segunda-feira, 9 de abril de 2012

Ellen G. White e a prática do vegetarianismo

Considerando que em muitas ocasiões tem aflorado em nosso meio intensos debates acerca do uso da carne em nossa dieta, e esses debates ao mais das vezes tem estabelecido Ellen White como a "última palavra" em relação a esta questão, convém ler o escrito abaixo, que se encontra publicado no site oficial do Centro White, órgão da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Aborda duas questões: qual o ponto de equilibrio de Ellen White quanto à questão da carne como alimento e a base de nossa posição quanto à carne de porco. 


1. Ellen White ainda comeu carne após sua visão sobre a reforma de saúde em 1863?


Ellen White não afirmou que após sua visão sobre saúde em 1863 ela nunca mais comeu carne. Antes da visão, ela acreditava que "era dependente de uma dieta cárnea para ter energia". Por causa de sua frágil condição física, especialmente pela sua predisposição para desmaiar quando estava fraca e com tontura, ela pensava que a carne era "indispensável". De fato, naquela época ela era "uma grande comedora de carne"; a carne era seu "principal artigo de alimentação".


Mas ela obedecia à luz que ia tendo. Tirou a carne de sua "lista de compras" imediatamente, e esta não foi mais uma parte regular de sua dieta. Ela praticava os princípios gerais que ensinava aos outros, tais como aquele de que deve-se usar o melhor alimento disponível. Quando longe de casa, tanto viajando quanto acampando em condições precárias, décadas antes de serem inventadas as refeições de fácil preparo, encontrar uma dieta adequada era muitas vezes difícil. Nem sempre capaz de obter o melhor, por qualquer que fosse a razão, ela às vezes optou pelo bom - o melhor que podia obter naquelas circunstâncias.


Ellen White não era dogmática quanto ao comer carne. Em 1895 ela escreveu: "Nunca julguei ser meu dever dizer que ninguém deveria provar carne, sob quaisquer circunstâncias. Dizer isto... seria levar ao extremo a questão. Nunca senti ser dever meu fazer asserções arrasadoras. O que tenho dito, disse-o sob uma intuição do dever, mas tenho sido cautelosa em minhas afirmações, porque não queria dar ocasião para qualquer pessoa ser consciência para outro" - (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, pp. 462, 463).


Em tentativas modernas para entender a história, muito freqüentemente o passado é julgado pelo presente, na maioria das vezes de modo desintencional. As pessoas do passado devem ser julgadas no contexto das circunstâncias delas, não das nossas. Numa época em que não havia refrigeração, quando obter frutas e vegetais frescos dependia de onde se vivia e da época do ano, quando os substitutos para carne eram raramente obtidos, antes da introdução da manteiga de amendoim e dos cereais desidratados (em meados da década de 1890), em algumas ocasiões ou se comia carne ou não se comia nada. Hoje em dia, na maioria das vezes comer carne raramente é uma necessidade.


Enquanto estava na Austrália, chegou a ponto de banir "absolutamente a carne de minha mesa". Por um tempo, ela havia permitido que um pouco de carne fosse servida para os empregados e membros da família. Daquela época em diante (janeiro de 1894), foi entendido que "quer eu esteja em casa quer viajando, nada disso deve ser usado por minha família, ou vir à minha mesa" (ibid., p. 488). Muitas das declarações mais enérgicas de Ellen White contra a carne foram escritas depois de ela haver renovado seu compromisso de abstinência total em 1894.


As principais visões de Ellen White sobre saúde, em 1863 e 1865, abrangeram todos os aspectos da mensagem da reforma de saúde que ela enfatizou até a morte. As mudanças em certas ênfases ao longo dos anos somente refinaram esses princípios; não lhes acrescentaram nem subtraíram nada. À medida em que o tempo passa, mesmo os profetas devem tomar tempo para assimilar os princípios revelados - tempo para que a teoria se torne prática em sua própria vida. Ela constantemente defendia o princípio, tanto na prática quanto no ensino, de que todo aquele que é comprometido com a verdade mudará do ruim para o bom, do bom para o melhor, e do melhor para o ideal. Tal foi a sua experiência.


E o que dizer sobre sua aparente reversão na questão do comer carne de porco? Em 1858 ela escreveu para os Haskells (Irmão e Irmã A) sobre uma série de itens, repreendendo-os por insistirem que deveria ser feito um "teste" quanto a comer carne de porco: "Vi que suas idéias sobre a carne de porco não seriam prejudiciais se vocês as retivessem para si mesmos, mas, em seu julgamento e opinião, os irmãos têm feito dessa questão uma prova. ... Se Deus achar por bem que Seu povo se abstenha da carne de porco, Ele os convencerá a respeito. ... Se for dever da igreja abster-se da carne de porco, Deus o revelará a mais do que duas ou três pessoas. Ele ensinará a Sua igreja o dever dela" - (Testemunhos Para a Igreja , vol. 1, pp. 206, 207).


Na visão sobre a reforma de saúde de 6 de junho de 1863, foi revelada uma extensa lista de princípios de saúde. No ano seguinte ela publicou um capítulo de cinqüenta páginas intitulado "Saúde" no Spiritual Gifts , vol. 4. Em referência à carne suína, ela disse: "Deus nunca designou o porco para ser comido sob nenhuma circunstância" (p. 124), e em seus livros posteriores ela continuou a enfatizar as conseqüências prejudiciais do comer a carne de porco.




2. Como se explica esta mudança nos conceitos de Ellen White entre 1858 e 1863?
Em primeiro lugar, ela não havia recebido qualquer luz de Deus sobre a carne de porco antes de 1863. Sua visão em 1858 não a informou se era certo ou errado comer carne de porco. O que ela fez foi reprovar este irmão por criar divisão entre os adventistas ao fazer da questão uma prova naquela época. Em segundo lugar, ela deixou aberta a possibilidade de que se o consumo de carne de porco devesse ser descartada pelo povo de Deus, Ele iria, a Seu próprio tempo, "ensinar a Sua igreja o dever dela". Quando a visão realmente veio, quase cinco anos mais tarde, a igreja toda compreendeu claramente a questão e nunca mais houve divisão a respeito desta questão.


