sábado, 9 de janeiro de 2016

Como Escolher uma Igreja

Por Doug Batchelor and Karen Lifshey



Um fato surpreendente: Em 1967 a cidade de Long Beach, Califórnia, comprou o navio Queen Mary da Companhia de Navegação Britânica Cunard Lines. Cerca de 63 milhões de dólares foram gastos para transformá-lo em um ponto turístico, com um museu, lojas, restaurantes e um hotel. Muitos na cidade de Long Beach olharam para este gigantesco navio, ancorado em frente do oceano, como um elefante branco flutuante. Sem possibilidade de navegar pelos mares, o Queen Mary era como propaganda enganosa, um navio cheio de atividade que nunca saia do porto.

Como Escolher uma igreja?


“E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia”. (Hebreus 10:24- 25).

Você pode ser cristão sem pertencer a uma Igreja se: Você conseguir ser uma abelha sem colméia, se você conseguir ser um soldado sem exército, se você conseguir ser um vendedor sem clientes, se você conseguir ser um político que é um eremita, se você conseguir ser um jogador de futebol sem um time.

Um homem que havia sido educado na Rússia, veio para os Estados Unidos, na esperança de se tornar um cidadão. Em seu desejo de misturar-se e ser um bom americano, ele tentou adaptar-se ao maior número de costumes possíveis.


“O que os americanos comem no café da manhã?” ele perguntou a um amigo certa vez.


“Bem, a maioria das pessoas comem cereais”, respondeu o amigo.

Assim, o imigrante russo indo ao supermercado mais próximo pediu ao balconista onde poderia encontrar o cereal. O balconista dirigiu-o para um corredor tão comprido quanto um terminal de aeroporto e disse: “Faça a sua escolha!”

Pilhas intermináveis de cereais de todos os tipos e cores estavam alinhadas de ambos os lados do corredor. Cereais quentes, cereais frios, caixas grandes, pequenas caixas de cereais para crianças com personagens de desenhos animados na frente ou com brindes dentro. Alguns cereais eram quase puro açúcar, alguns não tinham açúcar. Havia cereais instantâneos com Multigrãos e flocos de fibra.

Por mais de uma hora o homem vagava sem rumo para cima e para baixo no corredor sem saber como escolher uma caixa de cereal ou por onde começar a fazê-lo. Ele estava completamente atordoado tentando escolher qual cereal que levaria para casa.

Hoje em dia vemos, empresas como a Kellogg’s por exemplo fazendo dezenas de diferentes tipos de cereais matinais que apelam para o mais amplo espectro da sociedade possível. Desse modo, eles tem esperança de capturar uma fatia maior do mercado consumidor.

Da mesma forma, o diabo tem criado muitas religiões diferentes e muitas igrejas diferentes para capturar uma parte maior do mercado de adoração no mundo. Algumas pessoas pensam que o diabo é contra a religião. Errado! Ela é tudo para ele, contanto que seja falsa. Ele tenta capturar o homem através da introdução de falsos sistemas de adoração dizendo-lhe que não importa como uma pessoa adora a Deus, conquanto ela seja uma pessoa religiosa. Por ter um caleidoscópio de confusas e falsas igrejas, Satanás está tentando camuflar a verdadeira igreja. É como esconder um diamante em uma pilha de vidro quebrado.

Mais do que um Bom Nome


“…Conheço as suas obras; você tem fama de estar vivo, mas está morto.” (Apocalipse 3:1).

Um visitante em uma cidade estranha estava voltando de um jantar, quando viu uma tabuleta na janela dianteira de uma loja que chamou sua atenção. Lia-se “Lavanderia Chinesa”. Ele fez uma anotação mental do local porque tinha tido tempo suficiente para ter necessidade de uma boa lavanderia. Na manhã seguinte, ele chegou na loja com uma sacola cheia de roupas sujas. Ele empilhou as roupas no balcão antes do chocado balconista atendê-lo.

“O que é isto?” o atendente perguntou.


“A minha roupa”, veio a resposta. “Eu sempre ouvi dizer que as lavanderias chinesas fazem um trabalho excelente”. O balconista perplexo rapidamente informou ao visitante que o estabelecimento não era uma lavanderia chinesa.

“Mas o que aconteceu com a tabuleta na janela?” perguntou o visitante confuso.

“Ah, isso não é uma lavanderia, é uma loja de placas”, o atendente respondeu.

Algumas pessoas lutam com a desilusão porque escolheram uma igreja baseada em um bom nome na placa do edifício. Mas isso é como escolher um bom cereal matinal, por força de uma imagem bonita na caixa. Vamos enfrenrae a realidade, algumas igrejas têm grandes nomes: “Igreja de Deus”, “Santos dos Últimos Dias”, “Igreja de Cristo”, “Assembléia de Deus”, etc, mas uma vez lá dentro você pode encontrar nelas bingo, bazares, eventos sociais ao invés de um programa de limpeza da alma. A igreja, por vezes, envia sinais falsos sobre a sua finalidade. Pessoas carentes trazem sua “roupa suja” a elas apenas para descobrirem que a cruz do perdão nada mais é do que uma tabuleta na janela e que os atendentes não estão preparados para lidar com vidas sujas pelo pecado.


A Verdade é o que Importa


Desde o tempo do Jardim do Éden, Satanás tem conhecimento de que a humanidade foi criada com o desejo inato de adoração, e cria formas erradas de adoração para desviá-los. Cain caiu numa armadilha de Satanás. Ele fez uma oferta de acordo com sua própria concepção e, em seguida, matou seu irmão Abel. Os homens que crucificaram Jesus eram extremamente religiosos. A Bíblia nos diz que mesmo aqueles que receberem a marca da besta, nos últimos dias estarão adorando.

Satanás não é contra a religião. É por isso que ele até convidou Jesus para adorá-lo, mas ele é furiosamente contra a verdade da religião de Cristo, que expõe suas artimanhas para as pessoas que fazem a vontade de Deus.


O diabo ouviu Jesus dizer: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). É por isso que ele está trabalhando freneticamente para encobrir a verdade e confundir as pessoas sobre a forma como elas devem procurar pela verdadeira igreja.

Eu fiz uma pesquisa, para levantar às razões mais populares que levam as pessoas se juntarem a uma igreja, e aqui estão algumas das respostas que recebi em comum:

É a igreja dos meus pais.

• É perto de nossa casa.

• As pessoas são amigáveis e amorosas.

• A música é linda.

• O pregador é elegante ou dinâmico.

• Eles têm um programa de qualidade para crianças.

• A arquitetura do prédio é impressionante.

• Pessoas importantes ou influentes frequentam esta igreja.

• Os cultos são emocionantes

• A igreja precisa de mim.


Embora cada um desses elementos possa ser bom em si mesmo, nenhum, nenhum deles é a correta razão pela qual devemos participar de uma igreja. Isso significa que a maioria das pessoas se unem à igrejas pelo motivo errado.

Há apenas uma razão correta para se participar de uma igreja, os seus ensinos devem ser os mesmos ensinos da Bíblia e de Jesus e você estar empenhado em seguir a verdade.

À luz disto, você ficaria espantado como poucas pessoas podem dizer-lhe sobre os ensinamentos específicos de sua igreja. Ainda que seja sobre doutrinas básicas sobre Deus, a lei, o batismo, a salvação, a morte, a segunda vinda, o céu e o inferno, a maioria dos cristãos têm apenas um conhecimento superficial das posições de suas Igrejas sobre estas verdades fundamentais.

Infelizmente a maioria, das pessoas escolhem uma igreja da mesma forma que escolhem cereais matinais para seus filhos. Elas gostam da imagem na caixa ou querem o prêmio dentro dela, mas se esquecem do critério mais importante, a leitura dos ingredientes.

A primeira e mais importante pergunta que deve ser feita ao se escolher uma igreja é: “Quais são suas crenças?”


São os ensinamentos desta igreja coerentes com os ensinamentos de Jesus? Se as doutrinas desta denominação são coerentes com os ensinamentos de Cristo e da Bíblia, então esta é a igreja de Deus, e você deve se tornar um membro e ficar por lá, mesmo que: as pessoas sejam mal-humoradas e ranzinzas, a música se pareça com os ruídos da hora da alimentação no zoológico, o edifício da igreja seja uma lanchonete renovada, os sermões do pastor sejam tão entediantes que os morcegos deixam o campanário às 11 horas da manhã de cada sábado, os membros estejam tão divididos que existe uma linha fluorescente pintada no meio do santuário, as pessoas venham à igreja em tanques do exército.

O Objeto da Raiva de Satanás


“E o dragão ficou furioso com a mulher, e ele foi fazer guerra com o resto de sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo ” (Apocalipse 12:17, NVI).

Alguma vez você já se perguntou se a verdadeira igreja de Deus realmente existe? Suponha-se que Deus tem uma igreja em algum lugar especial que detém a verdade em seus ensinamentos fundamentais. Seria parecido com o “perfeito” da igreja? Será que todos os membros possuem auréolas e sorrisos piedosos? Será que o edifício tem uma estrela de Natal a pairar sobre cada noite com música angelical emanando de cada janela?


