domingo, 4 de dezembro de 2011

O Santuário em Hebreus


Santuário terrestre é figura do celestial
O título nos manuscritos gregos mais antigos é simplesmente "Prós Hebráious" (Aos Hebreus). Este título é particularmente apropriado, já que o livro trata principalmente do significado do santuário e seus serviços, temas que sem dúvida devem ter sido de especial significado para os primitivos cristãos de origem Hebréia ou judia. A paternidade literária do livro aos Hebreus foi motivo de debates desde os primeiros tempos. Muitos atribuíam o livro a Paulo, mas outros se opunham intensamente a esta opinião. Orígenes, pai da igreja que escreveu a começos do século III, concluía seu exame do livro com esta declaração: "Quem a tenha escrito é só conhecido por Deus" (chamado por Eusébio, História eclesiástica vi, 25, 14). Outros pais pensavam que o autor pôde ter sido Barnabé, Apolo, Clemente ou Lucas.
Esta incerteza quanto à paternidade literária da Epístola aos Hebreus foi um fator importante na relutância de muitos antigos cristãos do ocidente do Império Romano para aceitá-la como canônica.
Nos séculos seguintes cessou a discussão sobre a paternidade literária de Hebreus, e a maioria dos cristãos aceitou como obra de Paulo, opinião que foi apoiada em forma geral até os tempos modernos; então se agitou de novo a polêmica, debatida especialmente pelos eruditos.
As evidências contra do ponto de vista de que Paulo escreveu a Epístola aos Hebreus foram extraídas principalmente de considerações quanto ao estilo literário e o conteúdo do livro. É possível que o vocabulário de um autor e seu estilo variem segundo o tema de que trate, mas essas variações serão principalmente nos termos técnicos, característicos dos diversos temas a respeito dos quais se escreva.
Apreciando o tema em seu conjunto, o estilo literário geral de Hebreus difere notavelmente de qualquer das epístolas que levam o nome de Paulo. O estilo Paulino tem a marca inconfundível de vívidos e ferventes passagens que revelam a corrente impetuosa dos pensamentos do autor. Mas Hebreus apresenta um tema completamente organizado e mantém um nível retórico mais elevado que o de qualquer outro livro.
Por meio do descobrimento dos papiros bíblicos do Chester Beatty, do século III, ficou manifesto alguma provável evidência em favor da paternidade literária paulina da Epístola aos Hebreus. No códice que contém as epístolas paulinas, Hebreus se acha entre Romanos e 1 Coríntios. Embora este fato não demonstra a paternidade literária paulina de Hebreus, é um significativo indício de que desde muito antigo na história da igreja havia quem acreditava que Hebreus devia ser incluída como parte dos escritos do Paulo.
Aceita-se geralmente que Hebreus foi escrito antes da queda de Jerusalém. O número de dirigentes da igreja era muito reduzido nos anos anteriores ao ano 70 d.c. Qual desses dirigentes poderia ter exposto um tema tão profundo como o que se apresenta no livro de Hebreus? A pessoa mais possível é, sem dúvida alguma, Paulo. Dizer que o autor foi um cristão desconhecido desse cedo período, só levanta um novo problema: como é possível que um cristão que possuísse o discernimento teológico necessário e a capacidade lógica suficiente para produzir uma obra como Hebreus, pudesse ter ficado no anonimato em um tempo quando os dirigentes cristãos eram tão poucos, mas tão completo o registro que se tinha dos mesmos?
Paulo e quem o acompanhava, compreendiam suficientemente bem os ritos mosaicos e as cerimônias para avaliá-los corretamente e lhes dar seu devido lugar no plano da salvação, Paulo conhecia a natureza transitiva desse sistema e sabia que já havia se cumprido o período para sua utilidade. A igreja cristã de origem judia, cujo centro estava em Jerusalém. Os cristãos de origem judia ainda guardavam as festas, seguiam sacrificando como em anos anteriores e continuavam em seu zelo pela lei cerimonial. Tinham só um vago conceito da obra de Cristo no santuário celestial; sabiam pouco de seu ministério; não compreendiam que seus sacrifícios eram inúteis devido ao grande sacrifício do Calvário. Esses