Adaptado de Herbert E. Douglass, Mensageira do Senhor: O ministério profético de Ellen G. White (Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2001), pp. 157, 158, 312-319.




fonte: http://www.centrowhite.org.br/antigo/ellendoc-2a.htm#pra_veg

Mudança para o Domingo


Na Bíblia, o primeiro dia da semana, ao qual chamamos de Domingo, é mencionado somente oito vezes.
As quatro primeiras são:
Mateus 28:1, Marcos 16:1-2, Lucas 24:1, João 20:1.
Estas passagens dizem a mesma coisa sobre o mesmo assunto:
que as mulheres foram ao sepulcro, no primeiro dia da semana para ungir o corpo de Jesus.
Em nenhuma delas há qualquer referencia à santidade do Domingo ou a santidade do dia da ressurreição de Cristo.
Jesus guardou o Sábado até na morte.
Morreu na Sexta,
descansou no Sábado,
e ressucitou no Domingo.
As outras passagens são as seguintes:
Marcos 16:9 
Fala que Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana e que apareceu para Maria Madalena.
Neste texto também, nada há referente à santidade desse dia.
João 20:19 
Diz que os discípulos estavam trancados em casa, com MEDO dos Judeus.
Vale acrescentar que eles estavam reunidos desde Sexta-feira. Eles também temiam ser presos e julgados. Não era uma reunião religiosa.
Atos 20:7
Esta é a primeira passagem que menciona uma reunião religiosa no primeiro dia da semana, o Domingo. Paulo estava em Trôade há sete dias e iria partir para continuar sua viagem no dia seguinte, a fim de dar as últimas mensagens.
Por isso, convocou a reunião com os Cristãos.
Não existe nada neste verso sobre a santidade do Domingo ou coisa que se assemelhe a isso.
Era uma reunião religiosa, como a que hoje fazemos aos Domingos à noite, às Terças ou Quartas-feiras. O fato de nos reunirmos nesse dia não o torna mais ou menos santo.
1 Coríntios 16:2
Este verso diz que o primeiro dia da semana era o dia destinado à separação das coisas que iriam ser doadas aos necessitados. Note que o apóstolo ia de casa em casa fazer a coleta. Não era um dia de reunião, nem era considerado sagrado.
Então, como vemos, não há nada nessas oito citações bíblicas que contenha algum mandamento indicando a guarda do primeiro dia no lugar do Sábado.
Não há nada que fale da santidade do dia da ressurreição ou que deveríamos guardar o Domingo de alguma forma. E também não há nada que anule qualquer um dos Dez Mandamentos.
Então, repito a pergunta:
Se Jesus tivesse a intenção de mudar algum dos mandamentos, será que Ele não teria dito isso claramente?
Teria ele se “esquecido” de um assunto desta importância e deixado a ordem apenas nas entrelinhas?
Se acreditamos na Bíblia como fonte de toda verdade sobre Deus e Sua vontade, chegamos à conclusão de que nada foi dito ou escrito no sentido de provocar uma mudança do dia de guarda do sétimo dia, O SÁBADO, para o primeiro dia, O DOMINGO.

Além do mais, Cristo afirmou que sua Lei não mudaria, e que Ele veio cumpri-la mas não revogá-la.
“Não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.”
Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.”
Mateus 5:17,18
Então, chegamos a uma pergunta crucial:
Quem, quando, como, e com que autoridade mudou o Santo Dia do Senhor DO Sábado PARA o Domingo?
A Mudança
O primeiro dia da semana era considerado, pelos antigos Babilônicos, como dia de culto ao Sol.
No ano de 274 depois de Cristo, o Imperador romano Aureliano adotou o culto ao Sol como religião oficial. O imperador instituiu o primeiro dia da semana, o Domingo, como o venerável dia do Sol, ou DIES SOLIS no Latim.
Ainda hoje, em algumas línguas, o Domingo mostra suas origens: SUNDAY (em Inglês) e SOONTAG (em Alemão) querem dizer “Dia do Sol”.
Sábado em Hebraico quer dizer “descanso”.
Em 321 D.C, o Imperador Constantino, baixou um decreto obrigando a todos os que viviam sob seus domínios a honrar o dia do Sol:
“ Que os juízes e o povo das cidades,bem como os comerciantes, repousem no venerável dia do Sol. Aos moradores dos campos, porém, conceda-se atender, livre e desembaraçadamente, aos cuidados da lavoura”
Convém lembrar que, desde aproximadamente o ano 100 D.C, a religião Cristã era veementemente perseguida por Roma, e que centenas de milhares perderam suas vidas defendendo e provando sua fé diante dos leões e das labaredas de fogo.
Esta perseguição só teve fim com a “conversão” do imperador Constantino ao Cristianismo.
Esta “conversão” política tinha o claro objetivo de apaziguar as perseguições, bem como o de conceder poder à ascendente e poderosa religião Cristã.
Nessa ocasião, muitos dos costumes da religião oficial de Roma, o culto ao Sol, foram mescladas ao Cristianismo com o objetivo de atingir mais facilmente os pagãos.
Um desses costumes foi a guarda do Domingo junto com a do Sábado, ou seja, a criação do nosso final de semana.
Tiveram origem, a partir dessa data, várias festas religiosas, que utilizaram motivos e datas pagãos, para converter os incrédulos, mais facilmente, como por exemplo:
A Páscoa Cristã no lugar do ritual de fertilidade
O Natal de Jesus no lugar do sostício de outono.
Cerca de 40 anos mais tarde, a Igreja Cristã, já mais poderosa e organizada, através de seus Bispos, realizou o Concílio de Laodicéia, onde, oficialmente e sem nenhuma intervenção Divina, mudou o Santo dia de guarda do Sábado para o Domingo:
“ Os cristãos não devem judaizar,ou estar ociosos no Sábado, mas trabalharão nesse dia; o dia do Senhor (Domingo), entretanto, honrarão especialmente, e, como Cristãos, não devem, se possível, fazer qualquer trabalho nele. Se, porém, forem achados judaizando, serão separados de Cristo.”
(Cânon 29, do Concílio de Laodicéia, em 364 d.C.).
Este surpreendente decreto nos apresenta duas verdades:
A primeira é que, ao contrário do que muitos afirmam, o Sábado era observado e honrado pelos Cristãos até o quarto século depois de Cristo.
Se não fosse o caso, não haveria necessidade de um decreto para desobrigá-lo.
A segunda verdade é que não houve qualquer base bíblica para a mudança do dia de adoração.
O objetivo aqui era que os Cristãos não fizessem nada que lembrasse o Judaísmo, ou seja, o povo que matou o Senhor Jesus Cristo.
Este ato revela o grande sentimento anti-semita
vigente na época, e a ânsia, a qualquer preço, de distinguir os Cristãos desse povo.
Notem que a ordem do concílio é guardar o Domingo “se possível”, enquanto é bem enérgico
em dizer que quem guardar o Sábado “será separado de Cristo”.
Como vemos, a mudança foi gradativa do Sábado verdadeiro para o Domingo.
Foi também forçada e sem qualquer base nas Escrituras.
Veja o que disse o Cardeal Gibbons, arcebispo de Baltimore e primaz da Igreja Católica nos Estados Unidos:
“Podereis ler a Bíblia de Gênesis ao Apocalipse, e não encontrareis uma única linha que autorize a santificação do Domingo. 
Nunca foi da vontade de Deus que sua Santa Lei fosse revogada e reescrita, embora esses atos humanos já fossem previstos tanto no Novo, como no Velho Testamento:
“Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.”
Atos 20.29-30
“Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai. Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis vós
no Filho e no Pai.”
I João 2.23-24
“Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará
os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a Lei; e os santos lhe serão entregues por um tempo, dois tempos e metade de um tempo.”
Daniel 7.25
“O exército lhe foi entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que fez prosperou.”
Daniel 8:12.
Extraído do Livro Sábado, O Selo de Deus de autoria de Peter P. Goldschmidt no capítulo 5

Ele morreu e ressuscitou, aceite o Seu sacrifício!

