sexta-feira, 1 de junho de 2012

A Trindade na Bíblia



“Há um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de três Pessoas coeternas” – Crença Fundamental nº 2


Gerhard Pfandl
Ph.D., diretor associado do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral da IASD


A doutrina da Trindade (do latim trinitas = “triunidade” ou “três-em-unidade”) é uma das mais importantes doutrinas da fé cristã. Mas ultimamente alguns têm questionado sua validade. Por exemplo, em uma monografia, Fred Allaback argumenta que “a Igreja Adventista do Sétimo Dia não cria na doutrina da Trindade até muito tempo depois da morte de Ellen G. White”.1 “Os pioneiros adventistas”, escreveu ele, “acreditavam que em um ponto longínquo da eternidade somente um Ser divino existia. Então esse Ser divino teve um Filho.”2 Dessa forma, Cristo teve um começo. Com respeito ao Espírito Santo, Allaback crê que Ele é o Espírito de Deus e de Cristo; não um outro Ser divino.3


A mesma visão é adotada por Bill Stringfellow, 4 Rachel Cory-Kuehl 5 e Allen Stump.6 Todos esses ensinam que em um ponto no tempo Jesus não existia; e que o Espírito Santo é apenas uma força. Stringfellow diz: “Houve um certo e específico dia quando Deus deu à luz Seu Filho … Houve um tempo (embora seja impossível identificá-lo precisamente no passado) quando Cristo não existia.”7


O MISTÉRIO


Embora a palavra Trindade não seja encontrada na Bíblia (nem a palavra encarnação), o ensinamento que ela descreve é encontrado ali. A doutrina da Trindade estabelece o conceito de que há três Seres plenamente divinos: Pai, Filho e Espírito Santo, que formam um Deus.8 Por sua vez, Ellen White usa o termo “Divindade” que é encontrado em Romanos 1:20 e Colossenses 2:9. Através dessa palavra ela transmite a mesma idéia contida no termo Trindade, ou seja, há três Seres viventes na Divindade. Segundo uma de suas declarações, “há três pessoas vivas pertencentes ao Trio celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados, e esses poderes cooperarão com os súditos obedientes do Céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo”.9


O próprio Deus é um mistério, 10 quanto mais a encarnação ou a Trindade.  Entretanto, isso não deveria nos embaraçar, já que os diferentes aspectos desses
mistérios são ensinados nas Escrituras. Embora não possamos compreender tudo sobre a Trindade, necessitamos tentar entender, tanto quanto possamos, o ensino bíblico a seu respeito. Todas as tentativas para explicá-la serão insuficientes, “especialmente quando refletimos sobre a relação das três pessoas com essência divina … todas as analogias são limitadas e nós nos tornamos profundamente conscientes de que a Trindade é um mistério muito além da nossa compreensão. É a incompreensível glória da Divindade”.11


Portanto, é sábio admitir que o homem “não pode compreendê-la nem torná-la compreensível. É compreensível em algumas de suas relações e modos de se manifestar, mas ininteligível em sua natureza essencial”.12 Certos elementos se tornarão claros, e outros permanecerão um mistério, pois “as coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus; porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Deut. 29:29). Onde não temos uma palavra clara das Escrituras o silêncio é ouro.13


NO ANTIGO TESTAMENTO


Algumas passagens do Antigo Testamento sugerem, ou implicam, a existência de
Deus em mais de uma pessoa. Quando não necessariamente em uma Trindade, pelo menos em duas pessoas.


Gênesis 1. No relato da criação em Gênesis 1, a palavra traduzida como Deus é ’Elohim, a forma plural de ’Eloha. Geralmente essa forma é interpretada como um plural de majestade ao invés da idéia de pluralidade. Entretanto, G. A. F. Knight argumenta que essa interpretação corresponde a ler um conceito moderno no texto hebraico antigo, desde que os reis de Israel e Judá são tratados na forma singular, no relato bíblico.14 Knight aponta que as palavras hebraicas para água e céu também são plurais. Os gramáticos nomeiam esse fenômeno como plural quantitativo. A água pode aparecer em forma de pequenas gotas ou grandes oceanos. Essa diversidade quantitativa em unidade, segundo Knight, é uma forma adequada de compreender o plural ’Elohim. E também explica por que o substantivo singular ’Adonai é escrito como plural.15


Em Gênesis 1:26, lemos: “Também disse Deus [singular]: Façamos [plural] o homem à nossa [plural] imagem, conforme a nossa [plural] semelhança…” O que é significativo aqui é a mudança do singular para o plural. Moisés não está usando o verbo no plural com ’Elohim, mas Deus está usando um verbo e um pronome no plural, em referência a Si mesmo. Alguns intérpretes acreditam que Deus está falando aqui de anjos. Mas, de acordo com as Escrituras, os anjos não participaram da criação. A melhor explicação é que, já no primeiro capítulo de Gênesis, há uma indicação de pluralidade de pessoas em Deus.


Deuteronômio 6:4. De acordo com Gênesis 2:24, “deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só [’echad] carne”. É uma união de duas pessoas distintas. Em Deuteronômio 6:4, é usada a mesma palavra em relação a Deus: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único [’echad] Senhor.” Segundo Millard J. Erickson, “aparentemente alguma coisa está sendo afirmada aqui sobre a natureza de Deus – Ele é um organismo, isto é, uma unidade de partes distintas”.16 Moisés bem poderia ter usado a palavra yachid (“um”; “único”), mas o Espírito Santo escolheu não fazê-lo.


Outros textos. Após a queda do homem, Deus disse: “Eis que o homem se tornou como um de nós” (Gên. 3:22). E algum tempo depois, quando o homem começou a construir a torre de Babel, o Senhor ordenou: “Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem” (Gên. 1:7). Em cada caso, a pluralidade da Divindade é enfatizada.


Em sua visão do trono de Deus, Isaías ouviu o Senhor perguntando: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (Isa. 6:8). Aqui encontramos Deus usando o singular e o plural na mesma sentença. Muitos eruditos modernos tomam isso como uma referência ao Concílio Celestial. Mas, pediria Deus algum conselho às Suas criaturas? Em Isaías 40:13 e 14, Ele parece refutar essa noção. Deus não necessita aconselhar-Se nem mesmo com criaturas celestiais. Portanto, o uso do plural em Isaías 6:8, embora não especifique a Trindade, sugere que há uma pluralidade de seres no Orador.


O anjo do Senhor. A frase “anjo do Senhor” aparece 58 vezes no Antigo Testamento. “O anjo de Deus” aparece onze vezes. A palavra hebraica para “anjo” – mal’ak – significa mensageiro. Se o “anjo do Senhor” é Seu mensageiro, então deve ser distinto do Senhor. Todavia, em alguns textos, o “anjo do Senhor” também é chamado “Deus” ou “Senhor” (Gên. 16:7-13; Núm. 22:31-38; Juí. 2:1-4; 6:22). Os pais da Igreja identificavam esse anjo com o Logos pré-encarnado. Eruditos modernos vêem-nO como um Ser que representa Deus, como o próprio Deus, ou como algum poder externo de Deus. Por sua vez, eruditos conservadores geralmente aceitam que “este ‘mensageiro’ deve ter sido como uma manifestação especial do Ser do próprio Deus”.17 Se isso é correto, temos aqui outra indicação da pluralidade de pessoas na Divindade.


NO NOVO TESTAMENTO


A verdade, na Bíblia, é progressiva. Por isso, é no Novo Testamento que encontramos um quadro mais explícito da natureza trinitária de Deus. A declaração de que Ele é amor (I João 4:8) implica que deve haver uma pluralidade dentro da Divindade, considerando-se que o amor só pode revelar-se em um relacionamento pluralístico.


Por ocasião do batismo de Jesus, encontramos os três membros da Divindade em ação ao mesmo tempo: “Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se Lhe abriram os Céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre Ele. E eis uma voz dos Céus que dizia: Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo” (Mat. 3:16).


