domingo, 27 de dezembro de 2015

Bexiga Natatória de Peixes:Um precursor do pulmão humano?




Por Everton F. Alves

Darwinistas frequentemente utilizam os peixes dipnoicos, ou seja, peixes ósseos portadores de bexiga-natatória como um exemplo do suposto “fato” de que esse órgão originalmente projetado para uma finalidade (flutuação) poderia ser convertido noutro órgão para uma finalidade completamente diferente (respiração) [1]. Portanto, sob a visão darwinista, o sistema respiratório humano nada mais é do que uma bexiga natatória avançada que foi otimizada por meio da seleção natural e mutações genéticas. A alegação é de que Darwin pôs um fim à questão ao mostrar a possibilidade de que as bexigas natatórias pudessem se transformar em pulmões em anfíbios (a propósito, não demonstrado por fósseis) evoluindo posteriormente para pulmões de répteis, de aves e de mamíferos (especialmente, os pulmões de humanos).

A estória começa da seguinte forma: peixes precisavam de um ambiente mais eficiente para atender o aumento da demanda de oxigênio. Para isso, eles inicialmente passaram a se concentrar perto da superfície da água (a propósito, estando expostos à predação). Então, a partir das brânquias a evolução deu origem à bexiga natatória, que depois supostamente teria resultado nos pulmões. Mas a estória não para por aí, podendo ser encontrada na maioria dos livros didáticos: 

“Perto do fim do Devoniano [supostamente mais de 250 milhões de anos atrás] uma das linhagens de peixes barbatanas-lobo conseguiu se mover para a terra. As barbatanas destes animais, já grossas e musculosas, foram talvez adaptadas para mover-se lentamente através de águas rasas e vegetação aquática espessas; seus antepassados já haviam começado há muito tempo atrás a contar com a respiração do ar, assim como muitos peixes que vivem em águas estagnadas hoje [...] Quarenta milhões de anos após as incursões pioneiras de plantas, a invasão dos vertebrados de terra estava em curso” [2: p.559].

O naturalista britânico Charles Darwin observou e descreveu a suposta evolução das estruturas especializadas que participam da respiração dos peixes da seguinte forma: “dois órgãos distintos por vezes realizam simultaneamente a mesma função no mesmo indivíduo; para dar um exemplo, há peixes com guelras ou brânquias que respiram o ar dissolvido na água, ao mesmo tempo que respiram o ar livre nas suas bexigas-natatórias, sendo este último órgão munido de um ductus pneumaticus para o seu abastecimento, dividindo-se em partições vasculares. [...] Nestes casos, um dos dois órgãos poder-se-ia modificar e aperfeiçoar facilmente, de maneira a realizar por si todo o trabalho, sendo auxiliado durante o processo de modificação pelo outro órgão; e então este outro órgão poderia ser modificado para outra finalidade completamente distinta, ou poderia ser completamente eliminado” [1: p.147].

Bela especulação! Porém, o que Darwin não sabia é que o oxigênio entraria na bexiga natatória de peixes pelo sangue em vez de uma traquéia [3]. Somente décadas mais tarde é que se descobriu que "o transporte ativo de oxigênio na bexiga natatória pela glândula gás é um transporte de oxigênio molecular" [4: p.521]. Portanto, tudo aponta para um sistema irredutivelmente complexo. Como bem observaram Brauner e colaboradores: "A transição da respiração aquática para a aérea está associada a mudanças fisiológicas dramáticas em relação à troca gasosa, regulação iônica, equilíbrio ácido-base e excreção de resíduos nitrogenados" [5: p.1433].

Após mais de um século, essa hipótese ainda hoje apresenta muitos obstáculos. Se não bastasse, como resolver a mais uma situação nitidamente irônica: o peixe iria sufocar se ele estivesse exposto ao ar durante longos períodos [3]. Isso porque a concentração de oxigênio dissolvido em água é de cerca de um trigésimo em relação ao ar [6: p.284]. Mas mesmo com este aumento de oxigênio, um peixe iria rapidamente se asfixiar se ele fosse levado para fora da água, embora estivesse em um ambiente com aumento de oxigênio. Brânquias são inoperáveis em ambientes secos, e líquidos destroem fisicamente alvéolos nos pulmões [6: p.284].

Mas, então, qual seria a evidência que Darwin possuía para afirmar a transmutação de um órgão noutro? Bem, nenhuma! Darwin alegou que todos os fisiologistas da época admitiam que “a bexiga-natatória é homóloga, ou ‘idealmente semelhante’ em posição e estrutura, aos pulmões dos animais vertebrados superiores” [1: p.148]. Para ele, então, a homologia seria suficiente para acreditar que a seleção natural converteu efetivamente uma bexiga-natatória num pulmão, ou num órgão exclusivamente usado para respirar. Porém, como afirma o biólogo molecular Dr. Michael Denton: "A base evolutiva da homologia é talvez ainda mais severamente danificada pela descoberta de que estruturas aparentemente homólogas são especificadas por diferentes genes em espécies diferentes" [7: p.149].

Como bem descreveu Darwin, os peixes dipnoicos (a Pirambóia, por exemplo) possuem um duplo sistema para a respiração. Além de guelras, eles possuem a bexiga natatória (pulmão), sendo essa característica a que tem levado os darwinistas a verem nele um vínculo entre os anfíbios e os peixes. Mas teria esses peixes realmente alguma ligação com os anfíbios que supostamente deram origem aos vertebrados terrestres? A resposta é não! Primeiro, porque os peixes dipnoicos fazem parte de um grupo totalmente separado [8: p.65]. Segundo, porque os ossos de seus crânios diferem dos ossos dos primeiros anfíbios fósseis encontrados [9: p.137]. E, por último, porque os próprios paleontologistas evolucionistas assumem que “a origem das principais características de tetrápodes [anfíbios] permaneceu obscura por falta de fósseis que documentem a seqüência das mudanças evolutivas” [10: p.757].

Até pouco tempo atrás, por exemplo, era “fato” que os anfíbios evoluíram do peixe Celacanto, que possui nadadeiras lobadas (isto é, com projeções ósseas robustas) e uma bexiga natatória cheia de óleo. Porém, novas análises filogenéticas estão fazendo um verdadeiro estrago na classificação taxonômica evolutiva baseada em aspectos morfológicos. Atualmente, os peixes com bexigas natatórias têm sido considerados mais intimamente relacionados com os mamíferos do que com o próprio Celacanto [11]. Contudo, não podemos nos esquecer que peixes com bexiga natatória (pulmonados) têm tamanhos do genoma aproximado de 133 bilhões de pares de base enquanto que os seres humanos têm um tamanho de genoma de cerca de 3,5 bilhões de pares de bases [12]. Na melhor das hipóteses, baseado puramente em tamanho do genoma, poderíamos dizer que o ser humano compartilha uma similaridade de apenas 3% com os peixes pulmonados.

