sábado, 15 de dezembro de 2012

Homossexualismo - Uma Perspectiva Bíblica !



A cultura contemporânea está forçando os cristãos a reconsiderarem sua posição histórica e teológica sobre o homossexualismo. Neste artigo o autor examina quem deve ditar as normas – a experiência humana ou as Escrituras Sagradas.

A crise homossexual chegou à igreja, notadamente nos Estados Unidos. Alguns homossexuais estão vindo para a igreja não apenas em busca de perdão e misericórdia, mas para dizer à igreja o mesmo que têm dito ao mundo: “A homossexualidade não é pecado. Para mim isto é natural. Deus me fez assim. Ele me aceita como eu sou. Conseqüentemente, chegou o momento de a igreja me aceitar também como eu sou.”

A crise não está mais “lá fora”; está às portas da maioria das igrejas cristãs, desafiando a tradicional posição judaico-cristã neste assunto, e pressionando em favor de uma mudança radical, da rejeição do homossexualismo para a afirmação de que ele faz parte da Criação em que Deus declarou tudo ”muito bom”.

Até recentemente a igreja considerava firmemente a prática do homossexualismo como pecado, embora os homossexuais não praticantes fossem bem-vindos na igreja — pelo menos teoricamente. Em anos recentes, porém, vários estudos e indivíduos têm questionado a forma tradicional como a igreja tem abordado o problema.

Em 1955 Derrick Sherwin Bailey publicou o livro Homosexuality and the Western Christian Tradition (O Homossexualismo e a Tradição Cristã Ocidental), e desde então quantidades cada vez maiores de livros sobre homossexualismo e igreja têm saído dos prelos eclesiásticos. Grande parte desse material é favorável a um estilo de vida “cristão-homossexual” praticante. Ao mesmo tempo, comissões de estudo envolvendo denominações inteiras têm-se manifestado, elaborando documentos de estudo sobre homossexualismo para a Igreja Unida de Cristo, Igreja Presbiteriana Unida, Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, Igreja Episcopal, e Igreja Luterana Americana, entre outras.

A cultura contemporânea também está exercendo pressão sobre a tradicional teologia histórica da igreja, no tocante ao homossexualismo, por meio de novos dados fornecidos pelas ciências sociais. Embora o desacordo científico seja às vezes frustrante, os cristãos estão descobrindo que há entre os homossexuais maior variedade do que geralmente se pensava. Nem todos os homossexuais são efeminados em suas maneiras, fala e jeito de andar. Nem todos são, tampouco, de aparência masculinizada, porte atlético, ou propensos a vestir roupas de homem. Alguns homossexuais (tal e qual os heterossexuais) são promíscuos e têm obsessão sexual, enquanto outros vivem reservadamente.

A natureza e causa real do homossexualismo continua sendo provavelmente a questão mais desalentadora. Em 1973 a Associação Psiquiátrica Americana decidiu remover o homossexualismo de sua lista de doenças, mas as ciências seculares não estão de acordo quanto à sua natureza e origem. A pergunta central não respondida é se o homossexualismo deve ser considerado normal ou anormal. As implicações de uma tal resposta são enormes. Se o homossexualismo é uma variação normal da sexualidade humana, torna-se supérfluo falar em cura. Se é uma doença ou anormalidade, sua causa e tratamento são essenciais. Aqui, novamente, os dados científicos continuam sendo conflitantes e incompletos.

Alguns clínicos e terapeutas afirmam que certas pessoas homossexuais podem ser “constitucionais”, isto é, nasceram para isto, e que o homossexualismo parece originar-se em níveis pré-conscientes da formação da personalidade, tão cedo na vida que se fixa de modo imutável, como parte integrante da vida da pessoa. Outros alegam que o homossexualismo não é uma condição pré-estabelecida, mas que parece na verdade surgir de um conjunto de condições complexas, inclusive danos pessoais e psicológicos causados pelo ambiente.

Advogados do Homossexualismo

O que é claro, porém, é que o homossexualismo envolve tanto a ”orientação” como a expressão do mesmo pela pessoa. Seus defensores insistem em dizer que o homossexualismo é primeiramente uma ”condição”, ou uma “orientação”, e só secundariamente os pensamentos e ações decorrentes dessa condição. Essa distinção, afirmam eles, só foi reconhecida recentemente pelos cristãos. Eles entendem que tal orientação significa que uma pessoa se sente atraída para o seu próprio gênero, e tal atração é considerada uma coisa tão natural para essa pessoa, como o é a atração pelo sexo oposto para uma pessoa heterossexual.

No livro Is the Homosexual My Neighbor? Another Christian View (1978), os autores Letha Scanzoni e Virgínia R. Mollenkott afirmam que para os que têm exclusivamente impulsos homossexuais e não conseguem modificar-se, a solução mais cristã é muitas vezes manter um relacionamento homossexual permamente, dedicado e responsável.

Tal indivíduo, segundo seu ponto de vista, não é mais doente ou imoral do que uma pessoa que é canhota.1

Logicamente, tal conclusão vai de encontro a toda interpretação tradicional das Escrituras nesse sentido. Scanzoni, Mollenkott e outros se dispõem a defender tal posição porque aos seus olhos o que a Bíblia condena são certos tipos de práticas homossexuais — notadamente estupro grupal, idolatria, e promiscuidade licenciosa — e não um “permanente e dedicado relacionamento amoroso entre homossexuais, semelhante ao casamento heterossexual.2 A Bíblia, argumentam eles, nada fala sobre a condição homossexual em si, e conseqüentemente suas declarações sobre homossexualismo não se aplicam a muitas pessoas homossexuais hoje.

Esses advogados do homossexualismo entendem que os pecados de Sodoma (Gênesis 19) e Gibeá (Juízes 19) eram violentos estupros grupais e inospitalidade, provavelmente nem mesmo cometidos por pessoas de inclinação homossexual. Eles geralmente concordam em que os regulamentos levíticos (Lev. 18:22; 20:13), contrários aos atos homossexuais entre homens, se referem a atividades homossexuais, mas consideram-nas como advertências relativas não contra o homossexualismo em si, mas contra a prostituição entre homens, utilizada nos rituais pagãos

Assim também, segundo a opinião desses indivíduos, Romanos 1:26 e 27 descreve atos homossexuais no contexto da licenciosidade e idolatria, não se aplicando assim ao caso de um sincero cristão homossexual que ama a Cristo e deseja conhecer a Deus, mas se sente atraído a alguém do mesmo sexo por amor e não por sensualismo. O mesmo argumento geralmente se estende a I Coríntios 6:9 e 10 e I Timóteo 1:10 e 11, que o cristão homossexual considera irrelevante, uma vez que, em sua opinião, essas passagens descrevem abusos praticados entre pessoas do mesmo sexo, e não uma condição ou inclinação homossexual vitalícia.

Não é de surpreender que Scanzoni e Mollenkott concluam seu estudo das referências escriturísticas ao homossexualismo com as seguintes palavras: “Como a Bíblia silencia no tocante à condição homossexual, os que desejam entendê-la devem se basear nos achados da moderna ciência do comportamento e no testemunho dos que são homossexuais.”3

Examinando o Contexto Bíblico

Embora esta reinterpretação das declarações bíblicas sobre homossexualismo possa parecer plausível, o contexto bíblico não o favorece. Pode muito bem ser verdade que Gênesis 19 não se refira ao homossexualismo em geral, e sim a estupro homossexual violento. Entretanto, a opinião de que a inospitalidade, e não o homossexualismo seja o pecado condenado aqui, parece extremamente improvável. Por que Ló ofereceria suas duas filhas a indivíduos que exigiam unicamente os dois estrangeiros? O contexto parece deixar claro que os homens de Sodoma queriam abusar sexualmente dos visitantes de Ló. O mesmo se aplica à narrativa de Juízes 19.

Não parece haver, tampouco, qualquer razão conclusiva para abandonarmos a interpretação usual de Levítico 18:22 e 20:13. É admissível que a maioria dos cristãos ignore a proibição contra o manter relações sexuais com uma mulher durante o seu período menstrual, referida no mesmo código levítico (cap. 20:18), bem como a instrução para não usar roupa “de dois estofos misturados” (19:19). Mas dizer que o contexto histórico da proibição contra o homossexualismo seja a necessidade de pureza cerimonial ou o desejo de separar-se dos cultos da fertilidade e da prostituição masculina dos vizinhos de Israel, absolutamente não convence. Simplesmente não há evidência positiva de homossexualismo ritualístico nas religiões cananéias. Na ausência de uma tal evidência contextual parece lógico afirmar que estes textos levíticos consideram o homossexualismo em si, pecaminoso, pois perverte o relacionamento sexual e familial pretendido para a humanidade.

