sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A verdade sobre os Magos do Oriente e a Estrela de Belém


Ellen G. White, em O Desejado de Todas as Nações, no capítulo 6, "Vimos a Sua Estrela", pp. 33 a 38 e A Verdade Sobre os Anjos, p. 161, faz o relato do que aconteceu naqueles dias. Vejamos alguns trechos:
"Tendo nascido Jesus em Belém de Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está Aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a Sua estrela no Oriente, e viemos a adorá-Lo”. (Mateus 2:1, 2)

Os magos do Oriente eram filósofos. Faziam parte de uma grande e influente classe que incluía homens de nobre nascimento, bem como muitos dos ricos e sábios de sua nação. Entre estes se achavam muitos que abusavam da credulidade do povo. Outros eram homens justos, que estudavam as indicações da Providência na natureza, sendo honrados por sua integridade e sabedoria. Desses eram os magos que foram em busca de Jesus. 

Pelas Escrituras hebraicas, os magos tinham aprendido acerca da Estrela que deveria surgir de Jacó, e com ardente desejo esperavam a vinda dAquele que seria não somente a "Consolação de Israel" (Lucas 2:25), mas uma "luz para alumiar as nações" (Lucas 2:32), e "salvação até aos confins da Terra" (Atos 13:47).

Os sábios haviam estudado as profecias e sabiam que se achava às portas o tempo em que Cristo deveria vir. Achavam-se ansiosamente aguardando por algum notável sinal deste grande evento, para que pudessem encontrar-se entre os primeiros a dar as boas-vindas ao Rei celestial e adorá-Lo. 

Estes sábios haviam contemplado os céus iluminados com a luz que irradiara dos mensageiros celestiais que anunciaram o nascimento de Cristo aos pastores de Israel. Depois que a multidão angélica retornara ao Céu, uma brilhante estrela aparecera. A aparência incomum da grande e luminosa estrela, que nunca antes haviam observado, pendente no Céu como que significando um sinal, atraiu a atenção dos magos, e o Espírito de Deus moveu-os a saírem à procura dAquele que viera do Céu para visitar o mundo caído.
"Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino." (Mateus 2:9)

Não era uma estrela fixa, nem um planeta, e o fenômeno despertou o mais vivo interesse. Aquela estrela era um longínquo grupo de anjos resplandecentes, mas isso os sábios ignoravam. Tiveram, todavia, a impressão de que aquela estrela tinha para eles significado especial. Consultaram sacerdotes e filósofos, e examinaram os rolos dos antigos registros. A profecia de Balaão declarara: 
“Uma Estrela procederá de Jacó e um cetro subirá de Israel." (Números 24:17) 
Teria acaso sido enviada essa singular estrela como precursora do Prometido? Os magos acolheram com agrado a luz da verdade enviada pelo Céu; agora era sobre eles derramada em mais luminosos raios. Foram instruídos em sonhos a ir em busca do recém-nascido Príncipe.

Em Belém, não encontraram nenhuma guarda real a proteger o recém-nascido Rei. Não havia a assisti-Lo nenhum dos grandes da Terra. Jesus estava deitado numa manjedoura. Os pais, iletrados camponeses, eram Seus únicos guardas. Poderia ser Este Aquele de quem estava escrito que havia de restaurar “as tribos de Jacó”, e tornar a “trazer os remanescentes de Israel”; que seria “luz para os gentios”, e “salvação [...] até à extremidade da Terra”? (Isaías 49:6). 
“E, entrando na casa, acharam o Menino com Maria, Sua mãe, e, prostrando-se, O adoraram.” (Mateus 2:11)

Através da humilde aparência exterior de Jesus, reconheceram a presença da Divindade. Deram-Lhe o coração como a seu Salvador, apresentando então suas dádivas — “ouro, incenso e mirra”. Que fé a sua! Como do centurião romano, mais tarde, poder-se-ia haver dito dos magos do Oriente: “Nem mesmo em Israel encontrei tanta fé” (Mateus 8:10).

Por meio dos magos, Deus chamara a atenção da nação judaica para o nascimento de Seu Filho. Suas indagações em Jerusalém, o despertar do interesse popular, e o próprio ciúme de Herodes, que forçou a atenção dos sacerdotes e rabis, dirigiu os espíritos para as profecias relativas ao Messias, e ao grande acontecimento que acabava de ocorrer.

Megaphone Adventista

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Existia um único supercontinente antes do dilúvio?

Muitas pessoas têm curiosidade acerca da origem dos continentes. O planeta antes do dilúvio possuía ou não apenas um continente, o que atualmente os cientistas chamam de Pangeia? Este tema realmente é complexo e tem suscitado dúvidas entre os nossos leitores. Essas dúvidas foram, então, sintetizadas na forma de cinco questões norteadoras para a realização dessa entrevista concedida pelo geólogo e professor Dr. Marcos Costa à Origem em Revista.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

17 alimentos que fazem você envelhecer 20 anos

Há diversos fatores que influenciam a forma como você envelhece – a genética, o hábito de fumar, a exposição ao sol, o seu ambiente, e muito mais. Mas o que você come tem um papel crucial na sua aparência e na maneira como você se sente conforme se torna mais velho. 