milhares de cristãos judaicos "todos... ciumentos pela lei", teriam que enfrentar uma crise quando fossem destruídos a cidade e o templo. Isto evidentemente ocorreu só um curto tempo depois de que se escreveu a Epístola aos Hebreus. Tinha chegado o tempo quando os olhos dos cristãos de origem judia deviam abrir-se às realidades celestiais. Quando seu templo fora destruído, ser-lhes-ia necessário que sua fé se apoiasse em algo seguro e firme que não falhasse. Se sua atenção pudesse fixar-se no Sumo-Sacerdote celestial, no santuário e nos sacrifícios melhores que os de bezerros, não desfaleceriam quando desaparecesse o santuário terrestre. Mas se não tinham esta esperança, se careciam de uma visão do santuário do céu, sentiriam-se confundidos e perplexos quando vissem a destruição do templo em que tanto acreditavam.
Acredita-se que nessa hora de crise apareceu o livro de Hebreus. Continha precisamente à ajuda necessária: luz sobre o tema do santuário, de Cristo como Sumo Sacerdote, do sangue "que fala melhor que o de Abel" (Hb 12:24); do repouso que fica para os filhos de Deus (Hb 4:9).
O capitulo 8 de Hebreus é definido por muitos como um esboço da mentalidade filoplatônica do autor sagrado. Em outras palavras, ele vê a realidade como uma estrutura em dois andares. O andar inferior é o mundo físico e temporal. Mas este mundo inferior é apenas cópia ou imitação do mundo superior. Assim também o templo terreno é apenas uma cópia do templo celestial. Os sacerdotes terrenos ministram na mera cópia, mas o Filho ministral no real santuário celestial. Como podemos entender a inter-relação da obra mediadora no santuário terrestre e celestial?
Vamos então tomar por base de que Paulo é o autor de Hebreus!
Hebreus foi escrito para cristãos indecisos que estavam pensando em abandonar a fé e voltar ao judaísmo. Resumidamente, Paulo falou: “Não abandonem a Jesus. Pois se o abandonarem, o que sobrará? Não há significado nenhum no ritual do santuário se ele não apontar para Cristo. Se vocês rejeitarem o antítipo, para que servirá o tipo?”
Todo o livro de Hebreus é a respeito do santuário? Não! O santuário ocupa o centro do livro. No entanto, todo o livro é usado para mostrar a superioridade de Cristo. Ele é maior que os anjos, que Josué, Moisés, Sumo-Sacerdote, sacrifícios, é o melhor sangue, o melhor santuário, o melhor concerto, etc. Todas as sombras do AT apontam para Jesus, não o podiam rejeitar.
Paulo usa a tipologia para estabelecer a doutrina em seu livro. Este livro tem sido o campo de batalha para muitos dos que se opõem a esta doutrina da IASD. Foi este livro que fez com que Ballenger rejeitasse a doutrina. Foi a mesma situação com Desmond Ford.
Alguns dizem que Hebreus e Levítico não batem, estão em descontinuidade, vejamos se isso é verdade.
Alguns argumentos usados para afirmar a descontinuidade:
Afirmam que existem muitos conceitos de Philo e Platão. Ambos argumentam a favor do dualismo. Existem coisas no céu e as mesmas na terra. As do céu são eternas, e as da terra são transitórias. As coisas do céu são idéias abstratas, e as da terra são tangíveis, concretas. As únicas que duram para sempre são as abstratas celestes. Estes argumentos são usados por alguns evangélicos. No entanto, não é isso que encontramos no restante da Bíblia. Você não encontra o dualismo no resto da Bíblia. No entanto, esta idéia tem crescido dentro da mentalidade ocidental. Afirmam que não existe nada real no céu, simplesmente algo abstrato, intangível.A mentalidade hebraica é concreta e não abstrata. Toda palavra hebraica tem uma figura, uma ilustração, por trás dela. Quando lemos Hebreus, não encontramos os mesmos argumentos que existem em Philo e Platão. Como poderia haver um Cristo real no céu? Segundo eles, Jesus seria algo abstrato também. No entanto, o livro diz que Jesus é real, concreto. Está em um santuário real, exercendo um sacerdócio real. Não existem metáforas neste livro. Apresenta a realidade celestial.
