sábado, 12 de maio de 2012

O Homem que Deus não pode salvar


O título de nosso assunto de hoje é: O Homem que Deus Não Pode Salvar. Parece estranho esse pensamento! Não é Deus Onipotente? Não é Ele Todo-Poderoso? Não diz a Bíblia que para Ele tudo é possível? Como, então, imaginar que Ele não poder salvar a alguém?

Há três teorias sobre o assunto:
Os calvinistas afirmam que Deus pode salvar a todos, mas destinou muitos para a salvação e muitos para a perdição, independente de qualquer poder ou influência.

Os universalistas afirmam que não só Deus pode salvar, como de fato salvará a todos os homens e mulheres, no fim de todas as coisas.

Os agnósticos, entretanto, afirmam que Deus não pode salvar a ninguém, porque Ele Se encontra muito longe de nós.

O que a Bíblia diz sobre isso? De fato, a Bíblia sustenta que Deus é Onipotente. Para Deus todas as coisas são possíveis. 

Ele tudo pode:
– Ele criou todo o Universo.
– Ele mantém todo o Universo.
– Ele já salvou a muitos dos piores criminosos deste mundo.
Portanto, para Deus, tudo é possível.


I – MAS HÁ UM HOMEM QUE DEUS NÃO PODE SALVAR 

Você sabe qual é esse homem? O homem que Deus não pode salvar é o homem satisfeito consigo mesmo.

E temos aqui na Bíblia a prova dessa afirmação:
Luc. 18:9-12 – "Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. "

O fariseu estava satisfeito com a sua vida. Compareceu diante de Deus para mencionar os seus méritos, para gabar-se de quão bom ele era.

"Não sou como os demais homens." Quantos hoje nos seus dias pensam como este fariseu: "Não sou um homem mau, não mato, não roubo, não faço mal ao próximo." Como o fariseu de outrora, cantam um hino de louvor a si mesmos. Nada pedem a Deus, eles já são bons, Deus tem o dever de aceitá-los.

Há outras declarações do fariseu, que podemos ouvir hoje dentro da própria igreja cristã: Verso 12 – "Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho."

Em linguagem moderna: "Fui batizado, pertenço à igreja, freqüento os cultos, tomo parte nas atividades da igreja, contribuo para a causa do evangelho. Faço tudo isso. Graças a Deus que eu não sou como os outros tão negligentes nessas coisas tão importantes da vida cristã."

É possível fazer estas coisas, boas sim, necessárias, próprias de um cristão sincero – é possível fazê-las por mera formalidade e apresentá-las a Deus como prova de bondade e merecimento.

Perto do fariseu estava o publicano. Os publicanos homens desprezados pelos judeus porque eram coletores de impostos para os romanos. Esse homem não via nada de bom em si mesmo. Se fazia boas obras, não ousou mencioná-las a Deus; que eram as suas boas obras para comprar os bens do Céu?

O publicano viu que suas obras não podiam comprar o favor do Céu. O publicano sentiu sua pobreza, o seu pauperismo espiritual. Sentia nada ter para o recomendar a Deus. Se alguma coisa pudesse ganhar, seria imerecido, seria tudo baseado na misericórdia divina.

Ele, o publicano desprezado, olhou para si mesmo, vendo a sua profunda necessidade, e apresentou-se diante de Deus com apenas um argumento – o argumento da sua própria necessidade: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador." (Luc. 18:13).

Como Jesus terminou a Sua história? Ele disse que o fariseu voltou vazio, enquanto que este publicano foi justificado.

Realmente, o fariseu representa o homem que Deus não pode salvar porque ele está satisfeito consigo mesmo, cheio de justiça própria, não sente a sua necessidade.


II – QUAIS OS CARACTERÍSTICOS?


Quais são os característicos do homem satisfeito consigo mesmo, o qual Deus não pode salvar?

1) O homem satisfeito consigo mesmo é o homem que não se arrepende.


Lemos estas palavras de Jesus em Luc. 5:31-32 – "Respondeu-lhes Jesus: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento."

Levi Mateus dera um grande banquete em sua casa, e convidou a Jesus e aos seus amigos que também eram publicanos como ele era, e havia sido distinguido por Jesus.

Entretanto, os fariseus começaram a murmurar e acusar os discípulos de Jesus, dizendo que comiam e bebiam com os publicanos e pecadores.

Foi aí que Jesus, não podendo deixar passar essa oportunidade para lhes dar mais uma lição, defendendo os publicanos, justificando sua atitude para com eles, e ao mesmo tempo ensinando e advertindo por que muitos jamais se salvarão.

"Os sãos não precisam de médico", ou seja, os que se consideram sãos, os que a si mesmos se julgam bons, justos – estes não precisam de Sua ajuda, ou melhor: é impossível ajudá-los. Apenas os doentes, os que reconhecem, os que reconhecem a sua enfermidade é que precisam do Médico dos médicos.

E Ele acrescenta: "Não vim chamar justos, e sim, pecadores ao arrependimento", porque os justos não precisam de arrependimento, os que se julgam justos, eles não se arrependem; na realidade, eles não podem se arrepender enquanto estão nessa condição de justiça própria.

O 1º característico – falta de arrependimento – porque não há reconhecimento do pecado.

E Cristo contou noutra passagem a necessidade de arrependimento: Luc. 13:4, 5 – "Ou cuidais que aqueles dezoito sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis."

Os judeus diziam que aqueles homens que foram acidentados pela torre de Siloé eram grandes pecadores e culpados diante de Deus e que era por isso que eles foram castigados. Mas Jesus corrigiu esse conceito e ensinou que não há salvação sem arrependimento: "Se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis."

E não basta apenas confessar o pecado, externamente, sem reconhecê-lo. Há no Antigo Testamento dois exemplos marcantes que ilustram esta verdade: 1) Lemos em 1Sam. 15:24, que Saul proferiu estas palavras: "Pequei, pois transgredi o mandamento do Senhor!" 2) e também lemos acerca de Davi que ele disse em 2Sam. 12:13: "Pequei contra o Senhor!" 
Ambos confessaram as mesmas palavras. Saul pecou porque não matou. Davi pecou porque matou. Um foi aceito, o outro foi rejeitado. Um foi destronado e se perdeu; o outro, Davi, continuou no trono e se salvou.

Por quê? A diferença está no fato de que Davi se arrependeu, Saul não. Saul era um homem satisfeito consigo mesmo: achava que não necessitava de arrependimento. Davi, porém, experimentou um profundo arrependimento.


2) 2º característico: O homem satisfeito consigo mesmo não crê em Jesus.


Gên. 4:3-5 nos apresenta a triste história de Caim e Abel. De acordo com o plano divino, os dois irmãos deveriam trazer ofertas de animais. Devia haver derramamento de sangue. Isso representava o sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus.

Abel mostrou sua fé no vindouro Messias, quando apresentou sua oferta de animal, imolando o cordeiro, derramando o sangue, e crendo que Deus haveria de prover o sangue que purifica de todo pecado.

Caim, porém, ao trazer os seus frutos, revelou em sua oferta, que não possuía fé para crer em Jesus, o Messias vindouro. Ele estava satisfeito consigo mesmo e com suas realizações.

E não basta, aparentar ser um seguidor de Cristo. É preciso crer nEle de fato.

No Novo Testamento, temos outros dois exemplos: Pedro, que negou a Jesus. (Luc. 22:62) e Judas, que O traiu. (Mat. 27:35). Judas representa o homem que Deus não pode salvar: ele não crê em Jesus Cristo.

Judas não se submeteu a Cristo, porque não acreditava nEle como seu Salvador pessoal. Ele O seguia como um dos Doze discípulos, a fim de conseguir vantagens temporais. Nunca quis se arrepender; nunca aceitou a Jesus, não cria nÊle. Também estava satisfeito consigo mesmo: para que deveria ele crer em Jesus?

