terça-feira, 28 de abril de 2015

É normal, às vezes, falharmos em alguma coisa após termos nos batizado?


Todos nós herdamos de nossos pais a natureza pecaminosa, ou seja, já nascemos com a tendência para o pecado dentro de nós. Sem a ajuda de Deus é impossível vencermos o pecado. Este é consequência da rebelião que houve no Céu e da desobediência de Adão e Eva a Deus. Não conseguimos vencer por nós mesmos os defeitos de caráter que temos por causa de nossa natureza pecaminosa, mas através de Jesus isto é possível. A culpa que temos por causa do pecado é justificada quando aceitamos Jesus Cristo como nosso Salvador pessoal e pedimos a Ele o perdão dos nossos pecados (1 João 1:9). Esta é a justificação pela fé.
A natureza pecaminosa não desaparece quando nos batizamos. O que acontece no batismo é que, através dele, a pessoa batizada se entrega verdadeiramente a Jesus, inicia uma nova vida ao lado dEle, deixando que Ele tome conta dela e realize nela as mudanças necessárias para que seja cada vez mais parecida com Jesus. Nesse processo a pessoa erra e acerta. Veja que Paulo, mesmo após ser convertido, disse: “Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Romanos 7:19). Mesmo tendo se comprometido em viver uma vida ao lado de Jesus, Paulo não conseguiu; e nem nós conseguimos, não mais pecar. Somente à medida em que os anos passam e com perseverança, a vida cristã vai amadurecendo.
Veja que Paulo se esforçava para ser um imitador de Cristo (1 Coríntios 11:1) e no final de sua vida, disse: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2 Timóteo 4:7). Isto demonstra que Paulo não se acomodou ao entender que era um pecador; em vez disto, se esforçou em Jesus para que crescesse em graça a cada dia. Somente quando Jesus voltar este processo de restauração da nossa natureza pecaminosa será completado (Apocalipse 21:4). Por isso, inevitavelmente ainda iremos falhar mesmo após o batismo.
Nós, que somos pecadores, precisamos estar diariamente em contato com Aquele que é perfeito, para que Ele nos mude de acordo com aquilo que precisamos e que colocamos nas mãos dEle. Nossa condição humana é inconstante e apesar de cada um ter uma personalidade e um caráter, não conseguimos ser equilibrados como Deus é. Ora sentimos alegria e poucos minutos depois sentimos raiva. Ora perdoarmos, ora guardamos mágoa. Ora pecamos, ora nos arrependemos. Como somos inconstantes! Mas Deus é Aquele em quem podemos ter confiança porque Ele é o Único que tem equilíbrio, que é constante, que permanece para sempre! (Hebreus 13:8; Malaquias 3:6).

Thais Seidel de Souza
Conselheira e Instrutora Bíblica

segunda-feira, 27 de abril de 2015

A influência da música sobre o paladar



Fatores emocionais e sensoriais

Quem curte música provavelmente já se sentiu mais feliz ou mais triste depois de ouvir certas canções. Mas o que talvez poucos tenham percebido é que a música também pode afetar a nossa percepção do gosto de alimentos. Quem descobriu isso foi David Wesley Silva em sua pesquisa para a dissertação de mestrado na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp. Ele constatou que músicas romântica e clássica podem contribuir para ampliar o grau de aceitação de um alimento, enquanto o rock e o chorinho podem exercer efeito contrário. Para o estudo, Silva, que é graduado em Música, mas tinha grande interesse em nutrição e bioquímica, criou um minibolo especial que pudesse ser consumido por celíacos, diabéticos, vegetarianos e outras pessoas preocupadas em manter uma dieta mais saudável. Por isso, ele criou seis variações da receita; em algumas delas, excluiu a farinha de trigo, o açúcar, o ovo e o leite; algumas vezes, adicionava milho, biomassa (polpa de banana verde), edulcorantes (adoçantes: sucralose e estévia), amêndoa e coco. Essas receitas foram provadas por um grupo de 120 voluntários enquanto ouviam quatro gêneros musicais (rock, chorinho, música clássica e música românica). Eles também tiveram que degustar o bolo sem ouvir música nenhuma, como forma de controle.Rock e chorinho provocaram menor aceitação em determinados atributos do alimento por parte dos provadores, e esse impacto variou entre as seis formulações diferentes do minibolo. Silva explica:

“No caso do chorinho, nossa hipótese é de que ele exerce esse tipo de influência por ser agitado e ao mesmo tempo nostálgico. No caso do rock, há também a questão da agitação. Em comum, os dois gêneros apresentam padrões rítmicos enfatizados sobre os outros elementos musicais [melodia, harmonia, etc.], o que pode desviar a atenção do provador. Relacionamos também estudos que apontam para uma atuação fisiológica no sistema nervoso, o que pode influenciar a resposta sensorial.”

Já a música romântica instrumental e a clássica colaboraram para a maior aceitação dos minibolos. O autor diz que é preciso estudar o tema mais a fundo, mas sua teoria é a seguinte:

“Esses gêneros tendem a acalmar as pessoas. Tal relaxamento provavelmente causa maior disponibilidade nas pessoas para aceitar o alimento. Outros estudos apontam para associação da música clássica a conceitos de status social, autoestima e sofisticação. Sabemos que a música produz variados efeitos físicos, psicológicos e emocionais, mesmo cognitivos. De outro lado, as pessoas têm as suas preferências, associadas à cultura e histórico de vida.”

Quem ouviu música teve média de aceitação até 14,4% maior em comparação com aqueles que não ouviram. Essa informação pode ser muito útil para restaurantes – ou para quando você quiser impressionar alguém com seus dotes culinários!

Pesquisas associando alimentos e música ainda estão em estágio inicial (o que torna o estudo na Unicamp ainda mais bacana e vanguardista), mas existem várias envolvendo outros tipos de sons. Ao Jornal da Unicamp, Silva mencionou um estudo no qual voluntários degustaram um sorvete de bacon e ovos (!). Quando os cientistas colocaram sons de pintinhos durante essa degustação, as pessoas relataram ter sentido mais forte o gosto de ovo. Quando tocaram um som de fritura, os provadores achavam que o sorvete tinha mais sabor de bacon.

Outro estudo usado como referência foi realizado pelo Laboratório de Pesquisa Crossmodal da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Em 2012, foram compostas duas trilhas sonoras diferentes para acompanhar a degustação de alimentos: uma com “elementos musicais doces” e outra com “elementos musicais amargos”. Quando voluntários provavam o cinder toffe (um doce de café e caramelo tradicional no país) ouvindo os “sons doces”, eles acharam a sobremesa também mais doce. Quando ouviam o “som amargo”, comentavam que tinham comido algo amargo.

(Superinteressante, via Jornal da Unicamp)

Nota: Levando em conta que a música tem grande efeito sensorial, emocional e psicológico, seria interessante alguém, no contexto cristão, verificar cientificamente o efeito dos estilos musicais no culto e na adoração a Deus. Será que alguns estilos predispõem à reflexão enquanto outros levam ao emocionalismo vazio? Será que alguns promovem a alegria reverente enquanto outros estimulam o êxtase irrefletido? Fica aí a dica para uma pesquisa interessante. [MB]

Pior terremoto no Nepal em 81 anos deixa 2 mil mortos



O tremor de magnitude 7,8 atingiu uma área entre a capital, Kathmandu, e a cidade de Pkhara, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos. Outras milhares de pessoas ficaram feridas e centenas mais podem estar sob os escombros. “Kathmandu foi muito afetada pelo terremoto. Algumas áreas estão completamente destruídas”, diz Sandesh Kaji Shrestha, que mora na capital do Nepal. “Tenho ajudado a retirar pessoas dos escombros junto com um amigo. Não há equipes de resgate suficientes aqui. Os hospitais estão fora de controle. Precisamos de ajuda.” Também houve vítimas na Índia, em Bangladesh, no Tibet e no Monte Everest, onde foram registradas avalanches. O governo do Nepal declarou estado de emergência nas áreas afetadas, e diversos países ofereceram ajuda para lidar com o desastre. Ainda não se sabe o tamanho do estrago na região do epicentro, já que as informações são escassas, o que pode fazer com que o número de mortos seja maior. Segundo o ministro de Informação, Minendra Rijal, há uma “grande destruição” nesta área. “Precisamos de ajuda de várias agências internacionais, que têm mais conhecimento e equipamentos para lidar com esse tipo de emergência que estamos enfrentando.”

As avalanches desencadeadas pelo terremoto no Monte Everest mataram dez pessoas. Outras estão desaparecidas. Na Índia, foram registradas 40 mortes. Equipes de resgate procuram por sobreviventes nos escombros de prédios que desabaram na capital. Diversas construções históricas foram destruídas, incluindo a torre Dharahara, um dos símbolos da cidade.

