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quinta-feira, 8 de março de 2012

A mulher pode usar calça comprida?Deuteronômio 21-23


Na leitura bíblica de hoje, há um questionamento que muitas pessoas fazem para nós da Escola Bíblica sobre Deuteronômio 22:5: “A mulher pode usar calça comprida?”
Por incrível que pareça, esse assunto é motivo de muita polêmica em alguns meios evangélicos. Veja o que diz o verso: “A mulher não usará roupas de homem, e o homem não usará roupas de mulher, pois o SENHOR, o seu Deus, tem aversão por todo aquele que assim procede.”
Ao analisarmos o contexto hebreu, vemos que essa proibição quanto ao uso de trajes masculinos para mulheres e femininos para os homens está relacionado, provavelmente, com o costume pagão que existia de uma mudança no jeito de se vestir, estimulada, consciente ou não, para propósitos imorais.
Parece que as coisas hoje, em muitos aspectos, não mudaram muito. Mas não que esse problema seja necessariamente com uma calça. Deus proíbe o uso de trajes masculinos em mulheres e femininos em homens, primariamente, se essa mudança estiver, consciente ou inconscientemente, cumprindo com esse propósito pecaminoso. Então, essa proibição da Bíblia tem a ver com homens se parecendo com mulheres (travestidos) e mulheres querendo parecer homens.
Agora, por outro lado, existe o aspecto cultural. Em algumas culturas como o oriente, por exemplo, tanto homens quanto mulheres usam roupas que chamaríamos de saia ou vestido. O próprio Jesus usou esse tipo de roupa, não é mesmo? E se um homem usasse essa roupa nos dias de hoje, não estaria usando o que, para nós, seria roupa de mulher? Percebeu que isso é, também, uma questão cultural? E na nossa cultura, aqui no Brasil? A saia é uma roupa só de mulher, e a calça é uma roupa tanto para mulher quanto para o homem. Podemos ver que a calça não se encaixa na discussão de Deuteronômio 22:5.
Porém, devemos considerar a modéstia e o decoro que os cristãos devem ter ao se vestir. Por exemplo: Mulheres, ajudem os homens a não pecarem, porque aquele que leva seu irmão a cair, também é digno de ser julgado. Homens, Jesus disse que quem olhar para uma mulher com intenção impura, já adulterou com ela.
Somos espetáculos ao mundo. Não adianta nada enquadrarmos a roupa dentro de uma regra e, ainda dentro dela, fazer com que a própria roupa “liberada” fique indecente. Ou você não concorda comigo que podem haver calças, saias, blusas, camisas, tanto decentes quanto indecentes?
Se você quer honrar seu cristianismo, vista uma roupa que não levará as outras pessoas a se escandalizarem. Não existe proibição bíblica para um tipo de roupa específico, no entanto: “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem.”


Pr. Valdeci Júnior

sábado, 17 de dezembro de 2011

A Maquiagem e a Mulher Adventista

Falar sobre maquiagem, assim como sobre qualquer outro assunto relacionado à modéstia cristã, é sempre algo polêmico. Podemos dizer que existem dois tipos de maquiagem, a julgar pela função: a maquiagem com função corretiva e a maquiagem com função de ornamento.
O primeiro tipo diz respeito a uma maquiagem que se usa com a intenção de fazer pequenas correções. Ao final da maquiagem a pessoa apresenta uma aparência natural, tendo algumas marcas ou imperfeições disfarçadas, ou “corrigidas”, pelos produtos usados. Essa maquiagem não gera escândalo, pois a idéia é que ela não seja percebida, mas que a imagem da pessoa fique mais apresentável.
O segundo tipo diz respeito a uma maquiagem que tem como fim ser percebida, ornamentar o corpo, trazer a ele traços totalmente artificiais que são conseguidos por meio de produtos como sombras e lápis, etc. Essa maquiagem foge totalmente à discrição sendo algo que em si destina-se a chamar a atenção, do contrário poderia ser dispensado seu uso. Por meio de uma série de produtos de variadas cores, cria-se uma imagem que nunca seria possível ter de forma natural, ou você conhece alguém que nasceu com um sombreado azul nos olhos, ou rosto de boneca?
Existem dois textos que devem sempre ser lembrados quando falamos de modéstia cristã:
I Pedro 3:3: “Não seja o adorno da esposa o que é exterior…”
I Timóteo 2:9 e 10: “Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)”.
A preocupação excessiva com o adorno exterior não pertence à mulher cristã. Esta age com modéstia e bom senso. Por que uma mulher adventista precisaria usar uma maquiagem cheia de cores que não pertencem ao natural humano? Não estariam as mulheres sendo influenciadas pela moda do mundo e seus costumes?
O mundo prega o consumo dos produtos de beleza, e cada dia cria uma nova tendência de cores e estilos, que são comprados por muitas mulheres de nossa Igreja. Somos as mulheres do tempo do fim, se houve algum tempo em que se podia perder tempo com vaidades esse tempo acabou. Temos uma missão a cumprir, não estamos neste mundo para exibir nossa beleza, mas para exibir um caráter semelhante ao de Cristo. Esse deve ser o nosso adorno.
Alguém pode dizer que a maquiagem ajuda na auto-estima da mulher. Queridas amigas, se nossa auto-estima estivesse baseada em algo que sai com água e sabão… quão pouco valeríamos! Nossa auto-estima deve se basear no que somos e não no que fingimos ser, e maquiagem é fingimento, pois não somos aquilo que a pintura produz.
O povo de Deus deve ser o povo mais bonito e saudável do mundo. Não seria muito melhor ouvirmos as orientações de saúde e cuidar de tudo aquilo que influencia em nossa saúde e conseqüentemente em nossa aparência? Não seria mais sábio cultivar uma beleza que não sai com água e sabão, mas que resiste ao tempo, pois diz respeito a um estilo de vida?
Só Deus pode julgar suas intenções, querida irmã. Contudo, uma coisa é certa, se gastamos tempo de nossa missão nos dedicando a vaidades que só pretendem chamar a atenção para nós mesmos, iremos arcar com isso no Dia do Juízo. O cristianismo combina com abnegação, humildade e simplicidade, mas não com vaidade e exaltação do eu.
Se neste momento você está pensando em alguma irmã de sua Igreja, pense primeiramente em você e em suas intenções ao se adornar, tanto com a maquiagem quanto com outros tipos de pintura, como a das unhas. Julgue suas próprias intenções e não as das demais irmãs, e ore a Deus para que Ele te ajude a viver segundo a Sua vontade!
“Perguntai-lhes então como se sentem quanto ao adorno do corpo, e se têm alguma idéia do que é estar preparado para comparecer perante Deus, e vos dirão que se somente pudessem voltar a viver de novo o passado, corrigiriam a vida, evitariam as loucuras do mundo, sua vaidade e orgulho; e adornariam o corpo com roupas modestas, dando assim um exemplo aos que os rodeiam. Viveriam para a glória de Deus.” Mensagem aos Jovens, p. 127
“É justo amar o belo e desejá-lo; mas Deus deseja que primeiro amemos e busquemos a beleza do alto, que é imperecível.” Atos dos Apóstolos, 523