Outro argumento é que o autor de hebreus nem mesmo conhece sua própria Bíblia. Não sabia como era o santuário, errou na localização dos móveis. Falam isso baseados em Hb 9, v. 2, 3, 4, onde se tem a impressão que o autor coloca o altar de incenso dentro do santíssimo. Você acha que o desconhecimento do autor é o melhor argumento para este texto? Quando estudamos atenciosamente, percebemos que Paulo conhecia muito bem. É preciso um estudo acurado do texto grego.
“Na oferta do incenso o sacerdote era levado mais diretamente à presença de Deus do que em qualquer outro ato do ministério diário. Como o véu interno do santuário não se estendia até ao alto do edifício, a glória de Deus, manifestada por cima do propiciatório, era parcialmente visível no primeiro compartimento. Quando o sacerdote oferecia incenso perante o Senhor, olhava em direção à arca; e, subindo a nuvem de incenso, a glória divina descia sobre o propiciatório e enchia o lugar santíssimo, e muitas vezes ambos os compartimentos, de tal maneira que o sacerdote era obrigado a afastar-se para a porta do santuário. Como naquele cerimonial típico o sacerdote olhava pela fé ao propiciatório que não podia ver, assim o povo de Deus deve hoje dirigir suas orações a Cristo, seu grande Sumo Sacerdote que, invisível aos olhares humanos, pleiteia em seu favor no santuário celestial.” Cristo em Seu Santuário, 33.
“Diante do véu do lugar santíssimo, estava um altar de intercessão perpétua; diante do lugar santo, um altar de expiação contínua.”
Ex 30:10 – Indica o altar de incenso como sendo algo do santíssimo, sendo conectado ao Dia da Expiação.
Paulo foi além da prática. Foi até à teologia do santuário. Foi além da descrição, foi até à função, colocando junto ao santíssimo tendo em vista a sua função e não a localização geográfica. Será que Paulo era um ignorante em santuário? NÃO!!! Era um especialista!
Outros afirmam que não podemos usar os tipos do VT para irmos aos antítipos do NT. Mas o que Paulo está fazendo em Hebreus? É exatamente isto!
Hb 8:3-5 – No AT havia um sacrifício, portanto o sacerdote celestial também oferece um sacrifício. Aqui está indo do Tipo para o Antítipo, e não o contrário. O autor usa a palavra: “necessidade”. Se é necessário no Tipo, é necessário no Antítipo também. Hb 9:23, 24 – Necessário. Qual o apoio que Paulo tinha? O tipo apoiando o antítipo. Mas, se foi este o raciocínio de Paulo, porque não usarmos?
Veja algumas expressões usadas em Hebreus pelo apóstolo:
"Necessidade" – Hb 8:3; 9:23
"Tipos e Antítipos" – Hb 8:5; 9:24 - “Em relação a.”
"Cópia" – Hb 8:5; 9:24 – Cópia do que?
“Aletinós” – 8:2; 9:24 – Verdade/Real
“Skia” – 8:5; 10:1 – sombra só pode ser de alguma coisa não acha?
Aqui é preciso ter alguns cuidados com a tipologia. Se é uma sombra, não se pode ter uma visão completa. Não adianta tentar explicar todos os detalhes daquilo que se vê apenas por sombra. Deus nos deu as informações necessárias, mas não todas as respostas ou todas as informações e detalhes. Se tentarmos ir além, teremos problemas.
No primeiro século depois de Cristo, havia um rabino chamado Hillel, que estabeleceu sete princípios sólidos de hermenêutica, que são usados até hoje. Um deles é “Qal wahómer”, significando “do leve para o pesado”, semelhante ao latim “a fortiori”. Isto implica que o segundo é muito maior que o primeiro. Em Hebreus é isto que ocorre: o segundo é muito maior que o primeiro. O que Ford e outros argumentam é que isto não pode ocorrer. Mas ao vermos os termos acima, vemos que o que Paulo faz é usar esta técnica hermenêutica.
O mundo chega ao seu fim cada dia mais cético. Desde os dias de Tomé a descrença naquilo que não se vê impera. A confiança no mundo físico faz parte do cotidiano humano. Estamos perdendo de vista realidades muito mais superiores. Realidades estas que não somente desmascaram um pensamento distorcido da verdade (pensamento grego), mas vindica o caráter e a soberania de Deus. A nossa escolha delimitará o nosso futuro. Se decidirmos hoje confiar nas coisas do alto, deixaremos os sofismas do passado, a confiança nas coisas corruptíveis e viveremos a altura do plano proposto para cada filho e filha de Deus. Não deseja você usufruir a realidade superior que Deus reserva para seus filhos?


