sábado, 21 de abril de 2012

Da Parousia à Gloria


Glorificados na vinda de Jesus, viveremos com Ele no éden restaurado, desfrutando da Nova terra por toda a eternidade.


“O Céu tem três andares e um subsolo”, disse um garotinho à professora. “O assoalho são as nuvens. Deus dorme nos dois primeiros andares, Papai Noel mora com suas renas e brinquedos no terceiro andar e os anjos dormem no subsolo. Todas as casas são feitas de pão de mel e os rios têm cores diferentes – vermelho, azul, rosa, verde, alaranjado, e isso é tudo!”


Seria assim o mundo em que os salvos vão morar após a parousia? Essa palavra significa aparição, presença, vinda, manifestação e traduz o desejo final dos cristãos: a vinda de Jesus em glória para nos buscar e levar para o Céu, lugar perfeito em todos os sentidos. O Rei dos reis virá como o relâmpago que “sai do oriente e se mostra até no ocidente” (Mt 24:27). Virá de maneira literal, corpórea, visível, acompanhado das hostes angelicais.


Então, o luto findará. O Filho de Deus despertará os justos, que se levantarão incorruptíveis das sepulturas, e os vivos serão transformados. Desse modo, eles se tornarão imortais! Preparados para tomar posse do reino do qual até ali haviam sido apenas herdeiros, serão reunidos pelos santos anjos e elevados para encontrar “o Senhor nos ares”. Todos os ímpios morrerão e Satanás ficará cativo neste planeta desolado, enquanto os remidos permanecerão no Céu durante mil anos. Após esse período, Cristo descerá com os salvos e estabelecerá a Cidade Santa – a Nova Jerusalém – na Terra, que, após a ação do fogo que consumirá Satanás, os anjos maus e os ímpios, será o eterno lar dos salvos.


Embora os adventistas do sétimo dia tenham uma compreensão correta desses temas, as outras denominações se perdem num emaranhado de ideias confusas. Isso se deve a uma equivocada interpretação da escatologia – ou doutrina das “últimas coisas”. A escatologia deu seus primeiros passos no fim do século XVIII e início do século XIX, na Europa e América do Norte, devido a uma intensa expectativa em torno da “iminência” do advento de Cristo. Conquanto Ellen G. White tenha mantido a posição predominante do cristianismo conservador sobre temas como Trindade, cristologia, expiação, justificação e santificação, sua compreensão dos eventos finais divergia dos conceitos escatológicos geralmente aceitos, causando objeções na comunidade cristã. Em contraste com a base futurística da escatologia dispensacionalista (pré-tribulacionismo, arrebatamento secreto, sionismo) e outras concepções como pós-milenialismo e amilenialismo, a senhora White construiu sua escatologia com base no método historicista de interpretação profética. Ela esboçou períodos de tempo com eventos específicos,1 como os descritos em nossa introdução.


Neste artigo, faremos algumas considerações sobre a glorificação dos salvos, o Céu e a Nova Terra, sem muita preocupação com a sequência cronológica, a parousia de nosso Salvador e os acontecimentos que a envolvem.


Vinda do Rei – Daniel 12:1 fala do “tempo de angústia qual nunca houve”, durante o qual os filhos de Deus estarão foragidos em diversos lugares (prisões, retiros solitários, florestas e montanhas), sendo perseguidos por ferozes inimigos, instigados pelas hostes de anjos maus, preparados para matá-los. Por meio desse decreto de morte, o objetivo será “em uma noite” dar um golpe decisivo a fim de silenciar toda voz dissonante.


Em meio ao caos, Miguel Se levantará para livrar Seu povo. Haverá um grande terremoto “como nunca tinha havido” (Ap 16:18), o firmamento parecerá se abrir e fechar, e o caos se tornará global – montanhas tremerão, o mar avançará sobre a terra (furacões, maremotos, tsunamis) e cidades litorâneas serão tragadas. Sob a sétima praga, grandes pedras cairão, destruindo metrópoles. Mas o povo de Deus contemplará as celas se abrindo, libertando os presos. As armas apontadas pelos inimigos cairão das mãos deles, os quais fugirão aterrorizados.


As sepulturas se abrirão e dois grupos especiais ressuscitarão. “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e horror eterno” (Dn 12:2). Esse momento de ressurreição é anterior ao da ressurreição “geral” dos justos (Jo 5:28, 29). João menciona “todos”; Daniel fala de “muitos”. Os ressuscitados para a vida eterna são “todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo” 2 (Dn 12:12; Ap 14:13) e os que vão passar pelo “horror eterno” são os que traspassaram o corpo de Jesus (Mt 26:62-64; Ap 1:7). O grupo dos salvos terá o privilégio de participar das cenas finais, estendendo as boas-vindas ao seu Redentor. Os que O traspassaram verão, horrorizados, Aquele a quem desprezaram e crucificaram. Então, morrerão novamente com o fulgor da Sua glória!


Aparecerá no céu uma mão segurando a lei de Deus, causando pavor e desespero aos que desobedeceram aos mandamentos. Nesse momento, os inimigos da lei têm nova concepção da verdade e do dever. A voz de Deus será ouvida do Céu, declarando o dia e a hora da vinda de Jesus. Os filhos de Deus a
ouvirão, fixando o olhar no alto.


“Surge logo no oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem [...]. O povo de Deus sabe ser este o sinal do Filho do Homem.”3 Acompanham a chegada gloriosa do Rei Jesus. O céu está repleto de anjos cantando melodias celestiais. Ao Jesus Se aproximar mais da Terra, os céus se enrolam como um “pergaminho” e a Terra se revolve.


Apocalipse 6:16, 17 menciona o desespero total dos ímpios, dos ricos e poderosos: “Eles gritavam às montanhas e às rochas: ‘Caiam sobre nós e escondam-nos da face dAquele que está assentado no trono e da ira do Cordeiro! Pois chegou o grande dia da ira dEles; e quem poderá suportar?’” (NVI). A descrição de João faz eco às palavras proféticas de Isaías: “Entre no meio das rochas, esconda-se no pó, por causa do terror que vem do Senhor e do esplendor da sua majestade! [...] Fugirão para as cavernas das rochas e para as brechas dos penhascos, [...] quando Ele Se levantar para sacudir a Terra” (Is 2:10, 21, NVI). Entre os ímpios estão também os que “traspassaram” Jesus, zombaram dEle e O humilharam (Herodes; os sacerdotes e autoridades; os homens que O espancaram e colocaram a coroa de espinhos em Sua cabeça; os cravos nas mãos e pés; o soldado que Lhe feriu o lado), os quais, com terrível precisão, recordam os acontecimentos do Calvário e exclamam: “Ele é verdadeiramente o Filho de Deus!”


Durante o caos que se instala, Jesus chama os justos mortos, ressurretos e revestidos de imortalidade. Defeitos e deformidades são deixados no túmulo; os salvos mantêm a mesma estatura, mas, ao se alimentarem da árvore da vida no Éden restaurado, crescerão até a altura completa da raça primitiva. Os justos vivos são transformados “num piscar de olhos”. Crianças são levadas aos braços de suas mães, amigos se reúnem para nunca mais se separar e ascendem ao Céu.


Para o Céu com o Rei – “De cada lado do carro de nuvens existem asas, e debaixo dele se acham rodas vivas; e, ao volver o carro para cima, as rodas clamam: ‘Santo’, e a asas, movendo-se, clamam: ‘Santo’, e o cortejo de anjos clama: ‘Santo, santo, santo, Senhor Deus todopoderoso’. E os remidos bradam: ‘Aleluia!’ – enquanto o carro prossegue em direção à Nova Jerusalém. Antes de entrar na cidade de Deus, o Salvador concede a Seus seguidores os emblemas da vitória, conferindo-lhes as insígnias de sua condição real.” 4


À frente está a santa cidade. Jesus abre as portas de pérolas e diz: “Vinde, benditos de Meu Pai, possuí o reino.” Os remidos entram. Contemplam maravilhados o paraíso de Deus. Cristo os apresenta ao Pai como a aquisição de
Seu sangue: “Eis-Me aqui, com os filhos que Me deste.” A grande multidão está sobre o mar de vidro misturado com fogo, diante do trono. Com Jesus, sobre o monte Sião, estão os cento e quarenta e quatro mil – os quais entoam um cântico que ninguém pode aprender, pois é o da sua experiência. Tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são as “primícias” para Deus e o Cordeiro.