Segunda Viagem de Paulo

domingo, 8 de abril de 2012

Ele não está aqui, Jesus ressuscitou! Ressuscitou!


"Ele não está aqui, mas ressuscitou" (Lucas 24:6).  Jesus ressuscitou!  Ressuscitou!  Essa palavra ressoa poderosamente atravessando os séculos.  Ela pode ter sido a palavra mais poderosa que jamais foi pronunciada.  Entre todas as grandes proclamações da História, nenhuma se compara, em grandeza de significação a esta simples afirmação.  Esta declaração levou o espanto e a alegria aos seguidores de Jesus.  Ela se tornou o assunto central da pregação apostólica.  De fato, cada ponto da Bíblia gira em volta desta ressurreição vitoriosa de Jesus Cristo, deixando a sepultura e o poder do diabo que essa sepultura representava.  Jesus ressuscitou!


Por causa da ressurreição de Jesus, podemos ter fé, esperança e salvação do pecado.  Porque Jesus conquistou a morte, podemos aguardar uma vitória eterna sobre a prisão da sepultura (cf. 1 Coríntios 15).  Com este milagre Deus oferece a maior prova da Sua existência, de Seu poder, de Sua pureza e de Seu amor. Tudo o que é bom em Deus é resumido na força desta declaração:  Jesus ressuscitou!  Todas as nossas esperanças na eternidade estão contidas nesta simples expressão de triunfo.


Agradeçamos a Deus pelo fato maravilhoso que é a ressurreição de Jesus.  Tomemos a resolução de viver cada dia como seguidores vitoriosos de nosso triunfante Senhor, de maneira que possamos elevar-nos para estar com Ele na Eternidade.


Que estas palavras soem claramente em nossos ouvidos:  Jesus ressuscitou!
por Dennis Allan

Jesus passou três dias e três noites na sepultura?


Afinal de contas, quanto tempo Jesus passou na sepultura? Ele morreu na sexta-feira à tarde e ressuscitou na madrugada do primeiro dia da semana. Como entender que Ele disse que ficaria três dias e três noites na sepultura? Para entendermos essa afirmação de Jesus, temos que compreender corretamente o que significam “três dias” no contexto bíblico desta passagem.


Essa frase deve ser interpretada de acordo com o que tais palavras significavam naquele tempo e não segundo o seu sentido atual, no ocidente. A expressão de Jesus, “três dias e três noites” significa apenas três dias do calendário. Assim se entende a expressão na linguagem daquele tempo.


A Bíblia menciona vários períodos de três dias que terminaram no terceiro dia, cobrindo, portanto, menos de três dias completos, de 24 horas.(ver Gen.42:17-19; I Reis 12:5 e 12 II Cron. 10:5 e 12). No Egito Grécia e Roma seguia-se o mesmo costume. Em alguns países da Europa, como entre nós, no Brasil, falamos em “oito dias” quando nos referimos a uma semana que são sete dias apenas.


Muitas passagens declaram que Jesus ressuscitaria no “terceiro dia” (Mat.16:21: 17:23; 20:19; S. Luc.9:22; 18:33; 24:7 e 46; I cor. 15:4). Certamente Ele não poderia permanecer na sepultura todo o terceiro dia e ainda ressuscitar nesse mesmo terceiro dia. Outros textos afirmam que a ressurreição ocorreria depois de três dias (Mar.9:31, 10:34).


Na linguagem daquele tempo, essas expressões significavam a mesma coisa. Até os inimigos de Cristo reconheceram isto, pois se dirigiram a Pilatos e disseram: “Aquele embusteiro, enquanto vivia, disse; ‘Depois de três dias ressuscitarei’ Ordena pois que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia” (Mat. 27;63 e 64).


Os judeus computavam o tempo pelo sistema inclusivo. O dia inicial era o “primeiro” dia, mesmo que dele restasse apenas algumas horas; o dia imediato era o “segundo” dia e as primeiras horas do dia que vinha em seguida, já eram consideradas “terceiro” dia.
A declaração dos dois discípulos que foram para aldeia de Emaús, no dia da ressurreição, confirma o fato de que o primeiro dia da semana era o terceiro dia após a crucifixão. (ver. S. Lucas 24:1, 13 e 21).


O relato da crucifixão e do sepultamento de Jesus, conforme a narrativa de Lucas é tão claro… Ele declara que José tendo procurado a Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus e o sepultou (Luc.23:52 e 53). Era o dia da preparação e começava o Sábado (verso 54). Após depositarem o Seu corpo no túmulo, eles se retiram e “no Sábado descansaram conforme o mandamento” (versos 55 e 56). Em seguida é mencionado que foram ao túmulo bem cedo, no primeiro dia da semana e encontraram-no vazio (Lucas 24:1-7).


(Fonte: Escola Bíblica da Novo Tempo)

Quando morreram, Jesus e o ladrão foram para o paraíso?


Quando morreu, Jesus foi para o céu? E o “bom ladrão”, também foi para o paraíso? Esse é um assunto polêmico para muita gente, pois afinal de contas a morte é um sono e todos os que morrem, sejam bons ou maus, vão para a sepultura.


Comecemos pela declaração de Jesus ao ladrão convertido na cruz: “E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino.  Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42-43 RA).


Aparentemente, parece haver uma contradição na palavra de Deus. Mas, estudando mais profundamente este texto, percebemos que o livro sagrado de Jesus é perfeito e não tem erros doutrinários.


O que acontece neste caso, é que o verso contém um pequeno “erro gramatical” e de “pontuação”  do tradutor e não do próprio Jesus. Analisemos 4 pontos básicos existentes no verso que nos ajudarão ter a correta interpretação:


1) A preposição “que” existente em nossas Bíblias não consta no texto original grego. É um acréscimo do tradutor. A escrita seria  assim: “Em verdade te digo hoje estarás comigo no paraíso”.


