sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Como a Superfície da Terra foi Alterada pelo Dilúvio

Declarações de 1864
O Início do Grande Dilúvio — Mas, ao oitavo dia o céu escureceu. O ribombo do trovão e o vívido resplendor dos relâmpagos começaram a terrificar os homens e animais. A chuva caía das nuvens sobre eles. Isto era algo que nunca tinham visto, e seu coração desmaiava de temor. Os animais estavam vagueando de um lado para outro no mais desenfreado terror, e seus gritos discordantes pareciam lamentar seu próprio destino e a sorte dos homens. A violência da tempestade aumentou até que a água parecia cair do céu como poderosas cataratas. As margens dos rios se rompiam, e as águas inundavam os vales. Os fundamentos do grande abismo também se partiram. Jatos de água irrompiam da Terra com força indescritível, arremessando pedras maciças a muitos metros para o ar, que ao caírem, sepultavam-se profundamente no solo. 3 SG, págs. 68-69 (1SP, págs. 72-73), HR, pág. 67.
O povo viu a princípio a destruição das obras de suas mãos. Seus esplêndidos edifícios e os belos jardins e bosques em que haviam colocado seus ídolos. Tudo era destruído pelos raios do céu, e as ruínas se espalhavam extensamente.
A violência da tempestade aumentava, e os lamentos das pessoas que haviam desprezado a autoridade de Deus misturavam-se em desespero. Árvores, edifícios, pedras e terra eram espalhados por todos os lados. O terror do homem e dos animais era indescritível e até mesmo o próprio Satanás, que fora obrigado a permanecer no meio dos elementos em fúria, temeu pela sua existência …
Os animais, expostos à tempestade, lançavam-se sobre o homem, escolhendo estar com os humanos, como que a esperar deles auxílio. Alguns dentre o povo amarraram seus filhos e a si mesmos em cima de animais poderosos, sabendo que estes tinham grande apego à vida, e subiriam aos pontos mais altos para escaparem das águas que se elevavam. A tormenta não diminuía a sua fúria — as águas avolumavam-se mais e mais rápido do que no início. Alguns ataram-se a árvores altas, mas as árvores foram desarraigadas e jogadas com violência pelos ares, como que arremessadas com fúria entre pedras e terra nas águas agitadas que quase já alcançavam os pontos mais altos da Terra. As montanhas mais altas foram alcançadas e homens e animais igualmente pereceram nas águas do dilúvio.
A Terra no Término do Dilúvio — Toda a superfície terrestre ficou transformada com o dilúvio. Uma terceira maldição terrível repousava sobre ela agora em consequência da transgressão do homem. As belas árvores e arbustos carregados de flor foram destruídos, mas Noé preservou sementes e as levou consigo para a arca. Deus, com Seu poder miraculoso, manteve vivas algumas espécies dos diferentes tipos de árvores e arbustos para a posteridade. Logo após o dilúvio, as árvores e plantas pareciam brotar das muitas rochas. Pela providência divina, as sementes foram espalhadas, introduzindo-se nas fendas das rochas e lá em segurança, esconderam-se para o benefício futuro da humanidade.
As águas haviam subido quinze côvados acima das mais altas montanhas. O Senhor lembrou-se de Noé e assim que as águas diminuíram, Ele pôs a arca a salvo no topo de uma cadeia de montanhas, as quais Deus, em Seu poder, havia preservado e mantido estáveis através da violenta tempestade. Estas montanhas tinham pouca distância entre si e a arca girou e permaneceu sobre uma delas, e depois sobre outra; e não mais foi impelida para o oceano sem limites, o que causou grande alivio a Noé e a todos na arca. Quando as montanhas e colinas começaram a aparecer estavam despedaçadas e irregulares e tudo ao redor parecia um mar ameaçador e lamacento.
O Soterramento de Animais e Plantas após o Dilúvio — Na época do dilúvio, pessoas e animais juntaram-se nos pontos mais altos da Terra e quando as águas baixaram, cadáveres permaneceram sobre as altas montanhas, colinas e planícies. Sobre a superfície terrestre havia corpos de homens e animais, mas Deus não deixaria que estes permanecessem sobre a face da Terra decompondo-se e poluindo a atmosfera; fez, portanto, da Terra um vasto cemitério. Um vento violento que fez soprar com o fim de enxugar as águas, removeu-os com grande força, levando mesmo em alguns casos os cumes das montanhas, e amontoando árvores, pedras e terra em cima dos corpos dos mortos. Estas montanhas e colinas aumentaram em tamanho e tornaram-se mais irregulares na forma pelo agrupamento de pedras, cordilheiras, árvores e pela terra que se acumulara sobre e ao redor delas. A madeira e as pedras preciosas, a prata e o ouro que tinham enriquecido e embelezado o mundo antes do dilúvio e que os habitantes tinham idolatrado, afundaram sob a superfície terrestre. As águas que tinham eclodido com força indescritível moveram terra e rochas e as empilharam sobre os tesouros da Terra, que foram escondidos da vista e alcance dos homens, e nalguns casos formando mesmo montanhas sobre eles …
As magníficas montanhas de formas regulares haviam desaparecido. Pedras, cordilheiras e rochas pedregosas, que no passado estavam fora da vista humana, apareceram sobre alguns pontos da Terra. Onde outrora havia montanhas e colinas, nenhum vestígio delas se via. E onde havia belas planícies cobertas com verdor e plantas formosas, colinas e montanhas foram formadas de pedras, árvores e terra sobre os corpos de homens e animais. A superfície toda da Terra apresentava uma aparência de desordem e algumas partes ficaram mais desfiguradas do que outras. Onde estiveram os mais ricos tesouros da Terra, em ouro, prata e pedras preciosas, viam-se os mais acentuados indícios da maldição. E sobre os territórios que não eram habitados, e aqueles em que houvera o menor número de crimes, a maldição repousou mais brandamente.
Antes do dilúvio havia imensas florestas. As árvores eram muitas vezes maiores que qualquer árvore que vemos hoje e eram de grande durabilidade e não experimentariam a decadência por muitos anos. Naquela época, essas florestas foram despedaçadas ou danificadas e enterradas na terra. Em alguns lugares, grandes quantidades dessas imensas árvores foram arremessadas juntas e cobertas com pedras e terra pela violência do dilúvio. Estas foram, depois, transformadas em carvão, for mando as extensas camadas carboníferas que hoje existem, e também fornecendo grande quantidade de óleo. 3 SG, págs. 76-79 (1SP, págs. 79-82).
A Arca por Si Mesma Não Teria Subsistido à Violência do Dilúvio — A arca foi feita de cipreste, madeira que não experimentaria a decadência por centenas de anos. Foi uma construção de grande durabilidade que sabedoria humana alguma poderia imitar. Deus foi o arquiteto e Noé, o seu construtor. Depois que Noé tinha usado toda a sua força para fazer cada parte da obra de forma correta, era impossível que a arca pudesse por si mesma resistir a violência da tempestade que Deus em sua ira traria sobre a Terra. A obra de acabamento da construção foi um processo lento e cada pedaço de madeira foi ajustado com atenção e cada fresta coberta com piche. Tudo que o homem podia fazer se fez para tornar o trabalho perfeito e depois de tudo, unicamente Deus, através de Seu miraculoso poder, poderia proteger a construção das violentas e pesadas ondas. 3SG, pág. 66.
As Reações dos Animais na Arca contra a Fúria do Dilúvio — A arca foi violentamente sacudida e golpeada. Os animais dentro dela expressavam seu terror selvagem através de vários ruídos, e em meio a toda luta, agitação das águas e os arremessos de árvores e rochas, a arca seguiu em segurança. Os anjos, que excedem em força, guiaram a arca e preservaram-na de ser danificada. Cada momento, durante a assustadora tempestade de quarenta dias e quarenta noites, a proteção da arca foi um milagre da força todo-poderosa. 3 SG, pág. 71.