Fonte : Mulher Adventista

domingo, 27 de novembro de 2011

Modéstia cristã no púlpito

Recentemente, recebemos o comentário de uma leitora que perguntava se uma pessoa que usa maquiagem pode ser podada de louvar a Deus no púlpito.
Perguntas desse tipo, que são alvo de enormes polêmicas, precisam de estudo e oração para serem respondidas. Por isso, preferi respondê-la através de um post, e somente após orar e estudar sobre o assunto. Para responder essa pergunta de forma mais clara, levantaremos a seguir alguns pontos importantes para a compreensão do assunto.
1. O que é o louvor e o que é louvar no púlpito?
2. Alguém pode ser “podado” de ministrar algo no púlpito?
3. O que a maquiagem tem a ver com isso?
Primeiramente precisamos entender que louvar a Deus no púlpito é bem diferente de cantar enquanto damos faxina em casa, ou até mesmo cantar entre a congregação. Nas 3 situações – púlpito, casa e congregação – podemos simplesmente cantar, ou podemos louvar. Mas, mesmo assim, existem diferenças importantes nestas 3 situações, que precisam ser consideradas. O louvor a Deus faz parte da adoração, e só é possível adorar a Deus fazendo Sua vontade. Não podemos oferecer nada a Deus que o desagrade e achar que isso é adoração. O assunto da música como adoração é muito sério, e carece estudo específico, o qual poderemos fazer em outros momentos. O fato é que da mesma forma que Deus não aceitou a oferta de Caim (Gênesis 4), Ele não aceita nenhuma forma de adoração contrária à sua vontade.
Além de não aceitar adoração que contrarie Sua divina vontade, Deus espera atitudes e comportamentos diferentes daqueles que se colocam diante de Seu rebanho como ministros ou mensageiros. “Os escritos de Paulo mostram que o ministro do evangelho deve ser um exemplo das verdades que ensina, “não dando… escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado”.” Atos dos Apóstolos, p. 369. “”Olhai por vós”, advertiu o apóstolo a seus irmãos, “e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que Ele resgatou com Seu próprio sangue.” Atos 20:28. Se os ministros do evangelho mantiverem sempre em mente que estão tratando com a aquisição do sangue de Cristo, terão mais profundo senso da importância de seu trabalho. Devem ter cuidado de si e do rebanho. Seu próprio exemplo deve ilustrar e fortalecer suas instruções. Como ensinadores do caminho da vida, não devem dar ocasião de ser blasfemada a verdade. Como representantes de Cristo, devem manter a honra de Seu nome. Mediante devoção, pureza de vida, pia conversação, devem provar-se dignos de sua alta vocação.” Atos dos Apóstolos, p. 394 e 395
Mas alguém pode dizer: “Karyne, uma coisa é ser ministro, outra coisa é cantar no púlpito”. Muitos pensam assim, mas esse é um pensamento equivocado. Qualquer que se coloque diante do povo de Deus para transmitir Sua mensagem – e a música na Igreja deve ser a mensagem de Deus cantada – assume a posição de ministro e mensageiro do Senhor. Para maior entendimento sobre esse assunto, sugiro a leitura do livro “Música: Sua Influência na Vida do Cristão” (Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira).
Aqui, então, já entendemos o primeiro ponto – louvar a Deus no púlpito é algo que deve ser feito seguindo as instruções divinas deixadas a todo aquele que aceita a obra de transmitir a mensagem de Deus às pessoas. Não é só uma participação especial, mas uma forma de adoração e pregação do evangelho.
Vamos pensar um pouco, agora, na segunda pergunta. Alguém pode ser “podado” de ministrar algo no púlpito? Deus é um Deus de ordem, e Ele nos instrui sobre como devemos nos comportar no serviço de adoração em Sua santa casa. No Antigo Testamento, vemos Deus orientando aqueles que foram escolhidos para ministrar o serviço do Santuário sobre como deviam viver e agir diante do serviço de Deus. Conhecemos bem a história de Nadabe e Abiú, que se tornaram grandes exemplos do que não devemos fazer quanto a ministrarmos os serviços sagrados. “E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário e puseram neles fogo, e colocaram incenso sobre ele, e ofereceram fogo estranho perante o SENHOR, o que não lhes ordenara.” (Levíticos 10:1). Deus mesmo os “podou” naquele momento. A Bíblia diz que “Então saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR.” (Levíticos 10:2).
Veja quão forte é essa citação: “Foi vosso caráter transformado? Têm as trevas sido trocadas pela luz, o amor ao pecado, pelo amor à pureza e à santidade? Sois convertidos, vós que vos empenhais em ensinar aos outros a verdade? Houve em vós uma mudança completa, radical? Entretecestes a Cristo em vosso caráter? Não precisais ficar na incerteza quanto a esta questão. Tem-se o Sol da Justiça levantado e brilhado em vossa alma? Se assim é, vós o sabeis; e se não sabeis se sois convertidos ou não, nunca pregueis outro sermão do púlpito até que o saibais. Como podeis guiar almas à fonte da vida da qual vós mesmos não bebestes? Sois um fingido, ou sois realmente um filho de Deus? Servis a Deus ou servis aos ídolos? Fostes transformados pelo Espírito de Deus, ou ainda estais mortos em vossas ofensas e pecados?” Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 440.
Vemos então que não podemos chegar diante de Deus, no púlpito, de qualquer forma para transmitirmos uma mensagem às pessoas que estão ali presentes. Precisamos primeiro ser transformados por Deus e Sua mensagem antes de subir ao púlpito para levá-las a outros. Nossa vida pode ser um grande testemunho contra ou a favor daquilo que pregamos. De igual modo nossa aparência pode auxiliar ou prejudicar a transmissão da mensagem de Deus. Daqueles que prestavam serviço no santuário, era exigido preparo. Não lhes era permitido achegar-se de qualquer forma para efetuar o trabalho da Casa de Deus. Não é diferente conosco. Não devemos chegar de qualquer forma para ministrar qualquer tipo de serviço da Casa de Deus.
Jesus condenou a hipocrisia dos fariseus. Ellen White chamou a atenção de muitos ministros e obreiros quanto ao preparo que deveriam ter antes de ministrarem diante do povo de Deus. Para nós, serve a mesma regra. Não devemos chegar de qualquer modo (seja físico ou espiritual) para a realização de um serviço sagrado. E louvar a Deus no púlpito é um serviço sagrado, que deve ser feito com reverência e preparo físico e espiritual.
Continuando dentro dessa segunda questão e partindo para a terceira, a Divisão Sul Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia, ciente da importância do louvor na adoração, da seriedade com que Deus trata esse assunto, tendo por base as Sagradas Escrituras e o Espírito de Profecia, realizou um voto (voto 2005-116 de 4/5/2005) com orientações em relação à música. Após uma introdução sobre o assunto, o voto apresenta uma relação de requisitos que devem ser observados pelos músicos em seu ministério na Igreja. O sétimo requisito referente ao músico é “Cuida de sua aparência pessoal, refletindo o padrão de modéstia e decência apresentado pela Bíblia.”
Modéstia cristã é um dos princípios que regem a vida daqueles que se dizem seguidores de Cristo. Qualquer cristão deve andar conforme esse princípio, mas de modo especial, aqueles que sobem ao púlpito e se colocam como mensageiros de Deus não devem descuidar. É necessário deixar claro que as normas existentes não têm por objetivo podar as pessoas de participarem dos serviços sagrados, mas sua finalidade é orientá-los sobre como devem agir.
Já discutimos sobre maquiagem em outros momentos aqui. Caso deseje ler a respeito, clique aqui. O fato é que qualquer coisa que seja incoerente com a modéstia cristã não deve estar presente em alguém que suba ao púlpito para ministrar algum serviço. De igual modo, todo restante das orientações divinas sobre a vida do cristão devem ser observados. Como agir então, em relação a uma moça que chega maquiada para cantar, ou com roupa curta, etc..? Com amor!
Para que situações constrangedoras não ocorram, o ideal é que toda orientação seja dada ao músico anteriormente! O ideal seria que tais orientações não precisassem ser dadas, pois conhecedores dos princípios cristãos, temos por obrigação viver de acordo com o que Deus pede (Lucas 17:10). Mas prudência e cuidado com as pessoas nunca é demais! Quando se trata de pessoas, devemos nos lembrar que são importantes para Deus, suas vidas custaram o sangue de Cristo, e nossas ações poderão afetar sua salvação! Tato e amor são necessários para que pessoas não sejam “podadas” mas instruídas sobre como devem se apresentar para ministrarem o louvor. Se não há boa vontade em seguir os princípios, mesmo após orientação, cabe ao responsável pela música prosseguir com novas escolhas para que a Igreja não venha a se escandalizar (Romanos 14:21; I Coríntios 8:13).
Todo princípio divinamente concedido a nós deve ser observado por todo aquele que se diz ser cristão. Por mais que pensemos que “não tem nada a ver”, qualquer coisa que se distancie da vontade de Deus não é adoração, e não deve existir na casa de Deus. A maquiagem pode ser um aspecto bem exposto, a vista de todos, mas além de qualquer coisa que seja claramente exposta, e possa se tornar escândalo ou pedra de tropeço para alguém, o coração deve ser primeiramente examinado, pois, ainda que o homem não saiba o que vai em nosso coração, Deus sonda-nos. Você pode subir ao púlpito para cantar sem maquiagem, mas se no coração houver orgulho, ainda que não escandalize os irmãos, Deus o conhecerá!
Portanto, “Jesus disse aos seus discípulos: É inevitável que aconteçam coisas que levem o povo a tropeçar, mas ai da pessoa por meio de quem elas acontecem” Lucas 17:1. “Examine-se o homem a si mesmo [...]” I Coríntios 11:28.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A Reforma Espiritual e a Conduta Cristã