Com respeito ao testemunho do Novo Testamento, os defensores do homossexualismo salientam com bastante correção que em I Coríntios 6:9 e 10 a natureza do pecado homossexual condenado se baseia em duas palavras gregas combinadas e traduzidas como ”pervertidos sexuais” em algumas versões bíblicas. As palavra malakoi e arsenokoitai são provavelmente mais obscuras em seu sentido do que geralmente se pensa. Ainda assim, elas parecem se referir aos parceiros passivos (malakos) e ativos (arsenokoitês) envolvidos na prática de determinado tipo de atividade homossexual, possivelmente prostituição masculina ou perversão de rapazes.

A declaração de I Timóteo 1:10 é de certa forma semelhante à de I Coríntios 6:9 e 10, pois o termo arsenokoitai (traduzido como “sodomitas”) é novamente usado. Estaria o texto se referindo apenas a homossexuais que agem de modo abusivo e perverso, ou a todos que se envolvem em práticas homossexuais? A segunda alternativa parece mais provável, mas deixa lugar a dúvidas.

Finalmente, temos a declaração de Paulo em Romanos 1:26 e 27: ”Por causa disso os entregou Deus a paixões infames; porque até as suas mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas, por outro contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens”. A julgar pela aparência, o texto considera pecaminosos tanto os atos homossexuais do homem como da mulher.

Os defensores do homossexualismo, porém, argumentam que Paulo não estava censurando o homossexualismo “saudável” e “natural”, e sim a experimentação homossexual degenerada entre pessoas heterossexuais, que procuram simplesmente excitação, e para as quais um tal relacionamento seria “contrário à natureza”, e conseqüentemente condenado pelo apóstolo. Acrescentam eles ainda que as práticas homossexuais exercidas num contexto de amor a Deus e ao próximo não são consideradas “contrárias à natureza” aos cristãos sinceros, os quais, deste modo, escapam à condenação pretendida pelo texto. Além disso, dizem eles, se o que Paulo tinha em mente era o comportamento homossexual, ele estaria denunciando apenas o homossexalismo idólatra.

Uma simples leitura do contexto, porém, é suficiente para demonstrar que a preocupação de Paulo em Romanos 1 não é quanto à idolatria e abuso homossexual, e sim quanto à queda da humanidade e suas desordens resultantes. A intenção de Paulo não é separar um grupo de pecadores considerando-o mais desprezível do que outro, ou meramente expor certas práticas pecaminosas. O apóstolo está, na verdade, argumentando que “todos pecaram” (cap. 3:23), e utiliza as práticas homossexuais como ilustração da desordem produzida pelo pecado.4 As desordens por ele mencionadas são erradas não pelo fato de resultarem de idolatria; elas são erradas em si.

Na verdade, em Romanos 1:24-27 toda a sexualidade humana, seja ela heterossexual ou homossexual, é retratada como sendo licenciosa por causa da inclinação inerente do homem para o egocentrismo, por causa de sua rebelião contra Deus, e em razão do caos que a Queda provocou. A luz da presente evidência, cremos ser válido concluir que Romanos 1:26 e 27 considera a prática homossexual como pecaminosa em si.

Deve-se ter em mente, porém, que uma discussão destes textos bíblicos, individualmente, ainda que inteligentemente interpretados, pode não chegar à verdade se não fundamentar a explicação de referências ocasionais ao homossexualismo nas mais importantes referências bíblicas à sexualidade humana. Uma compreensão adequada do homossexualismo só pode ser obtida dentro de um contexto mais amplo, através de uma investigação da doutrina bíblica da sexualidade humana. E nesse ponto as Escrituras são muito explícitas.

Os capítulos de abertura do Gênesis deixam claro que a sexualidade pertence à Criação. A narrativa da Criação afirma que Deus não criou o homem sozinho. Deus também não criou homem/homem ou mulher/mulher. Ele criou a humanidade como sendo macho e fê-mea. A imagem de Deus na humanidade é incompleta sem a presen-ça de ambos: homem e mulher. Isto significa também que o objetivo da sexualidade cristã não é a satisfação pessoal mas a inteireza interpessoal. Os dois se tornam “uma só carne” (Gên. 2:24; ver também S. Mar. 10:7 e 8). Não temos aqui simplesmente uma relação entre duas pessoas, mas uma relação entre macho e fêmea. Sakae Kubo diz: “Não é o relacionamento em si, mas o caráter complementar desse relacionamento que é significativo.”5 A inteireza é a união de opostos, a junção das diferenças, não apenas diferenças sexuais — embora estas sejam fundamentais para um entendimento da sexualidade segundo a Bíblia — mas também as diferenças de personalidade, temperamento, função social e aspirações. Todas elas se reúnem no símbolo físico da diferenciação de gênero. Por esse padrão, as ligações homossexuais são incompletas.

As referências do Velho e Novo Testamentos sobre casamento e sexualidade, o cerne da narrativa da Criação, o testemunho de Jesus e de Paulo sobre a Criação, o casamento e a Queda, são partes de todo um sistema que de modo unânime e invariável retratam o amor heterossexual como sendo da vontade de Deus, e conseqüentemente bom e normativo.

É verdade que as Escrituras silenciam quanto à “condição” homossexual, em distinção às práticas homossexuais licenciosas. Isto não nos deveria surpreender, uma vez que as Escrituras em geral demonstram pouco interesse na condição em que nos achamos quando enfrentamos a tentação. Elas antes apelam à nossa resposta. Assim, os adúlteros não são desculpados em virtude de sua condição pecaminosa. Eles são instados a deixar de adulterar. Não há dúvida de que alguns adúlteros sincera e profundamente se amam; mas este fato não os isenta de culpa. Nem tampouco lhes é oferecida uma concessão, ou instados a tornar seu relacionamento tão permanente e amoroso quanto possível. Eles são antes convidados a abandoná-lo e a voltar aos seus verdadeiros cônjuges.

Isto não quer dizer que as pessoas que têm desejos adúlteros ou homossexuais sejam culpadas de pecado. Mas são responsáveis quanto à maneira como respondem a esses impulsos, como todos nós somos responsáveis pela maneira como reagimos aos vários tipos de tentações. A responsabilidade de pessoas impelidas por desejos homossexuais não é fácil. Mas é impossível que os homossexuais se curem e se modifiquem em sua inclinação sexual?

Há Possibilidade de Cura?

Alguns são inflexíveis quanto à impossibilidade de que um verdadeiro homossexual mude sua inclinação. “Não há sequer uma sombra de evidência de que tenha havido uma conversão válida para a inclinação heterossexual através de terapia ou conversão cristã e oração”, afirma Ralph Blair. Outros declaram que os homossexuais podem, e na verdade estão sendo curados e transformados em sua orientação sexual, conforme o próprio Paulo afirma (I Cor. 6:11), através dos amplos recursos da graça disponível ao cristão.

É verdade que até recentemente pouca ou nenhuma evidência científica existia, mostrando que tal modificação pudesse ocorrer dentro da igreja ou em qualquer outro lugar. Entretanto, num recente artigo publicado no American Journal of Psychiatry, os Drs. E. Mansell Pattison e Myrna Loy Pattison, da Faculdade de Medicina da Geórgia, documentaram onze casos de homens que afirmam ter mudado sua orientação sexual, de exclusivo homossexualismo para exclusivo heterossexualismo, através da participação numa comunidade pentecostal.6 O trabalho do Dr. Pattison não está sem apoio, 7 e embora alguns homossexuais que constam desse estudo não tenham sido curados, não se pode mais falar em impossibilidade de mudança de orientação sexual, e conseqüentemente, da “naturalidade” do homossexualismo entre homossexuais exclusivos.