Weber Marques e Adriano Euzébio

Você é circunciso?


A circuncisão, como sinal exterior do concerto entre Deus e Seu povo escolhido, foi instituída no tempo de Abraão (Gênesis 17:10-14, 23-27; 21:4; Atos 7:8) e incorporado posteriormente, de forma explícita, na lei de Moisés (Levítico 12:3; João 7:22). Apesar de haver sido temporariamente interrompida durante a peregrinação no deserto, ela voltou a ser praticada logo após a entrada dos israelitas na Terra Prometida (Josué 5:2-9). Que esse ato só alcançava o seu pleno sentido religioso quando acompanhado da dedicação incondicional da vida a Deus e a Sua vontade é evidente nas referências que falam de uma circuncisão do coração (ver Deuteronômio 10:16; 30:6; Jeremias 4:4). Enquanto que no Antigo Testamento a circuncisão era uma condição básica para pertencer ao povo de Deus (Gênesis 17:9-14), no Novo Testamento essa condição passou a ser o batismo cristão (ver Mateus 28:18-20; Marcos 16:15 e 16; Atos 2:37 e 38). Em resposta aos cristãos judaizantes que tentavam impor a circuncisão aos gentios que aceitavam o cristianismo, o Concílio de Jerusalém deixou clara a opcionalidade dessa prática (ver Atos 15; Gálatas 2). O apóstolo Paulo é incisivo em afirmar que “em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor” (Gálatas 5:6), o “ser nova criatura” (Gálatas 6:15) e o “guardar as ordenanças de Deus” (I Coríntios 7:19). E o mesmo apóstolo acrescenta: “Foi alguém chamado, estando circunciso? Não desfaça a circuncisão. Foi alguém chamado, estando incircunciso? Não se faça circuncidar” (I Coríntios 7:18). Hoje, portanto, a circuncisão, para os cristãos, não passa de uma opção pessoal, destituída de qualquer significado religioso.

Fonte: Dr. Alberto R. Timm, Revista Sinais dos Tempos, junho de 1999.

O Homem Que Era Inocente, Mas Foi Condenado

Exposição de Rom. 3:21-31


“Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus… ” (Rom. 3:21).


Lembro de um irmão que disse ao seu pastor no final de um sermão sobre Justificação: “No passado os pregadores adventistas estavam enfatizando muito as obras!” E eu me lembro daquele homem que se dirigiu a um cristão e lhe perguntou: “Meu amigo, o que é que você crê?” “Bem, eu creio naquilo que a igreja ensina.”  “E o que é que a sua igreja ensina?” “A igreja ensina aquilo que eu creio”, respondeu. “Ah, sim, entendi. Mas o que é que você e a sua igreja crêem?”  “Bem, nós cremos na mesma coisa.”


Eu sonho com o momento em que todos os membros de minha igreja pensem a mesma coisa, creiam na mesma coisa e “falem todos a mesma coisa” (1Cor. 1:10), especialmente no que tange à justificação e à salvação.


Chegamos à grande tese do apóstolo Paulo: o Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todos os homens. E, de acordo com o seu método, para provar essa tese, ele apresenta algumas proposições. Primeira proposição: ”a ira de Deus se revela contra o pecado” Rom. 1:18. E agora, vamos tratar da segunda proposição: “a justiça de Deus se revela” para salvar o pecador. Rom. 3:21. Novamente, ele nos lembra que esta não é a sua doutrina, ele não a originou, porque já fora “testemunhada pela Lei e pelos profetas”, ou seja ela consta no Antigo Testamento (v.21).


