quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A Parábola do Rico e Lázaro



1. Hoje responderemos a uma questão levantada pelos imortalistas: Se os adventistas não crêem que os justos vão para o Céu e os ímpios vão para o Inferno, logo após a morte, como podem explicar a história do Rico e Lázaro, narrada pelo próprio Cristo? Se o relato não ensina que o homem vai ou para o Céu ou para o Inferno, então, o que ensina a história?

2. Começaremos dizendo que realmente NÃO CREMOS que os justos vão para o Céu e os ímpios para o inferno logo após a morte. Este não é o ensino da Bíblia. A Bíblia ensina que os mortos tanto justos como injustos vão todos para a sepultura e aguardam a ressurreição e o Juízo, e só depois serão destinados para diferentes lugares, conforme os resultados do Juízo.

3. Mas, então, COMO ENTENDER a História do Rico e Lázaro?

Luc 16:19-31:

"19  Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente.
20  Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele;
21  e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras.
22  Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado.
23  No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.
24  Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25  Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.
26  E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós.
27  Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna,
28  porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento.
29  Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.
30  Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão.
31  Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos."


I – JESUS CONTOU UMA PARÁBOLA

[1] Jesus contou uma "estória". Vamos assentar em primeiro lugar que Ele não contou uma história verídica. Ele contou uma estória imaginária, tirada das crenças populares. Ele contou simplesmente uma parábola.

Alguns insistem dizendo que Jesus contou não uma parábola, mas uma história verdadeira, uma história real pelo modo como se iniciou: "Ora, certo homem, ..." (16:19). Isto não é uma forma de se contar uma história?

Resposta: Jesus contou as 2 parábolas anteriores, iniciando com as mesmas palavras. (Lc 15:11; 16:1). Portanto, não há nenhum problema em começar uma parábola desta forma, iniciando como se fosse contar uma história qualquer.

[2] o que é uma parábola?

Parábola é uma história imaginada, tendo o objetivo de ensinar algumas lições, sem a preocupação de que os pormenores sejam verdadeiros. Uma parábola, embora tenha mais de uma lição, sempre tem uma lição principal.

Mas por que nós insistimos em dizer que isto é uma parábola? Ora, se é apenas uma parábola, [a] Não é verdadeira, nunca aconteceu, nem acontecerá. [b] Se é apenas uma parábola, deve possuir uma lição principal, e isto é o que é importante, e não o enredo ou os pormenores. [b] Se é uma parábola, não serve para ensinar doutrina, conforme a regra.

[3] Qual é a 1ª REGRA DE INTERPRETAÇÃO das parábolas?

[a] A grande regra de interpretação das parábolas é a seguinte: "Não podemos tirar uma DOUTRINA de qualquer parábola, quando essa doutrina entra em choque com as outras passagens mais claras da Escritura."

[b] O Dr. William Smith, em seu Dicionário da Bíblia, vol. 2, p. 1.038: "É impossível firmar a prova de uma importante doutrina teológica numa passagem que reconhecidamente é abundante em metáforas judaicas."

[c] o Dr. Edershein, em seu livro sobre a Vida de Jesus [Life and Times of Jesus], afirma categoricamente: "A doutrina da vida após à morte não pode ser extraída desta parábola."

II - INCOERÊNCIAS NA PARÁBOLA

Há alguns pontos de incoerências que não podem ser aceitos em uma história verídica. Vamos apresentar 4 deles.

[1] Os Personagens não eram Almas (v. 23, 24).

Eles têm olhos, e portanto: rosto, cabeça, pescoço. Têm dedos: mão, braço, antebraço, tronco. Têm língua: boca, aparelho digestivo. Ora, uma alma, conforme a crença popular, (1) não tem funções físicas da matéria, (2) não precisa de água, e (3) não pode ser queimada no fogo.

Mas na parábola, o castigo do Inferno é no corpo e não na alma. Isso contradiz a crença popular de que ao morrer, a alma do rico é que foi para o Inferno. Quando Cristo falou do Inferno, Ele disse: "Convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno." (Mt 5:30). Cristo ensinou que o castigo será no corpo, e não na alma desencarnada.

Entretanto, uma alma, como geralmente é descrita, sendo imaterial, incorpórea, imponderável, invisível, de forma simples, etérea como um espírito intangível – sendo tudo isso [embora nunca jamais alguém tenha visto semelhante coisa para afirmar com certeza] – essa alma/espírito não pode sentir a ação do fogo porque o fogo só queima coisas materiais. Portanto, se o rico está no Inferno em tormentos, não podia estar a sua alma, porque o tormento do fogo só é sentido no corpo, e não na alma.

[2] O Inferno está próximo do Céu


Como pode o Céu estar tão próximo do Inferno, de tal modo que é possível a comunicação de justos com injustos?

Será isso possível? Se isso fosse possível, imagine o desespero, a aflição e a angústia de uma mãe cujos filhos se perderam e se encontram nas chamas crepitantes do Inferno, e podendo vê-los e se comunicar com eles, e eles rogando misericórdia e ela sem poder fazer nada para aliviar o seu sofrimento que se estenderá por toda a eternidade! Certamente, o Céu para essa mãe seria um outro Inferno! Como poderia ela ser feliz?

A Bíblia não contém a doutrina do Céu próximo do Inferno de modo que os justos que estão no Céu podem ver os perdidos, a tal ponto que podem contemplar o seu sofrimento e falar com eles! Deus é muito sábio para cometer esse erro! Ele é muito justo para praticar esta injustiça! Ele é muito amorável para permitir que os salvos sofram ainda as consequências do pecado por toda a eternidade!

[3] Há um grande abismo entre justos e ímpios (26)

Se havia um grande abismo, como o rico não viu isso? Se havia um grande abismo, como podiam falar entre si? Se o Céu está tão próximo do Inferno, de tal modo que podem falar entre si, como há um grande abismo?

Se havia um grande abismo, como poderia Lázaro estender a ponta do dedo até a boca do rico? O seu braço não alcançaria tamanho abismo. E como poderia uma simples gota de água ser suficiente para refrescar a língua de alguém que está num lago de fogo? Certamente, antes de chegar a gota, haveria de evaporar-se.

[4] Abraão chama ao rico de "Filho"! (25)

Mas quem são os filhos de Abraão? "Os da fé é que são filhos de Abraão!" disse o apóstolo Paulo (Gál 3:7). A parábola não disse que ele era um homem de fé. Pelo contrário, ele não tinha ligação com Deus. Não era um homem religioso. Nem tampouco o pobre mendigo para que fosse para o Céu. Portanto, nenhum deles era filho de Abraão.

Estas são incoerências que não podem ser admitidas em uma história verdadeira.

III – OITO ENGANOS TEOLÓGICOS

Por que essa parábola não pode ser uma história verídica? Por que não podemos retirar dela uma doutrina dos mortos?

Há Oito Enganos, há OITO EQUÍVOCOS TEOLÓGICOS na parábola que estão em CONTRADIÇÃO com as demais doutrinas da Bíblia. Isso não pode acontecer.

1º Engano: Existe Vida Após a Morte

A estória diz que o rico e o pobre morreram e foram ambos levados pelos anjos para viver em diferentes lugares. Eles morreram. Mas eis que estão vivos! Abraão, o rico e Lázaro morreram, mas aparecem vivos na parábola. 

Mas o que é morte? Morte é cessação da vida. Morte é o contrário da vida. Depois da morte, não há vida. Notem o que disse o patriarca Jó inspirado por Deus: Jó 14:10, 11-12, 14: "O homem, ... morre e fica prostrado; expira o homem e onde está?" Onde está o homem que morre? A pergunta é retórica e contém uma resposta evidente: "Ele não está mais presente! Ele está morto!" Mas Jó ainda continua: "Como as águas do lago se evaporam, e o rio se esgota e seca, assim o homem se deita e não se levanta; enquanto existirem os céus, não acordará, nem será despertado do seu sono." (vs. 11-12). Como um rio seca, assim o homem morre e não se levanta, não tem vida, não pode se mexer. Está seco, vira pó. Não está vivo.

A doutrina de muitos hoje é que o homem morre e continua vivo, em algum lugar. Mas a Bíblia diz que a morte é a cessação da vida. "Morrendo o homem, porventura tornará a viver?" (v. 14). A resposta dada pelo mesmo Jó é um categórico "Não!". A vida do homem morto depende da ressurreição. Antes disso, ele continuará morto, aguardando a manhã da ressurreição, quando então, acordará de seu sono profundo e imperturbável.

E quanto a Abraão? Não estaria no Céu o pai da fé?  Não. A Bíblia diz que ele ainda não foi ressuscitado (Hb 11:8,13,16,39). Abraão não pode estar no Paraíso, porque ele ainda não obteve a concretização da promessa.

2º Engano: A Recompensa Será Depois da Morte

Lázaro recebeu a sua recompensa logo após a sua morte. Foi para o seio de Abraão, entrou na bemaventurança eterna. Mas isso contradiz a própria doutrina que Jesus Cristo nos deixou. Ele disse em Luc 14:14: "A tua recompensa, ... tu a receberás na ressurreição dos justos." A recompensa dos justos será dada apenas no dia da Ressurreição. Portanto, não devemos esperar que os mortos antes da ressurreição sejam galardoados. Você receberá a sua recompensa só na ressurreição, não antes. A parábola não está de acordo com as próprias palavras de Cristo, ao ensinar a doutrina escatológica.