Qual Deve Ser a Atitude da Igreja


Isto significa boas novas para os cristãos que se preocupam com seus irmãos homossexuais. A igreja não deve se sentir no dever de procurar e eliminar homossexuais praticantes, inclusive os que já estão em seu meio. Ela deve antes lançar um desafio aos homossexuais, para que examinem sua consciência e se arrependam de seus pecados. A igreja deve, sem hesitação, apoiar os ensinos bíblicos, mas precisa ao mesmo tempo demonstrar compaixão, e esforçar-se por compreender as lutas pessoais dos homossexuais. O mais importante testemunho das Escrituras, com respeito ao homossexualismo, não é condenação mas promessa de libertação — libertação de uma velha vida de escravidão ao pecado para uma nova vida de liberdade em Jesus Cristo! Encaremos seriamente as promessas do Espírito Santo e Seu poder restaurador.

Ao mesmo tempo, grande parte do arrependimento que deve ocorrer, quanto a este assunto, precisa ter lugar na vida de pessoas corretas, inclusive cristãos corretos. Inclinamo-nos a esquecer que, como pecadores heterossexuais, não nos achamos em posição de vantagem da qual mirar com ares de superioridade os pecadores homossexuais. Na verdade, nossos pecados de negligência, temor e ódio, podem estar impedindo que muitos homossexuais encontrem a Cristo e alcancem libertação. Poderia dar-se o caso de que a nossa incapacidade de manter uma atitude de compassivo interesse pelos homossexuais, enquanto ao mesmo tempo desaprovamos o estilo de vida homossexual, indique na verdade uma séria falta de convicção do pecado em nossa vida?

No fundo, a questão não é homossexualismo. É moralidade. A questão perante nós não é de direitos dos homossexuais, mas de direitos de Deus, Seus direitos de chamar-nos para uma vida de alegre submissão a Sua vontade.

A cultura contemporânea está forçando os cristãos a reconsiderarem sua compreensão teológica do homossexualismo. É interessante que as linhas de divisão entre nós são com freqüência apenas um reflexo de opiniões contraditórias concernentes à utilidade e legitimidade da observação pessoal, cultural e científica no processo teológico.

Alguns estão dando crescente importância aos “fatos” propostos por cientistas sociais com respeito à natureza do homossexualismo. Mas a natureza, embora criada por Deus, continua maculada e deformada pelo pecado. É preciso julgá-la segundo um padrão externo autorizado, ou seja, a Palavra de Deus. As Escrituras devem guiar-nos em nossa observação do mundo que nos cerca. Elas devem ser a norma teológica de todos nós. A questão discutida aqui é se as Escrituras devem ser a regra suprema de nossa fé e convicções ou se elas devem transferir sua função normativa para a experiência humana, para a razão, ou hipóteses científicas contemporâneas.

A sugestão moderna de que abandonemos a primeira alternativa e adotemos a segunda, revela ausência de entendimento teológico quanto ao papel profético da igreja em chamar seus membros e o mundo ao arrependimento dos pecados individuais e sociais.

Há muita confusão, tanto na sociedade como na igreja, com respeito ao homossexualismo e às práticas homossexuais. As pessoas estão em busca de uma palavra autorizada, bíblica, divina, em vez de opiniões mutantes de homens. As palavras que refletem o caráter de Cristo, ao serem confrontadas com lassidão moral e pessoas quebrantadas, ainda são palavras que combinam compaixão com firmeza moral.

Referências

1. Págs . 77 e 78.

2. Idem, págs . 71 e 72.

3. Idem, pág. 71.

4. A declaração de Paulo de que as práticas homossexuais são “contrárias à natureza” não significam que elas são contrárias à orientação natural de um indivíduo. “Contrá-rio à natureza” significa, na verdade, contrário à intenção de Deus no tocante ao comportamento sexual humano, que é plenamente visível na natureza.

5. Sakae Kubo, Theology and Ethics of Sex, pág. 24.

6. “‘Ex-Gays ‘ Religiously Mediated Change in Homosexuals”, American Journal of Psychiatry 137:12 (Dezembro, 1980). págs . 1553-1563.

7. Ver, por exemplo, Robert K. johnston, “Homosexuality: (1) Can It Be Cured?” The Reformed Journal março 1981. págs . 11 e 12.

Raoul Dederen, Ph. D. — Professor de Teologia histórica no Seminário Teológico da Universidade Andrews, EUA. Publicado na Revista Adventista deAbril/1982.

Entretenimento Cristão



O lazer é um aspecto importante da vida de toda pessoa, inclusive do cristão. Do ponto de vista social, ele tem a função de relaxar as tensões diárias e renovar as energias para uma nova temporada de atividades rotineiras. O filósofo grego Aristóteles falava da necessidade de pausas nas atividades laborais cotidianas. Para um bom leitor da Bíblia, em tempo algum isso foi novidade, já que nosso Criador estabeleceu, desde o início, um dia de descanso após seis dias de trabalho.

Na Revolução Industrial, com a supervalorização do trabalho, os momentos de lazer passaram a ser vistos sob um ângulo capitalista. Ou seja, desprezava-se o tempo para a recuperação das forças e da energia. Anos depois, ficou compreendido que o trabalhador carece de férias para voltar revigorado a suas atividades. A descoberta valia também para períodos mais curtos, como o prazo de uma semana, por exemplo. Essa foi uma vitória importante para o trabalhador. O sociólogo italiano Domênico De Masi (autor do livro O Ócio Criativo) afirma que, na era pós-industrial, teremos cada vez menos trabalho e mais tempo livre; a escola e a família nos preparam para o trabalho, mas ninguém nos tem preparado para o tempo livre. Isso é especialmente verdade para nós, cristãos, que não queremos preencher nosso tempo disponível com qualquer tipo de atividade.

Deus não nos criou para sermos tristes, solitários nem para vivermos constantemente sob tensão. Ele imaginou inúmeras formas de nos dar alegria por meio de nossos sentidos. Essa é a razão por que as flores têm aroma, as frutas têm sabor, há cores e texturas, os sons exercem efeito sobre nós. Nossos sentidos nos ajudam a desfrutar a vida e percebê-la como um presente do Senhor. O lazer sempre esteve nos planos de Deus para o homem.

O rei Salomão nos fala que recreação é uma ordem do Céu: Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração" (Ec 11:9). E diz mais: há um "tempo de chorar" mas em seguida lembra que também há um "tempo de rir" e até de "saltar de alegria" (Ec 3:4). O ser humano, naturalmente, busca a própria felicidade. Esse sentimento não foi "plantado" em nós pelo inimigo; é um dom divino. Fomos feitos para ser felizes. Aptos para o lazer e estando em busca da felicidade, cabe-nos agora uma decisão: que fazer durante o tempo vago? E é bem nesse ponto que o inimigo tenta nos atrair com formas equivocadas de alcançar nosso objetivo.

Amigos

O ser humano é sociável. Estar em sociedade implica compartilhar idéias. Assim, é fácil enredar-se em um comportamento inadequado quando é precisamente isso o que "todos estão fazendo" É inevitável que uma pessoa influencie outra. No início do século passado, o sociólogo francês Aléxis Carrel dizia em seus discursos que "todos sofrem fatalmente a influência daqueles com quem convivem" Essa realidade perdura e você já deve ter sido influenciado e exercido influência sobre outras pessoas. Assim, em um momento de fraqueza ou "distração" até mesmo o mais fiel cristão está sujeito a ser levado pela correnteza.

Não é muito próprio da natureza humana gostar de ser "diferente" Isso pode deixar algumas pessoas acuadas, e elas acabam participando de atividades impróprias a um genuíno cristão. Esse fato isolado já é ruim, mas se torna ainda pior quando o cristão, jovem ou não, vai se acostumando aos hábitos seculares e faz calar a voz da consciência. Pela influência do meio em que está, acaba pactuando com o mal. É por meio de íntima associação com não-cristãos que muitos cristãos entram em contato com entretenimento impróprio e colocam em risco sua vida espiritual.

No entanto, nenhuma experiência precisa ter esse desfecho. Com forças vindas de Deus, é possível remar em sentido inverso e vencer a "correnteza" "Não sois do mundo" disse-nos Jesus, "pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia" (Jo 15:19). Poderemos ser odiados pelo mundo; mas verdadeiros filhos de Deus suportam isso com valentia.

O ambiente
Por que as pessoas vão a lugares imorais em busca de lazer? Sinceramente, o que elas irão encontrar lá? Pode haver algum riso, mas não será genuíno, e sim provocado por músicas excitantes, bebidas alcoólicas, entorpecentes, incentivos lascivos ou outros artifícios. O motivo pelo qual as pessoas procuram lugares com esses elementos é precisamente a razão pela qual não deveriam fazer isso. Ali , não haverá descanso para a mente nem para o corpo. Não haverá "recriar" que é o propósito da recreação saudável.