Eis uma notável manifestação da doutrina da Trindade. Ali estava Cristo em forma humana, visível a todos; o Espírito Santo desceu sobre Ele na forma de uma pomba; e a voz do Pai foi ouvida dos Céus: “Este é o Meu Filho amado, em quem me comprazo”. Em João 10:30 Cristo fala de Sua igualdade com o Pai, e em Atos 5:3 e 4, o Espírito Santo é identificado como Deus. É impossível explicar a cena do batismo de Jesus por qualquer outra maneira senão assumindo que há três pessoas, iguais em natureza ou essência divina.


No batismo, o Pai referiu-Se a Jesus como “Meu Filho amado”. Essa filiação, entretanto, não é ontológica, mas funcional. No plano da salvação, cada membro da Trindade aceitou um papel específico, com o propósito de cumprir um alvo particular. Não se trata de mudança de essência ou status. Millard J. Erickson o explica desta maneira:


“O Filho não Se tornou inferior ao Pai durante a encarnação, mas subordinou-Se funcionalmente à vontade do Pai. Semelhantemente, o Espírito Santo agora está subordinado ao ministério do Filho (ver João 14-16) bem como à vontade do Pai, mas isso não implica inferioridade em relação a Eles.”18 No pensamento ocidental, os termos “Pai” e “Filho” contêm a idéia de origem, dependência e subordinação. Na mente oriental ou semítica, entretanto, eles enfatizam igualdade de natureza. Assim, quando as Escrituras falam de “Filho” de Deus, estão afirmando a divindade de Cristo.


Ao terminar Seu ministério terrestre, Jesus ordenou aos discípulos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mat. 28:19). Nessa comissão, nota-se claramente a Trindade. Primeiramente, notamos que a frase “em nome” [eis to onoma] é singular, não plural (nos nomes). Ser batizado em nome de três pessoas da Trindade significa identificar-se com tudo o que Ela representa; comprometer-se com o Pai, Filho e Espírito Santo.19 Em segundo lugar, a união desses três nomes indica que o Filho e o Espírito Santo são iguais ao Pai. Seria estranho, para não dizer blasfemo, unir o nome do Deus eterno com um “ser criado” e uma “força” ou “energia” na fórmula batismal.


“Quando o Espírito Santo é colocado na mesma expressão e no mesmo nível das
outras duas pessoas, é difícil evitar a conclusão de que Ele também é visto como sendo igual ao Pai e ao Filho.”20


Paulo e outros escritores do Novo Testamento geralmente usam a palavra “Deus” para se referir ao Pai; “Senhor”, em referência ao Filho, e “Espírito”, em referência ao Espírito Santo. Em I Coríntios 12:4-6, o apóstolo fala dos três no mesmo texto: “Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos.” Da mesma forma, em II Coríntios 13:13, ele enumera as três pessoas da Trindade, ao mencionar “a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo”.


Embora não possamos dizer que esses textos sejam uma enunciação formal da Trindade, eles e outros como, por exemplo, Efésios 4:4-6, são trinitarianos em caráter. E embora a Igreja tenha elaborado os detalhes dessa doutrina em tempos posteriores, ela o fez sobre o fundamento dos escritores bíblicos.


DIVINDADE DE CRISTO


Um elemento crucial na doutrina da Trindade é a divindade de Cristo. Diante do ensinamento de que há um Deus em três pessoas, e que cada uma dessas pessoas é plenamente divina, é importante verificarmos o que as Escrituras ensinam sobre a divindade de Cristo. Existem passagens no Novo Testamento que confirmam a plena deidade de Cristo.


João 1:1-3;14. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” A frase introdutória “no princípio” nos leva de volta ao começo do tempo. Se o Verbo estava “no princípio”, então Ele não teve princípio, que é outra forma de dizer que era eterno.


“O Verbo estava com Deus” nos diz que o Verbo era uma pessoa ou personalidade separada. O Verbo não estava em (en) Deus, mas com (pros) Deus. Desde que o Pai e o Espírito Santo são Deus, a palavra “Deus” muito provavelmente inclui esses dois outros membros da Trindade.


“E o Verbo era Deus”. O Verbo não era uma emanação de Deus, mas Deus mesmo. Embora o verso 1 não diga quem é o Verbo, o verso 14 claramente O identifica: “E o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do unigênito do Pai.” Como disse Arthur W. Pink, “é impossível conceber uma afirmação mais enfática e inequívoca da deidade absoluta do Senhor Jesus Cristo”.21


João 20:28. “Respondeu-Lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu.” Essa é a única vez, nos evangelhos, em que alguém se dirige a Cristo, chamando-O de “meu Deus” (ho Theos mou). É significativo que nem Cristo nem João desaprovaram a declaração de Tomé; pelo contrário, esse episódio constituiu um ponto alto da narração do evangelista, que imediatamente fala a seus leitores: “Na verdade fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em Seu nome” (vs. 30 e 31). Este evangelho, diz João, foi escrito para persuadir outros indivíduos a imitarem Tomé no reconhecimento de Cristo como “Senhor meu e Deus meu”.


Filipenses 2:5-7. Essa passagem foi escrita para ilustrar a humildade. Mas é um dos textos de apoio à divindade de Cristo. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma [morphé] de Deus não julgou como usurpação [harpagmos] o ser igual a Deus; antes a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma [morphé] de servo, tornando-Se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana…”


Morphé, que significa “forma” ou “aparência visível’, é uma palavra descritiva da natureza genuína, a essência, de uma coisa. “Não se refere a qualquer forma mutável, mas uma forma específica da qual dependem a identidade e o status.22 Morphé contrasta com schema (2:8), que também significa “forma” porém no sentido de aparência superficial, ao invés de essência. O substantivo harpagmos aparece apenas nesse texto, no Novo Testamento, e o verbo correspondente significa “roubar, tirar à força”. No grego secular, o substantivo significa “roubo”.


O contexto deixa claro que Jesus não cobiçou, não tentou roubar “o ser igual a Deus”; não tentou agarrar-Se à igualdade com Deus a qual Ele possuía intrinsecamente. Em outras palavras, não tentou reter Sua igualdade com Deus pela força. Em vez disso, “tratou-a como uma oportunidade para renunciar qualquer vantagem ou privilégio decorrentes; como uma oportunidade para auto-empobrecimento e sacrifício próprio sem reserva”.23 Esse é o significado da expressão “antes a Si mesmo Se esvaziou”. Sua igualdade com Deus era algo que Ele possuía intrinsecamente; e alguém igual a Deus deve ser Deus. Assim, essa “é uma passagem que demanda a compreensão de que Jesus era divino no mais pleno sentido”.24


Colossenses 2:9. “Porquanto nEle habita corporalmente [somatikos] toda a plenitude [pleroma] da Divindade.” O termo grego pleroma tem o significado básico de “plenitude”, “plenamente”. No Antigo Testamento ele é aplicado à plenitude da Terra ou do mar (Sal. 24:1; cf. 50:12; 89:11; 96:11; 98:7), que é citada em I Coríntios 10:26. No grego secular, pleroma referia-se à totalidade da tripulação de um navio, ou à quantia necessária para completar uma transação financeira. Em Colossenses 1:19 e 2:9, Paulo usa a palavra para descrever a soma total de cada função da divindade.25


Essa plenitude habita corporalmente em Cristo, mesmo durante Sua encarnação, Ele reteve todos os atributos essenciais da divindade, embora não os empregasse em benefício próprio. “… Foi claramente visto que a divindade habitava na humanidade, pois através do invólucro terrestre, vez após vez cintilavam lampejos de Sua glória.”26


Tito 2:13. Paulo descreve os santos como “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”. Notemos que: 1) De acordo com uma regra da gramática grega, o artigo o antes de “Deus” e “Salvador” une esses dois substantivos como designações do mesmo objeto. Assim, Jesus Cristo é “o grande Deus e Salvador”. 2) Todo o Novo Testamento aguarda a segunda vinda de Cristo. 3) O contexto do verso 14 fala apenas de Cristo. 4) Essa interpretação está em harmonia com outras passagens, tais como João 20:28; Rom. 9:5; Heb. 1:8; II Ped. 1:1, de modo que esse texto é mais uma afirmação da divindade de Cristo.