Não existe reforma espiritual que não seja refletida na conduta e estilo de vida do cristão. Isso por que reforma “significa uma reorganização, uma mudança nas ideias e teorias, hábitos e práticas”[2]
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento Deus nos faz um chamado para sermos diferentes, a fim de que possamos iluminar o mundo (Mt 5:14-16), fazendo a diferença na sociedade:
“Consagrem-se, porém, e sejam santos, porque eu sou o Senhor, o Deus de vocês. Obedeçam aos meus decretos e pratiquem-nos. Eu sou o Senhor que os santifica.” (Lv 20:7, 8).
“Sejam santos, porque eu sou santo” (1Pe 1:16)
Portanto, Deus deseja que os filhos dEle de todas as épocas demonstrem que a boa religião (Tg 1:27) muda as pessoas para melhor.
Atualmente, é apresentado nos círculos cristãos um conceito sobre “graça” que mais parece uma “desgraça”. A afirmação de que a pessoa salva pela graça de Jesus (Ef 2:8, 9) “não precisa se preocupar com aquilo que faz”, nada tem a ver com a santificação apresentada na Bíblia, “sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14).
“Santificação” é a terceira fase do processo de salvação[3] pela qual toda pessoa precisa passar (Rm 6:22) antes de se encontrar com Jesus Cristo em Sua segunda vinda (Lc 21:36). Nesta fase, o caráter[4] vai se tornando “santo”, semelhante ao caráter de Cristo por que o Espírito Santo “escreve” e “imprime” no coração do crente a Lei moral de Deus e a vontade de obedecê-Lo (Hb 8:10).
Perceba que, mesmo a salvação não sendo por meio de nossa conduta (Ef 2:8), obrigatoriamente ela nos torna “novas criaturas” (2Co 5:17).  Consequentemente, nosso estilo de vida refletirá a transformação que Deus vem efetuando em nós, de maneira que o “aroma” do fruto do Espírito[5] será sentido por todos os que estiverem sob nossa influência!
Como ser uma pessoa santa
Nas Escrituras, ser santo não é o mesmo que ser “sem pecado”. É a mesma coisa que não ser “pecadeiro”: “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.” (1Jo 3:9, versão Almeida, Revista e Atualizada).
Vou explicar. Ao aceitarmos a Jesus Cristo como nosso salvador e Senhor (Lc 6:46) continuamos sendo pecadores, que necessitarão que Deus efetue em nós o “querer e o realizar” (Fp 2:13) todos os dias de nossa vida. Porém, não seremos mais “pecadeiros”, no sentido de fazer do pecado um “estilo de vida”.
Ser “santo” é o mesmo que ser “separado”[6]. É aceitar o convite divino para separar-se das práticas erradas daqueles que não seguem a Deus, de acordo com Isaías 52:11: “Afastem-se, afastem-se, saiam daqui! Não toquem em coisas impuras! Saiam dela e sejam puros, vocês, que transportam os utensílios do Senhor.”
Porém, é importante não esquecermos que a “santificação” não vem do dia para a noite. É obra de uma vida de íntimo relacionamento com a Divindade e de constante negação do eu para que Jesus viva em nós[7]:
“Não existe tal coisa como seja santificação instantânea. A verdadeira santificação é obra diária, continuando por tanto tempo quanto dure a vida.”[8]
O que faz uma pessoa santa[9]
Quem aceita o chamado de Deus para ser diferente (santo) e passa por uma reforma espiritual não deixará de:
  1. Relacionar-se com Cristo todos os dias (Mt 11:28-30). A boa conduta deve ser o resultado do relacionamento com Jesus e não simplesmente o esforço pessoal para ser melhor. Do contrário, o crente se tornará um legalista, que faz do comportamento um “meio” de salvação;
  2. Amar a sua esposa, marido, filhos e dedicar tempo e atenção a eles (Ef  5:22-33; 6:1-4);
  3. Auxiliar os órfãos e as viúvas (Tg 1:27);
  4. Praticar o jejum espiritual de Isaías 58;
  5. Ir à igreja e manter bom relacionamento com os irmãos na fé (At 2:42-47) sem ser mexeriqueiro (Lv 19:16) e orgulhoso, achando-se “mais santo” que os demais (Lc 18:10-14).[10]
  6. Crescer em pureza moral (Mt 5:8; 1Co 6:18-20)[11];
  7. Suportar e perdoar as pessoas (Cl 3:13, 14; Mt 6:14, 15).
  8. Estudar toda a Bíblia diariamente (Dt 17:19; Lc 24:27, 44);
  9. Orar “sem cessar” (1Ts 5:17) e de forma perseverante (Rm 12:12);
  10. Obedecer aos Dez Mandamentos (Ex 20), pela fé (Rm 16:26), assim como o seu principal modelo de conduta: Jesus (Mt 5:17-19; Jo 15:10; Hb 8:10);
  11. Administrar sabiamente as próprias finanças, sendo fiel a Deus nos dízimos e nas ofertas, para que a igreja tenha recursos a fim de que outras pessoas conheçam o plano de salvação (Ml 3:8-10; Mt 23:23);
  12. Recrear-se de maneira saudável, evitando lugares que a façam sentar-se “na roda dos escarnecedores” (Sl 1:1, 2);
  13. Respeitar as leis do seu país (Rm 13:1-7)[12];
  14. Cuidar da natureza (Sl 8:6-8; Ap 11:18);
  15. Vestir-se de acordo com os princípios de modéstia, decência e discrição cristãs claramente definidos em 1 Timóteo 2:9, 10[13]. De acordo com o texto, isto envolve: (1) não se enfeitar com jóias e (2) não usar roupas caras, pois, tais práticas chamam mais a atenção para o exterior do que para o aspecto interior. O verso 10 afirma os enfeites mais bonitos do cristão são suas “boas obras”.
Deus não desiste de nós
Não estamos sozinhos em nossa caminhada para sermos pessoas cada vez melhores. O Espírito Santo, além de nos guiar a toda verdade (Jo 16:13), desenvolverá em nós um caráter semelhante ao de Cristo (Jo 13:15; 2Co 7:1), para que sejamos felizes de verdade (Sl 32:11; Fp 4:4) e nos tornemos cidadãos do reino dos céus (Fp 3:20).
Portanto, não desanimemos se o nosso caráter ainda não reflete tudo aquilo que Deus quer. Ele é paciente conosco e promete em Sua Palavra que, se fizermos a nossa parte em perseverarmos até o fim em segui-Lo (Lc 21:19) e o amarmos de todo o nosso coração e entendimento (Mt 22:37, 38), Ele completará em nós a obra de transformação que já começou!
“Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.” (Fp 1:6).
“Deus é poderoso para impedi-los de cair e para apresentá-los diante da sua glória sem mácula e com grande alegria” (Jd 1:20, adaptado).
Isso só não acontecerá apenas se não quisermos (Ap 22:17). Minha decisão eu já tomei e quero mantê-la até o fim, com a ajuda de Deus. E você? Já fez a sua?