Declarações de 1890

O Início do Grande Dilúvio — Após o oitavo dia, nuvens escuras cobriram os céus. Então, se seguiram os estrondos dos trovões e os clarões dos relâmpagos. Logo grandes gotas de chuva começaram a cair. O mundo nunca tinha testemunhado nada como aquilo, e o coração dos homens se encheu de medo. Todos estavam se perguntado em seu íntimo: “Será que Noé estava certo, e o mundo está condenado à destruição?” A escuridão aumentava nos céus, e a chuva caía mais rapidamente. Os animais corriam de um lado para o outro em frenético terror, e os dissonantes gritos lamentavam o próprio destino e a sorte do homem. Então “as fontes do grande abismo” foram “quebradas, e as janelas dos céus foram abertas”. A água desceu das nuvens como grandes cachoeiras.
Os rios extravasaram seus limites e inundaram os vales. Jatos de água eclodiram da Terra com força indescritível, arremessando rochas maciças de centenas de quilos ao ar, e estas, ao cair, se enterram no chão.
As pessoas observaram primeiro a destruição das obras de suas mãos. Seus esplêndidos edifícios e os belos jardins e pomares que tinham dedicado aos ídolos foram destruídos pelos relâmpagos do céu, e as ruínas foram espalhadas completamente para bem longe.
Como a violência da tempestade crescia, árvores, edifícios, rochas e terra foram arremessadas em todas as direções. O terror dos homens e dos animais se tornou indescritível. Acima do estrondo da tempestade foi ouvido o lamento das pessoas que desprezaram a autoridade de Deus. Satanás mesmo, que foi obrigado a permanecer em meio à catástrofe, temeu por sua própria existência …
Os animais, expostos à tempestade, investiam contra os homens, como se estivessem esperando que estes os ajudassem. Algumas pessoas colocavam seus filhos e se atiravam sobre os animais, sabendo que estes eram obstinados e lutariam pela vida, e subiriam os mais altos pontos, para escapar das águas. Alguns subiam nas altas árvores no alto das colinas e montanhas, mas as árvores eram arrancadas e lançadas no turbilhão agitado. Um lugar após o outro que prometia segurança foi abandonado. Como as águas subiam mais e mais, as pessoas procuravam por refúgio no alto das montanhas. Por várias vezes o homem e o animal lutaram juntos por um lugar onde se apoiar, até que ambos foram varridos para longe. PP, págs. 99-100.
Mudanças na Superfície da Terra após o Dilúvio — A superfície inteira da Terra foi mudada pelo dilúvio. Uma terceira maldição caiu sobre a consequência do pecado. Embora as águas começaram a baixar, as colinas e montanhas foram cercadas por corpos mortos humanos e de animais espalhados por todo lugar. O Senhor não permitiria que estes permanecessem a se decompor e poluir o ar, por isso Ele fez da Terra um grande cemitério. Um vento muito forte soprou com o propósito de secar as águas e moveu com grande força, em alguns momentos carregando até os cumes das montanhas … e amontoando as árvores, rochas e terra sobre os corpos. Da mesma forma, a prata e o ouro, as melhores madeiras e as pedras preciosas, com as quais tinha enriquecido e adornado o mundo antes do dilúvio, e as quais seus habitantes tinham idolatrado, foram ocultadas da vista e do alcance dos homens, e a ação violenta das águas amontoou terra e rochas sobre estes tesouros, algumas vezes até formando montanhas sobre eles.
A Terra apresentava uma aparência de confusão e desolação difícil de descrever. As montanhas, que uma vez foram tão belas em suas perfeitas simetrias, se tornaram quebradas e irregulares. Pedras, pontas de rochas e rochas quebradas estavam agora misturadas sobre a superfície da Terra. Em muitos lugares, colinas e montanhas tinham desaparecido, não deixando traços de que estiveram ali; as planícies deram lugar a cordilheiras. Estas mudanças foram mais marcantes em alguns lugares que em outros. Onde uma vez a Terra tinha sido rica em ouro, prata e pedras preciosas, foram vistas as duras marcas da maldição. E sobre países que não foram habitados, e aqueles que não tinham cometido crime algum, a maldição foi menor.
Naquela época, imensas florestas foram enterradas. Estas foram, desde então, transformadas em carvão, for mando as extensas camadas carboníferas que existem hoje, e também fornecendo grandes quantidades de óleo. PP, págs. 107-108.
Outras Declarações sobre o Dilúvio
Como os Antediluvianos Reagiram à Mensagem de Noé — Encontrei-me novamente fora de mim a contemplar o caso de Noé, que com sua família encontrou refúgio na arca. Ele teve fé e obedeceu a Deus. A fé conduziu-o a construir um abrigo contra a terrível tempestade que Deus tinha lhe dito que viria sobre os habitantes pecadores do antigo mundo. Noé obedeceu a Deus implicitamente. Era uma pesada cruz para ele carregar pela fé ao preparar a arca, construindo-a em terra seca. Mas ele concordou com tudo o que Deus lhe tinha ordenado. Ele não escolheu entre os preceitos e mandamentos de Deus quais lhe seriam agradáveis para seu conforto e conveniência presentes, rejeitando aqueles que exigiam desprendimento, aos quais se obedecesse fariam dele um discípulo por prazer e um escarnecedor dos ímpios. Esta escolha de Noé será a de todos que tiverem fé genuína. Assim que soube do desejo de Deus, ele o cumpriu. Não consultou sua vontade, suas escolhas, mas embora obedecer signifique sacrifício e perda de amigos, de prosperidade, do nome e da própria vida, ele caminhou cuidadosa e conscientemente no caminho que Deus indicou.
Foi através da combinação da fé e obras consistentes que Noé condenou o mundo. Não somente pregou a verdade presente apropriada para aquela época, mas viveu cada pregação. Não tivesse ele levantado sua voz em advertência, suas obras, seu caráter santo entre os corruptos e incrédulos seriam sermões de censura para os descrentes e dissolutos daquela época. Revestia-se com paciência e humildade semelhantes às de Cristo sob insultos provo cantes, escárnios e gozações. Sua voz era frequentemente ouvida nas orações a Deus, implorando Seu poder e auxílio para que pudesse cumprir Seus mandamentos. Esta era uma poderosa censura aos incrédulos.
Mas o tempo chegou quando o último apelo de Noé foi feito à raça culpada. Ele deu-lhes mais uma vez o alerta da mensagem de advertência e se refugiou na arca. Estendeu suas mãos em súplica com a voz cheia de compaixão, com os lábios trêmulos e olhos cheios de lágrimas, e lhes disse que sua obra estava feita, mas as altas e rudes zombarias e escárnios e insultos foram lançados com mais determinação sobre Noé. “Entusiasta, fanático, louco” caía sobre seus ouvidos. Despediu-se de todos e entraram ele e sua família; Deus fechou a porta. Aquela porta que se fechou com Noé na arca, fechou-se para o mundo. Foi uma porta fechada no tempo de Noé. E Deus fechou-o dentro da arca. Antes disso, Deus tinha aberto a porta pela qual os habitantes do antigo mundo poderiam encontrar refúgio se acreditassem na mensagem que lhes foi enviada por Deus. Mas, aquela porta estava agora fechada e nenhum homem poderia abri-la. O tempo da graça tinha acabado.
A grande paciência de Deus se esgotou e os números no livro de Deus tinham se acumulado, a taça da injustiça estava cheia. A misericórdia cessara e a justiça empunhou a espada da vingança. A porta encerrada significava esperança morta para o mundo; a última advertência rejeitada, a oportunidade de ouro passada para sempre. O último apelo foi feito pelo homem da justiça, a paciência de Deus se esgotou e quão terrível agora é a Sua ira.
Os incrédulos viram os animais, os pássaros e bestas de todas as espécies entrarem, por si mesmos, na arca. Era algo que não podiam explicar. Viram Noé e sua família entrar, e uma premonição de algo que não podiam compreender impressionou-lhes quando viram que a porta da arca fechou maravilhosamente, sem ajuda de mãos humanas.
Em poucos dias, a chuva começou a cair. As águas cobriram a superfície da Terra, enquanto os habitantes deixavam os jardins onde havia lindas esculturas, as quais tinham sido feitas por sua sabedoria para a idolatria. Deixaram suas mansões, as obras de ouro e os templos de pedras preciosas, chorando a perda da luxúria. As águas continuavam a subir mais e mais alto. Eles estavam cheios de remorso, mas não de arrependimento, cheios de ódio, e alguns com pesar, enquanto as condenações trazidas pelos sermões de Noé, ainda estavam vivas em suas mentes. As repreensões de Deus contra suas práticas martelavam em seus ouvidos, e foram compelidos a fugir de um lugar para outro, sempre buscando um lugar alto e seguro. O último refúgio é alcançado. Olham ao redor e veem um mundo de água. Quão alegremente teriam agora recebido a voz que os convidou para encontrar refúgio na arca. Quão alegres teriam sido ao ouvir orações oferecidas em seu favor pelo fiel Noé — orações das quais tinham zombado e que os teria livrado daquele dia terrível. A doce voz de misericórdia não mais é ouvida. A porta está fechada. Mas Noé e sua família estão a salvo da tempestade na arca sob o cuidado protetor de Deus.
Uma mão divina guiou a arca em segurança em meio ao rugido dos trovões e dos cortantes raios de luz, árvores arrancadas foram emaranhadas no turbilhão, nas águas revoltosas. As ruínas dos palácios e dos templos foram lançadas sobre as águas, mas a arca estava segura. MS 17, 1885.
Belezas do Mundo Antediluviano Comparadas às de Hoje — Se a adoração e devoção a Deus fossem tão grandes quanto a devoção aos prazeres egoístas e acima da adoração das criaturas este (Copenhague, Dinamarca) seria o mais extraordinário lugar. Mas, enquanto observo estas maravilhas da natureza e da arte, veio-me à lembrança o belo Éden, que era o lar de Adão. Sua propensão à tentação e a transgressão da lei de Deus levaram-no a perder o maravilhoso Éden.
Oh, pecado! Como ele contamina e acaba com tudo! Os belos pomares e florestas, os ricos e variados cenários do mundo antes de ser inundado pelo dilúvio excediam em excelência, mas foram manchados pelo pecado. Os homens transgrediram as leis de Deus, e o Senhor disse que os destruiria, porque os pensamentos e as imaginações do seu coração, eram maus e muito maus continuamente. Afastaram Deus de seus pensamentos e toda a sua mente estava absorta em prazeres egoístas, satisfazendo seus próprios desejos e deixando o Deus do céu longe de suas considerações. Eles corromperam seus caminhos diante de Deus e suas más obras macularam a beleza da Terra. Adoraram as coisas feitas por suas próprias mãos, e a violência e o crime tornaram-se quase universais, por isso, o Senhor purificou a Terra da poluição moral com o dilúvio. MS 25, 1885.
Os Antediluvianos Consideravam Noé um Fanático — No tempo do dilúvio, aproximadamente todos os habitantes da Terra pensavam estar certos e Noé errado. Alegaram saber mais que o servo fiel de Deus e fecharam seus ouvidos para as palavras da verdade, vindo sobre eles as trevas. Havia aqueles que como hoje, trocavam a verdade pela falsa ciência. Chamavam Noé de fanático e explicavam ao povo que as declarações de Noé, de que um dilúvio viria sobre a Terra, eram tolices, e que não havia sinal algum de que tal coisa aconteceria. A mensagem de Deus devia chegar a eles através de Noé, mas riram e zombaram de suas palavras, dizendo: “Não está ele falando em parábolas?” Mas a descrença deles não impediu o dilúvio, e então finalmente beberam das águas que cobriram a Terra. Não queremos ser como eles … O mundo todo pereceu no dilúvio, apenas três pessoas se salvaram na destruição de Sodoma, foram advertidos. Não devemos seguir a maioria porque se o fizermos, não veremos o céu. MS 43, 1886.
Enoque Andou com Deus em Meio à Corrupção do Mundo Antediluviano — Sabemos que o Senhor sempre tem uma luz no mundo. Noé, em sua época, foi a luz para a geração perversa e maldosa e foi Deus quem lhe deu esta luz especial para anunciar ao mundo que um dilúvio viria sobre a Terra, por isso deviam refugiar-se na arca. Mas quão poucos ouviram a advertência! Vejamos outro exemplo: Havia um homem chamado Enoque. Que bênção termos Enoque como modelo! É declarado que ele andou com Deus trezentos anos. Não obstante a corrupção ter sido tão grande ao seu redor, ainda assim, andou com Deus e a sua luz brilhou naquela época degenerada. E, se Enoque andou com Deus naquele tempo em meio à corrupção, por que os homens e as mulheres de hoje não podem andar com Deus neste mundo?
A População Antediluviana era Imensa — Noé cumpriu o desejo de Deus em levar a mensagem para um povo impenitente, amante dos prazeres corruptos — os habitantes do mundo de sua época. Somente oito pessoas da imensa população aceitaram a advertência, procuram refúgio na arca e foram salvos. Carta 19b, 1874.
Da vasta população do mundo antediluviano, apenas oito pessoas foram salvas da grande destruição. RH, 25 de set. de 1888.
Reação dos Antediluvianos frente ao Dilúvio — No final de sete dias as nuvens começaram a ajuntar-se. Este era um novo sinal para as pessoas que nunca tinham visto nuvens. Antes desta época, nenhuma chuva havia caído; a Terra era molhada por uma névoa. Grandes nuvens se juntaram, e logo a chuva começou a cair. As pessoas ainda tentavam pensar que isto não era motivo para se preocupar. Mas, logo pareceu como se as janelas do céu tivessem sido abertas, porque a chuva caía em torrentes. No início, a Terra absorvia a água da chuva, mas logo a água começou a subir, e dia após dia ela subia mais e mais. Cada manhã, quando as pessoas viam que ainda chovia, entre olhavam-se em desespero, e a cada noite repetiam as palavras: “Ainda chove?”. Assim foi manhã e noite.
Por quarenta dias e quarenta noites a chuva caiu. A água invadiu as casas forçando as pessoas a buscarem refúgio nos templos, os quais haviam sido erigidos para suas orações idólatras. Mas os templos foram destruídos. A crosta terrestre partiu-se e a água que se encontrava em suas entranhas jorrou. Grandes pedras eram arremessadas para o ar.
Em todos os lugares podia-se ver as pessoas correndo em busca de refúgio. O tempo havia chegado, quando teriam sido tão felizes se somente tivessem aceitado o convite para entrar na arca. Cheios de angústia gritavam: “Oh, nos salvem!”. Alguns gritavam bem alto para Noé, suplicando para que os deixassem entrar na arca. Mas, em meio à ventania da tempestade, suas vozes não podiam ser ouvidas. Alguns se agarraram à arca até que foram arrastados por fortes ondas. Deus protegeu aqueles que acreditaram em Sua palavra e ninguém mais poderia entrar.
Pais com seus filhos ainda buscavam abrigo nos galhos mais altos das árvores, mas logo que encontravam refúgio, o vento arremessava as árvores juntamente com as pessoas nas espumosas e inquietas águas. Animais e seres humanos aterrorizados escalavam as montanhas mais altas, mas eram varridos pela fúria do dilúvio. ST, 10 de abril de 1901.
Evidências das Mudanças Provocadas pelo Dilúvio
Deus Preside sobre Toda a Terra- Em nossa viagem pelos Estados Unidos, observamos e captamos tudo o que era novo e interessante em cada cenário. Olhamos além das altas montanhas, grandiosas em sua beleza e majestade, com suas muralhas de rochas parecendo grandes castelos antigos. Estas montanhas nos falam da fúria desoladora de Deus em defesa de Sua lei quebrada; foram arremessadas pelas convulsões tempestuosas do dilúvio. São como ondas poderosas que à voz de Deus, aquietam-se — ondas fortes, confiantes em sua arrogante força. Estas imensas montanhas pertencem a Deus. Ele preside sobre Suas sólidas rochas. A riqueza de suas minas é também Sua, e do mesmo modo são os profundos abismos da Terra. RH, 24 de fev. de 1885.
As Rochas são Testemunhas da Destruição do Mundo pela Água —
Quando nosso Criador formou o mundo para ser habitado pelo homem, suas formações foram preparadas pelo Deus da Sabedoria para atender as necessidades físicas e mentais do homem. O grande Arquiteto formou e moldou os cenários da natureza para que pudessem influenciar sobre o caráter moral e intelectual do homem. Estes cenários devem ser como escolas de Deus para educar a mente e a moral e nele pode a mente ter um vasto campo para estudar a manifestação das obras majestosas do Infinito.
As rochas estão entre as coisas preciosas da Terra, contendo tesouros de sabedoria e conhecimento. Nas rochas e montanhas está registrado o fato de que Deus destruiu o ímpio da Terra através de um dilúvio e a superfície partida da Terra revela, nas rochas gigantescas e nas elevadas montanhas, que o poder do Senhor fez isto por causa da iniquidade dos homens ao transgredirem Sua lei. Toda variada paisagem diante dos olhos, é a obra do Deus da sabedoria, em cujas estupendas obras, os homens podem discernir que há um Deus vivo, cujo poder é ilimitado. As Obras maravilhosas e majestosas são para lapidar a alma e suavizar a aspereza da natureza humana e ajudá-la a construir seu caráter. MS 73, 1886.
João, o Revelador, Encontrou em Patmos Evidências do Dilúvio —
O apóstolo [João] testemunhou ao seu redor [na Ilha de Patmos] a evidência do dilúvio que inundou a Terra porque os habitantes [do mundo antediluviano] aventuraram-se a transgredir a lei de Deus. As rochas trazidas dos grandes abismos e da Terra pelo romper das águas, avivaram em sua mente, o terror do terrível derramamento da ira de Deus. RH, 10 de mar. de 1881.
As Rochas Aparentavam ser Muito Antigas —
Rochas e mais rochas em toda parte [perto de Cheyenne, Wyoming] tinham a aparência de serem muito antigas e se amontoam formando fortalezas como se fossem colocadas ali por mãos humanas. Neste momento vejo também rochas imensas de formas singulares feitas de areia e cascalho bruto. Carta 26, 1872.