“Mas agora” (V. 21) – ele inicia uma nova seção e apresenta uma nova proposição, um novo assunto. “Mas agora se manifestou a justiça de Deus” – e ele começa a desenvolver o que é esta justiça, como pode ser adquirida, e a quem é oferecida. Até o verso 31, esta é a seção mais importante a respeito da salvação, o texto da Bíblia mais profundo, a expressão bíblica mais impressionante no que se refere à salvação.


O que é que realmente significa esta justiça salvadora? Significa que Aquele a quem Deus enviou – Jesus Cristo – produziu uma justiça que nós nunca poderíamos produzir. Significa que Jesus foi completamente justo aqui nesta Terra, que Ele guardou os Dez Mandamentos e nunca falhou em nada. Significa que Ele produziu uma obediência perfeita para ser creditada a nosso favor. Significa que Jesus era a Inocência do Céu, o Sol da justiça.


I – A JUSTIÇA QUE SALVA É DE GRAÇA


Nos versículos 21-23, nós temos os característicos da justiça que salva: a justiça é de Deus, é da fé, e é de todos. Mas agora dos versos 24 a 26 ele apresenta os MEIOS através dos quais esta justiça poderia ser realizada. Como é que esta justiça pode surgir? Como é que foi possível para Deus produzir em Cristo Jesus esta justiça?


Então ele responde no: Versículo 24: “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.” Cada uma destas palavras é importante. O que é que significa salvação? Esta pergunta é respondida nestas palavras: “Sendo justificados”. Salvação se consegue “sendo justificados”. Portanto, justificação e salvação são a mesma coisa. Mas como esta justificação é adquirida, por que meio? Ele diz: “gratuitamente por sua graça, mediante a redenção”.


Nesta seção encontramos 8 diferentes maneiras pelas quais ele prova que nós não podemos ser salvos por nossa atuação: Ele diz que a justificação é: 1) sem lei (v.21), 2) mediante a fé (v.22), 3) gratuitamente (v.24),4) por Sua graça (v.24), 5) mediante a redenção (v.24), 6) não pela lei das obras (v. 27), 7) pela lei da fé (v. 27), 8) independentemente das obras da lei (v. 28). As palavras do v. 20 (“ninguém será justificado diante dele por obras da lei”) são uma antecipação do que ele estava para dizer nesta segunda seção. Este é o seu método. Estas são as expressões que ele usa para provar que a nossa salvação é completa, única e exclusivamente um ato de Deus.


Por que Paulo parece tão repetitivo? Porque ele não queria ser mal compreendido; ele é um verdadeiro pastor e não deseja que seus leitores fiquem com alguma dúvida, e porque é muito difícil a um ser humano compreender que a salvação é inteiramente de graça; ele sempre quer mostrar a Deus que ele pode fazer alguma coisa para se salvar.


Paulo disse que somos justificados “gratuitamente”. Esta palavra é importante. Isso significa que nós haveremos de alcançar a salvação por um mérito que não é nosso. Se eu disser aqui diante do auditório que eu estou dando R$ 500,00 gratuitamente, a compreensão será imediata: “Olha só; ele vai dar todo esse dinheiro, sem pedir nada em troca!” Esta palavra é muito clara para ser mal entendida.


Mas isso é muito difícil de entrar isso em nossa vida, e em nossa mente, em nossa compreensão espiritual; porque há uma tendência humana de sempre estar produzindo alguma coisa para dizer a Deus que nós temos merecimento. Mas a salvação é dada gratuitamente.


Paulo disse que somos justificados por Sua “graça”. Esta palavra é muito importante, aparece muitas vezes na Bíblia. Ela quer dizer que é sem mérito nosso, é inteiramente pelo mérito dAquele que dá, significa que é um dom imerecido de nossa parte, mas completamente providenciado pela outra parte.