Mateus 3:3. “… Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor.” De acordo com o verso 1, esse texto de Isaías refere-se a João Batista que era o precursor do Messias. Em Isaías 40:3, a palavra traduzida como “Senhor” é Yahweh. Assim, o Senhor cujo caminho João prepararia não era outro senão o próprio Jeová.


Romanos 10:13. “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” O contexto (vs. 6-12) deixa claro que, ao se referir ao “nome do Senhor”, Paulo está pensando em Cristo. O texto é uma citação de Joel 2:32, onde novamente a palavra Senhor é tradução do hebraico Yahweh.


Hebreus 1:8 e 9. “O Teu trono, ó Deus, é para todo o sempre… por isso Deus, o
Teu Deus Te ungiu…” Neste capítulo, são usados sete textos do Antigo Testamento para apoiar o argumento de que Cristo é superior aos anjos. O quinto texto, citado nos versos 8 e 9, é Sal. 45:6 e 7, onde um rei da casa de Davi é mencionado como “Deus”. Seria isto uma hipérbole poética, como algumas vezes é encontrada em cortes orientais, ou está o texto apontando para outra pessoa além do Antigo Testamento, príncipe da casa de Davi?


Para os poetas e profetas hebreus, um príncipe da casa de Davi era o vice-regente do Deus de Israel; pertencente à dinastia à qual Deus fizera promessas especiais ligadas ao cumprimento de Seu propósito no mundo. Ao lado disso, o que era apenas parcialmente verdadeiro na linhagem e no governo histórico de Davi, ou mesmo em sua pessoa, deveria ser compreendido plenamente quando aparecesse o filho de Davi, no qual todas as promessas e ideais associados com a dinastia deveriam ser incorporados. Agora, finalmente, o Messias aparecera. Em sentido pleno, era possível para Davi, ou qualquer dos seus sucessores, que este Messias pudesse ser referido não apenas como Filho de Deus (v. 5), mas como realmente Deus, pois Ele é o Messias da linhagem de Davi, a refulgente glória de Deus e a própria imagem de Sua substância.27


Todas essas passagens indicam que Cristo e Yahweh são um.


AUTOCONSCIÊNCIA DE JESUS


Cristo nunca afirmou diretamente Sua divindade, mas dizia ser o Filho de Deus (Mat. 24:36; Luc. 10:22; João 11:4). E, de acordo com a idéia hebraica de filiação, tudo o que o pai é o filho também é. Os judeus entenderam que assim Ele estava reivindicando igualdade com o Pai: “Por isso, os judeus ainda mais procuravam matá-Lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era Seu próprio Pai, fazendo-Se igual a Deus” (João 5:18; cf. 10:33).


Repetidas vezes Cristo disse possuir o que só pertence a Deus. “Ele falou dos anjos de Deus (Luc.12: 8 e 9; 15:10) como Seus anjos (Mat. 13:41). Referiu-Se ao reino de Deus (Mat. 12:28; 19:14 e 24; 21:31 e 34) e aos eleitos de Deus (Mar. 13:20) como Suas propriedades.”28 Em Lucas 5:20 Jesus perdoou os pecados do paralítico, e os judeus, com base em Isaías 43:25, argumentaram: “Quem pode perdoar pecados senão Deus?” Dessa forma, a ação perdoadora de Jesus O identificava como Deus.


A divindade de Cristo também é indicada no uso que fez do tempo presente em Sua resposta aos judeus: “Antes que Abraão existisse [genesthai] Eu sou [ego eimi]” (João 8:58). Ao usar o termo genesthai – “nascesse” ou “se tornasse” – e ego eimi – “Eu sou” –, Jesus contrasta Sua existência eterna com o início histórico da existência de Abraão. Pelo menos os judeus compreenderam dessa maneira, ou seja, que Jesus reivindicava ser Yahweh, o “Eu sou” da sarça ardente (Êxo. 3:14); por isso, apanharam pedras para matá-Lo (João 8:59).


Finalmente, o fato de que Jesus aceitou adoração evidencia que Ele próprio reconhecia Sua divindade. Depois que Jesus apareceu aos discípulos andando sobre as águas, “eles O adoraram” (Mat. 14:33). O cego que teve a visão restaurada, depois de lavar-se no tanque de Siloé, “O adorou” (João 9:38). Após a ressurreição, os discípulos foram para a Galiléia onde Cristo lhes apareceu. E eles “O adoraram” (Mat. 28:17).


E Ellen White assegura: “Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada. ‘Quem tem o Filho tem a vida.’ I João 5:12. A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna para o crente.“29


“Falando de Sua preexistência, Cristo conduz a mente através de séculos incontáveis. Afirma-nos que nunca houve tempo em que Ele não estivesse em íntima comunhão com o eterno Deus.”30


TEXTOS DIFÍCEIS


Os antitrinitarianos usam alguns textos para apoiar a idéia de que Jesus, em algum tempo na eternidade, foi gerado, isto é, que Ele teve um começo e que não é absolutamente igual a Deus.


Apocalipse 3:14. Aqui, Jesus, “a Testemunha fiel e verdadeira”, é mencionado como “o princípio da criação de Deus”, o que leva alguns a interpretarem que Ele foi criado em algum ponto no passado, sendo assim a primeira obra de Deus.


Mas a palavra grega traduzida como “princípio” é arché. Além de “princípio”, ela
também significa “causa primeira ou principal”, “soberano”, “regente”. O próprio Pai também é chamado “princípio”, em Apoc. 21:6.


O mesmo título é novamente aplicado a Cristo em Apoc. 22:13. Embora a palavra arché possa ter um sentido passivo, o que poderia fazer de Jesus o primeiro ser criado, o sentido ativo do termo O torna a “causa principal” o “criador”. Que Jesus não é o primeiro ser criado, mas o próprio criador, é o testemunho de outras passagens do Novo Testamento (João 1:3; Col. 1:16; Heb. 1:2).


Provérbios 8:22-31. “Eu nasci…” (v. 24). Argumenta-se que esse verso se refere a Jesus, ensinando que Ele foi nascido ou criado. Mas o contexto da passagem fala da sabedoria, não sobre Jesus. A personificação da sabedoria é uma figura literária que ocorre também em outras partes das Escrituras. Em Salmo 85:10-13, temos “misericórdia e verdade” encontrando-se, “justiça e paz” se beijando. Em Salmo 96:12, “os campos” se alegram, e “todas as árvores dos bosques regozijarão diante do Senhor”. (Ver também I Crôn. 16:33; Isa. 52:9; Apoc. 20:13 e 14). Esse tipo de alegoria não deve ser interpretada literalmente. “A personificação é uma figura literária e poética que serve para criar atmosfera e para avivar idéias abstratas e objetos inanimados, ao representá-los como se fossem seres humanos.”31


A personificação do divino atributo da sabedoria começa no capítulo 1: “Grita na
rua a sabedoria, nas praças levanta a sua voz” (v. 20). No capítulo 3, é-nos dito que ela “mais preciosa é do que pérolas” e “os seus caminhos são… paz” (vs. 15 e 17). No capítulo 7 ela é chamada “irmã” (7:4); e no capítulo 8, a sabedoria mora junto com a prudência (8:12). Sabedoria personificada também é o tema de Provérbios 9:1-5. Aplicar tais passagens a Cristo exige um modelo alegórico de interpretação que nos leva a métodos incompatíveis com outras passagens. Foi justamente esse tipo de hermenêutica que suscitou a rejeição do método alegórico de interpretação pelos reformadores. É importante notar que nenhum verso dessa passagem é citado no Novo Testamento.