A recompensa não será após a morte, mas após a Ressurreição. Ora, se a parábola entra em choque com a doutrina de  Cristo, é evidente que Ele não desejava ensinar a doutrina que a parábola sugere.

3º Engano: Os Mortos Vão para Lugares Diferentes

O rico foi para o inferno; e Lázaro foi para o seio de Abraão. Ambos foram para lugares diferentes, após a sua morte. Será que isso é verdade? Não. O que a Bíblia ensina sobre ricos e pobres, após à morte? Para onde vão os ricos e para onde vão os pobres? E por analogia, para onde vão os animais, logo que morrem?


Lemos em Ecl 3:19-20: "O que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade.   Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão." O profeta não está falando do corpo dos mortos, mas das pessoas mortas. Ricos e pobres vão para o mesmo lugar. Justos e ímpios vão para o mesmo lugar. Todos são iguais diante de Deus. O destino do homem não será diferente no momento da morte. Todos vão para a sepultura. Assim também ocorre com os animais.

4º Engano: Os Mortos Estão Conscientes

O rico está conversando com Abraão, e suplicando misericórdia, e portanto, estão conscientes depois da sua morte. É possível isso? Não de acordo com o ensino da Bíblia. A Palavra de Deus ensina que os mortos estão inconscientes.

Disse mais o sábio Salomão em Ecl 9:5-6: "Os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol"

Os mortos estão em completa inconsciência, eles não podem se comunicar com os vivos, eles não sabem o que se passa com os vivos, eles não se falam entre si mesmos, eles não podem se comunicar com os anjos, eles não podem adorar nem louvar a Deus, porque eles estão inconscientes num sono sem sonhos e sem pesadelos. De fato, eles estão mortos e completamente mortos, e isso significa que não participam de nenhuma espécie de vida.   

O próprio Cristo falou de Lázaro, o seu amigo, quando ele morreu, que ele estava dormindo o sono da morte (Jo 11:11-14). Mas uma pessoa que está dormindo está em completa inconsciência. E não era só o corpo de Lázaro que dormia. Era ele mesmo quem dormia inconsciente. Cristo não poderia se contradizer. Na parábola, Ele está ilustrando outra coisa. Não a doutrina dos mortos.  E Ele nunca Se contradiz.

Com efeito, toda a Bíblia ensina que os mortos estão inconscientes, no pó da terra, dormindo o sono da morte, aguardando a ressurreição. E nenhuma parábola pode desfazer a verdade dessa doutrina firmemente estabelecida na Bíblia.

5º Engano: Pedir a Intercessão dos Santos Mortos


O rico pede a intercessão do pai Abraão (Lc 16:24). Hoje muitas pessoas estão fazendo a mesma coisa e cometendo o mesmo erro, pedindo a intercessão dos santos que já morreram. Eles pensam que os santos que estão no Céu podem falar a Deus e convencê-lO a nos ajudar mais prontamente do que nós que estamos tão longe.

O apóstolo Paulo no entanto, afirmou que só há um Intercessor. Em 1Tim 2:5-6: "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a Si mesmo se deu em resgate por todos" A Bíblia ensina que temos um único Advogado e Intercessor, que é Jesus Cristo o nosso Senhor, que morreu por nós na Cruz. Ninguém mais é chamado a interceder por nós diante de Deus, além de Jesus.

6º Engano: O Paraíso dos Justos é o Seio de Abraão

O Céu é pintado com anjos e o pai Abraão, em cujo seio o mendigo foi abrigado. Esse paraíso é muito estranho. Não se compara com o verdadeiro Paraíso que Deus está preparando para os justos.

Qual é o verdadeiro Cenário do Céu? Qual é o Paraíso da habitação de Deus? Isaías contemplou a Deus no seu alto e sublime trono, cercado de anjos serafins, louvando a Trindade e cantando: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos" (Isa 6:1-3). Estêvão teve uma visão na qual ele contemplou a Deus no Seu trono e a Jesus em pé à Sua direita (Atos 7:56).

João contemplou o Céu e viu um Santuário, com os dois compartimentos, no qual Cristo administra, e intercede por nós.  Ele viu o trono de Deus, no qual está assentado o Pai, e o Seu Filho, Jesus Cristo, e ao Seu redor bilhões de anjos que louvam a Trindade, cantando: "Santo, Santo, Santo é o Senhor".  Este é o cenário do Céu. Além disso, Ele viu Novos Céus e Nova Terra, onde habitarão os justos. Ele viu a nova Jerusalém descendo do Céu. O pai Abraão, abrigando mendigos, nem é mencionado, e nem foi encontrado, embora estará também entre os salvos.

7º Engano: O Inferno já Existe Presentemente

A parábola diz: "No inferno, estando em tormentos..." (v. 23). Dizem os imortalistas que a parábola ensina o tormento eterno. Porém, o relato, embora fale em tormento infernal, não diz que ele será eterno.

O que é o Inferno? A Bíblia fala nos informa que o Inferno é um lugar de tormentos destinado a Satanás e os seus anjos que com ele entraram em rebelião contra Deus. E todos os ímpios que se identificam com o Diabo e escolhem o pecado e a rebeldia, também sofrerão o castigo no mesmo lugar (Mt 25:41).

Mas, será que o Inferno já existe? A parábola diz que o rico morreu e foi direto para o Inferno. Mas o que diz a Bíblia sobre a época do castigo? O tempo do castigo é no presente ou no futuro? Será que o castigo dos ímpios no Inferno é aplicado logo após a morte?  

A Bíblia ensina sobre o tempo em que acontecerá o Inferno: Apo 20:7, 15: "Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão... E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo." Quando será o Inferno? No final do Milênio, e só então, ocorrerá o Juízo Executivo, o Lago de Fogo, quando os ímpios receberão o castigo de suas obras. Nesse tempo, o fogo que castiga os ímpios também os destrói, porque o Lago de fogo é chamado "a segunda morte", e morte significa cessação de vida.

Portanto, o Inferno não existe agora, presentemente. Não existe agora um lugar de tormento. Os imortalistas não precisam se preocupar, porque os seus parentes mortos que não se salvaram não estão queimando agora, e não serão atormentados para sempre.

8º Engano: A Salvação Vem Pelo Mérito da Pobreza

Por que o rico se perdeu? E por que Lázaro se salvou? O rico se perdeu porque era rico, e Lázaro se salvou porque era pobre. Ainda mais: o rico não era mau, não era ímpio, nem Lázaro era bom, e muito menos religioso. Mas Lázaro se salvou pelo mérito da pobreza e miséria em que se encontrava na terra.  

Certa vez um cristão se aproximou de um mendigo que lhe pediu uma esmola. Então, ele lhe passou uma esmola, e querendo ajudar mais com a mensagem do Evangelho, disse ao mendigo, que também era paralítico: "Você já aceitou a Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal?" O mendigo lhe falou: "Por quê?" "Ora", disse o cristão "porque Cristo pode curar a você, você será salvo e perdoado dos seus pecados, e levado para o Céu, e viverá eternamente!" "Mas, por que você acha que eu estou sofrendo tudo isso? Eu suporto a fome, o desprezo dos outros, eu sou paralítico! Quando eu morrer eu vou direto para o Céu, porque Deus vai me dar a recompensa, porque eu já paguei todos os meus pecados! Por isso eu estou sofrendo aqui na terra. E todos os ricos vão pagar no fogo do Inferno!" Ledo engano. Tudo errado.

Quais são as condições da salvação? O apóstolo Paulo ensina que tanto ricos como pobres são salvos pela graça de Deus pela fé que resulta em boas obras (Efé 2:8-10). A Bíblia fala que muitos ricos hão de se salvar, como Jó, Davi, Salomão, Nicodemos, Zaqueu. Mas também fala que muitos pobres vão se perder, junto com os ricos, e os grandes deste mundo (Apo 6:15-17).

Tudo indica que a Parábola do Rico e Lázaro não passa de uma alegoria, uma estória, uma simples parábola. Encontramos em Isaías uma estória semelhante, a Alegoria da Queda de Babilônia, em que os reis mortos falam entre si na sepultura a respeito do rei de Babilônia, que também foi morto e sepultado entre eles (Is 14:9-10). Também encontramos no livro de Juízes o Diálogo das Árvores em que elas falavam com outras 4 árvores pedindo-lhes que reinassem sobre elas (Jz 9:8-15). Esses são exemplos de alegorias e não podem ser tomadas ao pé da letra. 


Portanto, a estória do Rico e o Mendigo não é verdadeira, é uma estória imaginada da época conforme as ideias populares. E Jesus usou essas crendices e montou a parábola, a fim de advertir ao povo em seus próprios termos e em suas próprias estórias.