II – A JUSTIÇA QUE SALVA CUSTOU MUITO CARO


Paulo disse que somos justificados mediante a “redenção” que há em Cristo Jesus. Esta palavra também é uma muito importante na Bíblia. O que é que significa redenção? Conta-se que há muitos anos, um viajante inglês que estava visitando o Cairo no Egito, passou pelo Mercado de Escravos, e viu um jovem inteligente que estava sendo exposto à venda. E aquele jovem cheio de músculos, um jovem de boa aparência ali estava sendo oferecido em leilão. E alguém lançou uma oferta; e outro, outra. E ele, movido de compaixão, ofereceu maior quantia que todos, e comprou aquele jovem. O escravo olhou-o com ódio e disse consigo mesmo: “Este homem vem de uma terra de liberdade, mas aqui ele nega os seus princípios para fazer dinheiro no tráfego de escravos. Se eu tiver oportunidade, vou lhe cravar um punhal no coração.”


Seu novo dono conduziu aquele jovem para fora da vista da multidão e disse: “Jovem, eu vi você lá sendo vendido, e eu me compadeci de você. Eu gastei tudo o que tinha para comprar a sua liberdade. Paguei o preço da sua libertação. Agora você está livre, você não é mais escravo. Você é tão livre quanto eu. Pode ir.” Quando o escravo ouviu estas palavras, e compreendeu quanto havia julgado mal o seu benfeitor, disse: “Ó meu senhor, me permite acompanhá-lo e servi-lo para sempre.”


Isto é o que significa redenção e esta é a atitude da pessoa redimida. A palavra redenção foi retirada daterminologia da compra e venda de escravos. Redenção significa a compra da libertação de alguém através de um preço, através de um resgate. Jesus Cristo pagou o preço infinito de Seu sangue pela nossa redenção. De fato, a justiça que nos salva custou muito caro para o Filho de Deus, o Homem que era inocente, mas foi condenado. Na cruz do Calvário, Ele pagou o preço de nossa libertação. Nós éramos escravos, mas agora somos livres. Isso é algo que deve despertar o nosso louvor; e não só o louvor, a gratidão, e adoração, mas também o nosso serviço.


Mas eu quero responder a uma outra pergunta: Em que realmente consiste esta redenção? O que é que realmente aconteceu na cruz do Calvário? Esta pergunta é respondida no v. 25: “a quem Deus propôs, no Seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na Sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos”. A redenção consiste na propiciação.


O que significa a propiciação (gr. “hilasterion”)? A propiciação é algo que envolve a 4 elementos: 1) uma ofensa; 2) uma pessoa ofendida; 3) uma pessoa ofensora. E em 4º lugar: uma oferta. Evidentemente, a ofensa é o pecado, “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (v. 23) – esta é a ofensa. A Pessoa ofendida é Deus. A pessoa ofensora é o pecador, são os homens, somos nós. E a propiciação é a oferta que deveria ser dada para expiar ou para tirar a culpa da pessoa ofensora. Deus foi ofendido pelo pecado do homem, e por isso está irado e, para que nós possamos ser salvos, Ele deve ser apaziguado.


Mas esta palavra “propiciação” tem sido negada em alguns círculos teológicos, e este texto (v. 25) é um verso que tem se tornado motivo para muitas controvérsias através da história da Igreja. Não deveríamos nos admirar que um assunto tão importante como a propiciação fosse levado à controvérsia, porque nós sabemos que Satanás não está muito interessado em que nós compreendamos certas coisas na Bíblia.


Muitos teólogos desorientam as pessoas com certas coisas que a Bíblia realmente não está dizendo. Então, há certos teólogos que negam a propiciação e substituem essa palavra por reconciliação. Agora, reconciliação é o resultado da propiciação; reconciliação é a restauração da paz e da harmonia entre o pecador e Deus.


Outros teólogos sugerem a palavra expiação para traduzir a palavra grega original. Mas “hilasterion” só se traduz corretamente como propiciação. Mas eles traduziram em algumas Bíblias mais modernas como expiação que significa retirada da culpa e é também um resultado da propiciação.