Um golpe ainda mais amargo para os evolucionistas (que não veremos em livros didáticos) é que o registro fóssil veio à tona forçar uma reversão de 180 graus na estória sobre a "bexiga natatória para pulmão”. A presença de pulmões em fósseis de placodermos (classe de peixes extintos) demonstra serem os pulmões muito mais “antigos” do que as bexigas natatórias, o que sugere que todos os peixes primitivos jawed também já o teriam [13, 14]; então, seguindo esse raciocínio, os pulmões é que deveriam ter evoluído para bexigas natatórias, ao contrário do que seria esperado.

Mas o que a fisiologia dos peixes tem a nos dizer? Os peixes dipnoicos possuem a bexiga natatória, um órgão projetado para que estas criaturas melhorem seu desempenho ao subirem e descerem na água. A bexiga natatória possui uma glândula que permite a expansão ou encolhimento desse órgão, alterando, portanto, o volume da entrada de gás em seu interior [15]. Os gases acumulados na bexiga natatória apresentam em sua composição Oxigênio, Gás carbônico e Nitrogênio [16]. Aliás, é devido a esses gases no interior da bexiga natatória que os peixes bóiam, após mortos. A concentração desses gases varia de espécie para espécie. 

Ademais, em algumas espécies de peixes, principalmente de água doce, o grau de funcionalidade desse projeto vai além: a bexiga encontra-se ligada com o labirinto do ouvido interno, onde o animal obtém um sentido preciso da pressão da água (e, portanto, da profundidade) [17]. Por esse motivo acredita-se que esta ligação também auxilia o sentido da audição dos peixes. Se não bastasse, alguns peixes fazem com que suas bexigas natatórias vibrem por meio do uso de músculos super-rápidos a fim de produzir e emitir sons, característica esta vantajosa para o acasalamento e geração de descendentes [18].

Outro ponto interessante diz respeito ao mecanismo de flutuação da bexiga natatória, o qual proporciona flutuabilidade neutra perfeita a um peixe e ele pode desse modo evitar gasto de energia para não afundar [16]. Há, entretanto, uma regra importante para que esse projeto se mantenha funcional e otimizado: o peixe deve permanecer a uma profundidade específica. Se nadar abaixo dessa profundidade, a bexiga será comprimida pelo aumento da pressão na água, a flutuabilidade diminuirá e o peixe precisará nadar ativamente para evitar que afunde mais. Também já se sabe que o fato de um determinado peixe possuir uma bexiga natatória está mais relacionado ao ambiente em que vive do que a sua posição taxonômica. Alguns peixes que vivem no fundo, por exemplo, são desprovidos de bexigas natatórias e parece razoável que a flutuabilidade neutra não lhe seja necessária.

Nós, proponentes do design, não contestamos a ideia de que bexigas natatórias e os pulmões se desenvolvem a partir dos mesmos tecidos básicos, embora a hipótese específica da “origem a partir” do divertículo do intestino anterior seja desafiada [19]. No modelo evolucionista, isso é interpretado em termos de ancestralidade comum; no modelo do design inteligente, em termos do mesmo projeto básico de construção, com variações criativas sobre o mesmo tema. Se dotado com brânquias, pulmões, ou uma combinação de ambos (a Pirambóia, por exemplo), todos os peixes, vivos ou extintos, parecem ser (ou terem sido) bem equipados para as exigências do seu modo de vida. Portanto, o chamado “fato” da evolução de pulmões de bexigas natatórias finalmente (e evidentemente) acaba por ser apenas mais um mito.

Everton Fernando Alves é mestre em Ciências da Saúde pela UEM; seu e-book pode ser lido aqui: https://www.widbook.com/ebook/teoria-do-design-inteligente

REFERÊNCIAS:

[1] Darwin CR. The Origin of Species by means of Natural Selection. 6. Ed. London: John Murray, 1872, Capítulo 6. Disponível em: http://darwin-online.org.uk/content/frameset?pageseq=1&itemID=F391&viewtype=text

[2] Starr C, Taggart R. Biology: The Unity and Diversity of Life. Belmont, CA: Wadsworth Publishing, 1987.

[3] Harrub B. The Breath of Life—Not a Product of Evolution. Reason & revelation 2006; 26(2):9-15. Disponível em: https://www.apologeticspress.org/pub_rar/26_2/0602.pdf

[4] Wittenberg JB. The secretion of oxygen into the swimbladder of fish. J Gen Physiol. 1961 Jan;44:521-6.

[5] Brauner CJ, Matey V, Wilson JM, Bernier NJ, Val AL. Transition in organ function during the evolution of air-breathing; insights from Arapaima gigas, an obligate air-breathing teleost from the Amazon. J Exp Biol. 2004 Apr;207(Pt 9):1433-8.

[6] Maina JN. Structure, function and evolution of the gas exchangers: comparative perspectives. J Anat. 2002 Oct;201(4):281-304.

[7] Denton M. Evolution: A Theory in Crisis. Bethesda, MD: Adler & Adler, 1986.

[8] Ommanney FD. Os peixes. Trad. José Laurêncio de Melo. Série: Biblioteca da natureza life., Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1981.

[9] Attenborough D. Life on Earth: A Natural History. New York: Little, Brown & Co, 1981.

[10] Daeschler EB, Shubin NH, Jenkins FA Jr. A Devonian tetrapod-like fish and the evolution of the tetrapod body plan. Nature. 2006 Apr 6;440(7085):757-63.

[11] Amemiya CT, et al. The African coelacanth genome provides insights into tetrapod evolution. Nature. 2013 Apr 18;496(7445):311-6.

[12] Leitch IJ. Genome sizes through the ages. Heredity (Edinb). 2007 Aug;99(2):121-2.

[13] Denison RH. A anatomia mole de Bothriolepis. J. Paleontol. 1941; 15:553-561.

[14] Romer AS, Parsons TS. The Vertebrate Body. 5. ed. Philadelphia: Saunders Co., 1978, p. 329.

[15] Setaro JF. Circulatory System. Microsoft Encarta, 1999.

[16] Schmidt-Nielsen K. Fisiologia Animal, Adaptação e Meio Ambiente. 5. Ed. Cambridge University Press, 2002, p. 609.

[17] Schulz-Mirbach T, Heß M, Metscher BD, Ladich F. A unique swim bladder-inner ear connection in a teleost fish revealed by a combined high-resolution microtomographic and three-dimensional histological study. BMC Biol. 2013 Jul 4;11:75.