Entretanto, Pedro representa ao homem que Deus pode salvar completamente, embora tenha cometido graves e hediondos pecados, em muitas vezes e de muitas maneiras. Pedro nunca estava satisfeito, ele sempre ansiava por Jesus e cria nÊle como o seu Salvador.

Ele disse, apesar de errar muitas vezes: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus." (João 6:68-69). 
Aqui está o segredo: Não importa a nossa vida passada, não importa quão pecadores nós fomos um dia, não importa se nos tornamos grandes pecadores. O que importa é a nossa fé para crer que Jesus Cristo é o nosso poderoso Redentor, que derramou o Seu sangue para nos purificar, e que Ele nos libertará dos nossos pecados, aqui e agora, se tão somente nós o aceitarmos como o nosso suficiente Salvador.

3) 3º característico: O homem satisfeito consigo mesmo não tem amor pela verdade.

O apóstolo Paulo fala desta classe de pessoas desse modo, em 2Tess. 2:10 – "e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos." Por que perecem? Porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.

Os ímpios não só rejeitam a verdade, como também não acolhem o amor pela verdade para serem salvos. Eles não podem ser salvos enquanto não amarem a verdade. Mas se estão satisfeitos consigo mesmos, eles não crerão na verdade, eles não amarão a verdade e não serão salvos, Deus não pode salvá-los por isso.

Tal atitude não se relaciona à verdade no sentido geral, mas se refere à verdade salvadora do Evangelho, que eles não amam tanto a ponto de buscarem a salvação com todo o seu empenho e serem beneficiados.
O cristão nunca está satisfeito consigo mesmo. Por isso, ele crê em Deus e na Sua verdade, e ele a aprecia mais e mais, a ponto de sempre buscar a verdade, conhecer a verdade e praticá-la em sua vida. Ele vê que a verdade do Evangelho é poderosa para salvá-lo, e ele a ama.

Os ímpios estão satisfeitos consigo mesmos. Portanto, não acolheram o amor da verdade para serem salvos. 
– Eles poderiam ser salvos pela verdade do Evangelho, porque o Evangelho tem poder para salvar.
– Eles poderiam se regozijar pela verdade, e pelos excelentes resultados do Evangelho em sua vida.
– Eles poderiam crer na verdade, porque essa possibilidade existe para todos os seres humanos.

No entanto, os ímpios têm outra atitude:
– Eles crêem na mentira.
– Eles amam a apreciam o erro.
– Eles se regozijam na injustiça.
– Eles se permitem iludir pelos enganos de Satanás.
– Eles não têm nenhum amor pela verdade salvadora do Evangelho, porque estão satisfeitos consigo mesmos e desse modo não podem ser salvos, a menos que mudem sua atitude.

III – COMO PODE O HOMEM DESPERTAR?

Como podemos ver nossa condição espiritual? Como podemos sentir nossa necessidade de Deus?

Ninguém por si reconhece os seus erros e pecados. "Enganoso é o coração ...", diz a Bíblia.

Como é que fala uma pessoa satisfeita consigo mesma? Apoc. 3:17 – "Dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu." O diagnóstico divino é: "Nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu."

Como pode ser mudada essa atitude de justiça própria e auto-satisfação? Apoc. 3:18-19 – "Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. "

Jesus Cristo dá esse conselho. Necessitamos de:
1. Ouro refinado – a fé que opera por amor.
2. Vestiduras brancas – a justiça de Cristo.
3. Colírio – a graça do Espírito Santo.

E no verso 19 temos a certeza do amor de JC, e o apelo ao arrependimento. O verso 20 apresenta o quadro de JC à porta do nosso coração esperando que Lhe demos entrada.
Como reconhecer nossa necessidade? Necessitamos do colírio do Espírito Santo e: 
– Ele nos revelará a verdade. 
– Ele nos convencerá do pecado, da justiça e do juízo.
– Ele nos mostrará a Jesus.
– 
"O desconhecimento dEle é que dá aos homens uma tão alta idéia de sua própria justiça. Ao contemplarmos Sua pureza e excelência, veremos nossa pobreza e defeitos, como realmente são.." – Parábolas de Jesus, página 159.

"Quanto mais nos achegarmos a Jesus e mais claramente discernirmos a pureza de Seu caráter, tanto mais claramente discerniremos a extraordinária malignidade do pecado, e tanto menos teremos a tendência de nos exaltar." – Parábolas de Jesus, página 160.

Paulo disse em 1Tim. 1:15 – "Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal."

Conta-se que Lady Hamilton muitas vezes visitava as prisões a fim de animar e ajudar os reclusos. Um dia ela encontrou um homem que estava completamente arrasado, cheio de pessimismo e sinistros pensamentos.

Ela procurou consolá-lo, mas ele respondeu:
– Sou um grande pecador.
– Louvado seja Deus – a Lady respondeu.
Então o prisioneiro acrescentou:
– Sou o mais ímpio de todos os pecadores.
– Louvado seja o Senhor – disse outra vez Lady Hamilton.

Não compreendendo o que ela queria dizer, o prisioneiro perguntou:
– Por que diz a senhora assim, visto que professa ser cristã?

Então ela tomou a Bíblia e calmamente leu para ele este verso: "Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal." 

Entreguemo-nos inteiramente a Jesus, contemplemos o Seu maravilhoso caráter, toda a Sua perfeição. Só, então, teremos um vislumbre de nossa necessidade.

"Fiel é a palavra" de que realmente Jesus Cristo veio salvar pessoas tão pecadoras como nós somos. "Se, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo." (Apo. 3:19-20).

Se você não está satisfeito consigo mesmo, se pelo Espírito Santo você sente o seu pecado, você pode ser completamente salvo. Entregue-se agora mesmo a Jesus, que disse: "O que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora" (João 6:37). Portanto, vamos a Ele.


Pr. Roberto Biagini
Mestrado em teologia
prbiagini@gmail.com

Ser Mãe: Missão Sagrada

Uma das mais belas homenagens é a que se presta às mães, no segundo domingo de maio. Mãe — quanta tinta já não foi usada para descrever esta palavra!



Tudo começou com Anne Jarvis. No dia 9 de maio de 1906, essa moça perdera a mãe, a quem muito amava. Ao comemorar o primeiro aniversário da morte de sua genitora, Anne lhe prestou sentida homenagem. Entretanto, achou que todas as mães, vivas ou mortas, deveriam ser homenageadas. Assim, tomou a iniciativa de escrever uma carta ao governador de West Virginia, Estados Unidos, sugerindo que ele organizasse anualmente uma comemoração especial em homenagem às mães. O Sr. William Glasscock gostou da idéia. Deste modo, já em 1910, baixou um decreto, instituindo oficialmente o ”Dia das Mães”, naquele Estado. Como homenagem a Anne, que dera a sugestão, o governador determinou que as comemorações se realizassem no segundo domingo de maio, data mais próxima da morte da mãe de Anne.


Em 1914, a comemoração se havia estendido pelo país todo, levando o então Presidente Woodrow Wilson a baixar um ato, oficializando o “Dia das Mães” em todo o território norte-americano. Em 1918, a comemoração chegou ao Brasil, sendo realizada pela primeira vez em Porto Alegre, numa iniciativa de moças e senhoras, sob o patrocínio da Associação Cristã de Moços da capital gaúcha. Somente em 1932, o Presidente Getúlio Vargas baixou o Decreto – lei nº 21.366, de 5 de maio, determinando a comemoração oficial do “Dia das Mães” em todo o País .
A iniciativa é, portanto, louvável. E a homenagem, justa e merecida, visto que o papel desempenhado pela mãe é importantíssimo no contexto da sociedade humana.


Há, porém, MÃES e mães.


MÃES são aquelas que se preocupam com a transmissão da herança religiosa a seus filhos.


MÃES são aquelas que educam a criança no caminho do Senhor, buscando na Palavra eterna as diretrizes para uma vida plena e útil.