IV - LIÇÃO PRINCIPAL

Toda parábola tem uma lição principal, que serve de base e objetivo por que a parábola foi contada. E aqui temos a lição principal: Busque a Deus, enquanto você tem vida aqui nesta terra, porque depois da morte, não haverá mais oportunidade de salvação.

De que modo devemos buscar a Deus?

1. Devemos buscar a Deus prioritariamente.

Cristo contou essa parábola para os fariseus. O que acontecia com eles? Luc 16:14: Os fariseus "eram avarentos." As suas prioridades estavam nos bens materiais. A sua confiança estava no dinheiro e só se preparavam para as coisas desta vida, não para o futuro. Eles não estavam buscando a Deus; antes, buscavam as riquezas, e serviam a Mamon. Disse Cristo portanto: Preparai-vos para o amanhã de Deus. "Não podeis servir a Deus e às riquezas" (Lc 16:13). "Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mt 6:33).

2. Devemos buscar a Deus reverentemente.

Luc 16:14: "Os fariseus ouviam tudo isso e O ridicularizavam". Não manifestavam reverência para com Cristo que lhes dizia a verdade. E Ele era Deus. Hoje muitas pessoas têm esta mesma atitude: Eles ouvem a verdade de Cristo, mas como não estão dispostos a abandonar os seus pecados, ridicularizam-nO, debocham dEle, e O rejeitam. Mas, a semelhança do rico da parábola, podem se perder para sempre. Esta é uma advertência para todos os que tratam as coisas de Deus levianamente, de modo debochado, ridicularizado. Mas Ele com infinito amor ainda estende o Seu convite: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei." (Mt 11:28).

3. Devemos buscar a Deus presentemente. 

Busque a Deus hoje, agora, antes que seja tarde demais. Para o rico, foi tarde demais. Os fariseus consideravam que uma pessoa rica era abençoada por Deus e já era por isso um candidato certo para a salvação eterna. Mas Cristo ensinou que isso era um engano. Ricos e pobres têm que buscar a Deus hoje porque depois da morte não haverá mais oportunidade de nos prepararmos para a eternidade. Hoje é o dia da salvação. Preparai-vos hoje para o amanhã de Deus.

CONCLUSÃO

1. Portanto, aqui temos não uma história verídica, mas uma parábola que não pode nos ensinar sobre o estado dos mortos, que jazem nas sepulturas, aguardando a ressurreição.

2. Mas a parábola tem uma lição principal como todas as parábolas: Busque a Deus antes que seja tarde demais.

3. Portanto, busquemos a Deus em primeiro lugar, busquemos a Deus prioritária, reverente, e presentemente.

4. Somente assim você poderá evitar o Inferno e alcançar o Céu.



PR. ROBERTO BIAGINI
Teólogo, Mestre em Teologia. Realizou vários cursos de Extensão Teológica da Andrews University e do Centro de Educação Contínua da DSA. Trabalhou como distrital de várias igrejas do centro, norte e sul do país. É casado com a Profª. Silvane Luckow Biagini, e tem dois filhos, Ângela e Roberto.





História do Nascimento de Jesus - Feliz Natal

Veja esse lindo vídeo com a história do nascimento de Jesus, e imagine que você estava lá, vendo Jesus Cristo o nosso Salvador, nascer! Com o Pr. Ted e Nancy Wilson.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O céu dos Pecadores

Reportagem da Rede Globo sobre Mutirão de Natal da Igreja Adventista

domingo, 16 de dezembro de 2012

Louvando a Deus!



1. Gratidão e louvor devem ser cultivados - 1 Cron. 16:8-36

"Quando os dez leprosos foram curados, unicamente um volveu em busca de Jesus e deu-Lhe glória. Não sejamos nós como os ingratos nove, cujo coração não foi tocado pela misericórdia de Deus" (Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 108). "Eduquemos, pois, o coração e os lábios a entoar o louvor de Deus por Seu incomparável amor" (A Ciencia do Bom Viver, pág 253).

Nota: Ellen White sugeriu aos funcionários da editora que pelo menos "uma vez por semana uma reunião de louvor deveria ser realizada" (4 Testimonies, pág 461).

2. O poder do louvor - 2 Cron. 20-30

“Comece a educar vossas línguas para louvá-Lo e a treinar o coração para fazer melodia a Deus; e quando o mal começar a estabelecer suas sombras sobre você, cante louvores a Deus” (Review and Herald 8/5/1900).

"Os incrédulos são frequentemente convertidos quando ouvem palavras puras de louvor e gratidão a Deus” (Messages to Young People, pág 424). “Não pode ser empregado meio mais eficaz de conquistá-los para Cristo" (Parábolas de Jesus, pág  300).

"Nunca se deve perder de vista o valor do canto como meio de educação. Que haja cântico no lar, de hinos que sejam suaves e puros, e haverá menos palavras de censura e mais de animação, esperança e alegria. Haja canto na escola, e os alunos serão levados para mais perto de Deus, dos professores e uns dos outros" (Educação, pág 168).

3. Alguns dos benefícios do louvor - Prov. 17:27

- Aumento da Alegria ( A Ciência do Bom Viver, pág 253).
- Muito mais poder na oração (5 Testimonies, pág 317).
- Banimento do Desânimo ( A Ciência do Bom Viver, pág 254).
- Maior compreensão do amor de Deus (5 Testimonies, pág 317).
- Aumento constante de coragem, esperança e fé (Profetas e Reis pág 202).
- Saúde do corpo e da alma promovida (A Ciência do Bom Viver, pág 251)

Nota: "Língua alguma pode traduzir, nenhuma mente conceber a bênção que resulta de apreciar a bondade e o amor de Deus" (A Ciência do Bom Viver, pág 253).

4. Algumas das muitas coisas para louvar a Deus - Lam. 3:22, 23

- O Dom do filho de Deus (Filhos e Filhas de Deus, pág 243).
- A Bondade e Misericórdia de Deus (4 Testimonies, pág 461).
- As bênçãos de cada novo dia (A Ciencia do Bom Viver, pág 253).
- A paz de Deus em nossos corações (A Ciencia do Bom Viver, pág 253).
- A protecção dada pelos anjos (6 Testimonies, pág 63).
- A água que bebemos, água comprada pelo sangue de Cristo (O Desejado de Todas as Nações, pág 660)
- Bênçãos temporais e conforto (Orientação da Criança, pág 148).
- Os incomparáveis encantos de Cristo (2 Testimonies, pág 593).
- O pão que comemos, a cruz do Calvário acha-se estampada em cada pão (O Desejado de Todas as Nações, pág 660).
- Por nos guardar durante a noite (A Ciencia do Bom Viver, pág 253).
- A segunda vinda de Jesus (Evangelismo, pág 218).

Nota: "O pensamento de que Cristo morreu para obter para nós o dom da vida eterna, é suficiente para suscitar em nossos corações os mais sinceros e fervorosos agradecimentos, e de nossos lábios os mais entusiasmados louvores" (Sons and Daughters of God, pág 238). "A grandeza deste dom foi equipar os homens com um tema de agradecimento e louvor, que perduraria através do tempo e da eternidade" (Sons and Daughters of God, pág 243).

Desenvolva um plano para "educar" seu coração e lábios para louvar a Deus. Veja Daniel 6:10.

"Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor." (Salmo 150:6).

"Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens" (1 Timóteo 2:1).

"louvemos a Deus pela oportunidade de viver para glória de Seu nome. Que as novas bênçãos de cada dia nos despertem no coração louvor por esses testemunhos de Seu amoroso cuidado. Quando abris os olhos pela manhã, dai graças a Deus por vos haver guardado durante a noite. Agradecei-Lhe pela paz que tendes no coração. De manhã, ao meio-dia e à noite, qual suave perfume, ascenda ao Céu a vossa gratidão" (A Ciência do Bom Viver, pág 253).

" Língua alguma pode traduzir, nenhuma mente conceber a bênção que resulta de apreciar a bondade e o amor de Deus...Eduquemos, pois, o coração e os lábios a entoar o louvor de Deus por Seu incomparável amor" (A Ciência do Bom Viver, pág 253).

Benefícios que Resultam do Louvor a Deus

1. O louvor aumenta a fé, a esperança e a coragem. "Se mais louvores de Deus tivessem lugar agora, esperança e coragem e fé aumentariam constantemente" (Profetas e Reis, pág 202).

2. O louvor aumenta nosso poder na oração (5 Testimonies, pág 317).

3. O Louvor aumenta nosso amor por Deus (5 Testimonies, pág 317).

4. O Louvor aumenta nosso poder de testemunhar. "Muito mais do que fazemos precisamos falar dos preciosos capítulos de nossa experiência. Depois de um derramamento especial do Espírito Santo, nossa alegria no Senhor e nossa eficiência em Seu serviço aumentariam grandemente com o recontar Sua bondade e Suas maravilhosas obras a favor de Seus filhos. Um tal testemunho terá influência sobre outros. Não pode ser empregado meio mais eficaz de conquistá-los para Cristo" (Parábolas de Jesus, págs 299, 300).