10 Convincentes Razões para se Crer na Bíblia


No estudo de hoje quero apresentar dez convincentes razões para se crer na Bíblia, desde que se esteja disposto a tanto.
Podemos acreditar na Bíblia, em pleno século 21? Seria a Bíblia mais do que um livro de mitos e histórias para crianças? Confira as 10 razões porque acredito nela:
Primeira: A Bíblia afirma ter sido inspirada por Deus. Ela foi escrita por pessoas comuns, mas essas pessoas foram guiadas pelo Espírito Santo. (Segunda carta de Pedro, capítulo um, versículos 20 e 21). Por ter sido inspirada por Deus, a Bíblia está em um nível diferente dos outros livros.
Segunda razão porque acredito na Bíblia: Jesus citou a Bíblia. Lucas 24:27 e 44, afirma isso. Eu não acredito que Cristo fosse citar um livro de contos de fadas.
Terceira: As profecias da Bíblia são corretas. O profeta Miquéias, que viveu cerca de 500 anos antes de Cristo, predisse que Jesus nasceria em Belém, na Judéia. A profecia se cumpriu em cheio. O profeta Isaías, no capítulo 13, predisse que Babilônia seria destruída; que ficaria sem moradores; se tornaria a casa de aves e animais selvagens. Essa profecia teve um cumprimento literal – sem falar em muitas outras.
A quarta razão porque acredito na Bíblia: a arqueologia confirma a Bíblia. Repetidamente, a arqueologia tem confirmado a veracidade da Bíblia. Vou citar um caso. T. K. Cheyne disse, na edição de 1881 da Encyclopaedia Britannica, que as passagens bíblicas sobre os hititas não podiam ser “tomadas estritamente como documentos históricos” porque não havia evidências de que esse grupo tenha existido. Hoje, graças à arqueologia, a Encyclopaedia Britannica concorda com o que a Bíblia afirma sobre os hititas.
A quinta razão: a mensagem bíblica tem unidade. Embora cerca de 40 autores tenham participado na elaboração dos escritos bíblicos, num período de mais ou menos 1.500 anos, não há contradições neles. Os autores não se chocam uns com os outros.
A sexta razão: a Bíblia dá lampejos científicos. Ela não é um livro de ciência, mas não erra quando fornece um de seus flashes científicos. Jó 38:31 fala em “atar… o sete-estrelo”. De fato, as sete estrelas da Plêiade se deslocam no espaço numa mesma direção. R. J. Trumpler, do Observatório Lick, na Austrália, diz que a estrelas estão todas amarradas juntas e “voando como um bando de pássaros”. Nesse mesmo texto do livro de Jó encontramos a frase “soltar os laços de Órion.” De fato, as estrelas do laço de Órion viajam separadamente.
A sétima razão porque acredito na Bíblia: ela resiste à ação do tempo e dos críticos (Isaías 40:8). Apesar de todo tipo de ataque, incluindo aí a fúria dos críticos, a Bíblia chega com vida e saúde ao século 21.
A oitava razão: Deus e a Salvação constituem os temas centrais da Bíblia. Em marcante contraste com outros escritos ditos “sagrados”, a Bíblia focaliza mais Deus e a maneira como as pessoas podem ser salvas do que as façanhas humanas.
A nona razão porque acredito na Bíblia: a Bíblia apresenta uma excelente ética. A moralidade e a ética apresentadas pela Bíblia são contrárias à inclinação natural das pessoas, mas não ao bom senso. “Felizes os pobres de espírito” e “ame seus inimigos” são dois ensinamentos interessantes, não acha?
E a décima razão porque acredito na Bíblia: A Bíblia transforma vidas (Hebreus 4:12). Alguns anos trás, um militar visitou uma ilha de canibais no Pacífico Sul. Certo dia, viu um velho sentado em frente à sua cabana lendo um livro. Perguntou o que ele estava lendo. Levantando sua Bíblia, o chefe disse: “Leio o livro de Deus”.
“Você está meio ultrapassado, não?”, atacou o militar. “Em meu país não acreditamos mais nesse livro. Achamos que ele não passa de um amontoado de mitos.”
O velho chefe pensou devagar, então replicou: “Talvez vocês não acreditem na Bíblia em sua terra. Mas esse Livro me fez um homem bom. Antes dele chegar aqui, eu comeria você. Agora o Livro me mudou. Deixei de ser canibal. O Livro de Deus mudou meu coração. Diga-me, homem branco, você quer que eu jogue o Livro fora e coma você?”
O experiente conselheiro Tim LaHaye sugere alguns passos para aproveitar melhor a leitura da Bíblia. Preste atenção:
Primeiro: leia a Bíblia diariamente. A leitura da Bíblia é para a vida espiritual aquilo que a alimentação é para a vida física. A maioria das pessoas gosta de ler a Bíblia, devocionalmente, pela manhã. É mais fácil programar a leitura bíblica para a parte da manhã; basta levantar 15 minutos mais cedo.
Em segundo lugar, marque a duração do tempo. É importante ter um tempo definido, e 15 minutos não é demais. A maioria das pessoas passa mais tempo que isso lendo jornais ou assistindo ao noticiário da TV, ou em telefonemas desnecessários.
Em terceiro lugar, marque um lugar definido. O lugar para fazer a leitura ajuda a concentração e persistência. Os entendidos dizem que a leitura deve ser feita na posição sentada, à uma mesa, e sem outros objetos na mesa, além da Bíblia.
Por último, anote, sublinhe, releia e peça sabedoria de Deus para entender o livro dEle. Como Ele é o autor, Ele o ajudará com muita satisfação. E, não esqueça: se você ler 3 ou 4 capítulos por dia, em um ano lerá toda a Bíblia.
Pr. Montano de Barros
Fonte: Sétimo Dia