MÃES são aquelas que, de manhã e à noite, alimentam os filhos com o pão do Céu. Para elas, ”o reino de Deus e a Sua justiça” têm primazia.


MÃES são aquelas que, diante dos problemas da vida, dobram os joelhos para buscar a solução do Céu.


MÃES são aquelas que, desprezando muitas vezes as delícias de um passeio ou qualquer outro entretenimento, ficam junto dos filhos para lhes amparar os passos neste mundo mau.


MÃES são aquelas que se preocupam em viver de maneira simples e modesta, procurando dar um exemplo digno de imitação. São aquelas que, rejeitando os artificialismos tão em voga em nossos dias, se contentam com as graças da vida cristã.


Enfim, MÃES são aquelas que, à semelhança de Joquebede e Eunice, preparam os filhos para esta e para a vida vindoura.


Já mães (com letras minúsculas) são aquelas que se relacionam com os filhos tão – somente por elos meramente físicos e materiais, sem nenhuma conotação moral e espiritual.


O mundo está cheio de “mães artificiais”, produto de uma sociedade de consumo, massificadora. O mundo, lá fora, está cansado de mães sem afeto, sem carinho, sem o temor de Deus, sem nada. Mães que preferem uma vida existencialista; mães que preferem o sabor de frutos proibidos.


O arraial de Deus não deve dar lugar a esse tipo de mãe. O que diríamos da mãe ausente? É triste ver como muitas mães se afastam do lar, fugindo aos deveres domésticos e às responsabilidades para com os filhos! Pobres crianças! Todos sabemos que, nos primeiros anos, a criança assimila muito daquilo que lhe vai nortear o caráter através da vida. É nos primeiros anos que se lança a semente de uma personalidade sadia e consequente.


No arraial de Deus não deve haver mães negligentes quanto ao altar da família. Quanta mãe moderninha já não aposentou o estudo da lição e a leitura da Palavra de Deus! Muitas delas estão preocupadas com novelas e contos fantasiosos. “Já é hora de ir para a cama, menino” dizem muitas mães, mais interessadas no enredo da novela do que no diálogo com os filhos.


Hoje em dia, quanta mãe preocupada com o “chá das cinco”! Quanta mãe interessada em conversas frívolas!


No arraial de Deus não há lugar para mães moderninhas, “pra frente”, na “crista da onda”. Não, não há lugar.


A verdade é que muitos filhos estão perdendo o contato com as coisas eternas porque muita mãe por aí relegou a plano secundário sua nobre missão no mundo. Muitos filhos teriam destino diferente, se as mães moderninhas deixassem de preocupar-se apenas com as sobrancelhas, com o esmalte das unhas, com os cosméticos.


A maior herança que a verdadeira mãe em Israel deixa para seus filhos, é a religião prática. A transmissão da herança religiosa está sofrendo solução de continuidade em muitos lares, por causa de mães moderninhas.


Temos, felizmente, muitas mães em Israel ainda. Deus saberá recompensá-las. A Igreja também saberá aquilatar-lhes o trabalho dedicado.


Louvemos ao Senhor neste mês, exaltando a elevada missão das verdadeiras mães em Israel. E nós, filhos, saibamos honrar essas autênticas colunas da Igreja: as MÃES.


Texto Publicado na Revista Adventista de Maio de 1977.


Via Sétimo Dia

Questões Conflitantes Entre Lei e Graça


COMO ENTENDER AS CONFLITANTES DECLARAÇÕES DE PAULO E TIAGO SOBRE LEI E GRAÇA, FÉ E OBRAS, JUSTIFICAÇÃO E SANTIFICAÇÃO?


Nesta seqüência de 10 itens a proposta é de um estudo racional e objetivo da questão da lei divina em face da mensagem da salvação pela graça, um tema muitas vezes mal compreendido pelos cristãos em geral.


O apóstolo Paulo claramente diz que a salvação é tão-só pela fé, sem qualquer mérito humano (Efés. 2: 8 e 9). O profeta Isaías já dissera que até nossas obras de justiça são meros “trapos de imundície” (Isa. 64:6). Nenhuma obra realizada pelo homem é aceitável a Deus—cuja lei é “perfeita” (Sal. 19:7)—em termos de obter méritos para a salvação. Até nossas orações, um ato tão santo de fervor religioso, só conseguem ser ouvidas pela intercessão do Espírito Santo (Rom. 8:26).


Mas após falar da salvação em nada dever-se às obras em Efésios 2:8 e 9, Paulo acrescenta no verso 10: “Somos feituras dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”. Tiago lembra que “a fé, se não tiver obras, é morta” (2:17) e Jesus também declarou: “Se me amais, guardareis os Meus mandamentos” (João 14:15).


Assim, temos uma clara tensão entre o salvar-se pela fé, independentemente das obras da lei, mas a necessidade de demonstrar essa fé pela fiel obediência à lei. Como entender isso?


Introdução


O tema da lei divina em confronto com o da graça não poderia deixar de surgir em matérias teológicas, páginas de ministérios de “apologia cristã” e confronto de idéias em fóruns evangélicos. Todavia, já que prometemos tratar do assunto, temos que primeiramente levantar esta indagação pertinente e abrangente do que será tratado neste estudo:


• As leis do Velho Testamento são, de fato, caducas e não mais aplicáveis aos cristãos sob o novo concerto?


1) A resposta é—sim e não. Há leis que caducaram por cumprirem sua função prefigurativa, como as regras sobre ofertas de cordeiros e manjares, os sacrifícios e normas várias para sacerdotes e povo. Quando João Batista apontou a Cristo como “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29) lembrava aos ouvintes o sentido dos muitos cordeiros sacrificados pelos israelitas como expiação dos pecados. Eram o antitipo do grande Tipo, Jesus Cristo.


Contudo, se há leis de caráter temporário, também as há de caráter perene, que se caducassem trariam somente o caos a nível público e privado: “Honra o teu pai e a tua mãe”, “não matarás”, “não furtarás”, “não adulterarás”. . .


Esses preceitos são lembrados pelos vários autores neotestamentários como normativos aos cristãos (ver Efés. 6:1 e 2; Tia. 2:8-10). Paulo deixa isso claro ao mostrar a validade de algumas regras e nulidade de outras para os cristãos, como veremos mais adiante.


As leis bíblicas dividem-se em categorias claras quanto a seus objetivos e vigência. Ao longo dos séculos documentos e autores cristãos têm definido essas leis como sendo moral (expressa nos Dez Mandamentos), cerimoniais, civis, higiênicas, etc.


As mais representativas Confissões de Fé da cristandade, tanto protestante quanto católica, sempre ensinaram essa “divisão” das leis nesse sentido, como é claramente apresentada na Confissão de Fé de Westminster e nos 39 Artigos de Religião da Igreja da Inglaterra.
Há quem alegue que a Bíblia trata sobre “lei” indicando um só “pacote” uno, indivisível, mas a “divisão” das leis é óbvia pelo próprio fato de que Deus proclamou com Sua própria voz, sobre o Sinai, aos ouvidos do povo reunido, somente os Dez Mandamentos, depois os transcrevendo nas tábuas de pedra, e “nada acrescentou” (Deu. 5:22). Todas as demais regras cerimoniais, civis, higiênicas, etc., foram ditadas para Moisés transcrevê-las nos rolos da lei.


Conclusão: Há mandamentos que eram importantes, mas não devem mais ser cumpridos, e mandamentos que importa obedecer, como o apóstolo Paulo mostra numa clara “divisão” da leis bíblicas ao dizer em 1 Cor. 7:19: “A circuncisão nada é, e também a incircuncisão nada é, mas sim a observância dos mandamentos de Deus”.


2) Eruditos evangélicos modernos e antigos, bem como confissões de fé históricas (inclusive alguns dentre os principais Reformadores) têm o Decálogo na conta de norma válida de conduta cristã.