É estarrecedor, mas meses atrás circulou na internet a descrição de uma típica festa à fantasia. A prima de um dos convidados voltava do toalete avisando que a "Branca de Neve" estava passando mal depois de ter tomado suas cervejas. "Branca de Neve" no caso, era uma garota de 15 anos. Como ser fiel a Deus e não fazer estas perguntas: Isso é ambiente para um cristão? O que um jovem cristão pretende encontrar quando aceita participar de uma festa dessas?

"O verdadeiro cristão não desejará entrar em nenhum lugar de diversão, nem envolver-se em nenhum entretenimento sobre o qual não possa pedir a bênção de Deus" (Ellen G. White, Mensagem aos Jovens, p. 398).

Ainda assim, alguns se sentem tentados a ir a esses lugares. Chegam a dizer que têm o incrível propósito de resgatar pessoas. É uma causa nobre, sem dúvida, mas não é uma boa estratégia pôr-se em terreno perigoso.

Como cristãos, somos envolvidos por uma redoma que nos protege do mundo exterior. Isso é bom, mas às vezes temos a ilusão de que, do lado externo, é tudo cor-de-rosa e perfumado. "Certamente não morrerás" repete o inimigo. Infelizmente, muitos ainda acreditam nessa mentira e se arriscam. No entanto, toda felicidade oferecida pelo inimigo é temporária. Ainda que haja uma euforia inicial, ela será substituída pelo vazio existencial.

"O contínuo anseio por diversões agradáveis revela os profundos desejos de alguém. Mas os que bebem dessa fonte de prazer mundano acharão que continua ainda insatisfeita a sede de sua alma. Estão enganados; confundem alegria com felicidade; e, quando cessa a agitação, muitos caem nas profundezas do desânimo e desespero" (Eilen G. White, Fundamentos Educação Cristã, p. 422).

As telas
Um dos pontos mais polêmicos a respeito da recreação é o cinema. Em relação a esse assunto, há defesas, ataques e abstenções entre os membros da igreja.

De fato, a indústria cinematográfica é uma máquina de idéias. Por meio dela, você recebe sugestões de como agir no dia-a-dia. Várias vezes, terá controle sobre aquilo a que assistiu e não se sentirá influenciado a respeito do enredo que acompanhou. No entanto, outras muitas vezes a trama o seduzirá e você a transportará para sua própria vida, permitindo que ela o influencie em suas decisões pessoais. Muitas infrações da conduta ou da moral já foram estimuladas por filmes que não levam em conta princípios cristãos. Até mesmo o noticiário nacional já nos pôs a par disso. Tais filmes privilegiam a delinqüência, o crime, a violência, o vício, o roubo, a obscenidade, a blasfêmia. São aulas de toda sorte de maldade. Como menciona João de Deus Pinho, em sua obra Caminhos da Juventude, é lamentável que pessoas cristãs, entre elas, muitos jovens, sentem-se numa poltrona de cinema para assistir a essas aulas. Assim, reduzem a sensibilidade ao que acontece ao redor de si. Isso também pode ser o resultado de freqüências ao teatro, horas indiscriminadas e passivas diante da televisão ou do computador, na internet.

As atividades
De que tipo de recreação, então, o homem precisa? As atividades devem renovar suas faculdades intelectuais, físicas, emocionais e espirituais. Tendo isso como princípio básico, ele estará pronto a fazer escolhas corretas e seguras sobre formas cristãs de entretenimento.

A recreação é necessária aos que estão empenhados em trabalho físico e mais necessária ainda àqueles cuja atividade é principalmente mental. Não é essencial para a nossa salvação, nem para a glória de Deus, conservar a mente em atividade constante e excessiva, mesmo que seja sobre assuntos religiosos" (Eilen G. White, O Lar Adventista, p. 494).

Quem tem ocupações rotineiras intelectuais deve procurar um entretenimento que esteja ligado a atividades físicas ou habilidades manuais. Nesse caso, pode praticar esportes, fazer caminhadas ou passeios ciclísticos, nadar, andar a cavalo, fazer artesanato e participar de passeios ao ar livre (nesta época do ano, por exemplo, enquanto o Brasil gira em torno do carnaval, ir a retiros espirituais é uma excelente idéia).

Quem desenvolve uma rotina que trabalhe seu físico deve se entreter com atividades que lidem com suas faculdades intelectuais, como tocar um instrumento musical, assistir a um bom filme, ler um livro, praticar colecionismo ou participar de jogos que estimulem sua agilidade mental, raciocínio lógico e matemático. Visitas a ambientes que propiciem tais atividades também podem ser idéias interessantes: bibliotecas, museus, galerias e exposições culturais.

"A mente não deve estar continuamente submetida a uma intensa atividade, pois o delicado maquinismo mental vem a gastar-se. O corpo, da mesma maneira que a mente, precisa de exercício. Mas é necessário haver grande temperança nas diversões, bem como em qualquer outra ocupação. E o caráter desses entretenimentos deve ser cuidadosa e cabalmente considerado" (Eilen G. White, Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, p. 333).

Atitude
Na procura pelo entretenimento adequado, é importante que a presença de Deus em nossa vida faça a diferença. Se ser cristão não muda a vida de alguém, de que vale ser cristão? Nesse aspecto, erramos quando tentamos igualar nossas atividades ao que é apresentado em ambientes alheios à igreja. Algumas reuniões sociais se limitam a brincadeiras "dançantes". Em entrevista concedida à Revista Adventista anos atrás, o pastor Homero Reis, professor no Unasp, mencionou achar tais brincadeiras "aquém daquilo que se espera de uma reunião social adventista, a partir das músicas escolhidas. Elas não edificam, são de mau gosto e têm conotações maldosas". Deus não tem que Se adaptar a nós, a um costume regional ou a um tempo na história. Ele é imutável, como igualmente são Suas leis para nós; não se alteram. Além disso, há o exemplo. O que as pessoas em geral vêem quando nos contemplam? Temos sido uma inspiração para essas pessoas ou elas não conseguem perceber a atuação de Deus em nossa vida? Podemos dar importante testemunho, mesmo em momentos de lazer, ao respeitar o próximo, trabalhar em equipe e ter espírito esportivo.

Outra atitude que deve ser observada pelos cristãos é o equilíbrio nas atividades sociais lícitas. Beber água, por exemplo, é bom; mas pode até matar uma pessoa, se ela engolir água além do limite. Em princípio, praticar um esporte é bom; mas se isso tomar o tempo de lazer de maneira integral, não haverá espaço para o relacionamento com Deus, e esse entretenimento deixará de ser adequado para o cristão. De igual forma, se os jogadores em campo não puderem se conter e derem lugar à excessiva competitividade, isso poderá abrir as portas para algum grau de violência, algo inaceitável para um autêntico filho de Deus.

Recrear-se é "recriar-se"; é zerar o placar e dar-se novas energias, ter forças renovadas. Se a atividade recreativa escolhida deixar seu corpo mais sadio, em vez de debilitá-lo; sua mente ficar mais ativa, em vez de embotada; a alma ficar revigorada, em vez de enfraquecida; seus pensamentos ficarem nobres, em vez de impuros; e você se sentir mais próximo de Deus, em vez de mais e mais distante dEle - então, essa atividade recreativa poderá ser considerada cristã. Jamais se esqueça de uma das máximas expostas pelo apóstolo Paulo: "Quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (ICo 10:31).

Recreação x Diversão
Segundo Eilen White, "a recreação, na verdadeira acepção do termo - recriação - tende a fortalecer e construir. Afastando-nos de nossos cuidados e ocupações usuais, proporciona descanso ao espírito e ao corpo"(Ellen G.White, Educação, p. 207). O divertimento, por sua vez, tem objetivos menos nobres: "É procurado com o fim de proporcionar prazer, e é mui -tas vezes levado ao excesso; absorve as energias necessárias para o trabalho útil, e desta maneira se revela um estorvo ao verdadeiro êxito da vida" {Ibidem).

Talvez, hoje, os termos tenham se misturado um pouco e seja comum ouvir de cristãos sinceros a palavra "diversão" em um contexto positivo. Porém, os princípios nunca mudam. Dessa forma, ao procurar qualquer tipo de entretenimento, tenha em mente o conceito de recreação.

