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domingo, 12 de agosto de 2018

Os Dinossauros e a Bíblia - Dr. Marcos Natal

segunda-feira, 18 de junho de 2018

5 dicas para ensinar seu filho ou sua filha a amar o próprio gênero



Teorias famosas

O Universo originou-se de uma descomunal explosão, conhecida como Big Bang. O petróleo e o gás natural são combustíveis fósseis. Estas são provavelmente as duas teorias científicas mais disseminadas, de maior conhecimento do público e algumas das que alcançaram maior sucesso em toda a história da ciência.

Elas são tão populares que é fácil esquecer que são exatamente isto – teorias científicas, e não descrições de fatos testemunhados pela história. Mesmo porque as duas oferecem explicações para eventos que se sucederam muito antes do surgimento do homem na Terra.

Teoria dos combustíveis fósseis

Segundo a teoria dos combustíveis fósseis, que é a mais aceita atualmente sobre a origem do petróleo e do gás natural, organismos vivos morreram, foram enterrados, comprimidos e aquecidos sob pesadas camadas de sedimentos na crosta terrestre, onde sofreram transformações químicas até originar o petróleo e o gás natural.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

A criação das plantas


A criação das plantas ocorreu no terceiro dia da criação, e foi algo bem simples. Deus ordenou e a Terra se encheu de vegetação. Essa narrativa simples tem despertado a curiosidade de muitos leitores e tem deixado detalhes interessantes sobre como isso ocorreu. O texto bíblico nos diz o seguinte: “Então disse Deus: ‘Cubra-se a terra de vegetação: plantas que deem sementes e árvores cujos frutos produzam sementes de acordo com as suas espécies.’ E assim foi. A terra fez brotar a vegetação: plantas que dão sementes de acordo com as suas espécies, e árvores cujos frutos produzem sementes de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom” (Gênesis 1:11,12, Nova Versão Internacional).

Sabemos que o autor do livro de Gênesis não tinha intenção de classificar taxonomicamente toda a diversidade de flora e fauna criadas por Deus. A classificação se deu de forma muito simples e seguindo a limitação do autor. Podemos notar que temos três tipos de plantas criadas: A erva verde (דֶּ֔שֶׁא deshe), a erva que dê semente (עֵ֚שֶׂב eseb) e as árvores frutíferas (עֵ֣ץ פְּרִ֞י ets peri). O autor descreveu a vegetação rasteira em geral, as árvores e as árvores frutíferas resumidamente. 

Essa ordem criativa já nos desperta uma curiosidade tremenda do que aconteceu. Por uma dessas “coincidências” comuns no livro de Gênesis, temos na criação das plantas a mesma ordem em que as plantas teriam surgido segundo a teoria da evolução: Briófitas, Gimnospermas e Angiospermas. Esse detalhe faz com o texto bíblico tenha crédito até entre os mais céticos.

Na história evolutiva das plantas, sabemos que as “primeiras sementes” apareceram durante o Devoniano superior, o que tornou as plantas que as produziam independentes da umidade. Mas só no período Carbonífero é que podemos verificar melhor o surgimento dessas estruturas. Isso ocorreu, segundo a cronologia evolutiva, há 300 milhões de anos.[1]

Porém, o registro fóssil nos mostra alguns detalhes que não conferem com essa informação. Encontramos a pteridospermatophyta, uma ordem extinta de samambaias com sementes. Isso demonstra que houve uma “involução”, pois hoje sabemos que as samambaias não têm sementes. Criacionistas sustentam que as espécies primordiais de plantas foram criadas prontas e após isso houve diversificação. O relato evolutivo e criacionista se confunde nesse desenvolvimento, pois, apesar de os surgimentos serem contraditórios, a microevolução posterior se seguiu normalmente com todas as espécies se adaptando nas regiões a que foram chegando após o dilúvio.

Porém, no segundo capítulo de Gênesis, temos algo intrigante. O texto diz o seguinte: “Ainda não tinha brotado nenhum arbusto no campo, e nenhuma planta havia germinado, porque o Senhor Deus ainda não tinha feito chover sobre a terra, e também não havia homem para cultivar o solo” (Gênesis 2:5, Nova Versão Internacional). Se as plantas foram criadas no terceiro dia, como o autor diz que nada havia brotado? 


Em Gênesis 2:5, não encontramos as três classes criadas anteriormente (deshe, eseb e ets peri), o que nos faz entender que aqui não se trata da criação das plantas. O texto fala claramente que por causa da chuva, e por falta de pessoas para cultivar o solo, essa planta não podia crescer. Que planta é essa que foi traduzida como “arbusto”, e em outras versões como “planta do campo” ou “planta da terra”? É bem simples a resposta, que já está implícita no texto. Esse trecho se refere à agricultura. As palavras sadeh (הַשָּׂדֶ֗ה)  e  siach (שִׂ֣יחַ) Indicam que é um campo cultivado, um espaço reservado para o plantio. Ou seja, no capítulo 1 Deus criou as plantas e no capítulo 2 temos o relato do ato de cultivar essas plantas.


Então, concluímos que não há contradição entre os capítulos 1 e 2 de Gênesis. A narrativa e o texto original em hebraico nos fazem entender que os trechos são coisas distintas. Que a criação das plantas de forma resumida e simples se deu no capítulo primeiro e o começo da agricultura se deu no segundo capítulo.

Nas próximas postagens abordaremos detalhes de como essas plantas puderam se espalhar por todo o globo; e também falaremos do conceito das plantas no relato bíblico. Será que havia o ciclo biológico antes da queda do homem? Havia “morte” celular antes do pecado? Qual o papel das plantas nesse contexto?

REFERÊNCIAS

[1] SIMPSON, M.G. 2010. Plant Systematics. 7ª ed. London: Elsevier Academic Press.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Existência de água antes da semana da Criação?

Muitos leitores nos têm enviado perguntas relacionadas a dúvidas sobre se o Universo é jovem ou antigo. Algumas dessas questões foram selecionadas e serão respondidas por um de nossos editora da Origem em Revista. A missão foi designada, é claro, para o nosso astrofísico Eduardo Lütz, palestrante oficial da Sociedade Criacionista Brasileira.

Gênesis 1:2 menciona a existência de água líquida antes da semana da criação. A presença de água nesse estado dependeria da existência de fótons?

Exegeticamente, existe a possibilidade de que essa água tenha sido criada juntamente com o planeta no primeiro dia da semana de Gênesis 1, embora não pareça possível provar isso. Isso nos leva à questão: Qual a implicação da existência de água (mencionada no verso 2) antes do “haja luz” (verso 3)? A água, como qualquer outra substância, é feita de moléculas. Moléculas são feitas de átomos conectados por forças eletromagnéticas. A própria estrutura do átomo existe por causa de forças eletromagnéticas, pois é esse tipo de interação que mantém a eletrosfera (nuvem eletrônica) presa ao núcleo do átomo. As interações eletromagnéticas consistem em fótons virtuais e reais. Não existem interações eletromagnéticas sem fótons. Sem interações eletromagnéticas, não há átomos, nem moléculas, nem matéria como a conhecemos.

