segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Salmo 15 - O Verdadeiro Cidadão do Céu


Você já se perguntou se está preparado para entrar no Céu? Quais seriam as qualidades necessárias para entrar no Céu? Como posso viver de tal modo que não seja decepcionado em minhas expectativas e anseios para morar um dia no Paraíso Celeste? De fato, esta é uma grande preocupação, e deve ser respondida, antes que seja tarde demais.

O Salmo 14 ensina a universalidade do pecado: todos são pecadores, e não há quem busque a Deus. Mas, de acordo com o Salmo 15, como poderia um pecador sequer pensar na possibilidade de entrar na presença de Deus? Após a revelação do Salmo 14, é lógico pensar na impossibilidade de termos acesso a Deus. Entretanto, diz o Salmo 5:7, que é pela riqueza da misericórdia de Deus que entramos na Sua casa, e nos prostramos diante do Seu santo templo, no seu temor. É pela graça de Deus que somos transformados de pecadores em santos. Somente os santos habitarão no Seu “santo monte”.

O salmo 14 foi escrito para que soubéssemos quão pecadores somos. O Salmo 15 foi escrito para que soubéssemos quão perfeitos podemos ser. O Salmo 14 nos coloca no pó; o Salmo 15 nos coloca na glória. O Salmo 14 humilha o pecador; o Salmo15 exalta o justo. Ele é estimulante e desafiador. Ele nos leva a um profundo exame de consciência e a um desejo de agradar a Deus a fim de podermos estar com Ele. Este é o verdadeiro equilíbrio das Escrituras. 

Este salmo é mais uma jóia da Inspiração que usou o poeta Davi para nos presentear com a sabedoria divina. Aqui estão as qualidades do verdadeiro cidadão do Céu. Portanto, trata-se de um assunto essencial, a fim de que não fiquemos desavisados de nossas obrigações espirituais e sociais para com Deus e nosso semelhante.

I – UMA PERGUNTA PERSCRUTADORA (v. 1)

O salmo começa com uma pergunta dirigida a Deus Jeová: “Quem, SENHOR, habitará no Teu tabernáculo? Quem há de morar no Teu santo monte?” Esta é uma das perguntas mais perturbadoras, temidas e decisivas. Já pensou se você fizesse esta pergunta e Deus lhe respondesse: “Você está longe disso!”? Mas Cristo disse certa vez para alguém: “Não estás longe do reino de Deus!” (Mc 12:34).

Muitos estão se perguntando em nossos dias: Diante de tantas igrejas cristãs, qual é a igreja verdadeira? Qual é a que se aproxima um pouco mais da verdade? Mas a pergunta que deveria estar em nossa mente, nestes dias de tanta insegurança e confusão religiosa é esta: “Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte?” Certamente, uma pessoa que fizer tal pergunta jamais será desapontada com referência à verdade.

A palavra “SENHOR” é correspondente a Yahweh no original, e, portanto, invoca ao próprio Jeová, que é o Deus da redenção e da aliança com o Seu povo. “Tabernáculo” ou “tenda” é o símbolo tradicional de Sua presença para um peregrino, porque somos peregrinos neste mundo, em direção à Canaã celestial, onde é o país dos nossos sonhos. Isso nos traz à lembrança o texto de Hebreus 11, onde lemos acerca dos Heróis da fé, como os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, além de muitos outros, que viveram em tendas e ansiavam habitar com Deus, mas morreram sem ter obtido a concretização de suas esperanças.

Por outro lado, a expressão “santo monte” se refere ao monte Sião, onde foi edificado o templo de Jerusalém, a casa de Deus, na Palestina, monte que se tornou um símbolo da habitação de Deus no Céu, onde foram vistos os 144.000 diante do Seu trono (Ap 14:1).

A pergunta (Sl 15:1) de início poderia transparecer uma conotação legalista, em que certas pessoas exclusivas teriam acesso à morada de Deus, na condição de preencher certos requisitos da Lei e dos mandamentos de Deus. De uma leitura superficial, alguém poderia citar as palavras deste Salmo para dizer que ninguém pode alcançar um alvo tão elevado como a pretensão de habitar com o Eterno, o Criador do universo.

Entretanto, o contexto indica que esse não é o caso. Qualquer pessoa pode chegar ao soberano ideal de subir ao Céu e habitar com o Altíssimo por toda a eternidade. A primeira coisa que tal pessoa faz é se dirigir a Deus e Lhe fazer a mesma pergunta, sinceramente: “Senhor, como é que eu posso estar contigo sempre e morar em Tua companhia? Senhor, eu Te anseio e desejo tanto morar contigo, porque te amo tanto que desejo habitar no Céu onde estás. Como é que eu consigo isso?”

II – UMA RESPOSTA INTRIGANTE (vs. 2-5b)

A pergunta acima só será feita por uma pessoa humilde que já possui características essenciais para ser um cidadão do Céu, porque está sendo atraída pelo Espírito Santo, e é um crente no poder, na bondade e sabedoria de Deus. A resposta de Deus para tal pessoa é como encontramos nos versos seguintes.

1 – O Cidadão do Céu é Íntegro (v. 2a)

“O que vive com integridade.”

Arthur Gordon numa conferência em 1986, contou a seguinte história: Na sala de operação de um grande hospital, uma jovem enfermeira experimentou seu primeiro dia de responsabilidade total.
- "O senhor retirou 11 esponjas, doutor," disse ela ao cirurgião. "Nós usamos 12."
- "Nós as removemos todas," de­clarou o doutor. "Vamos fechar a incisão agora mesmo."
- "Não!" objetou a enfermeira. "Nós usamos 12."
- "Eu tomo a responsabilidade!" re­torquiu o cirurgião com severidade "Suture!"
- "O senhor não pode fazer isso," gri­tou a enfermeira. "Pense no paciente!"
O doutor sorriu e mostrou à en­fermeira a 12ª esponja. - "Você passou," disse o médico. Ele estava testando sua integridade - e ela tinha passado no teste.

O salmista apresenta a maior virtude do cidadão do Céu: integridade! Esta é uma palavra que tem significado amplo. Muito mais do que a ilustração acima pôde transmitir. Não basta procurar um Dicionário para defini-la. Um Dicionário diria que integridade é “inteireza moral, retidão, imparcialidade, inocência” (Michaelis). Entretanto, integridade vai muito além da simples ética moral; integridade na Bíblia é excelência moral na ética e na espiritualidade. É um conjunto de qualidades morais e espirituais que justificam a sua existência. Portanto, para definir integridade corretamente é preciso consultar a Bíblia.

Integridade no Salmo 15 vem da palavra hebraica “tâmyîm” que significa “perfeição”, como encontramos em Gênesis 17:1, onde lemos a mensagem de Deus para Abraão: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito.” Esse homem de Deus tinha 99 anos e ainda não era perfeito. Em certo sentido isso é uma consolação para todos. Mas Deus lhe dava a fórmula para ser perfeito e íntegro: “Anda na minha presença!” Abraão em sua natureza pecaminosa não era íntegro, tanto é que falhou em algumas vezes, mentindo, desconfiando e dissimulando. Mas quando ele se encontrava na presença de Deus, e andando com Ele, era íntegro e perfeito.

Portanto, integridade significa harmonia com Deus, porque ninguém é completo se não estiver em harmonia com o seu Criador.

Assim, integridade é excelência de caráter espiritual que se expande para todas as áreas da vida, e que só pode ser adquirida por meio de uma obra de Deus que permitimos ser realizada em nós, pelo Espírito Santo. Vem do próprio conhecimento do Todo-Poderoso.

Integridade é o clímax de todas as virtudes. É por isso que ela vem em primeiro lugar. Logo depois, vemos as demais virtudes, nos versos seguintes, que são apenas um desdobramento da integridade, e que servem apenas de ilustrações não exaustivas do que faz ou deixa de fazer uma pessoa íntegra. Este é o método em muitos poetas e profetas do Antigo Testamento: Primeiro eles apresentavam o clímax, o melhor, e depois passavam a demonstrar como chegar lá.