Na escrita grega, as frases são escritas todas juntas. Ex: (traduzindo para o português)


Emverdadetedigohojeestaras
Comigonoparaiso


Cabe ao sincero estudante da palavra de Deus fazer a separação correta das palavras e pontuá-las adequadamente.


2) O  entendimento do texto irá depender de onde colocamos a vírgula. Veja: Se colocarmos a vírgula depois da palavra “digo”, significaria realmente que, no momento de sua morte, o ladrão iria para o céu com Jesus. Ex:“Em verdade te digo, hoje estarás comigo no paraíso”.


Agora, se a vírgula for colocada depois da palavra “hoje”, muda completamente o sentido do texto:“Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso”.


Jesus está dizendo ao ladrão que “hoje”, neste dia em está sendo pregado na cruz, neste dia em que ele está preste a morrer, que um dia irá ressuscitá-lo e levá-lo para o céu. O termo “hoje” refere-se ao momento em que Cristo estava fazendo a promessa. Jesus faz a promessa “hoje” e não “amanhã” ou em outro dia.


Lembre-se de que o ladrão pediu “lembra-te de mim quando vieres em teu reino”. Ele sabia que a vinda do reino de Deus era algo futuro.


3) O ladrão não foi para o céu naquele dia. Leia João 19:31 a 33:“Entre os judeus, para que no Sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação, pois era grande o dia daquele Sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados. Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele tinham sido crucificados”.


As pernas do ladrão foram quebradas porque ele estava vivo. Era costume da época fazer isto para que os criminosos não fugissem. Às vezes os condenados á cruz levavam até uma semana para morrerem.


4) O próprio Jesus disse que não tinha ido ao céu depois de sua morte. Leia João 20:17: “Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu pai , mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: subo para meu Pai e vosso Pai , para meu Deus e vosso Deus.”


Jesus morreu em uma sexta-feira e ressuscitou em um domingo. Como ele iria para o céu com o ladrão na sexta, se no domingo ele disse para Maria Madalena que ainda não tinha ido?


O texto de Lucas não contradiz a doutrina do sono da alma (Sl 13:3; Jo 11:11-14, etc). As Escrituras claramente ensinam que a pessoa ao morrer está inconsciente até a volta do Senhor Jesus (Sl 6:5; 115:17; I Ts 4:13-16, etc).


(Fonte: Leandro Quadros, Escola Bíblica da Novo Tempo) via Amilton Menezes

sábado, 7 de abril de 2012

A data exata da morte de Jesus


Como ficou demonstrado no estudo anterior, tanto 458 A.C. quanto 457 A.C. são datas possíveis para a viagem de Esdras. Os dados documentais disponíveis atualmente (escritores clássicos, tabletes babilônicos e papiros judaicos de Elefantina) não são suficientes para a eliminação de uma dessas 2 alternativas.


De qualquer forma, esse quadro já é bastante positivo, pois permite apenas 2 arranjos de datas para o esquema cronológico de Daniel 8 e 9: começando o cálculo profético em 458 A.C., o batismo de Jesus é fixado no ano 26 A.D., Sua morte cai no ano 30 A.D. e o início da purificação do Santuário Celestial ocorre no ano de 1.843 A.D.; por outro lado, tomando 457 A.C. para o início dos mesmos períodos proféticos, o batismo de Jesus vai para o ano 27 A.D., Sua morte ocorre no ano 31 A.D. e a purificação do Santuário Celestial tem início em 1.844 A.D..


Sendo possível estabelecer ao menos uma dessas outras datas do esquema profético de Daniel (27 A.D., 31 A.D. ou 1.844 A.D.) por algum método de pesquisa confiável, a dúvida existente em torno de qual dos 2 arranjos corresponde à verdade histórica será eliminada. De todas essas datas, a da morte de Jesus é a que reúne o maior e melhor conjunto de dados disponíveis para sua localização. O objetivo deste estudo é determinar, através da Bíblia, da História e da Astronomia, a data exata da crucifixão de Jesus.


Dados Cronológicos do Novo Testamento sobre a Vida, Obra e Morte de Jesus


De fato, determinar a data correta da morte de Jesus garantiria a exatidão de todas as outras datas da profecia de Daniel 8 e 9. Como já foi dito no estudo anterior, a própria dúvida em torno do sétimo ano de Artaxerxes seria desfeita, pois bastaria retroceder 486,5 anos (as 69,5 semanas de Daniel 9:25 e 27) desde a data da morte de Jesus até o ano do retorno de Esdras. Isso excluiria uma das 2 possibilidades (458 A.C. ou 457 A.C.), resolvendo todo o problema.


Com razão escreveu certo comentarista que “o meio da semana que aponta o tempo do sacrifício sobre a cruz” “é ‘...como um prego no lugar firme,’ (Isaías 22:23) ao qual” está amarrada “toda estrutura cronológica na profecia e que também justifica a data de 1844. Remova-se ou mude-se essa data” e não haverá “uma âncora para o sistema cronológico culminando em 1844” (Andreasen, M. L., Letters to the Churches, p. 39, Leaves-of-Autumn Books).


As linhas a seguir constituem um resumo das informações cronológicas do Novo Testamento acerca do nascimento, ministério e morte de Jesus, algumas das quais são particularmente importantes para a localização do ano da crucifixão:


1) Jesus nasceu no governo do imperador César Augusto (Lucas 2:1-7);


2) Jesus nasceu na época do primeiro recenseamento geral da população do Império (Lucas 2:1-7);


3) Jesus nasceu durante a administração de Quirino, governador da Síria (Lucas 2:1-7);


4) Jesus nasceu no governo do rei Herodes (Mateus 2:1);


5) Jesus começou Seu ministério público com cerca de 30 anos (Lucas 3:23);


6) Jesus começou e terminou Seu ministério durante a administração de Pôncio Pilatos, governador da Judéia (Lucas 3:1 e 21-23; e 23:1-7 e 13-25).


7) Na primeira Páscoa do ministério de Jesus, menção é feita dos 46 anos de reconstrução do Templo (João 2:20);


8) O Evangelho de João menciona explicitamente 3 Páscoas em conexão com o ministério de Jesus (João 2:13 e 23; 6:4; 11:55; 12:1; e 13:1);


9) Jesus morreu no décimo-quinto dia do primeiro mês (Marcos 14:12 e 17);


10) Jesus morreu numa Sexta-feira (Lucas 23:54-56).