O sistema de telecomunicações foi afetado. Há relatos de que o aeroporto da capital também foi danificado, o que poderia afetar as operações de ajuda. “Foi muito assustador. A terra estava se mexendo... Eu estou esperando por tratamento mas a equipe (do hospital) está sobrecarregada”, disse um ferido à agência AP. [...]

Antes deste desastre, o pior terremoto do Nepal havia ocorrido em 1934 e deixado 8,5 mil mortos. Este foi o pior terremoto registrado no país em 80 anos.Os piores terremotos recentes

Irã, 2003: Mais de 26 mil pessoas mortas em um tremor de magnitude 6,6 próximo à cidade de Bam.

Indonésia, 2004: Um terremoto devastador de 9,1 graus gerou uma tsunami, que matou mais de 230 mil em vários países.

Kashmir, 2005: 100 mil pessoas foram vítimas de um tremor de de 7,6 graus.

China, 2008: Cerca de 90 mil foram mortos por um terremoto de magnitude 7,9 na província de Suchuan, no leste do país.

Haiti, 2010: Mais de 220 mil pessoas foram mortas por um tremor de 7 graus.

(BBC Brasil)

Nota: Infelizmente, esse tipo de evento tende a aumentar à medida que o fim se aproxima. Felizmente, o fim se aproxima. [MB]

domingo, 26 de abril de 2015

A Porta da Graça se fechou para Satanás? Quando?



Quando Cristo disse na cruz “Está consumado” estava querendo dizer muito mais do que se pode imaginar. Ali foi consumada (concluída) a obra redentora do ser humano. Consumada a sentença final de satanás, condenando-o à morte eterna.
Foram dadas oportunidades a Satanás ao longo do tempo. Na cruz foi o fechamento da porta da graça para ele. No momento em que o filho de Deus foi levado à morte pelos pecados do mundo, fruto em grande medida do ódio de Satanás contra Cristo, este selou a sua condenação para sempre.

A partir da cruz Satanás está selado para a destruição eterna. Não por uma arbitrariedade da parte de Deus, mas por um endurecimento de sua parte.

Nós também devemos ser cuidadosos para não achar que somos mais “sabios” do que Deus, para não lutarmos contra os justos princípios do seu reino. Por isso Deus amorosamente nos convida a entrarmos num relacionamento de confiança nele.

“Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” – Provérbios 3:5.

“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle e Ele tudo fará”. Salmos, 37:5.

Um abraço.

Via Bíblia

O que a Bíblia diz sobre o celibato?



Celibato e casamento são dons de Deus. A Bíblia diz em 1 Coríntios 7:6-7 “Digo isto, porém, como que por concessão e não por mandamento. Contudo queria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um deste modo, e outro daquele.”

Uma boa razão para ficar solteiro é para poder ter tempo e liberdade para servir a Deus. A Bíblia diz em 1 Coríntios 7:29-31 “Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia [e também se abreviam as nossas oportunidades para servir ao Senhor]; pelo que, doravante, os que têm mulher sejam como se não a tivessem; os que choram, como se não chorassem; os que folgam, como se não folgassem; os que compram, como se não possuíssem; e os que usam deste mundo, como se dele não usassem em absoluto, porque a aparência deste mundo passa.”

BibleInfo.com
P.O. Box 19039, Spokane, WA 99219
Bibleinfo.com Phone Line: 1-800-97-BIBLE

Qual o significado da expressão debaixo da lei mencionada em Romanos 6:14?


O texto bíblico de Romanos 6:14 diz: ‘Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça’.

Pelo fato de não estarmos ‘debaixo da lei’ isto não significa que possamos continuar pecando, ou seja, transgredindo abertamente a Lei de Deus. ‘Pecado é a transgressão da lei’ (I João 3:4) e a conseqüência do mesmo é a morte do pecador (Romanos 6:23), pois desobedecer conscientemente à lei de Deus é tornar-se escravo do pecado (I João 3:4) e torna-se seu servo (João 8:34). Se formos servos de obediência ao pecado, iremos morrer; sendo servos de obediência à lei seremos servos para a justiça (Romanos 6:16).

Paulo diz que, ‘uma vez libertos do pecado’ (Romanos 6:18), fomos feitos ‘servos da justiça’. Isto claramente ensina que a graça de Cristo, ao libertar-nos do pecado, não nos dá a liberdade de sermos transgressores conscientes.

Ser servos da justiça significa termos um caráter reto. ‘Os atos de obediência produzem hábitos de obediência, e tais hábitos constituem um caráter reto’ .

‘Muitas pessoas citam a expressão de Paulo ‘não estamos debaixo da lei’ (Romanos 6:14-15; Gálatas 5:18) querendo significar que a lei moral foi abolida.

Nós cremos que ‘debaixo da lei’ significa ‘debaixo da condenação da lei’. Não estar debaixo da lei não quer dizer estar


desobrigado de cumpri-la, mas sim não ser culpado de sua transgressão. A única maneira de não estarmos debaixo da lei é cumpri-la. Se transgredirmos uma lei, incorremos em multa, prisão, ou qualquer punição enfim.

‘A graça divina não erradica a lei dando ao homem licença para pecar. Isto é amplamente expresso em Romanos 6-8′

‘O texto diz que não estamos debaixo da ‘maldição da lei’. Isto quer dizer que não estamos debaixo da ‘condenação’ da mesma, que é a morte eterna. Note que Paulo fala que fomos libertados da maldição (morte) e não da guarda. Devemos obedecer aos mandamentos não para sermos salvos, pois a graça de Jesus nos salvou; mas sim, obedecer por amor, demonstrando que aceitamos tal salvação. A obediência por amor demonstra o tipo de fé que temos, se é uma fé forte e verdadeira (pela obediência) ou se é fraca e falsa (pela desobediência)’.


O próprio Apóstolo Paulo disse que ‘tinha prazer na lei de Deus’ (Romanos 7:22)

Vejamos outro estudo sobre a passagem:


‘Leiamos tal como está escrito, o texto que é chave deste estudo: ‘Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!?


(Romanos 6:14-15 RA). Descobrimos imediatamente que, fosse o que fosse que Paulo desejasse compreendêssemos por meio desta passagem, não queria ele que concluíssemos que o reino da graça nos liberta da lei. ‘E daí?’ diz ele; ‘havemos de pecar’, isto é, quebrantaremos a lei, ‘porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça’ De modo nenhum’.


‘O versículo imediato torna claro que estar’debaixo da lei significa estar debaixo da sua condenação, e que estar ‘debaixo da graça’ significa estar vivendo debaixo do plano que Deus ofereceu para salvação do domínio do pecado. Essa é a razão pela qual Paulo assevera: ‘Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça’ E, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça’. (Romanos 6: 16 e 18 RA).

‘O contraste está entre ser servos ‘do pecado0′ e servos ‘da obediência pra justiça’…’


Rádio Novo Tempo

sábado, 25 de abril de 2015

Que Espírito conduziu Jesus ao deserto?



Desde seu nascimento Jesus havia sido guiado e instruído pelo Espírito Santo (Mateus 3:16; Lucas 2:52), mas na ocasião do seu batismo, o Espírito desceu sobre Ele em sua plenitude para enchê-lo de sabedoria e capacidade para assim, cumprir a missão que lhe havia sido designada. Jesus foi guiado ‘passo a passo’ pela vontade do Pai, ‘em harmonia com o plano’ que ‘esteve diante dele perfeito em todos os seus detalhes’ antes que Ele viesse ‘ao mundo’ (Lucas 2:49).

Marcos usa uma expressão mais forte: ‘O Espírito o impulsionou ao deserto’. (Marcos 1:12).


Jesus não provocou a tentação, nem tão pouco se arriscou de livre escolha no terreno enfeitiçado do diabo. Ele se retirou ao deserto para estar sozinho com o seu Pai e para meditar na missão que teria pela frente.


Satanás, como está sempre nos perseguindo, após 40 dias de jejum de Jesus, imaginou que Ele estaria fraco o suficiente para cair em suas ciladas.

Mas Jesus não se deixou dominar pelo apetite como Eva no Jardim do Éden. Jesus venceu a Satanás exatamente nos pontos em que nossos primeiros pais caíram. Assim Jesus tornou-se merecedor de ser nosso líder maior e nosso intercessor diante do Pai.


Rádio Novo Tempo

É pecado irar-se?


O salmista escreveu:“Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai” (Salmos 4:4). Paulo reforça esse ensinamento dizendo: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Efésios 4:26). Podemos tirar algumas lições a partir desses versículos.

