre o Sábado [Sétimo Dia] e o Domingo [Primeira Feira], antes da volta de Jesus, Deus escreverá no céu o quarto mandamento [isto é: o sinal de Deus], pois Jesus afirmou: ‘Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão. Mateus 24.30.


Lourenço Gonzales
Via Sétimo Dia

A árvore e o menino- Atitude em meio ao problema

"Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos"

"Lições que aprendi quando era pequeno", por Gordon B Hinkley

Gordon B. Hinckley conta uma antiga história que seu pai contou a ele de dois garotos que transformaram um dia comum de brincadeiras em algo para ser lembrado para o resto da vida.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Qual a origem da raça negra? Deus teria criado o homem de qual cor?


A discussão da origem da raça negra, corre por séculos com muitas teorias ou hipóteses diferentes. E não se encontra com facilidade material para pesquisa, que tenha profundidade e coerência, sem tomar partido racista. Vamos apresentar aqui, o que encontramos e que julgamos ter muita coerência e precisão.
Antes de responder Biblicamente como surgiu, vamos conhecer algumas poucas das muitas teorias que correm por aí, que são erradas, sobre a origem da raça negra, e também o nosso parecer:


1ª Teoria - A raça negra se originou num local que possuía um clima especial ou alimentação diferente. ERRADO. Esta é uma tese evolucionista, que não tem fundamento bíblico, e nem científico, pois hoje notamos que pessoas de cor branca ou negra, vivem perfeitamente em lugares quentes ou frios, sem mudar a cor fundamental de sua pele. Nem os japoneses que formam suas colônias no Brasil, deixam de ter suas características de sua raça. Perde-se as características quando se cruzam as raças, mas não quando se muda de um lugar frio para um lugar quente, ou vice-versa. Nem a alimentação tem a ver com esta variação da cor da pele. Pode haver doenças causadas pela deficiência alimentar, pode haver manchas, e levar até a morte, mas não alterar a cor fundamental da pele, passando ainda isto para outras gerações.
Portanto, a raça negra, não tem origem por causas climáticas ou de nutrição.


2ª Teoria - A raça negra surgiu com Caim, como um sinal de Deus. ERRADO. Não têm nenhuma confirmação bíblica. O sinal que Deus deu para Caim, também para Jonas, que após passar pelo ventre da Baleia, pregou em Nínive e as pessoas notavam um sinal que ele possuía, ou qualquer outra aplicação que caracterize castigo ou sinal especial, é mera especulação, e não tem nenhum fundamento Bíblico. Não é nestes contextos que encontramos alguma prova.


3ª Teoria - A raça negra surgiu após a torre de Babel, quando todos se espalharam, cada um para um canto, e formaram cada povo do mesmo idioma, seu clã, e assim formaram suas características. ERRADO. A torre de Babel é a origem dos idiomas e línguas diferentes, mas não tem nada haver com a cor da pele. Se formaram povos e sociedades diferentes caracterizados pelo idioma de cada um, mas como já vimos na primeira hipótese, o clima ou o ambiente, não tem nada haver com a cor da pele.


Assim poderíamos enumerar outras tantas teorias e hipóteses que correm por aí, mas vamos agora tentar achar na Bíblia a origem das raças diferentes. Estas colocações que faço a seguir, são fundamentadas em uma tese de Mestrado, de um amigo, o Pr. Natanael Morais, que abordou exatamente este tema da origem das raças, que se formou com a nota máxima, e agora está concluindo o Doutorado. Vejamos então:
Em Gênesis capítulo 10, encontramos os descendentes de Noé, que iniciaram o povoamento da Terra. Sem, Cão e Jafé. Há consenso entre os eruditos, que estes três deram origens aos seguintes povos:
Sem - Origem aos Árabes e Israelitas - Morenos;
Cão - Que logo depois gerou a Cuse ou Cuxe, deu origem a raças coloridas, amarelas e escuras, os povos da África, Egito, Etiópia. Um texto Bíblico que os eruditos afirmam concordar com esta idéia está em Jeremias 13:23, onde diz "Pode o etíope mudar a sua pele?,..."
Jafé - Origem aos brancos, Europeus.
Em Gênesis 10:6, lemos que os filhos de Cão são Cuse, Mizraim, Pute e Canaã.
De Cuse vem a cor negra, de Mizraim os egípcios, de Pute os líbios. A esposa de Moisés, Zípora, era cusita. No verso 17 de Gênesis, capítulo 10, um dos descendentes de Cão, é o sineu, que os eruditos em consenso, propõem ser a origem dos chineses. Documentos arqueológicos encontrados no Egito, confirmam estas origens, apresentando os jafeitas que tinham a pele de cor branca, cabelos lisos, e olhos azuis.
Relembrando rapidamente, de Sem vieram os morenos, de Cuse o Cuxe vieram os de cor negra, e de Jafé vieram os mais claros.
A explicação para a origem desta variedade de cores, que ainda ao cruzar as raças formam outras tantas cores e tipos diferentes, é a carga genética. Deus não criou tudo uniforme. As montanhas não deixam que o visual seja tudo plano. A variedade de cores das plantas fazem a beleza dos jardins, a própria cor verde das plantas, quantos tons e variedades trazem uma beleza sem igual. Assim também com a raça humana, Adão e Eva, criados por Deus, do barro, tinham uma cor rosada, rubra, pois vieram da argila, mas Deus carregou sua carga genética, para que ao se proliferarem gerações, variedades fossem surgindo para haver mais beleza e não uma uniformidade única.
Concluímos assim, que a variedade de cor da pele, de raças, é também plano de Deus. Não tendo nenhum privilégios ou castigos, mas todas tem origem no próprio plano de Deus, na carga genética do homem, que ao longo dos séculos, tem dado um colorido diferente e agradável a população humana. Somos todos irmãos, filhos de Adão e Eva, e todos criados a Imagem de Deus, com um colorido de variedade especial.
Via Advir