Algumas informações cronológicas concernentes ao nascimento e obra de João Batista também são de alguma importância neste estudo:


1) Isabel concebeu João depois que seu marido, Zacarias, que era sacerdote do turno de Abias, havia oficiado no Templo (Lucas 1:5, 8-10, 23 e 24);


2) Maria concebeu Jesus quando Isabel já estava em seu sexto mês de gravidez (Lucas 1:24, 26, 27, 36, 39-42, 56 e 57);


3) João Batista começou seu ministério público no décimo-quinto ano de Tibério César (Lucas 3:1);


4) João Batista exerceu todo o seu ministério público durante a administração de Pôncio Pilatos, governador da Judéia (Lucas 3:1 e 9:7-9);


5) João Batista começou e terminou seu ministério público durante a administração de Herodes, tetrarca da Galiléia (Lucas 3:1 e 18-20; e 9:7-9);


6) João Batista começou seu ministério público durante a administração de Filipe, tetrarca da Ituréia e Traconites (Lucas 3:1);


7) João Batista começou seu ministério público durante a administração de Lisânias, tetrarca de Abilene (Lucas 3:1);


8) João Batista começou seu ministério público durante os pontificados de Anás e Caifás (Lucas 3:1 e 2).


O Governo de Pôncio Pilatos


Todos os anos do ministério de João Batista e do ministério de Jesus estão inseridos no governo de Pôncio Pilatos (Lucas 3:1, 2, 21 e 22; 23:1-7; e 13-25). É, pois, deveras importante fixar os limites de sua administração.


Em Antigüidades Judaicas, o historiador judeu do primeiro século, Flávio Josefo, revela que Pilatos governou a Judéia por 10 anos. Ao término desse período, ele foi enviado a Roma para se justificar perante Tibério dos maus tratos infligidos aos samaritanos; antes, porém, de chegar até lá, o imperador havia morrido. Transcreve-se, a seguir, o trecho da narrativa de Josefo: “Mas, quando esse tumulto foi acalmado, o senado samaritano enviou uma embaixada a Vitélio, o qual tinha sido cônsul, e que era agora o governador da Síria, e acusou Pilatos de assassinato; pois eles não foram a Tirathaba a fim de se revoltar contra os romanos, mas para escapar da violência de Pilatos. Então, Vitélio enviou Marcelo, um amigo seu, para cuidar dos negócios da Judéia, e ordenou que Pilatos fosse a Roma, para responder perante o imperador pela acusação dos judeus. Assim, Pilatos, quando tinha completado dez anos na Judéia, apressou-se para Roma, e isso em obediência às ordens de Vitélio, que ele não ousou contradizer; mas antes que pudesse chegar a Roma, Tibério havia morrido.” (Flavius Josephus, Antiquities of the Jews, livro 18, capítulo 4, artigo 2, em The Works of Josephus, Complete and Unabridged, p. 482).


Suetônio, outro historiador do primeiro século, fornece a data exata da morte de Tibério: “... morreu... com setenta e oito anos de idade e vinte e três de reinado, aos dezessete dias antes das calendas de abril, sob o consulado de Cnéio Acerrônio Próculo e de Caio Pôncio Nigrino.” (A Vida dos Doze Césares, p. 130, Editora Tecnoprint S.A.). Pela listagem de E. J. Bickerman, em Chronology of the Ancient World, Cnéio Acerrônio Próculo e Caio Pôncio Nigrino exerceram seu consulado em 37 A.D.. O décimo sétimo dia antes das calendas de abril é o dia 16 de março. Portanto, a morte de Tibério ocorreu em 16 de março de 37 A.D.. Levando em consideração a distância existente entre Jerusalém e Roma e que Tibério já havia morrido quando Pilatos chegou à cidade imperial, o término de seu governo pode ser situado no final de 36 A.D. ou começo de 37 A.D.. Como ele esteve à frente dos negócios da Judéia por 10 anos, o início de sua administração pode ser fixado no final de 26 A.D.


Portanto, o ano da morte de Jesus deve ser procurado na faixa que se estende de 26 A.D. a 36 A.D..


O Período do Ministério de Jesus


A tradição cristã ensina que a obra de pregação pública de Jesus durou 3 anos e meio. O evangelista João menciona ao menos 3 Páscoas em conexão com o ministério de Cristo:


“Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém... Estando Ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que Ele fazia, creram no Seu nome.” João 2:13 e 23.


“Ora, a Páscoa, festa dos judeus, estava próxima.” João 6:4.


“Estava próxima a Páscoa dos judeus; e muitos daquela região subiram para Jerusalém antes da Páscoa, para se purificarem... Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos... Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a Sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.” João 11:55; 12:1; e 13:1. Ver também João 18:28 e 39.


Talvez a “festa dos judeus” mencionada em João 5:1 também seja uma alusão à Páscoa, mas disso não há evidência definitiva. De qualquer forma, a profecia de Daniel 9:25-27, fixando a morte do Ungido no meio da septuagésima semana, já estabelecia que a duração do ministério de Jesus seria de 3 anos e meio e outras informações exaradas do Novo Testamento corroboram esse entendimento.


São, portanto, 4 as Páscoas relacionadas ao ministério de Jesus, sendo a última a de Sua crucifixão. Dessa forma, na determinação do ano da morte de Cristo, excluem-se as possibilidades dos anos 27, 28 e 29. O ano 26 não deve ser contado porque Pilatos só chegou à Judéia no final do ano, não abrangendo, pois, nenhuma das Páscoas do ministério do Redentor.


A incerteza repousa, portanto, sobre os anos 30 e 31. A seguir, serão apresentadas as informações que permitem a eliminação dessa dúvida.


Sexta-feira = 15 de Nisan: Data da Crucifixão de Cristo


A despeito da tentativa de alguns teólogos em colocar a morte de Jesus na Quarta-feira e Sua ressurreição no Sábado, os evangelistas não deixam nenhuma margem de dúvida quanto a ter sido a Sexta-feira o dia de Sua morte e o primeiro dia da semana, o de Sua ressurreição.


Lucas, particularmente, teve a preocupação de relatar os acontecimentos em sua perfeita ordem (Lucas 1:1-4)  e, ao narrar os eventos da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus, assim se expressou: “Era o dia da preparação, e começava o sábado. As mulheres que tinham vindo da Galiléia com Jesus, seguindo, viram o túmulo e como o corpo fora ali depositado. Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no sábado, descansaram, segundo o mandamento. Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado.” Lucas 23:54-24:1. Uma leitura atenciosa de Mateus 26-28, Marcos 14-16, Lucas 22-24 e João 13-20 permite ordenar os acontecimentos do seguinte modo:


1) Quinta-feira: os discípulos preparam a ceia pascal. Depois do pôr-do-sol, já nas horas da Sexta-feira bíblica, Jesus e os discípulos se reúnem para comer a páscoa. Nessa mesma noite, eles se dirigem ao horto de Getsêmani, onde Jesus é preso.