(1) É possível irar-se e não pecar. Contudo, devido à nossa natureza, creio que seja muito mais fácil irar e pecar. Então vamos entender um pouco sobre a ira.
O termo “ira” denota um sentimento de inconformidade, indignação por alguma injustiça ou coisa semelhante. Essa ira não é pecaminosa, pois a atitude seguinte é a de tentar fazer justiça, acertar as contas, no sentido de buscar um entendimento, um acordo ou uma reconciliação, mas de forma cristã. Isso envolve diálogo, brandura, perdão, etc. Quando o termo “ira” se relaciona mais com o sentimento de raiva, ódio, que também pode ser oriundo de uma injustiça, ou desentendimento, e tem por consequência uma atitude hostil que busca fazer justiça com as “próprias mãos” (algum tipo de vingança), entendo que esse tipo de reação caracteriza-se como uma reação pecaminosa: “não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor” (Romanos 12:19).
 Somos todos tão imperfeitos, pecadores e destituídos da glória de Deus (Romanos 3:23). Mas Cristo nos admoesta com as seguintes palavras: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus. 5:48). Perfeição não é sinônimo de impecabilidade ou infabilidade. O termo em grego teleios poderia ser traduzido como “maduro” ao invés de “perfeito”. Na caminhada cristã, Deus deseja que o indivíduo se torne maduro. Ao aceitar a Cristo e permanecer nEle, o Espírito Santo se manifesta na vida do cristão e este produz o fruto do Espírito que é “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,  mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5:22-23).
(2) O segundo ponto que gostaria de destacar é o que o salmista diz: “consultai no travesseiro o coração e sossegai”. Isso significa fazer uma leitura dos fatos, refletir, e buscar o sossego e a paz! É por isso que Paulo complementa aconselhando que o cristão não deve “deixar o sol se pôr” sem que haja uma reconciliação. Portanto, posso dizer com franqueza que Deus deseja que seus filhos vivam em harmonia e em paz. Gosto muito do texto de Ellen White que diz: “O poder do amor possui força maravilhosa, porquanto é divino. A resposta branda 'desvia o furor', o amor 'é sofredor é benigno', o amor 'cobre uma multidão de pecados' - sim se aprendêssemos estas lições, quão grande seria o poder para curar de que seríamos dotados!" (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 195).

O perdão proveniente de um amor sincero tem grande poder para curar traumas emocionais e trazer a harmonia do Céu.

“A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei” (Romanos 13:8). Que Deus lhe abençoe e lhe ajude a resolver esses problemas.

Um forte abraço,


Pr. Frederico Branco

8 A certeza da restauração - Famílias Restauradas / Semana da Família 2015

A Morte de um Papagaio



Uma mulher comprou um papagaio, levou-o para casa, e depois o devolveu à loja de animais no dia seguinte. – “Este pássaro não fala”, disse ela ao proprietário. – “Ele tem um espelho?” perguntou o dono da loja. “Papagaios adoram espelhos. Eles se vêem e começam a conversar”. Então a mulher comprou o espelho. No dia seguinte, ela voltou. O pássaro ainda não estava falando. – “Que tal uma escada? Papagaios adoram subir e descer escadas. Um papagaio feliz tem mais probabilidade de falar”. A mulher comprou uma escada. Mas é lógico que, no dia seguinte, lá estava ela de volta; o pássaro continuava mudo. – “O seu papagaio tem um balanço? Se não tem, o problema está aí. Com um balanço, ele vai relaxar e desatar a falar sem parar”. Embora relutante, a mulher comprou um balanço e saiu. Quando ela entrou na loja no dia seguinte, sua expressão havia mudado. “O papagaio morreu”, disse ela. O dono da loja ficou chocado. “Sinto muito. Diga-me, ele chegou a falar alguma coisa?” perguntou ele. – “Sim, logo antes de morrer”, respondeu a mulher. “Ele disse: ‘Eles não vendem nenhuma comida nessa loja de animais?’” A moral desta história é: Você pode desperdiçar sua vida com espelhos, concentrando-se na sua aparência; com escadas, concentrando-se no sucesso na carreira; com balanços, concentrando-se em diversão – e morrer de fome espiritualmente. Se não se alimentar da Palavra de Deus todos os dias, você morrerá espiritualmente! Jeremias disse: “Achando as Tuas palavras, logo as comi, e a Tua palavra foi para mim o gozo e a alegria do meu coração”. “…Você é o que você come. Alimente-se da Palavra de Deus…”


Autor:Danilo Sousa

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Origens do adventismo: uma viagem histórica

Fogo divino


Descubra por que o Espírito Santo é retratado nas Escrituras como um personagem divino em ação, ao contrário do que dizem alguns cristãos.

Os autores bíblicos não teorizam sobre a identidade do Espírito Santo, mas assumem que ele é a poderosa e criativa presença pessoal de Deus no mundo. Foto: LightStock
Os autores bíblicos não teorizam sobre a identidade do Espírito Santo, mas assumem que ele é a poderosa e criativa presença pessoal de Deus no mundo. Foto: LightStock

Nos últimos anos, notáveis teólogos têm escrito sobre o Espírito Santo. Se antes era comum um autor iniciar um tratado de pneumatologia (estudo do Espírito) lamentando a falta de obras sérias sobre o assunto, agora é preciso começar ressaltando a mudança. Não mais se pode dizer que o Espírito Santo seja uma figura esquecida. O teólogo Robert Imbelli, de fato, comenta que o Espírito está rapidamente se tornando “o membro mais popular” da Divindade.

Porém, esse não é o quadro completo. Até pouco tempo atrás, a pneumatologia era um campo negligenciado, a “última fronteira inexplorada da teologia”, como disse Nikolay Berdayev no livro Spirit and Reality. A rigor, ainda não temos estudos acadêmicos em número suficiente, especialmente em português, embora o corpo literário sobre o tema esteja crescendo cada vez mais. Para fazer justiça, é bom observar que no Oriente o Espírito Santo sempre teve boa visibilidade na teologia, o que está acontecendo agora no Ocidente.

O Espírito Santo precisa ser estudado e buscado porque ele é tão essencial quanto o Pai e o Filho, caso desejemos levar a sério a doutrina da Trindade. Como diz Eugene Rogers em After the Spirit: “Se o Espírito é dispensável para o mundo, então o Deus triúno também é”. Mas como definir esse personagem?

INTERPRETAÇÕES

Ao longo da história do cristianismo, sérias controvérsias têm surgido sobre a natureza do Espírito Santo. Para colocar o assunto em perspectiva, até o 3º século, o trinitarianismo da igreja estava basicamente interessado nas manifestações da Divindade no contexto da salvação, preocupando-se com a missão dos dois agentes de Deus (o Filho e o Espírito Santo) no mundo. Nessa fase, dava-se certa primazia ao Pai. Então veio o modalismo, que foi uma tentativa de afirmar a plena divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo eliminando a distinção entre os três. Em reação à proposta modalista, o presbítero Ário ultrarradicalizou na direção do que ele entendia ser o antigo padrão correto, criando um abismo entre os membros da Divindade e colocando-os em categorias diferentes. Para restringir o arianismo, o Concílio de Niceia (325 d.C.) definiu o relacionamento Pai-Filho em termos de igualdade. Mais tarde, esses e outros fatores colocaram a natureza do Espírito Santo na agenda oficial da igreja. Portanto, desde o 4º século a corrente central do cristianismo tem apoiado a divindade e a personalidade do Espírito Santo.

Em termos de adventismo, parece que alguns pioneiros antitrinitarianos do século 19 tinham mais dificuldade para aceitar a personalidade do Espírito Santo do que a sua divindade, embora considerassem sua natureza divina apenas “um reflexo da divindade de Deus”, como observou Christy Mathewson Taylor. Para os que pensavam assim, o Filho era verdadeiramente pessoal, mas não plenamente divino, enquanto o Espírito Santo era verdadeiramente divino, mas não plenamente pessoal.

Hoje, o adventismo oficial é solidamente trinitariano e ortodoxo em relação à Divindade. Por volta do fim do século 19, ele já havia amplamente se movido na direção do trinitarianismo. Essa mudança, segundo Richard Schwarz e Floyd Greenleaf, autores de Portadores de Luz, pode ser atribuída grandemente a sentimentos expressos com frequência crescente por Ellen White.

CONCEITO BÍBLICO

Para aprofundar sua compreensão sobre o Espírito, a igreja deve apostar na investigação bíblica contínua. Afinal, as Escrituras são a matriz da teologia cristã. Quando olhamos para nossa fonte inesgotável de informação revelada em busca da identidade do Espírito Santo, o que encontramos?

Linguisticamente, tanto ruah (hebraico) quanto pneuma (grego) significam “fôlego/sopro”, “vento”, “ar em movimento” (veja o quadro “Dados bíblicos”). Conforme R. Albertz e C. Westermann explicam no Theological Lexicon of the Old Testament, os verbos associados com ruah são distribuídos “quase exclusivamente em duas categorias: (1) verbos de movimento e (2) verbos de colocar em movimento”. O significado básico de ruah, uma provável onomatopeia (palavra que imita o som de alguma coisa), é “vento” e “sopro” entendidos como o poder vital encontrado nesses fenômenos, e não como essência. No Novo Testamento, pneuma tinha basicamente o mesmo sentido, mas foi ganhando um tom religioso e psicológico mais técnico.