Integridade (“tâmyîm” = perfeição) é mais do que aparência externa. Integridade é uma virtude que parte do coração. Os perfeccionistas sem Deus não possuem integridade no sentido bíblico, e na realidade são apenas uma aparência do que se pode ver de seus atos refinados e medidos, externamente. Eles são retratados em Romanos 7, que pinta o quadro do homem que tenta fazer tudo bem, tudo correto, mas faz o mal, porque desconhece a Jesus Cristo. Eles não são perfeitos, apenas tentam ser e, muitas vezes, escondem as suas más intenções, que conspiram contra a integridade verdadeira, que se manifesta em primeiro lugar na vida correta com Deus.

Integridade é amor. É santidade. É andar com Deus, sinceramente. Portanto, a pergunta está respondida: Só uma pessoa santa, íntegra, que tem um relacionamento sincero com Deus poderá habitar no “santo monte”. Qualquer outra virtude parte desse fundamento. E qualquer pessoa pode chegar a esse ideal, se ela desejar ardentemente andar com Deus e viver pelo Seu poder.

2 – O Cidadão do Céu é Justo (v. 2b)

Ele “pratica a justiça.”

Em maio deste ano, um pastor adventista foi ao supermercado de Itajaí, e quando passou pelo caixa com as compras, notou que a jovem não registrara dois produtos iguais, no valor de R$ 14,90 cada. Logo a seguir, sua esposa também percebeu a falha através da nota, e ambos voltaram. Para surpresa da jovem atendente, o pastor lhe disse que ela precisava cobrar R$ 29,80 a mais por dois produtos que haviam passado sem cobrança.

Então, o cartão lhe foi entregue, ela seguiu o procedimento e agradeceu por aquela “gentileza” rara. Isso realmente não se chama de gentileza; o seu nome é “justiça”. Justiça é dar a alguém o que lhe é de direito exclusivo; justiça é dar a alguém o que ele merece. Injustiça seria ficar calado, e levar dois produtos para casa, sem ter pago por eles.

Se integridade é harmonia com Deus, justiça é harmonia com o próximo. Ser íntegro é cumprir os 4 mandamentos referentes a Deus. Ser justo é cumprir os 6 mandamentos referentes ao próximo. Portanto, nestas duas palavras, integridade e justiça, temos resumida toda a Lei dos 10 Mandamentos. Todas as outras virtudes estão baseadas nestas duas e partem delas. O cidadão do Céu é íntegro, e, portanto, ele será justo em todas as suas transações, e em todos os seus relacionamentos, ele será justo com o seu vizinho, até mesmo quando este lhe for injusto.

Ele poderá ser até perseguido por causa da justiça, como previu Cristo em Seu sermão do monte, mas ele ainda assim será justo e correto. Ele sabe que as suas ações são vistas por Deus, e é só isso o que importa, porque ele só deseja fazer a Sua vontade soberana. Essa justiça ele alcança mediante a fé em Jesus Cristo e na Sua confiança no Pai, em Quem ele se deleita e se compraz, como um filho de Deus. (Rm 3:22-24).

3 - O Cidadão do Céu é Verdadeiro (v. 2c)

“E, de coração, fala a verdade.” Ele gosta tanto da verdade que não mente nem por brincadeira!

Hoje vivemos em um mundo de mentiras. Estamos cheios de mentiras por todos os lados. Mentem as propagandas, os filmes de Hollywood, mentem as novelas, mentem revistas e noticiários. Mentem promotores e juízes, mentem os réus e seus advogados. Mentem os patrões e os empregados uns aos outros. Esta é a vida dos cidadãos deste mundo: enganando e sendo enganados.

Certa vez, um colportor vendeu uma coleção de livros para o chefe de uma família no interior da Bahia. Ele assinou o pedido e o colportor prometeu voltar com os livros em 30 dias. Quando chegou o colportor, bateu à porta. Demorou algum tempo até que chegou uma jovem dizendo: “Meu pai não está!” Nesse exato momento, chegou correndo a sua irmãzinha, que ao ouvir isso, falou: “Está sim, o papai está!” E saiu gritando pela casa: “Papai, papai, vem aqui; tem um homem na porta que quer falar com o senhor!”

Outra vez, um senhor bateu à porta de uma casa. Veio uma jovem bem orientada pelos pais, e, imaginando que era alguma cobrança que já esperavam, disse: “Meu pai não se encontra!” O homem respondeu: “Que pena! Eu queria pagar uma dívida que eu tenho com ele!” A moça prontamente falou: “Ah, se é para receber, então, ele está!”

Mas o cidadão do Céu “fala a verdade”! De que modo? “de coração”. Ele é íntegro, e, portanto, ele é verdadeiro porque fala a verdade que procede do coração. Ele é sincero no que diz e fala as coisas exatamente como são, sem fingimentos, sem insinuações ou suposições. Ele está seguro em Deus e, portanto, não teme dizer a verdade. Ele está ligado à Fonte da verdade, e, portanto, ele crê na verdade, fala “a verdade, só a verdade e nada menos do que a verdade”.

Ele também fala a verdade da luz do Evangelho de Deus aos outros. Ele é verdadeiro, e fala a verdade, de coração. Essa coragem e amor à verdade e ao semelhante vem do seguir Jesus Cristo que é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14:6).

4 - O cidadão do Céu é benévolo (v. 3)

“O que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho.”

Certa senhora resolveu sair de casa numa manhã. Ela iria acompanhada de 3 garotas, suas filhas. E chovia um pouco e ela tomou o seu guarda-chuva, e disse: "Vamos nos proteger." E as jovens tomaram também uma sombrinha cada uma. Esperaram um pouco no ponto do ônibus até que chegou. E não havia muito lugar, estava lotado, mas as meninas conseguiram um lugar para a mamãe. E a senhora se assentou ali, e para não incomodar a vizinha ao lado, ela pôs o seu guarda-chuva molhado do lado direito. E lá estava ela com seus pensamentos sem perceber que o ônibus estava se aproximando da sua parada. E as meninas disseram: "Mamãe, está na hora!", e deram o sinal. E aquela senhora preocupada em descer, tinha esquecido de que lado tinha posto o guarda-chuva, e ao invés de ela tomar o guarda-chuva à direita, ia pegando o outro do lado esquerdo. E a mulher que estava do lado já aprontou ali um barulho. Enquanto a senhora descia, ela falava ao pessoal do ônibus: "Este mundo está cheio de ladrões. Já queriam me levar o guarda-chuva. Afinal de contas, eu não sou tão rica!", e humilhava a senhora que cometera um engano.

Lá fora aquela mulher que era uma cristã, disse às suas filhas: "Que pena, a gente sai com bom espírito, e às vezes um fato assim atrapalha a gente." E as meninas disseram: "Esquece isso, mamãe! Deixa isso pra lá. Vamos fazer as nossas compras." E elas estiveram na cidade algumas horas. Depois voltaram, mas era ainda cedo. Mas a senhora já estava cansada e as meninas resolveram fazer um passeio, visitar uma amiga.

A mamãe, porém, queria voltar para casa. Mas não chovia mais. Então, as meninas disseram: "Mamãe, a senhora leva para casa os guarda-chuvas." E a senhora pegou agora os 4 guarda-chuvas e os enfeixou e esperou alguns momentos na fila do ônibus. Chegando o ônibus, ela entrou e lá estava aquela mulher que fez o barulho. E aquela mulher olhou bem, reconheceu aquela senhora, e disse à sua companheira: "Olha aí, o mundo está mesmo cheio de ladrões. Esta mulher ia indo para a cidade e ela quis roubar o meu guarda-chuva, e não conseguiu, porque eu vi e reclamei. Mas ela já conseguiu 4!"