A Glória do Órion

Uma noite, o astrônomo Garret P. Serviss estava contemplando com um amigo o incomparável espetáculo do Orion que avançava para o meridiano, quando seu companheiro se dirigiu repentinamente a ele e observou:
— Não haverá algum mistério oculto nessa parte dos céus ? Pelo menos assim me parece, porque nunca me posso libertar da idéia de que o poder criador que fez o universo, prodigalizou seus mais ricos dons na região do Orion e seus arredores.
O sr. Serviss manifestou-se de acordo com a observação. Eis suas palavras:
— O mesmo pensamento ocorreu sem dúvida alguma a centenas de outras pessoas, ao contemplarem essa região tão adornada de estrelas. Os céus não são iguais em todas as partes, como não o é a face da terra. Um dos maiores encantos que atraem o astrônomo, em seu entretenimento noturno, é a assombrosa diversidade que vê em diversas direções.
“Na terra não encontramos diamantes e rubis em todos os países. Eles se limitam a certas localidades, como os campos diamantíferos do sul da África, ou os seixos da Birmânia. Há, igualmente, setores definidos do espaço em que não só se acumulam as estrelas mais brilhantes, mas também as que possuem peculiaridades próprias, que lhes assinalam uma hierarquia à parte.
“A região do Orion é talvez o mais admirável desses lugares aparentemente favorecidos. A análise espetroscópica, bem como a aparência geral da luz das estrelas situadas naquela porção do céu, permitem-nos pensar que foram postos à-parte, com sua denominação especial de ‘as estrelas do Orion’ . . .
“É a parte do universo visível à qual se faria mais voluntariamente uma visita, se a personalidade humana pudesse abandonar esta terra, assim como somos atraídos para a parte de um jardim em que a magnificência das flores revela ser o solo mais fértil e seus produtos mais abundantes e louçãos .. . É um espetáculo bem digno de ser admirado, e que não requer emprego de instrumento ótico algum. “
Depois do Cão Maior, Orion é uma das constelações mais bem conhecidas. Algumas de suas estrelas figuram entre as mais brilhantes do firmamento. A todos beneficiaria encontrar este extraordinário grupo de diamantes celestiais e familiarizar-se com ele. Incluídos estão a estrela rosada Aldebaram, e Rigel, a brilhante estrela branca do pé esquerdo do Orion. A seguir encontramos a imperial Sírio, a estrela mais brilhante do céu. Entre a gigante Beteljausa, de côr alaranjada, situada próximo do ombro do Orion, e Rigel , em seu tornozelo, encontramos três estrelas que formam seu cinto, e logo, dependurada desse cinto, a espada do Grande Caçador, consistindo em três estrelas pequenas. O grupo da espada é o que nos interessa especialmente, porque a estrela central desse grupo é a que, para nossa admiração e assombro, ocupa o assim chamado “espaço aberto”.

O Espaço Aberto do Órion

Cerca do ano 1848, a sra. E. G. White, que não era astrônoma, e que segundo suas próprias palavras não se lembrava de haver jamais consultado um livro de astronomia, empregou, acerca da nebulosa do Orion, uma expressão para cuja explicação foram precisos muitos estudos astronômicos.
Ela falou dos acontecimentos que hão de ocorrer enquanto for derramada a sétima taça da ira de Deus, segundo está registado em Apoc. 16: 17-21. Citaremos suas palavras textuais:
“Então o sol, a lua e as estrelas se moverão em seus lugares. Não passarão, mas serão abalados pela voz de Deus. Nuvens negras e densas subiam e chocavam-se entre si. A atmosfera abriu-se e recuou; pudemos então olhar através do espaço aberto em Orion, donde vinha a voz de Deus. ” — Vida e Ensinos, pág. 113.
Que é o “espaço aberto no Orion” ? Muitas horas de pesquisa foram dedicadas ao esforço de resolver este problema, e vários observadores contribuíram para a sua discussão. Edgard Lucian Larkin, diretor do Observatório de Monte Lowe, Passadena, Califórnia, expressou sua opinião, há alguns anos, num artigo do qual citamos o seguinte:
“Convido o leitor a vir comigo sondar as profundidades mais espantosas e assombrosas do espaço interestelar, a explorar comigo uma cova gigantesca, uma profundidade ou escaninho na nebulosa que há na constelação do Orion.
“Recentes impressões fotográficas feitas em placas de vidro expostas no Observatório de Monte Wilson, revelam a propriedade ótica da perspectiva. O que sempre pareceu ser uma superfície plana de matéria nebulosa, isto é, o formoso brilho que há na nebulosa da espada do Orion, revela, nas regiões centrais desses negativos, ser alguma coisa como a boca de uma caverna, uma profundidade aberta que retrocede para distâncias afastadas mais além. Esses negativos, tomados por meio de um grande espelho côncavo de metro e meio de diâmetro [então o maior do mundo], mostram em realidade profundidades sob a resplandecente superfície da nebulosa, e produzem este efeito: a vista olha pela abertura e ao longo dos lados aparentes, para trás. . .
“Chegam os meses de inverno; Orion ergue-se cedo à noite, ostentando magnificos e reais mantos noturnos, vestimentas de pérolas, resplandecências de diamantes. A nebulosa pode ser vista dèbilmente a olho nu, e melhor com óculos de alcance. Fitemo-la nas horas silenciosas, concentrando todas as nossas faculdades mentais, e imaginemo-nos que a região central da nebulosa é em realidade a abertura gigantesca de uma caverna que leva a profundidades inconcebíveis. “
O professor Larkin prossegue dizendo-nos alguma coisa do tamanho desse gigantesco abismo:
“A nebulosa do Orion é, em seu diâmetro angular, mais largo do que a lua, cujo diâmetro é de trinta e dois minutos de arco. Eliminemos todos os excedentes e tomemos matematicamente um diâmetro de trinta e dois minutos apenas, e imediatamente a distância e as dimensões da nebulosa se aprofundam no pensamento humano até ao infinito.
“A abertura desse local é de pelo menos quinze minutos de arco de diâmetro; e o observador pode atingir resultados matemáticos.

A Imensidade da Caverna

“Si, mediante um telescópio poderoso, fitarmos qualquer ponto resplandecente desta nebulosa, e medirmos sua posição por meio de um micrômetro, hoje, e repetirmos a operação seis meses mais tarde, farse-á um descobrimento assombroso: isto é, que as posições são exatamente as mesmas. No decorrer dos seis meses, porém, a terra percorreu a distância de trezentos milhões de quilômetros. Vejamos o que isto significa: transportemos o mesmo telescópio para a nebulosa, e olhemos de lá para a órbita de nosso planeta. O diâmetro da grande órbita celeste, uma linha de trezentos milhões de quilômetros, parecer-nos-ia então tão curta que não se poderia medir com o microscópio, instrumento capaz de medir o diâmetro de um cabelo finíssimo.
“Mas a abertura dessa cova é de quinze minutos de largura, no mínimo. Como se achará sua largura em quilômetros? Seria impossível, medindo qualquer parte resplandecente da nebulosa; de maneira que se devem medir estrelas próximas, supondo em seguida que a nebulosa adjacente esteja a essa distância da terra. Algumas dessas estrelas próximas são binárias, que assim se chamam os casos em que há duas estrelas (em realidade são sóis gigantescos), que giram em redor de um centro comum de gravidade. Por procedimentos de alta e abstrata matemática, pode-se determinar exatamente a distância a que estão da terra.
“O resultado de certo número de medições das estrelas binárias do Orion indica que sua paralaxe é de 1/200 de segundo de arco. Achar a paralaxe significa ir a uma estrela, olhar de lá para cá, e medir a distância angular que há entre nossa Terra e nosso Sol. A distância linear é de uns cento e cinquenta milhões de quilômetros, e a angular, tomada das estrelas do Orion, de 1/200 de segundo. Então, com duzentas linhas, que tivessem cada uma cento e cinquenta milhões de quilômetros de comprimento, posta uma atrás da outra, formar-se-ia um segundo de arco, ou seja, uns trinta mil milhões de quilômetros. Havendo sessenta segundos por minuto, teríamos 1. 850. 000. 000. 000 de quilômetros, que, multiplicados por quinze (a abertura do Orion tem quinze minutos de arco) perfariam 27. 750. 000. 000. 000 de quilômetros, que é a largura dessa abertura colossal que conduz à caverna.
“Então, noventa mil pequenos círculos que tenham as dimensões da órbita terrestre, cada um com um sol em seu centro, entrariam nesse abismo “e caberiam lado-a-lado! E todas essas dimensões são menores que a realidade.
“A distância que há desde a entrada até ao fundo do abismo não pode ser medida, mas deve ser, pelo menos, três vezes maior que a largura, isto é, uns oitenta e quatro bilhões de quilômetros. Mas esta é a distância que há entre a terra e a gigantesca Sírio. Esta e Alfa do Centauro, que a segue, achariam ampla acomodação dentro desta profundidade cósmica. Massas retorcidas, desgarradas e envoltas de resplandecente matéria gasosa, adornadas de miríades de pontos resplandecentes — sóis incipientes, sem dúvida — formam as paredes gigantescas, e o conjunto é uma cena de magnificência indescritível.
“Esses negativos revelam a abertura e o interior de uma caverna tão formidável que todo o nosso sistema solar, inclusive a órbita de Netuno, nela se perderia. Em todos os telescópios ordinários, a nebulosa parece uma superfície plana. Contemplei-a desde os dias de minha juventude, com muitos telescópios de várias potências, mas nunca sonhei que a região central fosse a boca de uma cova colossal. …
“Vi massas de gás, resplandecentes, desgarradas e retorcidas, colunas irregulares, pilares e estalactites de fulmíneo esplendor, e estalagmites que se elevam do pavimento gigantesco! A aparência é a de uma luz que resplandece por detrás de hercúleos muros de marfim ou nácar, salpicados de milhões de pontos diamantinos, que são estrelas resplandescentes. “
Não é de estranhar que o profeta Isaías haja advertido: “Levantai ao alto os vossos olhos, e vede quem criou estas coisas, quem produz por conta o seu exército, quem a todas chama pelos seus nomes; por causa da grandeza das suas forças, e pela fortaleza do seu poder, nenhuma faltará. ” (Isaías 40: 26).
Artigo de autoria de J. Walter Rich, publicado na Revista Adventista de Dezembro/1939.