Lloyd Neve, autor de The Spirit of God in the Old Testament, acredita que o conceito hebraico de ruah fosse único: “Quando Israel falou do ruah de Deus, estava usando um conceito não encontrado em nenhum outro lugar do antigo Oriente Próximo. Nas culturas mesopotâmicas, o vento certamente existia e funcionava na esfera divina como um instrumento especial dos deuses, e no Egito era até divinizado como o deus Amon-Rá. Contudo, nenhuma outra nação do antigo Oriente Próximo falou de seus deuses como tendo um espírito. Em um povo peculiar, com um Senhor singular, ele era um conceito único.”

Para os hebreus, ruah tinha certamente a conotação de movimento, poder e mistério. No entanto, William Schoemaker explica que, na mentalidade hebraica antiga, “as duas principais características do vento eram energia e invisibilidade”. A ideia de “ar em movimento” veio mais tarde. Como Alasdair Heron observa em The Holy Spirit, o forte vento observado pelos israelitas, como aquele que dividiu o Mar Vermelho (Êx 14:21), “não é idêntico ao próprio ruah de Deus, mas seu poder elementar o tornou uma poderosa imagem da força divina”; na mente das pessoas do Antigo Testamento, ruah “carregava um senso do impacto devastador de Deus sobre os seres humanos e seu mundo”.

Em nossa mente ocidental, a palavra “espírito” costuma ser associada com algo etéreo, sem substância. Porém, a intangibilidade não era a ênfase primária dos autores bíblicos. Na Bíblia, ruah e pneuma não devem ser vistos basicamente como algo imaterial, em oposição a conceitos de “corpo” e “corporal”, mas como um poderoso e dinâmico princípio de vida que anima o corpo. Quando a Bíblia apresenta Deus como espírito, a ênfase parece estar no poder sem limites, na capacidade de cruzar todas as fronteiras e estar efetivamente em todos os lugares ao mesmo tempo.

Retratado na Bíblia como vento, fogo, água, óleo, nuvem e pomba, entre outros símbolos que expressam suas ações, o Espírito Santo causa efeitos maravilhosos. O objetivo primário dessas imagens não é descrever quem é o Espírito Santo, mas mostrar o que ele faz. Por exemplo, quando falamos de chuva, o foco não é entender esse fenômeno de maneira abstrata, mas ver o solo molhado e notar a natureza ser revitalizada. Por isso, o Espírito Santo não pode ser apenas uma teoria.

Esses aspectos nos ajudam a entender um pouco desse ser enigmático; mas, obviamente, não temos uma compreensão absoluta sobre ele. Como sublinha Ellen White em Atos dos Apóstolos (p. 51, 52), o pleno conhecimento da natureza exata do Espírito Santo é (1) impossível (é um “mistério”, um assunto não revelado, algo profundo demais para a mente humana, em que o “silêncio é ouro”) e (2) não é essencial para a salvação. Indispensável é conhecer experiencialmente o Espírito Santo e o que ele faz. No entanto, a Bíblia não nos deixa no escuro.

PESSOA DIVINA

Muitos acham mais fácil aceitar a divindade do que a personalidade do Espírito Santo. Que ele é divino fica claro em uma série de textos que focalizam seus títulos, associações e tarefas. Deus está onde o Espírito está (1Co 3:16, 17; 6:19). As ações de ambos são intercambiáveis.
A dificuldade maior tem que ver com a personalidade do Espírito Santo. Será que os autores bíblicos realmente o viam como um ser pessoal? Em caso afirmativo, eles o viam como uma personalidade distinta de Deus e de Cristo? Essas perguntas podem ser anacrônicas em relação aos autores bíblicos, mas se tornaram importantes para o público cristão posterior. Quando se considera o Espírito Santo uma figura divina, três hipóteses podem ser levantadas: (1) um ser criado semidivino, uma espécie de superanjo; (2) outro nome/estado para o Cristo glorificado; e (3) uma expressão personalizada da Divindade.

A hipótese número 1 é totalmente antibíblica e levaria ao politeísmo. Os anjos são espíritos ministradores (Hb 1:14), mas não são o Espírito de Deus. Na Bíblia, o Espírito Santo nunca é apresentado como um anjo. Para perceber o absurdo de considerá-lo o anjo Gabriel, a terceira pessoa em um ranking a partir de Deus, é suficiente relembrar que Maria foi engravidada pelo poder do Espírito Santo, igualado ao poder do Deus todo-poderoso (Mt 1:18, 20; Lc 1:35). Estão os defensores dessa hipótese preparados para aceitar a lógica (isto é, ilógica) conclusão de que Jesus foi gerado por um anjo?

A hipótese número 2 tem alguns defensores. Muito cedo, um segmento da tradição cristã começou a identificar o Espírito com o Cristo preexistente e, consequentemente, com o Cristo ressuscitado/exaltado. No evangelho de João, especialmente em 14:15-26, vemos um impressionante paralelismo entre Cristo e o Espírito, o que sugere uma identificação funcional dos dois. Como diz Gary Burge, em The Anointed Community, Cristo foi o “molde” que João usou para falar do Espírito Santo. A personalidade do Parakletos joanino reflete inteiramente a personalidade de Cristo. Contudo, “o paralelo funcional simplesmente significa que o Parakletos serve como a presença de Jesus enquanto Jesus está ausente”.

O fato de o Espírito Santo não falar de si mesmo, mas de Cristo (Jo 16:13), sugere que ele não é Cristo, senão estaria falando de si mesmo. O Espírito Santo é o representante de Cristo. Além disso, foi o Filho quem encarnou, não o Espírito Santo. Assim como João (14:9-11) identifica Cristo com o Pai e, no entanto, os dois não são a mesma pessoa, a identificação de Cristo com o Espírito Santo não os torna a mesma pessoa.

Em 2 Coríntios 3:18, Paulo menciona o “Senhor, o Espírito”, mas também não está fazendo uma identificação total. No verso 17, uma alternativa gramaticalmente aceitável é “o Espírito é Senhor”, implicando que o Espírito Santo é Yahweh, o Senhor do Antigo Testamento. Linda Belleville sugere que a tradução poderia ser: “Agora o termo ‘Senhor’ se refere ao Espírito Santo.” Outra opção, aparentemente estranha, mas viável, é “o Senhor do Espírito”, significando que Cristo é o Senhor do Espírito Santo, pois este o representa pessoalmente.

Aqui vale mencionar uma afirmação um tanto misteriosa de Ellen White escrita em fevereiro de 1895: “Limitado pela humanidade, Cristo não poderia estar em todos os lugares pessoalmente; portanto, era vantagem para eles [os discípulos] que ele os deixasse, fosse para o Pai e enviasse o Espírito Santo como seu sucessor na Terra. O Espírito Santo é ele próprio despido da personalidade humana e independente dela” (Manuscript ­Releases, vol. 14, p. 23).
box-RA-abril-Logos-fogo-divino


À primeira vista, parece que ela está identificando Cristo com o Espírito Santo. Porém, o contexto mostra que não é esse o caso, conforme demonstrou o Dr. Alberto Timm na Revista do Ancião (julho-setembro de 2005). Outras declarações da autora tornam claro que ela considerava o Espírito Santo uma personalidade distinta. Em Evangelismo (p. 617), a autora escreveu: “O Espírito Santo tem personalidade, do contrário não poderia testificar ao nosso espírito e com nosso espírito que somos filhos de Deus. Deve ser também uma pessoa divina, do contrário não poderia perscrutar os segredos que jazem ocultos na mente de Deus.”

Portanto, a hipótese número 3 (acima) é a mais coerente. Se considerarmos o todo das Escrituras, devemos ver o Espírito Santo como uma pessoa divina. Ele é Deus/Cristo em ação, mas é uma personalidade real e se manifesta com uma identidade distinta. O Espírito Santo é a presença pessoal da Divindade no Universo. É o que possibilita a efetividade de Deus em todas as partes do cosmos de forma inteligente, sem depender das criaturas. É a liberdade e o poder que Deus tem de ser transcendente e imanente ao mesmo tempo.

EVIDÊNCIAS

Há um debate quanto à personalização do Espírito Santo no Antigo Testamento. Podemos dizer que o Espírito está presente no Antigo Testamento de modo pessoal, mas conseguimos vislumbrar melhor sua silhueta quando o contemplamos com a lente do Novo Testamento. A revelação não é contraditória, mas é progressiva. Cristo trouxe uma nova revelação não apenas sobre o caráter do Pai, mas também sobre sua própria identidade e a identidade do Espírito Santo.