Pode parecer que a mudança acontece da noite para o dia: um dia você ouve que parece cinco anos mais jovem do que realmente é, e no seguinte ninguém estranha quando você compartilha a sua idade, mas a verdade é que nossas escolhas vão moldando a forma como envelhecemos dia após dia. A boa notícia é que você pode assumir o controle do que você vê no espelho. Pedimos que nutricionistas renomadas revelassem quais alimentos aceleram o surgimento das rugas, prejudicam a aparência dos dentes e da pele, e envelhecem o organismo. Confira a seguir:

1. Margarina. Esperamos que você tenha abandonado este substituto da manteiga há alguns anos. Caso contrário, fique atento! “Nem todas as gorduras são iguais, e a margarina parece dar às [outras] gorduras uma má reputação”, diz a Dra. Tasneem Bhatia, também conhecida como Dra. Taz, especialista em perda de peso e autora dos livros What Doctors Eat e The 21-Day Belly Fix. “O culpado na margarina é a gordura trans, que destrói a hidratação. Quanto menos hidratada estiver a sua pele, mais rápido surgirão as rugas.”

domingo, 19 de novembro de 2017

Argumentos falaciosos para a defesa de um universo jovem

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Há uma corrente filosófica expressiva no criacionismo que defende que o universo tem de 6 a 10 mil anos de idade. Pessoas que advogam essa linha de pensamento buscam argumentos bíblicos e evidências físicas para defender sua hipótese. Outra corrente criacionista defende que a vida na Terra é jovem, mas o universo é antigo. Essa linha também apresenta argumentos bíblicos e evidências físicas. Ambas as linhas defendem que a semana de Gênesis 1 foi de sete dias literais de 24 horas sem intervalos entre si. Ambas as linhas não podem estar simultaneamente corretas quanto à idade do universo. Ou será que podem? Na verdade, há um modelo desenvolvido por Russel Humphreys que tenta harmonizar ambas as posições. Mas esse é um tema mais complexo, que foge ao nosso escopo do momento.

É saudável que haja diferenças de opinião e que cada um defenda da melhor forma possível seu ponto de vista a fim de que se possam pesar os argumentos e chegar a conclusões mais realistas. O problema surge quando emergem argumentos inválidos e, mesmo quando são apontadas inconsistências, tais argumentos continuam a ser utilizados.

A linha criacionista que defende que o universo é jovem tem afirmado que a palavra “céus” em Gênesis 1 significa “espaço sideral”, “universo”, e que a palavra “terra” significa planeta Terra. Portanto, Gênesis 1 iniciaria falando da criação do universo.

A linha criacionista que defende que o universo é mais antigo do que a Terra cita passagens bíblicas que defendem seu ponto de vista. Entre elas, podemos citar Provérbios 8, que em seu desenvolvimento recua gradativamente no tempo até falar de uma época em que nem sequer o princípio do pó deste mundo existia. Outra passagem bastante citada é Jó 38, que menciona seres inteligentes celebrando a criação da Terra (então o universo já existia). Nessa linha, há também quem argumente que as palavras usadas em Gênesis 1 para céus e terra são definidas no próprio capítulo (céus = o que separa as águas de cima, da chuva, das águas de baixo, líquidas; terra = porção seca) e, juntas, fazem referência ao planeta e arredores (parte seca, atmosfera e alguns objetos observáveis através da atmosfera). Gênesis 1 chega a mencionar a criação do Sol e da Lua, mas não a das estrelas, por exemplo – o texto em hebraico diz que Deus fez o luminar grande para dominar o dia e o pequeno para dominar a noite e as estrelas, não fala em criação das estrelas.

Pelo simples fato de haver dúvidas sobre se “céus” podem significar universo (de acordo com o pensamento atual) ou se significam apenas atmosfera (conforme definido em Gênesis 1:8) já não se podem fazer afirmações sobre a criação do universo com base em Gênesis 1.

A ideia de que o universo é jovem baseia-se na hipótese de que o universo foi criado no primeiro dia da semana de Gênesis 1. Como isso não é possível de ser estabelecido biblicamente, trata-se mais de uma questão de tradição ou de preferência em termos do que acreditar, apesar de isso criar tensões com outras passagens e ensinos bíblicos. Mas até aí pode-se considerar uma questão de preferência intelectual.

O problema surge quando são usadas informações truncadas a respeito de observações do mundo físico como argumentos em favor do modelo conceitual do universo jovem. A seguir, comentaremos alguns a título de exemplo:

1. Existe material interestelar com temperaturas não tão baixas (nuvens de poeira, nebulosas). Se o universo fosse antigo, esse material já estaria muito frio.

2. Se levarmos em conta a velocidade das estrelas em cada galáxia, constataremos que as galáxias não são estáveis e não podem durar muito, pois as estrelas se dispersarão pelo espaço ao longo do tempo.