Ou o contrário, seria o supremo objeto de ódio de Satanás e atrairia sua atenção concentrada. O diabo tentaria introduzir tantos problemas e conflitos dentro da igreja quanto possível para desencorajar os membros e os recém-chegados. Ele provavelmente iria inspirar o mundo para os acusarem de serem uma seita da mesma maneira que as pessoas que viviam nos dias de Jesus disseram que Ele tinha demônio (João 7:20). Ele tenta seduzi-los a abandonar o navio, jogarem a toalha ou deixarem de combater o combate da fé.

Lembre-se que quando Jesus estava na terra Seus discípulos representavam a verdadeira igreja, mas eles estavam lutando pela posição mais alta, roubando fundos, e negando-O quando sob pressão. No entanto, eles eram a igreja verdadeira, nesse momento, porque eles tinham a Jesus, a verdade no meio deles! Ouvistes o que foi dito, “A igreja não é um hotel para os santos, é um hospital para pecadores”. E às vezes até mesmo o pessoal do hospital fica doente.

“Durante séculos de trevas espirituais a igreja de Deus tem sido como uma cidade edificada sobre um monte. De século em século, através de sucessivas gerações, as puras doutrinas do Céu têm sido desdobradas dentro de seus limites. Fraca e defeituosa como possa parecer, a igreja é o único objeto sobre que Deus concede em sentido especial Sua suprema atenção. É o cenário de Sua graça, na qual Se deleita em revelar Seu poder de transformar corações”. (Atos dos Apóstolos, pág 12).

Quando devido à sua falta de fé, murmurando, reclamando, e cobiçando o Egito, os filhos de Israel tiveram de deixar as fronteiras da Terra Prometida e foram forçados a retornar e vaguear no deserto, não foram sozinhos! Fiéis como Moisés, Aarão, Josué e Calebe não romperam com eles, mas permaneceram com os seus mais fracos, irmãos infiéis. Não só Moisés ficou com eles, Deus ficou com eles, também! Apesar de suas falhas freqüentes, os filhos de Israel estavam na igreja de Deus. Por quê? “Por que lhes foram confiados os oráculos de Deus” (Romanos 3:2).

Eles eram a igreja verdadeira, porque eles eram o Seu povo da profecia e tinham a verdade da Sua palavra. “É este Moisés quem esteve na congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos pais; o qual recebeu palavras vivas para no-las transmitir.” (Atos 7:38).

Será que devo Deixar a Igreja?


Dois irmãos adolescentes, Bo e Joe, decidiram aproveitar o tempo quente, e numa tarde de domingo foram de de carro até o cais do oceano para nadar.



“Eu não vejo a hora mergulhar”, disse Bo

“Nem eu”, respondeu Joe enquanto estacionavam o carro.

Eles colocaram suas sungas e foram em direção ao cais.


“Quem pular por último é um ovo podre”, gritou Bo, enquanto corria cais abaixo para pular.

“Ei, espere por mim”, Joe respondeu, correndo até o fim do cais e parando.


Sendo um pouco mais cauteloso do que seu irmão, Joe fez uma pausa para olhar o fim do cais antes de mergulhar. Lá, para seu horror, viu o corpo de seu irmão, flutuando no raso, com o pescoço quebrado por rochas que se escondiam um pouco abaixo da superfície da água. O adolescente perdeu a vida por meio de um mergulho na maré baixa.



Você pode pensar que Bo foi pouco inteligente por não parar para olhar antes de pular, mas, como Bo, muitos hoje estão mergulhando para fora da igreja como ratos correndo às cegas de um penhasco no mar. Eles nunca param para olhar antes de pular, nem pensam se existem ou não rochas abaixo. Eles só vêem problemas na igreja e acompanham aqueles que dizem, “quem sair por último é um ovo podre”.

É fácil ficar desanimado quando consideramos todos os possíveis problemas que podemos encontrar em uma igreja. Há tantas vozes lá fora, sempre lembrando-nos de toda a hipocrisia e fracassos. Alguns ministérios independentes estão sempre fornecendo informações de tablóide, regurgitando escândalos presentes e passados, o esbanjamento de dinheiro, falta do Espírito Santo, a fome da pregação bíblica real, etc, como razões para deixar a igreja.

Alguns perguntam: “Eu não posso ser parte da igreja de Deus, sem fazer parte de uma denominação ou a organização? Devo suportar pregações patéticas? Existe um tempo para sair da igreja?”


Sim, há um tempo para sair da igreja! E os critérios e princípios para se deixar uma igreja são os mesmas que para aderir.


Quando a doutrina oficial da Igreja já não são os ensinamentos de Cristo, quando você não está mais autorizado a ensinar e praticar a verdade entre seus amigos, então obviamente você não tem escolha senão ir para outro lugar.


Agora, perceba que membros da igreja não são um elevador para o céu, e que muitos, daqueles cujos nomes estão no roll de membros da igreja aqui na terra não podem ser cidadãos do reino de Deus no céu. Ao mesmo tempo, Satanás sabe que “unidos nós resistimos, mas divididos cairemos”, então ele está a trabalhar freneticamente para dividir o povo de Deus e dispersá-lo do exército até que se evapore o nosso poder. Se você realmente ama a Jesus e está comprometido com a verdade, você vai querer ser uma parte de seu corpo, e Ele quer que você se junte aos seus membros, ainda que com as falhas que possam ter.


Focar sobre alguns dos desafios que ameaçam as nossas igrejas pode deixar uma pessoa com a idéia de que os membros da igreja devam ter uma experiência negativa. Mas, na realidade, Deus tem projetado sua igreja como um ambiente muito positivo e amoroso. Mas este artigo é para nos lembrar que, mesmo que não seja, nós continuamos comprometidos com o movimento de Deus.


É por isso que é tão importante que grudemos nossas mãos no arado, e nunca olhemos nem voltemos para tráz. “Quem começa a arar a terra e olha para trás não serve para o Reino de Deus.” (Lucas 9:62).

“Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o SENHOR o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti” (Rute 1:16-17).

Artigo escrito pelo Pastor Doug Batchelor, do ministério adventista Amazing Facts. Traduzido do original “How to Choose a Church”.


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Declaração da Casa Publicadora sobre a Bíblia de Estudo Andrews


Bíblia de Estudo Andrews

Há poucos dias, surgiu certa inquietação nas redes sociais relacionada à confiabilidade da interpretação profética apresentada pela Bíblia de Estudo Andrews quanto aos textos de Daniel 7:25 e Apocalipse 13:1-3. Comentários sem base factual postados inicialmente por um pastor insinuaram uma pretensa mudança de interpretação por parte dos editores da Bíblia de Estudo Andrews. Apresentamos as informações a seguir com o objetivo de esclarecer as dúvidas e demonstrar respeito pelos milhares de membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia que prezam pela fidelidade à Bíblia e à sua mensagem.

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a excelente Bíblia de Estudo Andrews não tem a pretensão de apresentar todos os pormenores de cada verso bíblico, o que tornaria sua publicação inviável. Por esse motivo, é necessário compreender que ela interage de maneira complementar com outras obras de referência como, por exemplo, o Comentário Bíblico Adventista. Ainda assim, possui milhares de notas explicativas que, atendo-se a detalhes textuais, enriquecem o estudo das Escrituras e ampliam a visão do leitor quanto à compreensão da Palavra de Deus.

No estudo de qualquer texto bíblico, considera-se o contexto em que ele está inserido. Da mesma forma, qualquer nota explicativa da Bíblia de Estudo Andrews deve ser lida em seu devido contexto. As informações de uma nota se relacionam com outras informações, gerando um estudo em cadeia temática. Ignorar esse fato poderá conduzir o leitor a um estudo deficitário e a conclusões precipitadas e equivocadas.

Por uma questão de transparência e lisura de nossa parte, para responder às perguntas referentes aos textos em debate, transcreveremos as notas relacionadas aos livros de Daniel e Apocalipse assim como elas se apresentam na Bíblia de Estudo Andrews (destacadas aqui em tom de cinza) e faremos apenas breves comentários. Isso ajudará o leitor a perceber que a questão levantada nas redes sociais não tem o menor fundamento.