Em suas confissões de fé eles jamais alegam que a lei divina foi abolida, substituída por uma “lei de Cristo” (supostamente menos rigorosa) nem levantam a tese de que observar esses mandamentos seria estar apegando-se à “letra da lei” em lugar de inspirar-se apenas em seu “espírito”. Antes, definem as leis divinas como tendo preceitos cerimoniais, civis e morais, estes últimos sintetizados nos Dez Mandamentos.


Entre as declarações eruditas e credos da cristandade com essas claras posições citamos o popular Dicionário da Bíblia de John Davis, a Segunda Confissão Helvética da Igreja Reformada, de 1566; os 39 Artigos de Religião da Igreja da Inglaterra (de 1571) em seu Artigo VII; os Artigos de Religião Irlandeses (1615); a Confissão de Fé de Westminster (1647); a Declaração de Savóia das Igrejas Congregacionais (1658); a Confissão Batista de 1688 (Filadélfia) com base na confissão de 1677 de Londres; os Artigos Metodistas de Religião (1784); o Pequeno Catecismo presbiteriano, etc. e autores tais como Spurgeon, Wesley, e mais modernamente Billy Graham, Orlando S. Boyer, Harold Brokke, Antônio Neves Mesquita, Pr. Myer Pearlman , Pr. Nilson do Amaral Fanini e vários outros de diferentes denominações evangélicas.


Em hinários de batistas, presbiterianos, congregacionais, metodistas, etc., como o Salmos e Hinos, Cantor Cristão, Harpa Cristã, acham-se hinos de louvor a Deus falando da lei de Deus como norma vigente para todos. Um desses hinos chega a dizer: “Salvação por homens dada, paz fingida, paz comprada, lei de Deus falsificada, tudo rejeitai! Lei de Deus não muda, o Senhor ajuda a quem cumprir sem desistir. . .”


Conclusão: Grandes eruditos cristãos e credos da cristandade sempre reconheceram os diferentes tipos e objetivos das leis divinas segundo seus aspectos civis, cerimoniais, higiênicos. São códigos diversos regidos pela lei moral básica, tal como a Constituição é a “Carta Magna”, base de toda a legislação civil com seus muitos códigos (Código Criminal, Código Comercial, Código Trabalhista, etc.). Os códigos podem ser abolidos e mudados, o que não interferirá na Constituição, enquanto se esta for alterada, afetará tudo o mais.


3) Faz-se necessário que os cristãos entendam melhor os conceitos de justificação e santificação. A justificação é inteiramente pela fé e por ela é que se estabelece “paz com Deus” (Rom. 5:1). Significa a obra de Deus por nós para a salvação, centralizada na cruz de Cristo. Em conseqüência da aceitação desse fato, dá-se a regeneração, ou novo nascimento, iniciando-se daí o processo de santificação, que representa a obra de Deus em nós por conceder-nos o Seu Espírito e derramar o Seu amor em nossos corações (Rom. 5:5). Trata-se de uma obra vitalícia de crescimento gradual e contínuo na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Ped. 3:18)—conseqüência, não base, da experiência de salvação.


Conclusão: A obediência aos mandamentos da lei de Deus situa-se no campo da santificação, e não da justificação. Significa a aceitação de Cristo como Senhor após tê-Lo aceito como Salvador.


4) O princípio da genuína obediência, que resume o teor de todos dos mandamentos divinos, é o amor. Assim Jesus resumiu (não substituiu) os mandamentos em a) amar a Deus sobre todas as coisas e b) amar ao próximo como a nós mesmos. Ele está citando declarações do Velho Testamento (Mat. 22: 34-36, cf. Deu. 6:5; Lev. 19:18). O mesmo princípio básico de amor é também o do Seu “novo” mandamento: João 13:24.


Conclusão: Sobre esse princípio moral do amor é que se constroem os concertos, tanto o novo quanto o velho (ver também Rom. 13:8-10). As leis divinas sempre, em todos os tempos, se basearam no amor.


5) Certos expositores bíblicos fazem grande confusão em púlpitos, prelos e processadores de texto quanto ao tema da lei nas epístolas paulinas. Essa incompreensão é perigosa, à luz de II Ped. 3: 15 e 16, pois os que assim agem são chamados de “ignorantes”, “instáveis” e “insubordinados”.


Não percebem o sentido das palavras do apóstolo Paulo quando fala negativamente sobre a lei em alguns textos, tratando, porém, dela noutros lugares em termos positivos e citando seus mandamentos como válidos. Isso se deve entender à luz dos conceitos de justificação pela fé e santificação. Vejamos estes paradoxos bíblicos:


a) Textos em que Paulo trata “negativamente” da lei: Rom. 3:20-24; 5:20; 6:14, 15; 7:6; 8:3; Gál. 2:16-19; 3:10-13; 5:4; Efé. 2:7, 8; 15.


b) Textos em que Paulo confirma a validade da lei como norma de conduta para os cristãos e a exalta, dizendo que tem “prazer” na mesma: Rom. 3:31; 7: 7, 14, 22; 8: 4; 13:9-10; 7:19; Gál. 5:14; Efé. 6:1, 2.


Como entender isso? A explicação é simples—aqueles que têm a lei como fonte ou meio de salvação, colocando sua obediência na área da justificação, só podem estar sob a sua maldição pois “pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rom. 7:7). Estes podem até vir a perder a salvação se antes estivessem firmados na graça: “De Cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes” (Gál. 5:4). Deixando de confiar nos méritos de Cristo por incluir suas obras como meio de salvação, negam sua experiência de genuína fé na obra completa, perfeita e meritória de Cristo para a salvação de todo aquele que crê.


6) Dois episódios ilustram a harmonia entre a lei e a graça tanto no Velho quanto no Novo Testamento:


a) No Velho Testamento: Ao proclamar solenemente a lei dos Dez Mandamentos no Sinai Deus declarou, antes mesmo de pronunciar o primeiro mandamento: “Eu sou o Senhor teu Deus que te tirei da terra do Egito” (Êxo. 20:2). Esta é uma revelação de Sua graça. Segue-se a enunciação da lei nos vs. 3 a 17.


b) No Novo Testamento: Ante a mulher pecadora Cristo primeiro apresentou-lhe Sua graça perdoadora—“Nem eu tão pouco te condeno”. A seguir, apresenta-lhe a lei: “vai e não peques mais” (João 8:10, 11).


Assim, a obediência aos mandamentos de Deus (obras) não contraria o princípio de justificação pela fé somente, antes é sua conseqüência, situando-se no campo da santificação. Daí a declaração do apóstolo Tiago: “A fé, se não tiver obras, por si só está morta” (Tia. 2:17, cf. Efé. 2:10).


Conclusão: Como dois trilhos de uma ferrovia correm paralelamente e dão o equilíbrio necessário para o avanço da composição, assim se dá com a graça e a lei, a fé e as obras, a ação de Deus e a resposta do homem no processo de justificação, santificação até a glorificação final.


7) Um fator de incompreensão do tema das leis bíblicas é o que Paulo diz em 2 Coríntios 3 sobre o “o ministério da morte, gravado com letras em pedras” em contraste com o “ministério da justiça”, pelo qual os cristãos se apresentam como cartas escritas “não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne do coração” (vs. 9 e 3).


Paulo aí contrasta os que vivem sob o regime da “condenação”, por não terem experimentado a salvação em Cristo, com os que aceitaram os termos do novo concerto, portanto tendo a lei divina, não meramente como letra gravada em pedras, mas escrita em seus corações e mentes pelo Espírito de Deus, segundo a promessa desse novo concerto (Heb. 8:6-10). O salmista fala de tal experiência (Sal. 40:8).


Os que viviam ainda sob o “velho concerto” eram aqueles mesmos que Cristo tanto criticou, por se preocuparem mais com a letra “que mata” do que com o espírito da lei. Foi o caso de Suas críticas à prática do dizimar (Mat. 23:23).


Cristo não os condenava por dizimarem, mas por se preocuparem tanto com as tecnicalidades do ato, no dividir o endro, a hortelã e o cominho, que perdiam de vista os aspectos espirituais da ordenança.