[18] Mok HK, Parmentier E, Chiu KH, Tsai KE, Chiu PH, Fine ML. An Intermediate in the Evolution of Superfast Sonic Muscles. Front Zool. 2011 Nov 29;8(1):31.

[19] Brown E, James K. The lung primordium an outpouching from the foregut! Evidence-based dogma or myth? J Pediatr Surg. 2009 Mar;44(3):607-15.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Bíblia e a Ciência deseja Feliz Natal aos leitores!


Jesus quer ser seu hóspede



Aquela noite parecia igual às demais, exceto pela agitação dos cansados viajantes que batiam à porta dos hotéis em busca de pousada. Algo de extraordinário, porém, estava prestes a acontecer que a colocaria definitivamente como o ponto divisor da história humana. Não tanto a data, mas o fato: o que ocorreria naquela noite teria uma dimensão única e inigualável.

As pessoas que acorriam à pequena Belém da Judéia iam motivadas pelo recenseamento decretado pelo imperador romano César Augusto. Estavam tão preocupadas com as coisas comuns da vida que não se davam conta da importância daquele momento.
O hoteleiro estava, como os demais, preocupado com os seus afazeres, os lucros do seu negócio. Quando aquele jovem casal chegou à sua estalagem, disse:
“Não há lugar para vocês.” Os quartos já deveriam estar todos ocupados, ou talvez, estivessem sendo reservados para hóspedes “especiais” que poderiam pagar mais do que aquele simples casal de camponeses.

Soubesse aquele comerciante o que estava prestes a ocorrer e lhes haveria providenciado o melhor quarto. Entretanto, de todos os que estiveram com ele naquela noite, os únicos nomes lembrados são os de José e Maria. E para eles não houve lugar na estalagem!

Como descreve um poeta, em letras magistrais, o Supremo Presente de Deus, concedido à humanidade, não foi acompanhado de pompa ou ostentação; pelo contrário, Deus O cercou de simplicidade e singeleza: 

“Nenhum estojo de prata
Nenhuma folha de papel Ele usou; Seu presente de Natal aos homens:
Dentro de uma manjedoura Deus colocou.
Nenhum fio de seda foi usado,
Para amarrar o presente de cima enviado.
Estava envolto em panos e amarrado
Com cordas do amor divino.”

É assim que o poeta se refere à suprema dádiva concedida por Deus à humanidade: o presente de amor que esvaziou os tesouros dos Céus e enriqueceu para sempre os homens.

O cenário não poderia ser mais simples e despretensioso. Foi ali na humilde estrebaria em Belém, não tão limpa e organizada como a vemos retratada nos presépios, que ocorreu um dos eventos mais sublimes de todos os tempos. Sua singular história nos fala a respeito do mais precioso presente de Deus, depositado em uma rude manjedoura.

Esse acontecimento não era mais um lance de marketing ou um “fruto” da mídia. Não! Não se tratava de um produto descartável do tipo “usa-se e depois se joga fora e o caminhão de lixo vem e leva tudo para o montão do nada”. Era o que havia de mais real, valioso e significativo. O dom de Deus nesse primeiro Natal não estava envolto em egoísmo. Era um donativo repleto de amor e completa renúncia.

A fim de conceder o maior de todos os dons, Deus esvaziou os Seus depósitos e esgotou os recursos do Céu. Deus não podia dar nada melhor. Nada mais havia que Ele pudesse dar. Deu-Se a Si mesmo.

“No Mestre enviado de Deus, o Céu deu aos homens o que de melhor e maior possuía. Aquele que tomara parte nos conselhos do Altíssimo, que habitara no íntimo do santuário eterno, foi o escolhido para, em pessoa, revelar à humanidade o conhecimento de Deus.” – Educação, pág. 73.

Novas de grande alegria

Apesar da indiferença de quase todas as pessoas e da cegueira dos líderes judaicos (não viram e não viveram a grandiosidade daquele momento), aquela noite memorável foi marcada pela alegria e indescritível júbilo.
As colinas de Belém se transformaram no palco da mais gloriosa cena. Durante aquelas horas caladas da noite, um grande séquito de anjos saudava com júbilo o nascimento do esperado Salvador.

Juntamente com alguns pastores de ovelhas (homens simples, dedicados aos trabalhos da vida rural) e com os três magos (homens estudiosos da Palavra de Deus, atentos às profecias), os anjos formaram a única comissão de recepção que saudou o Rei dos reis, o Senhor Jesus, quando Ele deixou a Sua glória e “habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (João 1:14).

Ao analisarmos os fatos, não sejamos por demais severos com aquele dono da hospedagem, ou com os governantes e lideres religiosos da época! Até porque a história se repete: as pessoas, hoje, estão preocupadas com presentes, roupas, festas, comilanças e bebedeiras como sempre; poucos, pouquíssimos, são aqueles que estão preocupados com o verdadeiro sentido do Natal!

Faz cerca de 2.000 anos, no primeiro Natal, não houve lugar para José, Maria e o Menino Jesus: Ninguém apareceu para hospedá-lO! Como sabemos, o momento mais aguardado em cada Natal é a Ceia; é quando as famílias se alegram e confraternizam em torno de uma mesa. Que tal receber Jesus como seu principal hóspede? Que tal dar-lhe o mais honroso lugar, à a cabeceira da mesa?

Hoje, tal qual ocorreu há 2000 anos, Ele está apenas à espera de alguém que lhe abra as portas – da casa, da vida e do coração – para que possa entrar trazendo paz e alegria: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo” (Apocalipse 3:20, grifos acrescentados).

Vamos, o que você está esperando? Vai deixar lá fora – fora dos seus negócios, fora da sua casa, fora da sua vida e fora do seu coração? Lembre-se: Se Ele está à frente da porta, e porque quer entrar; se está batendo, é porque Ele tem pressa em entrar! 

Abra a porta, e faça do seu coração uma manjedoura – para receber o Senhor Jesus; pois, como um velho poeta acertadamente afirmou:

“Ainda que mil vezes Cristo em Belém nascesse,
Se Ele não nascer em ti, tua alma está perdida.
Oh! Dá-lhe um bom lugar,
Sim dá-lhe acolhida.
No íntimo da tua alma,
Lugar para Ele nascer.
Cristo virá outra vez então,
Aqui no mundo, no teu coração”. 

Elizeu C. Lira, Editor do IASD Em Foco. 