1. Em Daniel 7:25, primeiro versículo questionado, a nota diz: “os tempos e a lei. Os tempos e a lei de Deus. Não seria profeticamente significativo o poder designado como ‘chifre pequeno’ tentar mudar leis e tempos humanos. Isso é algo comum na luta por domínio mundial. O conflito descrito nesta passagem é entre os Céus e a Terra. O chifre pequeno tenta mudar os tempos e a lei de Deus, vista com mais clareza nos dez mandamentos. Uma ilustração clara de um ‘tempo’ de Deus é seu sábado. Qualquer tentativa, por parte de um poder terreno, de mudar o sábado do Senhor é também uma tentativa de mudar sua lei, cujo centro é o próprio sábado. Por fim, as tentativas do chifre de mudar os tempos e as leis não são bem-sucedidas […] um tempo, dois tempos e metade de um tempo. Também mencionado em 12:7 e Ap 12:14. Entende-se que significa três tempos e meio ou três anos proféticos e meio. Um ano profético equivale a 12 meses de 30 dias proféticos cada, ou seja, 360 dias proféticos. Os três anos e meio, também chamados de 42 meses (Ap 11:2; 13:5), ou 1.260 dias proféticos (Ap 11:3; 12:6), correspondem a 1.260 anos (sobre o princípio da equivalência dia-ano, ver Nm 14:34; Ez 4:4‑6). Portanto, o tempo predito para o reinado impiedoso do chifre pequeno é de 1.260 anos, que tem sido identificado como que se estendendo de 538 a 1798 d.C. (ver Ap 11:2; 12:6, 14)”.

Essa nota apresenta detalhes muito específicos em relação ao poder do chifre pequeno: o ataque à lei de Deus, com especial referência ao sábado, e o início e o fim de seu tempo de atuação. Uma das inquietações em relação à nota mencionada está relacionada com a identificação do “chifre pequeno”, algo distintivo da teologia adventista do sétimo dia. Para alguns, houve omissão da parte dos editores quanto a dizer quem, de fato, está representado por esse símbolo. Contudo, a nota explicativa de Daniel 7:7 começa a apresentar essa informação. Ela diz: “quarto animal, terrível, espantoso. Este monstro não se parecia com nenhuma espécie de animal que Daniel soubesse identificar. Seus dentes eram de ferro, metal forte e esmagador que simbolizava o quarto reino no cap. 2 (v. 40): Roma.” Observa-se aqui a identificação clara em relação ao quarto animal da profecia de maneira coerente com a interpretação adventista.

O texto continua aprofundando sua argumentação: “dez chifres. No simbolismo bíblico, os chifres representam poder contra os inimigos (Dt 33:17; 1Sm 2:1, 10; 2Sm 22:3 etc.). Neste caso, os chifres estão ligados a Roma. Em Dn 8, vemos que os chifres de um animal simbólico representam os poderes que formam um império (8:3, 20) ou partes nas quais o império se divide (8:8, 21, 22). O vasto império romano era formado de muitas partes, as quais se dividiram depois que a cidade de Roma foi conquistada pelos bárbaros em 476 d.C., conforme Dn 7:24 prevê (comparar com 2:41‑43).”

Continuando, Daniel 7:8 apresenta as características do chifre pequeno que, anteriormente, já havia sido identificado com Roma: “outro pequeno. Este chifre mais novo começa pequeno, mas cresce e fica maior do que os outros (v. 20; comparar com 8:9 — literalmente, ‘um chifre da pequenez’). diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados. A ascensão do poder do chifre pequeno depois da divisão do império romano envolve a queda de três outros poderes pós-romanos (ver 7:24). olhos, como os de homem, e uma boca que falava. Discernimento e comunicação como os de um ser humano (comparar com v. 4). com insolência. Discurso de blasfêmia contra o Deus Altíssimo (comparar com v. 25; para ‘Altíssimo’ como referência a Deus, comparar com 3:26; 4:2, etc.). O poder do chifre pequeno não é apenas orgulhoso. Também tem uma forte característica religiosa e é blasfemo.”

Como é característico das Bíblias anotadas, as notas interagem entre si, e isso aponta para informações mais amplas. Em meio às explicações de Daniel 2 (p. 1102), há uma tabela que mostra a relação dos símbolos proféticos descritos nas profecias de Daniel 2, 7 e 8. Nessa tabela, o “animal feroz com dentes de ferro, dez chifres e um chifre pequeno, com olhos de homem e uma boca”, descrito em Daniel 7, é claramente identificado com Roma.

Em relação a Daniel 7:25, diante das notas transcritas, apresentamos informações suficientes para demonstrar que em nenhum momento houve da parte dos comentaristas qualquer tipo de pensamento contrário à interpretação tradicional adventista. Assim, Roma, tanto em sua fase secular quanto em sua fase religiosa, está indicada no texto da Bíblia de Estudo Andrews.

2. A outra nota controversa se encontra em Apocalipse 13:1-3 e diz: “golpeada de morte. Literalmente, ‘ferida de morte’, uma alusão à cruz (v. 8). curada. Recuperação quase que milagrosa de uma ferida que tinha tudo para ser mortal. se maravilhou. O ressurgimento da besta no fim do tempo é uma surpresa.” Esse comentário está inserido no contexto mais amplo de Apocalipse 13 e precisa ser analisado como tal.

A nota que se refere a Apocalipse 13:1-18 apresenta as seguintes informações: “Esta passagem acrescenta detalhes ao cap. 12, sobretudo em relação à guerra do tempo do fim (de 12:17). Neste capítulo, o dragão reúne dois de seus aliados para o conflito final. Com o dragão, a besta do mar (uma aparente paródia de Cristo) e a besta da terra (uma aparente paródia do Espírito Santo) sugerem uma falsa trindade (16:13, 14) em conspiração para enganar o mundo (13:13, 14).”

O que significa a besta do mar ser uma “paródia de Cristo”? Paródia, de acordo com o dicionário, é uma “imitação engraçada ou crítica de uma obra (literária, teatral, musical)”. Desse modo, a besta que emerge do mar tenta ser uma imitação grotesca de Cristo. Observa-se nela as seguintes características: a besta recebe autoridade do dragão (que simula o Pai), assim como Cristo recebeu autoridade do Pai (Mt 28:18); a besta tem um ministério de 42 meses (três anos e meio), assim como Cristo teve um ministério de três anos e meio; a besta declara “quem é semelhante à besta?”, num contraste direto ao significado do nome Miguel, “quem é como Deus”; a besta quer ter poder para perdoar pecados, assim como Cristo tem o poder de perdoar pecados. Em outras palavras, a obra da besta é uma contrafação diabólica do ministério de Cristo.

Dito isso, quando a nota explicativa de Apocalipse 13:3 diz “literalmente, ferida de morte, uma alusão à cruz”, está dizendo que a besta, uma imitação grotesca de Cristo, também recebeu um golpe mortal, mas “ressuscitou” depois de um período, atraindo a atenção do mundo, do mesmo modo que Cristo morreu, ressuscitou e atraiu bilhões de seguidores ao longo da história. De acordo com a interpretação tradicional adventista, a “ferida de morte” ocorreu em 1798, data que foi mencionada na nota de Daniel 7:25, como fim do império do chifre pequeno, já identificado como Roma nos comentários mencionados acima.

Contudo, paira ainda sobre os comentaristas e editores da Bíblia de Estudo Andrews a suspeita de que houve omissão da identificação da besta que emerge do mar. Tal atitude não se sustenta quando se lê a nota explicativa de Apocalipse 13:1-7: “Escrita no passado, esta seção conta a história da besta que emerge do mar antes de sua atividade do tempo do fim. Ela surge depois do dragão (Roma imperial) e usurpa a obra de Cristo. Os eruditos protestantes ao longo dos séculos têm identificado esta besta com o papado da Idade Média (comparar as descrições com Dn 7:3-7, 25; 8:11-14).”

É possível observar que a nota não somente declara que a besta que emerge do mar é uma referência a Roma papal, como também menciona Daniel 7:25 como prova dessa afirmação.

Apesar de extensa, esta declaração demonstra factualmente que a posição interpretativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia quanto aos símbolos proféticos de Daniel e Apocalipse colocados em questão se mantém intacta no conjunto de notas explicativas da Bíblia de Estudo Andrews.

Esperamos ter ajudado aqueles que, de alguma maneira, ficaram inquietos quanto a essa situação, provendo uma resposta adequada às dúvidas levantadas. A Casa Publicadora Brasileira tem como princípio prezar pela excelência editorial e, sobretudo, “pelejar pela fé que de uma vez para sempre foi entregue aos santos” (Jd 3).

Equipe editorial da Casa Publicadora Brasileira

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Um grande Salvador para o grande pecador


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“Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realiza-lo” (Romanos 7:18).
Há tempos atrás, li em alguma revista, a história dum violento e cruel assassino, “o rei dos criminosos”. Certo dia, no presídio, pediu um livro para ler. Como não acharam o que queria, o capelão lhe indicou a Bíblia:
– “E esse livro, você já leu? Vale a pena ler”.
– “Se você soubesse quem sou, não me perguntaria isso. Esse livro nada tem a ver comigo”, respondeu.
– “Conheço bem a sua fama, por isso lhe dou a Bíblia; ela o ajudará”.
– “Não me ajudará, pois já não tenho mais sentimentos”, insistiu o preso; e, esmurrando a porta, gritou: “Meu coração é tão duro como este ferro; nada nesse livro pode me tocar”.
– “Você quer um coração novo?”, perguntou o capelão, lendo, em seguida, Ezequiel 36:26.
Admirado com o que ouviu, o homem leu o texto várias vezes. No dia seguinte, confessou que nunca imaginara que Deus pudesse lhe falar tanto e, naquela mesma noite, lhe dar um novo coração. E seguiu a história com experiências vividas por um homem regenerado…
Um grande pecador encontra um grande Salvador! Foi atingido pela infinita graça de Deus que é suficiente para apagar grandes ou pequenos pecados. Louvemos ao Senhor por “Suas misericórdias que são a causa de não sermos consumidos… não têm fim,  renovam-se cada manhã” (Lm 3:22,23).