“Lembrando-se do Sábado!"

Prólogo
Como guardadores do sétimo dia da semana, precisamos ter uma visão esclarecida sobre o que significa santificar o sábado. Os anjos caídos buscam incessantemente “cegar o entendimento” (II Coríntios 4:4) dos seres humanos, a respeito de todos os preceitos de Deus e em especial o sábado! “É da maior importância que seja exercida correta influência..., tanto por preceitos como pelo exemplo” [1]. Como adventistas, é imprescindível basearmos nossas vidas nas Sagradas Escrituras. Para tanto, necessito eu ser um cristão “que maneja bem a palavra da verdade” (II Timóteo 2:15). Ser um adventista do sétimo dia é ser um diligente estudante da Bíblia que, tanto quanto possível, compreende e pratica com iluminada veemência a guarda do sábado em seu preparo para a volta de Cristo! Objetivando admoestar à verdadeira santificação “do e no” sábado e visando a um despertar para o estudo da Bíblia (pois “ao ser a mente posta a pesquisar a Palavra de Deus, o intelecto se fortalecerá, e os mais elevados poderes da mente se desenvolverão para a compreensão das elevadas e enobrecedoras verdades”[2]), elaborei esta curta pesquisa única e estritamente fundamentado na Bíblia e no Espírito de Profecia, para todos os que desejam cumprir o “Ide” de nosso Senhor e anseiam o Seu iminente retorno. Que Deus o ilumine com a presença do amigo Espírito Santo em seu estudo! “Será por nós justiça, quando tivermos cuidado de cumprir todos estes mandamentos perante o Senhor, nosso Deus, como nos tem ordenado” (Dt 6:25).
 
Esclarecimentos Para a Correta Observância do Sábado
“Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o Senhor, teu Deus” (Dt 5:12, ênfase nossa). Auxiliando na compreensão deste mandamento para nossa correta observância, é interessante entendermos a citação em negrito acima desta forma: “da maneira como é do agrado do Senhor”! “Se desviares o pé de profanar o sábado e cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendo fazer tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor”. (Isaías 58:13 e 14; ênfase nossa). Quero salientar este último texto em negrito: “Quem quer que obedeça ao quarto mandamento, verificará  que  está  traçada  uma  linha  divisória  entre  eles e o mundo”[3]; e eu acrescento, entre eles e o ‘eu acho que é por aqui’! Quando se trata com os preceitos divinos, o bom senso humano não deve ter prioridade, pois “Deus não consulta nossas conveniências no que respeita a Seus mandamentos” [4]. “Não temos como um povo, dado à Lei de Deus a preeminência que devíamos dar. Estamos em perigo de fazer nossa própria vontade no dia de sábado” [5]. “A norma não deve ser posta a um nível tão baixo que os que aceitam a verdade transgridam os mandamentos de Deus, enquanto professam obedecer-lhes. Seria melhor, muito melhor, deixá-los em trevas até que recebessem a verdade em sua pureza” [6]. “Alguns argumentarão que o Senhor não é tão exigente em Seus preceitos; que não é seu dever guardar o sábado tão estritamente com tão grande prejuízo, ou se colocarem em conflito com as leis da Terra. É, porém, justamente aí o ponto em que sobrevirá a prova, a ver se honramos a Lei de Deus acima das exigências dos homens. Isto é o que fará a distinção entre os que honram a Deus e os que O desonram. É isto que devemos provar nossa lealdade. A história do trato de Deus com Seu povo em todos os séculos mostra que Ele exige exata obediência” [7]. “Coisa alguma que aos olhos do Céu possa ser considerada transgressão do santo sábado, deve deixar-se por dizer ou fazer, para ser dita ou feita no sábado. Deus requer não somente que nos abstenhamos do trabalho físico no sábado, mas que a mente seja disciplinada de modo a pensar em temas santos. O quarto mandamento é virtualmente transgredido mediante o conversar sobre coisas mundanas ou leves e frívolas. Falar sobre qualquer coisa ou sobre tudo o que nos vêm à mente é falar nossas próprias palavras” [8]. “Cumpre-nos guardar palavras e pensamentos. Os que discutem assuntos de negócios e fazem planos no sábado, são considerados por Deus como se empenhassem-se em reais transações de negócios. Para santificar o sábado, não devemos sequer permitir que nossa mente se detenha em coisas de caráter secular” [9]. Este próximo texto nos revela uma advertência e um convite solenes, não por simplesmente sermos adventistas do sétimo dia, mas por sermos, graças ao amor de nosso Pai, “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamarmos as virtudes dAquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz”! (I Pedro 2:9, na 1ª pessoa do plural): “O domingo é geralmente tornado um dia de festa e de busca de prazer; mas o Senhor quer que Seu povo dê ao mundo exemplo mais elevado e santo. No sábado deve haver uma solene consagração da família a Deus” [10]! Lembremo-nos: “O Senhor dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente”! (Salmo 84:11). “Foi-me apresentado todo o Céu como a contemplar e observar no decorrer do sábado, aqueles que reconhecem as reivindicações do quarto mandamento, e estão guardando o sábado. Os anjos estavam anotando o interesse deles nessa divina instituição, o elevado respeito que por ela nutrem. Aqueles que santificavam no próprio coração o Senhor Deus, mediante uma estrutura estritamente devocional do espírito, e que buscavam aproveitar as horas santas em observar o sábado da melhor maneira que lhes era possível, e honravam a Deus em considerar o sábado deleitoso – a esses, beneficiavam especialmente os anjos com luz e saúde e era-lhes comunicada especial resistência” [11]!

O Modo Pelo Qual a Família White Guardava o Sábado
Apresento agora, exemplos da família de Ellen White – uma pessoa abençoada pela inspiração (veja Perguntas & Respostas vol.1, p.5) e revelação (idem, p.30) do único verdadeiro Deus. Aprendamos!


[Battle Creek, Michigan] Sábado, 1º de Janeiro de 1859. Assistiu à Pregação, a um Batismo e às Ordenanças. – É o início do novo ano. O Senhor deu liberdade a Tiago, no sábado à tarde, ao pregar sobre a necessidade de preparação para o batismo e para participar da Ceia do Senhor. Houve muita emoção na congregação. No intervalo todos se dirigiram a água, onde sete seguiram a seu Senhor no batismo. Foi uma ocasião poderosa e do mais profundo interesse. Foram batizadas duas pequenas irmãs de uns onze anos de idade. Uma, Córnélia C., orou na água pedindo que se mantivesse incontaminada do mundo. No entardecer a igreja seguiu o exemplo de seu Senhor, lavando os pés uns dos outros, e então participou da Ceia do Senhor. Houve regozijos e lágrimas naquela casa. O lugar era solene, mas glorioso, devido a presença do senhor. – Manuscrito 5, 1859.

[Otsego, Michigan] Sábado 8 de Janeiro de 1859. Viajou de Trenó Até à Reunião e Falou um Pouco. – É o santo sábado. Oxalá honremos e glorifiquemos a Deus hoje. ... Fomos com o irmão Leighton, no seu trenó, a Otsego, seis quilômetros e meio. Fazia muito frio; quase não consegui ficar à vontade. Achei a casa de culto não muito aquecida. Todos estavam com muito frio. Levou algum tempo para se aquecerem. O irmão Loughborough pregou sobre o juízo. Então eu disse algumas palavras. Não muito livremente. Em seguida, a igreja de pronto deu seus testemunhos. – Manuscrito 5, 1859.

[Battle Creek] Sábado, 5 de Março de 1859. Ficou em casa Para Cuidar de Tiago White. – Não assisti à reunião hoje. Meu marido estava doente. Permaneci com ele, para atendê-lo. O Senhor esteve conosco e nos abençoou esta manhã. Tive notável liberdade na oração. O irmão Jonh Andrews pregou duas vezes hoje. Ele passou o entardecer e a noite conosco. Apreciamos muito a visita. – Manuscrito 5, 1859.

[Battle Creek] Sábado, 19 de Março de 1859. Assistiu à Reunião e Leu Algo Para os filhos. – Assisti à reunião na parte da manhã. O irmão Loughborough pregou com grande liberdade sobre o sono dos mortos e a herança dos santos. Fiquei em casa à tarde. Li para meus filhos,* escrevi uma carta para o irmão Newton e esposa, animando-os nas coisas espirituais. À noite assisti à reunião para a comunhão e o lava-pés. Não me senti tão livre como gostaria de estar nessas ocasiões. – Manuscrito 5, 1859.