No entanto, aquela mulher estava julgando falsamente. Ela estava detratando um bom caráter. Ela estava difamando e lançando injúria contra uma pessoa justa. Mas assim não age um cidadão do Céu. Ele tem um coração benévolo e pergunta antes de tirar conclusões precipitadas. Ele investiga as coisas sobre o que fala, a fim de poder exercer a benevolência mesmo com a língua e ninguém precisa se proteger de tal pessoa benevolente. Ele é amorável e tem muita consideração para com a reputação dos outros. É um verdadeiro candidato para entrar no Céu, onde não existe a maldade dos nossos dias.

5 - O cidadão do Céu é criterioso (v. 4a)

“O que, a seus olhos, tem por desprezível ao réprobo,
mas honra aos que temem ao SENHOR.”


Uma das virtudes mais preciosas, uma das virtudes mais atraentes e, não obstante, mais raras, é a sensibilidade no julgamento. O cristão possui critérios básicos para julgar coisas e pessoas. Ele vive por princípios e não por mero sentimentalismo. Ele sabe julgar e procede corretamente quando julga.

Mas alguém poderia dizer que isso vai contra as regras do sermão do monte. Respondemos que Cristo não condenou o ato de julgar em si mesmo, o juízo exato que se faz normalmente em nossa maneira de ver pessoas e coisas.  O que Cristo censurou, o que Ele condenou foi o juízo temerário, quando disse: “Não julgueis, para que não sejais julgados.” (Mt 7:1).

Mas note que Ele continua: “Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.” (v. 2). Ou seja, cada um tem o seu critério para julgar, e todos julgam constantemente, porque é impossível ver uma situação e não passá-la pelo crivo da inteligência. Entretanto, o Mestre dos mestres reprovava, isto sim, o juízo temerário, o juízo perigoso, porque é imprudente, precipitado, injusto e parcial. Mas o próprio Cristo foi criterioso, ao dizer: “Ai de vós escribas e fariseus hipócritas!...” (Mt 23:13).

O apóstolo Paulo ensina, ademais, que todos somos juízes, e, portanto, devemos como cristãos, exercer esse direito com prudência e harmonia, e pecamos quando somos omissos no julgar: “Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!... Não há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da irmandade?” (1Co 6:3,5).

O cidadão do Céu é criterioso, é fino em seu julgamento, e sabe quando e onde separar coisas e pessoas. Ele despreza o “réprobo” (rejeitado, não aprovado), e o coloca em seu devido lugar. Ele está baseado nas Escrituras. É o mesmo apóstolo Paulo quem continua o argumento: “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.” (1Co 6:9-10). Entretanto, o homem íntegro e justo sabe também estabelecer o equilíbrio e ama as pessoas, dando-lhes a oportunidade de conhecer a verdade.

Ele também “honra aos que temem ao Senhor”. Aliás, não se pode fazer isso sem primeiro ser criterioso. Paulo completa esse pensamento, ao dizer: “Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.” (Rm 13:7). De fato, o cidadão do Céu não só honra aos que temem a Deus, como também se regozija na companhia deles. Como disse o próprio Davi: “Quanto aos santos que há na terra, são eles os notáveis nos quais tenho todo o meu prazer.” (Sl 16:3).

Mas nessa passagem (Sl 15:4), vemos nas entrelinhas que ele não só honra aos que temem ao Senhor, como também ele mesmo teme ao Senhor, porque integridade é um relacionamento submisso a Deus. Portanto, não podemos dizer que este salmo é legalista em sua estrutura, porque possui subentendido o pensamento de um homem ligado a Deus. Somente esse homem poderá morar com Ele, e habitar em Seu santo monte.

6 - O cidadão do Céu é confiável (v. 4b)

“O que jura com dano próprio e não se retrata.”

Winton Beaven, vice presidente do Kettering Medical Center, escreveu: “Eu cresci numa comunidade rural da parte superior do estado de Nova Iorque. Meu avô era fazendeiro. Havia poucos contratos escritos. Negócios eram fechados apenas com um aperto de mão. ‘A palavra de um homem era seu fiador,’ costumava dizer meu avô. Se uma pessoa concordou em fazer algo, ela o fará, pouco importam as conse­quências.”

Muito tempo atrás, enquanto o Duque da Burgúndia presidia o Gabi­nete do Conselho Francês, um dos ministros propôs que se rompesse de­terminado tratado, já que o rompimento resultaria em vantagens econômicas importantes para o país. Muitas razões "boas" foram apresentadas para justificar o ato. O duque ouviu em silêncio. Depois que todos fala­ram, ele se ergueu e, colocando a mão sobre uma cópia do acordo, disse com firmeza: "Cavalheiros, nós assinamos um tratado!" E isso encerrou a questão.

Você pode falar com uma pessoa tal e firmar um compromisso, e você sabe que pode confiar nessa pessoa porque ela mantém a palavra, “e não se retrata” mesmo que saia prejudicada desse acordo. Isso é o mínimo que se espera de um cidadão do Céu. Isso é o que se espera de um cristão que professa estar se preparando para um dia morar com Deus.

7 - O cidadão do Céu é honesto (v. 5a,b)

“O que não empresta o seu dinheiro com usura, nem aceita suborno contra o inocente.”

Honestidade é a virtude de um homem íntegro, porque a integridade é a mãe da honestidade, é a raiz de todas as virtudes. Mas, infelizmente, são raros os homens honestos. Vemos na política, no comércio, na alfândega, e algumas vezes na igreja, e em todos os lugares o império da corrupção.

O texto não diz que esse homem justo e íntegro não empresta o seu dinheiro. Diz que ele não empresta com “usura”. Usura é juro excessivo, lucro exagerado, avareza, mesquinhez, ganância. Se um amigo vier lhe pedir algum dinheiro emprestado porque está em dificuldades financeiras, ou porque perdeu alguns bens e precisa reavê-los, ou porque foi roubado, o cristão não se aproveita dessas circunstâncias para exigir juros altos acima do estipulado pelo senso mais honesto, ou por um percentual justo, combinado antecipadamente. Ele não aproveita as oportunidades para roubar do seu semelhante.

Ele também não aceita suborno contra uma pessoa inocente. Imagine um homem pobre e simples que está sendo julgado. Ele tem poucos argumentos para provar a sua inocência, mas todos sabem que ele não é culpado. Então o promotor, querendo ganhar a questão, em um lapso incrível do sistema, propõe aos jurados uma certa quantia em dinheiro, para que votem contra o réu. Um homem íntegro, um verdadeiro cristão, rejeita essa oferta corrupta imediatamente. “Ele não se compra e nem se vende”. Ele não se corrompe com dinheiro, e tem misericórdia dos fracos, que muitas vezes são justos, mas oprimidos pelos ímpios. O cidadão do Céu é honesto e não se aproveita da fraqueza dos outros para aumentar a sua conta bancária.

Vale aqui recordar as palavras do livro Educação: “A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” (Ellen White, Educação, pág. 57).

III – UMA PROMESSA ALVISSAREIRA (v. 5c)

“Quem deste modo procede não será jamais abalado.”

Aqui temos a promessa de Deus para todos os que seguem os passos de Jesus Cristo e estão se preparando para entrar no Céu e habitar no monte Sião, junto a Deus e os santos anjos.

Estamos no limiar da eternidade, e muitos vivem em uma falsa segurança. Somente os que são íntegros poderão entrar nos portais das mansões celestes. Temos nós buscado a Deus a fim de que esse caráter possa ser visto em nós? Se nós buscarmos sinceramente a Jesus Cristo, Ele nos dará o Seu Espírito abundantemente, a fim de transformar a nossa vida, perdoando os nossos pecados e nos levando à integridade e perfeição. Desse modo, jamais seremos abalados, “ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares”. (Sl 46:2).