Em outras palavras, sem fótons não existe água. Uma implicação imediata disso é que “haja luz” não pode significar criação de fótons pela primeira vez no Universo, como alguns interpretam. De fato, os versos seguintes esclarecem que o assunto é o ciclo noite-dia, ou seja, o ajuste de período de rotação da Terra, não a criação de luz no Universo.
Ainda que gênesis estivesse se referindo a água em sua forma sólida, água depende de fótons para existir, independentemente de ser líquida, sólida ou qualquer outro estado que se imagine ou venha a ser descoberto desde que ainda possa ser chamado de água.

Esses fótons não teriam vindo da glória de Deus antes do “haja luz”?

Fótons existem em um nível muito fundamental. São criados e destruídos continuamente pelo próprio vácuo (espaço-tempo). E a criação do espaço-tempo causa a criação de uma tremenda quantidade de fótons que inunda o Universo em uma fração ínfima de segundo após a criação do espaço-tempo e antes de a coalescência dessa energia toda poder formar a matéria. Não há como haver matéria sem antes ter sido criada a luz.

A glória de Deus ao Se manifestar no Universo inclui fótons, entre outras coisas, segundo as descrições bíblicas. Mas é a criação do espaço-tempo que induz a criação de energia, que excita o vácuo, que produz partículas, incluindo fótons. E isso teria ocorrido antes.

O “haja luz” significa “haja dia”, referindo-se ao ajuste do período de rotação da Terra, conforme explicam os versos seguintes. Quando Deus disse “haja luz”, já havia até pessoas vivendo no Universo (Jó 38:7, por exemplo). Sem fótons, essas pessoas não existiriam ou, se fosse possível existirem, viveriam em trevas. Resumindo: não existe matéria sem fótons, mas já existia água antes do “haja luz”; logo, “haja luz” não pode ser a criação de fótons que ocorreu logo após a criação do Universo. Essa criação original de fótons precedeu à criação da matéria como a conhecemos.

Seria possível a glória de Deus, e não um sistema solar já pronto, ser a fonte de fótons que mantivesse a água preexistente no estado líquido (Gn 1:2) antes da semana da Criação, e que nutrisse as plantas antes que a luz do sistema solar viesse a existir no quarto dia?

Em princípio, sim, mas essa ideia gera complicações. E já haveria fótons no Universo antes do “haja luz” (até porque as imagens que recebemos de objetos distantes são muito mais antigas do que a criação da Terra, e essas imagens são feitas de fótons). Mas quanto a Deus ter feito o papel do Sol antes do quarto dia, essa ideia não é absurda, porém, não se encaixa bem no resto do padrão da criação. Note que, ao longo de todo o capítulo 1 de Gênesis, Deus cria primeiro as condições para depois criar o que depende delas. No caso do Sol, estaria fazendo o contrário. Para quê? Deixar para criar o Sol no quarto dia seria uma forma possível, porém, mais complicada de resolver um problema, o que iria contra o princípio da otimização (mais conhecido como princípio da ação mínima), que é a lei mais fundamental, da qual se podem deduzir as demais. Por outro lado, tornar a atmosfera transparente somente no quarto dia faz sentido em função do mesmo princípio. Aí, o Sol, a Lua e as estrelas apareceriam (se tornariam visíveis desde o ponto de referência da Terra) no céu em função disso.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

A grande aventura americana: rotas migratórias

Por Everton Alves

Por uma ironia do destino, uma das primeiras pessoas que levantaram a questão de onde vieram os habitantes do continente americano foi um padre jesuíta chamado José de Acosta, naturalista e antropólogo, nascido em Medina del Campo em 1539 (Encyclopaedia Britannica 2018). Ele visitou Peru e México e escreveu em seu livro Historia natural y moral de las Indias: 

“Ficamos sem dúvida obrigados a confessar que homens da Europa, Ásia ou África passaram por aqui (América), porém como e por qual caminho vieram ainda é uma pergunta que nós fazemos e desejamos saber. O certo é que não houve outra arca de Noé que trouxe os homens às Índias nem muito menos que um anjo os trouxe pendurados pelos cabelos” (de Acosta, 1590, p. 57).

Um fato histórico é simplesmente um acontecimento até quando é estudado e interpretado. Essa interpretação é o passo mais importante porque, dependendo da base teórica, poderemos entender ou não o que aconteceu. Diante disso, este artigo não é nenhuma novidade. Os autores não estão apostando em uma nova teoria. O que mostramos aqui são fatos. Evidências históricas não podem ser refutadas. Podem, sim, ser reinterpretadas ou ignoradas.

Hoje, nas ditas “ciências” modernas, tem se ignorado ou silenciado de modo sistemático muitas evidências históricas que, de alguma forma, contradizem os paradigmas “modernos”. Essas “novas ciências” surgem após o século 15 e negam seletivamente toda verdade descoberta em parceria com a religião – especialmente se esta é cristã. Desse modo, descontrói-se todo o fazer científico. Fatos não se negam devido a um gosto pessoal ou a uma falta de entendimento. Fatos se interpretam, e se nossa interpretação não consegue explicá-los, devemos pensar que nosso paradigma possa não ser o ideal para entender os fatos.
Neste e em outros artigos que estão por vir, por meio de evidências históricas colhidas por antigos cronistas, iremos estudar e comentar as possíveis rotas tomadas pelos povos que povoaram o continente americano. É chegada a hora de discutir fatos à luz da História e de suas evidências.



As rotas destacadas neste e nos próximos artigos serão:

Rota Atlântica Antiga (imediatamente pós-dilúvio).

Rota Atlântica posterior (Idade do Ferro).

Rota do Pacífico Sul – Rota inversa ou rota comum de ida e volta (a.C. – d.C.)

Rota do Pacífico Sul – Rota inverso (a.C. – d.C.)

Rota do Pacífico Sul (pós-dilúvio)

Rota de Naylamp – Rota migratória de ida e volta (d.C.)

Como iremos falar de tempos e datas, nosso primeiro tema é determinar qual será o ponto de referência na História. Acreditamos que isso seja o mais importante porque um fato histórico pode ser interpretado desde uma perspectiva marxista (que exclui a noção de Criação) ou numa perspectiva verdadeiramente histórica, e chegar à conclusão de que houve, sim, migrações recentes (no mais, de cerca de quatro mil anos atrás) e feitas por povos cultural e tecnologicamente avançados.

Os autores usados aqui como referências recolheram a maior parte dos dados de homens sábios entre os povos andinos e americanos. Surge, então, a pergunta: Os povos andinos sabiam calcular o tempo corretamente? A resposta é sim! Eles eram doutos em estudos de tempo e astrologia.