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Declarações incorretamente atribuídas a Ellen G. White



Declarações de pessoas bem conhecidas são por vezes distorcidas e, com freqüência, declarações feitas por outras pessoas são atribuídas a elas. Quase que desde o início do trabalho de Ellen G. White, tem havido escritos apócrifos do Espírito de profecia, declarações incorretamente atribuídas a ela, ou materiais deliberada ou inadvertidamente adulterados. Um desses casos foi descrito na página 57 do livro Testemunhos para Ministros. Podemos reconhecer como genuínos somente aqueles materiais de Ellen G. White que podem ser localizados em fontes publicadas ou não-publicadas que conhecemos como autênticas.

Apresentamos aqui uma lista de itens a respeito dos quais os depositários dos escritos de Ellen G. White têm freqüentemente recebido indagações. Estes estão agrupados de acordo com os cinco tipos mais comuns.

Testemunhos que dependem inteiramente da memória

A memória até mesmo das pessoas mais piedosas pode não ser inteiramente confiável, por isso informações sobre as fontes para certas declarações atribuídas a Ellen G. White podem provar-se úteis:

Refeição sabática em outro planeta: O relato, baseado na memória de certo indivíduo, de que Ellen G. White declarou em conversa à mesa de refeições que os habitantes de outros mundos colhiam frutos para entretenimento dos santos transladados na jornada rumo ao céu, não tem apoio, é fantasioso. A afirmação de que essas palavras foram registradas através de taquigrafia não tem fundamento. Ellen G. White faz uma simples declaração na página 16 do livro Primeiros Escritos : “Estivemos sete dias ascendendo para o mar de vidro”. Nenhuma menção é feita por Ellen G. White de que o sábado foi passado em viagem.

Autoria do livro de Daniel e Apocalipse : O relato de um antigo pastor de que Ellen G. White declarara em sua presença que vira um anjo ao lado do Pastor Urias Smith, inspirando-o a escrever o livro Daniel e Apocalipse, é seriamente rebatido pelos fatos históricos. Contraria as autênticas declarações de Ellen G. White nas quais ela remove o livro de Smith da categoria de “inspirados”. Entretanto, a Sra. White tinha alta consideração por esse livro e o recomendava livremente. Ver p. 123 do livro O Colportor Evangelista.

Identificação de Melquisedeque: É dito que Ellen White identificou Melquisedeque como o Espírito Santo. Isso é baseado na memória de um homem. Não há apoio algum para tal ensino nos escritos dela, e a declaração de memória é anulada pelas negações de outros que estiveram presentes quando supostamente Ellen G. White fez essa declaração. Ela não identifica Melquisedeque. Ver a declaração de Ellen G. White no SDA Bible Commentary, vol. 1, p. 1093, onde ela diz que Melquisedeque não era Cristo.

Esconderijo nas montanhas para o tempo de angústia: Afirmações de que Ellen White designou algum local particular nas montanhas como um esconderijo seguro para o tempo de angústia não têm apoio em qualquer de seus escritos, publicados ou não publicados.

Obra deve terminar primeiro no Sul: Foram feitas afirmações de que Ellen G. White declarou que a obra seria terminada primeiramente no Sul dos Estados Unidos. Se a declaração foi feita, provavelmente foi feita durante uma conversa, pois não há apoio conhecido para este relato nos escritos de Ellen White, publicados ou não publicados.

Uma associação de idéias

Relatos são freqüentemente divulgados os quais baseiam-se no que se pode chamar de associações de idéias.

Situação dos estudantes em preparo para o trabalho do Senhor: Muitos crêem que a Sra. White ensinou que se o Senhor voltar enquanto os jovens estão na escola, eles serão considerados como se estivessem trabalhando na seara. Não há nenhum escrito conhecido que possa confirmar isso. Esse conceito, provavelmente correto, pode encontrar apoio numa associação de idéias. Ver em O Desejado de Todas as Nações, p. 74:

“Quando trabalhava ao banco de carpinteiro, fazia tanto a obra de Deus, como quando operava milagres em favor da multidão. E todo jovem que segue o exemplo de Cristo na fidelidade e obediência em Seu humilde lar, pode reclamar aquelas palavras proferidas a respeito dEle, pelo Pai, por intermédio do Espírito Santo: ‘Eis aqui o Meu Servo a quem sustenho, o Meu Eleito, em quem se compraz a Minha alma.’ Isa. 42:1″

Legalizações do álcool e leis dominicais: Relatos diretamente ligando a revogação da Emenda de Proibição da Constituição dos Estados Unidos com a aprovação da lei dominical nacional são sem fundamento. Isso pode estar associado com a declaração geral feita em Profetas e Reis, p. 186, que salienta a “atrevida impiedade” de legisladores em qualquer lugar e em qualquer tempo que promulgariam “leis para a salvaguarda do supostamente santificado primeiro dia da semana” mas que ao mesmo tempo “estão também legislando no sentido de legalizar o comércio do álcool”.

Alvos específicos de iminentes catástrofes: Relatos de que, em predições, Ellen G. White identifica áreas específicas como alvo ou centro de terremotos, incêndios, enchentes, maremotos, submersão pelo mar, ou invasão inimiga são sem fundamento algum, e devem se originar na associação de idéias com declarações mais generalizadas nos livros de Ellen G. White que tratam de catástrofes futuras. Incêndios na cidade de Nova Iorque são mencionados em Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 281-282, e no que se refere à futura destruição de certas cidades, os adventistas do sétimo dia foram aconselhados a não estabelecerem grandes instituições no coração da cidade de Los Angeles. Em Life Sketches of Ellen G. White, p. 411-414, encontram-se declarações de Ellen G. White a cerca da ligação de áreas específicas com predições de catástrofes.

Contrariamente a relatos sem sustentação, Ellen G. White nunca fez predições concernentes à destruição das torres gêmeas de Nova Iorque ou de qualquer outro lugar do mundo. Ela descreveu cenas envolvendo a ruína de “magnificentes” e “altivos edifícios” (ver referências acima), mas em nenhum lugar ela identifica nominalmente os prédios.

Trechos removidos do seu contexto

Não raras vezes indivíduos baseiam sua compreensão dos ensinos de Ellen G. White em fragmentos de uma sentença ou declarações isoladas removida do seu contexto. Escrevendo acerca de certos indivíduos que fizeram mal uso de seus escritos, ela disse que estavam “pegando uma sentença aqui e ali, tirando-a de sua devida ligação, e aplicando-a segundo sua idéia”. – Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 44.

Eventos à meia-noite: Algumas pessoas equivocadamente pensam que a Sra. White indicou que Cristo voltaria à meia noite. Uma leitura cuidadosa de sua declaração nos livros Primeiros Escritos, p. 285, e O Grande Conflito, p. 635-636, revela que o povo de Deus é liberto da sentença de morte “à meia-noite”, e os eventos a partir daquela hora acontecem rapidamente até que, de acordo com O Grande Conflito, p. 640, “Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem.”