Pr. Roberto Biagini
Mestrado em Teologia

Natureza estonteante: vídeo incrível une floresta, raios, estrelas, meteoros e arco-íris



Esse timelapse, chamado de “Ascendance” (“ascendência”, em português), foi feito pelo cineasta Henry Jun Wah Lee. Filmado em agosto, durante o pico da chuva de meteoros Perseidas, o filme mistura a Via Láctea com uma paisagem linda, raios, arco-íris, pôr do sol, etc.
A chuva de meteoros Perseidas vem sendo observada há pelo menos 2.000 anos. Ela é formada pela passagem do cometa Swift-Turtle, que orbita o sol a cada 133 anos. Tradicionalmente, é no mês de agosto que a Terra passa no interior da nuvem de detritos deixada pelo cometa que, formada por fragmentos de gelo e poeira, se choca com a atmosfera terrestre e se desintegra no que parecem explosões de luz.
Henry Lee havia ido ao Parque Nacional de Joshua Tree (Joshua Tree National Park), na Califórnia (EUA), uma zona desértica nomeada por uma espécie de cacto denominada “árvore de Joshua” ou “árvore de Josué”, para assistir ao fenômeno.
“Ascendance é um tributo ao poder imprevisível e à beleza da natureza. Eu saí para filmar a chuva de meteoros Perseidas, mas encontrei muito mais. Quando você está lá fora, você nunca sabe ao certo o que a natureza nos reserva. Esteja sempre pronto para uma experiência mágica”, diz o cineasta.
De fato, a paisagem é cativante e faz a gente querer ir para a Califórnia. Uma antiga floresta, Ancient Bristlecone Pine Forest, também aparece no vídeo. Cuidado, pois assisti-lo pode ser o único incentivo que você precisava para marcar uma viagem.[io9]

Ascendance from Henry Jun Wah Lee / Evosia on Vimeo.

sábado, 22 de setembro de 2012

Salmo 14 – A Mensagem Dos Insensatos


Nossa mensagem se encontra no salmo 14. Aqui temos a Mensagem dos Insensatos. E aqui temos uma grande lição para a nossa vida, a fim de evitarmos a mensagem dos néscios e insensatos.

Certa vez, um incrédulo se dirigiu a um cristão, e lhe disse:
- Eu posso provar pela sua Bíblia que ela diz que Deus não existe!
- Não, disse o cristão, você não pode!
- Posso sim, disse triunfante o incrédulo.
- Duvido! Disse o cristão.
- Então, abra a Bíblia no Salmo 14:1!

O cristão, então, leu estas palavras: "Disse o insensato no seu coração: Não há Deus!"
- Viu? disse o incrédulo. Provei pela sua própria Bíblia que Deus não existe.
- Mas espera, disse o cristão. A Bíblia não está dizendo que Deus não existe. A Bíblia está dizendo que é o insensato que diz isso. E se você também está dizendo isso, o que é que a Bíblia realmente está dizendo? Que você é o insensato que diz que Deus não existe! Então, o incrédulo foi saindo de fininho, envergonhado.

É preciso saber interpretar a Bíblia. É preciso ter a iluminação do Espírito Santo para entender a Bíblia. É preciso também estudá-la, a fim de podermos ensinar aos outros. Disse Jesus Cristo certa vez: "Que dizem as Escrituras? Como interpretas?" Com isso, Ele testava a inteligência das pessoas e o grau de compreensão das Escrituras, levando-as à reflexão. Ele demonstra com essa pergunta a importância de se interpretar a Bíblia corretamente, a fim de não cairmos em Sua repreensão que Ele proferiu para certos líderes,  que pretendiam ensinar a verdade: "Errais,  não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus" (Mateus 22:29).

Que é um insensato? É uma pessoa que não tem a verdadeira sabedoria. E nós ainda vivemos em um mundo tão cheio de luz, mas falta a verdadeira sabedoria para muitas pessoas, mesmo entre os que professam ser cristãos. Nunca houve um tempo em que nós tivéssemos tanta luz da verdade como em nosso tempo. Entretanto, quantos insensatos existem em nosso mundo levando a sua Bíblia debaixo do braço! Eles negam o seu poder e eficácia em sua vida de negligência do estudo e meditação, revelando em seus atos que não possuem aquela sabedoria do alto que nos leva ao verdadeiro Deus, de Quem descendem todas as luzes.

que dizem os insensatos? Dizem que "não há Deus".
Esta é a mensagem dos ateus. Ateu é uma palavra que vem do grego: o prefixo "a" significa "não" ou "negação de"; e "theós" que significa "deus". Atheós, ou ateu é aquele que nega a existência de Deus.

Esta é a mensagem dos incrédulos, aqueles que não crêem em Deus. Esta é a mensagem dos que pregam que "Deus morreu". Nietzche foi o primeiro filósofo a ensinar que Deus morreu. E, hoje, por mais incrível que isso possa parecer, muitos teólogos liberiais ainda defendem essa teoria.

Esta é, também, a mensagem dos falsos cristãos que negam a existência de Deus em sua vida: aqueles que vivem como se Deus não existisse. Eles vivem um cristianismo sem Cristo, uma religião sem Deus, porque vivem independentes, e não consultam a Deus, não buscam a Deus quando em necessidade, e não buscam a Sua Palavra. O uso da palavra insensato(nabal) não indica um ateu teórico, mas um ateu prático, que vive como se não existisse Deus. Para todos os propósitos práticos, Deus não faz parte dos seus pensamentos.

Qual é fonte desta mensagem? Onde eles dizem que "Deus não existe"? "No seu coração" (v. 1) . O que é o coração? Literalmente, o coração é a fonte da vida física: ele é um músculo que serve como uma bomba que envia o sangue para todas as partes do corpo, nutrindo cada célula. Mas na Bíblia, coração é um símbolo, que se refere à mente. Na sua mente, eles acariciam a ideia de que não há um Deus que possa interferir em sua vida.

Qual é o resultado na vida dos insensatos? Alguns dizem que não importa o que uma pessoa crê, desde que seja sincera. Mas é impossível ser um ateu teórico, sem ser um ateu prático. Se uma pessoa crê que Deus não existe, ela vai viver como se Deus não existisse. A influência da mente sobre o corpo e a vida é automática. Se uma pessoa crê de um jeito errado, vai viver do mesmo jeito errado. Daqui não há como fugir.

Como é a vida de quem nega a Deus? O que fazem os que negaram a Deus? Como é a sua vida?

1- “Corrompem-se”:
Corrupção do Sexo: Homosexualismo, lesbianismo, masoquismo, bestialismo, etc, constituem a depravação do sexo, uma realidade de todos os tempos, mas muito mais intensa e muito mais amplamente divulgada em nossos dias, pelos meios de comunicação.

Corrupção da Educação: ensino da Evolução das espécies e negação da Criação realizada por um Deus vivo. Ensinam-se os princípios dos ímpios, e se negam os princípios cristãos da verdadeira Educação.

Corrupção da Política: a filosofia mais vivida e cobiçada se baseia no egoísmo, no engano, na avareza e no roubo. Nessa área, a palavra "corrupção" se torna cada vez mais usada no mundo.

Corrupção do Casamento: homens se casando com homens, mulheres se casando com mulheres, para vergonha de nossa raça. Casamentos têm sido degenerados para servir apenas aos propósitos egoístas e carnais. E, como ninguém pode esconder os seus propósitos por muito tempo em um casamento, logo cresce o número dos divórcios, mesmo entre os cristãos que pregam que devemos amar o próximo como a nós mesmos.   

2- "Praticam abominação"abominação aqui significa um conjunto de coisas desprezíveis. Os piores pecados são perpetrados, as piores degenerações são praticadas. Os maiores vícios, os maiores crimes, a maior depravação.

3- Não fazem o bem, só o mal. Mas alguém poderia objetar: E a grande caridade praticada pelos não-cristãos? Não há nenhum problema com a caridade; mas toda a caridade realizada por eles está maculada pelo egoísmo e orgulho, inatos em sua natureza. Qualquer benfeitoria praticada pelos que negam a Deus será manchada pelo pecado.