Diz  o  cronista  Fernando de  Montesinos, em sua obra Memorias Antiguas Historiales y Políticas del Perú: 

“Dizem os amautas que sabiam as coisas desses tempos por tradições dos antigos, comunicadas de mão em mão, que quando esse príncipe reinava, havia letras e homens doutos nelas, que se chamavam amautas, e estes ensinavam a ler e escrever; a principal ciência era a astrologia”. (Montesinos, 1882, p.24)

Eles calculavam os milênios chamando-os Sois; assim eles mencionam o “primeiro” e “segundo” sóis.

“Dicen los amautas que el segundo ano del reinado de Manco Capac se cumplió el cuarto sol de la Creacion, que son cuatro mil anos, poco menos, y dos mil novecientos y tantos después del Diluvio general” (Montesinos, 1882, p. 77).

É interessante notar que nessa época, logo após os episódios do dilúvio e da Torre de Babel, ou seja, durante ou após, segundo a perspectiva criacionista, do início do período do gelo (ver artigo “A Atlântida e a migração para as Américas após o período do gelo”), os descendentes de Noé já haviam migrado para as Américas. Notemos que a nação de Israel nasce somente no fim desse milênio, portanto, acreditamos que eles vieram para a América antes mesmo que Israel e suas tribos existissem, isto é, antes de existirem hebreus como nação.

E sobre o Dilúvio? O que sabemos?

O arcebispo irlandês James Ussher (1581-1656), um famoso cronologista bíblico, estudando muito seriamente as gerações mencionadas na Bíblia, numademonstração de matemática, calculou que a criação da vida no planeta teria ocorrido em 22 de outubro de 4004 a.C., e o dilúvio teria ocorrido 1.656 anos após a criação (ou 2.348 a.C.) (Cooper, 2008, p. 99, 202). Há registros históricos ainda de datas surpreendentemente aproximadas a essas calculadas por Scaliger e pelos Maias (Cooper, 2008, p. 100-103).

No entanto, nos basearemos num registro antigo (castelhano antigo), que remonta à chegada às Américas dos colonizadores espanhóis os quais mostravam como os povos andinos receberam o mesmo relato dos seus ancestrais. No já mencionado livro Memorias Antiguas Historiales y Políticas del Perú, de autoria de Fernando de Montesinos (1593-1652), o qual esteve no Peru em 1628, é registrado que os povos entendiam que houve um dilúvio e que este teria ocorrido, segundo seus ancestrais, no ano 1.660 após a Criação (muitíssimo próximo do que Usher concluiu):

“Depois de Ophir povoar a América, instruiu seus filhos e netos no temor de Deus e observância da lei natural. Viveram debaixo dela por muitos anos, passando depais para filhos a respeito do Criador de todas as coisas, pelas bênçãos recebidas, em especial pelo dilúvio, em que livrou seus progenitores. Duraram eles muitos anos; e segundo o cálculo do manuscrito citado, seriam quinhentos, contando os do livro, ainda pela conta dos amautas e historiadores peruanos, foi a partir do segundo sol [milênio] depois da criação do mundo, que calculando o tempo pelos anos comuns, vem a ser 2.000 anos, dado que foi o último do segundo sol [milênio]; e porque ainda não tinham se cumprido esses dois sóis [milênios] quando aconteceu o dilúvio, porque faltavam para seu cumprimento 340 anos, segundo nossa conta mais comum, vem, de acordo com esses amautas, a ser esse período o tempo dos ditos 340 anos” (Montesinos, 1882, p. 3).

“Mas eles erraram, porque Ophir, neto de Noé, disse que, quando chegou à América, depois dos 340 anos do dilúvio, os 160 restantes eram aqueles que viveram seus filhos, decentes no temor a Deus e ao próximo, com toda paz, sem anciões nem dissensões” (Montesinos, 1882, p. 3).

Essas evidências históricas recolhidas por Montesinos nos situam na chamada Rota Atlântica Antiga, a qual será a primeira que iremos discutir no próximo artigo. Porém, uma coisa podemos concluir: houve diversas migrações em diversos momentos e por diversas rotas. Em relação a essas rotas, há indícios de que, além de por pontes de terras/gelo (Estreito de Bering, por exemplo), através do Atlântico e pelos mares do norte, parte desses povos antigos vieram pelo mar do Sul (pelo Chile e Andes, vindo talvez da Nova Zelândia ou Austrália):

“Neste tempo, que segundo o que pude descobrir, seria 600 anos após o dilúvio, todas essas províncias estavam cheias de moradores, muitos vieram pelo Chile, outros através dos Andes, outros através da Terra Firme e Mar do Sul, com a qual as costas da ilha de Santa Elena e Puerto Viejo ao Chile foram povoadas. Isto foi recolhido a partir dos antigos poemas e canções dos índios” (Montesinos, 1882, p. 4).

Montesinos também nos informa o tipo de embarcação que eles usavam nesse processo de navegação (ver Kon-Tiki, 1947):

“Ele cuidou disso para o rei e, depois de alguns dias, veio de novo e contou como haviam desembarcado nas planícies em balsas e canoas, e que faziam uma grande frota, um grande número de pessoas estranhas e que iam povoando, especificamente nas margens dos rios, e que homens de grande estatura passaram adiante” (Montesinos, 1882, p. 53).

A movimentação migratória na direção contrária também se deu, e isso é mencionado pelo autor Gregório Garcia, em seu livro Origen de los Indios de el Nuevo Mundo, e Indias Occidentales:

“Também contam os índios de Ica e os de Arica que antigamente costumavam navegar a umas ilhas no poente, muito longe, e que a viagem era realizada nuns couros de lobo marinho inchados” (Garcia, 1729, p. 35).

Quadro ilustrativo de como e quais teriam sido as rotas:
Clique par ampliar


Diversas Rotas migratórias até a América do Sul

(Texto escrito em coautoria com o pesquisador Irwin Susanibar Chavez, a quem o Everton agradece profundamente por compartilhar com ele suas pesquisas e conhecimento)

Texto originalmente publicado em 08/04/2018 no Blog Criacionismo.

Referências:

Cooper B. Depois do dilúvio. Brasília: SCB, 2008.

De Acosta, Jose. Historia natvral y moral de las Indias, en que se tratan las cosas notables del cielo. Sevilla: Casa de Juan de Leon, 1590.

García, Gregorio, Origen de los indios de el Nuevo Mundo, e Indias Occidentales, Madrid: Impr. de F. Martinez, 1729; ele publica o livro em 1607, mas a versão consultada por nós é de 1729.

Gómara, Francisco López de. La historia general de las Indias y nuevo mundo, con mas la conquista del Peru y de Mexico. Çaragoça, 1555; a abreviação “Fo. Lv” significa fólios, o livro era como pergaminhos, portanto não tinha folhas.