Ovos sobre a mesa: Tirando do contexto do parágrafo e do capítulo a sentença de Testimonies, vol. 2, p. 400, onde se diz: “Não coloque ovos sobre a sua mesa”, muitas pessoas têm distorcido o conceito da posição de Ellen G. White expressa claramente nos livros A Ciência do Bom Viver, p. 320, Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 138-139, ou Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 460-461, Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 361-362, onde ela reconhece o correto uso de ovos no regime dietético normal.

Ellen G. White e os 144.000: Em lugar nenhum dos escritos de Ellen G. White encontramos uma declaração que ateste o fato de que ela seria uma [pessoa] dentre os 144.000. Conforme está registrado no livro Primeiros Escritos, p. 40, o anjo disse a ela, quando em visão ela parecia estar visitando outros planetas e manifestou desejo de permanecer ali: “Se fores fiel, juntamente com os 144.000 tereis o privilégio de visitar todos os mundos…” Ver também a declaração de Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 263.

Escritos falsamente atribuídos

No decorrer dos anos, algumas pessoas têm copiado e usado parágrafos escolhidos dos artigos de Ellen G. White publicados na revista Review e outros periódicos. Algumas pessoas copiam também declarações selecionadas escritas por outras pessoas sem notar quem é o autor e erroneamente atribuem estas a Ellen G. White. Provérbios e dizeres freqüentemente citados também têm sido incorretamente atribuídos a ela.

Sinal indicando o fim da graça: Uma declaração publicada no suplemento da Review and Herald, de 21 de junho de 1898, quanto ao fato de que trevas literais cobrirão a Terra como um sinal para o povo de Deus de que o tempo da graça terminou, tem sido erroneamente atribuído a Ellen G. White. Foi na verdade escrita por um pastor adventista de sétimo dia. Tal ensino é contrário a declaração dela em O Grande Conflito, p. 615, onde diz: “Quando a decisão irrevogável do santuário houver sido pronunciado, e para sempre tiver sido fixado o destino do mundo, os habitantes da Terra não o saberão”.

Anjos reorganizando ambientes e mudando circunstâncias: Estas palavras e a declaração que segue de que as orações pelas “almas desinteressadas” alojadas no altar do céu serão respondidas antes de o incensário ser atirado, não são da pena de Ellen G. White; são, porém, expressões de S. N. Haskell, na p. 147 de seu livro History of the Seer of Patmos (História do Vidente de Patmos).

Última obra mediadora de Cristo: Até a época da publicação deste Index, uma declaração atribuída a Ellen G. White, apresentando várias fontes de referência como Review and Herald, 1890, 1898, ou 1912, indicando que a última obra mediadora de Cristo será em favor dos jovens que se extraviaram do redil, não foi localizada em nenhuma das fontes de Ellen G. White. Os indagadores têm sido direcionados ao livro Evangelismo, p. 693: “Quando romper realmente sobre nós a tempestade da perseguição… muitos dos que se extraviaram do redil voltarão a seguir o grande pastor”. As declarações amplamente divulgadas atribuídas a Ellen G. White devem ser de algum outro autor.

Conselho sobre planejamento e vida: Interessante é que o conselho para viver “como se você ainda tivesse 1.000 [anos] pela frente, mas comportar-se como se soubesse que morreria amanhã”, originou-se nos escritos de Mother Ann Lee of the Shakers, não em fontes de Ellen G. White. Ver a revista Time, de 28 de junho de 1961, p. 53. Ver também em Testemunhos Seletos, vol. 2, p. 60 a seguinte declaração de Ellen G. White: “Devemos vigiar e trabalhar e orar como se este fosse o último dia que nos fosse concedido”.

Importância de estudar a questão dos 144.000: Um parágrafo selecionado de certa carta de uma das secretárias da Sra. White, expressando sua opinião quanto a importância de estudar a questão dos 144.000 tem sido apresentado em certas publicações sendo de autoria de Ellen G. White. Ver Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 174-175, para conhecer a posição de Ellen G. White.

Planetas habitados em nosso sistema solar: Contrariamente a algumas afirmações, Ellen White não deu nome a nenhum dos “mundos” que ela viu em visão. José Bates, um capitão da marinha aposentado e que tinha um interesse especial por astronomia, estava presente em pelo menos uma dessas visões e relatou que identificara como sendo Júpiter, Saturno e Urano os planetas por ela descritos. Alguns têm ligado equivocadamente as afirmações de Bates com as descrições de Ellen White sobre um “lugar” habitado por seres “nobres” e “majestosos”. No entanto, ao se referir à suas visões, ela diz apenas que ela foi levada a um ” lugar ” “fulgurante e glorioso” (itálico acrescentado). Ela não identifica o “lugar” como sendo Júpiter, Saturno ou qualquer outro planeta do nosso sistema solar. O que ela descreve é: “O Senhor me proporcionou uma vista de outros mundos. Foram-me dadas asas, e um anjo me acompanhou da cidade a um lugar fulgurante e glorioso. A relva era de um verde vivo, e os pássaros gorjeavam ali cânticos suaves. Os habitantes do lugar eram de todas as estaturas; nobres, majestosos e formosos. Ostentavam a expressa imagem de Jesus, e seu semblante irradiava santa alegria, que era uma expressão da liberdade e felicidade do lugar”. Primeiros Escritos, p. 39, 40.

Oração é a resposta para cada problema na vida: Um parágrafo concernente ao poder da oração que se inicia da seguinte forma: “A oração é a resposta para todos os problemas da vida”, não é de autoria de Ellen G. White, mas de um autor anônimo citado em um artigo publicado na Review and Herald, de 7 de outubro de 1965. A frase, como tem circulado, é datada incorretamente de 7 de outubro de 1865. Uma declaração de Ellen G. White sobre oração publicada no livro Caminho a Cristo, p. 100 diz o seguinte: ” Conte ao Senhor acerca de suas necessidades, alegrias, tristezas, cuidados e temores…. Não há capítulo demasiado obscuro para que Ele não o possa entender; dificuldade alguma por demais complicada para que a possa resolver. Nenhuma calamidade poderá sobrevir ao mais humilde de Seus filhos, ansiedade alguma que lhe perturbe a paz de espírito, nenhuma alegria que possa ter; nenhuma oração sincera que lhe escape dos lábios, sem que seja observada pelo Pai celeste, ou sem que Lhe atraia o imediato interesse”.

Os adventistas do sétimo dia devem deixar os Estados Unidos: Uma declaração de que “aproxima-se o dia, e não está muito longe em que os adventistas do sétimo dia desejarão … estar fora dos Estados Unidos”, tem sido erroneamente atribuída a Ellen G. White. Mas é parte do sermão de A. T. Jones, publicado no General Conference Bulletin, em 16 de abril de 1901, p. 265-266.