*Adélia Patten, por diversos anos ajudante na casa dos White, em Battle Creek, na sua “Narrativa da Vida, Experiência e Última Doença de Henrique N. White”, o qual faleceu em dezembro de 1863, fez a seguinte declaração a respeito do trato de Ellen White com os seus filhos:


Há vários anos sua mãe tem passado muito tempo lendo para eles, aos sábados, alguma coisa de sua grande quantidade de textos seletos, de assuntos morais e religiosos, uma parte dos quais ela publicou recentemente na obra intitulada Sabbath Readings (“Leituras Para o Sábado”). Ler para eles antes que pudessem ler com facilidade por si mesmos, causou-lhes um amor pela leitura proveitosa, e eles têm passado muitas horas de folga, especialmente as horas do sábado, quando não estão na Escola Sabatina e nas reuniões, compulsando bons livros, dos quais estavam bem providos. – Appeal to Youth, p.19.

[Convis, Michigan] Sábado, 9 de abril de 1859. Esteve Presente e Ministrou em Convis. – Levantei-me cedo e cavalguei uns vinte quilômetros até Convis, para encontrar-me com os santos ali. A viagem foi agradável. Passei pela casa do irmão Brackett. Eles nos acompanharam ao local da reunião, a uns três quilômetros de sua casa. Um pequeno grupo de observadores do sábado se reuniu num amplo e confortável edifício escolar. Tiago teve grande liberdade para falar ao povo. Eu disse algumas palavras. A reunião durou mais ou menos até às duas horas. Quase todos deram testemunho da verdade. Após a ceia, quando as horas do tempo sagrado estavam findando, tivemos um agradável período de oração. Tiago conversou com as crianças antes de inclinar-se para orar. – Manuscrito 6, 1859.

[Battle Creek] Sábado, 23 de Abril de 1859. Assistiu à Reunião e Recebeu Visitas. – A irmã Brackett, a irmã Lane e sua filha, a irmã Scott e a irmã Smith vieram de Convis para a reunião em Battle Creek. Elas almoçaram em nossa casa.* As reuniões foram interessantes durante o dia. O irmão Waggoner pregou na parte da manhã. Seu sermão foi apropriado. No intervalo foram batizadas quatro pessoas... . Nossa reunião à tarde foi muito interessante. Meu marido nunca teve maior desembaraço. O Espírito do Senhor esteve na reunião. O Senhor me deu liberdade na exortação. Ao anoitecer foram celebrados os ritos da casa do Senhor. Foi uma ocasião solene e interessante. Não pude estar presente, pois me achava muito exausta. – Manuscrito 6, 1859.

*As refeições aos sábados, na casa da Sra. White, em anos posteriores, são descritas por sua nora, numa declaração datada em 16 de outubro de 1949:

“Como nora de Ellen, fui um membro de seu lar por um pouco mais de um ano, e muitas vezes estive em sua casa e viajei com ela durante um período de vinte anos. Perguntaram-me a respeito das refeições aos sábados no lar dos White. Toda a preparação possível era efetuada na sexta-feira, o dia da preparação, para as refeições aos sábados. No sábado, o alimento, tanto para o desjejum como para o almoço, era servido quente, tendo sido esquentado imediatamente antes da refeição. Todo serviço desnecessário era evitado no sábado, mas em nenhuma ocasião a Sra. White considerou uma violação da devida observância do sábado prover os confortos ordinários da vida, como fazer fogo para o aquecimento da casa ou para esquentar o alimento a ser ingerido nas refeições.” – Sra. G. C. White.

[Battle Creek] Sábado, 12 de Abril de 1873. Fez muitas visitas Missionárias. – Meu marido falou ao povo na parte da manhã. Eu fiquei em casa porque não me sentia em condições de estar presente. À tarde assisti À reunião... Depois que a reunião terminou, visitei Ella Belden. Tive um agradável período de oração com ela. Visitei então o irmão e a irmã W. Salisbury. Tivemos em precioso período de oração com a família. Eles uniram suas orações às minhas. Todos nós sentimos que o Senhor nos abençoou. Em seguida fiz uma breve visita aos idosos irmão e irmã Morse. ... Visitei o irmão e a irmã Gardner. Ele está chegando ao fim de sua jornada. A doença tornou-o muito fraco. Ele ficou contentíssimo ao ver-me. Unimos nossas orações, e o coração dessas pessoas aflitas foi confortado e abençoado. – Manuscrito 6, 1873.

[Battle Creek] Sábado, 17 de Maio de 1873. Percorreu Alguns Quilômetros, Dormiu um Pouco. – Percorremos alguns quilômetros no bosque dos carvalhos. Descansamos cerca de uma hora. Dormimos um pouco. ... Tivemos um período de oração antes de voltar para casa. De tarde fomos à reunião. – Manuscrito 7, 1873.

[Washington, Iowa] Sábado, 21 de Junho de 1873. Escreveu Sobre os Sofrimentos de Cristo. – Um belo dia; um pouco quente. Apliquei um envoltório. Senti-me melhor. Escrevi quinze páginas sobre os sofrimentos de Cristo. Fiquei muito interessada em meu assunto. ... Tivemos alguns indícios de chuva. Reuni a família e li o assunto que havia escrito. Todos pareciam interessados. – Manuscrito 8, 1873.

[Walling’s Mills] Sexta-Feira, 12 de Setembro de 1873. Hospedou um Homem Não Adventista. – Chegamos em casa um pouco antes do pôr-do-sol. Recebemos carta do irmão Canright, e também de Maria Gaskill e Daniel Bourdeau, dando-nos um relato da reunião campal. Ao chegar em casa, encontramos João Cranson ali. Ficamos tristes de que ele viesse visitar-nos no sábado. Durante o sábado não gostamos de receber visitas que não têm nenhum respeito para com Deus ou Seu santo dia. – Manuscrito 11, 1873.

[No Trajeto de Colorado a Battle Creek] Sábado, 8 de Novembro de 1873. Viajou Pesarosamente no Sábado. – Descansamos bem no vagão durante à noite. Não desejaríamos encontrar-nos nos vagões esta manhã, mas circunstâncias relacionadas com a causa e a obra de Deus requerem nossa presença na Associação Geral. Não podíamos demorar-nos. Se estivéssemos tratando de nossos próprios interesses, acharíamos ser uma violação do quarto mandamento viajar no sábado. Não entabulamos conversas comuns. Procuramos manter o espírito numa disposição devocional e desfrutamos um pouco da presença de Deus enquanto deploramos profundamente a necessidade de viajar no sábado. – Manuscrito 13, 1873.

[Sydney, N. S. W., Austrália] 4 de Fevereiro de 1893. Falou de Manhã, Embarcou no Navio à Tarde. – Fomos numa carruagem de aluguel à igreja em Sydney, e falei sobre a fé, de Hebreus 11. O Senhor me fortaleceu por Sua graça. Senti-me muito fortalecida e abençoada. O Espírito Santo esteve sobre mim. Força, tanto física com espiritual, foi-me concedida em grande medida. ... Às duas horas da tarde subimos a bordo de um navio a vapor para fazer a viagem que temíamos há muito tempo. Toda a nossa bagagem fora guardada na sexta-feira. Temos muita aversão a viajar no sábado, mas precisa ser efetuada a obra de transmitir a mensagem ao mundo, e podemos manter a mente e o coração elevados a Deus e ocultar-nos em Jesus. Quando não podemos controlar essas questões, devemos deixar tudo aos cuidados de nosso Pai celestial. Se a nossa confiança estiver em Deus, Ele nos ajudará. – Manuscrito 76, 1893. 

Nosso magnânimo Deus nos dá o direito de reivindicar as Suas promessas; contudo, é-nos pedido fazer a parte que nos cabe: “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda a impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus”; “procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”! (II Coríntios 7:1 e II Timóteo 2:15). Que este simples, mas proveitoso material, possa com a bênção da unção do Espírito Santo iluminar a sua vida! É primordial para tanto, antes de tudo, reclamarmos as promessas de Deus, tais como: “Instruir-te-ei e te ensinareis o caminho que deves seguir; e sob as Minhas vistas te darei conselho” e “A intimidade do Senhor é para os que O temem, aos quais Ele dará a conhecer a Sua aliança”! (Salmos 32:8 e 25:14). Saiba ainda, caro leitor, que por mais compenetrados que estejamos neste assunto, existe muito para aprendermos, e isto só se realizará na vida do porvir!

“Vi que sentíamos e compreendíamos bem pouco da importância do sábado, em comparação com o que ainda devemos compreender e saber de sua importância e glória. Vi que não sabíamos ainda o que era cavalgar sobre os altos da Terra e ser sustentado pela herança de Jacó. Quando, porém, vier o refrigério e a chuva serôdia pela presença do Senhor e a glória do Seu poder, saberemos o que é ser sustentado com a herança de Jacó e cavalga sobre os altos da Terra. Então veremos mais da importância e glória do sábado. Mas não o veremos em toda  a sua glória e importância até que seja feito conosco o concerto de paz, à voz de Deus, e as portas de pérola da Nova Jerusalém sejam abertas” [12] (veja Isaías 58:14)!
  