Certa vez, um pastor estava realizando uma série de estudos bíblicos a uma famíla, em Campo Grande, MS. Então, o senhor da casa recebia com entusiasmo as mensagens. Mas um dia, ele falou de um amigo espírita que era uma pessoa muito boa, muito caridosa, um homem exemplar, muito cortês, e queria saber como ficaria ele diante da salvação. O pastor lhe respondeu que essas atitudes positivas não eram suficientes para dizer que aquele homem estava salvo. Depois de esclarecer algumas coisas, o pastor aceitou o desafio do homem para um encontro que se transformou em um debate.

No dia marcado, se encontravam cerca de 10 pessoas, e quando o pastor viu aquilo, sentiu a responsabilidade e rogou a Deus pelo auxílio necessário, a fim de que aquelas pessoas pudessem sair dali com a convicção da verdade. O espírita era um homem culto, e começou a falar usando palavras das ciências como paleontologia, antropologia, arquelogia, etc, que eram difíceis para os leigos presentes, mas foram usadas para mostrar erudição e ganhar a confiança dos ouvintes na sua grande sabedoria.

Então, para ajudar nos argumentos, ele passou para a Bíblia, citando que o apóstolo Paulo era um grande conhecedor das ciências da sua época. E finalizou a sua palestra pedindo água, no que foi prontamente atendido pela dona da casa. O pastor, por sua vez, lhe perguntou se ele já havia concluído. Ele disse que sim. Então, disse o pastor: “Já que o nosso amigo pediu água, é a minha vez de falar. De fato, o apóstolo Paulo foi um grande sábio, conhecedor da literatura da sua época, mas ele mesmo disse que a sabedoria do mundo é loucura diante de Deus!”

Quando o pastor disse isso, o seu interlocutor espírita ficou furioso e o interrompia a todo o momento e, cada vez mais nervoso, a tal ponto que todos puderam ver que o homem “cortês e caridoso” se tornara diabólico, vociferando maldições contra a Bíblia Sagrada. De fato, não basta a caridade, motivada por falsos motivos.

Com efeito, é pelo coração que tudo começa; é pelo coração que somos crentes ou incrédulos. Disse Jesus Cristo que todos os pecados começam no coração, "porque de dentro do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfémia, a soberba, a loucura; ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem." (Marcos 7:21-23).

Quantos estão contaminados? Salmo 14: 2-3: "2: Do Céu olha o Senhor para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. 3: Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer." "Todos se extraviaram". O apóstolo Paulo usou estas palavras para provar a universalidade do pecado, e então conclui: "porque todos pecaram e carecem da glória de Deus." (Romanos 3:23). De fato, todos já nascem pecadores.

Este é o testemunho de todos os crentes do passado: não há pessoa santa e justa. Este é o testemunho da Bíblia em muitos lugares. Este é o testemunho da experiência. Você pode andar pela rua, e ver uma grande multidão, e você não vai achar nenhum santo. Você pode entrar em um hospital e não vai achar nenhum santo. Você pode entrar em um convento e não vai encontrar nenhum santo. Você pode entrar em uma igreja e só achará pecadores, porque todos são pecadores desde o seu nascimento.

Deus mesmo testifica: Nada escapa ao seu olhar onisciente. Ele olha do Céu para ver se há quem entenda, quem busque a Sua graça, oferecida gentilmente. E não encontra, dizendo: "Todos se extraviaram!" Esta é a situação do mundo atual, como era no tempo de Davi.

Mas (v. 4), qual é o grande problema dos ímpios? Há uma pergunta perscrutadora: v. 4: "Acaso, não entendem todos os obreiros da iniqüidade, que devoram o meu povo, como quem come pão, que não invocam o Senhor?" Estas palavras indicam uma situação interessante: depois de tantas evidências que Deus colocou na própria natureza, e em todos os lugares, será que eles ainda não entendem?

1- Eles são obreiros da iniquidade, e não se sentem culpados. Não podem ver porque são cegos de sua grande culpa. Cometem os seus crimes e sacrilégios e não sentem culpa por seus crimes. Quando são presos pela justiça, negam os seus feitos; e quando não podem mais negá-los, eles simplesmente dizem que fizeram apenas o que todos esrtão fazendo.

2-  Eles perseguem o povo de Deus, e julgam que estão agradando a Deus. Saulo de Tarso era um judeu zeloso, que fazia exatamente isto: perseguia aos cristãos e julgava que esta era a vontade de Deus.

3- Eles não invocam o Senhor; pelo contrário, dizem que Deus não existe. Este é o seu maior problema. A base de todos os seus crimes e perversidades é o fato de que estão buscando muitas coisas no mundo, menos aquilo que é o mais importante para a sua felicidade.

Mas é aqui está o segredo da salvação: diz a Bíblia que "Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo." (Romanos 10:13). Não importa se eles foram "obreiros da iniquidade"; não importa se eles perseguiram os justos; não importa se eles se tornaram corruptos, assassinos e criminosos. Se eles invocarem o nome do Senhor, se eles buscarem ao Senhor, eles serão salvos.

Se você invocar o nome do Senhor, você será salvo. Certa vez Pedro estava afundando no mar, e clamou pelo nome do Senhor, e Jesus o salvou imediatamente. Outra vez, uma mulher estrangeira, siro-fenícia, estava clamando pelo Senhor e Ele a acolheu, e ainda ensinou uma grande lição aos discípulos: de que, realmente, quem chamar pelo Seu nome será salvo, não importa a nacionalidade.

O que acontecerá no futuro, com os ímpios, se não invocarem o nome do Senhor, se não buscarem a Deus? V. 5: "Tomar-se-ão de grande pavor, porque Deus está com a linhagem do justo." Eles vão se apavorar, vão se atemorizar, vão se desesperar naquele dia quando souberem que "Deus está com a linhagem dos justos". Eles saberão que estiveram a lutar contra Deus e contra o Seu povo, e agora, vão se sentir perdidos.

Quando Jesus Cristo voltar, como estarão os ímpios? Vão correr de um lado para outro em desespero, em angústia, procurando uma palavra de consolo, uma palavra de salvação, e, apavorados, hão de clamar aos montes e aos rochedos: "Caí sobre nós, e escondei-nos da face dAquele que Se assenta no trono e da ira do Cordeiro; porque chegou o grande Dia da ira deles e quem é que pode suster-se?" (Apocalipse 6:15-17).

O que acontece no presente? V. 6: "Meteis a ridículo o conselho dos humildes, mas o Senhor é o seu refúgio." Quanto aos ímpios, eles ridicularizam os justos. De fato, eles são zombadores. Eles se deleitam em escarnecer dos que não podem aceitar as suas obras. Disse o apóstolo Pedro que "nos últimos dias, virão escarnecedores, com os seus escárnios, andando segundo as suas próprias paixões (II Pedro 3:3).

Uma professora da Alemanha Oriental, num tempo de muita intolerância religiosa, lecionava na sua classe para as suas crianças. De repente, esta professora disse: "Levantem-se todos, ponham-se em pé e digam: 'Não há Deus!' "Então todas as crianças repetiram isso, menos uma; uma menina de 8 anos se negou a dizer que não há Deus.

Então, a professora ficou muito brava com ela, e disse: "Você vai para casa e escreva 50 vezes: "Não há Deus". Ela voltou para casa e escreveu 50 vezes: "Sim há Deus". E ela trouxe para a escola no outro dia, entregou para a professora, e a professora leu: "Sim há Deus, Sim há Deus" 50 vezes. E ela, enfurecida, disse: "Você volta para casa e vai escrever 500 vezes 'Não há Deus', porque senão algo vai lhe acontecer!" Esse algo era a morte...