07 Coisas para o Adventista Fazer
Listas no imperativo são o que há de mais comum. Todas elas mandam o leitor fazer isto ou aquilo. Entre os adventistas, também há várias listas do que não é lícito fazer. A razão disso é que, em geral, nos focamos na retórica da negação. Isso tem grande valor, mas esta lista é de coisas que os adventistas podem fazer em seus momentos de lazer.

1) Aprenda a tocar um instrumento
Esta é uma atividade desafiadora, mas que traz muito prazer e relaxamento quando cumprida. E, ao contrário do que dizem, não há idade para começar.

2) Pratique um esporte radical
A lista é grande: rafting, rapel , mountain-bike, mergulho, montanhismo, surfe. Certifique-se da segurança de cada um deles. Se nada disso funcionar para você, que tal um bom trekking (caminhada entre trilhas)?

3) Cozinhe algo diferente
Para as donas-de-casa, essa idéia pode soar mal , mas existe um abismo entre gastronomia e o arroz-com-feijão de todo dia. Procure ingredientes exóticos, faça combinações diferentes e incremente o visual. Preparar uma comida simples mas refinada, com um toque pessoal , é uma arte - e uma terapia.

4) Viaje
Poucas coisas na vida são mais instrutivas que as viagens. É por meio delas que você extrai do mundo o que há de bom, conhecendo culturas diferentes e interessantes, tornando-se, assim, mais compreensivo com as pessoas e até mais amadurecido. E não perca as excursões de sua igreja.

5) Namore
O relacionamento entre homem e muIher foi um dos melhores presentes que Deus nos deu na Terra. Então,aproveite! Se você é solteiro, namore bastante; se é casado, namore mais ainda. Tudo, claro, dentro dos princípios divinos e da conduta cristã. Valorize o compromisso, a pureza, o respeito, a responsabilidade e, acima de tudo, o amor.

6) Monte um clube de amigos afins
A proposta é interagir com pessoas que tenham preferências e expectativas parecidas com as suas.Vale reunir os amigos para ouvir música, comer alguma coisa, assistir a um bom filme ou simplesmente botar o papo em dia.

7) Comece uma coleção
Podem ser postais, selos, moedas, cartões telefônicos, miniaturas ou qualquer outro objeto colecionável. Mas não fique apenas no ajuntamento. Organize e classifique sua coleção por tamanho, período ou modelo.

Texto de autoria de Sueli Ferreira de Oliveira e Fernando Torres editores associados da Revista Adventista Publicado na RevistaAdventista de Fevereiro/2008.

Arena do Futuro - Como guardar o sábado?





sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Formigas sabem contar, somar e subtrair, porque você reclama que matemática é difícil?

Artigo de dois pesquisadores russos descreve habilidade do inseto para localizar comida com base em informações numéricas.
Formica polyctena: espécie de formiga consegue fazer contas simples

Uma espécie de formiga europeia consegue contar e fazer operações matemáticas simples. A habilidade, já conhecida de abelhas, pombos, chimpanzés e golfinhos, foi descrita por uma dupla de pesquisadores russos em artigo que será publicado no periódico holandês Behaviour.

Zhanna Rezhikova, da Academia Russa de Ciências, e Boris Ryabko, da Universidade de Telecomunicações e Ciência da Computação da Sibéria, montaram uma série de experimentos para analisar o comportamento da Formica polyctena na busca por comida. Os cientistas construíram um cilindro plástico vazado por 30 pequenos tubos, enfileirados como se fossem um pente. Em um dos tubos, os cientistas colocaram uma solução adocicada. Em todos os outros, colocaram água.

Uma formiga "batedora" era então colocada em frente ao tubo com a comida e em seguida voltava ao formigueiro para se comunicar com outras formigas. Ao fim da "conversa", a formiga que já conhecia a estrutura de plástico era retirada para não influenciar a decisão das outras. Enquanto isso, os cientistas retiravam o tubo com a comida e o substituíam por outro com água, para que os insetos fizessem uso apenas das instruções da formiga "batedora" e não pudessem aproveitar nenhum outro estímulo visual ou olfativo. Para evitar que as formigas também seguissem o rastro químico deixado pela colega, o tubo maior também era trocado.

Os cientistas repetiram esse processo 152 vezes, variando a posição do tubo com a solução adocicada de diferentes maneiras. Resultado: os insetos chegaram imediatamente à posição certa em 117 das 152 tentativas. "Isso indica que as formigas conseguem contar e compartilhar informações que carregam valor numérico entre si", afirmam os autores no estudo. "Qual tubo elas tinham que ir para pegar comida? O primeiro? O décimo? É esse o tipo de informação que provavelmente trocavam", disse Zhanna em entrevista ao site de VEJA. As formigas europeias da pesquisa conseguiram se virar com até 30 posições no tubo.

Adição e subtração - O estudo mostrou também que as formigas vão além do simples ato de contar e também sabem fazer operações aritméticas. Em outro experimento, os pesquisadores variaram as posições do tubo com a solução adocicada. Algumas das posições foram escolhidas com mais frequência, de modo a permitir que a formiga "batedora" fixasse o lugar mais provável de encontrar comida. Toda vez que a comida aparecia em um lugar próximo à posição mais frequente, as formigas transmitiam a informação mais rapidamente do que quando aparecia em lugares mais distantes. "Isso pode significar que as formigas diziam, por exemplo, vá até a posição 20 — a que teria mais chances de ter comida — e conte mais três, caso a solução adocicada estivesse no tubo 23", explicou Zhanna.

Para a especialista, os resultados "mudam dramaticamente a forma como percebemos a inteligência em organismos vivos no mundo". A abordagem utilizada no experimento russo, acrescenta, poderia ser testada com qualquer espécie animal com habilidades sociais, sem a necessidade de saber a forma como se comunicam.