É a Mentira Justificável em Algumas Situações?

 


Teria Deus aceitado o emprego da mentira, como no caso de Raabe (Js 2:3-7) e até orientado o profeta Samuel a mentir ( I Sm 16:1-4)?


Para início de discussão, deve-se dizer que a Bíblia não apoia o emprego da mentira em nenhuma situação; ao contrário, credita-a ao diabo: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8:44).


Ora, visto que Deus não apoia nenhuma espécie de mentira, como entender a mentira de Raabe e a instrução divina a Samuel para que ele omitisse o objetivo maior de sua visita a Belém?


Analisemos a mentira de Raabe, relatada em Josué 2:3-7: ”Mandou, pois, o rei de Jericó dizer a Raabe: Faze sair os homens que vieram a ti e entraram na tua casa, porque vieram espiar toda a terra. A mulher, porém, havia tomado e escondido os dois homens; e disse: É verdade que os dois homens vieram a mim , porém eu não sabia donde eram. Havendo-se de fechar a porta, sendo já escuro, eles saíram; não sei para onde foram; ide após eles depressa, porque os alcançareis. Ela, porém, os fizera subir ao eirado e os escondera entre as canas do linho que havia disposto em ordem no eirado. Foram-se aqueles homens após os espias pelo caminho que dá aos vaus do Jordão; e, havendo saído os que iam após eles, fechou-se a porta .”


É claro que Raabe sabia quem eram aqueles dois espias, conforme suas próprias palavras em 2:8-13. Então, como fica sua evidente mentira, mesmo que fosse para salvar sua própria vida e a dos dois israelitas? O fato de sua mentira ser mencionada na Bíblia é uma indicação de que Deus a teria aprovado?


Primeiramente, devemos nos lembrar de quem era Raabe. Era uma cananeia, prostituta e adoradora de ídolos. Não devemos, pois, cobrar dela mais do que poderia dar. Ou seja, não devemos julgá-la à luz do conhecimento que Israel tinha de Deus e do que era certo ou errado. Ela agiu como uma típica pagã teria agido. “Para um cristão, uma mentira nunca pode ser justificada, porém para uma pessoa como Raabe a luz vem gradualmente. ‘Deus não leva em conta os tempos da ignorância ( At 17:30). Deus aceita o que é sincera e honestamente praticado, mesmo quando misturado com fragilidade e ignorância. Deus nos aceita como somos, porém devemos “crescer na graça” (2Pe 3:18)” (SDABC, v. 2, p. 183).


Assim, vê-se que a Bíblia apenas menciona a mentira de Raabe, sem, contudo, endossá-la ou apoiá-l a. O certo é que Raabe deve ter feito mudanças em sua maneira de agir ao se casar com Naasom, um príncipe da tribo de Judá ( Mt 1:5), tornando-se, assim, ancestral de Cristo. Uma vez que ela figura na galeria dos heróis da fé ( Hb 11:31), com certeza, deixou de lado o uso da mentira.


O caso de Samuel é mais difícil de entender do que o de Raabe, que era uma pagã. Samuel era israelita e também profeta de Deus. Como, pois, entender a instrução divina a ele, relatada em 1 Samuel 16:1-4?: “Disse o Senhor a Samuel: Até quando terás pena de Saul, havendo-o Eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque, dentre os seus filhos, Me provi de um rei. Disse Samuel: Como irei eu? Pois Saul o saberá e me matará. Então, disse o Senhor: Toma contigo um novilho e dize: Vim para sacrificar ao Senhor. Convidarás Jessé para o sacrifício; Eu te mostrarei o que hás de fazer, e ungir-Me-ás a quem eu te designar. Fez, pois, Samuel o que dissera o Senhor e veio a Belém. Saíram lhe ao encontro os anciãos da cidade, tremendo, e perguntaram: É de paz a tua vinda?”