Paulo não viveu em época tão posterior à de Cristo, e ele mesmo havia sido fariseu, portanto conhecedor da mentalidade de seus ex-companheiros de fé. Confundir a lei, que ele considerava “santa, justa, boa, prazenteira, digna de se ter em mente” (Rom. 7:12, 14, 22, 25) com um “ministério da condenação” não faz sentido, sobretudo quando ele confirma que “a lei é boa se alguém dela usar legitimamente” (1 Tim. 1:8). Iria Deus mandar reunir Seu povo para o solene evento da entrega da lei, e oferecer-lhe uma lei de morte?!


Ademais o problema desse “ministério de morte” não estava na lei, que é perfeita (Sal. 19:7), e sim no povo, que não percebia o caráter mais profundo e espiritual da mesma.


Conclusão: Por não entenderem a diferença entre “lei”, “concerto” e “ministério do Espírito” e “ministério da condenação” muitos deixam de perceber que Paulo não está diminuindo a importância da lei moral como norma de conduta cristã, em II Coríntios 3, e sim contrastando atitudes quanto à lei.


Ele contrasta o que significa viver sob o regime do velho concerto, mais preocupados com a letra, com a vida dos cristãos que compara com cartas escritas com o Espírito divino, tendo a lei, não como letras nas frias tábuas de pedra, mas registrada em seus corações aquecidos pela divina graça (ver Rom. 8:3 e 4 e Sal. 40:8).


8) Longe de ensinar que o Novo Testamento representa um novo concerto sem a lei moral divina básica expressa nos Dez Mandamentos, o autor de Hebreus mostra que aos que aceitarem os termos do Novo Concerto (ou Novo Testamento) o próprio Deus escreveria a Sua lei em seus corações e a imprimiria em suas mentes (Heb. 8:6-10; 10:16).


Já vimos como Paulo compara o cristão sob o novo concerto com uma “carta, escrita em nossos corações, conhecida por todos os homens . . . escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações” (2 Cor. 3:1-11).


No novo concerto, firmado sobre “superiores promessas”, Deus escreve a Sua lei nos corações dos que aceitarem os seus termos, tirando-a das frias tábuas de pedra para gravá-la nos corações aquecidos pela graça divina (ver Heb. 8:6).


Note-se que essa “lei de Deus” é a mesma que constava da promessa original dirigida aos filhos de Israel em Jeremias 31:31-33 e não outra. O ônus da prova fica com quem negue este fato, claramente estabelecido nestes textos. Heb. 10:16 confirma: Deus escreve a Sua lei nos corações de Seus filhos sob a nova aliança.


Os leitores hebreus-cristãos da epístola entenderiam isto perfeitamente. E a promessa de assistência divina para obediência a essa lei acha-se também em Eze. 36:26, 27.


Conclusão: O contexto destes versos (capítulos 8 e 10 de Hebreus) claramente define que se aplicam ao novo “Israel” de Deus, aqueles da dispensação cristã. Afinal, o novo concerto é agora disponível a todos, judeus e gentios, pois o muro de separação foi desfeito com a abolição da “lei cerimonial”—não da “lei moral” (Efé. 2:11 a 22).


Portanto, o tema da lei divina não é coisa do Velho Testamento. Pelo contrário, é componente fundamental do próprio Novo Testamento, por certo em seus aspectos morais, não cerimoniais.


9) Há quem ensine que a “lei de Cristo”, ou Seus mandamentos (como em João 14:15), nada tem a ver com o Decálogo sendo tal “lei de Cristo” a nova norma para os cristãos que traz somente nove dos 10 mandamentos da lei “antiga”, “caduca”, etc. (como se Cristo tivesse rompido com o Pai estabelecendo lei diferente). Embora fale repetidamente da “lei de Cristo”, Paulo também fala da “lei de Deus” com igual força de validade (comparar Rom. 7:22, 25; 13:8-10; com Gál. 6:2 e 1 Cor. 9:21).


Tiago fala da lei como baseada no amor, e a chama de “lei da liberdade” (Tia. 2:8-12). João fala da lei de Deus e de Cristo como se fossem uma só e a mesma, sem distinção, ao longo de suas epístolas, 1 e 2 João (ver, por exemplo, 1 João 2:7; 3:2-4; 21-24; 4: 7-11, 19-21; 5:1-3 e 2 João vs. 5 e 6).


No Apocalipse, o povo remanescente de Deus é caracterizado como os que “guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus” (Apo. 12:17 e 14:12). João descreve uma visão que teve do Templo de Deus, dentro do qual contemplou “a arca da aliança” (Apo. 11:19). Aqueles que conhecem sua Bíblia sabem que nessa arca foram guardados os Dez Mandamentos (Deut. 10:1-5). Por que a João foi mostrada essa “arca da aliança” num contexto claramente escatológico? É que ela representa o trono de Deus que se assenta sobre a justiça (a lei) e a misericórdia (o propiciatório).


Conclusão: A lei de Cristo e a lei de Deus são uma só e a mesma. Jesus declarou: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Ele acentuou o princípio do amor a Deus e amor ao próximo como base de Seus mandamentos segundo os mesmos princípios básicos da lei de Deus desde o princípio (Deut. 6:5; Lev. 19:18, cf. Mat. 22:37-40). Para Paulo, estar “sob a lei de Cristo” é comparável a estar em harmonia com a lei de Deus (1 Cor. 9:21).


10) Ocorre às vezes um claro equívoco quanto ao teor dos debates de Cristo com os líderes judaicos sobre a validade de suas curas no sábado. Jesus SE DEFENDE da acusação de fariseus e saduceus (e certos religiosos contemporâneos da cristandade) de que violava o sábado esclarecendo ser LÍCITO (em harmonia com a lei) curar no sábado (Mat. 12:12).


O que Cristo condenava não era a prática do sábado por eles, pois Ele próprio era um observador desse mandamento (Luc. 4:16), mas o espírito errado em que o praticavam. Por isso disse que “o sábado foi feito por causa do homem [não só do judeu] e não o homem por causa do sábado” (Mar. 2:27), além de declarar-Se “Senhor do sábado” (Mat. 12:8).


Conclusão: Os líderes judaicos não pervertiam só o sentido do mandamento do sábado, mas também do 5º. mandamento, por exemplo (Mar. 7:8-10), como a prática do dizimar (Mat. 23:23), como visto acima. Cristo, porém, disse ao povo de Seu tempo que era para praticar o que eles diziam, embora sem seguir o mau exemplo deles de “faça o que eu digo, mas não o que faço” (ver Mat. 23:2 e 3). Entre as coisas certas que eles diziam estava a insistência na fiel observância do sábado (Luc. 13:14).


Autor: Prof. Azenilto G. Brito – Ministério Sola Scriptura
Bessemer, Ala., EUA

Que cédula de ordenanças que eram contra nós foi cravada na cruz?

Que cédula de ordenanças que eram contra nós foi cravada na cruz? A lei de Deus foi realmente abolida? O cristão não precisa mais obedecer os mandamentos do Criador? Saiba mais..