[1] A versão bíblica adotada é a Nova Versão Internacional (NVI), salvo sob indicação.
[2] Ellen G. White, Reavivamento Verdadeiro: a maior necessidade da igreja” (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011), p. 14.
[3] A primeira fase é a “justificação”, que é o mesmo que ser “tornado justo”, pelos méritos de Cristo. Isso ocorre unicamente pela fé em Jesus (Rm 5:1) e não pelas obras da lei (Gl 2:21). Já a terceira fase é a “glorificação”, momento em que os salvos serão glorificados, totalmente transformados e arrebatados visivelmente para o céu na volta de Jesus Cristo (1Co 15:51-55; 1Ts 4:13-18).
[4] Convém destacar que a santificação bíblica inclui a transformação do SER em seus aspectos físico, mental e espiritual, como lemos em 1 Tessalonicenses 5:23, 24.
[5] Nome de nove lindas qualidades de caráter mencionadas Gálatas 5:22, 23.
[6] Este é o sentido etimológico da palavra nas línguas originais da Bíblia.
[7][7] Ver Gálatas 2:20.
[8] Ellen G. White, Santificação, p. 10.
[9] Para uma abordagem abrangente sobre o estilo de vida e conduta cristã, ver Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011), p. 748-802.
[10] É importante ressaltar que o verdadeiro “santo” não usa de palavras duras para com seus irmãos na fé e muito menos para com outras pessoas (Cl 4:6; 2Tm 2:24-26).
[11] A escolha de bons filmes, literatura, boa música, bons sites e programas de rádio e TV facilitam tal processo!
[12] A única exceção é quando as leis humanas tentam nos levar a desobedecer às leis de Deus. Ver Atos 5:29.
[13] Diz o texto, na Nova Versão Internacional: “Da mesma forma, quero que as mulheres se vistam modestamente, com decência e discrição, não se adornando com tranças e com ouro, nem com pérolas ou com roupas caras, mas com boas obras, como convém a mulheres que declaram adorar a Deus.”
Leandro Quadros é apresentador do programa Na Mira da Verdade da TV Novo Tempo