Clique na imagem abaixo para saber mais sobre o experimento:
info formigas

Via Veja

Salmo 31 - O que Fazer Diante de Inimigos


Quem não possui inimigos? Parece que todos os têm. Mas se há alguém que tem mais inimigos do qualquer pessoa, se há alguém que possui muito mais adversários, esse é o cristão. O cristão tem inimigos na escola, no trabalho, na vizinhança, dentro de casa, dentro da família, e muitas vezes até dentro da sua própria igreja. O cristão tem inimigos até dentro de si mesmo. Ele tem os próprios demônios que o perseguem tentando controlar a sua mente. O cristão tem a sua própria natureza lutando contra ele mesmo!
Por isso, os Salmos são sempre muito atuais, cheios de conforto e ânimo para os cristãos que vivem em nosso tempo, em que há perigo por todos os lados. Neste salmo, podemos ver como agiram os inimigos de Davi em seu tempo, e como ele reagiu diante dos seus adversários, e como é correto agirmos nós diante de situações semelhantes.
O tom do salmo oscila entre lamento e ações de graças. Mas o salmista está procurando a proteção divina (1-8) porque chegou até a ficar doente (9-12) por causa das acusações que o pressionavam e de sua consciência de pecado (13-18). Mas finalmente, ele louva a Deus por Sua bondade pela qual ele é salvo e liberto (19-24). Portanto, o esboço natural é este: Oração (lamento) e Ações de graças, e ambos mostram um extensivo uso de repetições como um recurso literário:
        I. Oração (vs. 1-18)
            A. Oração pela Justiça de Jeová (vs. 1-5)
                B. Expressão de Confiança (vs. 6-8)
            A'. Oração pelo Favor de Jeová (vs. 9-13)
                B'. Expressão de Confiança (vs. 14-18)
        II. Ações de Graças (vs. 19-24)
  A. Grandeza da Bondade de Deus (v. 19)
                B. Razão: proteção dos fiéis (v. 19-20)
            A'. Grandeza da Misericórdia de Deus (vs. 21)
                B'. Razão: proteção do rei Davi (v. 21-22)
         III. Apelo (v. 23-24)
           A. Amai a Jeová (v. 23)
           B. Sede Fortes (v. 24)
Mas, se você quiser um esboço mais didático, mais fácil de seguir para compreender e/ou pregar, então, me acompanhe nessas próximas divisões, seguidas do comentário correspondente, nos textos indicados.
I – Os Atos dos Inimigos
1. Os Inimigos Praticavam a Traição: Os ímpios armaram ciladas às ocultas contra Davi (v. 4), de tal modo que ele horrorizado pôde dizer: “Tenho ouvido a murmuração de muitos, terror por todos os lados; conspirando contra mim, tramam tirar-me a vida.” (v. 13). Pelo contexto, parece que esta era a traição de Absalão, o próprio filho de Davi que às ocultas conspirava contra o seu pai, a fim de lhe usurpar o trono. “10 Enviou Absalão emissários secretos por todas as tribos de Israel, dizendo: ‘Quando ouvirdes o som das trombetas, direis: Absalão é rei em Hebrom!’ 11 De Jerusalém foram com Absalão duzentos homens convidados, porém iam na sua simplicidade, porque nada sabiam daquele negócio. 12 Também Absalão mandou vir Aitofel, o gilonita, do conselho de Davi, da sua cidade de Gilo; enquanto ele oferecia os seus sacrifícios, tornou-se poderosa a conspirata, e crescia em número o povo que tomava o partido de Absalão.” (2Sm 15:10-12).
Geralmente, a vítima é a última a saber do que se passa. Os homens maus estavam conspirando e tramando contra o servo de Deus, buscando tirar-lhe a vida, mas ninguém lhe dizia nada diretamente, apontando os nomes principais da conspiração. Nesse momento, ninguém queria se envolver; ninguém sabia de nada; havia apenas boatos. Mas havia muita murmuração, e atrás de todo boato há um fundo de verdade. Isso tirou a paz, o sossego e a tranquilidade de Davi.
Hoje acontece o mesmo contra os filhos de Deus. Muitas vezes estamos sendo traídos, sem mesmo desconfiar do perigo que nos cerca, por causa de certas pessoas em quem confiamos. Há muita traição da parte de inimigos desconhecidos, ou de pretensos amigos. Mas nós podemos repetir confiantes as palavras do salmista, dirigindo-nos ao Protetor dos perseguidos: “Tirar-me-ás do laço que, às ocultas, me armaram, pois Tu és a minha Fortaleza” (v. 4).
2. Os Inimigos Praticavam a Idolatria. Eles eram idólatras: “adoram ídolos vãos”, disse o salmista (v. 6); eles não adoravam a Deus como Davi e todos os justos. Eles adoravam aos ídolos de pedra, madeira e ouro. Em nosso tempo, eles são mais sutis e adoram ao sexo, à tecnologia, aos artistas da televisão e do cinema, à filosofia e ao dinheiro. Eles adoram a si mesmos e a Satanás.
Mas, embora ainda exista muita sutileza na adoração de falsos ídolos, há muitos que ainda orientados pelo romanismo, adoram diretamente a ídolos em suas procissões, e exaltam à virgem Maria como sendo a “mãe de Deus”, conduzindo os seus ídolos que nada podem fazer. Multidões estão sendo enganados por falsos líderes que estimulam essa idolatria de imagens de escultura que têm boca, mas não falam; têm braços, mas estão inertes; têm ouvidos, mas nãos os ouvem, e é o nosso dever adverti-los, a fim de que sejam salvos os que temem a Deus, e O servem na ignorância.
Outros adoram os ídolos do paganismo, do budismo e do xintoísmo, talhados em pau e pedra. Eles se esquecem do Deus que os criou, e ignoram as evidências que demonstram que há um Deus de majestade e excelência, que não pode ser adorado por imagens de escultura. Eles desatendem os apelos do Espírito Santo convidando-os para a salvação. 
3. Os Inimigos Praticavam a Ameaça. De acordo com o verso 21, no contexto do Salmo 31, eles sitiaram a cidade de Jerusalém, a cidade de Davi, e ele se encontrava em um grande perigo. Quando uma cidade antiga era sitiada, faltava água e alimento, que se encontravam fora da cidade. E como consequência, havia fome, crimes internos, como a morte de filhos para satisfazer aos pais que os matavam para se alimentar. Havia revoltas, e muito sofrimento, enquanto os inimigos sitiando a cidade zombavam deles e destruíam as suas cearas e tapavam os seus poços, e ameaçavam entrar, destruir a cidade e matar a todos. Mas Deus libertou a Davi e o seu reino desta situação aflitiva.
Ainda teremos de enfrentar a ameaça dos nossos inimigos antes da volta de Cristo e após o milênio. Nesse tempo, os justos estarão dentro da cidade querida, a nova Jerusalém, enquanto todos os ímpios do lado de fora estarão nos ameaçando juntamente com Satanás, sitiando “a cidade querida” com todos os preparativos de guerra para invadir a cidade de ouro e cristal. Mas então, desce fogo do céu e consome a todos. Será a mais esmagadora derrota e destruição de todos os ímpios de todos os tempos, para nunca mais se levantar a angústia por duas vezes (Ap 20:7-10).
4. Os Inimigos Praticavam a Mentira. No v. 18,  o salmista revela o caráter desses homens: “Emudeçam os lábios mentirosos”; eles são mentirosos, e devem ser calados: “que se cale toda boca, e todo o mundo [de ímpios] seja culpável perante Deus.” (Rm 3:19).
Há muitos mentirosos em nosso tempo, mas você pode ter certeza de que nenhum deles é cristão. Alguém pode se dizer cristão e ainda praticar a mentira; mas isto é outra história. Pode haver um cristão professo e ser mentiroso, mas não pode haver um cristão verdadeiro e ser mentiroso, porque os mentirosos são filhos de Satanás. Disse Jesus Cristo, a uma classe  de mentirosos e hipócritas: “Vós sois do Diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” (Jo 8:44). Mas a parte que cabe aos mentirosos é “o lago que arde com fogo e enxofre, a saber a segunda morte.” (Ap 21:8).
5. Os Inimigos Praticavam o Orgulho. No v. 18, o salmista continua ainda pintando o quadro do caráter dos inimigos: “Falam insolentemente contra o justo, com arrogância e desdém.”  Como  se não bastasse a mentira para serem punidos os ímpios, eles ainda adicionam à mentira o pecado do orgulho, da arrogância e o desprezo dos filhos de Deus. Mas, o salmista lembra que “o Senhor preserva os fiéis, mas retribui com largueza ao soberbo” (v. 23).
Não ficarão sem castigo aqueles que menosprezam os fiéis, falando insolentemente contra eles e se  levantando em tribunais para condená-los, desprezando aqueles que são preciosos à vista de Deus. Esta é a promessa divina para o cristão: “Toda arma forjada contra ti não prosperará; toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor e o seu direito que de Mim procede, diz o Senhor.” (Is 54:17).
II – Os Atos de Davi
O que deveria fazer Davi diante de tantos atos detestáveis dos seus inimigos?
1. Davi confiava em Deus“Em ti, Senhor, me refugio”. “Confio no Senhor.” “Quanto a mim, confio emTi, Senhor. Eu disse: Tu és o meu Deus.” (v. 1, 6, 14)
Para Davi, Deus é SENHOR, Jeová (Yahweh, v. 1), que significa “o Eterno”. Para Davi, Deus é o seu Refúgio (v. 1). Ele é o seu Castelo forte (v. 2), uma Cidadela fortíssima (v. 2), uma Rocha inquebrantável (v. 3), a “minha Fortaleza” (v. 3, 4). Deus é o Pastor que conduz o justo pelo caminho da justiça (v. 3). Ele é o Redentor (v. 5) que me redimiu. Ele é o “Deus da verdade” (v. 5), em quem habita a plenitude do conhecimento. Ele é Onisciente, e sabe de tudo o que se passa comigo, conhece a aflição de minha alma, as angústias que me são tão próprias (v. 7). Sua presença é o esconderijo dos justos (v. 20). Ele é a nossa única Esperança (v. 24)
Se nosso Deus possui tantas e infinitas qualidades, não é de se admirar que Davi confie tanto nEle. O que é mais de admirar é que sendo Deus como Ele é de fato e de verdade, haja tantos milhões que não podem confiar nEle, porque confiam mais em si mesmos, fracos pecadores sem noção das realidades da vida espiritual. Entretano, Deus é plenamente confiável; é Alguém que não pode falhar, fiel em todas as Suas múltiplas promessas da esperança, poderoso para cumprir tudo o que disse para o nosso bem eterno. Assim como o salmista, sempre podemos confiar em Deus.
2. Davi clamou por libertação. Ele disse: “Tirar-me-ás do laço que, às ocultas, me armaram”. “Pois tenho ouvido a murmuração de muitos, terror por todos os lados; conspirando contra mim, tramam tirar-me a vida.” (v. 4, 13). Ele era vítima de traição de seus próprios súditos e oficiais, além de ter sido traído por seu próprio filho Absalão, que procurou matá-lo para lhe usurpar o trono. Então, ele clama desse modo: “Livra-me por tua justiça. Inclina-me os ouvidos, livra-me depressa!” “Livra-me das mãos dos meus inimigos e dos meus perseguidores.” (vs. 1-2, 15úp).
“Livra-me depressa!” Davi se sentiu acossado, pressionado de todos os lados, e pediu que fosse liberto “depressa”. A pressa do pedido indica o aperto e a intensidade da aflição. Quanto maior é a dor, maior é a pressa por alívio, mais pressa por socorro. Davi pediu um “pronto socorro” numa libertação imediata e eficaz.
Entretanto, “a pressa é inimiga da perfeição”. Deus estava testando o seu servo a fim de que ele percebesse que a sua confiança ainda era fraca, e devia esperar e suportar um pouco mais a aflição, a fim de que pudesse se fortalecer. Disse Davi, reconhecendo isso mesmo: “Eu disse na minha pressa: estou excluído da Tua presença!” (v. 22). Mas mesmo quando nossos amigos, vizinhos e conhecidos nos esquecem e nos desprezam e nos alienam de sua presença (11-12), Deus nunca nos abandona. Davi vacilou em sua angústia. “Não obstante,”reconheceu ele, imediatamente: “ouviste a minha súplice voz!” (v. 22).
Quão precipitados somos muitas vezes, para julgar a Deus que é tão compassivo para conosco. Agar tinha sido despedida do seu lar, onde habitava como serva de Sara e de Abraão, com quem tivera um filho que atendia pelo nome de Ismael. Mas foram ambos, mãe e filho mandados embora pelo deserto de Berseba, porque a convivência deles não era mais suportável, visto que Ismael zombava de Isaque, o filho da promessa.