2) Sexta-feira: durante a madrugada, Jesus é levado perante Anás, Caifás e o Sinédrio. De manhã, Ele é conduzido perante Pilatos e Herodes. Depois de ser julgado pelo governador romano, Jesus é crucificado, vindo a morrer por volta das 3 horas da tarde. A seguir, Seu corpo é sepultado.


3) Sábado: Jesus permanece no sepulcro.


4) Domingo: entre o fim da madrugada e o início da manhã, Jesus ressuscita.


A Bíblia também indica o dia do mês em que Jesus foi morto. Conforme o relato dos Evangelhos Sinóticos, os discípulos prepararam a ceia no próprio dia em que o cordeiro pascal era sacrificado (Mateus 26:17-19; Marcos 14:12-16; e Lucas 22:7-13). Isso, consoante a Lei Mosaica, ocorria no décimo-quarto dia do primeiro mês (Nisan). Ver Êxodo 12:6 e Levítico 23:5. Portanto, a Quinta-feira da semana da crucifixão foi o dia 14 de Nisan; e a Sexta-feira, o dia 15.


Destarte, deve ser considerado o ano da morte de Cristo o que admitir a conjugação de uma Sexta-feira com um 15 de Nisan. Para verificar em que dia da semana caiu essa data nos anos 30 e 31, é necessário averiguar quando ocorreu o início do primeiro mês.


O início do mês judaico dependia da observação do primeiro crescente lunar, que, por sua vez, está vinculado a certos fatores, denominados “condições de visibilidade”.


Condições de Visibilidade do Primeiro Crescente


Os principais fatores que determinam a visibilidade do primeiro crescente são a diferença azimutal entre o Sol e a Lua e a altitude da Lua.


Esses 2 fatores combinados funcionam como as retas x e y de um plano cartesiano. Se o que dificulta a visibilidade do primeiro crescente é a luz do Sol, quanto mais a Lua estiver afastada desse astro, mais fácil será visualizá-la no céu.


O azimute é a distância em graus, medida sobre o plano do horizonte, entre um corpo celeste e o ponto cardeal norte. A diferença azimutal entre o Sol e a Lua é a medida da separação existente entre esses 2 corpos na esfera celeste. Quanto maior a diferença azimutal, mais afastados estarão o Sol e a Lua entre si. Por comparação, a diferença azimutal corresponde à reta das abscissas (valor de x) no plano cartesiano.


A altitude é a distância em graus entre o corpo celeste e a linha do horizonte. Como o primeiro crescente é visto ao pôr-do-sol, quanto mais afastada a Lua estiver do horizonte, mais viável será sua observação. Por comparação, a altitude da Lua corresponde à reta das ordenadas (valor de y) no plano cartesiano.


O recorde de observação do primeiro crescente pertence a Roberto Victor. Em 1.989, ele conseguiu observar a Lua com apenas 7 graus de altitude. Victor, no entanto, sendo um observador experiente, já havia calculado todas as variáveis anteriormente, tornando mais fácil a localização do crescente lunar. Além disso, sua observação não foi realizada a olho nu e, sim, com o auxílio de um binóculo. Os sacerdotes, em Jerusalém, responsáveis pela observação da lua nova, não contavam com as mesmas condições. Portanto, a Lua com a qual eles costumavam iniciar o mês era bem mais alta.


Nas edições de agosto de 1.971, setembro de 1.989 e julho de 1.994, a respeitada revista de Astronomia Sky & Telescope publicou certos gráficos que permitiam avaliar a visibilidade da Lua a partir de sua altitude e da diferença azimutal em relação ao Sol. O gráfico abaixo é o da edição de setembro de 1.989.








Cada círculo fechado representa um crescente lunar que pôde ser visto e cada círculo aberto indica uma lua nova que foi procurada, mas não foi vista. A linha no meio do gráfico procura dividir, aproximadamente, os casos que foram bem sucedidos dos que não o foram.


Além dos fatores mencionados acima, também interferem na visibilidade do primeiro crescente a inclinação da eclíptica, as variações de velocidade da Lua no transcurso de sua órbita, a altitude do observador e as condições climáticas do céu ao entardecer.


O Programa Redshift 2


Atualmente, os dados astronômicos podem ser obtidos e avaliados com considerável facilidade devido a modernos programas de Astronomia. Muitos deles podem ser obtidos gratuitamente através da Internet; outros podem ser adquiridos junto a empresas especializadas.


Um dos melhores softwares de Astronomia já produzidos é o Redshift, da Maris Multimedia Ltd. Já foram lançadas 4 versões desse programa. A adotada por esta série de estudos é a versão 2.0.


O Redshift 2 está baseado na teoria orbital D.E. 102, fornecida pelo Jet Propulsion Laboratory dos Estados Unidos. Seu elevado grau de precisão pode ser averiguado mediante uma comparação entre os valores fornecidos pelo Redshift 2 e pelo site da Nasa. Embora o site do Jet Propulsion Laboratory já esteja operando com a D.E. 406, a última palavra em teoria orbital, as diferenças entre seus dados matemáticos e os do Redshift 2 são praticamente insignificantes para os propósitos deste estudo.


Jerusalém – Local de Observação


Conforme a Legislação Mosaica, a Festividade da Páscoa devia ser celebrada na cidade que Deus escolhesse para fazer habitar o Seu nome: “Então, sacrificarás como oferta de Páscoa ao SENHOR, teu Deus, do rebanho e do gado, no lugar que o SENHOR escolher para ali fazer habitar o Seu nome.” “Não poderás sacrificar a Páscoa em nenhuma das tuas cidades que te dá o SENHOR, teu Deus, senão no lugar que o SENHOR, teu Deus, escolher para fazer habitar o Seu nome, ali sacrificarás a Páscoa à tarde, ao pôr-do-sol, ao tempo em que saíste do Egito.” Deuteronômio 16:2, 5 e 6. Segundo as próprias Escrituras, esse lugar especial escolhido por Deus foi a cidade de Jerusalém: “Desde o dia em que Eu tirei o Meu povo da terra do Egito, não escolhi cidade alguma de todas as tribos de Israel, para edificar uma casa a fim de ali estabelecer o Meu nome; nem escolhi homem algum para chefe do Meu povo de Israel. Mas escolhi Jerusalém para que ali seja estabelecido o Meu nome e escolhi a Davi para chefe do Meu povo de Israel.” 2 Crônicas 6:5 e 6. Portanto, as informações astronômicas relevantes para a determinação do dia da morte de Jesus devem ser coletadas a partir de Jerusalém. As coordenadas geográficas indicadas pelo RedShift 2 para essa cidade são: 31º 47’ N e 35º 13’ L. Sua altitude é de, aproximadamente, 800 metros acima do nível do mar.