Montesinos, Fernando de. Memorias antiguas historiales y políticas del Perú. Madrid : Impr. de M. Ginesta, 1882. 259p.; essa primeira obra foi copiada de um manuscrito do ano 1644 que se encontra na biblioteca da Universidade Sevilla e cujo título é: “Ophir de España; mémorias historiales políticas del Pirv…”

Rocha, Diego Andrés. Tratado único y singular del origen de los indios del Perú, Méjico, Santa Fe y Chile. V. 1. Madrid: [Impr. de Juan Cayetano García], 1891. Fondo Antiguo.

The Editors. Jose de Acosta. Encyclopaedia Britannica, 2018. Disponível em:https://www.britannica.com/biography/Jose-de-Acosta

sábado, 21 de abril de 2018

A variação do DNA aumenta o abismo entre chimpanzés e humanos


Nos últimos 20 anos, a tecnologia de sequenciamento de DNA tem melhorado em relação à grande quantidade de sequências que ela pode produzir. No entanto, o comprimento dos fragmentos de DNA (chamadas leituras) que são obtidas ainda é bastante curto. Dependendo da tecnologia, as leituras variam entre cerca de 75 a 1.500 Bases.1  Estes segmentos curtos de DNA são muito difíceis de juntar em cromossomos, ao quais podem ter centenas de milhões de bases de comprimento. Como muitas áreas do genoma contêm regiões estendidas onde as sequências de DNA são repetidas ou duplicadas, elas não podem ser montadas em trechos contíguos usando leituras curtas. Como resultado, importantes regiões reguladoras nestas áreas são completamente deixadas de fora quando um genoma é reconstruído. Os programas de computador que os pesquisadores utilizam simplesmente não podem efetivamente montar todo o cromossomo como uma peça contígua porque as leituras são muito curtas.

Nos últimos anos, novas tecnologias de sequenciamento tem estado disponíveis comercialmente, possibilitando leituras muito mais longas de cerca de 10.000 a 215.000 bases.2,3 Essas novas tecnologias de sequenciamento de longa leitura permite a montagem mais precisa do genoma humano, revelando surpresas incríveis sobre a diversidade genética humana.

Antes do advento do sequenciamento de longa leitura, a variação humana era tipicamente avaliada examinando-se as diferenças no DNA entre pessoas no nível de uma única base. Por exemplo, uma pessoa pode ter um C (citosina) numa posição específica no seu DNA enquanto que outra tem uma A (adenina). Estas modificações pontuais são chamadas de polimorfismos de nucleotídeo único, ou SNPs. Quando a diversidade de SNPs era avaliada por milhares de pessoas ao redor do mundo, determinava-se que a diferença média na seqüência geral de DNA entre quaisquer dois seres humanos era de cerca de 0,01%.4  No entanto, uma variedade de artigos recentes utilizando tecnologia de sequenciamento de DNA de longa leitura nos mostram que essa nova metodologia melhorou consideravelmente a precisão da análise de variação do genoma humano, especialmente em áreas que têm sido difíceis de decifrar usando tecnologia de leitura curta.5-8

Os resultados desses novos artigos que utilizaram tecnologia de longa leitura têm sido surpreendente e estão agitando toda a comunidade genômica humana. O achado mais surpreendente foi que as pesquisas demonstram que grandes regiões do genoma humano podem ser marcadamente diferentes entre quaisquer dois seres humanos – ou mesmo dentro da mesma pessoa. Como a maioria dos animais, incluindo seres humanos, tem dois pares de cromossomos, um do pai e um da mãe, os cromossomos maternos e paternos podem ser muito diferentes na mesma pessoa. A conclusão é que qualquer genoma pode ser até 4,5% diferentes um do outro, em contraste com a estimativa anterior de 0,01% baseada unicamente em mudanças de uma única base.5

Estas novas grandes diferenças encontradas no genoma humano conflitam com a ideia evolutiva de que humanos e chimpanzés são 98,5% semelhante em nível de DNA. Se os seres humanos podem ser até 4,5% diferentes de cada um, como é que os chimpanzés são supostamente apenas 1,5% diferentes de seres humanos? O fato ou ponto-chave da questão é que a similaridade de 98,5% baseia-se em evidências incompletas desenhadas para reforçar a evolução. A pesquisa recentemente publicada por este autor mostra claramente que o DNA global do chimpanzé é, no máximo, apenas 85% semelhante ao da espécie humana.9

Em resumo, pesquisas recentes mostram que a diversidade não se deve apenas a milhões de diferenças de uma única base, mas também a milhares de grandes diferenças estruturais no genoma. A maioria destas variantes foi construída provavelmente nos genomas do casal original criado, Adão e Eva — facilmente representando a diversidade que vemos em seres humanos em todo o mundo e apoiando plenamente a narrativa bíblica da diversidade dentro dos tipos básicos.

Referências

Pettersson, E., J. Lundeberg, and A. Ahmadian. 2009. Generations of sequencing technologies. Genomics. 93 (2): 105-111.
Jansen, H. J. et al. 2017. Rapid de novo assembly of the European eel genome from nanopore sequencing reads. bioRxiv. Posted on biorxiv.org January 20, 2017.
Chin, C.-S. et al. 2016. Phased diploid genome assembly with single molecule real-time sequencing. Nature Methods. 13 (12): 1050-1054.
Witherspoon, D. J. et al. 2007. Genetic Similarities Within and Between Human Populations. Genetics. 176 (1): 351-359.
English, A. C. et al. 2015. Assessing structural variation in a personal genome—towards a human reference diploid genome. BMC Genomics. 16: 286.
Huddleston, J. et al. Discovery and genotyping of structural variation from long-read haploid genome sequence data. Genome Research. Posted on genome.cshlp.org November 28, 2016.
Seo, J.-S. et al. 2016. De novo assembly and phasing of a Korean human genome. Nature. 538 (7624): 243-247.
Shi, L. et al. 2016. Long-read sequencing and de novo assembly of a Chinese genome. Nature Communications. 7: 12065.
Tomkins, J. P. 2016. Analysis of 101 Chimpanzee Trace Read Data Sets: Assessment of Their Overall Similarity to Human and Possible Contamination With Human DNA. Answers Research Journal. 9: 294-298

Fonte: Acts & Facts

Tomkins JP. DNA Variation Widens Human-Chimp Chasm. Acts & facts. 2017;46(4):14.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Dilema ovo-galinha: Quem veio primeiro?


Um leitor nos enviou uma pergunta: Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?