5. O louvor resulta em maiores bênçãos sendo conferidas (5 Testimonies, pá 317).

6. O Louvor promove a saúde. "Coisa alguma tende mais a promover a saúde do corpo e da alma do que um espírito de gratidão e louvor" (A Ciência do Bom Viver, pág 251).

7. O Louvor nos traz mais perto do céu. "A alma pode ascender para mais perto do Céu nas asas do louvor. Deus é adorado com hinos e músicas nas cortes celestes, e, ao exprimir-Lhe a nossa gratidão, estamo-nos aproximando do culto que Lhe é prestado pelas hostes celestes" (Caminho a Cristo, pág 104).

Artigo Extraído do Site Revival and Reformation. Crédito da Tradução: Blog Sétimo Dia

Plutão, Ceres, Éris, Haumea, Makemake, Ceres

Você deve ter aprendido na escola que existem nove planetas no sistema solar: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão. Pelo menos era isso o que os professores ensinavam desde a década de 1930.
Mas as coisas mudaram há quase cinco anos. O pobre e pequeno Plutão deixou de ser considerado um planeta, e os cientistas juram que não é nada pessoal.
É que em 2006, a União Astronômica Internacional (UAI) rebaixou Plutão a recém-criada categoria de “planeta anão”, depois de terem sido descobertos vários corpos orbitando o sol, tão distantes quanto Plutão – Éris, em particular, que parecia ser maior do que o antigo nono planeta do sistema solar.
Com isso, a UAI criou uma nova definição de “planeta”: um corpo que circunda o sol, sem ser satélite de nenhum outro objeto, grande o suficiente para ser arredondado pela sua própria gravidade (mas não tão grande para sofrer fusões nucleares, como uma estrela) e que tenha expulsado a maioria dos outros corpos que orbitam a vizinhança.
Como Plutão divide seu espaço orbital com muitos outros objetos do Cinturão de Kuiper – o anel de corpos gelados além de Netuno – ele não satisfaz as características de um planeta. Portanto, ele passou a ser recentemente classificado como um planeta anão, que tende a ser menor do que os verdadeiros planetas e não podem “limpar a vizinhança” como eles.
Centenas, ou até milhares, de corpos do sistema solar podem, eventualmente, entrar na lista de planetas anões, mas a UAI reconhece oficialmente apenas cinco: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris. Confira aqui um breve tour espacial sobre esses cinco pequenos planetas anões.
Plutão: o excluído

Plutão foi descoberto em 1930 pelo americano Clyde Tombaugh, como parte da busca pelo mítico “Planeta X”, que imaginavam que estaria perturbando a órbita de Urano.
Embora o planeta anão seja relativamente pequeno, quando ele foi descoberto os astrônomos acreditavam que ele tinha pelo menos o tamanho da Terra. Agora os cientistas sabem que ele tem 2.352 quilômetros de diâmetro – menos de 20% do tamanho de nosso planeta, e apenas 0,2% da massa da Terra.
Plutão tem uma órbita extremamente elíptica que não está no mesmo plano que as órbitas dos oito planetas oficiais. Em média, o planeta anão cruza em torno do sol a uma distância de 5,87 bilhões de quilômetros, e demora 248 anos para completar um circuito.
Como fica muito longe do sol, Plutão é um dos lugares mais frios do sistema solar, com temperaturas da superfície oscilando em torno de -225° C.
Plutão tem quatro luas conhecidas: Caronte, Nix, Hydra e um minúsculo satélite recém-descoberto chamado de P4. Enquanto Nix, Hydra e P4 são relativamente pequenos, Caronte tem cerca de metade do tamanho de Plutão. Por causa do tamanho de Caronte, alguns astrônomos tratam Plutão e Caronte como um planeta anão duplo, ou um sistema binário.
Plutão é um corpo muito difícil de estudar por sua distância, mas os cientistas acreditam que o planeta anão tem cerca de 70% de rocha e 30% de gelo – a superfície é coberta predominantemente por gelo de nitrogênio. O planeta anão tem uma fina atmosfera, composta de nitrogênio, metano e monóxido de carbono.
Os mistérios que guardam Plutão poderão ser desvendados em alguns anos. Isso porque a sonda New Horizons, da NASA, vai fazer um voo rasante lá em julho de 2015.
Éris: o encrenqueiro

Éris foi descoberto em 2005, e foi o corpo que estimulou a UAI a tirar Plutão da lista de “planetas” e criar a categoria “planeta anão”, um ano depois.
A decisão permanece controversa ainda hoje, tornando o nome de Éris mais do que apropriado: Éris é a deusa grega da discórdia, que despertou o ciúme e a inveja entre as deusas, levando à Guerra de Tróia. A única lua conhecida de Éris não deixa por menos: é a Dysnomia, nome da filha da deusa, caracterizada pelo espírito da anarquia.
Éris tem praticamente o mesmo tamanho de Plutão, mas tem 25% mais massa, o que sugere que Éris tenha consideravelmente mais rocha (e menos gelo). No entanto, as superfícies dos dois planetas anões parecem similares, compostas principalmente por gelo de nitrogênio.
Como Plutão, Éris tem uma órbita extremamente elíptica, e é ainda mais distante, ficando em média a 10,1 bilhões de quilômetros de distância do sol – e levando 557 anos para completar uma volta em torno dele.
Haumea: o excêntrico

Haumea – um habitante do Cinturão de Kuiper que orbita um pouco além de Plutão – foi descoberto em 2004 e é um dos mais estranhos objetos do sistema solar.
Haumea tem cerca de 1.931 quilômetros de diâmetro, o que o torna quase tão grande quanto Plutão. Entretanto, ele tem apenas um terço da massa de Plutão, em parte porque não é esférico. Em vez disso, Haumea tem a curiosa forma de uma gigante bola de futebol americano.
O planeta anão completa uma rotação em menos de quatro horas, sendo um dos corpos com maior velocidade de rotação do sistema solar. Essa super rotação é responsável pela forma incomum de Haumea.
Haumea foi nomeado em homenagem a deusa havaiana do parto, e tem duas luas conhecidas: Hi’iaka e Namaka. As luas têm nomes de duas das filhas da deusa.
Os cientistas descobriram recentemente que 75% da superfície de Haumea é coberta por gelo de água cristalina, semelhante ao material que você encontra dentro do seu congelador. Haumea faz uma volta completa em torno do sol a cada 283 anos.
Makemake: o misterioso

Makemake foi descoberto em 2005. O tamanho do planeta anão ainda não é conhecido com clareza pelos astrônomos, mas eles acreditam que deva ter cerca de três quartos do tamanho de Plutão. É, portanto, provável que o Makemake seja o terceiro maior planeta anão, ficando apenas atrás de Éris e Plutão.
Makemake orbita o sol com um pouco mais de distância do que Plutão, a cerca de 6,85 bilhões de quilômetros, e completa uma órbita a cada 310 anos, ou algo próximo a isso.
Makemake é o segundo objeto mais brilhante do Cinturão de Kuiper (depois de Plutão), e pode ser visto de um telescópio amador. Como Haumea, Makemake recebeu o nome de uma divindade polinésia – neste caso, o criador da humanidade e o deus da fertilidade no panteão dos rapanui, o povo nativo da Ilha de Páscoa.
Como Plutão e Éris, Makemake parece ter uma cor avermelhada no espectro de luz visível. Os cientistas acreditam que sua superfície é coberta por uma camada de metano congelado, e ainda não foi observada nenhuma lua no mundo distante.
Ceres: o rei do cinturão de asteróides

Ceres é o único planeta anão não encontrado no frio e distante Cinturão de Kuiper. Em vez disso, ele orbita o cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, completando uma volta em torno do sol a cada 4,6 anos.
Ceres é de longe o maior objeto no cinturão de asteróides, compondo cerca de um terço da massa do cinturão. Ao mesmo tempo, com 950 quilômetros de diâmetro, é o menor planeta anão conhecido. Ele foi nomeado em homenagem a deusa romana da colheita e do amor materno.
Como Ceres está muito mais perto da Terra do que os outros planetas anões, ele foi descoberto muito antes dos outros, em 1801. Muitos astrônomos consideravam Ceres um planeta de verdade. Isso mudou quando ficou claro que Ceres era apenas um dos muitos corpos zunindo pelo espaço no cinturão de asteroides.
É pensado que Ceres seja diferenciado por abrigar um pouco de água – os cientistas acreditam que ele tem um núcleo rochoso cercado por um manto de gelo. Alguns pesquisadores acreditam que um oceano de água líquida possa existir abaixo da superfície de Ceres.
Os cientistas e o mundo vão passar a compreender o funcionamento de Ceres a partir de quatro anos, quando a sonda Dawn da NASA – que atualmente está orbitando Vesta, o segundo maior habitante do cinturão de asteróides – chegará a Ceres para realizar um estudo detalhado sobre o planeta anão. [LiveScience]