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Considerações sobre o uso de brincos e outros adereços


            Primeiramente quero apresentar alguns textos da Palavra de Deus que nos farão pensar um pouco sobre os significados pessoal (e por isso intencional) e o não intencional do uso de enfeites em homens e mulheres:
Êxodo 21:6 “Então, o seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta ou à ombreira, e o seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre”.
Levítico 19:28 “Pelos mortos não ferireis a vossa carne; nem fareis marca nenhuma sobre vós. Eu sou JAVÉ”.
I Timóteo 2:9 e 10 “Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)”.
I Pedro 3:3 “Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário”.


Significados Pessoais
            Por certo que em nossa cultura ocidental os brincos, pulseiras e outros enfeites indicam um desejo de beleza estética, vaidade ou imitação de outra pessoa. Também é possível que se use esses objetos como amuletos (como crucifixos, colares, etc.), ou por consideração para com entes queridos, quando recebidos como presentes ou como lembrança de pessoas especiais.
            Além desses, existem anéis, por exemplo, que explicitam uma graduação alcançada! Também há os emblemas militares que indicam méritos e status. Jóias funcionais, digamos assim, aparecem na vida de um cristão, como por exemplo, alianças de casamento, broches, abotoaduras.
            Pode haver outras intenções não mencionadas acima, na mente de um usuário de jóias, mas, em geral, essas são as mais conhecidas.


Significados Não Intencionais
            Vou comentar somente aqueles apontados pela Bíblia (já que é possível que a mente de alguém que costuma se adereçar não perceba uma baixa auto-estima por de trás de suas jóias, insatisfação com alguma parte do corpo ou outra causa).
            O texto de Moisés (no Êxodo) apresenta um costume antigo onde o escravo tinha a orelha furada como demonstração de certa “servidão voluntária” para com o seu senhor! Com isso em mente chamo a sua atenção para a possibilidade de se estar submetendo ao senhorio de alguém (um senhor, uma pessoa influente), aquele(a) que fura sua orelha. Mesmo sem ser esse o seu propósito, tal costume pode ser um reflexo de uma vida sob a servidão do pecado ou do mundo! Como eu disse é uma possibilidade e, por isso, deve ser analisada por alguém que decide se entregar a Jesus e permitir que Ele, e somente Ele, seja o Senhor soberano de sua vida. Uma pessoa que não sente a necessidade de amar a Deus e se comprometer com Sua Palavra não tem a responsabilidade de fazer essa análise em sua vida, já que ela, até esse momento, não tem em mente nem planeja “negar seu eu, tomar sua cruz e seguir o Mestre” (veja Mt 16:24 e Lc 14:26-33).
            Outra idéia bíblica que deve ser ponderada se encontra em Levítico. Javé deu ordens claras ao Seu povo (quer israelita do Antigo ou do Novo Testamento!) sobre o ferir a própria carne ou o fazer marcas nela. Nem por alguém muito estimado que infelizmente venha a falecer, um filho de Deus tem o direito de se flagelar, mutilar e marcar o corpo! Os pagãos (quero dizer, aqueles que não tinham luz nem compromisso com o Senhor) faziam e fazem coisas assim para revelar a dor da perda, a saudade e até o “amor” pelo falecido. Mas não devia nem deve ser assim com os que crêem que a Bíblia é a Palavra de Deus, a Sua vontade esclarecida a Seus filhos! Ora, quanto mais ferir a carne ou marcá-la simplesmente por pensar que assim se alcança uma beleza superior ou simplesmente por se ter esse costume desde a infância... Deve-se escolher entre a ordem da moda e a de Javé, entre a tendência do costume e a da Bíblia quando se conhece essas coisas, você não acha?
            Paulo acrescenta luz a esse tema quando pede: “se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso”! Veja bem a imparcialidade das Escrituras – vestes caras, jóias e retoques* no cabelo são colocados lado a lado como se possuindo o mesmo peso. (*Retoques mundanos, já que a “cabeleira frisada” era uma tendência da época para as mulheres não cristãs). A Bíblia não diz: “não se ataviem” e sim “se ataviem com modéstia e bom senso”. Deus é uma Pessoa equilibradíssima! Ele sabe das criatividades e necessidades de beleza que Seus filhinhos possuem (herdadas por Ele mesmo, diga-se de passagem!). Por outro lado, Ele conhece nossa natureza carnal e o mundo em que habitamos, e nos pede, então, modéstia e bom senso como reflexos de um caráter semelhante ao dEle. Se somos simples como as pombas interiormente (Mt 10:16), certamente nosso exterior não esconderá isto!
            Como os ensinamentos de Jesus que percorriam toda a Bíblia de Sua época (Lc 24:27), bem assim é com este tema (e qualquer outro) – “um pouco aqui, um pouco ali” (Is 28:10). Indo até a carta de Pedro “aos eleitos que são forasteiros da Dispersão” (I Pe 1:1), vemos a instrução paulina confirmada. “Não seja o adorno da esposa o que é exterior”. A preocupação com a construção do caráter de Cristo em nós deve ser nossa prioridade, em vez do que é exterior. Claro, o exterior reflete o que temos dentro de nós e somente nesse sentido é que ele é importante! O apóstolo também comenta o uso da economia, como fez Paulo, em nossas compras para cobrir o corpo.
Conclusões
a)      Os adereços representam uma sujeição, ainda que não intencional, ao mundo ocidental (e, portanto, ao seu “deus” II Co 4:4) e uma dominação deste sobre aqueles que os usam.
b)      Nem Moisés, nem Paulo ou Pedro dão motivos para julgarmos como perdidos aqueles cristãos que desconsideram o conselho bíblico e preferem continuar com enfeites no rosto e em outras partes da cabeça e do corpo. Antes, eles instam com os obedientes a ensinarem com seu exemplo de modéstia, equilíbrio e economia.
c)      A cultura cristã bíblica deve prevalecer sobre as demais culturas, no sentido de sermos luzes onde quer que estejamos (I Pe 1:1).
d)      É curioso perceber que a noiva que representa a Igreja de Cristo no Antigo Testamento aparece com jóias (Is 61:10, 3:18-23, Êx 33:4, Ez 23:26, Gn 24:53), talvez como uma manifestação da graça de Deus que cobre o que não conseguimos enxergar, talvez seja o desejo do Noivo de receber Sua noiva mesmo débil, contaminada pela cultura oriental... Entretanto, no Apocalipse a Noiva de Jesus é representada por “uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça” (12:1). Ela estava enfeitada com “linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos” (19:7 e 8). É assim que ficamos após noivarmos com Jesus! Nosso exterior reflete a pura beleza de um interior separado do mundo, mesmo ainda vivendo no mundo! (Hendrickson Rogers)