A pergunta pode até parecer engraçada e sem sentido, porém, o assunto tem tudo a ver com os modelos evolucionista e criacionista. Para os criacionistas, que acreditam que Deus é o Criador de todos os seres, o tipo básico original que deu origem a galinha veio primeiro. Sim, criacionistas não são fixistas e aceitam o mecanismo de diversificação das espécies. Portanto, Deus criou os tipos básicos e depois eles se diversificaram. A nossa galinha doméstica é resultado dessa diversificação. Mas, para defensores da macroevolução, os seres vivos compartilham ancestrais comuns, foi o ovo que veio primeiro. E o ovo podia ser até de um dinossauro. Em geral, a cosmovisão darwiniana nos diz que o mais simples deu origem ao mais complexo, nessa ordem.

O dilema "ovo-galinha" é útil para testarmos a evolução darwinista. Se conseguirmos de algum modo provar que o ovo veio antes da galinha, a evolução de fato estará no caminho certo.

No entanto, uma nova descoberta aponta para o fato de que a galinha veio primeiro. Segundo os cientistas, a formação da casca do ovo depende de uma proteína que só é encontrada nos ovários desse tipo de ave. Portanto, o ovo só existiu depois que a primeira galinha foi criada. A proteína – chamada ovocledidin-17 (OC-17) – atua como catalisadora para acelerar o desenvolvimento da casca. A sua estrutura rígida é necessária para abrigar a gema e seus fluidos de proteção enquanto o filhote se desenvolve lá dentro. A descoberta foi publicada sob o título “Structural control of crystak nuclei by eggshell protein” – em tradução livre: “Controle estrutural de núcleo de cristais pela proteína da casca do ovo.”[1]

Nessa pesquisa, foi utilizado um supercomputador para visualizar de forma ampliada a formação de um ovo. A máquina, chamada de HECToR, revelou que a OC-17 é fundamental no início da formação da casca. Essa proteína é que transforma o carbonato de cálcio em cristais de calcita, que compõem a casca do ovo. Dr. Colin Freeman, do departamento de Engenharia Material da Universidade de Sheffield, constatou: “Há muito tempo se suspeita que o ovo veio primeiro, mas agora temos a evidência de que, na verdade, foi a galinha.”

Para o professor John Harding, o estudo poderá servir como base para outras pesquisas: “Entender como funciona a produção da casca de ovo é interessante, mas também pode ser pista para a concepção de novos materiais e processos”, disse ele. “A cada dia a natureza [leia-se Deus] nos mostra suas soluções inovadoras para todo o tipo de problema que ela encontra. Isso só comprova que podemos aprender muito com ela”, finalizou o professor.

Como falamos no início do texto, esse dilema serve de teste para o evolucionismo darwinista. Testamos, e nessa situação ele foi reprovado. Podemos citar outros dilemas “ovo-galinha” a fim de que o evolucionismo darwinista seja posto à prova. Exemplos:

Quem veio primeiro: DNA/RNA ou a proteína? Se você não tem DNA não tem proteína, e o contrário também é um problema.
Oxigênio ou a capacidade do ser vivo de processar esse oxigênio?
Homoquiralidade se refere à propriedade de um grupo de moléculas que têm a mesma quiralidade. Uma substância é considerada homoquiral se todas as unidades constituintes são moléculas da mesma forma quiral[2] (enantiômero). A vida requer polímeros com todos os blocos com a mesma forma quiral, como DNA e RNA tendo apenas açúcares “destros” e proteínas sendo formadas apenas por aminoácidos “canhotos”.[3] A homoquiralidade é uma propriedade única da matéria viva e gradualmente desaparece após a morte da matéria viva. A homoquiralidade representa um desafio para os materialistas que precisam explicar a origem da vida por meio de mecanismos puramente naturais.
Existem inúmeras situações em que podemos colocar à prova o mecanismo de evolução ocasional. Será mesmo que os organismos evoluíram de simples para complexos, ou foram criados prontos e funcionais ? Pare, pense e analise.


Referências:  
[1] Freeman CL, et al. Structural control of crystal nuclei by an eggshell protein. Angew Chem Int Ed Engl 2010 Jul;49(30):5135-7. 
[2] Dembski, William A. The Design of Life: Discovering Signs of Inteligence in Biological Systems. Dallas: The Foundation for Thought and Ethics, 2008. p. 227. ISBN 978-0-9800213-0-1 
[3] Sarfati, Jonathan. By Design. Australia: Creation Book Publishers, 2008. p. 175. ISBN 978-0-949906-72-4

terça-feira, 3 de abril de 2018

Dr. Ariel Roth disponibiliza material riquíssimo em língua portuguesa


Conhecido defensor do criacionismo e ex-diretor do Geoscience Research Institute, o zoólogo Dr. Ariel Roth desenvolveu com base em seus livros Origens e A Ciência Descobre Deus (ambos da CPB) uma série de 17 temas disponíveis em PowerPoint prontos para download gratuito. Doutor em Biologia pela Universidade de Michigan, Roth discorre sobre assuntos como origem da vida, complexidade e design inteligente, catastrofismo e dilúvio, fósseis e datação, e vários outros aspectos da controvérsia entre o criacionismo e o evolucionismo. O material é riquíssimo em conteúdo e muito didático. Tive o privilégio de revisar os textos em português e recomendo fortemente aos interessados em aprender mais sobre criacionismo ou que queiram apresentar os temas em forma de aulas, curso ou série de palestras. [MB]

Clique aqui para conhecer esse rico trabalho de um grande cientista criacionista.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

A Ciência é “fonte de informação”?

Para início de conversa, gostaria de fazer uma afirmação contundente: nosso fundamento precisa estar em Deus! Ele nos ajuda revelando informações preciosas de diversas maneiras.

Em primeiro lugar, a mais urgente e fundamental fonte de informações que precisamos aprender a usar corretamente é a Bíblia. E, em segundo lugar, temos a natureza. O livro da natureza tem sido extremamente negligenciado entre a maioria dos que se dizem cristão, apesar das inúmeras advertências bíblicas para que se estude o livro da natureza. Onde a Bíblia fala sobre isso? Você pode encontrar em Jó 38 em diante (intervenção de Deus depois de um debate teológico; Deus direciona a atenção deles à natureza); Romanos 1 (tudo o que se pode saber sobre Deus está escrito na natureza); Salmo 19; Provérbios 8:22 em diante.

E onde entra a Ciência nessa história? Ciência não é fonte de informação, é metodologia de estudo. Quanto mais científicas forem sua exegese e sua hermenêutica (exemplos de bons métodos da Ciência), tanto mais próximo você poderá chegar de entender corretamente a Bíblia. O mesmo se aplica à natureza. Não deveríamos precisar defender nem a confiabilidade da Bíblia e nem a confiabilidade da natureza por meio da ciência. Mas vivemos em um mundo de pecado e precisamos partir de onde as pessoas estão e tentar ajudá-las a chegar ao que falta. Não se trata de considerar o que é mais fundamental, mas de onde se deve partir para completar a mensagem. Não faz sentido algum tentar usar a Bíblia para justificar ideias quando conversamos com quem não acredita nela. Primeiro é preciso mostrar porque confiamos nela.