Referências
[1] Mensagens Escolhidas III, p. 260
[2] E. G. White, Adventist Review and Sabbath Herald, 28.09.1897
[3] Testemunhos Seletos II, p.180
[4] Testemunhos Seletos II, p.182
[5] Mensagens Escolhidas III, p.258
[6] Idem, p.260
[7] Testemunhos Seletos II, p.183
[8] Testemunhos Seletos I, p.230
[9] Testemunhos Seletos II, p.185
[10] Idem, p.185
[11] Testemunhos Seletos I, p.292
[12] Mensagens Escolhidas III, p.260 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Condições Antidiluvianas

 A Perfeição Física de Adão e Eva — Ao sair Adão das mãos do Criador era de nobre estatura e perfeita simetria. Tinha mais de duas vezes o tamanho dos homens que hoje vivem sobre a Terra, e era bem proporcionado. Eva não era tão alta quanto Adão. Sua cabeça alcançava pouco acima dos seus ombros. Ela, também, era nobre, perfeita em simetria e cheia de beleza. 3 SG, pág. 34 (1 SP, pág. 25).
A Aparência Física de Adão e Eva — Ao sair Adão das mãos do Criador, era de nobre estatura e perfeita simetria. Sua cútis não era branca ou pálida, mas rosada, reluzindo com a rica coloração da saúde. Tinha mais de duas vezes o tamanho dos homens que hoje vivem sobre a Terra. Eva não era tão alta quanto Adão, mas também, era nobre, perfeita em simetria e cheia de beleza. PP, pág. 45.
O Mundo Antediluviano Mostrava Poucos Sinais de Decadência — Naquele tempo quando Noé pregou o mundo mostrava lentamente os primeiros sinais de decadência. Tudo na natureza era belo e majestoso. As grandes árvores, altas montanhas, os sinais de que Deus tinha o controle nos céus, pareciam tão grandes e imponentes para as pessoas que elas recusavam-se a acreditar que a Terra seria destruída. ST 10 de Abril de 1901.
Sete Assemelhava-se Mais a Adão do que Caim ou Abel; Aparências do Mundo Antediluviano — Sete era de estatura mais nobre do que Caim ou Abel, e parecia-se muito mais com Adão do que os demais filhos …
Aqueles que no princípio honravam e temiam ofender a Deus, sentiram primeiramente a maldição, mas levemente; enquanto os que se voltaram contra Deus e se rebelaram contra sua autoridade, sentiram fortemente os efeitos da maldição, especialmente no que se refere à estatura e à nobreza da forma …
A raça humana, que vivia na época, era de grande estatura e possuía força grandiosa. As árvores sobrepujavam em tamanho, beleza e proporção perfeita, superando tudo que qualquer mortal já tenha visto; sua madeira era de belo veio e dura substância, assemelhando-se em muito à pedra. Isso requeria muito mais tempo e trabalho, mesmo daquela raça poderosa, no preparo das vigas para a construção, do que se exige hoje, nesta época degenerada, para preparar as árvores que crescem sobre a Terra, mesmo com a força inferior que o homem possui atualmente. Essas árvores eram de grande durabilidade, e não experimentariam a decadência por muitos anos. 3 SG, págs. 60-61 (1 SP, págs. 65-67).
A Estatura Gigantesca dos Antediluvianos — Na primeira ressurreição, todos saem com imortal frescor, mas na segunda, os indícios da maldição são visíveis em todos. Sairão da mesma forma como foram para a sepultura. Aqueles que viveram antes do dilúvio ressuscitarão com sua estatura gigante, mais de duas vezes mais altos do que os homens que agora vivem na Terra, e bem proporcionados. As gerações pós-diluvianas são menores em estatura. 3 SG, pág. 84.
O Declínio em Estatura após o Dilúvio — Logo após o dilúvio, o gênero humano começou a decrescer rapidamente em tamanho, e na extensão dos anos. Havia uma classe de animais muito grandes que pereceram no dilúvio. Deus sabia que a força do homem diminuiria, e esses enormes animais não poderiam ser controlados por homens frágeis. 4 SG, pág. 121.
Libertinagem entre os Antediluvianos — Este [Gen. 6:5, 11-13] é o testemunho inspirado a respeito do estado da sociedade nos dias de Noé uma descrição detalhada da geração que pereceu nas águas do dilúvio. “E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a Terra”, e que “encheu-se a Terra de violência”. O temor a Deus tinha quase desaparecido dos corações dos filhos dos homens. A libertinagem predominava, e quase todo o tipo de pecado era praticado. A maldade humana era aberta e ousada, e o lamento dos oprimidos alcançava os Céus. A justiça estava esmagada até o pó. Os fortes não somente usurpavam os direitos dos fracos, mas forçavam-nos a cometer atos de violência e crimes.
A maldade do homem era grande, mas ainda não era tudo. “Toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente”. Os propósitos e desejos do coração corrompiam-se dia a dia.
Desenvolvimento Lento e Constante dos Antediluvianos, Suas Mentes de Elevada Ordem — Muitos se vangloriam que nesta época iluminista os homens são superiores, em conhecimento e talento, aos antediluvianos; mas estes que assim pensam não estimam exatamente o potencial físico e mental daquela raça de longa vida. Naqueles tempos primitivos, o crescimento era lento e constante. Os homens, como nos dias de hoje, não alcançavam a maturidade tão cedo, nem suas forças se esvaíam tão rapidamente. Seu intelecto era de uma ordem elevada, forte e claro. Tivessem esses homens, com suas raras capacidades para planejar e executar, se dedicado ao serviço de Deus e teriam feito do nome de seu Criador um louvor na Terra e correspondido ao propósito pelo qual Ele lhes dera a vida. Eles, porém, deixaram de fazer isto. “Toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a Terra”. Havia muitos gigantes, homens de grande estatura e força, afamados por sua sabedoria, hábeis ao imaginar as mais artificiosas e maravilhosas obras; sua culpa, porém, ao dar rédeas soltas à iniquidade, estava em proporção com sua perícia e habilidade mentais.
Os Antediluvianos Faziam Templos de Árvores; Ouro e Prata Eram Abundantes — Deus outorgara a esses antediluvianos muitas e ricas dádivas; mas usaram a Sua generosidade para se glorificarem, e as tornaram em maldição, fixando suas afeições nos dons em vez de no Doador. Eles possuíam muitas árvores de grande variedade e quase sem limite; mas dessas árvores fizeram templos, onde mostravam cenas de prazer e maldade. Havia ouro, prata e pedras preciosas em abundância, mas usaram estes tão somente para satisfazer os desejos de seu orgulhoso coração.
A Condição Descrente e Hedonista da Sociedade Antediluviana — Os pecadores não podiam negar a existência de Deus, mas se alegravam em saber que não havia Deus para testemunhar seus atos e chamá-los a prestar contas. Eles se deleitavam em tirá-Lo de suas mentes. As crianças não eram ensinadas a temerem e reverenciarem seu Criador. Cresciam livres em seus desejos e destituídas de princípio ou consciência. Suas mentes estavam concentradas em encontrar meios de competir entre si nos prazeres e vícios; elas nem mesmo buscavam ou se preocupavam com um Céu além deste mundo.
Poucos com Fé — O mundo inteiro ainda não havia se corrompido. Havia umas poucas testemunhas fiéis de Deus. Matusalém, Enoque, Noé e muitos outros, trabalhavam para conservar vivo o conhecimento do verdadeiro Deus e conter a onda dos males morais. Declarou que Seu Espírito não contenderia para sempre com a raça decaída, mas que sua provação duraria cento e vinte anos. Se não cessassem de poluir com seus pecados o mundo e os seus ricos tesouros, Ele os eliminaria de Sua criação. Os fervorosos ministros da justiça deram a mensagem de advertência, mas ela não foi atendida e a pregação de Noé e de seus coobreiros cada vez menos impressionava os corações. Muitos, até mesmo os adoradores de Deus, não tinham poder moral suficiente para se colocar contra as influências corruptas daquele tempo, e eram atraídos para o pecado pelas tentações fascinantes que constantemente apresentavam-se diante deles.
Vegetação Antediluviana Destruída — Mas finalmente, a paciência de Deus se esgotou. Pela sua obstinada resistência às reprovações da consciência e às advertências dos mensageiros de Deus, aquela geração encheu a medida de sua iniquidade e se tornou madura para a destruição. Porque a humanidade estava pervertendo seus dons, Deus destruiria as coisas com que Se deleitara em abençoá-los; devastaria os animais do campo e a rica vegetação que fornecia tão abundante provisão de alimento, e transformaria a formosa Terra em um vasto cenário de desolação e ruína. E o homem culpado pereceria completamente na destruição do mundo o qual ele havia dedicado suas afeições. BEcho, julho de 1887.
Várias Reações dos Antediluvianos à Mensagem de Noé — A mensagem dada por Noé, a construção daquele estranho barco, estimulou perguntas, justamente como Deus havia planejado, e instigou a curiosidade das pessoas. Multidões vinham de todas as partes do mundo para ver a estranha e maravilhosa estrutura e ouvir a mensagem de condenação e a promessa de libertação … Quando a voz de Noé se ergueu, advertindo que Deus viria julgar o mundo por causa da maldade dos homens, grande oposição manifestou-se contra as palavras do mensageiro. Porém, a oposição não foi total, porque alguns acreditaram na mensagem de Noé e zelosamente repetiam a advertência. Mas, os homens considerados sábios foram procurados e apressados para que apresentassem argumentos através dos quais a mensagem de Noé pudesse ser contestada …
Os homens sábios do tempo de Noé se uniram contra a vontade e o propósito de Deus e desprezaram a mensagem e o mensageiro que Ele enviara … Era verdade que Noé não podia contrariar as suas filosofias ou refutar as reivindicações da assim chamada ciência, mas ele poderia proclamar a Palavra de Deus. Ele sabia que ela continha a sabedoria infinita do Criador, e, como ele a apregoava em todos os lugares, ela não perdeu nenhum pouco de sua força e confiabilidade pelo fato de os homens do mundo o trataram com escárnio e desprezo. ST, 18 de abril de 1895.
Nem Todos os Antediluvianos que Rejeitaram a Mensagem Eram Idólatras — Por causa de sua santa integridade e obediência incondicional aos comandos de Deus, ele [Noé] foi considerado singular, tornando-se, por isso, objeto de desprezo e escárnio ao responder às reivindicações de Deus sem nenhuma dúvida. Que contraste com a incredulidade prevalecente e o desrespeito universal de Sua lei!