No Novo Testamento, encontramos vários indícios de que o Espírito Santo é um agente divino. Os autores bíblicos, especialmente João, Lucas e Paulo, o retratam como um personagem divino na dinâmica da salvação – o que nos dá o direito de fazer o mesmo. Para citar algumas ações, o Espírito pensa, sente, fala, escolhe, decide, aponta, envia, comanda, convence, intercede, guia e santifica. Os textos que indicam as ações inteligentes e propositais dele são muitos para citar. Apenas como exemplos, podemos mencionar João 15:26; 16:8; 16:13; Atos 10:19; 13:2; 16:6-12; e Romanos 8:26; 15:16. Seus atributos, tratamentos e atividades pressupõem uma personalidade inteligente. Assim como o pronome “eu” é usado por Deus (Êx 3:14), Cristo (Mc 14:62) e os anjos (Ap 22:9), o Espírito Santo também diz “eu” (At 13:2). Essa perspectiva de “primeira pessoa” indica personalidade.

Na tentativa de despersonalizar o Espírito Santo, alguns o identificam com o poder de Deus. Naturalmente, o Espírito é o poder de Deus; porém, é mais do que isso. Por exemplo, Lucas informa que “Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder” (At 10:38), e diz que Jesus voltou do deserto “no poder do Espírito” (Lc 4:14). Isso sugere que “Espírito” e “poder” não podem ser equacionados pura e simplesmente. Seria redundância dizer “o poder do Espírito” se ele fosse apenas um poder impessoal. O poder acompanha o Espírito Santo, mas o Espírito é o agente de poder.

Em Romanos 11:34 e em 1 Coríntios 2:16, o apóstolo Paulo, fazendo alusão a Isaías 40:13, diz que nós “temos a mente de Cristo”, mas isso igualmente não significa que o Espírito Santo seja a mente de Cristo/Deus. O ponto implícito é: ninguém conhece a mente do Senhor, mas nós que temos a mente (= Espírito) de Cristo a conhecemos. É bom lembrar que, em Romanos 8:27, Paulo inverte a perspectiva, escrevendo que Deus “sabe qual é a mente do Espírito”. Nesse caso, o Espírito Santo é visto como distinto de Deus, pois ele intercede pelos santos.

Vários autores, alguns num nível semipopular, outros num âmbito mais sofisticado, têm construído um argumento gramatical em favor da personalidade do Espírito Santo a partir dos pronomes aplicados a ele em João 14 a 16. A palavra pneuma é neutra em grego e, tecnicamente, exigiria pronomes neutros impessoais. Porém, contrariando a gramática, João (14:26; 16:8, 13, 14) emprega pronomes pessoais masculinos como “ele” (ekeinos) em relação ao Espírito Santo. O próprio George Ladd afirma em sua conhecida obra A Theology of the New Testament: “Onde pronomes que têm pneuma como seu antecedente imediato estão no masculino, só podemos concluir que a personalidade do Espírito Santo está sendo sugerida.” Porém, essa linha de argumento não deve ser supervalorizada, pois, como mostrou o especialista em grego Daniel Wallace, o substantivo masculino Parakletos (Consolador) influencia o tratamento de Pneuma (Espírito).

Talvez seja mais consistente enfatizar o papel do Confortador. Em João 14:16, Jesus usa a palavra grega allon (“outro” da mesma espécie, ordem ou qualidade, “outro igual”) ao falar do Parakletos. Se Jesus tinha uma personalidade, então o Espírito Santo também deve ter, já que ele é como Jesus e o representa. O Espírito é chamado quatro vezes de “Confortador”, não um mero “conforto”. Para todos os efeitos, quando o Espírito Santo age, é o Deus pessoal quem está agindo, não um poder impessoal. Ele representa o próprio Deus/Cristo em ação.

Os autores bíblicos às vezes usam expressões impessoais em relação ao Espírito Santo, como “batizar”, “derramar”, “encher”, “selar” e “ungir”. Mas essa linguagem metafórica não deve ser considerada evidência de impessoalidade, pois os autores usam o mesmo tipo de linguagem em referência a Moisés ou a Cristo. Os israelitas foram “batizados” em Moisés e “beberam” da rocha/Cristo (1Co 10:2, 4). Os crentes são “batizados” em Cristo e “revestidos” de Cristo (Rm 6:3; Gl 3:27). As palavras podem ser figuradas e ter mais de um sentido.

PRESENÇA GLORIOSA

Um dos conceitos mais belos a respeito do Espírito Santo é o de que ele é a gloriosa presença pessoal de Deus no Universo. Em várias instâncias, Espírito e presença são sinônimos. Essa equivalência é vista nos paralelismos da poesia hebraica. Dois exemplos: “Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito” (Sl 51:11); “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face [presença]?” (Sl 139:7).

Os escritores do Novo Testamento também retratam o Espírito Santo como o meio pelo qual Deus está presente com seu povo. O mesmo verbo usado pela Septuaginta, tradução grega do Antigo Testamento, para descrever a presença da nuvem gloriosa sobre o tabernáculo em Êxodo 40:35 (episkiazo, “cobrir”, “envolver”, “sombrear”) é empregado para explicar a ação do Espírito sobre Maria (Lc 1:35) e sobre Jesus e os discípulos na transfiguração (Mt 17:5; Mc 9:7; Lc 9:34). Segundo Paulo, Deus habita nos crentes através de seu Espírito (1Co 3:16; 6:19; Ef 2:22).

O conceito de presença não é incompatível com a ideia da personalidade do Espírito Santo. Longe de ser uma simples essência ou energia material, ou poder despersonalizado, o Espírito é o dinamismo inteligente e pessoal de Deus ao ele se relacionar com o Universo, incluindo todas as categorias de seres e níveis de realidade. O Ruah/Pneuma bíblico é Deus manifestado e percebido como uma personalidade infinita, misteriosa e imprevisível movendo-se em íntima proximidade conosco, o poderoso vento divino criando um ambiente de intimidade e conspirando para a vida, a sabedoria e o amor.

Enfim, como Griffith Thomas sumariza em The Holy Spirit of God, “o Espírito Santo é pessoal porque Deus é pessoal e é divino porque Deus é divino; embora possa ser dito que a personalidade do Espírito não seja tão evidente como a personalidade do Pai e a do Filho, é impossível pensar verdadeiramente a respeito do Espírito Santo como impessoal”. Acima de tudo, ele é divino e pessoal porque é Deus. Enquanto o Filho corporifica e localiza o Pai, o Espírito espiritualiza e universaliza Deus – para personalizá-lo para cada um. Se Cristo é Deus conosco e por nós, o Espírito é Deus em nós.

MARCOS DE BENEDICTO, doutor em Ministério, é editor da Revista Adventista

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Mais antiga evidência de vida na Terra está errada



Os fósseis que não eram fósseis

Análise do que eram chamados “fósseis mais antigos do mundo” - os microfósseis de 3,4 bilhões de anos de Apex chert - sugere que eles, na verdade, não são fósseis. De acordo com os pesquisadores, pilhas de minerais apenas deram essa aparência dentro das rochas. Esses microfósseis são frequentemente rotulados como a mais antiga evidência de vida na Terra. Agora, os livros didáticos podem ser reescritos com base nessas novas reivindicações. David Wacey, um curador na Universidade da Escola de Ciências da Terra de Bristol, trabalhou em colaboração com o falecido professor Brasier. Eles revelaram os novos dados, publicados na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos EUA, que mostraram que os microfósseis de Apex chert compreendem pilhas de minerais de argila em forma de placa, dispostos em cadeias semelhantes a vermes ramificados e cônicos. O carbono foi absorvido para as bordas desses minerais durante a circulação de fluidos, dando uma falsa impressão de vida fossilizada.

Wacey e sua equipe examinaram fatias ultrafinas de candidatos a “microfósseis”, para construir mapas em nanoescala de seu tamanho, forma, química e distribuição de carbono mineral. “Logo ficou claro que a distribuição de carbono era diferente de todas as outras observadas em microfósseis autênticos”, disse ele. “A falsa aparência de compartimentos celulares é dada por vários pratos de minerais de argila que têm uma química inteiramente compatível com um ambiente hidrotermal de alta temperatura.”

Ele disse que, em alta resolução, ficou claro que os “microfósseis” “pareciam ter uma morfologia espetada”, que era devido aos cristais de argila revestidos de ferro e carbono.

Antes de sua morte, o professor Brasier comentou: “Essa investigação deve, finalmente, proporcionar um capítulo final para o debate do microfóssil de Apex. Essas discussões têm nos encorajado a refinar tanto as perguntas e as técnicas necessárias para procurar vida remota no tempo e no espaço, incluindo os sinais de Marte ou além. Espera-se que os livros didáticos e sites agora se concentrem nas descobertas recentes e mais robustas de microfósseis de idade semelhante aos de Western Austrália, também por nós examinados no mesmo artigo.”