Provérbios 8:22-31 contém imagens poéticas que necessitam ser bem interpretadas. A primeira frase no verso 22 pode ser traduzida como “o Senhor me possuiu”, “o Senhor me criou”, ou “o Senhor me gerou”. O significado básico do verbo qanah é “comprar”, “adquirir” e “possuir”. Mas as outras duas traduções são também possíveis. Além de qanah, duas outras palavras referem-se à sabedoria nesse texto: nasak = “estabelecer” (v. 23) e chil = “nascer” (vs. 24 e 25). O pensamento básico é sempre o mesmo, isto é, a sabedoria estava com Deus antes do início da criação. Se Deus a criou, se foi gerada ou simplesmente possuída, não é o foco. O que é central não é o modo de sua origem, mas sua antiguidade e precedência dentro da criação de Deus. Considerando a linguagem poética e metafórica da passagem, ela não deve ser usada para estabelecimento de qualquer doutrina sobre uma suposta origem de Cristo.


Ellen White, às vezes, aplicou homileticamente Provérbios 8 a Cristo; mas ela usou o texto para apoiar Sua preexistência eterna. Antes de usar Provérbios 8, ela disse que “Cristo era, essencialmente e no mais alto sentido, Deus. Estava Ele com Deus desde toda a eternidade, Deus sobre todos, bendito para todo o sempre”.32


Colossenses 1:15. Cristo é “o primogênito de toda a criação”. Considerando que
Ele é chamado primogênito (prototokos), argumenta-se que deve ter tido um começo. Mas o termo “primogênito”, nesse texto, é um título e não a definição de uma condição biológica. Segundo 1:16, tudo foi criado por Jesus. Portanto, Ele não poderia criar a Si mesmo.


A palavra “primogênito” tem um significado especial para os hebreus. Em geral, o
primogênito era o líder de um grupo de pessoas ou uma tribo, o sacerdote na família, e o único que recebia a herança duas vezes mais que seus irmãos. Ele tinha certos privilégios e responsabilidades. Algumas vezes, entretanto, o fato de que alguém fosse o primogênito não importava aos olhos de Deus. Por exemplo, embora Davi fosse o filho mais novo, Deus o chamou de “Meu primogênito” (Sal. 89:20 e 27). A segunda linha do paralelismo no verso 27 nos diz que isso significava que Davi devia se tornar o rei mais exaltado. Vejamos também as experiências de Jacó (Gên. 25:25 e 26; Êxo. 4:22) e Efraim (Gên. 41:50-22; Jer. 31:9). Nesses casos, “primeiro”, no sentido de tempo, foi desconsiderado. O importante era apenas a distinção e a dignidade de quem era chamado primogênito. No caso de Jesus, esse termo também se refere à Sua posição exaltada e não a um ponto no tempo no qual Ele tenha sido criado.


Em Colossenses 1:18, Cristo é chamado “o primogênito de entre os mortos”, embora não o tenha sido cronologicamente. Sabemos que Moisés e outros O precederam. O sentido é que Ele é o preeminente.


João 1:1-3. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.” Alguns dizem que aqui há uma distinção entre Deus o Pai, que é o Deus, e Jesus, que é apenas um deus. O termo grego para Deus (theos) é encontrado com artigo (ho), “o Deus”, ou sem artigo, “deus” ou “Deus”. Em João 1:1-3, o Pai é chamado ho theos ao passo que o Filho é chamado theos. Será que isso justifica a argumentação de que o Pai é Deus Todo-poderoso, enquanto o Filho é apenas um deus menor?


O termo theos sem artigo freqüentemente também é usado para o Pai, inclusive no mesmo capítulo (João 1:6, 13 e 18; Luc. 2:14; Atos 5:39; I Tess. 2:5; I João 4:12; II João 9).


Jesus também é chamado o Deus (Heb. 1:8 e 9; João 20:28). Em outras palavras, o uso do termo Deus, com ou sem artigo, não pode ser argumento para se fazer distinção entre Deus o Pai e Deus o Filho. Deus o Pai é theos e ho theos, assim como o Filho.


Muitas vezes, a ausência do artigo, no idioma grego, denota qualidade especial. Nesse caso, o substantivo não deveria ser traduzido com o artigo indefinido “um”.


Se João tivesse usado o artigo definido cada vez em que aparece theos, ele estaria indicando a existência de apenas uma pessoa divina. Mas João 1:1 diz: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o verbo era theos.” Caso tivesse usado apenas ho theos, deveríamos ler: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com ho theos, e o Verbo era ho theos.” Segundo João 1:14, o Verbo é Jesus. Portanto, substituindo “Verbo” por “Jesus” temos a sentença “no princípio era Jesus e Jesus estava com ho theos, e Jesus era ho theos.” Ho theos refere-se claramente ao Pai. O texto modificado seria: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com o Pai, e o Verbo era o Pai.” Isso é teologicamente errado. Falando de duas pessoas da Divindade, João não teve escolha senão usar ho theos uma vez e, na seguinte vez, usar theos. A ausência de artigo no segundo caso não pode ser usada como argumento contra a igualdade entre Pai e Filho.


João 1:14 e 18; 3:16 e 18; I João 4:9. Esses versos falam de Jesus como o Filho unigênito (monogenes) do Pai. Em razão disso, algumas pessoas sugerem que a palavra grega monogenes indica que Jesus foi gerado literalmente.


A palavra monogenes significa “único de uma espécie”. Seu uso ocorre nove vezes no Novo Testamento. Três vezes em Lucas (7:12; 8:42; 9:38) sempre se referindo a um único filho. Nos escritos de João, ela aparece cinco vezes (1:14 e 18; 3:16 e 18; I João 4:9), como uma designação do relacionamento de Cristo com o Pai. Em Hebreus 11:17, ela se refere a Isaque como o filho unigênito de Abraão. Sabemos, entretanto, que Isaque não era o único filho do patriarca. Era o único filho da promessa. A ênfase aqui não é sobre o nascimento, mas sobre a unicidade do filho.


O termo normalmente traduzido como “gerado” é gennao. Ele aparece em Hebreus 1:5 e pode estar se referindo à ressurreição ou à encarnação de Cristo.  a versão Septuaginta, a palavra monogenes é a tradução da palavra hebraica yachid, cujo significado é “único” ou “amado” (cf. Mar. 1:11, em conexão com o batismo de Jesus).


Não é claro se monogenes se refere apenas ao Senhor ressuscitado, histórico, ou também ao Senhor preexistente. Mas é interessante notar que nem João 1:1-14, nem 8:58 e nem o capítulo 17 usam o termo Filho para o Senhor preexistente.


Mateus 14:33. “És Filho de Deus!”. Esse é um título messiânico (Sal. 2:7; Atos 13:33; Heb. 1:5), que enfatiza a deidade de Jesus. Embora seja um dos muitos títulos que possuía, Ele o usava muito raramente para referir-Se a Si mesmo (João 11:4). Na tentativa de compreender quem era Cristo, todos esses títulos necessitam ser investigados para termos um quadro coerente. Que o título “Filho de Deus” salienta a divindade de Jesus é evidente em João 10:29-36. Isso é apoiado posteriormente pelo fato de que o Filho é a exata imagem de Deus, sendo igual ao Pai (Col. 1:15; Heb. 1:3; Filip.2:6)


A palavra “Filho” tem um amplo significado na linguagem original. Portanto, não é
possível reduzi-la aos limites de idiomas modernos, dando-lhe um significado literal. A filiação de Jesus é atestada em conexão com o Seu nascimento (Luc. 1:35), batismo (Luc. 3:22), transfiguração (Luc. 9:35) e ressurreição (Atos 13:32 e 33). A Bíblia silencia quanto a se esses títulos descrevem o eterno relacionamento entre Pai e Filho. Em qualquer caso, as Escrituras atribuem existência eterna a Jesus (Isa. 9:6; Apoc. 1:17 e 18).


Durante a encarnação, Jesus subordinou-Se voluntariamente ao Pai, sendo o Filho de Deus. Isso incluiu a entrega de prerrogativas, mas não a natureza da deidade. O Senhor ressuscitado, ao ser entronizado como Rei e Sacerdote, também aceitou voluntariamente a prioridade do Pai, mas Ele e o Pai são, conforme a Escritura, personalidades iguais e coeternas da Divindade.