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Mordomia no vestuário – parte 2

E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo.” Lucas 16:2
Há alguns dias atrás, publicamos um post com o título “Mordomia no vestuário – parte 1”. Encerraremos, hoje, com a parte 2, uma reflexão acerca dos outros 2 aspectos da mordomia cristã – o Talento e o Tempo.
O que será que Talento e Tempo tem a ver com mordomia no vestuário?
Selecionei 4 pequenos fragmentos do Espírito de Profecia, para ajudar-nos nessa reflexão:
“A fala é um talento. De todos os dons concedidos à família humana, nenhum outro deve ser mais apreciado que o dom de falar. Deve ser usado para declarar a sabedoria e o maravilhoso amor de Deus. Assim devem os tesouros da Sua sabedoria e da Sua graça ser comunicados.” Conselhos Sobre Mordomia, p. 115
“A força é um talento, e deve ser usada para glorificar a Deus. Nosso corpo Lhe pertence. Ele pagou o preço da redenção tanto pelo corpo como pela alma. … Melhor podemos servir a Deus no vigor da saúde do que na apatia da doença; portanto, deveríamos cooperar com Deus no cuidado de nosso corpo.” Conselhos Sobre Mordomia, p. 115
“A influência é um talento, e é um poder para o bem quando penetra em nosso trabalho o fogo sagrado aceso por Deus. A influência de uma vida santa tanto é sentida no lar como em toda parte. A beneficência prática, a abnegação e o sacrifício próprio que assinalam a vida de um homem exercem influência para o bem sobre aqueles com quem este se associa.” Conselhos Sobre Mordomia, p. 115
“Há mães que gastam horas e horas em trabalho desnecessário com as suas próprias roupas e as de seus filhos, com o propósito de ostentação, e alegam então que não dispõem de tempo para ler e obter a informação necessária para cuidar da saúde de seus filhos.” Conselhos sobre Educação, p. 6
Os fragmentos de textos selecionados abordam 3 dos vários talentos que devem ser aplicados à obra de Deus – a fala, a força e a influência. Então eu pergunto: O nosso vestir tem sido coerente com a nossa fala? Falamos de Deus e de Seu amor, mas nos vestimos como o mundo? Até que ponto nossa fala pode deixar de ser um talento usado por Deus devido a forma como eu me visto? Minha roupa diz o mesmo que minha boca? Tenho usado roupas que colaboram para a preservação de minha saúde, para que minha força possa estar à disposição do Mestre? O meu calçado e minhas roupas não colaboram tanto para que o meu corpo esteja em pleno vigor? E que influência o meu modo de vestir exerce sobre as pessoas? Será que só de olhar para mim elas reconhecem uma serva do Senhor?
Muitas vezes, nossa roupa prega uma mensagem diferente daquela que deveríamos pregar com os lábios, e não é possível ser verdadeiramente cristão, sendo incoerente. Muitas vezes não estamos prontos para dizer “eis-me aqui” quando o Senhor nos chama, porque o calçado inadequado tem comprometido a saúde dos nossos pés, da circulação do corpo, da coluna… a roupa inadequada, escolhida pelos motivos errados, colabora para o desenvolvimento de doenças… e estamos constantemente impedidos de fazer aquilo que o Senhor nos pede, como Ele nos pede, pois sequer temos o vigor necessário. É sutil, mas nosso vestir inadequado é um fator limitador do avanço da obra através de nós.
E o que dizer do nosso tempo? Quanto dele temos empregado em ler sobre as últimas tendências da moda, pesquisar novos modelos e passear por shoppings experimentando dezenas de roupas? É mais agradável gastar tempo com esses assuntos do que estudando a palavra de Deus? Vestimentas, adornos, maquiagem e calçados ocupam mais sua mente durante o dia do que as verdades do Céu? Então algo está errado! Nosso tempo pertence a Deus, e o próprio Jesus disse: “Portanto, não se preocupem, dizendo: […] ‘que vamos vestir?’” (Mateus 6:31). Por que, então, ocuparmos tanto tempo pensando nisso?
Talvez você nunca tenha pensado em Mordomia dessa forma. Talvez você tenha se acostumado a devolver os dízimos, e sentir que cumpriu seu dever de mordomo diante de Deus. Mas Deus deseja que não apenas devolvamos os dízimos, mas que administremos com sabedoria tudo o que Ele nos confiou.
Que as palavras de Jesus para nós seja: “[…] Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” (Mateus 25:21).

terça-feira, 7 de junho de 2011

Ouvindo a Voz de Deus Lição 24 - Princípios de vida cristã

Como deve viver o cristão?
Como deve ser comportar?
O cristão pode usar jóias e maquiagens?


sábado, 28 de maio de 2011

É pecado pintar as unhas?