Ciência não responde perguntas. Ela fornece métodos para tirarmos o melhor proveito possível das informações disponíveis. Um bom exemplo é que ninguém pode afirmar com certeza o que seja o “haja luz”. (Gênesis 1:3) E realmente, até onde sei, não temos informações sobre a origem daquela luz. O que temos à nossa disposição não é a informação histórica detalhada de tudo o que aconteceu no Universo desde a criação (embora várias coisas sobre isso estejam acessíveis), mas temos acesso a estudar como as coisas funcionam na natureza e como essas coisas se relacionam com Deus. Há tanta informação revelada nesse âmbito que é difícil dar conta de assimilar o que está à mão. Muitos frutos pendurados em galhos baixos esperando para serem apanhados e comidos.

Ciência, por exemplo, permite estudar qualquer assunto, mas precisamos ter dados para isso. Como disse antes, Ciência não é fonte de informações. Você precisa de duas coisas para estudar: fonte de informação e método. O papel da Ciência é fornecer os melhores métodos, não os dados. Os dados você coleta de observações (natureza, Bíblia, ou qualquer outra fonte que você deseje conferir).

É claro que muitas coisas são completamente inacessíveis à “ciência humana”, mas plenamente acessíveis à verdadeira Ciência.

Naturalismo metodológico versus ciência verdadeira

Muitos cristãos não enxergam problemas no naturalismo metodológico. Acham que sem ele, ainda estaríamos acomodados com o Deus das lacunas. No entanto, comparando o que a Bíblia ensina sobre Deus e a criação com o que se observa no mundo natural, inclusive quanto à confiabilidade de métodos de raciocínio e pesquisa, os pioneiros ou “pais da ciência” – tais como Newton, Galileu, Roger Bacon, Da Vince, Huygems, Lagrange, Euler e outros – concluíram que, ao contrário da filosofia humana, a Matemática é transcendental, sobrenatural, e foi usada por Deus para criar tudo. Por esta razão, deveríamos aprender mais sobre ela no estudo da natureza e usar esses mesmos elementos matemáticos para estudar a natureza e aprender mais sobre Deus. Esses instrumentos matemáticos disponibilizados por Deus é que representariam a “verdadeira Ciência”. Em outras palavras, na visão dos pioneiros que realmente fizeram a maior diferença na revolução científica, a Ciência verdadeira tem um caráter intrinsecamente sobrenatural e não é compatível nem com o naturalismo filosófico e nem como o metodológico.

No naturalismo metodológico só usamos coisas ditas “naturais”, nunca transcendentais. O protocolo aristotélico, que a maioria das pessoas confunde com o método científico, funciona bem no contexto naturalista. Não há nada de errado em fazer pesquisas limitadas pelo naturalismo metodológico. Elas só não se encaixam no conceito de Ciência dos pioneiros. Se você começar a ligar os pontos do que encontramos quando nos aprofundamos nas leis físicas, notará (se não tiver um viés fortíssimo contrário) que as regras matemáticas que lhes dão sustentação transcendem este universo. A Matemática é intrinsecamente infinita e transcendente. Não pode ser contida pelo minúsculo cercado do naturalismo metodológico. Isso geraria inconsistências.

Conclusão: como a Ciência definida pelos pioneiros depende da Matemática e a Matemática transcende ao mundo natural, o naturalismo em qualquer das suas formas é incompatível com a Ciência.

por Eduardo Lütz

Eduardo Lütz reside no Rio Grande do Sul, é cristão protestante e tem atuado na área de Astrofísica, desenvolvendo métodos para lidar com Teoria Quântica de Campos em presença de campos gravitacionais intensos, desenvolvendo modelos matemáticos nessa e em muitas outras áreas. Efetuou Pesquisas em Física Hipernuclear (com híperons) na Universidade Friedrich-Alexander (Alemanha). Ele tem discutido com formadores de opinião, escrito e revisado artigos, participado em livros, fornecido entrevistas e feito muitas palestras sobre diversos temas de interesse nessa área por todo o Brasil. Também é engenheiro de software para a Hewlett-Packard (HP), desenvolvendo tecnologias em Informática há décadas. Principais qualificações: 1. Mestre em Astrofísica Nuclear pela UFRGS 2. Bacharel em Física pela UFRGS

quinta-feira, 1 de março de 2018

Lançamento Oficial - origem em Revista

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A edição inaugural da _Origem em Revista_ foi reservada para contar de maneira simples e objetiva a A História do criacionismo moderno em nível mundial e, principalmente, no Brasil. Nesta edição, você encontrará artigos surpreendentes acerca do humilde começo do criacionismo moderno nos Estados Unidos no século 19, do surgimento das principais organizações criacionistas do mundo, e muito mais.

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MSc. Everton Fernando Alves
Editor

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Tempo, Fé e Fósseis de Baleias

Raúl Esperante

(Ph.D. pela Loma Linda University) é paleontólogo do Geoscience Research Institute, em Loma Linda, Califórnia, EUA. E-mail: resperante@univ.llu.edu

O tempo tem sido um assunto importante na maioria das controvérsias relacionadas à fé e à ciência, desde que, no princípio do século XIX, foram propostos os primeiros modelos não-bíblicos para a origem da Terra. Geólogos e naturalistas como Hutton, Lyell e outros, divisavam longos períodos de tempo em muitas características do registro geológico, incluindo o resfriamento das rochas ígneas, a deposição das camadas sedimentares e a sucessão da flora e da fauna em tempos passados. Darwin e Wallace foram aparentemente bem-sucedidos em conectar as linhagens evolutivas de organismos a longos períodos de tempo, durante os quais a morte do mais fraco e a sobrevivência do mais apto abriram caminho para organismos mais complexos, intrincados e adaptados. Se as alterações (tanto no âmbito biológico como no geológico) ocorreram segundo a velocidade que presenciamos hoje, então a Terra e a vida devem ser muito antigas para que as mudanças acumuladas produzissem novas formas. Esse círculo vicioso é reiterado na breve sentença : “O presente é a chave para o passado”. As longas eras foram apoiadas posteriormente pelo desenvolvimento de técnicas radiométricas, em meados do século XX, que permitiram o cálculo de taxas de desintegração dos elementos instáveis presentes nas rochas ígneas.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

A Busca dos Ancestrais de Adão

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Elaine Kennedy
(Ph.D., University of Southern California) é geóloga no Geoscience Research Institute. Ela é a autora de vários artigos, entre eles “Os Intrigantes Dinossáuros” (Diálogo 5:2). Seu endereço é: Geoscience Research Institute; Loma Linda University; Loma Linda, CA 92350; E.U.A.