Chega o momento mais esperado – “o encontro dos dois Adões” – Jesus, em pé, estende os braços para receber o pai da raça humana. Adão se aproxima e, ao reconhecer os sinais que os cravos cruéis deixaram no Salvador, cai a Seus pés e diz: “Digno, digno é o Cordeiro que foi morto!” Com ternura, Jesus o levanta e mostra-lhe o paraíso. Vê as videiras, as árvores que foram seu deleite, as flores das quais cuidara com tanto prazer. O Salvador o leva à árvore da vida, apanha o glorioso fruto e Adão tem permissão para comê-lo novamente. Anjos e remidos testemunham a cena, compreeendem a grande obra da redenção e unem
as vozes num cântico de louvor.


Milênio na Terra e no Céu – Por ocasião da vinda de Cristo, os ímpios serão eliminados, mortos pelo resplendor de Sua glória. Serão tantos que seus cadáveres jazerão de uma a outra extremidade da Terra, “não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados” (Jr 25:33). Ruína, destruição, desordem e desolação – eis a condição da Terra. Apocalipse 20 menciona que Satanás e os anjos maus serão seus únicos habitantes.


Ocorrerá, então, o cumprimento do cerimonial prefigurado no dia da Expiação, quando, ao findar a solenidade no lugar santíssimo do santuário terrestre, os pecados dos israelitas eram perdoados pelo sangue do bode da expiação (que representava Cristo). Depois, era trazido o bode emissário (Satanás) e sobre ele o sumo sacerdote colocava toda a culpa pelo mal que Satanás levara o povo a cometer. Após isso, era enviado ao “deserto” para lá perecer.


“Aqui deverá ser a morada de Satanás com seus anjos maus durante mil anos. Restritos à Terra, eles não terão acesso a outros mundos, para tentar e molestar os que jamais caíram.”5 Satanás sofrerá intensamente. Verá os resultados de seus enganos e refletirá sobre sua rebelião.


No Céu, os justos participarão com Cristo do julgamento dos ímpios, confirmando a parte que devem sofrer, segundo suas obras. Também Satanás e seus anjos maus serão julgados e condenados.


Os remidos glorificados desfrutarão do ambiente celestial. Não haverá vestígios do mundo pecaminoso. Apenas uma lembrança permanecerá: Jesus levará para sempre os sinais de Sua crucifixão, as únicas marcas da maligna obra que o pecado efetuou. Os que antes eram cegos verão; os surdos ouvirão; os mudos cantarão e os coxos saltarão. Gozarão alegria eterna, porque deles fugirão a tristeza e a dor (Is 35). Essa felicidade será intensificada ao encontrarem e reconhecerem aqueles que eles levaram a Cristo. “Eu era pecador sem Deus e sem esperança no mundo, e você me conduziu a Jesus”, alguém dirá. Outros dirão: “Eu era ateu, vivia num ambiente pagão. Você abriu mão de seu tempo valioso e me ajudou a encontrar Jesus.”


Nova Terra e eternidade – No fim dos mil anos, com Jesus à nossa frente, desceremos da Cidade Santa para a Terra. Os fundamentos da cidade tocarão o Monte das Oliveiras, que se repartirá, transformando-se em uma grande planície, sobre a qual se assentará a Nova Jerusálem. Nela estará o paraíso de Deus, o Jardim do Éden. Com imponente majestade, Jesus chamará os ímpios mortos, que ressuscitarão com os corpos doentios com que baixaram à sepultura. As marcas do pecado serão visíveis em todos. Eles retomarão o fio dos pensamentos que alimentavam por ocasião de sua morte. Ali estarão governantes, guerreiros e tiranos ambiciosos. Os antediluvianos, com estatura de gigantes – mais do que o dobro da altura dos homens de hoje – causarão espanto!


Satanás verá a inumerável multidão de seus cativos e exultará com a possibilidade de arregimentá-los para a batalha. Ele os convencerá de que o grupo de justos dentro da cidade é muito pequeno. Assim, ele reunirá um grande exército para a última grande luta pela supremacia do Universo.


O destino final dos ímpios será fruto da escolha deles. Devido a uma vida de rebeldia contra Deus, os ímpios considerariam grande tortura conviver com os redimidos. Não se prepararam para isso. Deus lhes seria um fogo consumidor.  Então, marcharão pela superfície da Terra, a fim de destruir a cidade e o povo santo; mas descerá fogo do céu e consumirá a todos (Ap 20:9, 10). Estará para sempre terminada a obra de Satanás, raiz e ramos – Satanás, a raiz; seus seguidores, os ramos (Ml 4:1-3).


O fogo que vai destruir os ímpios purificará a Terra. “Vi um novo céu e nova Terra”, disse João. A herança dos salvos é chamada de país. Ellen G. White, ao
escrever a nova vida no Céu, diz: “A linguagem é demasiadamente fraca para tentar uma descrição do Céu.”6


No último capítulo do livro O Grande Conflito, ela procura sintetizar a vida nesse glorioso Lar: “Ali o Pastor celestial conduz Seu rebanho às fontes de águas vivas. A árvore da vida produz seu fruto de mês em mês, e as folhas são para a saúde das nações. [...] Ali as extensas planícies avultam em colinas de beleza, e as montanhas de Deus erguem seus altivos píncaros. [...] Ali, não mais haverá lágrimas, cortejos fúnebres, manifestações de pesar. [...] Ali está a Nova Jerusálem, a metrópole da nova Terra glorificada [...] Ali os remidos conhecerão como são conhecidos.” 7


O Cristo ressurreto foi modelo da ressurreição final. Seu semblante, linguagem, maneira, eram familiares aos discípulos. Identificaremos nossos entes queridos e amigos. “Talvez hajam sido deformados, doentes, desfigurados nesta vida mortal, ressurgindo em plena saúde e formosura; no entanto, no corpo glorificado será perfeitamente mantida a identidade. [...] No rosto glorioso da luz que irradia da face de Cristo, reconheceremos os traços daqueles que amamos.” 8 “Todos os santos ligados aqui por laços familiares conhecerão ali uns aos outros.” 9


“Ali, mentes imortais contemplarão, com deleite que jamais se fatigará, as maravilhas do poder criador, os mistérios do amor que redime. [...] Todas as faculdades se desenvolverão [...]. Ali os mais grandiosos empreendimentos poderão ser levados avante, alcançadas as mais elevadas aspirações [...]; e surgirão ainda novas alturas a atingir, novas maravilhas a admirar. [...] Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos remidos de Deus” 10 e a cruz de Cristo será a ciência dos remidos por toda a eternidade. Alçarão voo para os mundos distantes, adquirirão a sabedoria dos seres não caídos.


“Todos serão uma família unida e feliz.” 11 Não se casarão, nem terão filhos. Serão como os anjos de Deus, membros da família real. Haverá casas belíssimas, com aparência de prata e colunas marchetadas de pérolas. Campos de relva viva, repletos de flores que jamais murcharão. Lindos bosques com todas as espécies de árvores, porém, “nenhuma árvore da ciência do bem e do mal”. Pomares com variados e deliciosos frutos. Animais, todos juntos em perfeita união. Os remidos plantarão, edificarão, pois é desígnio de Deus que todos sejam operosos. Os que desejam um céu de inatividade ficarão decepcionados. “Vi muitos dos santos [...] saindo então para o campo ao lado das casas, para lidar com a terra.” 12


O sábado será observado e a lei de Deus permanecerá firme e existirá por toda a eternidade (Is 66:23). “O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. [...] Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor.”13


O elevador descia lentamente os andares do enorme edíficio. Dentro dele, em meio a vários ocupantes, uma mãe vestida de luto segurava nos braços sua filhinha. Trazia na face as lágrimas, o pesar pela perda do marido que acabara de
sepultar. De repente, um solavanco. O elevador parou – escuridão, gritos, pânico. Acendeu-se a luz de emergência, a mãe olhou serenamente para sua pequena e disse: “Não tenha medo, olhe somente para a luz.”


Estamos a caminho do Lar. Jesus, a luz do mundo, construiu uma cidade para nós. Logo O veremos. Então, todas as angústias, provações e sofrimentos desta vida serão como nada. Hoje é tempo de vivermos a verdade presente. A vida na
Terra é preparo para a vida no Céu. O que somos hoje é o prenúncio daquilo que seremos na eternidade. Vivamos, portanto, na luz da presença de Deus.


Márcio Nastrini é editor associado na Casa Pulicadora Brasileira.


* Nota: O roteiro principal deste artigo foram os capítulos 40 a 42 do livro O Grande Conflito.


Referências
1. A. R. Timm, A. Rodor e V. Dorneles, O Futuro (Unaspress, 2004), p. 311-313.
2. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 637.
3. Ibid., p. 640.
4. Ibid., p. 645.
5. Ibid., p. 659.
6. Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 538.
7. __________, O Grande Conflito, p. 675-677.
8. __________, O Desejado de Todas as Nações, p. 804.
9. __________, Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 316.
10. __________, O Grande Conflito, p. 677.
11. __________, A Ciência do Bom Viver, p. 506.
12. __________, O Lar Adventista, p. 546.
13. __________, O Grande Conflito, p. 678.