Ficha Técnica:Tempo de Refletir
-> Texto: Autoria desconhecida
-> Música: Arautos do Rei, “Graça”
-> Locução e edição: Amilton Menezes
-> Finalização: Isa Vasconcelos

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Grand Canyon - 2ª Temporada - Episódio 7

O nascimento de Jesus

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Considerando a Modéstia no Dia do Seu Casamento




Antes que você inicie sua busca entusiasmada pelo vestido perfeito de noiva ou de madrinha, queremos encorajá-la a considerar uma pergunta que provavelmente você não ouvirá de um vendedor: “A escolha deste vestido trará glória a Deus?”

Sabemos que seu desejo é fazer de Deus o foco do dia do seu casamento. A Palavra de Deus diz, em 1 Timóteo 2.9-10, “As mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e sobriedade… (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras”. Nós, pastores, desejamos ajudá-la a descobrir como aplicar a Palavra de Deus até mesmo no dia do seu casamento.

Em primeiro lugar, por favor, considere o propósito do dia do seu casamento.

Albert Mohler nos lembra: “O objetivo do culto de um casamento é demonstrar a glória por meio da união de um homem e uma mulher em pureza, monogamia e fidelidade diante Dele; ser obediente aos seus mandamentos e receber todos os presentes e dons inclusos na aliança matrimonial”. [1]

Em segundo lugar, por favor, considere as seguintes perguntas ao escolher vestido para o casamento

1) Este vestido reflete o fato de que a cerimônia do meu casamento é um momento santo de adoração? (Nossa cultura considera cerimônias de casamento algo como um desfile de moda. Você tem a oportunidade de chamar a atenção para alguém bem mais importante do que você: nosso Salvador, Jesus Cristo).

2) Posso me imaginar usando este vestido por um extenso período de tempo apenas a alguns passos de distância do meu pastor enquanto ele abre a Bíblia e me guia durante meu voto matrimonial? [2]

3) Eu usaria um vestido (ou outra roupa) tão revelador quanto este em um culto normal ou em qualquer outra ocasião?
Finalmente, aqui estão algumas sugestões práticas de como escolher um vestido de noiva ou madrinha:

1) Encontre um vestido com um decote discreto.

2) Procure vestidos que não deixem suas costas à mostra.

3) Lembre-se de que vestidos do tipo tomara-que-caia ou com alças muito finas são reveladores demais e provavelmente não servem aos homens que participarão do seu casamento.

Caso você tenha dificuldade em encontrar um vestido modesto nas lojas de roupas para festa, considere a possibilidade de encomendá-lo a uma costureira. Ela ou ele poderá criar um vestido para você com base em um modelo de revista ou nas suas ideias.

Esperamos que essas recomendações a ajudem a planejar uma cerimônia que glorifique a Deus!

________________________
♦ “Considerando a Modéstia no Dia do Seu Casamento” por C. J. Mahaney
♦ FONTE: C. J. Mahaney (Ed.). Mundanismo: Como resistir à sedução de um mundo caído. Niterói: Tempo de Colheita, 2010. pp. 139-140.
♦ Extraído de:http://www.mulherespiedosas.com.br/considerando-a-modestia-no-dia-do-seu-casamento-por-c-j-mahaney/

domingo, 3 de janeiro de 2016

Uma coisa peço ao Senhor

sábado, 2 de janeiro de 2016

Templo satânico chega a Colômbia e quer se espalhar na América do Sul




Igreja católica do país emitiu um comunicado rejeitando esse tipo de culto.
Embora ao longo dos séculos o satanismo tenha existido com diferentes nomes, sua versão moderna é uma criação do norte-americano Antony LeVey (1930-1997), que escreveu a “Bíblia Satânica” e criou uma religião que na essência seria ateísta, pois servir a Satanás para eles seria basicamente viver sem um deus, mas fazer o que determina sua consciência.
O uso do nome satanismo seria apenas uma maneira de simbolizar tudo que se opõe a Deus e sua lei moral.
Recentemente conseguiu ser reconhecido como religião nos EUA com os mesmos direitos do cristianismo. Isso inclui cerimônias públicas e a divulgação da sua fé em lugares públicos.

Agora, esse tipo de manifestação religiosa inaugura seu primeiro templo oficial num país da América do Sul e fala em se espalhar pelo continente. Liderado pelo satanista Damian Victor Rozo, que se intitula “pastor luceferiano”, foi inaugurado dia 27 de dezembro o templo “Sementes da Luz e de Adoração ao Diabo” na cidade de Quindio, Colômbia.
Em seus perfis nas redes sociais, Rozo se apresenta como “feiticeiro, espiritualista, bruxo de magia negra, vodu e macumba”. Explica ainda que ensina adoração a Lúcifer porque “é o nosso anjo de luz, que se rebelou contra o grande ditador que para nós é Deus”.

Além de oferecer trabalhos de magia negra, afirma que pode ensinar as pessoas como venderem sua alma a Satanás em troca de riquezas.
A inauguração do templo, que segundo ele foi construído com doações de satanistas do mundo inteiro, gerou grande polêmica na Colômbia. Contudo, uma vez que a igreja satânica cumpriu todos os requisitos legais, não pode ser impedida de atuar pois a constituição colombiana garante liberdade de culto.

Em declarações à imprensa, o pastor satanista salientou que “Lúcifer não tem absolutamente nada a ver com a figura do diabo que os cristãos acreditam”. Negou ainda que faça sacrifícios de animais ou humanos. Comparou a prática de sua igreja com os cultos cristãos, onde se canta louvores, fazem orações, pedidos, ensina-se a doutrina e desejam conquistar mais almas.
A Igreja católica da Colômbia emitiu um comunicado rejeitando esse tipo de culto. Em uma carta aberta, assinada pelo bispo Pablo Salas Anteliz Emiro e divulgada pela imprensa, pediu que os fiéis “vivam autenticamente a nossa fé e rejeitem qualquer forma de pecado e seduções enganosas do diabo”.
Também afirma estar preocupada com “a integridade das pessoas e especialmente as crianças, adolescentes e jovens de Quindio”. Ressalta que já pediu providências às autoridades, uma vez que a lei que regula a liberdade de religião na Colômbia, não inclui “atividades relacionadas ao estudo e experimentação de fenômenos psíquicos ou parapsicológicos e práticas mágicas ou supersticiosas”, como classificou o satanismo.

Publicado em GP com informações de ACI Prensa e Bluradio

Fonte -- http://www.noticiascristas.com/2016/01

Sobre a Bíblia de Estudo Andrews




 A Casa Publicadora Brasileira lançou para o público brasileiro, há poucos meses, a Bíblia de Estudo Andrews. Bem-recebida pelos leitores, com inúmeras manifestações de apreço encaminhadas à editora, ela traz a contribuição dos principais teólogos adventistas ao redor do mundo. Em meio às manifestações públicas de reconhecimento pela excelência da obra, há também interesse e alguma indagação quanto ao papel desempenhado por seu editor-geral, John Dybdahl, autor de um livro que se tornou polêmico em razão de controvérsias sobre a espiritualidade cristã. A despeito disso, por suas qualificações acadêmicas e dedicação à obra adventista, uma comissão indicou o Dr. Dybdahl para ser o editor da Bíblia de Estudo Andrews, que foi lançada em inglês três anos depois de seu livro (em 2010). O Dr. Dybdahl tem uma lista de serviços prestados à Igreja Adventista como professor de teologia e administrador nas Universidades Walla Walla e Andrews. Ele se aposentou em 2006, depois de ter sido pastor e evangelista em diversas localidades, incluindo a Tailândia. Essa folha de serviços naturalmente não foi ignorada por ele ter escrito um livro que se tornou objeto de debates.

Como editor, ele contou com um grupo de colaboradores para preparar as notas e as introduções aos livros bíblicos, conforme se pode observar nas páginas introdutórias, em que há uma seção intitulada “Comissão e Colaboradores”. Nessa página há uma lista de pastores que fizeram parte da “Comissão Supervisora” dessa Bíblia, incluindo teólogos e administradores da Igreja Adventista do Sétimo Dia e da Universidade Andrews. Depois, há uma segunda lista de pessoas que escreveram as notas e introduções aos livros bíblicos. Nessa lista estão alguns dos maiores e mais confiáveis teólogos da Igreja Adventista. Além disso, há também os tradutores e editores da Casa Publicadora Brasileira, os quais fizeram um trabalho minucioso de edição e revisão que resultou na versão em português.