(Jornal Ciência)

Nota: A vida não está fácil para os evolucionistas... Primeiro foi o “osso vestigial” da baleia que caiu por terra como suposta evidência de evolução (confira aqui); agora é a vez dos “fósseis mais antigos do mundo”. É claro que os evolucionistas vão dar mil e uma explicações e voltarão à caça de outras “evidências”. Só fico pensando se esses erros tivessem sido cometidos por criacionistas... Aí não haveria perdão nem explicação. Que a boa ciência, experimental, empírica, continue revelando a verdade dos fatos. [MB]

7 Um relacionamento de perdão - Famílias Restauradas / Semana da Família 2015

6 opções vegetais para substituir a proteína animal

Renata_Proteinas


Muitas pessoas temem o vegetarianismo porque acreditam que não podem viver sem a carne. Acreditam que sem ela faltará nutrientes para o corpo e poderá até ocasionar doenças.  

Mas será que realmente precisamos da carne para ser saudáveis?

Será possível sobrevivermos sem ela?

Sim! É tão possível que o novo guia alimentar brasileiro divulgado pelo ministério da saúde não considera a carne como essencial para a saúde humana, referindo-se aqui a todo tipo de carne: vaca, frango, porco, peixes e etc.

No entanto quando decidimos nos abster de determinados alimentos é imprescindível que se tenha maior atenção na escolha e combinação dos demais alimentos para que se tenha refeições saudável. Porque é bem verdade que se deixar de comer a carne, porém não fizer refeições saudáveis e completas, a tentativa de deixar a carne para ter mais saúde, pode ser um “tiro que sairá pela culatra”.

A proteína presente nas carnes é uma das principais alegações daqueles que defendem que não podemos viver sem este alimento, no entanto as proteínas essenciais aos seres humanos podem ser obtidas facilmente através dos alimentos de origem vegetal.

Citemos aqui alguns exemplos de fontes de proteínas que podem substituir (nutricionalmente) as carnes:

1.Arroz integral: O arroz, um alimento bastante tradicional no prato dos brasileiros, porém na versão refinada. Apenas o fato de trocar o “arroz branco” pelo integral, já terá uma boa fonte de proteínas, cerca de 2,5%. Porém o arroz integral mesmo sendo ótima fonte de proteína, ele sozinho não estará na versão completa que o ser humano precisa, por isso é indicado que seja consumido combinado com grãos como ervilhas, feijões, lentilhas, grão-de-bico, que também são alimentos ricos em proteínas e que combinados ao arroz oferecerão ao organismo todos os aminoácidos essenciais necessários.

2.Cogumelos: Existe uma variedade deles (shitake, shimeji, funghi, champignon…) e atualmente estão cada vez mais acessíveis a população. 100 gramas de cogumelos já prontos para o consumo tem a mesma quantidade de proteínas que 100 gramas de carne vermelha.

3.Brotos: Brotos tais como os de girassol, feijão, alfafa são riquíssimos em proteínas. Por ser um alimento jovem e cheio de energia, cai muito bem em qualquer tipo de dieta. Além das proteínas também são ricos em vitaminas do complexo B e magnésio.

4.Sementes: as sementes ajudam a incluir proteínas nas dietas vegetarianas. Podemos citar várias delas, tais como: semente de abobora, girassol, pistache, amêndoas, chia… Muitas destas além de proteínas são também fonte de ômega-3. Uma vez que uma das maiores fontes de ômega-3 são os peixes, para os vegetarianos, o consumo de sementes também são substitutos deste nutriente. Vale ressaltar que se deve fugir do consumo de sementes industrializadas e cheias de sal, já que neste formato poderão trazer prejuízos a saúde.

5.Folhas verdes escuras: Os nutrientes das folhas verdes escuras ajudam na absorção das proteínas advindas de outros alimentos e também são ricas em ferro. Seria muito importante ter folhas verdes em todas as refeições.

6.Coco: Conhecido como carne branca, o coco é uma ótima fonte de proteínas. Alimento completo, é excelente substituto de carne, queijos, ovos e leite, aos quais é superior. Rico em proteínas, gorduras, sais, hidratos de carbono e vitaminas A, B1, B2, B5 e C. É preferível que seja ingerido sempre in-natura ou como “leite”.
É importante lembrar que a carne nunca deve ser substituída por um único alimento, é a variedade na alimentação e a combinação de vários deles que dará a substituição adequada. Sempre que possível é importante consultar um profissional da área especializado em nutrição vegetariana para que ele possa orientar a cada pessoa quanto as substituições levando em consideração as particularidade de cada individuo.

Escolher abster-se de alimentos prejudiciais e buscar alimentações naturais e equilibradas não é algo que favorecerá apenas o corpo e a saúde física, mas refletirá também na saúde mental e espiritual. É plano de Deus que seus filhos vivam cada vez mais próximo de Seu ideal.

Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. 
1 Coríntios 10:31

Via Tudo para Vegetarianos

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Dia da Terra


Planeta Terra
Contemplando a ordem da Terra, do sistema solar e do universo estelar, cientistas e estudiosos concluíram que o Grande Projetista não deixou nada para o acaso. A inclinação da Terra, por exemplo, de 23 graus, produz as nossas estações. Os cientistas dizem-nos que, se a Terra não tivesse a exata inclinação que tem, os vapores dos oceanos mover-se-iam para norte e sul, cobrindo os continentes de gelo. Se a Lua estivesse a 80 mil quilômetros da Terra, em vez de 320 mil, as marés seriam tão enormes que todos os continentes seriam submergidos pela água — até mesmo as montanhas seriam afetadas pela erosão.

Se a crosta terrestre fosse apenas três metros mais grossa, não haveria oxigênio, e sem ele toda a vida animal morreria. Se os oceanos fossem uns poucos metros mais profundos, o dióxido de carbono e o oxigênio teriam sido absorvidos e nenhuma vida vegetal poderia existir. O peso da Terra foi estimado em seis sextilhões de toneladas (isso é um 6 seguido de 21 zeros). Ela tem, ainda assim, um equilíbrio perfeito e gira com facilidade no seu eixo. Ela revolve diariamente à razão de mais de 1.600 quilômetros por hora ou quarenta mil quilômetros por dia. Num ano isso dá mais de catorze milhões de quilômetros. Considerando o extraordinário peso de seis sextilhões de toneladas girando a essa fantástica velocidade ao redor do seu eixo invisível, as palavras de Jó 26:7 assumem significado sem paralelo: “Ele …faz pairar a terra sobre o nada”.

A Terra revolve em sua própria órbita ao redor do Sol, percorrendo a cada ano o longo circuito elíptico de 965 milhões de quilômetros — o que significa que viajamos nessa órbita à velocidade de trinta quilômetros por segundo, ou 1.800 quilômetros por hora.
Jó nos convida ainda a meditar sobre “as maravilhas de Deus” (37:14). Considere o Sol. Cada metro quadrado da superfície do Sol emite constantemente um nível de energia de 130 mil cavalos-força (isto é, aproximadamente 450 motores de oito cilindros) em chamas que estão sendo produzidas por uma fonte de energia muito mais potente que carvão. Os nove grandes planetas no nosso sistema solar estão distantes do Sol entre 57 milhões e cerca de cinco trilhões e oitocentos bilhões de quilômetros; cada um deles gira ao redor do Sol com absoluta precisão, com órbitas que variam entre 88 dias para Mercúrio e 248 anos para Plutão. Ainda assim o Sol é apenas uma estrela menor nos 100 bilhões de astros que compõem a nossa galáxia, a Via Láctea. Se você fosse capaz de enxergar bem o suficiente, uma moeda de dez centavos estendida à distância de um braço ocultaria quinze milhões de estrelas.

Quando tentamos apreender mentalmente as quase incontáveis estrelas e outros corpos celestes encontrados na nossa Via Láctea, apenas, somos levados a ecoar o hino de louvor de Isaías ao Todo-Poderoso Criador: “Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força, e forte em poder, nem uma só vem a faltar” (40:26).
Não é de admirar que Davi clame: “Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade. Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres emudecer o inimigo e o vingador. Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites?” (Sl 8:1-4).[1]
A criação revela tanto poder que desconcerta nossa mente e deixa-nos sem palavras. Somos enamorados e encantados pelo poder de Deus. Gaguejamos e hesitamos diante da santidade de Deus. Trememos diante da majestade de Deus… e apesar disso mostramo-nos melindrosos e ressabiados diante do amor de Deus.

Essa fascinante coleção de dados científicos foi extraída de uma apresentação realizada no Rotary Clube de Sea Island, na Geórgia, em 1978. – Evangelho Maltrapilho, Brennam Manning, pág. 15 e 16.



[fve]http://youtu.be/jteAtp2Nhxg[/fve]

Existem 20 Mandamentos?