Uso dos escritos de Ellen White nos púlpitos: Uma declaração proposital de Ellen G. White supostamente escrita em “Proper Use of the Testimonies”, p. 4-5 dizendo que os seus escritos não deveriam ser lidos no púlpito, é falso.

Pura ficção

Algumas declarações que se diz serem da pena de Ellen G. White, são ficção.

Apostasia de Igrejas e Associações: A informação de que Ellen G. White predisse a apostasia de igrejas e Associações inteiras não tem apoio. Ler declarações concernentes à sacudidura em Primeiros Escritos, p. 269-273; e em Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 224, as seguintes palavras: “Grupo após grupo do exército do Senhor se juntava ao inimigo e tribo após tribo das fileiras do adversário se unia ao povo de Deus que guarda os mandamentos”.

Atitudes para com os pastores Jones e Waggoner: A declaração atribuída a Ellen G. White comparando a confirmada rejeição dos ensinos dos pastores Jones e Waggoner em 1888 e posteriormente, com a rejeição de Josué e Calebe por parte do povo de Israel não faz parte dos escritos de Ellen G. White. É produto de outro autor, cuja identidade é desconhecida. Várias linhas de raciocínio impressionantes, mas incorretas, têm sido usadas com relação a declaração divulgada.

A mensagem do alto clamor rejeitada: Mesmo havendo certas expressões parecidas as que estão escritas em Testemunhos para Ministros, p. 468-469, não há nos escritos de Ellen G. White uma declaração como a de “Taking up a Reproach”, predizendo que a mensagem do anjo de Apocalipse 18:1 seria “ridicularizada, contrariada e rejeitada pela maioria”.

Partido ou nome do último presidente dos Estados Unidos: Relatos de que Ellen G. White indicou direta ou indiretamente o nome de família ou o partido político de quem seria o presidente dos Estados Unidos por ocasião das cenas finais da Terra, são pura ficção.

França e a liberdade religiosa: Relatos de que Ellen G. White declarou que a França seria o último lugar onde haveria liberdade religiosa não tem apoio algum.

Centro White

domingo, 20 de dezembro de 2015

Como pode a divindade de Cristo não morrer na cruz?



‘”Quando Cristo foi crucificado, foi Sua natureza humana que morreu. A divindade não sucumbiu e morreu; isso teria sido impossível” (Manuscript Releases, v. 21, p. 408). “Eu sou a ressurreição e a vida.” (João 11:25). Aquele que disse: “Dou a Minha vida para tornar a tomá-la” (João 10:17), ressurgiu do túmulo para a vida que estava nEle mesmo. A humanidade morreu; a divindade não morreu. Em Sua divindade, possuía Cristo o poder de romper os laços da morte. Declara Ele que tem vida nEle mesmo, para dar vida a quem quer.” (Mensagens Escolhidas, v. 1 p. 301)

Vocês poderiam me indicar algumas fontes adventistas contemporâneas que comentem esse conceito da deidade/divindade de Cristo não morrer?

Desconheço fontes adventistas contemporâneas que comentem esse conceito, embora possa haver algumas. Estamos simplesmente lidando com um dos mistérios da Encarnação. Jesus era inteiramente Deus e inteiramente humano, com Suas duas naturezas unidas em uma só. Encontrei mais sobre a declaração que você citou nesta referência extraída de The Seventh-Day Adventist Bible Comentary (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia), no volume 5, p. 1113, 1114, nos “Ellen G. White Comments” (Comentários de Ellen G. White) sobre Marcos16:6:

6 (Jo 1:1-3,14; Fp 2:5-8; Cl 2:9; Hb 1:6, 8; 2:14-17; Hb 4:15).]A Divindade Não Morreu. – A natureza humana do Filho de Ma­ria se transformou na natureza divina do Filho de Deus? Não; as duas naturezas foram misteriosamente mescladas em uma pessoa – o homem Jesus Cristo. NEle habitava corporalmente toda a divin­dade. Quando Cristo foi crucificado, foi Sua natureza humana que morreu. A divindade não sucumbiu e morreu; isso seria impossível. Cristo, Aquele que não pecou, salvará cada filho e filha de Adão que aceitar a salvação que lhes é oferecida, consentindo em se tornarem filhos de Deus. O Salvador comprou a raça caída com Seu próprio sangue.

Isso é um grande mistério, um mistério que não será inteira e completamente compreendido em toda sua grandeza até que os re­dimidos sejam trasladados. Só então o poder, a grandeza e a eficácia do dom de Deus para o homem serão entendidos. Mas o inimigo está determinado a fazer com que essa dádiva seja tão mistificada que venha a tornar-se como nada (Carta 280,1904). [...]

“Eu sou a ressurreição e a vida.” Aquele que disse “Eu dou a Mi­nha vida para a retomar” emergiu da sepultura para a vida que era Ele mesmo. A humanidade morreu; a divindade não morreu. Em Sua divindade, Cristo possuía o poder de romper os grilhões da mor­te. Ele declara ter vida em Si mesmo para reviver quem Ele quiser.

Todos os seres criados vivem pela vontade e poder de Deus. Eles são recipientes da vida do Filho de Deus. Por mais capazes e talen­tosos, por maiores que sejam suas habilidades, eles são reabastecidos com vida que vem da Fonte de toda vida. Ele é a fonte de vida. So­mente Aquele único que possui a imortalidade e faz Sua habitação na luz e na vida pode dizer: “Tenho autoridade para dar [Minha vida], e tenho autoridade para retomá-la.” [...]

Cristo estava investido com o direito de dar imortalidade. A vida que, em Sua humanidade, Ele doou, outra vez Ele a tomou, e deu para a raça humana. “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Youth Instructor, 4 de agosto de 1898).

Se por definição Deus é imortal, como pode a divindade morrer? Como disse a Sra. White, “isso seria impossível”. Mesmo assim, Jesus morreu, e Sua morte afetou até mesmo Sua divindade. Ela não morreu, mas este­ve pelo menos quiescente lá na tumba.

FAGAL, William. 101 perguntas sobre Ellen White e seus escritos. Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2013, p. 120 .

sábado, 19 de dezembro de 2015

Dinossauros - 2ª Temporada - Episódio 6

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Árvores Petrificadas - 2ª Temporada - Episódio 5

Que história revelam ás dezenas de Árvores petrificadas que se encontram no monte Kakenkorani, no Perú?