A Bíblia de Estudo Andrews, portanto, não reflete a teologia de nenhum de seus editores e colaboradores individualmente, mas do conjunto de teólogos e líderes nomeados pela Igreja para essa finalidade.
Sobre a Bíblia, o respeitado pastor Mark Finley afirmou: “A Bíblia de Estudo Andrews foi preparada com a mente de um erudito, o coração de um pastor e a paixão de um evangelista.”

Assim, a Casa Publicadora Brasileira afirma a credibilidade da Bíblia de Estudo Andrews, não com base na autoridade de algum de seus editores ou colaboradores, mas com base na autoridade e na credibilidade das comissões que atuaram em sua produção, edição e revisão teológica, comissões estas indicadas pela liderança mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

(Vanderlei Dorneles é redator-chefe associado da Casa Publicadora Brasileira)

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Eu sonhei com Jesus

Iraniana se converte após ter o mesmo sonho durante vários meses

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Fabian* é um líder cristão responsável por um grupo de oração do Curdistão, uma região que ocupa uma parte do Irã e de alguns países do Oriente Médio. Em entrevista à CBN News, ele disse que conhece um bom número de cristãos que tiveram experiências sobrenaturais com Jesus. "Há muitos cristãos em campos de refugiados, e muitos relataram experiências parecidas. Eles não vivem no mesmo lugar e não se conhecem, mas me contaram sobre sonhos e visões que tiveram. É um fenômeno o que está acontecendo em todo o Oriente Médio", comenta Fabian.

De acordo com a reportagem da CBN News, muitos desses cristãos foram entrevistados e seus depoimentos são bem curiosos, como por exemplo, dessa iraniana que se identifica como Abby*: "Eu tive o mesmo sonho durante vários meses, onde uma luz falava comigo e dizia ‘venha para mim, eu vou te salvar’ e me chamava pelo nome. Depois de 7 meses tendo esse mesmo sonho, eu e minha mãe decidimos aceitar Jesus. Agora, na igreja, depois que conhecemos o Evangelho, sentimos que o sonho se realizou e que Jesus estava nos chamando para a salvação e para nos dar o descanso dessa vida tão difícil que estamos vivendo", revelou.

Os novos convertidos precisam manter sigilo sobre a nova fé, porque o Irã é um país muito perigoso para os cristãos. "Se eu revelar que sigo Jesus vou sofrer perseguição social pelo meu próprio povo e o governo, com certeza, vai mandar me executar, porque estou contra a lei dos homens dessa nação. Mas estou feliz porque agora faço parte da família de Cristo e minha pátria não é essa, agora sou uma cidadã celestial", finaliza Abby.

*Nomes alterados por motivos de segurança.

Via Portas Abertas

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Como sair fortalecido da crise?

"E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa,..."


Em nenhum momento Jesus disse que pelo fato de estarmos edificando sobre fundamento sólido, com material de primeira e de acordo com o projeto original, não teríamos problemas. Ele disse que o vento iria soprar, a chuva iria cair torrencialmente e haveria combate contra a casa. Jesus não prometeu te livrar dos problemas, mas sim no problema. Deus não livrou Daniel da cova, mas o livrou na cova. Problemas existem, mas podem ser superados.


"Seu casamento é fortalecido à medida que os dois aprendem a transformar tragédias em triunfos e tornam-se vencedores em vez de vítimas".

(Barbara Russel Chesser)


O que pode desencadear uma crise no relacionamento de casal?Uma gravidez não planejada, a morte de um filho, o desemprego do marido (desequilíbrio financeiro), impotência sexual ou frigidez da mulher, o nascimento do primeiro filho, a necessidade de acolher os pais em casa, doenças, um acidente que colocou um dos cônjuges em uma cadeira de rodas, um filho que assume um comportamento homossexual, um filho que se envolve em drogas, uma filha que engravida do namorado e o mesmo não assume a criança, uma mudança de casa e de cidade contra a vontade de um dos cônjuges, um filho com problema mental, a necessidade de acolher um irmão, etc.


1. Saiba que o casamento é o único "jogo" em que os dois podem "ganhar". Em artigo para a revista seleções o psiquiatra Pittman disse: "Não há como ganhar contra seu cônjuge. Ou vocês dois ganham ou os dois perdem".

2. Não use o cônjuge como bode expiatório. Enfatize os sentimentos positivos de um para com o outro e não dê muita atenção aos sentimentos negativos. Focalize as qualidades do companheiro (a).

3. Mantenha os canais de comunicação aberto. É nestes momentos de turbulência que o casal precisa conversar muito, dialogar e "discutir construtivamente".

4. Evite a todo custo que o "passado" seja o combustível que alimenta e torna a crise mais intensa e prolongada.Podemos até lembrar o passado para recapitular as lições aprendidas, mas é necessário tirar o foco do passado e colocá-lo no futuro. (Fl. 3:13)

5. Mantenha-se aberto para receber ajuda e aprender com outras pessoas. Sempre haverá pessoas com mais experiência que poderão ajudar, pode ser um membro da família, um irmão, um amigo ou alguém da liderança da igreja que trabalha na área de aconselhamento.

6. Lute contra a tempestade, motivado por aquilo que gera esperança. Os chineses talvez tenham sido os primeiros a reconhecer a natureza dupla da crise. Sua palavra para crise é escrita com dois caracteres, um que significaperigo e um que significa oportunidade. A crise é, de fato, mais do que apenas um problema - é um momento decisivo, uma catalisadora de forças para quebrar velhos padrões, evocar novas reações e determinar novas direções e novos inícios. Reflita nas palavras deste verso: "Dois espiam pela grade; Um vê a lama e o outro, estrelas de verdade" (Rm. 5:3-5).

7. Seja sensível para perceber a presença de Deus. Este é um recurso espiritual muito poderoso. Concordo quando alguém diz que, sua razão para esperança e sua fé em Deus, lhes dá um senso de propósito e força. A percepção da presença de Deus te faz mais paciente, perdoador, o leva a vencer mais depressa a raiva, a ser mais positivos e a apoiar mais um ao outro.

8. Lute consciente de que as promessas de Deus não morrem. Morrem os profetas, mas Deus é fiel no que prometeu. Quem tem promessas, tem razões para ter esperança. (Hb. 13:5; 6:18,19; Sl. 46:1; Sl. 23)

9. Faça uma leitura positiva da crise. Paulo nos ensina sobre isso em Rm 5:3-4 quando diz: a) nos gloriamos nas tribulações; b) a tribulação produz a paciência; c) paciência a experiência; d) experiência a esperança.

10. Faça da crise uma oportunidade para o Espírito Santo desenvolver em você o seu fruto (Gl. 5:22). A crise pode adubar o terreno do nosso coração para a produção do fruto do Espírito.

11. Administre o problema com inteligência emocional.Deixa a razão ir à frente da emoção. Nunca se esqueça que os mansos herdarão a terra. (Mt. 5:5)

12. Olhe para o casamento com suas dificuldades, como ferramenta de Deus para libertar você de você mesmo.Uma das maiores vitórias de Deus em nossas vidas é quando Deus nos liberta de nós mesmos. O maior problema do homem é o próprio homem.

13. É na crise que se mede a profundidade de caráter. Os problemas, as tensões, as crises, têm este papel, revelar quem verdadeiramente somos.

14. É na crise que mostramos ao diabo, que a gente serve a Deus pelo que Ele É e não por aquilo que Ele nos dá. (Ex. Jó) Ao perder tudo, Jó disse, receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios. (Jó 2:10)


Ernest Hemingway escreveu: "A vida quebra a todos e depois muitos ficam mais fortes nos lugares quebrados". Enquanto muitos casamentos fracassaram depois de uma crise, os cônjuges que sobreviveram a catástrofes dizem freqüentemente, ao olhar para trás: - Saímos mais fortes agora.

Fonte-REDE DE CASAIS

Um Ministério de Música

Paulo escreveu sua primeira carta aos Coríntios buscando ajudar uma igreja dividida. Se você lê-la com atenção vai ver que procura esclarecer algumas questões que causavam polêmica na igreja. Uma delas era o dom de línguas. Uma confusão sem sentido, que agradava a um grupo de membros. Eles defendiam suas atitudes como saudáveis e necessárias para edificar a igreja.


Diante da situação Paulo faz uma profunda apresentação mostrando que não importa o quanto alguma coisa pareça fazer bem para a igreja, é preciso que seja compreensível e verdadeiramente edificante.

No meio de suas orientações ele dá um conselho precioso, que vai além do dom de línguas e envolve a música. Aliás, uma pergunta seguida por duas soluções ou orientações.

Em I Coríntios 14:15 ele diz: “Que farei então? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento”.

Esta é uma forma de encarar a música diferente do convencional. Para Paulo a música precisa ter sentimento, criação, emoção – o espírito; mas também ser vista e analisada pelo ângulo da razão - entendimento.

Diante de seu envolvimento com a música Adventista, é importante parar para fazer uma análise da música Adventista. Você já parou para pensar como tem sido sua relação com a nossa música?