Esse é um caso de “informação incompleta”, ou seja, Samuel não devia dizer naquele momento tudo sobre sua visita a Belém, visto que o rei Saul poderia matá-lo e também aquele que seria ungido (no caso, Davi) e quem sabe até toda a família de seu pai, Jessé.


Ao dizer para os anciãos de Belém: “Vim para sacrificar ao Senhor”, Samuel não estava mentindo, pois havia ido até Belém também para isso. Só que, naquele momento, não devia revelar o objetivo maior de sua visita, que era ungir um novo rei. “Não era do interesse público que a unção de Davi fosse conhecida naquele momento” (Ibid., p. 529).


Em qualquer situação, e em especial as de risco, deve o cristão seguir o conselho de Cristo: “Eis que Eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt 10:16). Imagine um cristão com um carregamento de Bíblias tentando entrar num país em que o cristianismo é proibido. Ao ser perguntado por um guarda da alfândega sobre o que está levando, seria prudente dar todos os detalhes do conteúdo das caixas, dizendo trata r- se de Bíblias, incluindo o tipo de versão, se em brochura ou encadernadas, a cor, tamanho, etc, ou bastaria dizer que está levando livros? Agora, se lhe fosse perguntado se o que estava levando eram Bíblias, então deveria dizer que sim, que eram Bíblias. Ou seja, não deveria dizer mais do que lhe fosse perguntado.


Vivemos em dias de muita falta de honestidade e veracidade. Deus espera que cada seguidor Seu diga sempre a verdade, mas com a prudência orientada pelo Espírito Santo.


Por Ozeas C. Moura, doutor em Teologia Bíblica e professor no Unasp, campus de Engenheiro Coelho. Publicado na RA de Maio/2010.
via Sétimo Dia

Porque Acredito na Eternidade

Entre os incontáveis bilhões de crianças nascidas nesta terra, uma se sobressai, pois é singular. Jesus de Nazaré, filho de Maria, é o homem de todos os tempos.
Jesus, embora nascido em circunstâncias humildes e morrido jovem, é amplamente conhecido como a pessoa mais influente que já viveu. Sua vida de serviço, gentil compaixão para com os outros e Seus ensinos simples, mas profundos, comuns, mas atemporais, inspiraram e continuam a inspirar um vasto número de homens e mulheres que aceitam sua afirmação de ser o Filho de Deus.
 Jesus viveu a vida que, embora solidamente enraizada nesta terra, constantemente transcendia para além dela. Ele falou de já existir antes de nascer de Maria, e de retornar para o Pai após completar Seu tempo aqui. Ele compreendeu que havia vindo com uma missão: revelar quem é Deus e procurar e salvar o perdido. Ele ensinou e viveu as boas novas – o amor e a aceitação de Deus – derramados sobre todos, especialmente sobre os pobres e marginalizados.
O movimento que surgiu em torno de Jesus logo se tornou uma ameaça para as autoridades religiosas que planejaram se livrar dEle. Eles tinham um plano: a manhã de uma sexta-feira de primavera viu Jesus de Nazaré pregado numa cruz romana. Á tarde, Ele estava morto e Seu corpo foi colocado numa tumba cavada na rocha.
O movimento de Jesus deveria ter acabado ali, e o nome desse Homem se perdido na história dos judeus. Mas algo surpreendente aconteceu: o corpo desapareceu! Uma grande pedra foi colocada na entrada da tumba vigiada por guardas. Mesmo assim, o corpo de Jesus desapareceu, um fato que até hoje nunca foi explicado satisfatoriamente do ponto de vista natural.
A seguir, quase imediatamente, começou a circular afirmações de que Ele estava vivo. Em várias ocasiões, Jesus apareceu para os Seus seguidores mais próximos; às vezes para uns poucos, outras vezes para um número maior de pessoas. Eles O viram, O ouviram, O tocaram; Ele comeu com eles. Estavam absolutamente convencidos de que Ele era o mesmo Senhor que conheceram antes do Calvário. E foram para perto e longe, até os confins da terra, contando a mesma história: Jesus ressuscitou dos mortos!
O registro mais antigo do cristianismo, o Novo Testamento, palpita com a certeza de que Jesus venceu a morte. Vários desses livros foram escritos por Paulo, que originalmente não era um dos doze, mas a quem Jesus apareceu alguns anos após a Sua ressurreição. Paulo sintetiza as boas novas assim: “Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras” ( 1Co 15:3,4).
Uma palavra capta a essência de Jesus: vida “Neles estava a vida, e esta era a luz dos homens” (Jo1:4). “Quem crê no Filho tem a vida eterna” ( Jo 3:36). “ O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (Jo 10:10).
A vida que Jesus oferece é eterna, tanto na qualidade como na duração. Ela começa agora, quando “ O recebemos” (Jo 1:12): nós passamos da morte para a vida. E porque estamos unidos com Jesus, quando esse pequeno período na terra terminar, viveremos para sempre com Ele. Jesus nos garante: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em Mim, não morrerá eternamente” (Jo 11:25,26).
Talvez você diga: Palavras, palavras, palavras! Quem sabe se elas são verdadeiras?
Nós sabemos. Porque Jesus está vivo, podemos conhece-Lo. Ele pode ser nosso Salvador, Senhor e Amigo. Veja, mais uma vez, o que Paulo diz: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim” (Gl 2:20).
Jesus. Ele é a maior razão que me faz acreditar na vida após a morte.
Fomos criados do pó, mas feitos para as estrelas. A eternidade pulsa em nosso coração: fomos criados à imagem de Deus e Ele nos convida para o Seu lar.
Se deixarmos de ir para casa, o céu sofrerá nossa ausência. Na grande mesa do banquete nosso lugar ficará vazio. Para todo o sempre, deixaremos de ser o que poderíamos ter sido.
Querido amigo! Existe vida eterna. Lá no fundo, já percebemos os acordes de sua música, já sentimos sua atração. Jesus, o Senhor ressureto, nos convida a irmos para casa.
Texto de William G. Johnsson, extraído da Revista Adventist World na página 19, crédito site Bíblia e a Ciência.