Biólogos evolucionistas estão convencidos de que os humanos descendentes de criaturas semelhantes a macacos. A despeito de número de disputas sobre teorias de linhagens macaco-humanas, os paleoantropólogos são unânimes. A resposta cristã a estas asserções tem variado. Algumas organizações cristãs concordam com a comunidade científica sobre a origem do homem, mas mantêm que em algum momento do passado seres humanos adquiriram uma alma imortal, discernimento moral, e/ou a habilidade de raciocinar. Outros, incluindo os adventistas do sétimo dia, aceitam o relato de Gênesis como a expressão de evento histórico.
De onde veio Adão? Foi ele formado do pó da terra por um Criador inteligente, ou ele descendeu de um ser semelhante ao macaco? Sabemos o que a Bíblia diz. Concorda com isto o “livro da Natureza”?

Determinando o que é humano

Embora alguns donos de animais de estimação possam argumentar, traços tais como senso estético e moral, livre arbítrio e uma linguagem complexa distinguem os humanos dos animais. 1 Fósseis semelhantes a humanos não podem fornecer este tipo de informação. Como os cientistas não podem falar com os organismos que se pretende sejam nossos ancestrais para averiguar quão humanos eles eram, pesquisadores dependem de características estruturais dos ossos dos fósseis e de informação genética de macacos e humanos modernos.
Os humanos de hoje se distinguem por diversas características do crânio. Três características podem ser facilmente reconhecidas: (1) Na frente da maxila inferior, os humanos modernos têm uma parte maxilar que se salienta para formar o queixo. (2) O ângulo da face é muito obtuso porque os humanos não têm focinho e têm uma testa não batida para trás. (3) A porção superior do crânio nos humanos de hoje é mais larga do que a base do crânio. Determinar se um fóssil é um humano moderno não parece ser muito difícil.

Os homínidas

Homínida é o nome dado aos primatas bípedes, incluindo todas as espécies no gênero Australopithecus e Homo. Os australopitecinos incluem o gênero Australopithecus e, para alguns pesquisadores, o Paranthropus. Os homínidos têm que ver com os membros do gênero Homo.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Um Planeta Adequado à Vida

Imagem relacionadaWilliam J. Tinkle 
Ph.D. e Professor Emérito de Biologia no Anderson College, Indiana, U.S.A. Reside atualmente em Eaton, Indiana, U.S.A.
As propriedades físicas e químicas da água e da atmosfera mostram uma "adequação" do ambiente para a vida, como já ressaltado de maneira interessante por William Whewell e J. Henderson. Este artigo contém uma recapitulação dessa evidência, em testemunho da criação divina do ambiente físico e químico adequado à vida.
Suponhamos que se esteja passeando num campo, entre árvores e arbustos, e que alguém invisível atire uma pedra numa das árvores.
Se isso acontecer somente uma vez, pensar-se-á que a pedra foi atirada a esmo. Porém se a mesma árvore for acertada nove vezes em dez, ter-se-á certeza de que o alvo é mesmo aquela árvore. A pedra estará sendo atirada com um propósito. 

A Terra e a Vida Ajustam-se
É bem sabido que os seres vivos são constituídos de tal maneira que se ajustam perfeitamente ao seu modo de vida. Assim, as aves aquáticas têm pés membranosos, as aves de água rasa têm pernas e bicos compridos; as plantas têm folhas em que a luz solar combina a água e o gás carbônico para formar açucares para utilização da planta.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Argumentos Contra a Origem Aleatória da Simetria e do Planejamento ou Projeto

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Howard B. Holroyd

Ph.D e aposentou-se na chefia do Departamento de Física do Ausgustana College, Rock Island Illinois. Seu endereço é 24 Brittany lane, Rock Island, Illinois 61201, USA.

A teoria da evolução, quer na forma original dada por Darwin, quer na forma moderna surgida após a introdução das mutações, resume-se, em última análise, na afirmação de que as formas de todas as criaturas viventes existentes no mundo surgiram por acaso.

 A objeção óbvia é que nos casos em que os cientistas podem acompanhar o que está se passando, planejamentos ou projetos complexos não surgem por acaso. O autor enfatiza este ponto referindo-se aos desenhos feitos com areia por algumas tribos de índios. Poderia ser contestado que, se fossem misturadas areias de diferentes cores, ao acaso, poderia resultar um quadro. Contudo, ninguém em gozo de suas faculdades mentais esperaria que tal coisa acontecesse. Como as criaturas viventes são mais complexas do que qualquer pintura com areia, com muito mais razão jamais poderiam ter surgido por acaso!

sábado, 6 de janeiro de 2018

O HEXAMERON

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por Guilherme Stein Jr.


A instituição do sábado ou do repouso do sétimo dia tem sua justificação no hexameron ou na obra de seis dias da criação. Assim rezam as Escrituras: “O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus ... porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra ... e ao sétimo dia descansou ... por isso abençoou o Senhor o dia sétimo e o santificou” (2). É isto, do ponto de vista bíblico, um fato que não admite nenhuma contestação. A dificuldade, porém, que modernamente contra ele se tem suscitado, é que, segundo os resultados de investigações científicas e de descobertas modernas, feitas mormente no domínio da geologia, esses dias não podem ser interpretados como dias literais, devendo representar períodos mais ou menos longos.


Não é aqui o lugar para entrarmos na apreciação das teorias que levaram a esta conclusão, muitas das quais, seja isto dito de passagem, exigem um maior esforço de fé para ser acreditadas ou tomadas a sério do que a narração genesíaca dos seis dias literais. Elas têm sido de sobra discutidas e ventiladas em todos os seus aspectos, quer os mais graves e mais ou menos aceitáveis, como os absurdos e cômicos. Excusado é nos referirmos também aos múltiplos erros, reconhecidos ou não, a que essas teorias têm dado lugar, e às profundas divergências por elas determinadas entre os próprios cientistas, com relação aos chamados períodos geológicos, alguns dos quais, de concessão em concessão, têm chegado a estabelecer para o mundo uma idade bastante aproximada da que lhe assina a Bíblia (3).

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Dias Literais ou Períodos de Tempo Figurados?

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por Gerhard F. Hasel.


I. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas o destaque crescente que tem sido dado ao criacionismo, à “ciência criacionista” (1), à “ciência das origens” (2), e à “ciência teísta” (3), tem criado um clima em que perguntas antigas têm surgido com enfoques específicos e nova sofisticação. Uma delas refere-se ao significado que se dá ao termo “dia” nos primeiros capítulos de Gênesis.


A natureza do relato da criação com os seus seis “dias” (Gênesis 1:5-31) seguidos do “sétimo dia” (Gênesis 2:2-3) é de interesse especial, porque costumeiramente esse período é entendido como significando o curto lapso de uma semana literal. Com base na moderna teoria da evolução natural, tem sido questionado esse curto intervalo de tempo apresentado no relato bíblico da criação. Há um contraste entre o curto período de tempo do relato da criação e as longas eras exigidas pela evolução natural.