A Bíblia é inerrante, por isso que possamos ter certeza de que não existem verdadeiras contradições nos manuscritos originais. No entanto, alguns tentaram afirmar que a Bíblia registra erroneamente 20 mandamentos em vez de 10. A alegação é que Deus escreveu os Dez Mandamentos, e Moisés escreveu mais dez. Neste caso, no entanto, não há nem mesmo uma contradição entre Êxodo 20 e 34, bem como não há dois conjuntos de dez mandamentos, que são diferentes em termos de conteúdo. Aqui estão os versículos-chave de Êxodo 34.

Deus diz que vai escrever sobre as tábuas de pedra dos Dez Mandamentos de novo:

E o Senhor disse a Moisés: "Corte duas tábuas de pedra, como as primeiras, e eu escreverei nas tábuas as palavras que estavam nas primeiras tábuas, que tu quebraste. Então esteja pronto na parte da manhã, e chegar na parte da manhã ao Monte Sinai, e apresenta-te a Mim lá no topo da montanha. E ninguém deve vir para cima com você, e que nenhum homem seja visto por toda a montanha; nem ainda ovelhas nem bois se alimentem defronte aquela montanha ". Então ele cortou duas tábuas de pedra, como as primeiras. Então Moisés levantou-se de manhã cedo e subiu ao monte Sinai, como o Senhor lhe tinha ordenado; e ele tomou nas mãos as duas tábuas de pedra. (Êxodo 34: 1-4)

Deus ordena a Moisés para escrever uma lista de regras:

Então o Senhor disse a Moisés: "Escreve estas palavras, pois de acordo com o teor destas palavras tenho feito aliança contigo e com Israel." Então, ele estava lá com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água. E Ele escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos. Agora era assim, quando Moisés desceu do Monte Sinai (e as duas tábuas do testemunho na mão de Moisés quando desceu do monte), Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois que falara com Ele. (Êxodo 34: 27-29)
Em Êxodo 34: 5-26, Deus deu a Moisés mandamentos que ele estava a escrever textualmente. Esses mandamentos foram para não fazer acordos com os habitantes de Canaã, e para destruir os seus ídolos e bosques. Deus também ordena a Moisés para dizer às pessoas para manter as festas sagradas que Ele estabeleceu. Estes mandamentos não são, nem foram suposto ser o mesmo que as "dez palavras" ou o Decálogo. Isso é evidente pelo uso da frase "essas palavras" no versículo 27, que remete para as instruções nos versículos anteriores. Os Dez Mandamentos foram, então, escritos por Deus nas tábuas no segundo momento (Êxodo 34:28; Deuteronômio 10: 2-4).

A Fonte da aparente contradição: Antecedente Ambíguo

Não há contradição aqui. O único problema é que o antecedente para o pronome ele é ambíguo na segunda metade do versículo 28. Por isso, alguns tentaram forçar uma contradição aqui, alegando que era Moisés e não Deus, que escreveu o segundo conjunto dos dez mandamentos. Lembre-se de que foi Deus quem escreveu as primeiras tábuas, e Moisés partiu-os com raiva (Êxodo 31:18, 32: 15-16, 32:19). Embora em Êxodo 34:28 o antecedente não é claro, outras passagens deixam claro que Deus também escreveu o segundo conjunto de tábuas que contêm os dez mandamentos.

A Solução para a aparente contradição: Comparar Escritura com Escritura

Ao lidar com as Escrituras, é um princípio hermenêutico que as passagens obscuras devem ser interpretadas pelas passagens claras, e quando esse procedimento é seguido deve apagar qualquer suposta contradição nestes versículos. Em Êxodo 34: 1 afirma, Deus disse a Moisés: "Corta para si mesmo duas tábuas de pedra, como o primeiro, e eu escreverei nas tábuas as palavras que estavam nas primeiras tábuas, que tu quebraste." Então Deus disse que ele iria Ser o único a escrever nas tábuas que Moisés tinha supostamente cortado.

Em Deuteronômio, Moisés narra esses detalhes para a montagem. Ele mencionou que Deus lhe deu o primeiro conjunto de tábuas (Deuteronômio 5:22, 9: 10-11; cf. Êxodo 31: 17-18), que posteriormente ele quebrou quando ele desceu da montanha (Deuteronômio 9: 15- 17). Depois de falar sobre o seu período de jejum e rogando a Deus para não destruir o povo, Moisés disse ao povo sobre a segunda série de escritos.

Naquela ocasião, o Senhor me disse: "Desbaste para si mesmo duas tábuas de pedra, como as primeiras, e sobe a mim ao monte e fazer-se uma arca de madeira. E eu vou escrever nas tábuas as palavras que estavam nas primeiras tábuas, que tu quebraste; e você deve colocá-los na arca ".

Então eu fiz uma arca de madeira de acácia, alisei duas tábuas de pedra, como as primeiras, e subi ao monte com as duas tábuas na minha mão. E Ele escreveu nas tábuas de acordo com a primeira escritura, os dez mandamentos, que o Senhor tinha falado com você no monte, do meio do fogo, no dia da assembléia; e o Senhor me deu. Então eu me virei e desci do monte, e coloquei as tábuas na arca que eu tinha feito; e lá estão elas, assim como o Senhor me ordenou. (Deuteronômio 10: 1-5)

Escritura fornece sua própria Clareza

É claro, então, a partir destas passagens que foi Deus quem escreveu os Dez Mandamentos ou "dez palavras" sobre as tábuas de pedra, e que estes Dez Mandamentos foram os mesmos que Deus havia escrito anteriormente. Portanto, o antecedente ("ele") em Êxodo 34:28 é claro, e que a clareza mostra que Deus é o autor dos Dez Mandamentos, escritos em tábuas de pedra por Seu próprio dedo. A frase "estas palavras" em Êxodo 34:27 remete para as palavras que Deus falou a Moisés em Êxodo 34: 6-26 e Deuteronômio 10: 2-4 diz  que foi Deus quem escreveu os Dez mandamentos na segunda vez.

Artigo Traduzido e adaptado Pelo Site Bíblia e a Ciência do Original Are There 20 Commandments?

6 Fazendo sua parte - Famílias Restauradas / Semana da Família 2015

Martírio de cristãos pelo Estado Islâmico: uma reflexão bíblica



A maioria de nós leu a história dos 21 cristãos egípcios sequestrados na Líbia. Um vídeo do Estado Islâmico mostrou cerca de 12 deles sendo decapitados, e é quase certo que todos eles foram assassinados.

Não estamos surpresos

Jesus nos disse para esperar perseguição, ensinando os seus discípulos que os incrédulos nos odiariam assim como o odiaram (João 15.18-20).

Jesus previu que alguns daqueles nos matariam, pensariam estar oferecendo serviço a Deus (João 16.2).

Embora a maioria de nós não venha a perder a própria vida em nome de Cristo, não devemos ficar surpresos se isso acontecer. Todos nós precisamos estar prontos para entregar as nossas vidas por Cristo. “Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.26).

Somos mais que vencedores

Jesus nos chama a ser fiéis até a morte para receber a coroa da vida (Apocalipse 2.10).

Jesus também nos chama a nos alegrarmos quando perseguidos, pois é grande honra morrer pelo nosso Senhor e Salvador, e a nossa recompensa excederá em muito o nosso sofrimento (Mateus 5.10-12; Atos 5.41). Naturalmente, podemos ficar temerosos e assustados com tal possibilidade, preocupados de que não tenhamos a força para sofrer. E não temos a força em nós mesmos, mas Deus promete ser conosco no fogo e na água (Isaías 43.2), e promete nos dar graça para suportar o que há de mais difícil. “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra” (2 Coríntios 9.8).

Ao morrer em nome de Cristo, ao não amar as nossas próprias vidas mesmo mediante a morte, não somos perdedores, mas vencedores; não somos vencidos pelo mal. Pelo contrário, somos “mais que vencedores” (Romanos 8.37; Apocalipse 12.11). Aqueles que são mortos em nome de Cristo ressuscitam e reinam com Jesus Cristo (Apocalipse 20.4).

Choramos com os que choram

Paulo diz que “o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1.21). Ainda assim, a questão não é simplista, e a vida não é fácil. Nós choramos com aqueles que choram (Romanos 12.15). Paulo disse que se Epafrodito tivesse morrido, ele teria experimentado “tristeza sobre tristeza” (Filipenses 2.27). A tristeza enche os corações daqueles que ficam.

Oramos tanto pelos nossos inimigos quanto pelos nossos irmãos e irmãs que sofrem

Precisamos de uma graça especial para orar pela salvação daqueles que praticaram tamanho mal.

Também oramos pelos nossos irmãos e irmãs que sofrem ao redor do mundo; pedimos que Deus conceda a eles alegria, força e perseverança para suportar até o fim.

Oramos para que Deus os proteja e sustente a sua igreja.

Oramos pelo justo juízo de Deus

Ao mesmo tempo, assim como os mártires debaixo do altar em Apocalipse 6.9-11, nós clamamos: “Até quando, ó Soberano Senhor?” Quando tu agirás com justiça para com este mundo? Quando tu vindicarás os teus santos e julgará os perversos por amor ao teu grande nome?