No outro dia, a menina voltou com o seu pai para falarem com o diretor a fim de que ele soubesse o que é que estava acontecendo. E então o diretor disse: "Vocês não precisam mais se preocupar. Ontem à noite a professora foi vitimada por um acidente de motocicleta. Ela morreu e tudo está acabado. Volte para a sua sala de aula." Os ímpios estão perseguindo aos justos, mas o Senhor é o Refúgio de todos os fiéis à Sua Palavra.

O que disse Davi dos justos? Os justos são humildes. A primeira característica dos justos é a sua humildade, mas sem hipocrisia. Alguns até se orgulham de sua aparente humildade. Eles têm uma humildade hipócrita, porque no coração não são humildes. Mas a primeira característica do cristão é a humildade, como disse Jesus Cristo em Seu primeiro sermão, na sua primeira declaração, do Sermão do Monte. E esta é a base da Justificação pela fé.

Mas qual é o "conselho dos humildes"? Os justos dão o seu conselho. Eles não seguem o conselho dos ímpios; eles seguem o conselho divino, que está expresso na Palavra de Deus. E qual é o conselho dos justos? Eles se alimentam da Bíblia e declaram a vontade de Deus, guardam os Seus mandamentos, anunciam a Volta de Cristo e pregam o  Evangelho, a fim de que os ímpios habitantes da Terra possam ter a sua oportunidade de salvação e se convertam.

Eles querem ajudar a salvar a esses homens ímpios, e levam o conhecimento de Deus para eles. Mas os ímpios zombam, escarnecem e metem a ridículo o seu conselho. Eles dizem, zombeteiramente: "Onde está a promessa da Sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação" (II Pedro 3:4). O raciocínio dos ímpios é este: “Vocês têm pregado que Cristo vai voltar, mas isso não vai acontecer, porque se Ele viesse de novo, os homens haveriam de crucificá-1O novamente! E, afinal, tudo permanece sem nenhuma mudança! É tudo igual. Sempre houve terremotos, enchentes e catástrofes...”

Entretanto, não precisamos desanimar em nossa missão. Embora sejamos muitas vezes escarnecidos, debochados, zombados, sabemos que Deus é o nosso Refugio, como diz o final do verso 6. Deus é o nosso Refugio nas tempestades, nas tristezas e nas tribulações. Deus é o nosso Refugio contra todas as zombarias dos ímpios, e contra todas as suas ameaças.

Se Deus é o nosso Refúgio, qual é a nossa esperança? V. 7: "Tomara de Sião viesse já a salvação de Israel! Quando o Senhor restaurar a sorte do seu povo, então, exultará Jacó, e Israel se alegrará." Israel significa vencedor. O patriarca Jacó teve o seu nome trocado de Jacó para Israel, porque lutou com Deus e prevaleceu, tornando-se um vencedor. Assim, todos os cristãos têm esse nome, todos os cristãos fazem parte do "Israel de Deus", o Israel espiritual (Gálatas 6:16).

Aqui temos a concretização de todos os nossos anseios e esperanças: virá "a salvação de Israel", virá a salvação final do povo de Deus. De onde virá esta redenção? De Sião. Sião era o nome de um monte na Palestina, onde foi construída a cidade de Jerusalém. Sião ficou sendo um sinônimo para a habitação de Deus no Céu. Lá estarão os 144.000 e todos os salvos de todos os tempos.

A sorte dos justos será mudada: Se, hoje, eles estão espalhados, serão ajuntados dos quatro cantos da Terra. Se eles estão cativos, serão libertados (esta será a situação do povo de Deus antes de serem levados para o Céu: Eles estarão cativos e oprimidos pelos ímpios; mas, quando Cristo voltar, eles serão libertos). Então, raiará uma nova alegria, uma alegria eterna coroará as suas cabeças, porque estarão libertos por toda a eternidade. Libertos do pecado e dos seus inimigos. Então, os justos rejubilarão eternamente.

Você está fazendo planos para estar lá, juntamente com todos os salvos? O que você precisa mudar em sua vida para que você esteja lá são e salvo, por toda a eternidade? Que Deus nos abençoe, a fim de que possamos cumprir a parte que nos cabe.

Que possamos sempre nos lembrar e dizer em nosso coração"Sim, há um Deus" eterno que está disposto a me ajudar em todos os momentos. Há um Deus eterno que pode me salvar de toda a tribulação e tentação, e me levar para o Seu reino de glória.


Pr. Roberto Biagini
Mestrado em Teologia

A Tribo de Dã e os 144 MIL


O REINO DA GRAÇA
A cidadania no reino de Deus é determinada, não por genealogia, mas pelo caráter: "Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (Jo 1:12, 13). "Se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão" (Gl 3:29). "Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, porém, judeu é aquele que o é interiormente" (Rm 2:28, 29).

Pode-se concluir, portanto, que aqueles que fizerem parte dos 144 mil do apocalipse pertencerão a essas "tribos espirituais" (Ver Ap 7:4-8). Cada tribo de Israel teve sua experiência pessoal, e representa o caráter dos filhos de Deus. Essa divisão tribal continuará no estado redimido, no reino da glória.

É de máxima importância perceber que as características das doze tribos se delineiam nas Escrituras em dois lugares: O primeiro em Gênesis 49, onde Jacó, sob a influência do Espírito de Deus, disse aos filhos os seus traços de caráter; e o segundo em Deuteronômio 33, onde Moisés, sob a mesma inspiração, revelou as características das tribos. O estudo dessas qualidades tribais nos permite analisar,  com certa precisão, o caráter dos antigos membros do reino bem como o dos atuais do reino da graça e, por consequência,  o caráter dos redimidos do reino da glória.

A AUSÊNCIA DA TRIBO DE DÃ
Numa leitura minuciosa em Apocalipse 7:4-8, percebe-se algo interessante, existe  entre os filhos de Jacó uma ausência, uma das tribos não é mencionada, e essa é a tribo de Dã. Efraim está presente sob o nome de José, seu pai. Mas o que será que ocorreu de tão terrível que deixou Dã e toda a sua comunidade fora do "selamento do Deus vivo?"
 A história bíblica registra em Levítico 24:11 que a primeira mulher que blasfemou o nome de Deus era da tribo de Dã. Os danitas foram os primeiros  a levantar para si um imagem de escultura, conforme indica Juízes 18:30. Outrossim, a comunidade de Dã foi a primeira a fazer dois bois para o serviço de adoração (1Rs 12:28-30). 
Mas, por que Dã não aparece entre os 144 mil selados em Apocalipse 7:4-8?

O MAIOR PECADO DE DÃ
Disse Jacó: "Dã julgará o seu povo, como uma das tribos de Israel" (Gn 49:16). Nesta declaração inspirada vê-se a outorga de um valioso dom: a habilitação para ser Juiz. "Isso exige uma penetrante visão da natureza humana, uma exata percepção do direito e do erro, são juízo, um caráter decidido. Dã sobressai, perspicaz, varonil, alerta, judicioso."¹

A Dã foi dada a percepção para discernir entre o bem e o mal, mas  invés de usar esse dom para ajudar os demais, pelo contrário, fez uso dele para denegrir e espalhar a maledicência. Diz a Bíblia: "Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os talões do cavalo, e faz cair o seu cavaleiro por detrás" (Gn 49:17).

A imagem usada neste texto é muito forte, traiçoeira e nos conduz à pessoa maledicente:  o boateiro, o explorador de escândalos, o crítico contumaz, o murmurador. 
"Sabe-se que essa tentação de criticar e achar defeitos vem mais fortemente aos homens e às mulheres de vistas penetrantes e animados de desígnios elevados! Não é o simples, dorminhoco papa-sermões, que mais experimenta: é o discípulo alerta, de mais fina sensibilidade, e desejo de progresso, a quem sobrevém mais intensamente a tentação de criticar."²

É importante afirmar que essa tendência e essa tentação, como de outras faltas e boas qualidades, todas as tribos compartilham. Porém, a marca característica de cada tribo é aquela que obviamente nela prevalece. E em Dã, é o julgamento degenerado para a crítica. 
"Ao que às ocultas calunia o próximo, a esse destruirei; o que tem olhar altivo e coração soberbo, não o suportarei" (Sl 101:5. Aqueles que mordem por trás serão destruídos! Não estarão no Monte de Sião.