Descartando o Ano 30 A.D.

Babylonian Chronology adota o pôr-do-sol de 24 de março para o início do mês de Nisan no ano 30 A.D..


As imagens abaixo, extraídas do programa Redshift 2, mostram que, naquela ocasião, o azimute do Sol era de 271º 18’ 49” e o da Lua, de 264º 52’ 41”, sendo a diferença azimutal, portanto, de 6º 66’ 8”. A altitude da Lua era de 18º 37’ 19”. No gráfico da revista Sky & Telescope, essa Lua está representada pelo ponto vermelho.





Assumindo a data de 24/25 de março do ano 30 A.D. para o primeiro de Nisan, o dia 15 teria caído em 7/8 de abril (de pôr-do-sol a pôr-do-sol).


Como pode ser demonstrado através da imagem extraída de um outro programa de Astronomia (Sky View Café), o dia 8 de abril do ano 30 caiu num Sábado, o que não preenche o quadro cronológico fornecido pelo Novo Testamento: Sexta-feira = 15 de Nisan. Isso descarta o ano 30 como uma das possibilidades para a data da morte de Jesus, restando apenas a possibilidade do ano 31.



31 A.D. – O Ano da Morte de Jesus

Para o  ano 31 A.D., a obra Babylonian Chronology propõe o pôr-do-sol de 11 de abril para o início do primeiro mês. No entanto, quando os dados astronômicos são cuidadosamente observados, percebe-se que, ao pôr-do-sol do dia 11, a Lua estava muito baixa para ser detectada a olho nu.

Como pode ser comprovado pelas imagens do programa Redshift 2, o azimute do Sol era de 279º 16’ 31” e o da Lua, de 276º 6’ 54”, sendo a diferença azimutal, portanto, de 3º 9’ 37”. A altitude da Lua era de 11º 28’ 47”. Quando esses valores são aplicados ao gráfico da revista Sky & Telescope, fica evidente que a Lua estava abaixo do limite de visibilidade (ponto vermelho).

Não é de admirar que a data proposta por Parker e Dubberstein para o início do primeiro mês judaico não seja a mais favorável, pois, à p. 25 de Babylonian Chronology, eles admitem “que um certo número de datas” em suas tabelas “podem estar erradas por um dia”.


Adotando o pôr-do-sol do dia seguinte, o crescente é perfeitamente visível. O azimute do Sol era de 279º 45’ 56” e o da Lua, de 275º 35’ 5”, sendo a diferença azimutal, portanto, de 4º 10’ 51”. A altitude da Lua era de 22º 38’ 52”.

Definindo 12/13 de abril do ano 31 A.D. como o primeiro dia do primeiro mês, o dia 15 de Nisan cai em 26/27 de abril (de pôr-do-sol a pôr-do-sol).

Como pode ser demonstrado através da imagem do programa Sky View Café, o dia 27 de abril caiu numa Sexta-feira, o que preenche perfeitamente o quadro cronológico dado pelo Novo Testamento: Sexta-feira = 15 de Nisan. Com isso, o ano 31 A.D. fica astronomicamente confirmado como a data da morte de Jesus.
O Ponto Exato do Meio da Última Semana

Embora a cruz represente o momento final do sistema de sacrifícios do Antigo Testamento, matematicamente a profecia aponta para a noite do dia 26 de abril como o meio da septuagésima semana. O raciocínio que conduz a essa conclusão é sobremodo simples.

Logo após o pôr-do-sol da Quinta-feira, Jesus comeu a última Páscoa com Seus discípulos. Isso demonstra que o sistema cerimonial ainda estava em vigor; doutra sorte, Jesus estaria participando de uma celebração cuja validade já havia cessado.  Portanto, o meio da última semana deve estar situado em algum ponto entre o pôr-do-sol da Quinta-feira e as 3 horas da tarde de Sexta-feira, quando Jesus expirou sobre a Cruz do Calvário e o véu do Santuário se rompeu de alto a baixo.

Como ficou demonstrado no estudo anterior, as 69,5 semanas deveriam começar às 15:00 horas do Dia da Expiação para que o período pudesse atingir o dia da morte de Jesus, o décimo-quinto dia do primeiro mês. Isso projeta o fim do período para as 22 horas e 56 minutos do dia 26 de abril, que pode ser considerado o meio da septuagésima semana. Na escala juliana, esse momento corresponde ao valor 1.732.496,3720.

Henderson H. L. Velten, via Evidências Proféticas

sexta-feira, 6 de abril de 2012

As 7 frases de Cristo na cruz

1 – “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). Uma pergunta oportuna, diante do comportamento do nosso Salvador, para com aqueles que tão aleivosamente O estavam maltratando seria esta: Qual a nossa atitude para com aqueles que nos injuriam, nos provocam ou dizem palavras ofensivas contra nós? Se for diferente da do divino Mestre, estamos muito longe do ideal que Ele nos propôs. Que o exemplo da primeira frase de Cristo na cruz, jamais seja olvidado por nós.

2 – “Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:43). Após a Sua súplica pelos inimigos, dirigiu a palavra a alguém que antes fora inimigo, mas agora já se tornara bom amigo.
Todos sabemos que Cristo foi crucificado entre dois ladrões. Parece-nos lógicos concluir pelo contexto, que o comportamento dos dois ladrões a princípio foi idêntico, mas pela observação do procedimento de Cristo diante dos que O injuriavam, um deles conclui que ali se achava o seu Salvador, a quem faz este pedido: “Senhor, lembra-te de mim quando vieres no Teu reino”. Esta súplica é uma declaração explícita de sua crença na messianidade de Jesus. A resposta incontinenti de Cristo revelou amor, compaixão e perdão. Estas palavras prometiam ao bom ladrão, dar-lhe um lugar em Seu futuro reino, quando chegasse a hora da Sua segunda vinda.

3 – “Vendo Jesus Sua mãe, e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua mãe. Dessa hora em diante o discípulo a tomou para casa” (João 19:26 e 27). Ao pé da cruz se achava com a o coração traspassado sua angustiada mãe. Ao Seu lado se encontrava o discípulo que mais se identificara com o Mestre e podemos concluir que João a estava consolando e animando naquele transe aflitivo.
O pedido de Jesus a João, para que cuidasse da mãe, revela Seu amor filial e deve servir de exemplo para que cada filho tenha solícito cuidado por seus pais.