O dia do juízo está chegando, o dia em que tudo será ajustado. Enquanto isso, Deus está chamando muitos mais para serem seus filhos, mesmo dentre aqueles que nos perseguem. Nós louvamos a Deus tanto pelo seu amor salvador quanto pelo seu justo juízo, e oramos: “Vem, Senhor Jesus” (Apocalipse 22.20).

Via Voltemos ao Evangelho

terça-feira, 21 de abril de 2015

Ellen White contra o Crente Ostentação




Um dos principais malefícios que uma sociedade de consumo igual a nossa pode trazer é o desejo incontrolável e insaciável de ostentar. A ostentação nada mais é do que o ato de expor o máximo possível uma situação ou alguma coisa adquirida, o que, dentro da lógica consumista, fútil e alienada da sociedade contemporânea, é visto como natural. Portanto, crente que ostenta posição, bens ou qualquer outro atributo está indo diretamente contra aquilo que o Mestre ensinou. Leia o que Ellen G. White nos diz acerca disso:

"Não obstante, Jesus fugia à ostentação. Durante todos os anos de Sua residência em Nazaré, não fez exibição de Seu miraculoso poder. Não buscou altas posições, nem pretendeu nenhum título. Sua vida quieta e simples, e mesmo o silêncio das Escrituras a respeito dos primeiros anos de Sua vida, ensinam importante lição." O Desejado de Todas as Nações, pág. 43

Segue abaixo, mais alguns dos muitos conselhos que Ellen G. White nos deixou como alerta sobre os perigos da ostentação:

RIQUEZAS ETERNAS
"Que valem a pompa e a ostentação exteriores? Que ganham os homens e mulheres com o orgulho e a condescendência própria? “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” O tesouro terreno é transitório. Somente por Cristo poderemos obter riquezas eternas. A riqueza que Ele dá está acima de toda avaliação.” Conselhos sobre Mordomia, pág. 54

AMOR AOS POBRES
"Os homens se apropriam de dons que lhes haviam sido confiados para com eles abençoar a outros. Os ricos oprimem os pobres e usam os meios assim obtidos para satisfazerem o orgulho e o amor da ostentação até mesmo na casa de Deus. ... Não fora haver o Senhor revelado o Seu amor aos pobres, humildes e contritos de coração, este mundo seria um triste lugar para o pobre." The Review and Herald, 20 de Junho de 1893. 

VESTUÁRIO, JÓIAS E ORNAMENTOS
"No professo mundo cristão o que é gasto em extravagante ostentação, em jóias e ornamentos, daria para suprir as necessidades de todos os famintos e vestir todos os nus em nossas cidades; e ainda assim esses professos seguidores do manso e humilde Jesus não precisariam privar-se do necessário alimento nem do vestuário confortável. Que dirão esses membros da igreja quando confrontados no dia de Deus com os pobres dignos, os aflitos, as viúvas e os órfãos, que têm conhecido a pungente carência para as mínimas necessidades da vida, ao passo que foram despendidos por esses professos seguidores de Cristo para vestuário supérfluo e desnecessários ornamentos expressamente proibidos pela Palavra de Deus, recursos suficientes para suprir todas as suas necessidades?" The Review and Herald, 21 de Novembro de 1878. 

"A abnegação no vestir faz parte de nosso dever cristão. Trajar-se com simplicidade e abster-se de ostentação de jóias e ornamentos de toda espécie está em harmonia com nossa fé." Conselhos para a Igreja, pág. 184

"A verdadeira elegância não acha satisfação no adorno do corpo para ostentação." Christian Temperance and Bible Hygiene, 93

ARTIGOS DESNECESSÁRIOS
"O fim de todas as coisas está perto e Deus convida os homens a lançarem fora os seus ídolos, a se separarem de cada desejo extravagante, a não condescenderem com nada que seja simplesmente para ostentação e exibicionismo, e a estudarem meios de economia na aquisição de roupas e mobiliário. Não gasteis um dólar do dinheiro de Deus na aquisição de artigos desnecessários. Vosso dinheiro significa salvação de almas. Não seja ele pois gasto em jóias, ouro ou pedras preciosas." Beneficência Social, pág. 267

"Devemos estar sempre em guarda, e não nos permitir gastar dinheiro com o que não é necessário, simplesmente por ostentação. Não nos devemos permitir condescender com gostos que nos levam a seguir os costumes do mundo, e roubar o tesouro do Senhor." The Review and Herald, 19 de Dezembro de 1893

"Neste século corrompido, tudo se perverte para servir à ostentação e aparência exterior." Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, pág. 270

PARA OS JOVENS
"A vida nas cidades é falsa e artificial. A intensa paixão de ganhar dinheiro, o redemoinho da agitação e da corrida aos prazeres, a sede de ostentação, de luxo e extravagância, tudo são forças que, no que respeita à maioria da humanidade, desviam o espírito do verdadeiro desígnio da vida. Abrem a porta para milhares de males. Essas coisas exercem sobre a juventude uma força quase irresistível." A Ciência do Bom Viver, pág. 364

PARA OS PAIS E FILHOS
"Pais, por amor de Cristo não empreguem o dinheiro do Senhor na condescendência com as fantasias de seus filhos. Não os ensinem a procurar a moda e a ostentação, a fim de alcançarem influência no mundo. Será que isso vai ajudá-los a salvarem as almas por quem Cristo morreu? Não; suscitará inveja, ciúme e más suspeitas. Seus filhos serão induzidos a competir com a ostentação e extravagância do mundo, e a gastar o dinheiro do Senhor no que não é essencial para a saúde ou a felicidade." Conselhos para a Igreja, pág. 288

"Se os pais pudessem ser despertados para o senso da tremenda responsabilidade que pesa sobre eles na obra de educar os filhos, dedicariam mais tempo à oração, e menos à ostentação desnecessária." Conselhos sobre Educação, pág. 15

LARES
"Uma residência dispendiosa, mobília trabalhada, ostentação, luxo e conforto não proporcionam as condições essenciais a uma vida útil e feliz." A Ciência do Bom Viver, pág, 365

"Mesmo na mesa, os arranjos, a moda e a ostentação exercem sua perniciosa influência. O preparo saudável do alimento se torna questão secundária." Orientação da Criança, pág. 241

INSTITUIÇÕES
"Como indivíduos e administradores das instituições do Senhor, teremos de cortar necessariamente tudo quanto vise mera ostentação, pondo as despesas dentro dos estreitos limites de nossas rendas." Conselhos sobre Educação, pág. 195

"Não são numerosas instituições, grandes edifícios ou larga ostentação o que Deus requer, mas a ação harmoniosa de um povo peculiar, um povo escolhido por Deus, e precioso." Conselhos sobre Saúde, pág. 518

"Tem de haver uma aspiração mais elevada, não a procura de sobrepujar no dispêndio com grandes edifícios, e na ostentação, mas nas faculdades, nas aptidões, na capacidade de saber gerir esses grandes empreendimentos." Mensagens Escolhidas 2, pág. 209

TESTEMUNHO
"São servos infiéis os que tentam dirigir outros, tendo a pretensão de guiar almas no caminho da santidade, enquanto sua própria vida revela o orgulho, o amor dos prazeres e da ostentação. Sua vida não está de acordo com sua profissão; sua influência é uma ofensa a Deus." Conselhos sobre a Escola Sabatina, pág. 91

"Que ninguém pense que a ostentação cause boa impressão sobre o povo. Ela não assegurará os melhores nem os mais permanentes resultados. Nossa obra destina-se a dirigir a mente às solenes verdades para este tempo." O Colportor Evangelista, pág. 91

EVANGELISMO
"O bom êxito não depende de ostentação. Alguns ministros cometem o erro de pensar que o sucesso depende de arrastar uma grande congregação pelo aparato exterior, anunciando depois a mensagem da verdade em estilo teatral. Isso, porém, é empregar fogo comum, em lugar de fogo sagrado ateado por Deus. O Senhor não é glorificado por essa maneira de trabalhar." Evangelismo, pág 136

"Nesta época de extravagância e ostentação, em que os homens julgam necessário fazer aparato para conseguir êxito, os escolhidos mensageiros de Deus devem mostrar o erro de gastar meios desnecessariamente, para causar efeito." Evangelismo, pág. 66

"Não é a ostentação, a aparência imponente o que representa de maneira correta a obra que devemos realizar como povo escolhido de Deus." Conselhos sobre Saúde, pág. 274

"O caminho para a edificação e progresso da causa de Deus é bloqueado pelo egoísmo, pelo orgulho, pela cobiça, pela extravagância e amor à ostentação." Conselhos sobre a Escola Sabatina, pág.131

Via Megafone e Pão Diário

▲ TOPO DA PÁGINA