Lá estavam agora num deserto, sem água e sem alimento. Então, chegou o momento crítico, em que Agar colocou o menino Ismael, seu filho, a uma distância razoável, para que não visse morrer o menino. E chorou. “Mas Deus ouviu a voz do menino; e o Anjo de Deus chamou do céu a Agar e lhe disse: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está. Ergue-te, levanta o rapaz, segura-o pela mão, porque eu farei dele um grande povo.” (Gn 21:17-18).
Agar chegara a um ponto em que não podia fazer nada mais, senão chorar. Não havia recursos naquele deserto, não havia possibilidade de sobrevivência. Somente um milagre poderia salvar o seu filho. E ela, em profunda angústia, desesperando até da vida, chorou, sem se lembrar de que no Céu há um Deus de amor que cuida dos Seus filhos. Quão apressados somos muitas vezes para nos considerar alienados dos planos de Deus.
3. Davi orou a Deus. Davi era um homem de oração. Ele orava muitas vezes, clamando, invocando, suplicando, adorando, externando suas aflições, derramando a sua alma diante de Deus, em Quem ele tanto confiava e esperava respostas para as sua preces, dizendo: “Inclina para mim os Teus ouvidos (v. 2). Ele tinha a certeza de que Deus ouvia as sua preces: “Ouviste a minha súplice voz, quando clamei por teu socorro” (v. 22).”
(1) Davi orou pela vitória. Esta parecia ser a situação mais embaraçosa que poderia ter vindo a Davi. Ele estava sendo humilhado por seu próprio filho Absalão (2Sm 15:10-12). Quando dois exércitos se enfrentam, a vergonha virá certamente ou para um ou para outro. Mas Davi se apega a Deus e Lhe diz, iniciando o salmo com estas palavras: “Não seja eu jamais envergonhado” “Não seja eu envergonhado, Senhor, pois te invoquei” (v. 1,17).
É uma situação muito embaraçosa ser envergonhado ou confundido, mas ele argumenta com Deus e Lhe diz por que Ele devia atender à sua prece: “pois Te invoquei!” Esta é a maior razão, este é o maior argumento que temos a nosso favor para dizer a Deus que nos atenda – porque O invocamos, a Ele o Soberano dos reis da terra, o Salvador dos aflitos, Aquele que morreu por nós na Cruz do Calvário, e está disposto a socorrer a todos os que O invocam. Disse Ele: “Invoca-me no dia da angústia; Eu te livrarei, e tu me glorificarás.” (Sl 50:15).  “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.” (Jr 33:3). “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Rm 10:13).
Davi coloca a vergonha nos ombros merecidos dos ímpios: “Envergonhados sejam os perversos, emudecidos na morte. Emudeçam os lábios mentirosos, que falam insolentemente contra o justo, com arrogância e desdém” (v. 17-18). Vergonha era o vexame dos derrotados. Davi ora contra aqueles que eram não só os seus inimigos, mas eram também adversários de Deus, porque eram idólatras (v. 6) e perseguidores dos Seus filhos (v. 15). E Davi faz uma prece clamando pela vitória esmagadora contra os inimigos de Deus, a fim de que a vergonha seja o seu manto e o opróbrio o seu vestido.
(2) Davi orou por compaixão, e dá as razões: “Compadece-te de mim, Senhor, porque me sinto atribulado; de tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo. Gasta-se a minha vida na tristeza, e os meus anos, em gemidos; debilita-se a minha força, por causa da minha iniqüidade, e os meus ossos se consomem.   Tornei-me opróbrio para todos os meus adversários, espanto para os meus vizinhos e horror para os meus conhecidos; os que me vêem na rua fogem de mim. Estou esquecido no coração deles, como morto; sou como vaso quebrado.” (v. 9-12).
Davi se sentia atribulado e triste; passava por um momento de profunda melancolia, sentida no mais íntimo de sua alma, perdendo suas forças físicas. Sua vida se consumia em gemidos e na fraqueza de seus ossos, sofria as dores mais lancinates. Ele estava doente. Era um momento de intensa depressão. E para aumentar os seus sofrimentos, os seus conhecidos, amigos e vizinhos o alienaram, o abandonaram, além de ser ridicularizado e considerado como opróbrio perante os seus adversários.
E ele dá a razão para todo esse estado de coisas: “por causa da minha iniquidade” (v. 10). Compaixão é para quem peca. Porque o pecado nos leva à miséria, e precisamos de compaixão para sermos restaurados e perdoados. Se Deus nos dá a compaixão, nos perdoa e nos restaura, então teremos muita força contra os inimigos. Então, Davi pediu a compaixão amorosa de Deus, o perdão completo dos seus pecados e foi atendido (v. 22), porque Deus nunca desampara os Seus filhos que Lhe pedem a compaixão e o perdão. Se nos aproximarmos dEle com nosso humilde pedido de compaixão, Ele Se aproximará de nós com o Seu grande e exorbitado amor.
(3) Davi orou por salvação. Deus era para Davi “cidadela fortíssima que me salve” (v. 2). “Salva-me por Tua misericórdia.” (v. 16). Há os que pregam hoje que a salvação no Antigo Testamento era pelas obras, e que a salvação no Novo Testamento é pela graça. Mas o salmista diz: “Salva-me por Tua misericórdia.” Misericórdia é compaixão despertada pela miséria alheia. Misericórdia é a graça de Deus se manifestando pela miséria do homem. Mas o mesmo salmista já dizia no Salmo 6:4: “Salva-me por Tua graça.” Davi conhecia o plano de Deus e não confiava em suas obras para obter a salvação. De fato, “porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Ef 2:8-9).
A doutrina da salvação pelas obras é uma doutrina estranha que não é ensinada pela Bíblia. Desde que o pecado entrou no mundo, a salvação foi oferecida pela graça de Deus que desdobrou o plano da salvação logo aos nossos primeiros pais. Falando no Jardim do Éden, onde aconteceu para primeiro e principal pecado, porque decisivo, disse Deus: “Porei inimizade entre ti [Satanás] e a mulher [a igreja], entre a tua descendência [os filhos do Diabo (Jo 8:44)] e o seu descendente [Jesus Cristo, Filho da igreja (Gl 3:16)]. Este [Jesus] te ferirá a cabeça [após o milênio], e tu lhe ferirás o calcanhar [na Cruz].” (Gn 3:15). Estas palavras dirigidas à serpente, contém o princípio do concerto da graça, pela qual todos os homens poderiam obter a salvação.
4. Davi se entregou a Deus. “Nas tuas mãos, entrego o meu espírito.” “Não me entregaste nas mãos do inimigo.” “Nas tuas mãos, estão os meus dias.” (v. 5, 8, 15pp). Davi se entregou nas nas mãos de Deus, inteiramente. Ele temia as mãos assassinas dos ímpios e perversos. Ele reconhece a libertação das mãos dos inimigos do passado, e confia presentemente que Deus o livrará das mãos dos inimigos no futuro.
Cristo mesmo usou as palavras proféticas de Davi. Quando o Salvador do mundo pendia na Cruz do Calvário, quando havia trevas espessas, relâmpagos e trovões, quando Jesus Cristo sentiu a angústia suportada pelos nossos pecados, quando fora abandonado por todos, sentindo a ira divina sobre Si mesmo, e sentindo que a morte estava chegando, Ele ainda pôde Se entregar a Deus: “Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou.” (Lc 23:46).
Tal exemplo de renúncia, desprendimento e abnegação deve ser seguido por todos. Davi, quando foi ameaçado por seus inimigos, ele entregou o seu espírito a Deus, entregou todos os seus dias, e estava pronto a morrer se isso fosse a vontade de Deus. Mesmo Cristo, o Filho amado de Deus Se entregava diariamente a Deus para que se cumprisse a Sua vontade nEle.  Mas ao chegar a hora da morte, mesmo sofrendo a ira divina sobre Si mesmo, Ele foi pronto a Se entregar a Deus, e confiar em Sua eterna justiça. E quanto a nós? Estamos dispostos a nos entregar inteiramente ao nosso amorável Criador e Redentor? Já fizemos uma entrega sem reservas ao nosso Deus?
5. Davi se regozijava. “Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois tens visto a minha aflição, conheceste as angústias de minha alma e não me entregaste nas mãos do inimigo; firmaste os meus pés em lugar espaçoso.” (v. 7-8). Davi se alegra na bondade de Deus porque tinha visto a sua aflição frente aos seus inimigos e o livrou deles. A vida dos cristãos é cheia de alegria, não por algum divertimento banal, não por causa das ilusões do mundo, mas porque Deus está sempre nos livrando de nossos inimigos espirituais. Ele firma os nossos pés em terreno seguro, de tal modo que podemos andar confiantes.
6. Davi louvava a Deus. “Bendito seja o Senhor, que engrandeceu a Sua misericórdia para comigo” (v. 21). Ele não só se alegrou na bondade, mas louvou a misericórdia de Deus, porque esta se engrandecera sobremaneira. Mas em que circunstâncias Davi pôde contemplar a misericórdia de Deus engrandecida? “Numa cidade sitiada!” Quando Jerusalém foi sitiada e cercada, quando Davi estava sendo ameaçado por seus inimigos, ele viu a misericórdia divina, salvando a si mesmo e a todo o povo da aliança divina.
Quando Jerusalém mais tarde foi sitiada pelo exército romano, no ano 70 DC, os cristãos puderam ver a misericórdia de  engrandecida sobremaneira, porque todos eles foram preservados e salvos. E quando a cidade da nova Jerusalém for novamente sitiada pelo mais numeroso exército de todos os tempos, sitiada por um número de inmigos tão numeroso como a areia do mar, então, os justos novamente poderão louvar a misericórdia de Deus que será infinitamente engrandecida numa vitória esmagadora contra Satanás, seus demônios e todos os ímpios.
7. Davi apelou aos justos. No verso 23, Davi faz um apelo veemente a todos os que temem a Deus: “Amai o Senhor, vós todos os seus santos.” Este é o maior apelo encontrado na Bíblia: Temos que amar Aquele que nos amou antes da fundação do mundo, porque nos amou primeiro. E amor desperta amor. Se Deus nos amou, Ele espera que nós O amemos também, embora não exija isso. Mas para o nosso bem eterno, Ele nos aconselha que O amemos também.
Como devemos amar a Deus? João nos deixou claro esse ponto, quando disse: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos.” (1Jo 5:3). Cristo repetiu as palavras que Ele mesmo havia dito no passado a Moisés: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” (Mt 22:37). Mas, para não nos deixar nenhuma dúvida, Deus relacionou o amor à adoração em forma de mandamentos. Os Dez Mandamentos foram dados para que soubéssemos como amar e adorar a Deus.
Mas apesar de termos muitas razões para amar a Deus, o salmista enfatiza também a nossa esperança: “Amai o Senhor...”, e logo dá a razão: O Senhor preserva os fiéis, mas retribui com largueza ao soberbo.” (v. 23). Estas palavras podem ser entendidas num contexto imediato para quem está sofrendo a perseguição de algum inimigo. Mas também podem ser entendidas de modo mais amplo, ou seja: Deus nos preserva para o seu Reino eterno, e fará isso de modo especial na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, quando virá para levar os fiéis ao Céu, e para retribuir aos injustos toda a injustiça feita por eles contra os justos, e então, serão destruídos todos os ímpios.
8. Davi encorajou aos cristãos, no v. 24: “Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor.” Estamos vivendo nos últimos dias da história deste mundo agitado. Nunca a igreja se viu tão ansiosa pelo retorno de Cristo; jamais esteve tão empenhada em trabalho missionário para proclamar a volta do Senhor Jesus Cristo. Jamais se falou tanto de esperança como agora, quando até os tímidos estão pregando que a nossa esperança está por se concretizar, em breve. Mas também enfrentamos muita oposição da parte de muitos falsos cristãos que dizem estudar a Bíblia, mas negam os seus ensinos. Sabemos que a ira de Satanás contra a igreja remanescente há de se intensificar.
Portanto, as palavras de encorajamento escritas 1.000 anos AC nos chegam como um bálsamo: “Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor.” (v. 24). Você espera no Senhor? Então, deve ser forte, confiando na força do Seu poder. Você espera mesmo no Senhor? Então, deve revigorar o seu coração num grande reavivamento da alma. Como? Basta confiar e buscar a Jesus Cristo que derramou o Seu precioso sangue em seu lugar, e enviou o Seu Espírito para produzir esse reavivamento.