4 – “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” (Mateus 27:46 e Marcos 15:34). Após seis horas, suspenso entre o céu e a Terra, sofrendo lancinantes dores, com os pecados da humanidade pesando sobre Si, compreendemos o motivo de exclamação desta sentença. Há nesta frase um profundo mistério, porque sabemos que o Pai não O desamparara, mas ela será em parte compreendida à luz de Isaías 53:5: “Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados”. Falar de desamparo era uma maneira de expressar Seus padecimentos físicos e morais e do peso acabrunhador dos pecados do gênero humano de que Se fizera fiador.

5 – “Tenho sede!” (João 19:28). Decorridas 18 ou 20 horas sem Se alimentar; sangrando pelos açoites, espinhos e cravos; as fortes emoções sentidas durante a noite do processo; a fadiga pelo transportar da cruz (segundo os estudiosos devia pesar 100 quilos); a febre produziu em Jesus a grande intensidade da sede. Com a língua seca e os lábios ressequidos, exclama para os circunstantes: “Tenho sede!” Esta palavra “sede”, de acordo com alguns estudiosos, talvez fosse mais uma expressão reveladora dos Seus sofrimentos. Segundo outros comentaristas – sede – seria o desejo de repouso na Pátria do Pai.
Um do presentes, movido de compaixão, tomou uma esponja, embebeu-a em vinagre, prendeu-a na extremidade de uma vara e umedeceu com ela os lábios de Jesus. Tendo experimentado o vinagre, proferiu a sexta frase.

6 – “Está consumado!” (João 19:30). Esta simples declaração é uma síntese maravilhosa de toda a obra de Cristo profetizada no Velho Testamento.
Com a batalha terminada e a vitória ganha, todo o Céu se encheu de júbilo. Em outras palavras, Ele queria dizer que Sua árdua e extraordinária missão estava finalizada.

7 – “Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito” (Lucas 23:46). Espírito nesta passagem é sinônimo de Seu ser ou Sua vida. Temos aqui a figura de estilo chamado sinédoque, pela qual a parte é tomada em lugar do todo.
A vida de Cristo na Terra foi uma vida completa submissão à vontade do Pai. Concluída a missão, Sua vida é depositada nas mãos de Deus. Estas palavras revelam confiança e ternura filiais. Após pronunciá-las, o Salvador inclinando a cabeça, exalou o último suspiro.
Rendamos sempre graças a Deus, pelo sacrifício expiatório que Cristo fez na cruz do Calvário, para remissão de nossos pecados.

(Texto de Pedro Apolinário)

O cristão deve presentear com ovos de páscoa?


Já havia escrito uma página inteira sobre o assunto quando decidi apagar tudo e fazer uma nova abordagem. Cheguei à conclusão de que, se muitos artigos já abordam o significado da páscoa com base em Êxodo 12, seria mais útil escrever algo sobre dar ou não ovos de chocolate de presente.



Em Filipenses 4:5 recebemos o seguinte conselho: “Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor.” Paulo diz que Jesus está voltando e que uma das maneiras de testemunharmos às outras pessoas sobre Ele é sendo moderados em tudo o que fazemos. Por isso, acredito que esse versículo precisa ser levado em conta nesse tipo de resposta que pretendo dar no artigo.


Sabemos que os ovos de chocolate são usados para sustentar a máquina capitalista. Todavia, não acredito que isso seja um bom argumento para proibirmos uma simples manifestação de apreço por um filho ou amigo. Afinal, o capitalismo também é sustentado com os computadores e roupas que compramos – e com uma infinidade de outros produtos dos quais fazemos uso. Portanto, deixamos de lado esse argumento.


Também há a questão do cuidado com nossa saúde, que não deve ser passada por alto. Nossa alimentação precisa ser saudável e precisamos nos esforçar para atingirmos essa meta, pois, através de nossa alimentação Deus é glorificado (1Co 10:31). Além disso, com um corpo e uma mente saudável podemos nos comunicar melhor com o Espírito Santo.


O ideal é que nenhum de nós coma qualquer tipo de doce, porém, nem todos têm a mesma facilidade para tomar tal decisão. Por isso, precisamos ter paciência com as pessoas que estão no processo de crescimento. Cada um deve decidir por si quando será o tempo ideal para não comer doce algum.


Alguns farão total abstinência, enquanto que outros usarão doces (incluindo chocolates) em pouca quantidade. Os dois grupos precisam ser respeitados. Afinal, o cristão tem que olhar para a sua própria vida e não para o prato dos outros.


Certo é que, depois de receber algumas manifestações sobre o assunto cheguei à conclusão de que faz menos mal dar um presentinho de páscoa do que encher a boca de críticas e despejar tudo nos outros…


Se Jesus Cristo for o primeiro em nossas vidas, aprenderemos a ser tolerantes com os demais e moderados em nossas opiniões. Encontraremos o equilíbrio necessário para vivermos o cristianismo sem desanimar os outros com atitudes extremistas que não levam a nada.


Desse modo, mesmo que o sacrifício de Cristo por nós deva ser lembrado todos os dias, não deixe a páscoa passar em branco. Poderá usar esse momento para falar ao coração das pessoas que o personagem central do período pascal é o Salvador. Esse é um momento do ano em que todos estão mais sensíveis (assim como no Natal) e não deveríamos perder a oportunidade.


Também não diga aos seus filhos que ganhar um ovinho de páscoa “é algo pagão”. Respeite a sensibilidade das crianças e ensine-as a viver com moderação em tudo aquilo que fazem, para que na fase adulta reflitam melhor o caráter de Deus.


E, não se esqueça de ensinar às crianças que a melhor maneira de celebrarmos a páscoa é participarmos da Santa Ceia (Jo 13; 1Co 11:17-34), como estabelecida pelo Senhor: com a presença do pão sem fermento (símbolo do corpo de Cristo sem pecado), do vinho sem álcool (símbolo do perfeito sangue de Cristo derramado na cruz) e do Lava-pés (símbolo de humildade e de reconhecimento do valor de nosso irmão na fé).


Fale a elas que, quando tiverem idade suficiente para compreenderem melhor o que Jesus fez por cada ser humano, poderão participar da Ceia, até o dia em que Jesus voltará para nos buscar e levar-nos para o lar eterno que Deus preparou para aqueles que O amam:


“Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.” (1Co 11:26)


Se quiser saber algo mais sobre a origem da páscoa, recomendo a leitura do artigo disponibilizado pelo amigo e pastor Valdeci Júnior no site http://www.nasaladopastor.com/ Lá poderá encontrar também outras respostas dele sobre a páscoa.


Um abraço a todos!

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Coleção 3 cds Mensagens de Paz e Esperança com narração de Cid Moreira.
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