Arena do Futuro- Novo Nascimento





sábado, 15 de dezembro de 2012

Salmo 32 - A Bem-Aventurança do Perdão


Vou começar com uma pergunta: Existe Felicidade? Há várias teorias: alguns dizem que felicidade é apenas um sonho, um ideal inatingível e que, portanto, ela não existe. Outros dizem que felicidade é formada por momentos felizes, e que felicidade é a soma desses momentos agradáveis.
Entretanto, a Bíblia afirma que embora existam momentos e tempos de tribulação para todos, podemos ser felizes, e que a felicidade existe.
Vamos estudar hoje a base e o fundamento da verdadeira felicidade, em 4 Partes do Salmo 32:
1-    O Homem Feliz (v. 1-2)
2-    O Homem Infeliz (v. 3-4)
3-    Como ser Feliz (v. 5-7)
4-    A Vida Feliz (v. 8-11)

I – O HOMEM FELIZ
Versos 1-2: “1 Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto. 2  Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniqüidade e em cujo espírito não há dolo.”
Aqui temos uma bem-aventurança. Isso significa felicidade. “Bem-aventurado” é o homem feliz. O salmista começa com um glorioso clímax, como era o método do pensamento hebreu. Ele começa com a melhor parte.  
Quem é bem-aventurado? Quem é o homem feliz? O homem feliz é o homem que foi perdoado.
Mas De que é que esse homem foi perdoado?
O salmista apresenta 4 palavras que descrevem o caráter desse homem: no v. 1, a palavra é transgressão, (heb. pesha) que significa rebelião contra as leis de Deus; a outra palavra pecado (chatâ-âh = katáh), que significa uma ofensa a Deus; a 3ª palavra é iniqüidade (‘âvôn), que quer dizer perversidade, injustiça, ou o contrário de eqüidade. E temos a 4ª palavra que é dolo, ou engano (remiyâh) que significa traição. Quem é o homem feliz? É o homem que foi perdoado da sua transgressão, do seu pecado, da sua iniqüidade e da sua traição.
Se eu perguntasse, O que é Pecado? Que resposta você daria?
O apóstolo Paulo faz uma lista dos pecados da carne, que “são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as discórdias, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as glutonarias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais eu vos declaro, como já antes vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam” (Gál 5:19-21).
Você tem uma outra lista? O que é pecado para você?
Irreverência é pecado; tomar o nome de Deus em vão é pecado;
Trabalhar ou falar palavras profanas no sábado é pecado;
Reter os dízimos e ofertas é pecado de roubo a Deus;
Comer demais, tomar cerveja ou vinho é o pecado da intemperança;
Ociosidade, gastar tempo em coisas inúteis, desperdício das horas;
Pornografia, imoralidade, fornicação e adultério é pecado;
Assassinato, homicídio é pecado; mas odiar também dá no mesmo.
Mentira, mexerico, fofoca, falar mal dos outros é pecado;
Orgulho, vaidade, avareza, ciúme, cobiça e inveja – é tudo pecado.
Mas a base de todo o pecado está no egoísmo, no egocentrismo, na egolatria – a adoração do próprio “eu”, em oposição à adoração do verdadeiro Deus.
Quem é o homem feliz? É o homem que foi perdoado de qualquer desses pecados ou de todos eles ao mesmo tempo, sem distinção de qualquer um.
Mas Qual é o pecado que Deus não perdoa? Não existe um pecado que Deus não possa perdoar. Alguém poderia contradizer isso  afirmando que a blasfêmia contra o Espírito Santo é o pecado que Deus não perdoa. Mas eu respondo que o pecado contra o Espírito Santo é justamente a recusa para obter o perdão. Se alguém não quer o perdão de Deus, então, o problema está com ele, não com o Salvador.
Deus perdoa a qualquer pessoa de qualquer pecado. Você pode imaginar um grande criminoso, culpado das maiores atrocidades, das maiores perversidades e blasfêmias. Imagina a um bandido que entra numa casa de noite e para roubar uma família mata primeiro os filhos na presença dos pais e depois mata a estes também. Pode Deus perdoar a um homem assim? Pode. E ele ainda pode ser feliz pelo perdão divino, enquanto o povo fica admirado ou revoltado diante de tão grande amor.
E, no entanto, Quantos são pecadores? Quantos precisam de perdão? Todos, sem distinção. Imagine uma grande multidão, e você olha para muitas pessoas: vê aquele homem, alto ou baixo; magro ou gordo; bonito ou feio; branco ou negro; rico ou pobre. Você jamais falou com uma pessoa que não fosse um pecador. Você jamais se encontrou com um homem ou uma mulher que não fosse um pecador. Você jamais olhou para um ser humano que não fosse um pecador.
Mas apesar disso, Quem é o homem feliz? É o homem que foi perdoado. A transgressão foi perdoada (a rebelião foi esquecida). O pecado foi coberto (a ofensa foi aplacada pelo sangue expiatório de Cristo). A iniqüidade não lhe é atribuída, porque Deus que é o grande Juiz justificou o pecador. Os registros do livro do Céu foram apagados e nada mais existe para condenar. Esse homem é considerado como se nunca houvesse pecado.
Ora, se não há mais transgressão, pecado, iniqüidade e engano, o homem está liberto e será realmente feliz. Esta é a verdadeira felicidade de que nos fala a Bíblia, desde as primeiras páginas.

II – O HOMEM INFELIZ (vs. 3-4)
Versos 3-4: “3 Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. 4 Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio.”
Agora, o salmista descreve o homem infeliz. Davi foi esse homem e aqui ele conta a sua própria experiência. Era um tempo de guerra e os exércitos de Israel estavam em campo aberto enfrentando o inimigo. Mas Davi se encontrava ocioso em uma bela tarde, passeando pelo palácio, quando avistou uma mulher no quintal de sua casa tomando banho e se expondo sensualmente. A seguir ele mandou que os seus servos trouxessem aquela mulher para o palácio a fim de ele conversar com ela. Então, ele a levou para a sua cama, e adulterou com ela. Daí, achou que tudo estava certo, e que nada haveria de acontecer; afinal, ele era o rei de Israel e tinha certos privilégios!
Mas Bate-Seba mandou lhe dizer que estava grávida, e isso o deixou aturdido; a princípio, não sabia o que fazer. Ele havia cometido um pecado grave e agora precisava esconder o seu pecado. Como ele fez isso? Escondeu o pecado com outro pecado mais grave ainda. Ele planejou a morte do esposo da mulher com quem ele havia adulterado com o propósito de esconder isso dele.
Urias estava no campo de batalha e foi chamado para conversar com o rei no palácio, e Davi o tratou muito bem, com muita gentileza e amabilidade, recebendo-o com um rico presente (já era de se desconfiar que alguma coisa estivesse mal!) e sugeriu que ele fosse à sua casa descansar um pouco e ver a sua esposa. Mas o homem era de caráter nobre e não quis descansar nem se alegrar com a sua esposa, enquanto o seu exército estava lutando na batalha. Davi ficou sem palavra, porque Urias demonstrou muita nobreza de caráter e ele ficou sem poder responder a tais argumentos. Falhou o primeiro plano de Davi.
Entretanto, o medo de ser descoberto levou Davi a arquitetar o plano B, cometendo outra perversidade, procurando encobrir um pecado com outro pecado: escreveu uma carta e pediu que Urias a entregasse para Joabe, o comandante do seu exército. A carta dizia o seguinte: “Põe a Urias na linha de frente na maior força da peleja, e deixa-o sozinho, para que seja ferido e morra.” (2Sam. 11:15). Urias conduziu em suas próprias mãos a sua sentença de morte, e morreu como valoroso soldado de guerra.
Davi calou os seus pecados, e calar é esconder, é ocultar o pecado, e isso gera o remorso, e o remorso cria um problema de consciência que vai atacar o seu corpo e atingir até os ossos. A Medicina explica e a Bíblia já afirmava isso muito antes: Há uma íntima relação entre o corpo e a mente; há uma influência da mente sobre o corpo, de tal modo que se a mente sofre, fatalmente o corpo vai padecer.
Um especialista em artritismo e reumatismo fez a seguinte afirmação: "51% dos casos de artritismo, reumatismo e colites em pacientes que tenho examinado no hospital, tiveram sua origem no remorso que lhes estava atormentando a consciência." Davi ficou por um ano inteiro nessa situação. Sua vida foi um desastre, depois desse pecado. Ele sentiu uma angústia muito profunda que carcomia a sua alma e o seu corpo. Até os seus ossos enfraqueceram, e se encheram de dores. Ele gemia de dia e de noite.
Davi entrou em pânico e desespero com receio de ter sido abandonado por Deus. E falando da angústia de sua alma, disse: “Senhor, a tua mão pesava fortemente sobre mim”. Era a lembrança da culpa que tanto o atormentava, mas que lhe parecia ser a mão de Deus, porque era Deus mesmo que conservava essa memória diante dele. E como um resultado, perdeu as forças vitais, e se sentiu em sequidão.
O filósofo francês Jean Jacques Rousseau (1712-1778), quando jovem viveu na cidade de Turin, na casa de uma mulher de Verecelli. Em suas confissões ele escreveu: "Desta casa levo comigo um terrível fardo de culpa que depois de 40 anos ainda está indelével em minha consciência, e quanto mais velho fico, mais pesado é o fardo de minha alma.''
Ele havia roubado um objeto de valor da dona da casa. Posteriormente, quando a perda foi descoberta, lançou a culpa sobre a servente da casa, que como resultado perdeu o emprego e a dignidade.       Ele continua: "Acusei-a como ladra, lançando assim uma jovem honesta e nobre na vergonha e na miséria. Ela me disse então: 'O senhor lançou a desgraça sobre mim, mas eu não desejo estar no seu lugar.' A lembrança frequente disto dá-me noites de insônia, como se fosse ontem que tal fato aconteceu. É certo que algumas vezes minha consciência esteve adormecida, mas agora ela me atormenta como nunca dantes. Este fardo está mais pesado agora sobre o meu coração; sua lembrança não morre. Tenho que fazer uma confissão."
Este era um homem infeliz. E assim se encontrava Davi.