11 alimentos que desintoxicam seu corpo e turbinam a sua saúde

 Basta exagerar um pouco no consumo de guloseimas e petiscos que a intoxicação bate a sua porta e causa estragos. Falta de apetite, inchaço, náuseas, vômitos e diarreia são apenas alguns dos sintomas.


Sem falar aquela sensação de que passou da conta. A desintoxicação consiste no processo de eliminação dos excessos e das toxinas acumuladas no organismo. 


Essas toxinas são substâncias nocivas encontradas em aditivos, conservantes, corantes, adoçantes ou mesmo na poluição. Se por um lado, a alimentação pode causar intoxicação, por outro lado, existem alimentos como frutas e grãos, que ajudam a desintoxicar o organismo de forma natural e saudável. 


A seguir, a nutricionista da Unifesp e da Fundação Uniban, Ana Maria Figueiredo preparou uma lista com alimentos para lá de recomendados para esta missão.  
abacaxi
O abacaxi é diurético, facilita a digestão, especialmente de carnes, e desobstrui o fígado
Arroz
Rico em fibras, o arroz integral faz o intestino funcionar melhor e favorece a eliminação de toxinas, mantendo a pele saudável.
Maça
A maçã é rica em fibras, que funcionam como esponja dentro das artérias limpando o sangue do colesterol. É recomendada nas afecções de estômago, bexiga e rins. Antiácidas, ativam o fígado e dissolvem o ácido úrico, que retém líquidos no organismo.
Mel
Além de adoçar sucos e chás, o mel pode ajudar a tratar muitas doenças, como gripe, asma, amigdalite e bronquite. Delicioso e fresco ainda auxilia problemas de circulação e dos músculos.
Melancia
A melancia tem propriedade refrescante e diurética, ajudando a limpar o organismo. Uma ótima receita é preparar o suco de melancia com gengibre, outro poderoso desintoxicante.
Laranja
A laranja tem ação desintoxicante e auxilia o funcionamento intestinal, principalmente quando ingerida com o bagaço.
gengibre
O gengibre estimula a digestão, alivia a constipação intestinal e ativa o metabolismo. Contém quantidades pequenas de vitamina C, cálcio, potássio, ferro, fósforo e magnésio. É rico em fibras e é usado como um alimento digestivo e refrescante.
Couve
A couve carrega doses de ferros, que ajuda na formação de hemoglobina que transporta oxigênio para os tecidos.
Berinjela
A berinjela é muito digestiva, nutritiva e laxante, por esse motivo é indicada nos casos de indigestão e prisão de ventre.
Hortelã
A hortelã é uma erva rica em vitaminas A,B e C, minerais (cálcio, fósforo, ferro e potássio), que exercem ação tônica e estimulante sobre o aparelho digestivo, pode ser utilizada em chás, saladas e preparações em geral. Uma boa pedida é o suco de abacaxi com hortelã.
salsão
O salsão é rico em fibras, que favorecem o trânsito intestinal.
Fonte: Minha Vida

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