Os 7 erros da Mulher Samaritana


Texto: João 4:6-9.
A Palestina é uma terra muito pequena. Mede cerca de 300 km, do norte ao sul. A província da Judéia mede 150 km. A província da Galiléia mede, também, 150 km.
No início do ano 29 de nossa era, Jesus ia caminhando da Judéia, ao sul, e se dirigindo à Galiléia, ao norte, com os seus discípulos.
E era-lhes necessário passar por Samaria, porque entre a Judéia e a Galiléia estava a província de Samaria. Passando por Samaria, Jesus com os discípulos haviam caminhado cerca de 100 km. É uma longa trajetória a pé.
E eles se detiveram a descansar debaixo de uma árvore, num lugar próximo à cidade de Sicar. Daí, Jesus ordenou que os discípulos fossem à cidade comprar alimento.
Nesse instante, Jesus se assentou em um poço, um poço famoso, próximo à cidade de Sicar: o poço de Jacó. E uma mulher, que veio da cidade com seu cântaro, se aproximou do poço para tirar água.
Cito essa história, porque quero apresentar Os 7 Erros da Mulher Samaritana, os 7 equívocos, as 7 mal-interpretações daquela mulher.
Naquele simples diálogo com Jesus, esta mulher revelou que havia 7 erros graves em sua teologia. E como é bom aprender dos próprios erros, mas é mais sábio aprender dos erros dos outros, a fim de não cometê-los, nós passaremos a estudá-los.
 1º ERRO: AQUELA MULHER PENSAVA QUE JESUS NÃO FALARIA COM ELA (v. 9)
 1) Quando Jesus lhe pediu água, ela desconsiderou o pedido, distraiu-se completamente, porque ficou impressionada com o próprio fato de Jesus falar com ela: - "Como, sendo tu judeu, falas comigo que sou uma mulher samaritana?" (verso 9).
Havia um preconceito. Os samaritanos não se davam com os judeus, nem os judeus com os samaritanos. Havia um preconceito, uma barreira. Os judeus se julgavam muito elevados para se rebaixarem até os samaritanos. O orgulho os separava.
Ademais disso, era proibido a um homem judeu falar com uma mulher na rua. E muito menos, se ele fosse um mestre. Mas esse contato seria muito mais rigorosamente proibido, se fosse um mestre a falar com uma mulher de vida duvidosa. E ali estava Jesus quebrando todas essas regras e preconceitos. E isso deixou aquela mulher encantada!
2- Mas hoje não é diferente, porque muitos dizem: "Deus não fala com o homem". Os ateus dizem que Deus não existe, e portanto, como pode nos falar alguém que não existe?
Os agnósticos dizem que Ele está muito longe e nós estamos muito aquém da Sua presença e, portanto, não podemos ter um conhecimento e uma comunicação com esse Deus. Os deístas dizem que Ele criou o nosso mundo, mas abandonou os Seus habitantes e, portanto, Ele não fala com o homem.
3- Mas Jesus Cristo, o nosso Deus, fala com os homens. 1) - Não importa a posição social, a condição financeira, ou sua educação. Se alguém se chega a Deus com sede, Ele vai saciar a sua alma sedenta.
2) - Hojemuitos pensam que não podem falar com Jesus por causa de algum preconceito.
Preconceito dos parentes: - 'Por que você vai mudar de religião?'
Preconceito dos amigos: - 'Ora, você não é disso, deixa essa idéia de crente!'
Preconceito de si mesmo: 'Eu não serei atendido." 'Jesus não vai ligar para mim!' 'Eu não sou digno!' 'Ele já tem tantas pessoas para atender, que não atentará para mim!'
3) - Meu prezado amigo, ninguém está tão distante de Deus que Ele não possa lhe falar. Por mais humilde que você seja, por mais indigno que você se considere. Por mais pecador que tenha sido. Ele fala através da Bíblia. Ele fala através do pregador. Ele fala através da consciência. Ele lhe fala pelo Espírito Santo.
4) - A Bíblia diz que todos podem ter acesso a Jesus Cristo (Heb. 4:16). Ele é o nosso melhor Amigo. Ele nos deixa à vontade para lhe falarmos sobre qualquer assunto confiantemente, sem constrangimentos.
Podemos falar sobre qualquer problema, porque ele tem todas as soluções. Assim Ele falou com a samaritana, deixando-a completamente à vontade, deixando-a escolher os assuntos de seu interesse, e o rumo de sua conversação.
4- Certa vez, um homem já idoso cometeu esse mesmo erro da mulher samaritana. Andava longe de Deus. Sua esposa certa noite, a sós com ele, pediu que ele também orasse a Deus.
Falou: "Querido, eu estava aqui pensando comigo: Eu já estou cansada de ir à igreja sozinha; estou cansada de fazer o culto sozinha em casa; estou cansada de orar sozinha. Por que você não me acompanha? Por que não se torna um cristão também?"
Ele respondeu imediatamente: "Mas como? Deus jamais falaria comigo! É impossível?" Ela respondeu: "Mas, querido, você pode falar com Deus; e se você falar com Ele, Ele vai lhe responder!" "Mas é impossível! Eu sou um pecador! E Deus não fala com pecadores!" "Fala, sim, Ele já falou com muitos pecadores!" disse ela.
"Mas eu não sei orar! O que é que eu diria? Eu nunca orei em toda a minha vida!" Então, ela se aproximou dele e disse: "Você repete o que eu disser! Vamos ajoelhar!" E o marido se ajoelhou com ela pela primeira vez na vida. E ela orou e disse:
"Meu Pai!" e ele repetiu: "Meu Pai!" "Eu quero lhe falar!" "Eu quero lhe falar!" "Eu sou um pecador!" E ele disse: "Eu sou um pecador!" "Eu não sou digno!" "Eu não sou digno!" "Mas eu estou arrependido de todos os meus pecados!" E ele disse: "Eu estou arrependido de todos os meus pecados!" E agora, ele já mudara o seu tom de voz, comovido.
"Senhor, perdoa-me!" Ele repetiu: "Senhor, perdoa-me!" "Eu quero a Tua paz no meu coração!" "Eu quero a Tua paz no meu coração!" "Eu aceito a Jesus Cristo como o meu Salvador!" "Eu aceito a Jesus Cristo como o meu Salvador!" "Eu me entrego completamente!" "Eu me entrego completamente!" "Eu quero ser um filho de Deus" "Eu quero ser um filho de Deus!" E naquela noite se salvou mais um homem, que pensava que não podia falar com Jesus.