O ESPÍRITO SANTO


Que o Espírito Santo é uma pessoa divina, igual em substância, poder e glória com o Pai e o Filho, podemos observar nas Escrituras.


É um Ser pessoal. Alguns crêem que o Espírito Santo é um “poder” ou uma “energia” de Deus. Mas há muitos versos onde o Ele é mencionado junto com o Pai e o Filho (Mat. 28:19; I Cor. 12:4-6; II Cor. 13:14). Isso indica que o Pai e o Filho são pessoas; portanto, o Espírito Santo deve também ser uma pessoa. Freqüentemente, o pronome masculino “Ele” é usado em referência ao Espírito Santo (João 14:26; 15:26; 16:13 e 14), embora a palavra grega para Espírito (pneuma) seja neutra e não masculina. A palavra “consolador” ou “confortador” (parakletos) refere-se a uma pessoa, não a uma força.


O Espírito Santo fala (Atos 8:29), ensina (João 14:26), dá testemunho (João 15:26), intercede por outros (Rom. 8:26 e 27), distribui dons (I Cor. 12:11) e proíbe ou permite certas coisas (Atos 16:6 e 7). De acordo com Efés. 4:30, o Espírito Santo pode também ser entristecido. Essas atividades são características de uma pessoa, não de uma força.


É Deus. As Escrituras vêem o Espírito Santo como Deus. Desde a eternidade de
Deus o Espírito Santo participa da Divindade como Seu terceiro componente. Em Mat.28:19, os discípulos foram ordenados a batizar “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Esse verso coloca o Espírito Santo em igualdade com o Pai e o Filho. Ao repreender Ananias, Pedro lhe disse que mentindo ao Espírito Santo, ele tinha mentido “não a homens mas a Deus” (Atos 5:3 e 4).


“O Espírito Santo é onipotente. Ele distribui dons espirituais ‘como Lhe apraz, a cada um individualmente’ (I Cor. 12:11). Ele é onipresente; habitará com Seu povo para sempre (João 14:16). Ninguém pode fugir à Sua influência (Sal. 139:7-10). Ele também é onisciente, porque ‘a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus’ e ‘as coisas de Deus ninguém conhece, senão o Espírito de Deus’ (I Cor. 2:10 e 11).”33


Ellen White acreditava na personalidade do Espírito Santo: “Precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como o próprio Deus, está andando por esses terrenos.”34


Vimos então que a Divindade existe em uma pluralidade; que Jesus é Deus, coexistente desde a eternidade com o Pai, e que o Espírito Santo é a terceira pessoa da Divindade. Há muitos outros detalhes sobre o tema, os quais somente no Céu entenderemos plenamente.


Textos difíceis da Bíblia são melhor compreendidos em harmonia com o restante da Escritura. Embora o mistério da Trindade nunca possa ser completamente  entendido pelo homem finito, é uma doutrina bíblica, apoiada por escritos de Ellen White e é uma das 27 crenças fundamentais da Igreja.


Fonte: Revista Ministério – março/abril de 2005, pp. 15-22


Referências:
1. Fred Allaback, No Leaders … No New Gods (Creal Spring, Ill, 1966), pág. 11.
2. Ibidem, pág. 15.
3. Ibidem, pág. 30.
4. Bill Stringfellow, Tue Red Flag Is Waving (Spencer, TN: Concerned Publications, s/d).
5. Rachel Cory-Kuehl, The Persons of God (Aggelia Publications, 1966).
6. Allen Stump, The Foundation of Our Faith (Smyma Gospel Ministry, s/d).
7. Bill Stringfellow, Op. Cit., pág. 15.
8. W. Grudem, Systematic Theology (Zondervan, 1994), pág. 226.
9. Ellen G. White, Evangelismo, pág. 615.
10. ___________, Testimonies For the Church, vol. 8, pág. 295.
11. Louis Berkhof, Systematic Theology (Eerdmans, 1941), pág. 88.
12. Ibidem, pág. 89.
13. Escreveu Ellen White: “Há muitos mistérios que não busco compreender nem explicar; eles são muito
elevados para mim e para vocês. Em alguns desses pontos, o silêncio é ouro” (Manuscrito 14, pág. 179).
14. G. A. F. Knight, A Biblical Approach to the Doctrine of the Trinity (Edimburgo, 1953), pág. 20.
15. Ibidem.
16. Millard J. Erickson, Christian Theology (Baker, 1983), vol. 1, pág. 329.
17. G. Ch. Aalders, Genesis (Zondervan, 1981), pág. 300.
18. Millard J. Erickson, Op. Cit., pág. 338.
19. Alguns comentaristas acreditam que atrás desta fórmula está a linguagem utilizada para transferência de
dinheiro, na era helenista. Desse modo, a fórmula expressa figuradamente que a pessoa batizada é
“transferida” para a conta do Senhor e se torna Sua possessão. Outros interpretam “nome” como “autoridade”.
Nesse caso, a pessoa é batizada pela autoridade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
20. W. Grudem, Op. Cit., pág. 320.
21. Arthur W. Pink, Exposition of the Gospel of John (Zondervan, 1945), pág. 22
22. W. Poehlmann, Exegetical Dictionary of the New Testament (Eerdmans, 1981), vol. 2, pág. 443.
23. F. F. Bruce, Philippians, Hendrickson, 1989), pág. 69.
24. Leon Morris, The Lord from Heaven: A Study of the New Testament Teaching in the Deity and Humanity of
Jesus (Eerdmans, 1958), pág. 74.
25. Alguns comentaristas definem pleroma em termos do pensamento gnóstico, segundo o qual essa palavra
significa uma nova emanação que se tem encarnado no Redentor.
26. John Eadie, Colossians, Classic Commentary Library (Zondervan, 1957), pág. 145.
27. F. F. Bruce, Hebrews (Eerdmans, 1964), págs. 19 e 20.
28. Millard J. Erickson, Op. Cit., pág. 326.
29. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 530.
30. ___________, Evangelismo, pág. 615.
31. Kenneth T. Aitken, Proverbs (Westminster Press, 1986), pág. 85.
32. Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 247.
33. Seventh-day Adventists Believe (Hagerstown, 1988), pág. 60.
34. Ellen G. White, Evangelismo, pág. 616.

Informativo Mundial das Missões – 02/06/2012

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Via Daniel Gonçalves

Marcos 4:10-12. Jesus queria frustrar algumas pessoas com o objetivo de que não se salvassem?


Vamos ler Marcos 4:10 a 12: “Quando Jesus ficou só, os que estavam junto dele com os doze o interrogaram a respeito das parábolas. Ele lhes respondeu: A vós outros vos é dado conhecer o mistério do reino de Deus; mas, aos de fora, tudo se ensina por meio de parábolas,  para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam; para que não venham a converter-se, e haja perdão para eles”.
 Este é um verso Bíblico que precisa de reflexão para ser entendido. A pergunta que muitos fazem, inclusive nosso ouvinte, é: “Será que Jesus usou parábolas para propositadamente frustrar certa classe de pessoas que desejavam se converter?”.
Apocalipse 22:17 torna claro que quem “quiser” pode vir e ser aceito no reino de Deus. II Pedro 3:9, nos diz que o Senhor “é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, se não que todos cheguem ao arrependimento”. Portanto, obviamente não há intenção de Jesus em esconder qualquer verdade que possa levar uma pessoa ao arrependimento e à conversão.
O significado dessas palavras é completamente esclarecido quando lemos o relato paralelo do evangelho de Mateus. Ele dá a razão pela qual as pessoas “não ouvem” e “não vêem”. “Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados” (Mateus 13:15).
De acordo, portanto, com Mateus 13:15, o ato arbitrário de as pessoas não verem não é da parte de Deus, mas delas próprias. Zacarias declara: “verdadeiramente, eles tornaram seus corações como diamante a fim de que não escutem a lei…” (Zacarias 7:12).
Todos nós poderemos confirmar em nossa própria experiência que as muitas vezes que temos nos afastado de Deus não é devido a uma falta dEle, mas por causa de nossa dureza de coração. Reconheçamos essa nossa fraqueza e peçamos a Deus que tire nosso coração de pedra e nos dê um coração de carne. 