A razão nos leva a encarar algumas realidades que precisam ser desenvolvidas.:

1. A música adventista precisa se tornar um resultado de mais oração, missão e integração e de menos discussão.

É comum em encontros, apresentações musicais, comissões, ou mesmo em conversas sobre música acontecerem sérias discussões entre defensores de estilos diferentes de música. São os chamados conservadores e liberais em ação.

Em muitos casos ainda não aprendemos que discussão e confronto nunca vão resolver a questão, por mais razão que alguém tenha.

Precisamos ter sempre em mente que somos uma igreja e temos um Deus. Nossas atitudes precisam refletir essa realidade. Há uma direção maior, justa e sobrenatural. Se alguma música ou músico não são como acreditamos que deveriam ser, precisamos demonstrar que temos o amor de Deus em nossa vida e ele se manifesta no trato com as pessoas. Vamos conversar sempre como irmãos, pessoas que se amam e se respeitam. Essa é a verdadeira atitude cristã.

Se a mudança que esperamos não acontece, é tempo de orar. O que a discussão não faz a oração é capaz de fazer. Se orássemos mais como líderes, músicos e membros, pela música e pelos músicos, veríamos muito mais milagres, harmonia e poder nesta área.

2. É preciso ter mais cuidado ao tratar, tocar e usar um instrumento tão poderoso como a música.

Ellen White é muito clara quando apresenta esse poder. No livro Educação, pág. 166 e 167 ela descreve uma lista do que a música é capaz:

• Fixar palavras na memória;

• Subjugar as naturezas rudes e incultas;

• Suscitar pensamentos;

• Despertar simpatia;

• Promover a harmonia de ação;

• Excluir a tristeza e os maus pensamentos;

• Impressionar o coração com as verdades espirituais;

• Diminuir o poder da tentação.

Esta lista pode, inclusive, ser ampliada por descobertas mais recentes sobre o poder da música. Ela também é capaz de:

• Provocar Lembranças;

• Levar a decisão;

• Expulsar Satanás;

• Ajudar na recuperação da saúde;

• Desenvolver ou retardar a inteligência;

• Influenciar no apetite.



Deus capacitou cada músico a entrar neste universo de poder. É preciso, entretanto, ter cuidado e habilidade. O grande desafio é:

• Não produzir apenas aquilo que os sentimentos e a criatividade mandam;

• Não produzir apenas aquilo que é a tendência do momento;

• Não produzir apenas aquilo que é ditado pelo gosto pessoal;

• Não produzir apenas aquilo que vende;

• Não produzir apenas aquilo que entretém;

• Usar o poder da música para transmitir mensagens espirituais consistentes;

• Usar o poder da música para engrandecer a Deus;

• Usar o poder da música para tocar corações.

Enfim, use o poder da música para salvar.

3. É preciso fortalecer a visão de um ministério de música Adventista.

Essa visão passa por alguns pontos:

a. Maior unidade entre músicos e pastores

Todos são ministros, apesar dos formatos de ministério serem diferentes. Os dois têm o mesmo objetivo – a salvação.

É muito triste ouvir gente falando por ai: “Pastores não podem falar de música porque esta não é a área deles”. Ou mesmo: “Os músicos são um risco ou um problema constante com suas produções”.

Esta separação não apenas enfraquece os dois, como limita extremamente o cumprimento da missão da igreja.

Aqueles que falam dos Pastores precisam melhorar sua visão. Realmente a maioria deles não são músicos e não entendem tecnicamente de música, apesar de haver um bom grupo deles que também tem preparo na área.

Por outro lado, eles entendem de Bíblia e devem ser porta-vozes da vontade de Deus.

Não podemos esquecer que Moisés não foi médico nem advogado, mesmo dentro da realidade de sua época, mas escreveu a base das leis civis e sanitárias de uma nação. Ellen White não era educadora, mas escreveu sólidas e respeitadas orientações nesta área e em várias outras.

As orientações de Deus estão acima da formação técnica. Afinal, Ele é o criador de todas as coisas.

Este preconceito deveria desaparecer pelo bem do ministério da música. Já aqueles que falam dos músicos, também precisam melhorar sua visão. Os músicos não são um risco, muito menos um problema, mas são colaboradores do ministério. Afinal, receberam um dom extremamente útil, fundamental e importante e que foi dado diretamente pelo Espírito Santo.

É aos músicos que a igreja recorre, sempre que precisa de músicas para seus eventos, CDs, hinários, etc.

São os músicos que, pelo poder de Deus, tem composto hinos que vem gravando mensagens espirituais e tocando corações por anos e por gerações.

Precisamos fortalecer a unidade entre os ministérios da igreja, especialmente o da Música e o pastoral. Os dois têm uma grande influência, um grande poder e uma grande missão.

b. Fortalecimento do uso da música no louvor congregacional

Precisamos dar à música um lugar especial em nossos cultos de adoração. Ela não pode ser usada para preencher espaços vazios, ou ocupar a congregação enquanto não começa algum programa.

Precisamos mudar o conceito de música mecânica ou automática, usada simplesmente para o cumprimento de um processo litúrgico.

É preciso conduzir qualquer momento de louvor envolvendo o adorador e fazendo com que ele seja profundamente influenciado pelas palavras e acordes daquilo que está sendo cantado, tocado ou apresentado.

Isso é utilizar a música como um ministério de adoração.

c. Uso da musica para o cumprimento da missão da igreja.

A música é uma das mais poderosas ferramentas para tocar corações. Ela precisa ser usada para alcançar aqueles que ainda não se entregaram.

Para isso não basta cantar ou tocar. É preciso ir mais além, colocar o coração em cada apresentação, não perder a chance de apelar a qualquer público ouvinte e desenvolver projetos para conquistar novas pessoas para Jesus. A música precisa se tornar, também, um ministério de evangelização.

d. Fortalecimento da vida espiritual de cada músico.

Ninguém dá aquilo que não tem. Se um músico quer compor o melhor acorde, escolher o melhor repertório, desenvolver os melhores conceitos, ter uma vida pessoal pura, que autentique sua música e, como resultado, tocar corações, é preciso se alimentar das coisas de Deus. Gastar tempo com a Bíblia e a oração. Não ter tempo para Deus é viver perdendo tempo.

Quem produz música para Deus, mas não tem uma relação com Ele, pode produzir belas peças de arte, mas não toca corações. Não tem um ministério.

Mais sério ainda é o caso de um músico que bebe de fonte impura e quer oferecer água pura. Vive ligado no que é popular, mas quer oferecer o que é espiritual. É preciso beber em fonte pura para oferecer água pura.

e. Produção e uso de músicas que edificam e tocam o coração das pessoas.

Sem dúvida, existe música para todo o tipo de momento e lugar. Há músicas que podem ser úteis em uma situação acabam sendo impróprias em outra.

O músico Adventista, porém, precisa ter bem claro que não importando o lugar ou o momento temos um compromisso com um ministério de crescimento espiritual, conversão e salvação.

Não temos tempo a perder. Queremos chegar ao céu, e nada pode nos desviar dessa rota.

• Precisamos diminuir a visão comercial e aumentar a visão espiritual;

• Precisamos diminuir a visão de entretenimento e aumentar a visão de adoração;

• Precisamos diminuir o conceito de show e aumentar o conceito de culto;

• Precisamos diminuir a visão de um artista e aumentar a visão de um ministro;

• Precisamos diminuir até mesmo aquilo que agrada e aumentar aquilo que edifica.

Música é arte, mas como músicos cristãos, precisamos reafirmar a idéia de que a arte está a serviço da mensagem. A música Adventista é um veículo de comunicação da mensagem da Bíblia para esse tempo. Isso é ministério de música Adventista.

UM CHAMADO DE DEUS

Deus está chamando você para um Ministério de Música. Este chamado é para:

• Os músicos profissionais Adventistas;

• Os compositores;

• Os produtores musicais;

• Os cantores e instrumentistas;

• Os maestros e líderes de grupos musicais;

• Aqueles que não são músicos, mas dirigem o departamento de música das igrejas.

Este convite vem dos dias de Davi. Depois de fortalecer o reino e conquistar Jerusalém para ser sua capital, Ele decidiu trazer a Arca da aliança para a cidade. Preparou uma tenda especial, reuniu o povo e estabeleceu um local de adoração.

Em I Crônicas 15 ele convocou os levitas e organizou todo o funcionamento do sistema de adoração, definindo exatamente o que cada um deles deveria tocar. Ao fazer isso deixou clara a importância dos músicos dentro do ministério e da adoração.

Chegou o momento de buscar a Arca e colocá-la no lugar preparado. No capítulo 15, verso 27 a Bíblia apresenta aqueles que tiveram destaque neste ritual: Davi, os levitas, os músicos, e Quenaías, chefe dos músicos. Este momento foi tão importante que até as roupas daqueles que participaram está descrita.

No capítulo 16:4-6 a Bíblia apresenta Davi nomeando os levitas para estarem constantemente ministrando o louvor. Mais uma vez registra o nome e a função de cada um.