3. Galáxias chocam-se entre si. Se o universo fosse antigo, todas as galáxias já teriam se chocado.

4. Galáxias espirais não podem ser antigas, pois as espirais se desfazem depois de algum tempo.

Existem outros argumentos que, como esses, podem parecer razoáveis a leigos, mas soam absurdos para quem conhece mais detalhes desses assuntos.

Imagine alguém usando o seguinte argumento: a superfície da Terra constantemente irradia energia térmica para o espaço. Se a Terra tivesse dezenas de dias de idade, até a atmosfera da Terra já estaria toda congelada. Portanto, a Terra não pode ter mais do que uns poucos dias de idade. O que está errado nesse argumento? Simplesmente ignora a energia que o Sol fornece à Terra constantemente. Este argumento é análogo ao do material estelar que teria esfriado se o universo fosse antigo. Há grandes quantidades de radiação aquecendo o material interestelar.

Imagine outro argumento: os planetas do sistema solar se movem a grandes velocidades. Portanto, após uns poucos anos, estarão muito longe uns dos outros e do Sol. A Terra, em particular, percorre quase 500 milhões de quilômetros por ano. Como ainda estamos a uns 150 milhões de quilômetros do Sol, o Sistema Solar não pode ter mais do que uns poucos meses de idade. O que está errado neste quadro? O argumento ignora que os planetas orbitam o Sol. Se não girassem em torno do Sol a uma velocidade suficiente, aí sim é que o Sistema Solar seria instável. É mais ou menos esse o tipo de lógica por trás do argumento 2 acima. Ignora que os componentes de uma galáxia precisam circular a velocidades relativamente altas para evitar que todos se acumulem e colapsem no centro de cada galáxia. O argumento usa justamente o que dá estabilidade às galáxias para tentar estabelecer que elas são instáveis.

Quanto ao argumento 4, a questão é: Em que eles se basearam para afirmar que as galáxias espirais não permanecem espirais por muito tempo? Intuição (falsa ciência) na verdade, pois os cálculos necessários para isso exigem uma tremenda capacidade de processamento. Aliás, esses cálculos têm sido repetidos com cada vez mais precisão em clusters de processadores, e quanto mais precisos são os cálculos, mais parecidos ficam os resultados com a realidade. E o que encontramos? Galáxias espirais se formando como consequência da gravidade e do momentum angular do material e se mantendo por bilhões de anos, assim como outros tipos de galáxias.

E aquela história de que as galáxias não duram muito porque colidem? Ok, carros também colidem frequentemente. Então carros não podem existir há muito tempo porque senão todos já teriam colidido, certo? Sim, existem colisões de galáxias formando novas galáxias, mas também existe um enorme número de galáxias que não teve oportunidade de colidir em bilhões de anos. Só porque existe uma ou outra colisão em meio a bilhões de galáxias não significa que todas colidam rapidamente. Aliás, uma colisão tipicamente demora bilhões de anos. E se houve tempo para haver colisões entre galáxias é porque o universo é antigo.

Note que interessante: um fenômeno que demora bilhões de anos para acontecer é usado como “evidência” de que o universo é jovem. Evolucionistas têm acusado criacionistas de desonestidade intelectual quando se deparam com argumentos assim. Podemos culpá-los por isso?

Tudo isso poderia ser evitado se houvesse mais atenção às regras de exegese e hermenêutica no estudo da Bíblia, assim como atenção aos detalhes técnicos de argumentos supostamente científicos. O resultado do uso de argumentos inconsistentes é um tiro no pé.

(Eduardo Lütz é físico e engenheiro de software)Via Criacionismo

sábado, 11 de novembro de 2017

10 perguntas a se fazer antes de entrar em um debate teológico

Um dos maiores equívocos que a cultura popular já inventou é que “religião não se discute”. Convenhamos: debater sobre religião é muito legal. É gostoso, enriquecedor, empolgante. Lógico que religião se discute! E, com o surgimento da Internet e, em especial, das redes sociais, essa atividade ganhou um forte impulso: agora você pode debater sobre questões teológicas deitado no seu sofá, sem ter de tomar banho ou pentear o cabelo, com muitas pessoas ao mesmo tempo, sobre os mais variados temas da teologia. Ficou fácil demais se engajar em discussões doutrinárias, participar de rodas de conversa teológicas, expôr seu ponto de vista religioso. Portanto, religião se discute, sim, e mais do que nunca. 

Diante dessa realidade, será que devemos ter critérios para selecionar de que debates devemos participar e como precisamos nos posicionar? Mais ainda: será que há ponderações bíblicas que nos ajudem a decidir o que debater e como debater?

Acredito que sim. Por isso, gostaria de compartilhar com você dez perguntas que levo em conta, com base na Bíblia, que me fazem, na maioria das vezes, conter meu ímpeto de ingressar em um debate teológico. Espero que lhe seja útil. Se você concordar ou discordar, seus comentários são muito bem-vindos. O que sugiro é que, ao ser tentado a entrar em alguma discussão acerca da fé, antes de entrar você sempre se faça estas dez perguntas (leia com extrema atenção as citações da Bíblia):

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