A vida do Apóstolo Paulo

Você certamente já ouviu falar do grande apóstolo Paulo, o pregador dos gentios, mas quem foi esse homem?


São Paulo ou simplesmente Paulo foi sem dúvida uma das figuras mais importantes e ao mesmo tempo mais controversas da história do cristianismo primitivo, mas o valor de sua teologia para a fé cristã é incalculável praticamente 50 % do novo testamento vêm diretamente de sua autoria.

Do Senhor é a terra e a sua plenitude

"Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam."
✫ Salmos 24:1


A Última Batalha (Filme Completo)

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Assine pelo Desmatamento Zero

Canibalismo em Miami.Chocante!


Frame de vídeo do último sábado exibe policiais ao lado do homem nu (segundo à direita sob a ponte), que foi morto após se recusar a parar de mastigar o corpo de sua vítima

A vítima, que permanece em estado crítico no centro médico, perdeu quase 75% do rosto.
O agressor foi identificado como Rudy Eugene, de 31 anos. Ele estava completamente nu no momento dos fatos, e comeu as orelhas, o nariz e parte da testa do outro rapaz.
O crime aconteceu no sábado passado no viaduto McArthur, no centro da cidade, a caminho de Miami Beach, e tem deixado a população amedrontada.
O presidente do sindicato da polícia de Miami, Armando Aguilar, disse que pode haver semelhança entre este caso e outros recentes envolvendo "Sais de banho".
"As pessoas tiram a roupa, de repente adquirem uma força sobre-humana, se tornam violentas e ficam queimando por dentro", explicou Aguilar à "ABC".
Ele revelou que, em um dos casos envolvendo a droga, o sujeito estava caminhando sem roupa e foi atropelado por um taxista. O indivíduo pulou no teto do veículo e foram necessários 15 policiais para detê-lo.
No caso do homem que se alimentou do rosto de outro, uma testemunha que disse ter visto o ato de canibalismo quando andava de bicicleta pela área.
"O homem estava comendo o outro com a boca. Então lhe disse: 'sai daí'. O rapaz continuou cometendo o crime, arrancando a pele do cara", declarou Larry Vega ao canal "WPLG".
Vega chamou a polícia e, quando um agente chegou ao local e tentou deter o sujeito, este apenas lhe grunhiu e voltou a devorar a vítima, que estava deitada no chão, sem roupas.
O policial disparou uma vez, mas o indivíduo continuou mastigando o rosto da vítima e acabou morrendo após receber vários tiros.
"Nunca pensei que veria alguém devorando outra pessoa. Isso foi realmente espantoso", reconheceu Vega.
O terrível caso foi gravado pelas câmeras de segurança do jornal "The Miami Herald", cuja sede se encontra próxima ao local do crime.
As autoridades investigam se o agressor era morador de rua. O jornal "El Nuevo Herald" indicou nesta quarta-feira que policiais identificaram a vítima como Ronal Poppo, de 65 anos.
O leitor Gustavo Fontanella aponta outro detalhe curioso: além de o crime ter sido cometido com sol a pino, foi num sábado. Seria coincidência? Curiosamente, rituais de magia negra costumam ser realizados, também, nas horas do sábado (sexta-feira à noite). “O inimigo gosta de desafiar e ofender a Deus, e qual o melhor dia para fazer isso, senão no dia sagrado?”, pergunta Fontanella.
Foram necessários vários tiros para abater o agressor. Esses dois fatos – canibalismo e resistência aos tiros – fazem-nos lembrar dos zumbis, que, infelizmente, andam “na moda”, graças a filmes, seriados de TV, quadrinhos e videogames.
Fonte:Terra

Como medimos o universo sem réguas intergalácticas?

Medir distâncias de forma indireta é uma arte em si, e começou muito provavelmente com os egípcios, antes dos gregos terem uma geometria decente: como medir a largura de um rio intransponível, ou a distância entre dois picos de montanhas que não podem ser alcançadas?
Distâncias como da Terra à lua são medidas com precisão de milímetros, usando raios laser e os espelhos deixados pelos astronautas em missões espaciais. Outros corpos do sistema solar tiveram a distância medida usando técnicas de radar.
E para medir a distância em que se encontram as estrelas e galáxias? Os astrônomos tem a seu dispor vários métodos de medição de distância, e que podem ser resumidos em três principais: a paralaxe, a lâmpada padrão, e o desvio para o vermelho.
Paralaxe
A paralaxe é o “erro” de posição que acontece quando você olha dois objetos que estão em linha, a partir de dois pontos de vista diferentes. Por exemplo, estique o braço e feche um olho. Alinhe o dedão com algum objeto: um vaso, um poste, uma árvore. Daí, sem mover o braço e sem sair do lugar, espie com o outro olho: o dedo não vai estar mais alinhado com o objeto. Esta diferença de posição que você percebeu é a paralaxe, e sabendo a distância do olho ao dedão, e a diferença de posição, você poderia usar isto para calcular a distância a que se encontra o objeto que você estava mirando.
Este é o método usado pelos astrônomos para medir as distâncias das estrelas mais próximas, que estão a cerca de um parsec de distância, até algumas centenas de parsecs (um parsec equivale a aproximadamente 3,26 anos-luz ou cerca de 30,85 trilhões de quilômetros).


Lâmpada Padrão
O método da lâmpada padrão funciona assim: se você conhece o brilho de uma certa lâmpada a uma certa distância, pode medir o brilho dela a outras distâncias e calcular esta distância, relacionando os brilhos: o brilho é inversamente proporcional ao quadrado da distância.
Só que os astrônomos não usam lâmpadas, eles usam estrelas cefeidas. Estas estrelas tem o brilho variável, cada uma pulsando em um determinado ritmo. O que os astrônomos descobriram é que medindo o ritmo do pulsar da estrela, eles podem calcular o valor do brilho absoluto dela, como se ela estivesse em uma distância padrão. Comparando o brilho padrão com o brilho medido, dá para calcular a distância em que se encontra a estrela.
Até onde dá para esticar esta régua? Até onde a gente conseguir ver estrelas cefeidas individuais. O telescópio Hubble conseguiu encontrar estrelas cefeidas até 108 milhões de anos-luz de distância.


Desvio para o vermelho
O desvio para o vermelho é o método usado para distâncias enormes, tipo “muito, muito, muito longe” até “o fim do universo”. Ele está associado com a expansão do universo, e basicamente funciona assim: quando a luz viaja pelo espaço que está em expansão, suas ondas são “esticadas”. Quanto mais ela viaja pelo espaço em expansão, mais as ondas são “esticadas”.
Este “esticamento” significa comprimentos de onda maiores, e significa que as cores são deslocadas em direção ao vermelho. A medida do deslocamento para o vermelho, ou “redshift”, pode ser relacionada diretamente à distância em que se encontra o objeto em questão.
Os três métodos de medição estão amarrados: a régua que usa o redshift foi feita usando a régua das estrelas cefeidas. A régua das estrelas cefeidas foi feita usando a régua da paralaxe. E a régua da paralaxe? Ela é feita em cima da lei do seno, da matemática, e do conhecimento do diâmetro da Terra e da órbita da Terra. Cada degrau da Escada de Distâncias Cósmicas está amarrado no degrau anterior.[Vimeo]

Deus cuida

Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Salmos 91:11


Se você provou o pão que o diabo amassou...


quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Livro Perigoso

Tem Deus Uma Mensagem Especial para Nossos Dias?

Ramon Umashankar nasceu em Brahmin, na Índia. Os anciãos de sua aldeia lhe ensinaram desde pequeno que ele era um deus e que a fim de mostrar sua divindade deveria praticar ioga e meditação. Quando se tornou adolescente, Ramon começou a duvidar do fato de ser realmente possível encontrar a Deus através dos vários ídolos que eles adoravam nos templos hindus.