No momento da chegada da arca, Davi encarregou, pela primeira vez, Asafe e sua família da coordenação do louvor. A partir daí, eles foram destacados para cumprirem este ministério regularmente.

Leia este relato na Bíblia. Quando são apresentadas as equipes de trabalho do templo, a primeira é a dos ministros da música. Fica clara a importância do ministério da música dentro do templo, de forma organizada, definida e bem planejada.

A história da Bíblia mostra que os músicos têm um papel fundamental no ministério de adoração a Deus. A atuação dos músicos e a adoração deveriam estar diretamente ligadas à intercessão.

O que ocorria durante aqueles momentos não era um show nem um momento de entretenimento musical. As pessoas chamadas por Deus exerciam literalmente um ministério. Elas tinham plena consciência da importância do papel que exerciam e o quanto à eficiência da adoração dependia do correto desempenho das suas funções.

O ministério da música, que atua diretamente na presença de Deus, que abre as portas do céu e traz o seu ambiente até a terra, tem um lugar especial nos planos de Deus. Precisamos de menos músicas que falem de Deus e de mais músicas que tragam a presença de Deus e sejam Sua voz. Elas podem ser para jovens ou para a igreja, para quartetos, solos, corais, bandas ou orquestras. Enfim, em qualquer grupo ou situação a prioridade precisa ser trazer o céu mais perto da terra.

Hoje precisamos resgatar mais desta visão de ministério. Precisamos focar mais na música que toca corações. Precisamos ir além da busca por um padrão de música. Nossa prioridade deve ser a visão e a estruturação de um ministério de música Adventista.

Há muitos músicos já focados nisso, ou dando uma boa colaboração para este ministério. A igreja tem uma grande gratidão a eles pelo trabalho que tem feito.E quanto mais nos afinarmos com a vontade de Deus, maiores serão as portas que vão se abrir diante de nós.

Para todos aqueles que já entenderam ou ainda precisam entender o seu papel como ministros, o primeiro salmo, de Davi, apresentado no novo lugar de adoração, faz dois desafios.

O primeiro está em I Crônicas 16:9 (NVI): “Cantem para Ele”. Este desafio não é apenas para os cantores, mas para todos os envolvidos com a música da igreja. Nossa música precisa ser produzida para Deus, e para a Sua glória.

Queridos músicos:

• Permitam que Ele seja o centro de tudo o que vão fazer;

• Desenvolvam um ministério de adoração e salvação;

• Exaltem sempre a Deus, a imagem de Deus e o nome de Deus.

O segundo desafio, uma extensão do primeiro, está em I Crônicas 16:23 (NVI), quando Davi repete: “Cantem ao Senhor”, mas continua dizendo: “proclamem a Sua salvação dia após dia”.

• Usem a arte a serviço da mensagem, e nunca permitam que a arte seja mais forte ou atrativa que a mensagem;

• Usem a linguagem da música, que é tão forte, em sintonia e apoio à mensagem que ela precisa transmitir;

• Toquem, cantem ou produzam aquilo que vai conquistar corações para Jesus;

• Usem a música para cumprir a missão da igreja, e conquistar pessoas para Jesus.

Deus chamou cada músico para ser o Seu porta-voz; Para ocupar um lugar importantíssimo em sua causa; Para utilizar uma de Suas ferramentas mais poderosas; Para ajudar a abreviar a volta de Cristo.

Há um desafio para você que está envolvido com a música Adventista: Transforme seu talento em um chamado, e transforme seu chamado em um ministério. Cante, toque, reja, ensine, produza, sempre para Ele, para proclamar a Sua salvação. Isso é ministério.

Você, músico cristão, que já tem um compromisso com Deus, gostaria de confirmar seu propósito de utilizar a música como um ministério?

Você que ainda não tem desenvolvido essa missão gostaria de aceitar o desafio de dar um novo rumo ao seu envolvimento musical, construindo um ministério de salvação?

Precisamos tornar reais as palavras que tantas vezes cantamos juntos (HA No. 10):

“Louvemos o Rei, Glorioso Senhor. Oh vamos cantar o Seu infindo amor”.

“Falemos de Deus, da graça sem par...”.

“Cantemos do seu cuidado por nós...”.

Deus está esperando o seu compromisso para que possa transformar seu talento em um poderoso Ministério.

Erton Kohler, Presidente da
Divisão Sul-Americana da IASD, Brasília, DF

domingo, 27 de dezembro de 2015

Bexiga Natatória de Peixes:Um precursor do pulmão humano?




Por Everton F. Alves

Darwinistas frequentemente utilizam os peixes dipnoicos, ou seja, peixes ósseos portadores de bexiga-natatória como um exemplo do suposto “fato” de que esse órgão originalmente projetado para uma finalidade (flutuação) poderia ser convertido noutro órgão para uma finalidade completamente diferente (respiração) [1]. Portanto, sob a visão darwinista, o sistema respiratório humano nada mais é do que uma bexiga natatória avançada que foi otimizada por meio da seleção natural e mutações genéticas. A alegação é de que Darwin pôs um fim à questão ao mostrar a possibilidade de que as bexigas natatórias pudessem se transformar em pulmões em anfíbios (a propósito, não demonstrado por fósseis) evoluindo posteriormente para pulmões de répteis, de aves e de mamíferos (especialmente, os pulmões de humanos).

A estória começa da seguinte forma: peixes precisavam de um ambiente mais eficiente para atender o aumento da demanda de oxigênio. Para isso, eles inicialmente passaram a se concentrar perto da superfície da água (a propósito, estando expostos à predação). Então, a partir das brânquias a evolução deu origem à bexiga natatória, que depois supostamente teria resultado nos pulmões. Mas a estória não para por aí, podendo ser encontrada na maioria dos livros didáticos: 

“Perto do fim do Devoniano [supostamente mais de 250 milhões de anos atrás] uma das linhagens de peixes barbatanas-lobo conseguiu se mover para a terra. As barbatanas destes animais, já grossas e musculosas, foram talvez adaptadas para mover-se lentamente através de águas rasas e vegetação aquática espessas; seus antepassados já haviam começado há muito tempo atrás a contar com a respiração do ar, assim como muitos peixes que vivem em águas estagnadas hoje [...] Quarenta milhões de anos após as incursões pioneiras de plantas, a invasão dos vertebrados de terra estava em curso” [2: p.559].

O naturalista britânico Charles Darwin observou e descreveu a suposta evolução das estruturas especializadas que participam da respiração dos peixes da seguinte forma: “dois órgãos distintos por vezes realizam simultaneamente a mesma função no mesmo indivíduo; para dar um exemplo, há peixes com guelras ou brânquias que respiram o ar dissolvido na água, ao mesmo tempo que respiram o ar livre nas suas bexigas-natatórias, sendo este último órgão munido de um ductus pneumaticus para o seu abastecimento, dividindo-se em partições vasculares. [...] Nestes casos, um dos dois órgãos poder-se-ia modificar e aperfeiçoar facilmente, de maneira a realizar por si todo o trabalho, sendo auxiliado durante o processo de modificação pelo outro órgão; e então este outro órgão poderia ser modificado para outra finalidade completamente distinta, ou poderia ser completamente eliminado” [1: p.147].

Bela especulação! Porém, o que Darwin não sabia é que o oxigênio entraria na bexiga natatória de peixes pelo sangue em vez de uma traquéia [3]. Somente décadas mais tarde é que se descobriu que "o transporte ativo de oxigênio na bexiga natatória pela glândula gás é um transporte de oxigênio molecular" [4: p.521]. Portanto, tudo aponta para um sistema irredutivelmente complexo. Como bem observaram Brauner e colaboradores: "A transição da respiração aquática para a aérea está associada a mudanças fisiológicas dramáticas em relação à troca gasosa, regulação iônica, equilíbrio ácido-base e excreção de resíduos nitrogenados" [5: p.1433].

Após mais de um século, essa hipótese ainda hoje apresenta muitos obstáculos. Se não bastasse, como resolver a mais uma situação nitidamente irônica: o peixe iria sufocar se ele estivesse exposto ao ar durante longos períodos [3]. Isso porque a concentração de oxigênio dissolvido em água é de cerca de um trigésimo em relação ao ar [6: p.284]. Mas mesmo com este aumento de oxigênio, um peixe iria rapidamente se asfixiar se ele fosse levado para fora da água, embora estivesse em um ambiente com aumento de oxigênio. Brânquias são inoperáveis em ambientes secos, e líquidos destroem fisicamente alvéolos nos pulmões [6: p.284].

Mas, então, qual seria a evidência que Darwin possuía para afirmar a transmutação de um órgão noutro? Bem, nenhuma! Darwin alegou que todos os fisiologistas da época admitiam que “a bexiga-natatória é homóloga, ou ‘idealmente semelhante’ em posição e estrutura, aos pulmões dos animais vertebrados superiores” [1: p.148]. Para ele, então, a homologia seria suficiente para acreditar que a seleção natural converteu efetivamente uma bexiga-natatória num pulmão, ou num órgão exclusivamente usado para respirar. Porém, como afirma o biólogo molecular Dr. Michael Denton: "A base evolutiva da homologia é talvez ainda mais severamente danificada pela descoberta de que estruturas aparentemente homólogas são especificadas por diferentes genes em espécies diferentes" [7: p.149].