Aprender a Confiar - Rafaela Pinho

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Uma Visão Adventista Teocêntrica da Verdade


Existem, no Cristianismo, pelo menos dois modelos fundamentais para a definição da verdade, O primeiro modelo é o teocêntrico (clássico/ conservador), que parte da pressuposição de que Deus é uma unidade indivisível, e que Sua vontade é uniforme, harmoniosa e consistente em todas as suas expressões.


Esse modelo define a verdade corno objetiva, normativa e centralizado na Revelação proposicional que se origina em Deus e é por Ele comunicada aos homens através de Sua Palavra (Jo 5:39).


O segundo modelo fundamental para a definição da verdade é o antropocêntrico (moderno/liberal), que nega a natureza objetiva da verdade, colocando o ser humano como seu próprio referencial.


O alto grau de subjetivismo deste modelo deve-se ao fato de definir a verdade na perspectiva da compreensão humana da Revelação divina, culturalmente condicionada. Como as culturas são diferentes e as pessoas são distintas, a verdade assume neste modelo características essencialmente pluralistas, sugerindo que o que é verdade para uma pessoa pode não o ser para outra.


Colocando a experiência individual acima da Revelação, este modelo tem corroído a identidade denominacional de vários grupos religiosos modernos.[1]


Sua expressão erudita mais radical é o movimento do Diálogo Inter- religioso contemporâneo.[2] Uma versão popular desse mesmo modelo se reflete na tradicional alegação de que “todos os caminhos levam a Deus.”


Vivendo num mundo em que as verdades objetivas da Revelação têm sido substituídas pelos conceitos do subjetivismo experiencial[3], os adventistas do sétimo dia crêem que sua missão é restaurar e proclamar ao mundo o conceito teocêntrico da verdade,[4] expresso em Apocalipse 14:6 e 7:


“Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”.


A compreensão adventista teocêntrica da verdade possui pelo menos sete características básicas.


A Verdade Centraliza-se em Deus e dEle Procede


As Escrituras identificam a verdade como centralizada em Deus. Referências são feitas ao “Senhor, Deus da verdade” (SI 31:5); a Cristo como “a verdade” (Jo 14:6); e ao Espírito Santo como o “Espírito da verdade’ (Jo 14:17; 16:13).


Esta Trindade Divina Se auto-revela nas Escrituras como um Deus ao mesmo tempo transcendente e imanente. De acordo com Paulo, Deus “é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Ef 4:6).


Deus, no entanto, não é apenas a verdade mas também a fonte de toda a verdade. Tiago 1:17 diz que “toda a boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”


Isto nos leva a ver as obras de Deus no Universo como expressões dessa verdade última que se encontra em Deus. No dizer do Salmista, “os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos” (SI 19:1).


Esta visão integrada de Deus com o Universo possui pelo menos três profundas implicações: (1) ela é um antídoto contra o Deísmo (transcendência exclusiva), que afasta Deus da criação; (2) ela se opõe ao Panteísmo (imanência exclusiva), que confunde Deus com a criação; e (3) ela fornece um conceito abrangente e integrado da verdade, onde Deus é visto como a Fonte da verdade, e a Palavra e a Criação de Deus são tidas como manifestações consistentes da verdade.


A Verdade Está Hoje em Conflito Com o Erro


Embora a verdade seja em essência co-eterna com Deus, ela se encontra hoje em conflito com o erro (cf. Ap 12). Esse conflito originou-se no Céu e se estenderá até a final erradicação do pecado.


Os fatos da verdade estar ligada a um Deus eterno e do erro estar relacionado a um poder antagônico temporal (1) evidenciam a natureza eterna da verdade, em contraste com a transitoriedade do erro, e (2) asseguram o triunfo final da verdade sobre o erro.


O reconhecimento desse conflito fornece ao estudante das Escrituras a devida moldura para a compreensão da verdade. O estudante da Bíblia é aconselhado por Ellen White a obter conhecimento de seu [da Bíblia] grandioso tema central, do propósito original de Deus em relação a este mundo, da origem do grande conflito, e da obra da redenção.


Deve compreender a natureza dos dois princípios que contendem pela supremacia, e aprender a delinear sua operação através dos relatos da História e da Profecia, até à grande consumação. Deve enxergar como este conflito penetra em todos os aspectos da experiência humana; como em cada ato de sua vida ele próprio revela um ou outro daqueles dois princípios antagônicos; e como, quer queira quer não, ele está mesmo agora a decidir de que lado do conflito estará. [5]




A Verdade é Revelada na Palavra de Deus


No contexto deste conflito entre a verdade e o erro, as Escrituras Sagradas são a expressão autêntica (cf. 2Tm 3:16), proposicional (cf. 2Pe 1:19-21) e normativa (cf. GI 1:8; 2J0 10; Ap 22:18, 19) da verdade. O Salmista afirma que a eterna Lei de Deus, transcrita nas Escrituras, “é a própria verdade” (SI 119:142); que os mandamentos divinos “são verdade” (v. 150; e que as palavras de Deus “são em tudo verdade desde o princípio” (v. 160).


Cristo reiterou o conceito de que a Palavra de Deus “é a verdade” (Jo 17:17). ElIen White, por sua vez, esclarece que as “divinas verdades” são expressas nas Escrituras em linguagem humana, apresentando “uma união do divino com o humano” semelhante à união que “existiu na natureza de Cristo, que era o Filho de Deus e Filho do homem.” [6]


Uma vez que as Escrituras são a Palavra de Deus e a consciência humana foi obliterada pelo pecado (cf. l Sm 16:7; Pr 14:12; 16:25), o aferidor da verdade não se encontra na subjetiva consciência humana mas na objetiva Palavra de Deus. De acordo com Ellen White, as Escrituras, como “autorizada e infalível revelação” da vontade divina, “são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa.” [7]


A Revelação e a Compreensão da Verdade São Progressivas


As restrições impostas aos seres humanos pelo pecado têm limitado tanto a compreensão humana quanto a própria revelação divina da verdade. Cristo declarou aos Seus discípulos: ‘Tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora” (Jo 16:12). Ellen White advertiu que não devemos nos convencer “de que toda verdade já foi revelada e que o Ser Infinito não tem mais luz para Seu povo.”


Existem, além das verdades aplicáveis a todos os tempos e lugares, também verdades restritas a tempos e lugares específicos. Os adventistas referem-se a esse último tipo de verdades como “verdade presente.”


Comentando o conteúdo de 2 Pedro 1:12, o livro Estudos Bíblicos declara:


“Tais verdades são aplicáveis a todas as eras, e são portanto presente verdade para toda geração; outras são de caráter especial, e aplicam-se unicamente a uma geração. Não são, no entanto, de modo nenhum menos importantes por esse motivo; pois de sua aceitação ou rejeição depende para as pessoas dessa época o salvarem-se ou perderem-se. Desta espécie era a mensagem de Noé, de um dilúvio por vir. Para a geração a quem foi pregada, aquela mensagem era verdade presente; para as gerações posteriores, ela tem sido verdade passada, e não uma mensagem atual, probante. Semelhantemente, houvesse a mensagem do primeiro advento de João Batista, de que o Messias estava às portas, sido proclamada uma geração antes ou depois do tempo de João, e não teria sido aplicável – não teria sido verdade presente. O povo da geração anterior não teria vivido para ver-lhe o cumprimento, e para os que vivessem depois teria sido fora de lugar. Não é assim com as verdades gerais, como o amor, a fé, a esperança, o arrependimento a obediência, a justiça e a misericórdia. Estas são sempre oportunas, e de caráter salvador. As presentes verdades, no entanto, incluem sempre todas essas, sendo assim de caráter salvador, e de importância vital”. [9]


ElIen White acrescenta que


“em cada época há um novo desenvolvimento da verdade. uma mensagem de Deus para essa geração. As velhas verdades são todas essenciais; a nova verdade não é independente da antiga mas desdobramento dela, Só compreendendo as velhas verdades é que podemos entender as novas.” [10]


O Conhecimento da Verdade é Essencial à Salvação


O conhecimento experiencial da verdade exerce uma influência libertadora e santificadora sobre a vida das pessoas. Cristo disse certa ocasião: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8:32); e em Sua oração sacerdotal Ele rogou ao Pai: “santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade” (Jo 17:17).


O grande problema, de acordo com ElIen White, é que “um homem pode ouvir e reconhecer toda a verdade, e todavia nada conhecer da piedade pessoal e da verdadeira religião experimental. Ele pode explicar o caminho da salvação a outros, e ser todavia um rejeitado.” [11]’ Nas experiências do apóstolo João e de Judas Iscariotes encontramos o patético contraste entre alguém que permitiu ser santificado pela verdade e alguém que resistiu a esse poder santificador.’ [12]


O apelo para um conhecimento experiencial da verdade transparece nas palavras de Oséias 6:3: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.”