Este artigo tentará desincumbir-se de várias tarefas interrelacionadas:

1. Prover algumas observações metodológicas, com um breve histórico da interpretação bíblica pertinente;

2. Citar opiniões representativas recentemente publicadas sugerindo que os “dias” da criação constituem longos períodos de tempo, ou épocas, e não dias literais de vinte e quatro horas;

3. Apresentar os dados encontrados em Gênesis 1 no seu relacionamento com outros dados do Velho Testamento; e

4. Aplicar na análise dos dados de Gênesis 1 a metodologia usual das pesquisas lingüísticas e semânticas, levando em conta o mais apurado conhecimento atual.


II. OBSERVAÇÕES METODOLÓGICAS E A HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

No Princípio - Deus

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Harold Coffin

Ph.D., foi professor de Paleontologia da Andrews University, em Berrien Springs, Michigan, U.S.A., e pesquisador do Geoscience Research Institute, em Loma Linda, California, U.S.A. Este artigo corresponde ao Capítulo 1 de seu livro intitulado “Origin by Design”, publicado em 1983 pela Review and Herald Publishing Association.



A mente humana não é capaz de compreender o infinito. Quando pequeno, deitava-me na poltrona estofada da sala de visitas e punha-me a meditar profundamente sobre os conceitos de infinitude do tempo e do espaço. Depois de ter-me envolvido com considerável turbulência na discussão desses mesmos assuntos, pareço agora acordar de um pesadelo pronto para escrever algo a seu respeito. Os anos trouxeram-me maturidade, mas não estou mais perto de ser capaz de resolver esses problemas - o que faço pela fé, apesar de a astronomia e a matemática hoje tornarem mais compreensíveis alguns aspectos do tempo e do espaço - do que estava antes.



“Tudo que é humano tem um princípio. Somente Aquele que se assenta sobre o trono, o soberano Senhor do tempo, não tem princípio nem fim. As palavras introdutórias das Escrituras estabelecem assim um impressionante contraste entre tudo que é humano, temporal e finito, e aquilo que é divino, eterno e infinito. ... Gênesis 1:1 afirma que Deus existe antes de todo o mais, e que Ele é único, e a única causa de todo o mais” (1).

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

A Semana da Criação: Do Primeiro ao Quinto Dia

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Frank Lewis MarshPh. D. em Biologia pela Universidade de Nebraska, foi um dos fundadores do Geoscience Research Institute. Residia em Berrien Springs, Michigan até seu falecimento no ano passado. Este artigo corresponde ao capítulo 13 do seu livro “Estudos sobre Criacionismo”, página 194 a 217, edição sem data, da Casa Publicadora Brasileira, Santo André, S. P.

A Origem da História da Criação - A Bíblia não dá nenhuma explicação da origem do relatório da criação contido no Gênesis. É razoável supor que Deus mesmo comunicasse os fatos a Adão e Eva. Deles, provavelmente, passou por tradição para Moisés, que escreveu os fatos sob a inspiração divina, omitindo quaisquer erros ou inexatidão que se tivessem intrometido na história em seu tempo. A história é de todo o ponto de vista completa e satisfatória. O crítico bíblico, Skinner, diz: “É uma coisa ousada desejar um tratado mais digno do tema, ou mais impressivo no efeito, do que o que achamos no bosquejo rigorosamente cinzelado e nas cadências majestosas do primeiro capítulo de Gênesis” (1). As Escrituras mesmas consideram este relatório como história verdadeira. Notai as seguintes passagens: Êxodo 20:9-11; 31:17; Salmos 8 e 104; S. Mateus 19:4-6; II S. Pedro 3:5; Hebreus 4:4 (2).

I. O PRIMEIRO DIA

a. A Criação das Substâncias da Terra

“No princípio criou Deus os céus e a terra. Ora, no que respeita à terra, estava sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus Se movia sobre a face das águas”. Gênesis 1:1 e 2. (As sentenças em negrito são citadas do livro Exposition of Genesis, de H. C. LEUPOLD. São suas traduções do texto original hebraico).

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Criacionistas admitem: extraterrestres existem!


Uma caminhada noturna por entre o milharal. De repente uma poderosa luz brilhante parte do céu para beijar a superfície. E você é abduzido por uma estranha presença oculta. Mais tarde, reaparece em outro lugar sem saber o que aconteceu nas últimas horas. O clichê dos filmes e livros que retratam abduções alienígenas reflete a expectativa humana de que haja algo ou – melhor dizendo – alguém para além da atmosfera terrestre. Pois desde que o ser humano aprendeu a olhar para as estrelas, ele passou a se perguntar se estava realmente só nesse vasto universo. A procura por respostas a essa arcaica inquirição tornou-se o tema principal do século presente: encontrar vida fora dos limites do planeta Terra é a proposta da vez no meio científico. Nunca antes tivemos tamanhos investimentos na pesquisa fora de nosso hábitat quanto está sendo investido agora.[1] E não só o campo científico está empolgado em divulgar mais sobre o que há para além daqui, mas também a indústria midiática tem contribuído poderosamente para chamar a atenção da população para esse assunto. Embora o cinema e a literatura já tenham retratado os seres de outros planetas das mais variadas formas – de humanoides a formas gosmentas, – ainda esse ano, o filme de título Vida foi lançado trazendo a estória de seis astronautas em missão que encontraram um ser vivo unicelular em Marte, sendo intensamente celebrada a descoberta. O fato de que o alienígena fosse um ser procarionte entrou em concordância com o que os pesquisadores acreditam existir fora daqui. E mesmo que o enredo esteja repleto de ficção, alusivamente ele retrata muito bem as esperanças atuais de se descobrir vida em outros lugares.

domingo, 5 de novembro de 2017

O mundo pré-diluviano


Sabemos que havia uma vida muito mais exuberante, diversificada e abundante sobre a terra antediluviana do que depois. Isto é suportado pelos enormes depósitos fósseis de vida vegetal e animal com dimensões individuais e coletivas muito maiores de altura naquela época em relação a vida que conhecemos hoje, além dos enormes depósitos de carvão. Tudo isso dependeria de condições ambientais distintas das que o planeta apresenta atualmente.

Nesse texto, tentaremos reconstruir brevemente as condições de um mundo anterior ao episódio bíblico do dilúvio, em consonância com que diz acerca deste tema o Dr. Henry Morris,1 presidente-fundador do Institute for Creation Research: “uma imagem do mundo antes do dilúvio é, em parte, especulação, porque não há como verificar isso cientificamente. Sempre haverá problemas, mas podemos tentar imaginar o que era o mundo pré-diluviano através do quadro bíblico e à luz dos recentes dados científicos que temos. Uma coisa que não devemos fazer é mudar ou distorcer o que a Palavra de Deus diz. Os dados geológicos estão sujeitos a diferentes interpretações, mas não podemos fazer isso com a Bíblia.”

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