Existem na Bíblia alguns princípios que devem nortear a vida do cristão. Infelizmente muitos costumes do mundo têm adentrado na igreja e isso já havia sido predito por Paulo quando disse: “nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes” (2 Timóteo 3:1-5).


O cristão deve ter a Bíblia como seu padrão normativo de fé e conduta e o primeiro princípio está no seguinte verso:

(1) “Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10:31). Tudo deve ser feito para honrar o nome de Deus, quer seja com o vestuário, com o trabalho, dinheiro, passatempo, tudo para honrar Àquele que nos criou e com o Seu precioso sangue nos comprou!

O segundo princípio tem a ver com a “modéstia” e o “bom senso.”

(2) “Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)” (1 Timóteo 2:9-10). “Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o interior do coração, unido ao incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus”(1 Pedro 3:3-4).

Nota-se que a modéstia não é sinônimo de desleixo ou falta de cuidado. O texto bíblico aponta para a extravagância. Como classificaríamos a extravagância ou indecência? Alguma coisa dispendiosa, talvez algo que destoe, que mostre as partes íntimas, que desperte o apetite sexual do outro, etc.

No terceiro princípio, Cristo nos instrui que não devemos nos pôr como (3)“tropeço ou escândalo ao nosso irmão” (Romanos 14:13). Devemos nos abster (4)“de toda forma (ou aparência) de mal” (1 Tessalonicenses 5:22). Portanto, modéstia significa pureza, beleza em todos os aspectos que condizem com os princípios cristãos; isso envolve saúde física que proporcionará uma melhor aparência (assim, fazer exercícios físicos e alimentar-se corretamente é muito importante), envolve a bondade, a beleza de um sorriso simpático e alegre, uma conduta nobre e elevada; tudo isso dignifica e exalta o Criador.

Neste momento você pode estar perguntando novamente; “mas então... pintar as unhas é pecado?” Um cristão não pode servir de consciência para ninguém, mas deve apontar princípios bíblicos que norteiem a vida de quem possa estar com dúvida. O texto de Oséias 2:13 usa como ilustração a figura de uma mulher toda adornada e enfeitada para correr “atrás de seus amantes, mas de Mim se esqueceu, diz o Senhor.” Perceba que esta linguagem figurativa é forte! O quinto princípio é visto por mais um texto de Paulo:

(5) “Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele” (Romanos 12:2). Entende-se que o cristão deve buscar conhecer a vontade de Deus através da renovação da mente, e isso acontece quando o indivíduo se relaciona com o Criador.

Conclusão: Entendo que há cosméticos que auxiliarão a manter uma boa aparência como xampu, creme hidratante, protetor solar, ou um tonalizante para a pele com proteção UV, e também uma base para as unhas que, além de deixá-las mais bonitas, também as protegerá deixando-as mais vigorosas. Vejo problema com a falta de “modéstia” e “bom senso.” Tendo em vista os princípios listados acima, é importante cultivarmos bons hábitos de vida que resultarão em saúde, beleza física e vitalidade. Devemos buscar aquilo que seja o mais natural possível, sem “extravagâncias”, ou seja, mantendo a beleza com simplicidade e naturalidade. Particularmente não aprecio unhas coloridas. Acho muito artificial, realça mais a sensualidade do que a feminilidade, contrariando assim os valores bíblicos! Contudo, ser cristão não significa trajar-se como no século XIX! Devemos representar muito bem Aquele que nos comprou com Seu precioso sangue. Isso exige cuidados especiais com nossa aparência.

Forte abraço, e que Deus lhe abençoe!
Pr. Frederico Branco

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O que a Bíblia diz sobre Jóias, brincos, anéis e colares?

Jóias

O uso de jóias é um assunto ligado à conduta cristã. O estilo de vida de um seguidor de Deus manifesta-se em grata resposta à magnificente salvação através de Cristo.

Cristo orou: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou” (João 17:15, 16).

Os Cristãos devem adotar um estilo de vida diferente do mundo não pelo capricho de serem diferentes, mas porque Deus os chamou para viverem por princípio. Ser diferentes também representa um aspecto da sua missão: servir o mundo – servir como o sal do mesmo, e como a sua luz.

Conduta e Salvação

Ao determinar o que constitui uma conduta adequada, deveremos evitar dois extremos. O primeiro é aceitar as regras e aplicações de princípios como meio de obter a salvação. Paulo resume este extremo nas seguintes palavras: (Gálatas 5:4) - “De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes”.

O extremo oposto é crer que, uma vez que as obras não salvam, não são elas importantes. Paulo também fala deste extremo: (Gálatas 5:13) - “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor”. Quando cada um dos membros da igreja segue a sua própria consciência em desrespeito ao sentimento do grupo, a igreja torna-se não o corpo de Cristo, mas uma coleção de indivíduos isolados, cada um dos quais seguindo o seu próprio caminho.

Embora nossa conduta e espiritualidade estejam intimamente relacionadas, jamais poderemos obter salvação através de conduta correta. Em vez disso, o comportamento cristão é um fruto natural da salvação e encontra-se alicerçado naquilo que Jesus já realizou por nós no Calvário.
Adornos

A percepção de beleza, por parte do céu, caracteriza-se pela graça, simplicidade, pureza e encantos naturais.

Em lugar de adornos exteriores o apóstolo Pedro aconselha que os cristãos se concentrem no desenvolvimento do “interior do coração, unido ao incorruptível de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus” (I Pedro 3:1-4).

Tanto Pedro como Paulo expõem o princípio básico que deve orientar homens e mulheres na área dos adornos: (1PE 3:3) - Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; (1TM 2:9, 10) - Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas).

Quando Jacó convocou sua família para a dedicação de si próprios a Deus, entregaram ao Patriarca “todos os deuses estrangeiros que tinham em mãos e as argolas que lhes pendiam das orelhas”, os quais foram enterrados por Jacó (Gênesis 35:4). Vemos que a simplicidade harmoniza-se com a reforma e o reavivamento que Deus quer operar em seu povo.