III – COMO SER FELIZ? (vs. 5-7)
O que fez Davi? Ele disse a mesma coisa que o filósofo francês Rouseau disse, muito tempo antes de ele nascer. Disse Davi: “Tenho que fazer uma confissão!” A diferença entre esses dois homens foi que Rousseau fez uma confissão para homens, enquanto que Davi fez uma confissão para Deus. Disse ele no verso 5.: “Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado.”
Como foi a sua confissão? Deus sabia que ele estava sofrendo e enviou o profeta Natã para falar com ele. Natã era um verdadeiro pastor da alma em pecado. Ele contou a Davi a história de um homem rico que roubou uma ovelha de um homem pobre. A ovelha que era um animal de estimação do pobre homem, ele a roubou para dar um banquete em sua casa. Davi que era um homem muito sensível respondeu prontamente: “Tão certo como vive o Senhor, esse homem deve morrer!” Davi proferiu a sua própria sentença de morte. E Natã respondeu: “Tu és este homem!” E, profundamente emocionado, Davi reconheceu de imediato: “Pequei contra o Senhor!” Mal ele proferia estas palavras, o profeta lhe dá as boas novas: “Também o Senhor te perdoou o teu pecado; não morrerás!”
Qual é a conclusão de Davi, ao contar a sua dramática experiência para todo o povo de Israel neste salmo e para todo o mundo?
Versos 6-7: “6 Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. 7 Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento.”
“Sendo assim”, ou “portanto”, se Deus me perdoou tão grande pecado, a mim que devido a minha posição como rei, eu sou o mais culpado, “todo homem piedoso te fará súplicas”. Ele será perdoado; ele estará seguro contra as convulsões da natureza; ele poderá se refugiar em Deus como o seu esconderijo e será preservado da tribulação e cercado de alegres cantos de livramento.
Mas note as palavras: “em tempo de poder encontrar-Te”. Sabe quando é o tempo oportuno de encontrar a Deus e ser perdoado? É Hoje. Amanhã poderá ser tarde demais, porque haverá um tempo em que os homens terão fome e sede, não de pão eu sede de água, mas de ouvir a
Palavra de Deus, e não a acharão! O tempo da graça vai terminar e muitos que hoje estão deixando de confessar os seus pecados vão correr de uma parte a outra para alcançar uma palavra de alívio e consolação, mas não acharão nenhum consolo. Como são oportunas as palavras de Isaías: “Buscai ao Senhor, enquanto se pode achar; invocai-O enquanto está perto.” (Isa. 55:6).

IV – A VIDA DO HOMEM FELIZ (vs. 8-11)
Versos 8-11: “8  Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho. 9 Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem. 10 Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no SENHOR, a misericórdia o assistirá. 11 Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração.”.
A seguir o salmista Davi apresenta a vida feliz do homem perdoado.
1- A vida feliz é uma vida de instrução. Deus nos diz: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir!”
Os filhos de Deus recebem instrução completa. Deus nos dá abundância de luz espiritual pela Bíblia. Além disso, o Espírito Santo nos orienta dizendo: “Este é o caminho; andai nele”. Ou nos adverte dos perigos do caminho errado, após indicar o caminho certo para a felicidade e o sucesso em nossa vida cristã. O cristão não anda no conselho dos ímpios.
2- A vida feliz é uma vida de obediência. “Não sejais como o cavalo ou a mula”. A palavra chave é "obedecem". Os animais obedecem apenas quando são dominados por freios e cabrestos. Mas uma pessoa perdoada e feliz obedece voluntariamente, sem constrangimento, sem obrigação. Os cristãos sabem que a Lei de Deus foi dada para ser obedecida e não para ser discutida e negada. Eles obedecem aos mandamentos de Deus.
3- A vida feliz é uma vida de confiança. “O que confia no SENHOR, a misericórdia o assistirá”. Nossa confiança será depositada no Senhor que é cheio de misericórdia. Essa será a rotina da pessoa que foi perdoada e é feliz: ela viverá sempre confiando em Deus, não importam as circunstâncias. Na alegria, na provação, na dor, na provação, você sempre pode confiar que Deus o ajudará e nunca será desamparado. A vida do ímpio será de sofrimento sem escape; a vida do justo será de confiança, misericórdia e consequentemente gratidão.
4- A vida feliz é cheia de alegria. “Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos”. Há 3 verbos, que fecham o salmo com chave de ouro: Alegrai-vos, regozijai-vos e exultai. Este é o convite, é o imperativo que nos indica como será a vida feliz da pessoa que foi perdoada. Como disse o apóstolo Paulo, repetindo estas palavras: "Alegrai-vos no Senhor, outra vez vos digo: alegrai-vos".
Depois de tudo o que se passou na vida de um cristão, de como ele foi perdoado e transformado, só pode ser esta a sua vida: alegria, regozijo e felicidade.
De fato, ele está cercado de "alegres cantos de livramento" (v. 7):

CONCLUSÃO
Um pregador conferencista recebeu um belo cartão postal de um respeitado advogado e juiz. Ele escreveu:
"Desde que o senhor me ajudou a endireitar minha vida, sinto-me outro. Minha mente é clara e de novo amo minha profissão e meu trabalho. Até meus passeios freqüentes no parque pela margem do rio, parece realizarem-se numa atmosfera mudada. Agora encontro prazer em apreciar as belezas naturais. O cântico dos pássaros nas árvores é como confortante música aos meus ouvidos. Antes, eu não tinha prazer em observar as flores e as plantas, nem em ouvir os pássaros cantarem nas árvores. Oh! Muito obrigado. Agora vale a pena viver!"
Você tem um cântico de alegria e gratidão? Ou você ainda não foi perdoado? Está ainda sofrendo com um pecado acariciado?
Busque a Deus e confesse ao Senhor Jesus Cristo. Faça como Davi! E seja feliz!
Pr. Roberto Biagini
Mestrado em Teologia

Homossexualismo - Uma Perspectiva Bíblica !



A cultura contemporânea está forçando os cristãos a reconsiderarem sua posição histórica e teológica sobre o homossexualismo. Neste artigo o autor examina quem deve ditar as normas – a experiência humana ou as Escrituras Sagradas.

A crise homossexual chegou à igreja, notadamente nos Estados Unidos. Alguns homossexuais estão vindo para a igreja não apenas em busca de perdão e misericórdia, mas para dizer à igreja o mesmo que têm dito ao mundo: “A homossexualidade não é pecado. Para mim isto é natural. Deus me fez assim. Ele me aceita como eu sou. Conseqüentemente, chegou o momento de a igreja me aceitar também como eu sou.”

A crise não está mais “lá fora”; está às portas da maioria das igrejas cristãs, desafiando a tradicional posição judaico-cristã neste assunto, e pressionando em favor de uma mudança radical, da rejeição do homossexualismo para a afirmação de que ele faz parte da Criação em que Deus declarou tudo ”muito bom”.

Até recentemente a igreja considerava firmemente a prática do homossexualismo como pecado, embora os homossexuais não praticantes fossem bem-vindos na igreja — pelo menos teoricamente. Em anos recentes, porém, vários estudos e indivíduos têm questionado a forma tradicional como a igreja tem abordado o problema.

Em 1955 Derrick Sherwin Bailey publicou o livro Homosexuality and the Western Christian Tradition (O Homossexualismo e a Tradição Cristã Ocidental), e desde então quantidades cada vez maiores de livros sobre homossexualismo e igreja têm saído dos prelos eclesiásticos. Grande parte desse material é favorável a um estilo de vida “cristão-homossexual” praticante. Ao mesmo tempo, comissões de estudo envolvendo denominações inteiras têm-se manifestado, elaborando documentos de estudo sobre homossexualismo para a Igreja Unida de Cristo, Igreja Presbiteriana Unida, Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, Igreja Episcopal, e Igreja Luterana Americana, entre outras.

A cultura contemporânea também está exercendo pressão sobre a tradicional teologia histórica da igreja, no tocante ao homossexualismo, por meio de novos dados fornecidos pelas ciências sociais. Embora o desacordo científico seja às vezes frustrante, os cristãos estão descobrindo que há entre os homossexuais maior variedade do que geralmente se pensava. Nem todos os homossexuais são efeminados em suas maneiras, fala e jeito de andar. Nem todos são, tampouco, de aparência masculinizada, porte atlético, ou propensos a vestir roupas de homem. Alguns homossexuais (tal e qual os heterossexuais) são promíscuos e têm obsessão sexual, enquanto outros vivem reservadamente.