A Verdade é um Sistema Harmonioso e Consistente


A verdade centralizada em Deus e revelada em Sua Palavra forma um sistema harmonioso e consistente em todas as suas manifestações. [13] Urias Smith afirmou que:


“a verdade presente é harmoniosa em todas as suas panes. Seus elos são todos conectados. O inter-relacionamento de todas as suas partes é como o funcionamento de um relógio. Mas quebre um dente, e o funcionamento é interrompido. Quebre um elo, e a corrente é quebrada. Desfaça um ponto da costura, e poderemos descosturar o todo”. [14]


De acordo com Ellen G. White,


“a verdade para este tempo é ampla em seus contornos, de vasto alcance, abrangendo muitas doutrinas; estas, porém, não são unidades destacadas, de pouca significação; são unidas por áureos fios, formando um todo completo, tendo cristo como o centro vivo”. [15]


A mesma autora declara também que nosso povo carece “de um conhecimento sistemático dos princípios da verdade revelada” nas Escrituras. [16] Uma tentativa de sistematizar a compreensão adventista da verdade bíblica parece sugerir um sistema tendo: (1) a Deus como seu centro originador, (2) o grande conflito como sua moldura, (3) o concerto eterno como sua base, (4) o santuário como seu motivo organizador, (5) as três mensagens angélicas como sua proclamação escatológica, e (6) o remanescente como seu resultado missiológico. [17]


O Conhecimento da Verdade Precisa Ser Comunicado ao Mundo


O mesmo Espírito que guiaria os seguidores de Cristo “a toda a verdade’ (Jo 16:13), também os assistiria na proclamação da verdade ao mundo (At 1:8; cf. Mt 28:18-20). Cristo ordenou que Seus seguidores deveriam ensinar as pessoas “a guardar todas as cousas” que Ele lhes ordenara (Mt 28:20).


ElIen White adverte:


“É princípio universal que sempre que alguém se recusa a usar as faculdades que Deus lhe deu, essas faculdades se debilitam e morrem. A verdade que não é vivida, que não é’ repartida, perde seu poder de comunicar vida, sua virtude salutar.” [18]


Sumário e Conclusão


Portanto, a compreensão adventista teocêntrica da verdade crê; (1) que a verdade centraliza-se em Deus e dEle procede; (2) que a verdade ‘está hoje em conflito com o erro; (3) que a verdade é revelada na Palavra de Deus; (4) que a revelação e a compreensão da verdade são progressivas; (5) que o conhecimento da verdade é essencial à salvação; (6) que a verdade é um sistema harmonioso e consistente; e (7) que o conhecimento da verdade precisa ser comunicado ao mundo.


Que Deus nos ajude a conhecermos a verdade, a vivermos a verdade e a proclamarmos a verdade, até aquele dia em que Aquele que é “o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14:6) há de conduzir a verdade ao seu triunfo final!


Referências:


1. Uma interessante discussão sobre a corrosão da identidade metodista por influência do pluralismo é apresentada por Jerry L. Walls em seu livro “The Problem of Pluralism: Recovering United Methodist Identity” (Wilmore, KY: Good News Books, 1986).
2. Para um estudo mais detido do movimento do Diálogo Inter-religioso, ver, por exemplo, Leonard Swidler, ed., Toward a Universal Theology of Religion, Faith Meets Faith Series (Maryknoll, NY: Orbis, 1987); Faustino Teologia das Religiões: Uma Visão Panorâmica (São Paulo: Paulinas, 1995).
3. A influência da vida política sobre reestruturação das denominações norte-americanas é analisada por Robert Wuthnow em sua obra intitulada “The Restructuring of American Religion: Society and Faith since World War II (Princeton, NJ: Princeton University Press, 1988).
4. Samuel Koranteng-Pipim, “Receiving the Word: How New Approaches to the Bible Impact Our Biblical Faith and Lifestyle” (Berrien Springs, MI: Berean Books, 1996).
5. Ellen G. White, Educação, págs. 189-190.
6. Idem, O Grande Conflito, pág. 8.
7. Ibidem, pág. 9.
8. Idem, Conselhos Sobre a Escola Sabatina, pág. 32.
9. Estudos Bíblicos, pág. 106.
10. Ellen G. White, Parábolas de Jesus, pág. 127.
11. Idem, Evangelismo, pág. 682.
12. Ver: Alberto R. Timm, “Santifica-os na Verdade”, Revista Adventista, setembro 1983, pág. 46.
13. Ver: Alberto R. Timm, “A Singularidade da Mensagem Adventista”, O Ministério, julho-agosto de 1996, págs. 8 e 9.
14. Uriah Smith
15. Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, vol. II, pág. 87.
16. Idem, Testemunhos Seletos, vol. II, pág. 101.
17. Timm, “The Sanctuary and the Tree Angels Messages”, págs. 476-477.
18. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, pág. 206.


Autor: Alberto Ronald Timm, Ph.D; artigo publicado na Revista Teológica do SALT-IAENE de Julho-Dezembro de 1998.Via Sétimo Dia

Coca Cola veneno satânico

10 Grupos e seitas na época de Jesus


Para que tenhamos uma melhor compreensão dos Evangelhos é necessário entender um pouco do contexto em que Jesus veio, principalmente percebendo a influência política e filosófica que dominava o povo daquele tempo.


Veja a seguir 10 dos principais grupos que dominavam o pensamento judeu:


JUDEUS MESSIÂNICOS - pregavam o verdadeiro Evangelho do arrependimento


Muitos caem no erro de achar que a mensagem do arrependimento de pecados foi inaugurada por Jesus, no entanto desde que o pecado entrou no mundo é essa a forma que Deus usa para a salvação. No período intertestamentário, percebemos que haviam crentes sinceros que além de serem pessoas arrependidas criam que o Messias iria chegar para nos salvar. Creram que Jesus era o Salvador!


FARISEUS - considerados Rabinos (mestres), responsáveis pelo ensino da Talmud


Os fariseus eram um grupo político e religioso surgido no período intertestamentário, formado por alguns ricos, porém aberto a pessoas com menor poder econômico. Buscavam seguir rigidamente a lei de Moisés (aceitavam também o restante dos livros do Antigo testamento), acreditavam que a observância total da lei os faziam “justos” diante de Deus, para não se contaminarem evitavam estar onde “pecadores e publicanos” estavam. Jesus combateu suas práticas.


SADUCEUS - elite judaica que não criam na ressurreição dos mortos


Também eram um grupo político e religioso judeu na época de Jesus, porém eram mais influentes. Era formada pela elite do povo e tinham forte ligação com o poder romano. Guardavam a lei apenas da Torá (livros escritos por Moisés) e não aceitavam a ressurreição, nem os anjos. Geralmente os sumo sacerdotes eram ligados aos saduceus. Nos evangelhos vemos Jesus os repreendendo por seus ensinos.


ESCRIBAS - responsáveis pela tradição dos anciãos


Os escribas surgiram como copistas reais inicialmente no reinado de Salomão. Porém, após o retorno do cativeiro babilônico os escribas ganharam maiores responsabilidades, sendo considerados doutores da lei. Para alguém exercer tal função deveria começar seus estudos aos 14 anos e só eram aptos para legislar após os 40. Tinham forte ligação com os fariseus e foram acusados por Jesus por colocarem regras pesadas demais para suportar, onde nem os mesmos conseguiam seguir.


ZELOTES - lutavam pela libertação política de Israel


Os zelotes eram um grupo político revolucionário de Israel que lutavam contra a dominação romana. Um dos apóstolos, Simão, era participante desse grupo. Barrabás, que foi liberto no lugar de Cristo, também era militante dos zelotes, inclusive foi preso após cometer homicídio em uma rebelião. Tiveram grande influência na tentativa frustrada de sedição contra o Império Romana, no ano 70 d.C.


ESSÊNIOS - grupo separatista judaico que vivia no deserto


Esse grupo formou-se provavelmente na mesma época do que os fariseus. Eram judeus que seguiam estritamente as regras da lei e criam em todo o Antigo Testamento. Tinham hábitos bem peculiares como viver em regiões isoladas, vestir branco, não se casavam e se purificavam antes de comer. Ficaram bem conhecidos devido aos Pergaminhos do Mar Morto, encontrados em Qumran, um dos refúgios deles.