Pr. Roberto Biagini
Mestrado em teologia

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Os Dez Mandamentos 3D Animado completo

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O Milênio está entre Duas Ressurreições



Jesus Cristo falou claramente de duas ressurreições, quando disse: "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo" (João 5:29).

O apóstolo Paulo também falou sobre estas duas ressurreições, quando disse: "...haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos" (Atos 24:15). Assim, tanto Jesus Cristo como Paulo falaram de duas ressurreições, sendo a primeira a ressurreição da vida para os justos, e a segunda a ressurreição da condenação para os injustos. Este é um ensino bíblico muito claro.

Apocalipse 20 também fala de duas ressurreições. Uma leitura cuidadosa dos versos 4-6 mostram que uma tem lugar no início dos 1000 anos (milênio), a outra no final. A Palavra diz: "Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes a segunda morte não tem poder, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos" (v. 6). Aqui está a ressurreição do início dos 1000 anos. Esta é uma ressurreição feliz e abençoada, daqueles que não precisam temer a segunda morte. "Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos..." (verso 5). Aqueles que não fizeram parte da primeira ressurreição serão ressuscitados no fim dos 1000 anos na segunda ressurreição. Novamente, Paulo disse que esta seria uma ressurreição de "injustos" (Atos 24:15), enquanto que Jesus Cristo a chamou de "ressurreição da condenação" (João 5:29).

Estes na segunda ressurreição serão enganados por Satanás (v. 8), serão reunidos contra a Cidade de Deus (v. 9), estarão diante do grande trono branco no julgamento final (v. 11), serão julgados por suas obras (vs. 12, 13), serão lançados no lago de fogo (vs. 9, 15), e sofrerão a segunda morte (vs. 14).

Assim Apocalipse 20 ensina duas ressurreições - uma no início dos 1000 anos, a outro no final. Se você morrer antes da volta de Jesus Cristo, de qual ressurreição você fará parte? Amigo, esta é uma questão muito séria e solene. Agora é a hora de ter certeza de quem são os verdadeiros crentes em Jesus Cristo e verdadeiros seguidores de Sua Santa Palavra. Ele nos ama profundamente. É por isso que Ele sofreu terrivelmente e morreu por nossos pecados. Não podemos nos dar ao luxo de cometer um erro nesta matéria.

Texto de autoria de Steve Wohlberg, publicado no site White Horse Media. Crédito da Tradução: Blog Sétimo Dia http://setimodia.wordpress.com/

Senhor, Guia Minha Vida

Informativo Mundial das Missões – 15/12/12

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Via Daniel Gonçalves

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