A natureza e causa real do homossexualismo continua sendo provavelmente a questão mais desalentadora. Em 1973 a Associação Psiquiátrica Americana decidiu remover o homossexualismo de sua lista de doenças, mas as ciências seculares não estão de acordo quanto à sua natureza e origem. A pergunta central não respondida é se o homossexualismo deve ser considerado normal ou anormal. As implicações de uma tal resposta são enormes. Se o homossexualismo é uma variação normal da sexualidade humana, torna-se supérfluo falar em cura. Se é uma doença ou anormalidade, sua causa e tratamento são essenciais. Aqui, novamente, os dados científicos continuam sendo conflitantes e incompletos.

Alguns clínicos e terapeutas afirmam que certas pessoas homossexuais podem ser “constitucionais”, isto é, nasceram para isto, e que o homossexualismo parece originar-se em níveis pré-conscientes da formação da personalidade, tão cedo na vida que se fixa de modo imutável, como parte integrante da vida da pessoa. Outros alegam que o homossexualismo não é uma condição pré-estabelecida, mas que parece na verdade surgir de um conjunto de condições complexas, inclusive danos pessoais e psicológicos causados pelo ambiente.

Advogados do Homossexualismo

O que é claro, porém, é que o homossexualismo envolve tanto a ”orientação” como a expressão do mesmo pela pessoa. Seus defensores insistem em dizer que o homossexualismo é primeiramente uma ”condição”, ou uma “orientação”, e só secundariamente os pensamentos e ações decorrentes dessa condição. Essa distinção, afirmam eles, só foi reconhecida recentemente pelos cristãos. Eles entendem que tal orientação significa que uma pessoa se sente atraída para o seu próprio gênero, e tal atração é considerada uma coisa tão natural para essa pessoa, como o é a atração pelo sexo oposto para uma pessoa heterossexual.

No livro Is the Homosexual My Neighbor? Another Christian View (1978), os autores Letha Scanzoni e Virgínia R. Mollenkott afirmam que para os que têm exclusivamente impulsos homossexuais e não conseguem modificar-se, a solução mais cristã é muitas vezes manter um relacionamento homossexual permamente, dedicado e responsável.

Tal indivíduo, segundo seu ponto de vista, não é mais doente ou imoral do que uma pessoa que é canhota.1

Logicamente, tal conclusão vai de encontro a toda interpretação tradicional das Escrituras nesse sentido. Scanzoni, Mollenkott e outros se dispõem a defender tal posição porque aos seus olhos o que a Bíblia condena são certos tipos de práticas homossexuais — notadamente estupro grupal, idolatria, e promiscuidade licenciosa — e não um “permanente e dedicado relacionamento amoroso entre homossexuais, semelhante ao casamento heterossexual.2 A Bíblia, argumentam eles, nada fala sobre a condição homossexual em si, e conseqüentemente suas declarações sobre homossexualismo não se aplicam a muitas pessoas homossexuais hoje.

Esses advogados do homossexualismo entendem que os pecados de Sodoma (Gênesis 19) e Gibeá (Juízes 19) eram violentos estupros grupais e inospitalidade, provavelmente nem mesmo cometidos por pessoas de inclinação homossexual. Eles geralmente concordam em que os regulamentos levíticos (Lev. 18:22; 20:13), contrários aos atos homossexuais entre homens, se referem a atividades homossexuais, mas consideram-nas como advertências relativas não contra o homossexualismo em si, mas contra a prostituição entre homens, utilizada nos rituais pagãos

Assim também, segundo a opinião desses indivíduos, Romanos 1:26 e 27 descreve atos homossexuais no contexto da licenciosidade e idolatria, não se aplicando assim ao caso de um sincero cristão homossexual que ama a Cristo e deseja conhecer a Deus, mas se sente atraído a alguém do mesmo sexo por amor e não por sensualismo. O mesmo argumento geralmente se estende a I Coríntios 6:9 e 10 e I Timóteo 1:10 e 11, que o cristão homossexual considera irrelevante, uma vez que, em sua opinião, essas passagens descrevem abusos praticados entre pessoas do mesmo sexo, e não uma condição ou inclinação homossexual vitalícia.

Não é de surpreender que Scanzoni e Mollenkott concluam seu estudo das referências escriturísticas ao homossexualismo com as seguintes palavras: “Como a Bíblia silencia no tocante à condição homossexual, os que desejam entendê-la devem se basear nos achados da moderna ciência do comportamento e no testemunho dos que são homossexuais.”3

Examinando o Contexto Bíblico

Embora esta reinterpretação das declarações bíblicas sobre homossexualismo possa parecer plausível, o contexto bíblico não o favorece. Pode muito bem ser verdade que Gênesis 19 não se refira ao homossexualismo em geral, e sim a estupro homossexual violento. Entretanto, a opinião de que a inospitalidade, e não o homossexualismo seja o pecado condenado aqui, parece extremamente improvável. Por que Ló ofereceria suas duas filhas a indivíduos que exigiam unicamente os dois estrangeiros? O contexto parece deixar claro que os homens de Sodoma queriam abusar sexualmente dos visitantes de Ló. O mesmo se aplica à narrativa de Juízes 19.

Não parece haver, tampouco, qualquer razão conclusiva para abandonarmos a interpretação usual de Levítico 18:22 e 20:13. É admissível que a maioria dos cristãos ignore a proibição contra o manter relações sexuais com uma mulher durante o seu período menstrual, referida no mesmo código levítico (cap. 20:18), bem como a instrução para não usar roupa “de dois estofos misturados” (19:19). Mas dizer que o contexto histórico da proibição contra o homossexualismo seja a necessidade de pureza cerimonial ou o desejo de separar-se dos cultos da fertilidade e da prostituição masculina dos vizinhos de Israel, absolutamente não convence. Simplesmente não há evidência positiva de homossexualismo ritualístico nas religiões cananéias. Na ausência de uma tal evidência contextual parece lógico afirmar que estes textos levíticos consideram o homossexualismo em si, pecaminoso, pois perverte o relacionamento sexual e familial pretendido para a humanidade.

Com respeito ao testemunho do Novo Testamento, os defensores do homossexualismo salientam com bastante correção que em I Coríntios 6:9 e 10 a natureza do pecado homossexual condenado se baseia em duas palavras gregas combinadas e traduzidas como ”pervertidos sexuais” em algumas versões bíblicas. As palavra malakoi e arsenokoitai são provavelmente mais obscuras em seu sentido do que geralmente se pensa. Ainda assim, elas parecem se referir aos parceiros passivos (malakos) e ativos (arsenokoitês) envolvidos na prática de determinado tipo de atividade homossexual, possivelmente prostituição masculina ou perversão de rapazes.

A declaração de I Timóteo 1:10 é de certa forma semelhante à de I Coríntios 6:9 e 10, pois o termo arsenokoitai (traduzido como “sodomitas”) é novamente usado. Estaria o texto se referindo apenas a homossexuais que agem de modo abusivo e perverso, ou a todos que se envolvem em práticas homossexuais? A segunda alternativa parece mais provável, mas deixa lugar a dúvidas.

Finalmente, temos a declaração de Paulo em Romanos 1:26 e 27: ”Por causa disso os entregou Deus a paixões infames; porque até as suas mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas, por outro contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens”. A julgar pela aparência, o texto considera pecaminosos tanto os atos homossexuais do homem como da mulher.

Os defensores do homossexualismo, porém, argumentam que Paulo não estava censurando o homossexualismo “saudável” e “natural”, e sim a experimentação homossexual degenerada entre pessoas heterossexuais, que procuram simplesmente excitação, e para as quais um tal relacionamento seria “contrário à natureza”, e conseqüentemente condenado pelo apóstolo. Acrescentam eles ainda que as práticas homossexuais exercidas num contexto de amor a Deus e ao próximo não são consideradas “contrárias à natureza” aos cristãos sinceros, os quais, deste modo, escapam à condenação pretendida pelo texto. Além disso, dizem eles, se o que Paulo tinha em mente era o comportamento homossexual, ele estaria denunciando apenas o homossexalismo idólatra.

Uma simples leitura do contexto, porém, é suficiente para demonstrar que a preocupação de Paulo em Romanos 1 não é quanto à idolatria e abuso homossexual, e sim quanto à queda da humanidade e suas desordens resultantes. A intenção de Paulo não é separar um grupo de pecadores considerando-o mais desprezível do que outro, ou meramente expor certas práticas pecaminosas. O apóstolo está, na verdade, argumentando que “todos pecaram” (cap. 3:23), e utiliza as práticas homossexuais como ilustração da desordem produzida pelo pecado.4 As desordens por ele mencionadas são erradas não pelo fato de resultarem de idolatria; elas são erradas em si.

Na verdade, em Romanos 1:24-27 toda a sexualidade humana, seja ela heterossexual ou homossexual, é retratada como sendo licenciosa por causa da inclinação inerente do homem para o egocentrismo, por causa de sua rebelião contra Deus, e em razão do caos que a Queda provocou. A luz da presente evidência, cremos ser válido concluir que Romanos 1:26 e 27 considera a prática homossexual como pecaminosa em si.