Noé foi testado e tentado diretamente e ainda preservou sua integridade em face do mundo — tudo, tudo estava contra ele. Assim será quando o Filho de Homem for revelado. Os salvos serão poucos, como é representado por Noé e sua família. O mundo devia ter acreditado nas advertências. O Espírito de Deus esforçava-se para conduzi-los à fé e à obediência, mas seus maus corações se desviaram das orientações divinas e resistiram aos rogos de amor infinito. Continuavam seus caminhos vazios, como de costume, comendo, bebendo, plantando e construindo, até aquele dia em que Noé entrou na arca.
Os homens nos dias de Noé não eram todos idólatras, mas em sua idolatria eles professavam conhecer Deus. Nas imagens que haviam criado, seu plano era representar a Deus perante o mundo. A classe que professava conhecer Deus era daqueles que lideravam a rejeição ao apelo de Noé e por cuja influência levaram outros a rejeitá-lo.
Todos passam por tempos de provação e tribulação. Enquanto Noé estava advertindo os habitantes do mundo sobre a destruição vindoura, era a oportunidade que o povo tinha de aceitar a verdade. Mas Satanás tinha o controle da mente dos homens. Eles trocaram a luz e a verdade pela escuridão e erro. Para eles, Noé parecia um fanático. Em vez de humilhar o coração perante Deus, continuaram na desobediência e impiedade, como se Deus não lhes houvera falado por meio de Seu servo. Mas Noé permanecia semelhante a uma rocha em meio à tempestade. Rodeado pelo desdém e ridículo popular, distinguia-se por sua santa integridade e fidelidade inabaláveis. Firmou-se em meio às zombarias e aos escárnios do mundo como uma testemunha inflexível diante de Deus quando sua mansidão e retidão resplandeciam em contraste ao crime, às intrigas e à violência que o rodeavam.
Pelo Fato de Que as Estações Antediluvianas Eram Regulares, Muitos Concluíram que o Dilúvio era Impossível — Noé estava ligado a Deus, e isso tornava-o forte, na força do poder infinito. Por cento e vinte anos sua voz solene soou aos ouvidos daquela geração, com referência a acontecimentos que, tanto quanto poderia julgar a sabedoria humana, eram impossíveis. O mundo antediluviano raciocinava que durante séculos as leis da natureza tinham estado fixas. As estações, periódicas, tinham vindo em sua ordem. Até ali nunca havia caído a chuva; a Terra era regada por uma neblina ou orvalho, fazendo a vegetação florescer. Os rios e riachos jamais haviam passado os seus limites, mas com segurança tinham levado suas águas para o mar. Imutáveis decretos tinham impedido as águas de transbordarem. As pessoas não reconheceram a mão dAquele que conteve as águas dizendo: “Até aqui virás, e não mais adiante”. ( Jó 38:11).
Os homens começaram a se sentir seguros e a falar sobre as leis fixas da natureza. Raciocinavam, como muitos fazem hoje, que a natureza está acima do Deus da natureza, e que suas leis são tão firmemente estabelecidas que o próprio Deus não as pode mudar, tornando as mensagens de advertência divinas sem nenhum efeito, porque, pudesse a Sua palavra se cumprir, o curso da natureza seria alterado. Os homens, antes do dilúvio, buscaram aquietar suas consciências, que o Espírito de Deus tinha despertado, ao discutir sobre a impossibilidade de a mensagem de Noé ser verdadeira e um dilúvio inundar o mundo, o que mudaria o curso da natureza …
Eles argumentavam que não era próprio do caráter de Deus salvar Noé e sua família, apenas oito pessoas naquele mundo vasto, e permitir que todo o resto da humanidade fosse varrida da face da Terra pelas águas do dilúvio. Oh, não. Havia grandes e bons homens na Terra e se eles não acreditavam, como Noé, é porque Noé é que estava enganado. Não poderia ser o contrário. Filósofos, cientistas, homens instruídos; nenhum deles via qualquer consistência nesta mensagem de advertência. Esta doutrina fantástica era uma ilusão. Se esta fosse seguramente a verdade, os homens sábios saberiam algo sobre isto. Pereceriam todos os homens sábios da face da Terra e somente Noé seria digno de ser poupado?
Mas os dias que antecederam o dilúvio passaram silenciosamente, despercebidos como o ladrão à noite. Noé faz seu último esforço para advertir, solicitar e atrair os que rejeitaram a mensagem de Deus. Com os olhos lacrimosos, lábios e voz trêmulos, ele faz o último convite para que eles acreditem e aceitem refugiar-se na arca. Mas, eles se voltavam contra Noé com impaciência e desprezo, considerando-o um egoísta, a ponto de achar que ele e sua família eram os únicos corretos em toda a Terra. Eles não tiveram paciência com as advertências de Noé, com seu estranho trabalho de construir um imenso barco no chão seco. Noé, conforme diziam, era insano. A razão, a ciência e a filosofia asseguravam-lhes que Noé era um fanático. Nenhum dos homens sábios e honrosos da Terra acreditou no testemunho de Noé. Se estes grandes homens estavam seguros e não tinham nenhum medo, por que estavam preocupados? MS 5, 1876.
Animais Poderosos Agora Extintos, Viviam Antes do Dilúvio — Foi-me mostrado que animais muito grandes e poderosos existiam antes do dilúvio, que não existem atualmente. 3SG, pág. 92 (1 SP, pág. 87).
A Vegetação Antes da Inundação — Antes do dilúvio, havia imensas florestas. As árvores eram muitas vezes maiores que qualquer árvore que vemos hoje e eram de grande durabilidade. 3 SG, pág. 79 (1 SP, págs. 81-82).
Flora e Paisagens Antediluvianas — As montanhas, as colinas e as belíssimas planícies eram adornadas com plantas, flores e altas e majestosas árvores de toda espécie, muitas vezes maiores e mais belas do que são agora. 3SG 33 (1 SP 24).
Árvores Agora Extintas Existiram Antes do Dilúvio — As elevações estavam coroadas de árvores mais majestosas do que qualquer que hoje exista. PP, pág. 44.
A Qualidade da Madeira Antediluviana e os Gigantes Antediluvianos – As árvores sobrepujavam em tamanho, beleza e proporção perfeita, a qualquer que hoje exista; sua madeira era de belo veio e dura substância, assemelhando-se em muito à pedra, e quase tão durável como esta … Havia muitos gigantes, homens de grande estatura e força, afamados por sua sabedoria, hábeis ao imaginar as mais artificiosas e maravilhosas obras. PP, pág. 90.
Fósseis e Artefatos da Época Antediluviana — Ossos de homens e animais foram descobertos na montanhas e vales, mostrando que homens e animais muito maiores do que qualquer que hoje exista viveram na Terra. Foi-me mostrado que animais muito grandes e poderosos que agora não existem mais existiram antes do dilúvio. Também foram encontrados instrumentos de guerra e madeira petrificada. Uma vez que os ossos de seres humanos e de animais encontrados na Terra são muito maiores do que aqueles de homens e animais que vivem hoje, ou que existiram por muitas gerações passadas, alguns concluem que o mundo é mais antigo que qualquer registro bíblico e foi povoado muito tempo antes dos relatos da criação por uma raça de seres grandemente superior em tamanho aos homens que atualmente povoam a Terra. 3SG, págs. 92-93 (1SP, págs. 87-88).
Homens e Animais Antediluvianos Enterrados pelo Dilúvio — Assim, Deus ordenou que homens, animais e árvores, muitas vezes maiores do que os que vivem hoje na Terra e outras coisas, deveriam ser enterrados por ocasião do dilúvio, e lá seriam preservados para provar ao homem que os habitantes do mundo antigo pereceram em um dilúvio. Deus determinou que a descoberta destas coisas na Terra estabeleceria a fé dos homens na Pena Inspirada. 3SG, pág. 95 (1 SP, pág. 90).
Fósseis e Artefatos Enterrados pelo Dilúvio — Ossos de homens e animais, bem como instrumentos de guerra, árvores petrificadas, etc., muito maiores do que qualquer que hoje exista, ou que tenha existido durante milhares de anos, foram descobertos, e disto conclui-se que a Terra foi povoada muito tempo antes da era referida no registro da criação, e por uma raça de seres grandemente superiores em tamanho a quaisquer homens que hoje vivam. PP, pág. 112.
Explicação para Fósseis Achados na Terra — É verdade que vestígios encontrados na Terra testificam da existência de homens, animais e plantas muito maiores do que os que hoje se conhecem. Tais são considerados como prova da existência da vida vegetal e animal anterior ao tempo referido no relato mosaico. Mas, com referência a estas coisas, a historia bíblica fornece ampla explicação. Antes do dilúvio, o desenvolvimento da vida vegetal e animal era superior ao que desde então se conhece. Por ocasião do dilúvio fragmentou-se a superfície da Terra, notáveis mudanças ocorreram, e na remodelação da crosta terrestre foram preservadas muitas evidências da vida previamente existente. Ed, pág. 129.
Artes Antediluvianas Enterradas pelas Águas do Dilúvio — As igrejas no mundo não podem ler um “Assim diz o Senhor” com respeito ao Sábado do Sétimo Dia, e por quê? — porque eles foram sábios em seus próprios conceitos; porque seguira; no exemplo de homens que estavam a um passo do Éden de Deus, e que, por causa de suas capacidades mentais e morais, começaram a pôr em prática suas invenções humanas, e a adorar suas obras feitas, supondo que estavam melhorando os planos e invenções de Deus. Ao agirem assim, eles exaltaram e adoraram a si mesmos. [Gênesis 6:5-8, 11-13, 17, 18.]
As invenções de arte e habilidade humanas que pereceram no dilúvio são em muito maior número do que o mundo sabe hoje. As artes destruídas representavam mais do que as artes de hoje. Os grandes dons com os quais Deus dotou o homem estavam pervertidos. Havia ouro e prata em abundância, e os homens constantemente buscavam superar uns aos outros em artifícios. O resultado foi a violência sobre a Terra. Deus foi esquecido. Esta raça de vida longa constantemente buscava descobrir como poderiam contender com o universo do céu e obter a possessão do Éden.
Quando homens falam das melhorias que ocorrem na educação superior, estão se igualando aos habitantes da época de Noé. Eles estão caindo na tentação de Satanás ao comer da árvore do conhecimento da qual Deus disse, “Não comereis dela, para que não morrais”. Deus testou os homens, e o resultado foi a destruição do mundo por um dilúvio. Neste ponto da história do mundo, há professores e alunos que supõe que o avanço no conhecimento humano substitui o conhecimento de Deus, e seu clamor é: “Educação Superior”. Acham-se mais sábios do que o maior de todos os Professores que o mundo já conheceu. Carta 65, 1898.
Obras de Arte e de Ciências Soterradas pelo Dilúvio — No mundo antediluviano havia muitas obras científicas e de artes maravilhosas. Os descendentes de Adão possuíam habilidades jamais vistas nos dias de hoje, e haviam recebido esses dons diretamente das mãos de Deus. ST, 1º de fev. de 1889.

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