Baleias Fossilizadas - Origens Temporada 2 - Episódio 4

Professor de geologia e paleontologia fala sobre dinossauros

Ele busca evidências para entender os seres vivos que habitaram o planeta Terra há muitos anos. Entre eles, os temidos dinossauros. O professor de Geologia e Paleontologia, e coordenador do Núcleo de Estudo das Origens do Unasp campus São Paulo, doutor Marcos Natal de Souza Costa, explica o que é verdade e o que não passa de ficção sobre a extinção dos dinossauros.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Dicas para Ser um Solteiro Feliz - Sem Tabus

Os filhos falecidos ainda bebês se salvarão


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por Daniel Oscar Plenc
Diretor do Centro White da Argentina
Tradução – Cristiane Perassol Sartorti 

Na realidade, a Bíblia não fala muito sobre a salvação de filhos. Contudo, algumas ideias parecem claras: (a) Deus não torna os filhos responsáveis pelos pecados de seus pais (Ezequiel 18:4,20), (b) haverá filhos na nova terra (Isaías 11:6,8), (c) Cristo ensinou que dos filhos é o reino dos céus (Mateus 19:13-15; Marcos 10:13-16; Lucas 18:15-17), (d) os adultos devem tornar-se como crianças para entrarem no reino de Deus (Mateus 18:2-5; Marcos 9:36-37; Lucas 9:47-48). É importante lembrarmos que Deus é um ser amoroso e justo, em quem podemos confiar inteiramente, sabendo que Ele irá fazer o melhor por Suas criaturas em cada caso. A Bíblia ensina que Deus conhece nossa condição (Salmos 103:14) e que avalia cada um de acordo com a luz que recebeu e as circunstâncias que o rodeiam. Jesus disse que àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão (Lucas 12:48).

Em relação aos escritos de Ellen G. White, recomendamos de maneira específica alguns capítulos de seus livros em português: parte do capítulo 27, intitulado “Os que choram”, do livro Mensagens Escolhidas, volume 2, páginas 257-274; o capítulo 39, intitulado “Perguntas a respeito dos salvos”, do livro Mensagens Escolhidas, volume 3, páginas 313-316; o capítulo 83, intitulado “A recompensa”, do livro Orientação da Criança, páginas 560-570. Em todas essas referências encontra-se o assunto relacionado à salvação dos filhos dos incrédulos, dos filhos dos crentes, da ressurreição dos filhos, do dia do juízo, da presença dos filhos na nova terra, etc.

Ellen White escreveu o seguinte a uma mãe desolada: “Veremos nossos filhos outra vez. Encontrar-nos-emos com eles e os reconheceremos nas cortes celestes. Ponde no Senhor a vossa confiança, e não temais” (Carta 196, 1899, Orientação da Criança, p. 566).

Os conselhos de Ellen G. White estão em harmonia com a Bíblia e dão evidências da existência dos filhos quando Cristo voltar e de sua salvação, independentemente de seus pais.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Crianças não deveriam brincar com animais como gatos e cachorros porque eles são imundos.Será mesmo?


Uma mulher de nossa igreja disse que as crianças não deveriam brincar com animais como gatos e cachorros porque eles são imundos. Entendo que em Levítico 11 fala sobre comer, mas não sobre tocar animais imundos. Vocês sabem qual era a atitude de Ellen G. White em relação aos animais de estimação? Ela escreveu que não se deve permitir que as crianças toquem em cachorros e gatos?

Em Levítico 11 diz respeito ao que se come, e que as pessoas que tocarem o corpo morto de um animal imundo ficam imundas por um período de tempo. Desconheço qualquer admoestação sobre animais vivos. O camelo, por exemplo, é chamado de imundo no verso 4, mas o povo de Deus não está proibido de possuir camelos, de cavalgá-los, etc., o que certamente inclui tocá-los. O mesmo princípio se aplica a cavalos e jumentos. É impossível cuidar adequadamente desses animais sem tocá-los.

Não conheço nenhuma declaração da Sra. White que proíba as crianças de ter animais de estimação como os que você descreve. A própria Sra. White teve um cachorro enquanto esteve na Austrália. Era um cão de guarda, a quem ela deu o nome de Tiglate-Pileser, provavelmente porque ele poderia ser hostil às pessoas que considerasse possíveis inimigos. Mas a Sra. White parecia sentir afeto por ele, até mesmo por ter-lhe dado esse nome bíblico. Aqui está o que Arthur White escreveu sobre o assunto em Ellen G. White: The Early Elmshaven Years, 1900-1905, v. 5, p. 19:

As fotografias em sépia ajudam a contar a história do trabalho na Austrália. Nelas se vê o instituto eletro-hidropático de Adelaide. Há fotografias de algumas igrejinhas bonitas que Ellen White visitou e ajudou financeiramente, para ajudar os grupos de crentes que precisavam de um lugar onde se reunir. Há retratos de amigos e cenas da casa dela em Sunnyside. Uma página foi reservada só para seu cão de guarda, Tiglate-Pilester, em Sunnyside. Convém lembrar que algumas regiões da Austrália foram ocupadas por condenados, e como alguns de seus descendentes aparentemente herdaram as tendências de seus antepassados, um bom cão de guarda tinha sua utilidade em Sunnyside.

Portanto, não encontramos nenhuma base na bíblia ou nos escritos da Sra. White para proibir que alguém toque um gato ou um cachorro por serem animais imundos.


FAGAL, William. 101 perguntas sobre Ellen White e seus escritos. Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2013

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Jesus conservará seu corpo humano para sempre?



A declaração mais conhecida sobre esse assunto está no livro da Sra. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 25 e26

Pela Sua vida e morte, Cristo operou ainda mais do que a restauração da ruína produzida pelo pecado. Era o intuito de Satanás causar entre o homem e Deus uma eterna separação; em Cristo, porém, chegamos a ficar em mais íntima união com Ele do que se nunca houvéssemos pecado. Ao tomar a nossa natureza, o Salvador ligou-Se à humanidade por um laço que jamais se partirá. Ele nos estará ligado por toda a eternidade. “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito”. João 3:16. Não O deu somente para levar os nossos pecados e morrer em sacrifício por nós; deu-O à raça caída. Para nos assegurar Seu imutável conselho de paz, Deus deu Seu Filho unigênito a fim de que Se tornasse membro da família humana, retendo para sempre Sua natureza humana. Esse é o penhor de que Deus cumprirá Sua palavra. “Um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu; e o principado está sobre os Seus ombros”. Isaías 9:6. Deus adotou a natureza humana na pessoa de Seu Filho, levando a mesma ao mais alto Céu. É o “Filho do homem”, que partilha do trono do Universo. É o “Filho do homem”, cujo nome será “Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz”. Isaías 9:6. O EU SOU é o Árbitro entre Deus e a humanidade, pondo a mão sobre ambos. Aquele que é “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores” (Hebreus 7:26), “não Se envergonha de nos chamar irmãos”. Hebreus 2:11. Em Cristo se acham ligadas a família da Terra e a do Céu. Cristo glorificado é nosso irmão. O Céu Se acha abrigado na humanidade, e esta envolvida no seio do Infinito Amor.