HERODIANOS - criam que o Messias era Herodes


O termo Herodiano é relacionado ao rei dos judeus, Herodes, o Grande, e designa todos os personagens históricos que tinham laços consaguíneos com ele. Partidários de Herodes, o grande, formavam uma seita para sustentar que o rei Herodes seria o Messias. Alguns apontam que o motivo de ele ficar tão irado com a notícia da chegada do Messias era que ele mesmo se considerava o verdadeiro enviado de Deus.


GNÓSTICOS - conceito filosófico-religioso que defendia o dualismo


Influenciado por filósofos como Platão, o Gnosticismo é baseado em duas premissas falsas. Primeiro, essa teoria sustenta um dualismo em relação ao espírito e à matéria. Os Gnósticos acreditam que a matéria é essencialmente perversa e que o espírito é bom. Como resultado dessa pressuposição, os Gnósticos acreditam que qualquer coisa feita no corpo, até mesmo o pior dos pecados, não tem valor algum porque vida verdadeira existe no reino espiritual apenas. Seu conceito já existia na época de Jesus, porém foi mais forte no início da igreja primitiva.


PUBLICANOS - coletores de impostos do Império Romano


Publicano é o nome dado aos coletores de impostos nas províncias do Império Romano. Eram detestados pelos judeus e muitas das vezes envolviam-se em corrupção cobrando das pessoas além do que deveriam. E sofriam um grande repúdio da casta religiosa dos fariseus. Mateus, o evangelista, foi publicano e Zaqueu (publicano bastante conhecido por sua corrupção) também chegou a se converter.


FILOSÓFOS GRECO-ROMANOS - a filosofia dos deuses do Olimpo


É o conjunto de mitos e lendas das tradições gregas e romanas da antiguidade que fundiram-se com a conquista da Grécia pelo império romano. Sabemos que essa mitologia teve uma influência direta e indireta na época de Jesus, pois Israel passou sendo por muito tempo dominada pelos gregos e nos Evangelhos quem estava no poder eram os romanos.


Veja que interessante:


“E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. (Miquéias 5.2)


Bíblia Center / Megaphone Adventista

Como viver até 100 anos de idade!

Como viver mais e melhor


Você sabia que existe uma dieta que retarda o envelhecimento? Será que a Bíblia apresenta o segredo para viver mais e com qualidade de vida? Será que a Bíblia só trata da vida espiritual? E da vida física? Deus se preocupa com a minha saúde física também? Será que a Bíblia fala alguma coisa de nutrição?


Ellsworth Warehan, 91 anos é cirurgião cardiologista. Enquanto alguns, com vinte ou trinta anos a menos, se contentam em desfrutar de uma merecida aposentadoria, ele continua na ativa. Aos 91 anos, ainda faz questão de entrar no centro cirúrgico do hospital universitário onde trabalha em Loma Linda, Sul da Califórnia, EUA, para auxiliar nas cirurgias, e a equipe da qual ele faz parte, não abre mão dos seus serviços e da sua experiência.


Na mesma região, em que mora o doutor Ellsworth reside também Marge Jetton, ela é um pouquinho mais idosa, pra ser mais exato, ela tem 10 anos a mais, Marge Jetton tem 101 anos. Você sabe a primeira coisa que ela fez quando completou 100 anos? Renovou a carteira de motorista por mais 5 anos. Afinal, ela quer continuar dirigindo o Cadillac Seville lilás, pelas estradas, ruas e avenidas da região onde mora em Loma Linda. Isso mostra que os seus reflexos estão funcionando perfeitamente, expressando um sorriso cativante ela se orgulha de ter todos os dentes. Não muito distante do doutor Ellswoth e de Marge, vive Lygia Newton que é um pouco mais idosa que Marge, Lygia reuniu seus amigos para celebrar 112 anos. Haja fôlego para assoprar tantas velinhas! Lygia está entre as 20 pessoas mais idosas do mundo. E aí? Você gostaria de saber qual o segredo destes simpáticos velhinhos de Loma Linda? De onde vem tanta disposição?


Tanta vitalidade? Qual o segredo para se viver muito e com qualidade de vida? Qual o segredo da juventude?“Os cientistas têm viajado pelo mundo, para descobrir os segredos da longa vida. Com o financiamento do Instituto Nacional de Envelhecimento dos EUA[1], eles visitaram lugares em que a população tem uma maior expectativa de vida” e descobriram “três regiões que tem pessoas com mais de cem anos numa proporção altíssima e que sofrem bem menos de doenças comuns em outras partes do mundo, como câncer, diabetes e todo tipo de doenças cardiovasculares” e por incrível que pareça são três países diferentes e em três continentes diferentes:Sardenha, na Itália, Okinawa no Japão e na Califórnia nos EUA, numa região chamada Loma Linda onde estão os campeões da longevidade americana. E é nesta região que moram os três simpáticos velhinhos. A National Geographic, uma das revistas mais conceituadas da atualidade acompanhou a pesquisa e entrevistou 50 pessoas com mais de 100 anos de idade. E o que eles queriam saber é:


SERÁ QUE ESTES TRÊS GRUPOS: OS SARDENHOS, DA ITÁLIA, OS OKINAWANOS NO JAPÃO, E OS ADVENTISTAS DE LOMA LINDA , TÊM ALGUMA COISA EM COMUM?Veja só o que eles descobriram:


TODOS: ? priorizam a família? tem atividade social? não fumam? fazem atividades físicas? comem frutas, verduras e grãos integrais.


Não há dúvidas, o Estilo de Vida está intimamente ligado á longevidade. Quando falo estilo de vida estou querendo dizer: Costumes, comportamento, conduta, maneira de viver. Em Gênesis 5, aparece a arvore genealógica de Adão. E encontramos sete pessoas com mais de novecentos anos. Matusalém o oitavo homem depois de Adão, foi o campeão da longevidade, ou expectativa de vida sem dúvida o homem que mais viveu sobre a face da terra, ele viveu 969 anos.Você sabe o que é isso? Apenas mais 31 anos e Matusalém, filho de Enoque, completaria 1000 anos de vida! É muito tempo! Você não acha? Mas depois do dilúvio houve uma queda muito brusca da longevidade. De Noé para seu filho que se chamava Sem saímos dos 950 para os 600 anos. E a expectativa de vida de Sem filho de Noé, para os seus descendentes caiu mais ainda. Veja: Seguindo a árvore genealógica de Noé , vamos ver como os anos vão diminuindo cada vez mais.


Acompanhe comigo está em Gênesis 11:10 em diante, vamos descobrir que Sem ainda estava vivo quando nasceu o seu decaneto, ou seja depois do filho, dez gerações.Sem estava com 550 anos quando Jacó nasceu. Viveu Jacó ainda 50 anos com Sem um sobrevivente do Dilúvio que era seu antepassado. O último dos descendentes de Sem a viver mais de cem anos que a Bíblia menciona foi Moisés e ele escreveu no Salmo 90:10 “A duração da nossa vida é de 70 anos, e se alguns pela sua robustez, chegam a 80 anos, o melhor deles é canseira e enfado”.É como se Moisés estivesse vendo os nossos dias: No Brasil a expectativa de vida média de vida do brasileiro segundo o IBGE subiu para 71,7 [2]anos já nos Estados Unidos é de 73 para os homens e 80 anos para as mulheres.


O QUE SERÁ QUE CAUSOU ESTA QUEDA DE 950 ANOS PARA 70 ANOS?


Sem dúvida foi o afastamento do plano original de Deus para o ser humano. A mudança do Estilo de Vida que Deus estabeleceu para o homem!Bem, então “os velhinhos” que mencionei na abertura do programa realmente têm alguma coisa de especial, porque eles estão fugindo a regra.


O QUE SERÁ QUE FAZ DELES UMA EXCEÇÃO? VOCÊ QUER SABER?Eles seguem um estilo de vida que se baseia em 8 princípios, oito regras que também podemos chamar de REMÉDIOS NATURAIS, acessíveis a qualquer pessoa que quer ter uma vida com saúde.Não é nada muito complicado! Pelo contrário, queremos passar agora alguns conselhos práticos com base na Bíblia e em comprovações científicas é claro!


1- AR PURO

Este primeiro princípio se baseia em Gênesis 1:8 e “E chamou Deus ao firmamento Céus”. O ar que reveste a superfície da terra contém cerca de 79% de nitrogênio, depois 21% de oxigênio a proporção ideal e 0,03% de dióxido de carbono. Uma composição planejada, ideal para a vida do ser humano. E isso não pode ser fruto do acaso.A qualidade do sangue depende da completa oxigenação nos pulmões. O sangue chega aos pulmões carregado de detritos que apanhou na jornada através do corpo. Nos alvéolos pulmonares é que se dá a transformação do sangue venoso em arterial. Agora o mais incrível é que as infecções não se alastram na presença do oxigênio. Mas na nutrição, ao contrário, o organismo só aproveita plenamente dos nutrientes na presença do oxigênio, sem o oxigênio o processo digestivo não é completo. Então: Respire fundo ao ar livre várias vezes ao levantar pela manhã e durante o dia. Evite ficar muitas horas onde não há ar circulante. O Ar é essencial, indispensável à vida.