É de péssima lembrança o fato de que Dã veio a ser famosa em Israel como tribo idólatra (Am 8:14). Em Laís, longe de sua pátria, na época da divisão de Israel (Jz 18), que os danitas adquiriram pelas forças de suas armas, dando-lhe o nome de “Dã”, instalaram ali suas imagens de fundição e de escultura, atraíram as tribos vizinhas para adorar com eles.

O termo idólatra é formado por dois radicais gregos: eidolon (corpo; ídolo) e latreia (adoração). Esse vocábulo refere-se à adoração ou veneração aos ídolos ou imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um propósito mais amplo, pode indicar a adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição, ambição, etc., que tome o lugar de Deus, ou que Lhe diminua a honra que, de direito, Lhe pertence.
 A idolatria é má porque seus devotos, em vez de depositarem sua confiança em Deus, depositam-na em algum objeto, de onde não pode provir o bem desejado, e, em vez de se submeterem ao Criador, em algum sentido submetem-se a valores representados por aquela imagem. 
Pode-se fazer da auto-glorificação, um ídolo, como também das honrarias, do dinheiro, das altas posições sociais. E o pior: pode-se criar uma versão teísta de organização eclesiástica (Ver Jr 7:4).

Em síntese, pode-se afirmar que idolatria é o culto das qualidades humanas, processo pelo qual o indivíduo adora a si mesmo, convertendo-se na nascente da crítica. As características dos 144 mil estão no Salmo 15, e que Tiago chama de “varão perfeito” o seu possuidor (Tg 3:2).“O falar mal é uma dupla maldição, caindo mais pesadamente sobre quem fala do que sobre quem ouve. Aquele que espalha a semente da discórdia, ceifa em sua própria alma os frutos mortais. Quão miserável é o mexeriqueiro, o que suspeita mal! É uma criatura alheia à verdadeira felicidade.”³

A PROVA SUPREMA
Reportando-se ao clímax da tribo de Dã, o erudito pastor Arthur W. Spalding assim se exprimiu: “Deus lidou com Dã da mesma maneira que fazia com todas as outras tribos, buscando sempre desviá-la de seu mal para a verdadeira missão que lhe cabia em Israel, até que chegou o tempo em que a prova suprema foi dada a todas as tribos, na pessoa de seus futuros cabeças, os doze apóstolos.

“E aí estava o líder da tribo de Dã, arguto, alerta, melhor preparado que a maioria de seus companheiros. Podia ver facilmente os defeitos de seus irmãos, e assim fazia. Pedro era demasiadamente impetuoso; João, primeiro era excessivamente apaixonado, e depois muito manso; Tomé era cheio de caprichos; Mateus, muito avarento; Tiago demasiado tardio, e Filipe por demais falto de senso prático. Nenhum que não tivesse faltas terríveis, senão ele, Judas Iscariotes. Suas qualidades o elevavam acima do rebanho comum; ele merecia ser o primeiro do reino. Bastaria que se pusessem em prática seus métodos, e o reino seria conquistado bem mais prontamente.

“E tão convencido ficou ele de seu próprio mérito, tão cultuador de dinheiro,posição e poder, que planejou contra o próprio Senhor Jesus. Formou uma conspiração para trair seu Senhor, raciocinando que, levado a uma perigosa situação, Jesus nunca permitiria que O aprisionassem, mas revelaria Seu poder divino e proclamar-Se-ia rei; e então, com a revelação da parte de Judas em provocar aquela crise, seguir-se-ia a recompensa.

“Sabeis o que lhe aconteceu. O traidor viu seu Senhor ser condenado à morte; viu seus condiscípulos desgarrados, dispersos, em desespero; viu seus próprios planos caírem por terra. Então foi e se enforcou.

“Não foi ele a verdadeira cabeça da tribo de Dã? Com ele pereceu a derradeira esperança de salvação de Dã. Não que os descendentes carnais dessa tribo não pudessem se salvar, mas na ressurreição hão de pertencer a outra tribo. Porque Dã, ao contrário dos demais, foi vencido em lugar de vencedor, e será para sempre apagado.” 4

TANTOS DEUSES, E NENHUMA ESPERANÇA
O caráter do cidadão do reino da graça está sendo forjado num tempo no qual o culto à criatura ocupa o lugar do culto ao Criador, chamado de paganismo tecnológico. De acordo com o pensador francês Edgar Morin, Hollywood, no mundo atual, substitui o antigo Olimpo, onde os gregos acreditavam ser a habitação dos seus deuses.

Este novo paganismo que interfere na relação entre Deus e o ser humano, somado à descrença na promessa bíblica da vida eterna, no Céu, produz, na sociedade moderna, a valorização do o aqui e o agora; em detrimento à bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus (Tt 2:13). Os deuses do presente século podem trazer boas sensações, mas não são capazes de conceder a recompensa prometida pelo verdadeiro Deus. “Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1Jo 2:17).

MALEDICÊNCIA: COMIDA FINA
“As palavras do maldizente são comida fina, que desce para o mais interior do ventre” (Pv26:22). A maledicência visa diminuir a imagem da outra pessoa e chamar atenção para si. Assim fez a serpente com Adão e Eva no jardim do Éden, maldizendo o Senhor e colocando dúvida nas Suas palavras, diminuía a imagem de Deus perante eles (Gn 3:1, 4, 5).

A maledicência é um pecado tão saboroso, tão irresistível, que veio a nomear o primeiro pecador: surgido no céu, atuante na terra e destinado ao “lago de fogo”. Satanás é denominado o caluniador, o difamador, o maledicente (Ap 12:10). Percebe-se que o ser mais vil do universo tem seu prato predileto, sua “comida fina”: a calúnia, a maledicência.

O CAMINHO PARA A EXCELÊNCIA
“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4:18). A promessa de Deus para o cidadão do reino da graça é iluminar sua vida até que se torne como o sol em seu zênite, ou seja, sua vereda é um caminho para a excelência. Ao nos resgatar, Deus inicia um processo de transformação cujo modelo é Cristo Jesus.

Entender como Deus trabalha nossa redenção, pode ser a diferença entre alcançar a “estatura de varão perfeito” (Ef 4:13), ou abortar o processo de  crescimento por achar que Deus não está sendo efetivo conosco. A decisão pela excelência é instantânea, mas a consumação dela é fruto de toda a nossa existência (Fp 3:12-14).

O Sol do meio-dia não é aceso com o clicar de um botão, mas o dia vai clareando gradativa e lentamente até que o brilho dele alcance todo o seu resplendor. Deixe Deus operar, com constância, em sua vida. Procure não perder terrenos já conquistados. Permaneça em direção ao  alvo, pois Ele é fiel para terminar a boa obra que começou em sua vida.


Pastor Vagner Alves Ferreira
Jubilado – Associação Norte Paranaense/IASD


Referências
1. Arthur W. Spalding, Irmãos do Rei, p. 45.
2. Ibid., p. 47
3. Ellen G. White, Testimonies, vol. 5, 167 – 170.
4. Arthur W. Spalding, Irmãos do Rei, p. 49, 50.