Ramon começou a examinar a Bíblia e as afirmações de Cristo. Ele sempre tinha respeitado Jesus por Sua humildade, mas agora Ramon aprendeu que esse Jesus também afirmava ser o único Filho de Deus. Ele percebeu que muitos cristãos aparentavam uma paz que ele não fora capaz de alcançar com anos de meditação. Ainda assim, Ramon estava determinado a encontrar a verdade dentro da sua própria religião, o hinduísmo.
Certo dia, ele assistiu a um filme sobre a vida de Cristo. Pela primeira vez percebeu que Jesus tinha experimentado sofrimento e medo quando humano. Antes disso, ele achava que Jesus tivesse usado de alguma maneira Seus poderes sobrenaturais para escapar à dor da crucifixão. Agora, ele não podia explicar a cruz. Ele se perguntou: Como foi possível que Jesus passasse por tamanha provação em prol de homens pecadores?
À medida que Ramon continuava a meditar sobre a morte de Cristo, ele ficou incrivelmente maravilhado por tal demonstração de amor. Então, ele decidiu desistir de seu tão cobiçado status na sociedade e entregar sua vida para Jesus, o Salvador. Em comparação com o sacrifício de amor de Cristo, disse Ramon, “tudo o mais perde seu valor”.
Esse jovem descobriu a verdade central do cristianismo: Jesus, o Salvador do mundo.

1. QUAL É A RELIGIÃO QUE SALVA?
Jesus é o único caminho para a salvação.
“Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos”. Atos 4:12 (A não ser quando indicado, todos os textos bíblicos da série DESCOBERTAS BÍBLICAS são da Nova Versão Internacional da Bíblia [NVI].).
A Bíblia claramente afirma que estamos perdidos no pecado. Assim, estamos sujeitos à pena do pecado: a morte (Romanos 6:23). Todos pecaram (Romanos 3:23), por isso, todos estão sujeitos à morte. Jesus é o Único – não há nenhum outro – que pode nos resgatar da condenação do pecado.
“Todo aquele que olhar para o Filho e nEle crer tenha a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia”. João 6:40
Há apenas uma religião verdadeira:
“Há um só Senhor, UMA SÓ FÉ, um só batismo”. Efésios 4:5

2. SERÁ QUE DEUS TEM UMA MENSAGEM ESPECIAL PARA OS CRITÃOS DOS ÚLTIMOS DIAS?
Sim. Essa mensagem está dividida em três partes e aparece em Apocalipse 14:6-16. A proclamação dessas mensagens dadas por três anjos culmina com a segunda vinda de Cristo (versos 14-16).
(1) A MENSAGEM DO PRIMEIRO ANJO
“Então vi outro anjo, que voava pelo céu e tinha na mão o evangelho eterno para proclamar aos que habitam na terra, a toda nação, tribo, língua e povo. Ele disse em alta voz: ‘Temam a Deus e glorifiquem-no, pois chegou a hora do seu juízo. Adorem aquele que fez os céus, a terra, o mar e as fontes das águas’”. Apocalipse 14:6, 7.
Apesar das Escrituras retratarem essas três mensagens através da simbologia de três anjos, na verdade é o povo de Deus que apresenta essas mensagens ao mundo. Eles não proclamam um novo evangelho, mas o “evangelho eterno”, ao mundo inteiro, “cada nação, tribo, língua e povo”. O “evangelho eterno” de Jesus é a mesma mensagem de salvação que as pessoas no Velho Testamento aceitaram “pela fé” (Hebreus 3:16-19; 4:2; 11:1-40), o mesmo ensino que o próprio Jesus proclamou, o mesmo evangelho que os discípulos pregaram para conquistar o mundo para Cristo, o mesmo evangelho que tem sido anunciado pelos séculos da era cristã.
O evangelho de Jesus Cristo que oferece a salvação de forma simples quase desapareceu da igreja por mais de mil anos, durante a Idade das Trevas. Mas, a Reforma o reavivou e o povo de Deus prega isso ao redor do mundo hoje. O primeiro anjo proclama essa mesma mensagem do evangelho, mas sob uma nova abrangência: uma abrangência mundial, para chegar a todas as pessoas que vivem pouco antes da segunda vinda de Jesus.
Aqueles que aceitam essa mensagem são chamados para “temerem a Deus e glorificá-lO [refletir Seu caráter]“. Eles mostram ao mundo o caráter de amor de Deus, não apenas por suas palavras, mas também por sua vida, através de um testemunho dinâmico. Eles apresentam uma vibrante revelação do que Deus pode fazer através das pessoas que estão cheias do Espírito de Cristo.
Quando essa mensagem dos três anjos deve ser proclamada ao redor do mundo? Quando a hora do juízo de Deus tiver chegado. A lição 13 explica que Jesus começou o trabalho do Seu juízo pré-advento em 1844. Naquele mesmo ano, 1844, Jesus inspirou pessoas ao redor do mundo a começarem a pregar a mensagem de Apocalipse 14.
Essa mensagem nos conclama a “adorar Aquele que fez os céus, [e] a terra”. (Apocalipse 14:7). Deus nos pede para lembrar do sábado “para o santificar”, porque “em seis dias o Senhor fez os céus e a terra” (Êxodo 20:8-11). Em 1844, quando Darwin estava propondo a teoria da evolução, Deus estava chamando Seu povo para voltarem a adorá-lO como Criador. Naquela mesma época, os que estavam pregando a mensagem dos três anjos descobriram o sétimo dia, o sábado da Palavra de Deus, e começaram a guardá-lo em honra ao Criador dos céus e da terra.
(2) A MENSAGEM DO SEGUNDO ANJO
“Um segundo anjo o seguiu, dizendo: ‘Caiu! Caiu a grande Babilônia que fez todas as nações beberem do vinho da fúria da sua prostituição!’”. Apocalipse 14:8
O segundo anjo alerta: “caiu a grande Babilônia”. Apocalipse 17 é uma imagem contrastante com a mulher pura de Apocalipse 12, que representa a verdadeira igreja cristã. A mulher que representa Babilônia é uma mulher caída, que “fez todas as nações beberem do vinho da fúria da sua prostituição”.
O vinho da doutrina falsa tem permeado essas formas adulteradas de cristianismo. A mensagem do segundo anjo conclama o povo de Deus a resistir aos ensinos falsos de um cristianismo apostatado.
A Babilônia representa uma mistura de muitas formas de cristianismo apostatado. Ela é muito perigosa porque distorce o verdadeiro caráter de Deus, e O apresenta em caricaturas: ou Deus é vingativo e exigente, ou Deus é um avô sentimental que é bondoso demais para se incomodar com quem peca. Uma igreja saudável apresentará uma visão equilibrada de todos os atributos de Deus e mostrará como Sua justiça e misericórdia se combinam na afirmação de que Deus é amor.
Deus chama o povo para “sair” de Babilônia (18:4), para rejeitar os ensinos não-bíblicos, e seguir os ensinamentos de Cristo.
(3) A MENSAGEM DO TERCEIRO ANJO
“Um terceiro anjo os seguiu, dizendo em alta voz: ‘Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber a sua marca na testa ou na mão, também beberá do vinho do furor de Deus que foi derramado sem mistura no cálice da sua ira… Para todos os que adoram a besta e a sua imagem, e para quem recebe a marca do seu nome, não há descanso, dia e noite’. Aqui está a perseverança dos santos que obedecem aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus”. Apocalipse 14:9-12
A mensagem do terceiro anjo divide o mundo inteiro em dois grupos. De um lado se colocam os cristãos apóstatas que “adoram a besta e sua imagem, e para quem recebe a marca do seu nome”. Isso demanda uma resistência paciente por parte do santos que “obedecem aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus”.
Note o contraste entre os dois grupos. Aqueles que recebem a marca da besta são adoradores comprometidos que seguem idéias e práticas humanas. Os “santos” têm traços distintos: “perseverança”, obediência aos “mandamentos de Deus” e permanecer “fiéis a Jesus”.
Depois que essa mensagem em três partes houver sido espalhada pelo mundo, Jesus virá para fazer a “colheita” dos salvos:
“Olhei, e diante de mim estava uma nuvem branca e, assentado sobre a nuvem, alguém ‘semelhante a um filho de homem’. Ele estava com uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada na mão. Então saiu do santuário outro anjo, que bradou em alta voz àquele que tinha a foice afiada: ‘Tome a sua foice e faça a colheita, pois a safra da terra está madura; chegou a hora de colhê-la’. Assim, aquele que estava assentado sobre a nuvem passou sua foice pela terra, e a terra foi ceifada”. Apocalipse 14:14-16