2 – ÁGUA PURA

O segundo princípio para uma vida longa e com saúde está em Gênesis 1:2 “…e o Espírito de Deus se movia por sobre as águas.”Não é também coincidência que a mesma proporção de água existente no globo terrestre está presente também no corpo humano, aproximadamente 70% do nosso corpo é água. A água não permanece estática no corpo, ao contrário, ela se movimenta continuamente, através dos tecidos nervosos, músculos, ossos e pele. Ela está sendo constantemente conservada através dos meios de reciclagem que temos no corpo e que foram planejados e criados por Deus. Por isso você deve beber pelo menos dois litros de água por dia, mesmo se não sentir sede. O que equivale a 8 copos de água. Com certeza o organismo vai agradecer e você vai sentir os benefícios na saúde. Este é um “tratamento” infalível e ao alcance de todos! E muito barato! E bem lembrado: água é água mesmo! Não pode ser substituída por refrigerante, chás ou mesmo por sucos. A água estimula o trabalho dos rins, o funcionamento dos intestinos, melhora todo o trabalho da respiração, controla a pressão arterial e o batimento cardíaco. Deve ser evitada durante a alimentação. Pois a água bem como qualquer tipo de líquido durante as refeições atrapalham a digestão. A água deve ser usada pelo menos 30 minutos antes das refeições e duas horas depois.


3 – LUZ SOLAR

O terceiro princípio vem de Gênesis 1:15 “E fez Deus o sol para governar o dia e a lua para governar a noite.” A luz solar é um importante germicida, por isso a nossa casa deve ser bem arejada e banhada pelos raios solares. E para o corpo humano então é vital! Os raios ultravioletas funcionam como um ativador da Vitamina D que ajuda a fixar o cálcio nos ossos. Como no Brasil há abundância de sol, se imagina que não existe deficiência de Vitamina D. Mas, segundo a endocrinologista Marise Castro[3], pesquisas brasileiras mostram que muitos idosos têm deficiência da vitamina D e do cálcio, por que por estarem debilitados, se expõem menos ao sol. “Damos pouca importância à vitamina D. Toda pessoa até os 60 anos, deve tomar de 15 a 20 minutos por dia de sol em superfícies como os braços e as pernas já é suficiente. Antes das 9 horas, ou à tarde, após 16 horas.”4 – ALIMENTAÇÃO BALANCEADA


Chegamos ao quarto princípio: A alimentação recomendada pelo nosso Criador está em Gênesis 1:29 “E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento.”


Você se lembra que nos pontos em comum dos três grupos estudados pelos cientistas, os sardenhos, os akinaowanos e os adventistas todos comem frutas, verduras e grãos integrais?Isso quer dizer que a alimentação deve ser balanceada e quanto mais natural melhor, melhor para o corpo, melhor para a mente. Veja uma lista de pessoas que se destacaram em diversas áreas que praticaram este tipo de dieta: Os adeptos da chamada Dieta Vegetariana.Beethoven, Leonardo da Vinci, Platão, Sócrates, Pitágoras, Voltaire, Schoppenhauer, Bernard Shaw, Carl Segan, Gandhi, Goethe, Lineu, Blaise Pascal… E hoje os maiores divulgadores da alimentação balanceada e natural são pessoas do tipo: O ator Brad Pitt, a cantora Victoria Beckhan, o cantor Rick Martin, o Bilionário da informática Steve Jobs, o ex-atleta Carls Lews, a tenista Martina Navratilova, o filósofo Peter Singer… Mas vamos falar do Brasil? A atriz Fernanda Lima, a apresentadora Xuxa, o jornalista Cid Moreira, o ex-pugilista Eder Jofre, a ex-campeã mundial de jiu-jitsu Kyra Gracie é uma lista enorme de pessoas…


Somente após o dilúvio é que vamos ver Deus permitindo ao homem usar a carne como alimento, mas mesmo assim, Deus lembrou que os animais já eram classificados em dois grupos: Veja o na conversa que Deus teve com Noé está em Gênesis 7:2 “De todo ANIMAL LIMPO levarás contigo sete pares: o macho e sua fêmea; mas dos ANIMAIS IMUNDOS, um par: o macho e sua fêmea.”


OS ANIMAIS FORAM CHAMADOS DE IMUNDOS NÃO POR JUDEUS, MUÇULMANOS OU ADVENTISTAS, MAS PELO PRÓPRIO DEUS.


E um outro detalhe, quando Deus deu a ordem a Noé, Deus não deu detalhes, ou seja, Noé sabia que animais eram imundos e quais não eram. Mas com o tempo parece que homem se esqueceu, então para Moisés o Senhor teve que ser mais específico, mais detalhista veja o que está escrito em Levítico 11:1 “Disse o Senhor a Moisés, SÃO ESTES OS ANIMAIS QUE PODEREIS COMER dentre todos os animais que há sobre a terra…”


E no verso 4 “DESTES, porém, NÃO COMEREIS”


Ou seja, o próprio Deus é que diz quais animais podem servir como alimento e quais não podem ser usados como alimento.Então você deve estar pensando: Mas se não podem ser usados como alimento, porque eles foram criados? Tudo que Deus criou, Ele criou com propósitos.Você viu a proporção de animais que foram salvos no dilúvio?Sete por um, ou seja para sete pares de animais limpos, um par de animais imundos. Então havia sete vezes mais animais limpos. Os animais limpos poderiam ser usados não apenas como alimento, mas também em sacrifício. Já os imundos não. Não poderiam ser usados nem como alimento e nem como sacrifício. Deus colocou os animais imundos em número menor, e deu-lhes a função de serem OS LIXEIROS DA NATUREZA. Existem lixeiros na terra, nos rios e mares e também nos ares. A lista de animais puros e imundos aparece mais detalhada em Levítico 11 e Deuteronômio 14 vamos conferir?


Deuteronômio 14:4 a 6 NOTE QUE É DEUS QUEM ESTÁ FALANDO:


“São estes os animais que comereis: o boi, a ovelha, a cabra, a gazela, o antílope, o gamo. Todo animal que tem unhas fendidas, e o casco se divide em dois, e rumina,entre os animais, isso comereis.” Veja que Deus estabeleceu uma regra: UNHAS FENDIDAS OU DIVIDIDAS E QUE RUMINA. Agora segue a lista com os animais que não são apropriados para a alimentação. Deuteronômio 14:7 em diante: “Porém estes não comereis, dos que somente ruminam ou que têm a unha fendida: o camelo, a lebre e o coelho, porque ruminam, mas não têm a unha fendida; imundos vos serão. Nem o porco, porque tem unha fendida, mas não rumina; imundo vos será. Destes não comereis a carne e não tocareis no seu cadáver.” Veja que na lista dos mamíferos quadrúpedes a regra se inverte: agora aparecem alguns que só ruminam ou só tem a unha fendida. E esta regra deve ser estendida para outros grupos de animais. Por exemplo não é citado o nenhum animal do grupo dos eqüinos (cavalo, jumento, jegue…) mas aplicando-se a regra vemos: eles ruminam, mas não tem o casco dividido por tanto são imundos, não ideais para o consumo humano. Mas e nas águas? O que se deve e o que não se deve comer? Versos 9 e 10 “Isto comereis de tudo o que há nas águas: tudo o que tem barbatanas e escamas.


Mas tudo o que não tiver barbatanas nem escamas não o comereis; imundo vos será.” Veja que nenhum réptil de espécie alguma é citado como bom para se comer, bem como os chamados “frutos do mar” e quanto aos peixes, somente os que tem escamas e barbatanas, podem servir como alimento, os chamados “peixes de couro” não são recomendados para a alimentação. E quanto às aves? Deuteronômio 14:11 a 18 “Toda ave limpa comereis. Estas, porém, são as que não comereis: a águia, o falcão segundo a sua espécie; e todo corvo, segundo a sua espécie; o avestruz, a coruja, a gaivota e o gavião, segundo a sua espécie; a gralha, o pelicano, o abutre, a cegonha, e a garça, segundo a sua espécie.” Talvez isso para você pode estar sendo uma novidade, mas você não acha que se Deus foi tão detalhista, tão cuidadoso a ponto de especificar os grupos de animais é porque Ele quer o melhor para você? O seu bem estar? A sua saúde? DEUS NÃO TERIA MOTIVOS PARA PROIBIR SE NÃO FOSSE PARA O NOSSO MELHOR. Afinal foi Ele que criou os animais e nos criou também. Vamos agora para o quinto princípio para uma vida saudável.