Simplicidade no estilo de vida e na aparência coloca o Cristão em notório contraste com a ganância, materialismo e ostentação da sociedade do século vinte, onde os valores focalizam as coisas materiais em lugar das pessoas.
Conclusão

Em vista destes ensinamentos das Escrituras e dos princípios aqui relacionados, cremos que os cristãos não devem se adornar com jóias. Entendemos assim que o uso de brincos, anéis, colares e braceletes, bem como vistosos prendedores de gravata, abotoaduras e broches – ou qualquer outro tipo de jóia cuja função principal seja de adorno – é desnecessário e não se harmoniza com a simplicidade de adorno recomendada pelas Escrituras.

Sob todas as circunstâncias, favoráveis ou adversas, deveríamos procurar a compreensão e a prática da harmonia com a vontade de Cristo (1 Coríntios 2:16). “Toda verdadeira obediência vem do coração. Se consentirmos, Cristo se identificará de tal forma com os nossos pensamentos e ideais, que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos” O Desejado de Todas as Nações, p. 668.

Finalizamos dizendo que o desenvolvimento da conduta cristã – “semelhança com Cristo” – é progressivo. Envolve a união de toda uma vida com Cristo. Esta entrega da vontade ao controle de Cristo é efetuada à medida que nos familiarizamos com os ensinos de Cristo mediante a oração e o estudo da Bíblia. Uma vez que “amadurecemos” em velocidades diferentes, devemos abster-nos de julgar nossos irmãos ou irmãs mais fracos que não procedem da maneira como nós viemos a compreender (Romanos 14:1; 15:1).

Escola Bíblica Novo Tempo

quarta-feira, 9 de março de 2011

Trajes no Casamento: Desprazer para Deus?


Tudo em um casamento deve glorificar a Deus, incluindo os trajes dos noivos, padrinhos e convidados.

Entre as mais belas cerimônias da igreja, está a do casamento, instituído pelo próprio Criador, ao unir o primeiro casal, Adão e Eva (Gn 2:22-24). Essa instituição traz, em si, o aroma do Éden, e deve ser uma bênção a cada homem e mulher que dão esse passo. É de lamentar que o inimigo de Deus e do ser humano tenha logrado seu intento de macular o casamento, com falta de amor, brigas, agressões físicas ou verbais e, em muitos casos, o divórcio.
Sendo uma instituição divina, tudo em um casamento, incluindo os trajes dos noivos, dos padrinhos e convidados, deveria seguir as orientações bíblicas para, assim, trazer glória a Deus. Certamente, ao traje para o casamento se aplicam também as palavras de Paulo: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus (ICo 10:31), e “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (ICo 6:19,20).

Mas o que se vê em muitos casamentos de professos adventistas do sétimo dia? Noivos, padrinhos e convidados se esquecem das normas bíblicas e se trajam como as pessoas do mundo: abusam de pinturas, usam roupas extremamente decotadas e sensuais, que chamam a atenção para o corpo, atraindo glória para si, e não para Cristo, o autor do matrimônio.


E o que dizer da noiva, para a qual todos os olhares se voltam? Muitas se apresentam com vestidos do tipo ”tomara-que-caia”, de frente única, cavados, com decotes que vão quase até a cintura, maquiadas como pessoas que não conhecem a Cristo. Com certeza, Ele desaprova esse modo de trajar. E o que dizer do mau testemunho que dão aos não-adventistas e do escândalo que dão aos adventistas que procuram seguir a Palavra de Deus quanto ao vestuário? A verdade é que muitos ficam constrangidos ao assistir a tais cerimônias.


Noivos, não se esqueçam de que a cerimônia de seu casamento, com tudo que ela envolve, é um sermão. Que mensagem estarão comunicando? Se, mais tarde, seus filhos perguntarem sobre a decência no vestuário e virem as cenas da cerimônia nupcial de vocês, o que dirão a eles? Que haveria dois padrões de moralidade quanto ao vestuário – um para o dia-a-dia e outro, bem diferente e fora dos padrões bíblicos, para a ocasião do casamento?


Deus não é contra o bom gosto, o asseio e o capricho, pois Ele é o autor de tudo que é belo. O que Ele pede, no entanto, é que haja modéstia no modo de trajar, em qualquer lugar e ocasião. A seguir, algumas orientações que Ele deu por meio de Sua mensageira, Ellen G. White:


A Bíblia ensina modéstia no vestuário. “Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia” ( l Tm 2:9). Isto proíbe ostentação nos vestidos, cores berrantes, profusa ornamentação. Tudo que tenha o objetivo de chamar a atenção para a pessoa, ou provocar admiração, está excluído do traje modesto recomendado pela Palavra de Deus” (A Ciência do Bom Viver, p. 287).


“Como é? Estamos confessando a Cristo em nossa vida diária [...], em nosso vestuário, adornando-nos com um traje simples e modesto? É nosso adorno o do espírito manso e tranquilo que tem tão grande valor à vista de Deus? Estamos procurando promover a Causa do Mestre? A linha demarcatória entre nós e o mundo é bem distinta, ou estamos procurando seguir as modas deste século degenerado? Não há diferença entre nós e as pessoas mundanas? Produz em nós o mesmo espírito que produz nos filhos da desobediência?” (O Cuidado de Deus, [ M M, 1995], p. 239).


“Se o mundo apresentar um modo de vestir discreto, conveniente e saudável, que esteja em harmonia com a Bíblia, não alterará nossa relação para com Deus ou o mundo o adotarmos esse estilo. Os cristãos devem seguir a Cristo, e harmonizar seu traje com a Palavra de Deus” (Mensagens aos Jovens, p. 350).


“Cerimônias de casamento são usadas como ocasião de exibicionismo, extravagância e condescendência. Mas se as partes contraentes estão de acordo na crença e prática religiosa, sendo tudo coerente, e a cerimônia é conduzida sem ostentação e extravagância, o casamento neste tempo não necessita ser um desprazer para Deus” (O Lar Adventista, p. 101).


Que Deus ilumine cada noivo e noiva no sentido de O glorificarem no dia do casamento, glória que passa pela questão de como estarão trajados. Que tipo de sermão vocês pregarão nesse dia?
Texto de autoria de Ozeas C. Moura, editor na Casa Publicadora Brasileira, publicado na Revista Adventista de Março/2009. Retirado do site Sétimo Dia

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