Como bem descreveu Darwin, os peixes dipnoicos (a Pirambóia, por exemplo) possuem um duplo sistema para a respiração. Além de guelras, eles possuem a bexiga natatória (pulmão), sendo essa característica a que tem levado os darwinistas a verem nele um vínculo entre os anfíbios e os peixes. Mas teria esses peixes realmente alguma ligação com os anfíbios que supostamente deram origem aos vertebrados terrestres? A resposta é não! Primeiro, porque os peixes dipnoicos fazem parte de um grupo totalmente separado [8: p.65]. Segundo, porque os ossos de seus crânios diferem dos ossos dos primeiros anfíbios fósseis encontrados [9: p.137]. E, por último, porque os próprios paleontologistas evolucionistas assumem que “a origem das principais características de tetrápodes [anfíbios] permaneceu obscura por falta de fósseis que documentem a seqüência das mudanças evolutivas” [10: p.757].

Até pouco tempo atrás, por exemplo, era “fato” que os anfíbios evoluíram do peixe Celacanto, que possui nadadeiras lobadas (isto é, com projeções ósseas robustas) e uma bexiga natatória cheia de óleo. Porém, novas análises filogenéticas estão fazendo um verdadeiro estrago na classificação taxonômica evolutiva baseada em aspectos morfológicos. Atualmente, os peixes com bexigas natatórias têm sido considerados mais intimamente relacionados com os mamíferos do que com o próprio Celacanto [11]. Contudo, não podemos nos esquecer que peixes com bexiga natatória (pulmonados) têm tamanhos do genoma aproximado de 133 bilhões de pares de base enquanto que os seres humanos têm um tamanho de genoma de cerca de 3,5 bilhões de pares de bases [12]. Na melhor das hipóteses, baseado puramente em tamanho do genoma, poderíamos dizer que o ser humano compartilha uma similaridade de apenas 3% com os peixes pulmonados.

Um golpe ainda mais amargo para os evolucionistas (que não veremos em livros didáticos) é que o registro fóssil veio à tona forçar uma reversão de 180 graus na estória sobre a "bexiga natatória para pulmão”. A presença de pulmões em fósseis de placodermos (classe de peixes extintos) demonstra serem os pulmões muito mais “antigos” do que as bexigas natatórias, o que sugere que todos os peixes primitivos jawed também já o teriam [13, 14]; então, seguindo esse raciocínio, os pulmões é que deveriam ter evoluído para bexigas natatórias, ao contrário do que seria esperado.

Mas o que a fisiologia dos peixes tem a nos dizer? Os peixes dipnoicos possuem a bexiga natatória, um órgão projetado para que estas criaturas melhorem seu desempenho ao subirem e descerem na água. A bexiga natatória possui uma glândula que permite a expansão ou encolhimento desse órgão, alterando, portanto, o volume da entrada de gás em seu interior [15]. Os gases acumulados na bexiga natatória apresentam em sua composição Oxigênio, Gás carbônico e Nitrogênio [16]. Aliás, é devido a esses gases no interior da bexiga natatória que os peixes bóiam, após mortos. A concentração desses gases varia de espécie para espécie. 

Ademais, em algumas espécies de peixes, principalmente de água doce, o grau de funcionalidade desse projeto vai além: a bexiga encontra-se ligada com o labirinto do ouvido interno, onde o animal obtém um sentido preciso da pressão da água (e, portanto, da profundidade) [17]. Por esse motivo acredita-se que esta ligação também auxilia o sentido da audição dos peixes. Se não bastasse, alguns peixes fazem com que suas bexigas natatórias vibrem por meio do uso de músculos super-rápidos a fim de produzir e emitir sons, característica esta vantajosa para o acasalamento e geração de descendentes [18].

Outro ponto interessante diz respeito ao mecanismo de flutuação da bexiga natatória, o qual proporciona flutuabilidade neutra perfeita a um peixe e ele pode desse modo evitar gasto de energia para não afundar [16]. Há, entretanto, uma regra importante para que esse projeto se mantenha funcional e otimizado: o peixe deve permanecer a uma profundidade específica. Se nadar abaixo dessa profundidade, a bexiga será comprimida pelo aumento da pressão na água, a flutuabilidade diminuirá e o peixe precisará nadar ativamente para evitar que afunde mais. Também já se sabe que o fato de um determinado peixe possuir uma bexiga natatória está mais relacionado ao ambiente em que vive do que a sua posição taxonômica. Alguns peixes que vivem no fundo, por exemplo, são desprovidos de bexigas natatórias e parece razoável que a flutuabilidade neutra não lhe seja necessária.

Nós, proponentes do design, não contestamos a ideia de que bexigas natatórias e os pulmões se desenvolvem a partir dos mesmos tecidos básicos, embora a hipótese específica da “origem a partir” do divertículo do intestino anterior seja desafiada [19]. No modelo evolucionista, isso é interpretado em termos de ancestralidade comum; no modelo do design inteligente, em termos do mesmo projeto básico de construção, com variações criativas sobre o mesmo tema. Se dotado com brânquias, pulmões, ou uma combinação de ambos (a Pirambóia, por exemplo), todos os peixes, vivos ou extintos, parecem ser (ou terem sido) bem equipados para as exigências do seu modo de vida. Portanto, o chamado “fato” da evolução de pulmões de bexigas natatórias finalmente (e evidentemente) acaba por ser apenas mais um mito.

Everton Fernando Alves é mestre em Ciências da Saúde pela UEM; seu e-book pode ser lido aqui: https://www.widbook.com/ebook/teoria-do-design-inteligente

REFERÊNCIAS:

[1] Darwin CR. The Origin of Species by means of Natural Selection. 6. Ed. London: John Murray, 1872, Capítulo 6. Disponível em: http://darwin-online.org.uk/content/frameset?pageseq=1&itemID=F391&viewtype=text

[2] Starr C, Taggart R. Biology: The Unity and Diversity of Life. Belmont, CA: Wadsworth Publishing, 1987.

[3] Harrub B. The Breath of Life—Not a Product of Evolution. Reason & revelation 2006; 26(2):9-15. Disponível em: https://www.apologeticspress.org/pub_rar/26_2/0602.pdf

[4] Wittenberg JB. The secretion of oxygen into the swimbladder of fish. J Gen Physiol. 1961 Jan;44:521-6.

[5] Brauner CJ, Matey V, Wilson JM, Bernier NJ, Val AL. Transition in organ function during the evolution of air-breathing; insights from Arapaima gigas, an obligate air-breathing teleost from the Amazon. J Exp Biol. 2004 Apr;207(Pt 9):1433-8.

[6] Maina JN. Structure, function and evolution of the gas exchangers: comparative perspectives. J Anat. 2002 Oct;201(4):281-304.

[7] Denton M. Evolution: A Theory in Crisis. Bethesda, MD: Adler & Adler, 1986.

[8] Ommanney FD. Os peixes. Trad. José Laurêncio de Melo. Série: Biblioteca da natureza life., Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1981.

[9] Attenborough D. Life on Earth: A Natural History. New York: Little, Brown & Co, 1981.

[10] Daeschler EB, Shubin NH, Jenkins FA Jr. A Devonian tetrapod-like fish and the evolution of the tetrapod body plan. Nature. 2006 Apr 6;440(7085):757-63.

[11] Amemiya CT, et al. The African coelacanth genome provides insights into tetrapod evolution. Nature. 2013 Apr 18;496(7445):311-6.

[12] Leitch IJ. Genome sizes through the ages. Heredity (Edinb). 2007 Aug;99(2):121-2.

[13] Denison RH. A anatomia mole de Bothriolepis. J. Paleontol. 1941; 15:553-561.

[14] Romer AS, Parsons TS. The Vertebrate Body. 5. ed. Philadelphia: Saunders Co., 1978, p. 329.

[15] Setaro JF. Circulatory System. Microsoft Encarta, 1999.

[16] Schmidt-Nielsen K. Fisiologia Animal, Adaptação e Meio Ambiente. 5. Ed. Cambridge University Press, 2002, p. 609.

[17] Schulz-Mirbach T, Heß M, Metscher BD, Ladich F. A unique swim bladder-inner ear connection in a teleost fish revealed by a combined high-resolution microtomographic and three-dimensional histological study. BMC Biol. 2013 Jul 4;11:75.

[18] Mok HK, Parmentier E, Chiu KH, Tsai KE, Chiu PH, Fine ML. An Intermediate in the Evolution of Superfast Sonic Muscles. Front Zool. 2011 Nov 29;8(1):31.

[19] Brown E, James K. The lung primordium an outpouching from the foregut! Evidence-based dogma or myth? J Pediatr Surg. 2009 Mar;44(3):607-15.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

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