FAGAL, William. 101 perguntas sobre Ellen White e seus escritos. Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2013, p. 120 .

domingo, 13 de dezembro de 2015

Registro Fóssil - Origens Temporada 2 - Episódio 3

João Batista comia insetos?

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Por gentileza, falem-me sobre o tipo de gafanhoto que João Batista comia. Algumas pessoas dizem que os mencionados gafanhotos eram insetos, enquanto outras dizem que eram frutas silvestres chamadas de gafanhotos.

A verdade é que nem as traduções inglesas dessa passagem nem o grego, no qual o Novo testamento foi escrito, nos dizem claramente o que João Batista comia. Embora a palavra grega favoreça o inseto, existe um corpo substancial de evidências provenientes do mundo antigo que favorecem a vagem da alfarrobeira. No Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia há uma extensa discussão sobre isso no volume 5, nota 1, em “Additional Notes on Chapter 3″ [Notas adicionais Sobre o Capítulo 3] sobre Mateus 3.

A Sra. White faz o seguinte comentário sobre João Batista em Testemunhos Para igreja, v. 3, p. 62: “João separou-se dos amigos e das ostentações da vida. [...] Seu regime, puramente vegetariano, composto de gafanhotos e mel silvestre, era uma censura à condescendência com o apetite e a glutonaria que prevalecia por toda parte.”


FAGAL, William. 101 perguntas sobre Ellen White e seus escritos. Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2013

sábado, 12 de dezembro de 2015

Nossos anjos nos deixam ao entrarmos no cinema?

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O cinema no tempo da Sra. White era o teatro ao vivo, não os filmes. O nível moral, entretanto, era provavelmente tão ruim quanto o dos filmes de hoje. Aqui estão algumas declarações que tem haver com a pergunta que você fez sobre os anjos nos deixarem quando vamos a lugares não recomendáveis.

“Anjos de Deus preservarão Seu povo enquanto ele andar no caminho do dever; não há, porém, garantia dessa proteção para os que deliberadamente se aventuram no terreno de Satanás” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 198).

A declaração anterior não é sobre o cinema, mas indica que, de acordo com as escolhas que fazemos, podemos pelo menos restringir, se não impedir, o trabalho e até mesmo a presença dos anjos. Com certeza, esse é um assunto sério que não deve ser considerado de maneira leviana.

Eis uma declaração que se refere ao teatro e também aos anjos:

Quando pensar em acompanhar a esposa e os filhos ao teatro ou ao salão de bailes, que o professo cristão se pergunte: “Posso pedir a bênção de Deus sobre este cenário de prazer? Meu Mestre seria um convidado em um lugar destes? Os anjos estariam ali cuidando de mim?” (Signs of the Times, 23 de fevereiro de 1882).

Note porém as palavras encorajadoras:

Os anjos nunca deixam o tentado como presa ao inimigo que destruiria a vida dos homens, caso isto lhe fosse permitido. Enquanto há esperança, até que eles resistam ao Espirito Santo para sua ruína eterna, os homens são guardados por seres celestiais (Signs of the Times, 6 de junho de 1895).



FAGAL, William. 101 perguntas sobre Ellen White e seus escritos. Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2013, p. 120 .

Existe alguma orientação na bíblia ou nos escritos de Ellen White sobre o uso da aliança?



por Daniel Oscar Plenc

As normas sobre os adornos pessoais que servem para caracterizar os adventistas têm levado em consideração certas perguntas e conselhos: “Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, Mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.” 1 Timóteo 2:9-10.

“O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura dos vestidos; Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.” 1 Pedro 3:3-4.

A instrução bíblica indica com clareza que o adorno pessoal dos cristãos deveria caracterizar-se pelo bom gosto, o pudor, a pureza, a modéstia e o equilíbrio, evitando a ostentação pessoal.

Quando o assunto é aliança de casamento e anéis de compromisso, este critério parece se flexibilizar, ao considerá-los símbolos de aliança matrimonial, estes são até certo pondo “esperados” e demandados pela comunidade.

Temos em espanhol apenas uma declaração de Ellen White a respeito da aliança. Seu conteúdo é esclarecedor:

“Algumas pessoas tem se preocupado com o uso da aliança e lhes parece que as esposas dos nossos ministros deveriam aceitar esse costume. Tudo isso é desnecessário. Quando as esposas dos ministros se esbanjam com ouro, isto desconecta as suas almas de Jesus Cristo: um caráter puro e Santo, o verdadeiro amor, a mansidão e a piedade que são os frutos produzidos pela árvore cristã, e a sua influência estará segura em qualquer parte. O fato de que os resultados não coincidem com as observações não é um motivo suficiente para adotá-la. Os Norte-Americanos podem fazer com que entendam a sua situação declarando sensivelmente que em seu país esse costume não é obrigatório. Não precisamos usar o símbolo porque não somos infiéis aos nossos votos matrimoniais, e o fato de usar uma aliança não prova a nossa fidelidade a respeito desse assunto. Preocupa-me profundamente esse processo semelhante ao da levedura que parece se sentir entre nós e que tende a nos confrontar com os costumes e modas. Não deveria se gastar um centavo em um anel de ouro para provar que somos casados. Nos países no qual este costume reina não nos sentimos obrigados a condenar a aqueles que usam suas alianças; o que importa é como as suas consciências estão, mas nenhum de nossos missionários deve se sentir como se usar uma aliança fosse influenciar em sua vida cristã. Se são cristãos, isso se manifestará no caráter semelhante ao de Cristo, em suas palavras, em suas obras, nos seus lares, no jeito como tratam as pessoas, através da paciência, longanimidade e bondade. (Joyas de los testimonios, 1:602)

O que o Manual da Igreja diz a esse respeito: Em alguns países o costume de usar aliança é visto como algo imperativo e tem chego a ser na mente das pessoas um critério de virtude e, portanto não chega a ser considerado um ornamento. Em tais circunstâncias, não sentimos que devemos condenar esta prática.

Parece desnecessário agregar comentários a esta sensível e prudente orientação. Na prática, efetivamente, existem lugares onde o anel é considerado ostentação, e outros onde a sua ausência parece indicar falta de compromisso matrimonial. Tanto o conselho inspirado como a recomendação do Manual da Igreja nos conduz a evitar o dogmatismo e a polêmica sobre este assunto dentro da igreja.

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