Cafeína: o assassino da inteligência emocional



A dica de hoje para aumentar sua inteligência emocional é a mais simples e direta que você poderia receber. Para muitas pessoas, essa dica pode ter um impacto sobre sua inteligência emocional (IE) maior do que qualquer outra coisa. O truque? Você tem que cortar o consumo de cafeína e, como qualquer consumidor de cafeína pode atestar, é mais fácil falar do que fazer. A maioria das pessoas começa a beber cafeína porque ela faz com que elas se sintam mais alertas, além de melhorar o humor. Muitos estudos sugerem que a cafeína realmente melhora o desempenho de tarefas cognitivas (memória, atenção, etc.) no curto prazo. Infelizmente, esses estudos não levam em conta os hábitos de consumo de cafeína dos participantes. Uma nova pesquisa da Johns Hopkins Medical School mostra que o aumento do desempenho devido à ingestão de cafeína ocorre porque seus consumidores experimentam uma reversão de curto prazo da retirada da droga. Controlando o uso de cafeína nos participantes do estudo, os pesquisadores da Johns Hopkins descobriram que a melhora de desempenho relacionada a ela é inexistente sem sua retirada. Em essência, a saída da cafeína reduz seu desempenho cognitivo e tem um impacto negativo sobre o humor. A única maneira de voltar ao normal é bebendo mais cafeína, o que dá a impressão de que ela o está levando novamente às alturas. Na realidade, porém, a cafeína só está levando seu desempenho de volta ao normal e por um curto período.

Beber cafeína provoca a liberação de adrenalina. A adrenalina é a fonte da resposta “bater ou correr”, um mecanismo de sobrevivência que o obriga a se levantar e lutar ou correr para as montanhas, quando confrontado com uma ameaça. O mecanismo de luta ou fuga evita o pensamento racional em favor de uma resposta mais rápida. Isso é ótimo quando um urso o está perseguindo, mas não tão bom quando você está respondendo a um e-mail breve. Quando a cafeína coloca seu cérebro e seu corpo dentro desse estado hiperestimulado, suas emoções assumem o controle do comportamento.

Irritabilidade e ansiedade são os efeitos emocionais da cafeína mais comumente vistos, mas, na verdade, a cafeína permite que todas as suas emoções assumam o comando.

Os efeitos negativos de uma onda de adrenalina gerada pela cafeína não são apenas comportamentais. Pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, descobriram que grandes doses de cafeína aumentam a pressão sanguínea, estimulam o coração e produzem respiração rápida e superficial, o que os leitores de Inteligência Emocional 2.0 sabem que priva o cérebro do oxigênio necessário para manter seu pensamento calmo e racional.

Quando você dorme, seu cérebro literalmente se recarrega, embaralhando as memórias do dia e armazenando ou descartando-as (o que provoca os sonhos), de modo que você acorda alerta e lúcido. Seu autocontrole, sua atenção e memória são reduzidos quando você não tem a quantidade suficiente – ou o tipo correto – de sono. Seu cérebro é muito volúvel quando se trata de dormir. Para você acordar se sentindo descansado, o cérebro precisa se mover através de uma série elaborada de ciclos. Reduzindo sua ingestão de cafeína, você pode colaborar com esse processo e melhorar a qualidade do sono.

Aqui está por que você vai querer fazer isso: a cafeína tem um prazo de seis horas de meia-vida, o que significa que ela terá um total de 24 horas para percorrer o caminho para fora do seu sistema. Tome uma xícara de café às oito da manhã e você ainda terá 25% da cafeína em seu corpo às oito da noite. Qualquer bebida com cafeína que você beber depois do almoço ainda terá 50% do seu efeito total na hora de dormir. Qualquer cafeína em sua corrente sanguínea – e os efeitos negativos aumentam conforme a dose – tornará mais difícil pegar no sono.

Quando você finalmente cair no sono, o pior ainda estará por vir. A cafeína atrapalha a qualidade do seu sono, por reduzir o movimento rápido dos olhos (REM), o sono profundo, quando seu corpo se recupera e processa emoções. Quando a cafeína perturba seu sono, você acorda no dia seguinte com uma desvantagem emocional. Naturalmente, você vai ser inclinado a pegar uma xícara de café ou uma bebida energética para tentar se sentir melhor. A cafeína produz picos de adrenalina, o que provoca sua desvantagem emocional. Cafeína e falta de sono deixa você se sentindo cansado na parte da tarde, assim você bebe mais cafeína, o que deixará ainda mais da substância em sua corrente sanguínea na hora de dormir. Cafeína muito rapidamente cria um ciclo vicioso.

Como qualquer estimulante, a cafeína é fisiológica e psicologicamente viciante. Se você optar por reduzir seu consumo de cafeína, deve fazê-lo lentamente sob a orientação de um profissional médico qualificado. Os pesquisadores da Universidade Johns Hopkins descobriram que a retirada da cafeína provoca dor de cabeça, fadiga, sonolência e dificuldade de concentração. Algumas pessoas relatam sentir sintomas de gripe, depressão e ansiedade depois de reduzir o consumo por tão pouco como uma xícara por dia. Lentamente, afinando sua dose de cafeína por dia, pode reduzir consideravelmente os sintomas de abstinência.

(Forbes; tradução: Tomaz A. de Jesus)

Fonte: http://www.criacionismo.com.br/

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Informativo Mundial das Missões – 22/09/2012

Informativo Mundial das Missões – 22/09/2012
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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Spurgeon

Sinais do Fim... - Tornado de fogo atinge região central da Austrália

Um tornado de fogo foi registrado nesta segunda-feira (19/09/2012) em Alice Springs, na região central da Austrália. O fenômeno, chamado de demônio de fogo, é raro.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A implantação de uma prótese de silicone é pecado?


Eu não me sinto bem em relação ao meu corpo, seria condenável a correção desse defeito se eu me submetesse a uma plástica e fosse usado o silicone? 

É preciso avaliar todos os impasses com os quais nos deparamos em termos de certo ou errado, à luz dos princípios bíblicos. Aqui temos envolvido o chamado princípio da modéstia cristã. O que é isso? Esse princípio é fundamentado em textos como 1 Pedro 3:3, “O vosso adorno não seja o enfeite exterior, como as tranças dos cabelos, o uso de jóias de ouro, ou o luxo dos vestidos”. O que está envolvido aqui? O tipo de qualidade que queremos seja a mais marcante. O que você gostaria que o seu colega de trabalho notasse de forma mais acentuada em você, a sua simpatia, o seu desvelo, a sua preocupação com o bem estar dele, ou o seu corpo, a sua roupa, o que você tem?

Pode ou não
Alerta: procedimento só por profissional

A modéstia cristã está em que o nosso caráter deve brilhar mais que o nosso exterior. Não quer dizer que devemos relaxar com o nosso visual, afinal de contas, quem vai perceber o bonito caráter de alguém se esse alguém se veste com desleixo e cheira mal? Se alguém usa roupas há décadas fora de uso?

Aqui temos outro ponto: o cristão é não apenas alguém modesto no vestir e no cuidado com seu próprio corpo, mas é alguém feliz, com uma forte auto-estima, sentindo-se bem consigo mesmo porque considera que Cristo fez o máximo sacrifício por ele, independente de como é seu corpo! Se Cristo me ama como sou, não há porque eu também não me amar!

Ora, se um problema qualquer faz com que os cabelos de uma boa cristã comecem a cair, está errado ela buscar um tratamento para reverter isso? Se um problema qualquer estraga a pele de um bom cristão, está errado ele buscar o tratamento para mudar isso? Não, claro que não! Jesus não disse aos aleijados, aos com mãos ressequidas, aos cegos e leprosos que eles deveriam desenvolver uma boa auto-estima apenas por Ele os amar. Ele conhece nossas dores e sabe que nossa felicidade é constituída de diversos fatores, entre eles, a auto-aceitação.

Crente pode ou não
Silicone: vaidade ou necessidade?

Com base nisso tudo, amiga, vamos à sua pergunta: a implantação de uma prótese de silicone é pecado? A resposta tem que ser: pode ser que sim, pode ser que não. Se você estiver buscando não chamar a atenção de todos, mas a simples reparação de uma característica física que lhe entristece, se você estiver buscando ajustar algo que interfere na sua auto-aceitação, ora, isso não seria pecado algum. Não se trata do tipo nocivo de vaidade, mas da porção saudável dela.

Seja feliz!

J.Washington
Leandro Quadros
Via Bíblia

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