04 – ATIVIDADE FÍSICA

Deus na sua sabedoria sabia o que estava dizendo quando disse para Adão em Gênesis 3:19 “Do suor do rosto comerás o teu pão…”. Quem trabalha em serviço sedentário, deve dar um jeito de transpirar ou nas academias, nos clubes praças ou áreas para se fazer caminhada. Hoje já se sabe que o exercício físico mantém o coração saudável, o colesterol baixo e a pressão arterial sob controle. É indicado também “para manter a saúde do cérebro: combate os efeitos nocivos do estresse crônico, a depressão, a ansiedade, melhora a memória e o aprendizado e ainda faz o cérebro produzir substâncias que mantêm os neurônios saudáveis e mais resistentes diz: Suzana Herculano-Houzel, neurocientista, é professora da UFRJ. e autora de O Cérebro Nosso de Cada Dia e de O Cérebro em Transformação. A doutora Suzana diz também que: “O exercício físico regular é hoje considerado o que há de mais próximo de um elixir da juventude.”


Não fomos feitos para ficar sentados no sofá. Os confortos da vida moderna são ótimos, mas o sedentarismo talvez seja um grande responsável pelo lado ruim do envelhecimento. Não dá para parar o tempo, mas reverter os seus efeitos indesejáveis sobre corpo e cérebro está ao alcance de todos. Basta suar a camisa.


Depois de falarmos do exercício físico chegamos ao sexto princípio que é o: 06 – DESCANSO Em Gênesis 2:3 está escrito: “E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.”Precisamos de um descanso diário de oito horas de sono.
Existe no cérebro uma glândula chamada Pineal que produz um hormônio Melatonina que regula o sono e o ritmo biológico do nosso corpo. Nos seres humanos, a produção de melatonina ocorre APENAS durante a noite, com quantidades máximas entre duas e três horas da manhã, e mínimas ao amanhecer do dia. A glândula pineal fica no centro do cérebro, sendo conectada com os olhos através de nervos que transmitem o sinal dos olhos para a glândula Pineal, determinando a hora de iniciar e parar a síntese da melatonina.


Durante a noite, a melatonina regula o sono, controla o ritmo da digestão, que se torna mais lenta, diminui a temperatura corporal, diminui o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea e estimula o sistema imunológico. A melatonina é a chave que controla o relógio biológico do ser humano. Um dos maiores estudiosos da glândula pineal, o pesquisador Russel Reiter, da Universidade do Texas, em San Antonio, nos Estados Unidos, juntamente como seus colaboradores mostrou que a melatonina é um antioxidante natural mais potente que as vitaminas C e E.
E não podemos nos esquecer do descanso semanal, depois de seis dias de trabalho, precisamos de um dia para descansar, e depois de doze meses de trabalho convém tirar um mês de férias também.


E agora chegamos ao sétimo princípio para o viver saudável:07 – ABSTINÊNCIA também conhecida como o Domínio Próprio. Está baseado em Gênesis 3:3 “mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais.”Porque será que o governo brasileiro proibiu a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias e estradas? Mesmo aquelas bebidas que o teor alcoólico é bem baixo? O álcool está relacionado a 50% das mortes por acidentes de carro, 50% dos homicídios e 25% dos suicídios.[4] No Brasil, 16 milhões de pessoas são totalmente dependentes do álcool, que é uma droga socialmente aceitável. Este consumo é a terceira causa de falta ao trabalho, o que compromete quase 5% do Produto Interno Bruto – PIB diz Rui Nascimento, superintendente nacional do SESI[5].Como está escrito em Provérbios 20:1 “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio.” Além das bebidas alcoólicas, o café, o chá preto, e outras bebidas que contém cafeína, bem como o fumo que contém a nicotina são totalmente desaconselháveis devido ao efeito prejudicial que causam ao corpo humano, porque atuam diretamente no sistema nervoso central.


É através da mente que Deus se comunica conosco, isso fica claro quando a Bíblia fala em Romanos 12:1 e 2 “Rogo-vos, que apresenteis o vosso corpo Como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto com entendimento. Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus transformem você pela completa mudança da vossa mente, para que conheçam a vontade de Deus ”


05 – CONFIANÇA EM DEUS

E chegamos finalmente ao oitavo e último princípio para o viver saudável e está baseado em Gênesis 3:9 “E chamou o Senhor Deus a Adão e disse-lhe: Onde estás?” “Quando estamos numa situação difícil, mas temos a certeza de que seremos ajudados por Deus isso provoca uma reação positiva, enquanto o contrário também é uma realidade, se eu não acredito em Deus, isso me leva a abrir o meu corpo para as doenças chamadas pelos profissionais de doenças psicossomáticas.” É o que diz o médico Psiquiatra Irineu César Silveira dos Reis. O sentimento de confiança, é necessário para a manutenção da saúde. Nunca haverá saúde no corpo de um indivíduo pessimista, desconfiado, preocupado, temeroso. Estes sentimentos já são em si doenças. É preciso manter um espírito calmo e confiante mesmo em circunstâncias adversas! Ninguém poderá ter saúde mantendo um espírito de descontentamento, murmuração e queixa. Depressão mental e penumbra espiritual levam à morte.


E assim nós acabamos de ver os oito pontos e comprovamos todos com embasamento científico. Mas e se eu lhe dissesse que já desde de 1863 estes princípios já eram conhecidos e praticados por um grupo de pessoas e que foi publicado num livro em 1905 Está lá com todas as letras: “Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder de Deus – eis os verdadeiros remédios” – Ciência do Bom Viver pág. 127 Autora : Ellen White.


Fontes:
Está Escrito – programa de tevê.
www.novotempo.org.br/estaescrito
[1] National Geographic Brasil – Novembro 2005, pág. 57


[2] www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=494&id_pagina=1


[3] http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u4073.shtml – Folha Online 26/01/06 – O que é Osteoporose?


[4] http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/etanol1.htm


[5] citado na Revista Proteção, No.152, ago/2004, pág.28


O Império Romano à Época do Novo Testamento

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quarta-feira, 18 de abril de 2012

A Igreja Adventista é Babilônia?


Enquanto a Sra. Ellen White esteve na Austrália, A. W. Stanton, um irrequieto leigo de Montana, publicou uma compilação das declarações da Sra. White, que pareciam apoiar sua opinião de que a Igreja Adventista havia apostatado e se tornado Babilônia.


Ele entendeu que chegara o tempo de parar de patrocinar financeiramente a igreja organizada e “sair dela”. De maneira direta, a Sra. White escreveu para ele:


“Se você está ensinando que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é Babilônia, você está errado. Deus não lhe deu nenhuma mensagem assim para proclamar… presumo que algumas pessoas poderão ser enganadas por sua mensagem, porque estão cheias de curiosidade e do desejo de alguma coisa nova.” Carta Publicada na Review and Herald, 12 de setembro de 1893.


Ela também escreveu para a Review quatro artigos intitulados: “A Igreja Remanescente Não é Babilônia.” Estes foram republicados depois em “Testemunhos Para Ministros.”


Nessa série de artigos, a Sra. Ellen White deixa claro sua angústia em relação àqueles que apanham seleções de seus escritos e fazem com que pareçam apoiar os pontos de vista pessoais do compilador, leia você mesmo o que ela escreveu:


“Ao tomarem desautorizadas liberdades”, escreveu ela, “apresentam ao povo uma teoria que engana e destrói. Em tempos passados, muitos outros fizeram a mesma coisa, e deram a parecer que os Testemunhos apoiavam posições que eram insustentáveis e falsas…”. – Testemunhos para Ministros pág. 33


“No folheto publicado pelo irmão Stanton e seus companheiros, ele acusa a igreja de Deus de ser Babilônia, e insiste em que haja uma separação da igreja. Esta é uma obra que não é honrosa nem justa…


“…desde anos tenho apresentado meu testemunho dizendo que, em surgindo quaisquer pessoas pretendendo possuir grande luz e não obstante advogando a demolição daquilo que o Senhor por Seus agentes humanos tem estado a edificar, acham-se eles muito enganados, e não trabalham em cooperação com Cristo.


“Aqueles que afirmam que as igrejas adventistas do sétimo dia constituem Babilônia, ou qualquer parte de Babilônia, deveriam antes ficar em casa. Que eles se detenham e considerem qual é a mensagem que deve ser pregada presentemente…. eles se puseram ao lado daquele que é um acusador dos irmãos, que os acusa dia e noite perante Deus. Agentes satânicos têm vindo das profundezas, inspirando os homens a unir-se numa confederação do mal, para perturbarem e atormentarem o povo de Deus causando-lhes grande aflição…” – Idem, pág. 36.


Existe Pecado entre o Povo de Deus?