2º ERRO: A SAMARITANA JULGOU QUE O POÇO DE JACÓ ERA A ÚNICA FONTE DE ÁGUA VIVA (6, 11)
1. Aquela pobre mulher pensava que esse era o único poço para satisfazer a sede. Era o famoso poço de Jacó! Não havia outro melhor. Ele possuía propriedades especiais, era o poço incomparável do antigo patriarca de Israel.
Os samaritanos valorizavam muito o poço de Jacó. Milhares de turistas anualmente vão lá para conhecer o poço de Jacó, que os judeus ainda valorizam tanto.
2. Hoje milhares de pessoas pensam a mesma coisa. Muitos imaginam que não haja outro poço além das fontes deste mundo, onde pretendem satisfazer a sede de sua alma. Muitos buscam a água da vida 1) Nos Prazeres, nas diversões que o mundo oferece. 2) Nas Riquezas, nos bens materiais, na segurança econômica. 3) Na Famaou prestígio, popularidade e aplauso. Mas todas estas fontes são cisternas rotas.
Tenho em mãos a história dramática de uma jovem que era desconhecida e pobre, até que se apresentou em Hollywood. Tornou-se uma famosa artista do cinema norte-americano. Mas, note nas suas próprias palavras o seu desengano: "- Tenho dinheiro, tenho beleza, atração e gozo de imensa popularidade. Deveria ser a mulher mais feliz do mundo; mas sou miserável e infeliz, porque não tenho paz".
Seguramente, esta jovem buscou a água da vida em todas as fontes ilusórias que este mundo oferece. Mas não buscou a água da vida em Jesus Cristo, e saiu desencantada, completamente insatisfeita.
3. Onde está a verdadeira fonte da água da vida?
1) A única fonte é Jesus (v. 10). Só Jesus Cristo pode saciar a sua sede espiritual. Só Jesus Cristo pode lhe dar perdão e paz, salvação e vida eterna.
Não existe nenhuma outra fonte que possa nos mitigar a sede: "Porque abaixo do Céu não existe nenhum outro nome, dado entre os mortais, pelo qual importa que sejamos salvos." (Atos 4:12).
2) Todas as outras fontes são falsas (v. 13)
"Quem beber desta água, tornará a ter sede", disse Jesus.
Por quê? Porque as fontes do mundo não satisfazem.
Nós voltaremos a ter sede. Sede é algo terrível, é um tormento, que indica uma grave necessidade do organismo, que se encontra ansioso para ver-se satisfeito. Quando tomamos água normalmente, não sentimos sede fisicamente.
3) Somente Jesus pode satisfazer plenamente (v. 14)
"Aquele que beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna." Em Jesus, se encontram centralizadas as nossas mais suspiradas esperanças. Nós teremos água para a vida eterna. Mitigaremos a sede para sempre.
4. Que água é essa que Jesus prometeu?
Certa vez, num grande dia de festa no templo, disse Jesus: "Se alguém tem sede, venha a Mim e beba! Quem crer em Mim, do seu interior fluirão rios de água viva!" Era uma tremenda afirmação, digna somente do Messias. Mas o apóstolo João explicou que Ele Se referia ao Espírito Santo que Ele daria aos que nEle cressem" (João 7:37-39).
O Espírito Santo é simbolizado pela água viva, porque nos sacia espiritualmente, comunica a energia de que carecemos para vivermos a vida espiritual.
Daí para diante, somos regenerados, recebemos as Suas primícias, os primeiros frutos da graça de Deus, entramos em comunhão com Jesus Cristo, e nos vêm a paz, o perdão, a alegria, o amor brota no coração, todos os frutos do Espírito Santo, bem como a certeza de Salvação. Portanto, não sentimos mais sede da água da vida, porque a possuímos abundantemente.
3º ERRO: A SAMARITANA PENSAVA QUE JESUS ERA INFERIOR A JACÓ (v. 12)
1. "És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado?" perguntou ela (v.12). Estas palavras significam:
"Você não é maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu essa fonte de águas! Como poderia ser maior do que ele? Certamente, você é menor do que aquele que nos deu o poço de águas vivas!" A samaritana não conhecia a Jesus, e cometeu mais um erro. Ao dizer maior, significava menor.
2. Muitos hoje cometem esse terrível engano: pensam que Jesus é menor. Alguns dizem: Ele é 1) um simplesanjo, uma simples criatura, o primeiro Ser que Deus criou. Outros dizem que Ele foi apenas 2) um filósofo, um mestre humano como Sócrates, Aristóteles, Platão. Outros ainda afirmam que Ele é 3) um espírito evoluído que reencarnou muitas vezes. Eles têm uma noção muito acanhada de Jesus.
3. O que você pensa de Jesus? Depende muito do seu conceito: Se você pensa muito pouco dEle, o seu relacionamento também será muito pequeno. Se você pensa muito alto de Jesus, tudo vai mudar em sua vida. Nossa compreensão do Salvador é essencial para a nossa própria salvação.
4. A Bíblia diz que Ele é o Filho de Deus, o Messias Enviado, o Salvador do mundo, Ele é o grande Criador do universo, o Todo-poderoso Deus. Ele é a Imagem do Deus infinito. Ele é Emanuel, Deus conosco! Ele não só é maior do que Jacó; Ele é o próprio Criador de Jacó! E João relata que Ele mesmo disse:
"Antes que  Abraão existisse, Eu sou". "E aqui está Alguém que é maior do que Salomão". (João 8:59; Luc. 11:31).
4º ERRO: A SAMARITANA INTERPRETOU AS PALAVRAS DE JESUS LITERALMENTE (v. 15)
1. Cristo falava acerca dos bens espirituais.
Suas palavras se inspiraram na água natural, mas Ele se referia à água espiritual. A samaritana julgou que Ele falava literalmente, quando Ele falava simbolicamente. "Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la". (v. 15).
2. Nicodemos havia cometido o mesmo erro.
"Como pode um homem nascer sendo velho?" dizia aquele homem ilustre, homem culto, membro do sinédrio, o tribunal judaico. "Pode acaso o homem voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?" (João 3:4).
Ele tomou as palavras de Jesus literalmente, e, com isso, perdeu de vista o verdadeiro sentido. E Jesus Se admirou de sua interpretação literalista, para não dizer uma ignorância completa dos conceitos básicas da conversão, e chegou a lhe dizer isso: "Tu és mestre em Israel e não compreendes estas coisas?" (v. 10).
3. Hoje muitos não entendem a Bíblia, porque a interpretam erroneamente: Alguns dizem: Tudo é literal. Outros dizem: Tudo é figurado. É preciso ter a iluminação do Espírito Santo para entender a Palavra de Deus. As coisas espirituais se discernem espiritualmente. Por isso, o homem natural não pode entender.
Certa vez um pastor pregava sobre um tema controvertido, e ilustrou o assunto de modo perfeitamente simbólico, porque se tratava de uma passagem apocalíptica. No final do sermão, achegou-se a ele o primeiro ancião daquele igreja, e lhe disse:
"Você falou bem, mas isso é tudo literal!" Isso aconteceu em Rio Branco do Acre.  Depois de uns 30 anos, esse pregador falou sobre o mesmo assunto em uma cidade de Santa Catarina. Explicou novamente o sentido simbólico daquela passagem do Apocalipse. Após o sermão, um jovem muito estudioso, mas que revelava um zelo sem entendimento, se dirigiu ao pastor e lhe disse: "Olha, eu creio que isso é tudo literal!"
4. Como você entende a Palavra de Deus? Literalmente? Simbolicamente? Há muitas coisas literais, mas há também muitas coisas figuradas. Devemos estudar as palavras de Jesus Cristo com oração, pedindo a ajuda do Espírito Santo.
5º ERRO: A MULHER SAMARITANA JULGOU QUE A SUA VIDA PARTICULAR ESTAVA OCULTA DE JESUS (v. 16-18)
1. Quando Cristo percebeu que ela não entendera as Suas palavras, pediu que ela chamasse o seu marido. Isso ela entendeu prontamente; e respondeu que não tinha marido. Cristo fez esse pedido a fim de despertá-la para as coisas espirituais.
Ela precisava sentir a necessidade da água da vida. Ela precisava sentir-se pecadora. Então Ele revelou toda a sua vida, em poucas palavras. Quando ela disse: "Não tenho marido!", Cristo lhe respondeu: - "De fato, porque 5 maridos já tiveste!" Ela ficou muito surpresa. Cometeu outro erro: Não sabia que Jesus sabia.
2. Ninguém pode esconder a sua vida de Jesus.
Podem esconder os segredos dos amigos, do patrão, da esposa, mas nunca de Jesus. Quando Ellen G. White se encontrava na Austrália, na década de 1890, ela teve uma visão em que lhe foi mostrado que certo ministro estava em perigo de cometer adultério.
Mais tarde, ela escreveu para esse ho­mem, advertindo-o no tocante à familiaridade com pessoas do sexo oposto. Quando o ministro leu a carta, ele achou que estava sendo in­sultado. O adultério não era e nunca tinha sido uma de suas fraquezas. Finalmente, ele foi falar com o Pastor W. C. White, filho da Sra. White, e expressou a sua surpresa de que lhe houvesse sido escrita uma carta dessa natureza.
O Pastor White explicou que Deus sempre relacionava as visões com o tempo. Portanto, a advertência podia ter uma aplicação futura, se ele se tornasse descuidado.
O ministro aceitou essa explicação e pro­meteu: "Manter-me-ei tão longe dessa espécie de tentação que aquela profecia jamais se cumprirá em minha vida." Contudo, dentro de seis meses esse ministro perdeu as suas creden­ciais por motivo de adultério.
Jesus Cristo é onisciente. Ele sabe de tudo que se passa com você! Ele tem tudo claro diante dos Seus olhos. Ninguém pode se esconder dEle. Ele conhece toda a sua vida passada, presente e futura.
3. Entretanto, Jesus quer nos livrar de todos os erros
Se Ele conhece bem a nossa vida, Ele pode ajudar-nos com mais segurança. Mas você precisa confessar os seus pecados. Se você não fizer isso hoje, você fará no dia do Juízo, quando será tarde demais. 
6º ERRO: A MULHER SAMARITANA PENSAVA QUE O MAIS IMPORTANTE ERA O LUGAR DE ADORAÇÃO (v. 20)
1.    Quando Jesus Cristo falou de sua vida particular, ela tentou discutir religião. Então, apresentou um conceito errôneo, dando importância ao lugar onde os seus antepassados adoravam, e pondo em dúvida ao que diziam os judeus.
Havia uma rixa entre os judeus e samaritanos por causa do lugar de adoração. Os samaritanos diziam que o lugar de adoração era o monte Gerizim, onde eles haviam erguido um templo, ao redor do ano 432 A. C., mas tinha ficado em ruínas desde que o destruiu João Hircano ao redor do ano 129 A. C.
Mas os judeus diziam que o lugar do culto verdadeiro era o monte onde estava o templo de Jerusalém, construído pelo rei Salomão, filho de Davi, de quem viria o próprio Messias. E a controvérsia continuava.  
2. Hoje muitos também pensam que o mais importante é
o lugar. Muitos fazem viagens para a Palestina, com o objetivo de adorar onde Jesus viveu, a fim de alcançar uma bênção especial. Eles dão muita importância ao lugar. Existe um hino que diz: "Andei por Onde Andou Jesus". É um hino muito bonito que admiro muito, mas eu nunca tive vontade de visitar as terras bíblicas.
Conheço gente que foi para lá, e voltou pior do que era. O lugar é o mais importante, dizem muitas pessoas. E fazem longas peregrinações, visitam Roma, vão para a cidade de Salvador, na Bahia, ou a Belém do Pará, porque cometem o mesmo erro da mulher samaritana.
3. Qual foi a resposta de Jesus? (v 21): "Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai." Em Cristo, todas as restrições de etnia, raças e geografia se desfazem. Em Cristo, se estabelece  uma adoração universal para todos os povos: "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome" disse Jesus, "ali estarei no meio deles." (Mat. 18:20).
O mais importante não é o lugar. O mais importante não é "onde" mas "como"; é a maneira pela qual nós adoramos, que importa. Em Sua resposta, Ele continua falando àquela mulher: "Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade" (João 4:23).
Jerusalém está distante de nós. Mas hoje podemos adorar: "em espírito", ou seja, através do Espírito Santo que está em todos os lugares e que fala ao nosso espírito que somos realmente filhos de Deus; e "em verdade", ou seja, através da Palavra da verdade, que nos indica o verdadeiro Deus, em Cristo Jesus.
7º ERRO: A SAMARITANA PENSAVA QUE O MESSIAS AINDA NÃO HAVIA CHEGADO (v. 25)
1. Para ela, o Messias era apenas uma esperança futura. Uma expectativa por vir. Ela possuía um grande desejo de mudanças radicais e aguardava a salvação de Israel. Ela ainda esperava que o Messias viesse trazendo a salvação para o seu povo, mas não sabia por quanto tempo. Ledo engano.
2. Ela não sabia que o Messias estava ali à sua frente.
A própria Fonte da água viva, que mitiga a alma para nunca mais termos sede. A Luz do mundo a brilhar os seus raios luminosos nas trevas da ignorância, do pecado e da morte. O Profeta por excelência que falava pessoalmente com ela era em realidade o próprio Messias que ela tanto aguardava.
3. A resposta de Jesus foi impressionante (v. 26): 'Disse-lhe Jesus: Eu o sou, Eu que falo contigo.' "Eu Sou o próprio Messias, que você espera. Eu Sou o Teu Salvador. Eu Sou o Enviado de Deus, o Seu Ungido."
Jesus lhe deu uma resposta que não havia dado a nenhum outro. Nem os próprios discípulos haviam recebido uma revelação tão espontânea, tão clara e direta como esta de Jesus para a mulher samaritana!
4. Os judeus do mundo inteiro hoje, ainda esperam o Messias. Que grande engano. Eles repetem o erro da samaritana. Estão esperando o Messias que já veio a este mundo para salvá-los e a todos os gentios! Os cristãos já estão esperando que Jesus venha a segunda vez, e eles ainda esperam Aquele que já esteve entre eles.
5. Mas aquela samaritana saiu da presença de Jesus Cristo como uma verdadeira luz. Ela compreendeu os seus erros, reconhecendo-os. Ela aceitou o fato maravilhoso de que ali estava o verdadeiro Messias. Ela recebeu a Jesus, e foi salva. Ela levou muitos outros a conhecer o Salvador do mundo.
6. E você, o que pensa sobre a vinda de Jesus Cristo?
Que Ele não virá tão cedo? Pensa que Jesus vai demorar ainda mais? Julga que Sua segunda vinda está reservada para o próximo século? Acha que Ele não voltará em seus dias? Não vê os sinais? Esquece que já estamos nos últimos tempos da História? Você está cometendo o mesmo erro da samaritana? Ela não conhecia os sinais dos tempos.
CONCLUSÃO
Vimos os 7 erros da mulher samaritana. Temos nós reconhecido os nossos erros, fracassos e pecados? Temos nós nos desencantado com as fontes ilusórias deste mundo tenebroso? Reconhecemos em Jesus, o Messias, o nosso Salvador pessoal?
Deixemos os nossos erros. Busquemos a Jesus que está pronto a nos ajudar a corrigir os erros, amavelmente.
Aceitemos o Seu maravilhoso amor, a Sua doce paz, que resulta de Sua salvação.
Somente Jesus Cristo pode salvar. Confie nEle. Ele jamais decepciona. Ele lhe dará a água que sacia a sede da alma para a vida eterna, trazendo perdão, vida e salvação. Ele diz hoje: "Aquele que tem sede, venha a Mim e beba da água que jorra para a vida eterna!"
por  Pr. Roberto Biagini