3. A IGREJA DE DEUS DOS ÚLTIMOS DIAS
Você já se encontrou um cristão verdadeiro, que faz você se admirar de sua devoção, paciência e fé, e desejar ter uma experiência espiritual semelhante? Deus deu Sua mensagem especial de Apocalipse 14 para nossos dias porque ela pode produzir tal experiência.
Como discutido na Lição 25, Apocalipse 12:17 identifica os cristãos dos últimos dias como “os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus”. Apocalipse 14:12 descreve esse mesmo grupo como os “santos que obedecem aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus”.
Vamos resumir as características dos cristãos dos últimos dias:
(1) Eles “permanecem fiéis ao testemunho de Jesus”. Mesmo quando Satanás joga Sua ira contra eles, eles “permanecem fiéis ao testemunho de Jesus”. Sua fé não está fundamentada em seus próprios atos, é um dom de Deus (Efésios 2:8). A igreja de Deus dos últimos dias vê mais e mais claramente o verdadeiro caráter de Cristo e, pela graça e através da fé, se tornam monumentos vivos do poder de Cristo habitando neles.
(2) Eles “guardam… a fé de Jesus” (Apocalipse 14:12, Versão Almeida Revista e Atualizada, 2a edição). A fé que Jesus teve, a fé que foi ensinada por Ele, a fé pela qual Ele viveu, agora está presente na vida dessas pessoas. Eles não apenas têm a verdade, eles “guardam” a verdade – eles a seguem. Para eles, religião é vida, a crença está relacionada com a prática, e a fé está ligada à obediência. Eles vivem “a fé de Jesus”.
Eles descobriram que os grandes ensinos da Bíblia, quando aplicados à vida diária, produzem uma vida cristã dinâmica. Eles descobriram que as grandes verdades bíblicas lhes despertam amor e devoção a Cristo, e isso satisfaz todos as necessidades e anseios do coração humano.
(3) Eles “obedecem aos mandamentos de Deus”, os Dez Mandamentos, a lei moral de Deus. Eles querem, mais que tudo, obedecer cada desejo, cada mandamento de Deus. Eles mostram seu amor a Deus e amor às outras pessoas mediante a obediência a todos os mandamentos de Deus, incluindo o quarto mandamento, que nos dirige para a adoração ao nosso Criador pela guarda do sábado.
(4) Eles partilham a mensagem do “evangelho eterno” pelo mundo (Apocalipse 14:6). O evangelho declara que Jesus morreu por nossos pecados e depois ressuscitou da tumba, a fim de que pudéssemos experimentar um relacionamento com Ele que nos salva. A igreja de Cristo desses últimos dias tem estado a pregar às pessoas em todo lugar para saírem da confusão religiosa e estabelecerem um relacionamento com Jesus baseado apenas nas verdades bíblicas.
(5) Eles são guiados por um senso de urgência, pois “a safra da terra está madura; chegou a hora de colhê-la” (Apocalipse 14:15), e milhões ainda não encontraram a Cristo.
(6) Eles são impulsionados pela missão dada por Deus. Visto que a “Grande Babilônia” caiu, eles pleiteiam com aqueles que ainda vivem em confusão religiosa a saírem dela (Apocalipse 18:4). Eles desejam partilhar com as outras pessoas o maravilhoso relacionamento que têm com Cristo e a felicidade que alcançam como resultado disso.
Tudo isso e muito mais serve para unir os corações dos milhões de cristãos que atenderam ao chamado da mensagem dos três anjos. Sua vida de alegria os leva a se unirem ao apóstolo João e estenderem esse convite a você:
“Nós lhes proclamamos o que vimos e ouvimos para que vocês também tenham comunhão conosco. Nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo. Escrevemos estas coisas para que a alegria de vocês seja completa”. I João 1:3, 4, nota da margem.
Através de Seu Espírito e Sua igreja, Jesus convida você a também vir e entregar tudo o que você tem a Ele:
“O Espírito e a noiva [a igreja] dizem: ‘Vem!’. E todo aquele que ouvir diga:’Vem!’. Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida”. Apocalipse 22:17

4. AS DUAS COLHEITAS
A mensagem dos três anjos culmina quando Jesus voltar a essa terra para fazer a colheita dos salvos de todas as eras (Apocalipse 14:14-16). Jesus reúne todos os salvos e os leva com Ele para Suas “muitas mansões” no céu. (João 14:1-3, versão Almeida Revista e Atualizada, 2a edição). Ele acaba de vez com o pecado, a doença, a miséria e a morte. Os santos, então, começam a viver uma nova e gloriosa vida com Ele por toda a eternidade (Apocalipse 21:1-4).
Jesus também fará uma “colheita” dos ímpios quando Ele vier:
“Outro anjo saiu do santuário dos céus, trazendo também uma foice afiada. E ainda outro anjo… bradou em alta voz àquele que tinha a foice afiada: ‘Tome sua foice afiada e ajunte os cachos de uva da videira da terra, porque as suas uvas estão maduras!” O anjo passou a foice pela terra, ajuntou as uvas e as lançou no grande lagar da ira de Deus. Elas foram pisadas no lagar, fora da cidade, e correu sangue do lagar”. Apocalipse 14:17-20
Esse será um tempo trágico de destruição final, um evento de muito sofrimento para Cristo, pois Ele precisará destruir aqueles que se recusam a ser salvos. Jesus “é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento”. (II Pedro 3:9).
Quando Jesus vier para fazer a colheita da terra, em qual você estará? Estará você entre a safra dos redimidos para a eternidade (Apocalipse 14:13-16)? Ou você estará entre a safra de uvas que suportará a ira com os perdidos (versos 17-20)?
A escolha está claramente apresentada. De um lado, Jesus com as mãos marcadas dos pregos, instando com você para que se coloque ao lado dos “santos” que “obedecem aos mandamentos de Deus e mantêm a fé de Jesus” (verso 12). Do outro lado, estão as vozes de seres humanos, instando com você que a crença em toda a Bíblia e a obediência a todos os mandamentos de Deus não é importante.
A multidão na sala de julgamento de Pilatos certa vez teve que enfrentar uma situação bastante parecida com essa. De um lado estava Jesus, o divino-humano, o Deus que se fez homem. Do outro lado estava Barrabás, um homem sem esperança, incapaz de ajudar a si mesmo ou àqueles na multidão que testemunhavam aquela cena trágica. E ainda assim, quando a voz de Pilatos foi ouvida por aquela heterogênea multidão: “‘Qual dos dois vocês querem que eu lhes solte?’ Responderam eles: ‘Barrabás!’”.
“Perguntou Pilatos: ‘Que farei então com Jesus, chamado Cristo?’”.
“Todos responderam: ‘Crucifica-o’”.
E assim, Jesus, o inocente, foi crucificado; e Barrabás, o culpado, foi libertado. (ver Mateus 27:20-26).
A quem você escolhe hoje, Barrabás ou Jesus? Você prefere seguir as idéias e os ensinos de homens, e que são contrários aos mandamentos de Deus e ao evangelho eterno de Jesus? Ou você deseja “obedecer aos mandamentos de Deus e permanecer fiel ao testemunho de Jesus”? Lembre-se, o próprio Jesus prometeu enviar Seu Espírito Santo para resolver cada perplexidade em sua vida, curar cada mágoa, e satisfazer cada um dos seus anseios mais profundos.
Lição 26 e Última. Copyright © 2004 The Voice of Prophecy Radio Broadcast
Los Angeles, California, U.S.A.

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