“Embora existam males na igreja, e tenham de existir até ao fim do mundo, a igreja destes últimos dias há de ser a luz do mundo poluído e desmoralizado pelo pecado. A igreja, débil e defeituosa, precisando ser repreendida, advertida e aconselhada, é o único objeto na Terra ao qual Cristo confere Sua suprema consideração”. Idem pág. 49.


Ela continua: “Deus tem na Terra uma igreja que está erguendo a lei pisada a pés, e apresentando aos homens o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo a igreja é depositária das abundantes riquezas da graça de Cristo, e pela igreja será finalmente exibida a última e plena manifestação do amor de Deus ao mundo.. no mundo só existe uma igreja que presentemente se acha na brecha, tapando o muro e restaurando os lugares assolados, e todo homem que chamar a atenção do mundo e de outras igrejas para esta igreja, denunciado-a como Babilônia, está trabalhando de acordo com aquele que é o acusador dos irmãos.


“Será possível que dentre nós se levantem homens que falem coisas perversas, propagando os mesmos sentimentos que Satanás deseja disseminados no mundo, com referência aos que guardam os mandamentos de Deus, e têm a fé de Jesus?” – Idem págs. 50-51.


Como os Sinceros Devem Agir Diante dos Erros de Irmãos?


“Os que tiverem alguma compreensão do que significa esse conflito, (entre o bem e o mal) não voltarão suas armas contra a Igreja militante, mas com todas as suas forças, hão de lutar pelo povo de Deus, contra a confederação do mal.


“Os que se põem a proclamar uma mensagem sob sua responsabilidade pessoal, e que, ao mesmo tempo em que declaram ser ensinados e guiados por Deus, constituem sua obra especial derribar aquilo que Deus durante anos tem estado a erguer, não estão cumprindo a vontade de Deus.


“Saiba-se que esses homens se encontram do lado do grande enganador. Não os creiais. Estão-se aliando com os inimigos de Deus e da verdade. Porão a ridículo a ordem estabelecida no ministério, considerando-a um sistema eclesiástico imperialista. Afastai-vos desses; não os recebais; pois Deus não os incumbiu dessa obra. O resultado de semelhante obra será incredulidade nos Testemunhos, e nos limites do possível, tornarão sem efeito a obra que por anos tenho estado a fazer.


“Quase toda a minha vida tem sido dedicada a esta obra, mas meu encargo muitas vezes se tem tornado mais pesado pelo surgimento de homens que saíram a proclamar uma mensagem que Deus não lhes dera. Esta classe de obreiros maus tem escolhido porções dos Testemunhos, e tem-nas colocado numa moldura de erro, a fim de que por esse meio de influência a seus testemunhos falsos”. – Idem págs. 51-52.


Um Ministério Divinamente Designado


“Deus tem uma igreja, e ela tem um ministério designado por Ele… O Senhor tem Seus agentes designados, e uma igreja que tem sobrevivido a perseguições, conflitos e trevas. Jesus amou a Igreja, e por ela Se deu a Si mesmo, e Ele a há de aperfeiçoar, refinar, enobrecer e elevar, de maneira que ela fique firme em meio das corruptoras influências deste mundo.


“Homens designados por Deus foram escolhidos para vigiar com zeloso cuidado, com vigilante perseverança a fim de que a Igreja não seja subvertida pelos malignos ardis de Satanás, mas que ela esteja no mundo para promover a glória de Deus entre os homens…


“Os que estão levando esta mensagem errada, denunciando a igreja como sendo Babilônia, negligenciam a obra que Deus lhes determinou fazer, estão em oposição à organização, opõem-se à clara ordem de Deus pronunciada por Malaquias com relação a trazer todos os dízimos ao tesouro da casa de Deus…


“Deus fala por meio dos agentes por Ele designados, e que nenhum homem, nem grupo de homens, insultem o Espírito de Deus recusando-se a ouvir a mensagem da Palavra divina dos lábios de Seus mensageiros escolhidos. Recusando-se a ouvir a mensagem de Deus, fecham-se os homens num aposento de trevas, excluem sua própria alma das grandes bênçãos e roubam a Cristo da glória que Lhe deveria ser dada, mostrando desrespeito para com os agentes que designou”. – Idem, págs. 52-54.


Cuidado com os Falsos Mestres


“Falsos mestres podem parecer muito zelosos da obra de Deus, e podem despender meios para apresentar ao mundo e à igreja as suas teorias. Mas como misturam o erro com a verdade, sua mensagem é de engano, e levará almas para veredas falsas. Deve-se-lhes fazer oposição, não porque sejam homens maus, mas porque são mestres de falsidades e procuram colocar sobre a falsidade o sinete da verdade.


“Que lástima, darem-se homens a tais trabalhos para descobrir alguma teoria errônea, quando existe abundância de preciosas gemas da verdade, pelas quais o povo pode ser enriquecido da mais santa fé…


“Os que têm proclamado ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia, Babilônia, têm feito uso dos Testemunhos para dar à sua atitude um aparente apoio; mas por que é que não apresentaram aquilo que por anos tem sido a preocupação de minha mensagem – unidade da igreja? Por que não citaram as palavras do anjo: “Uni-vos, uni-vos, uni-vos”? Por que não repetiram a advertência nem declararam o princípio de que “na união há força, na divisão há fraqueza”?


“São mensagens como as que esses homens têm proclamado que dividem a igreja e trazem sobre nós opróbrio perante os inimigos da verdade; e nessas mensagens se revelam claramente a astuta operação do grande enganador, que quer impedir a igreja de alcançar a perfeição na unidade. Esses mestres seguem as labaredas de seu próprio fogo, agem segundo seu próprio juízo independente, e embaraçam a verdade com falsas noções e teorias. Rejeitam o conselho de seus irmãos, e avançam em seu próprio caminho até se tornarem justamente o que Satanás deseja – de espírito desequilibrado”. – Idem págs. 55 e 56.


Pr. Wladimir Gonçalves/Sétimo Dia

A mentira de Raabe


Como explicar o fato da prostituta Raabe haver escondido os espias de Josué, e haver mentido a respeito (Js 2), e Deus ainda usar de misericórdia para com ela e seus familiares? (Js 6:22-25)


Somos propensos, muitas vezes, a pensar que Deus, para ser justo, deve restringir Sua oferta de salvação apenas às pessoas moralmente dignas. Mas a mensagem bíblica, revelada tanto no Antigo Testamento como no Novo, é que a oferta de salvação é extensiva a todos os pecadores. São de Cristo as palavras: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento” (Lc 5:31 e 32). Em Isaías 1:18 é apresentado o convite: “Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã.”


A experiência da prostituta Raabe é uma das mais belas histórias de salvação pela graça “mediante a fé” (Ef 2:8) encontradas nas páginas do Antigo Testamento. Como Abraão foi justificado pela fé (Gn 15:6; Rm 4), e essa fé se evidenciou na prática de boas obras (Tg 2:21-24), assim também o foi Raabe. Hebreus 11:31 declara que “pela fé, Raabe, a meretriz, não foi destruída com os desobedientes, porque acolheu com paz aos espias”. E Tiago 2:25 acrescenta que a fé dessa mulher foi genuína porque resultou na prática de boas obras.


Mas o fato da vida de Raabe ser poupada, sendo ela uma prostituta e havendo mentido aos emissários do rei de Jericó, não significa que Deus estivesse sancionando tais pecados explicitamente condenados no Decálogo (ver Êx 20:14 e 16). Nesse incidente, Deus manifestou Sua graça salvadora a uma prostituta possuída de uma fé genuína, com o propósito de salvá-la de sua vida de pecado. O mesmo poder regenerador que atuaria na vida da “mulher adúltera”, durante o ministério terrestre de Cristo (Jo 8:1-11), também transformou a vida da prostituta Raabe. E o mesmo amor compassivo que perdoaria as mentiras do pretensioso apóstolo Pedro (Mc 14:27-31; 66-72) também perdoou a mentira de Raabe.


A galeria dos heróis da fé (ver Hb 11), da qual Raabe faz parte (verso 31), não é composta por santos que nunca pecaram, mas por pecadores que pela graça divina alcançaram a vitória sobre os seus pecados. Essa galeria é formada por pessoas que, à semelhança do filho pródigo (Lc 15:11-32), deixaram as imundícies de uma vida de pecado e voltaram à casa paterna; pessoas que estavam mortas em “delitos e pecados” mas que foram regeneradas pela graça divina (Ef 2:1 e 5). Assim como Deus perdoou e regenerou Raabe, Ele também está disposto a perdoar e regenerar a cada um dos demais seres humanos atingidos pelos “dardos inflamados do maligno” (Ef 6:16).


Fonte: Alberto Timm, Sinais dos Tempos, junho de 1999, p. 29.

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