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Tempo Para Ouvir a Deus


“Mas o que me der ouvidos habitará seguro, tranqüilo e sem temor do mal” (Provérbios 1:33).

Na correria do dia-a-dia reservamos bem pouco tempo para ouvir a Deus. E, contudo, não é Ele nosso Pai? Não somos Seus filhos? Não é Ele nosso Senhor e nós, Seus servos? Não é Ele nosso capitão, o capitão de nossa fé, e não somos nós Seus soldados? Negligenciar escutá-lo não pode garantir a bênção nem a vida.

Para ouvir a Deus é preciso, em primeiro lugar, fazer silêncio diante dele. Em um mundo barulhento, no meio de inúmeras vozes, onde reina a correria, as multidões se agitam e as ondas violentas varrem tudo diante delas, a tranqüilidade de espírito em comunhão com Deus é um segredo divino!

"Mas o que me der ouvidos habitará seguro, tranqüilo e sem temor do mal." Que ênfase o contexto atual dá às duas partes desse versículo! A "febre" e a gritaria da multidão de vozes tornam necessário este retiro para perto de Deus, do silêncio em Sua presença, do tempo para ouvir Sua voz mansa e delicada e para compreender Sua vontade. Para o filho de Deus, esse é o principal ato de cada manhã; negligenciá-lo é sintoma de queda espiritual.

E por que não lhe consagrar pelo menos cinco minutos no meio do dia? E, à noite, que seja também Ele a ter a última palavra, que terminemos o dia com Ele, na nossa qualidade de filhos, servos, soldados. Então a alegria dessa segurança e a tranqüilidade de espírito nascerão da ausência do medo que prende e paralisa os seres humanos.

"Mas o que me der ouvidos..." Nosso Deus sabe tudo. Sua sabedoria infinita e seu amor insondável são parte de nossa herança em Cristo. Ele quer que escutemos a Sua voz.

Nossa obediência é Sua glória e, para nós, é a garantia de vida e força imutáveis. É isso o que dará às orações individuais e coletivas a visão e a inspiração necessárias para que Deus ouça e responda.



- Extraído de H. E. Alexander, Orvalho da Manhã.

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