Deve-se ter em mente, porém, que uma discussão destes textos bíblicos, individualmente, ainda que inteligentemente interpretados, pode não chegar à verdade se não fundamentar a explicação de referências ocasionais ao homossexualismo nas mais importantes referências bíblicas à sexualidade humana. Uma compreensão adequada do homossexualismo só pode ser obtida dentro de um contexto mais amplo, através de uma investigação da doutrina bíblica da sexualidade humana. E nesse ponto as Escrituras são muito explícitas.

Os capítulos de abertura do Gênesis deixam claro que a sexualidade pertence à Criação. A narrativa da Criação afirma que Deus não criou o homem sozinho. Deus também não criou homem/homem ou mulher/mulher. Ele criou a humanidade como sendo macho e fê-mea. A imagem de Deus na humanidade é incompleta sem a presen-ça de ambos: homem e mulher. Isto significa também que o objetivo da sexualidade cristã não é a satisfação pessoal mas a inteireza interpessoal. Os dois se tornam “uma só carne” (Gên. 2:24; ver também S. Mar. 10:7 e 8). Não temos aqui simplesmente uma relação entre duas pessoas, mas uma relação entre macho e fêmea. Sakae Kubo diz: “Não é o relacionamento em si, mas o caráter complementar desse relacionamento que é significativo.”5 A inteireza é a união de opostos, a junção das diferenças, não apenas diferenças sexuais — embora estas sejam fundamentais para um entendimento da sexualidade segundo a Bíblia — mas também as diferenças de personalidade, temperamento, função social e aspirações. Todas elas se reúnem no símbolo físico da diferenciação de gênero. Por esse padrão, as ligações homossexuais são incompletas.

As referências do Velho e Novo Testamentos sobre casamento e sexualidade, o cerne da narrativa da Criação, o testemunho de Jesus e de Paulo sobre a Criação, o casamento e a Queda, são partes de todo um sistema que de modo unânime e invariável retratam o amor heterossexual como sendo da vontade de Deus, e conseqüentemente bom e normativo.

É verdade que as Escrituras silenciam quanto à “condição” homossexual, em distinção às práticas homossexuais licenciosas. Isto não nos deveria surpreender, uma vez que as Escrituras em geral demonstram pouco interesse na condição em que nos achamos quando enfrentamos a tentação. Elas antes apelam à nossa resposta. Assim, os adúlteros não são desculpados em virtude de sua condição pecaminosa. Eles são instados a deixar de adulterar. Não há dúvida de que alguns adúlteros sincera e profundamente se amam; mas este fato não os isenta de culpa. Nem tampouco lhes é oferecida uma concessão, ou instados a tornar seu relacionamento tão permanente e amoroso quanto possível. Eles são antes convidados a abandoná-lo e a voltar aos seus verdadeiros cônjuges.

Isto não quer dizer que as pessoas que têm desejos adúlteros ou homossexuais sejam culpadas de pecado. Mas são responsáveis quanto à maneira como respondem a esses impulsos, como todos nós somos responsáveis pela maneira como reagimos aos vários tipos de tentações. A responsabilidade de pessoas impelidas por desejos homossexuais não é fácil. Mas é impossível que os homossexuais se curem e se modifiquem em sua inclinação sexual?

Há Possibilidade de Cura?

Alguns são inflexíveis quanto à impossibilidade de que um verdadeiro homossexual mude sua inclinação. “Não há sequer uma sombra de evidência de que tenha havido uma conversão válida para a inclinação heterossexual através de terapia ou conversão cristã e oração”, afirma Ralph Blair. Outros declaram que os homossexuais podem, e na verdade estão sendo curados e transformados em sua orientação sexual, conforme o próprio Paulo afirma (I Cor. 6:11), através dos amplos recursos da graça disponível ao cristão.

É verdade que até recentemente pouca ou nenhuma evidência científica existia, mostrando que tal modificação pudesse ocorrer dentro da igreja ou em qualquer outro lugar. Entretanto, num recente artigo publicado no American Journal of Psychiatry, os Drs. E. Mansell Pattison e Myrna Loy Pattison, da Faculdade de Medicina da Geórgia, documentaram onze casos de homens que afirmam ter mudado sua orientação sexual, de exclusivo homossexualismo para exclusivo heterossexualismo, através da participação numa comunidade pentecostal.6 O trabalho do Dr. Pattison não está sem apoio, 7 e embora alguns homossexuais que constam desse estudo não tenham sido curados, não se pode mais falar em impossibilidade de mudança de orientação sexual, e conseqüentemente, da “naturalidade” do homossexualismo entre homossexuais exclusivos.

Qual Deve Ser a Atitude da Igreja


Isto significa boas novas para os cristãos que se preocupam com seus irmãos homossexuais. A igreja não deve se sentir no dever de procurar e eliminar homossexuais praticantes, inclusive os que já estão em seu meio. Ela deve antes lançar um desafio aos homossexuais, para que examinem sua consciência e se arrependam de seus pecados. A igreja deve, sem hesitação, apoiar os ensinos bíblicos, mas precisa ao mesmo tempo demonstrar compaixão, e esforçar-se por compreender as lutas pessoais dos homossexuais. O mais importante testemunho das Escrituras, com respeito ao homossexualismo, não é condenação mas promessa de libertação — libertação de uma velha vida de escravidão ao pecado para uma nova vida de liberdade em Jesus Cristo! Encaremos seriamente as promessas do Espírito Santo e Seu poder restaurador.

Ao mesmo tempo, grande parte do arrependimento que deve ocorrer, quanto a este assunto, precisa ter lugar na vida de pessoas corretas, inclusive cristãos corretos. Inclinamo-nos a esquecer que, como pecadores heterossexuais, não nos achamos em posição de vantagem da qual mirar com ares de superioridade os pecadores homossexuais. Na verdade, nossos pecados de negligência, temor e ódio, podem estar impedindo que muitos homossexuais encontrem a Cristo e alcancem libertação. Poderia dar-se o caso de que a nossa incapacidade de manter uma atitude de compassivo interesse pelos homossexuais, enquanto ao mesmo tempo desaprovamos o estilo de vida homossexual, indique na verdade uma séria falta de convicção do pecado em nossa vida?

No fundo, a questão não é homossexualismo. É moralidade. A questão perante nós não é de direitos dos homossexuais, mas de direitos de Deus, Seus direitos de chamar-nos para uma vida de alegre submissão a Sua vontade.

A cultura contemporânea está forçando os cristãos a reconsiderarem sua compreensão teológica do homossexualismo. É interessante que as linhas de divisão entre nós são com freqüência apenas um reflexo de opiniões contraditórias concernentes à utilidade e legitimidade da observação pessoal, cultural e científica no processo teológico.

Alguns estão dando crescente importância aos “fatos” propostos por cientistas sociais com respeito à natureza do homossexualismo. Mas a natureza, embora criada por Deus, continua maculada e deformada pelo pecado. É preciso julgá-la segundo um padrão externo autorizado, ou seja, a Palavra de Deus. As Escrituras devem guiar-nos em nossa observação do mundo que nos cerca. Elas devem ser a norma teológica de todos nós. A questão discutida aqui é se as Escrituras devem ser a regra suprema de nossa fé e convicções ou se elas devem transferir sua função normativa para a experiência humana, para a razão, ou hipóteses científicas contemporâneas.

A sugestão moderna de que abandonemos a primeira alternativa e adotemos a segunda, revela ausência de entendimento teológico quanto ao papel profético da igreja em chamar seus membros e o mundo ao arrependimento dos pecados individuais e sociais.

Há muita confusão, tanto na sociedade como na igreja, com respeito ao homossexualismo e às práticas homossexuais. As pessoas estão em busca de uma palavra autorizada, bíblica, divina, em vez de opiniões mutantes de homens. As palavras que refletem o caráter de Cristo, ao serem confrontadas com lassidão moral e pessoas quebrantadas, ainda são palavras que combinam compaixão com firmeza moral.

Referências

1. Págs . 77 e 78.

2. Idem, págs . 71 e 72.

3. Idem, pág. 71.

4. A declaração de Paulo de que as práticas homossexuais são “contrárias à natureza” não significam que elas são contrárias à orientação natural de um indivíduo. “Contrá-rio à natureza” significa, na verdade, contrário à intenção de Deus no tocante ao comportamento sexual humano, que é plenamente visível na natureza.

5. Sakae Kubo, Theology and Ethics of Sex, pág. 24.

6. “‘Ex-Gays ‘ Religiously Mediated Change in Homosexuals”, American Journal of Psychiatry 137:12 (Dezembro, 1980). págs . 1553-1563.

7. Ver, por exemplo, Robert K. johnston, “Homosexuality: (1) Can It Be Cured?” The Reformed Journal março 1981. págs . 11 e 12.

Raoul Dederen, Ph. D. — Professor de Teologia histórica no Seminário Teológico da Universidade Andrews, EUA. Publicado na Revista Adventista deAbril/1982.

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