Mas o que é que realmente Paulo está dizendo aqui? Ele está afirmando exatamente que através do sangue da cruz de Cristo lá no Calvário foi feita uma propiciação para aplacar a ira de Deus, porque Deus estava irado, Deus estava contrário ao pecado e ao pecador, e estava pronto para destruí-lo, se não fosse apaziguado.


Agora, este ensino está de acordo com o contexto. Vimos como “a ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade”. (1:18). Também lemos no cap. 2:5: “Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento.” Em 2:8: “mas ira e indignação aos… que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça.”      


Portanto, a palavra propiciação é a tradução correta. E este é o grande ensino que está espalhado em toda a Bíblia, desde o início. Por exemplo, o próprio Moisés quando viu a ira de Deus se revelando entre o povo e abrindo a terra, e tragando elementos rebeldes, escreveu então o Salmo 90, onde ele diz: v. 7: “Somos consumidos pela Tua ira, e pelo Teu furor conturbados”; v. 9: “Pois todos os nossos dias se passam na Tua ira”;v. 12: “Quem, Senhor, conhece o poder da Tua ira?” E então no v. 13, ele diz: “Volta-Te para nós, Senhor; até quando? E aplaca-Te para com os Teus servos”. (Almeida antiga). Este é o ensino da Bíblia: Deus deve ser aplacado; Ele está irado, e então deve ser aplacado em relação ao pecado.


Mas por que alguns teólogos negam esta doutrina? Por 2 razões:    


1) Em 1º lugar porque julgam que isso é paganismo. Por que paganismo? Pelo seguinte: Quando os pagãos tinham algum problema com os seus deuses, assim imaginavam eles, quando havia um terremoto, um furacão, uma inundação, quando eles faziam alguma coisa errada e alguma coisa não dava certo com eles, assim diziam: “Ah, os deuses estão irados. Então, o que vamos fazer? Ah, nós vamos dar uma oferta para que os nossos deuses sejam aplacados.”


Então eles faziam sacrifícios. E quando eles não conseguiam aplacar os seus deuses, na sua maneira de pensar, eles chegavam até ao homicídio, até ao ridículo, até à falta de misericórdia de entregar os seus próprios filhos, os seus primogênitos, para aplacar a ira dos seus deuses. Então os teólogos dizem que quando nós reivindicamos esta interpretação nós estamos simplesmente dizendo a mesma coisa que os pagãos faziam. Assim, eles nos acusam de paganismo. 


Mas qual é a diferença entre a doutrina bíblica e a doutrina dos pagãos? Os teólogos julgam que nós queremos dizer com esta propiciação que Cristo mudou a mente de Deus; na cruz do Calvário, Jesus Cristo conseguiu apaziguar a Deus que está  irado contra nós. É isto verdade? É isso o que a Bíblia ensina? Seguramente não, porque basta ler com mais atenção o v. 25 (Rom. 3:25) para entendermos a falácia deste argumento. Notemos que Paulo disse: “a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação”.


Perceberam onde é que está a diferença? Cristo não precisou mudar a mente de Deus. Deus é quem propôs. A iniciativa não é do pecador. É Deus quem dá a oferta. E isso foi declarado por Deus a Moisés em Lev. 17:11: “Eu vos tenho dado o sangue”. É Deus quem toma a iniciativa de ser apaziguado pelo sangue que Ele mesmo oferece, através de Jesus Cristo, o nosso Salvador. Deus é quem propôs a Jesus Cristo.


Impressionante que Ele está irado contra o pecado e contra o pecador identificado com o pecado; mas como vimos que Ele precisa ser aplacado, Ele não exige uma  oferta do pecador, Ele mesmo dá a oferta, Ele dá o meio, e Ele dá aquele recurso através do qual Ele mesmo será aplacado. E assim, a Sua justiça será completamente satisfeita.


(2) Outra razão por que alguns teólogos negam esta doutrina é que eles não apreciam a expressão “ira de Deus”. Eles dizem que esta expressão apresenta a Deus como se fosse alguém apaixonado, caprichoso, pronto para destruir e pronto para se vingar, e cheio de vingança, e ardendo em ira. Mas realmente este não é o significado da “ira” divina. O próprio apóstolo Paulo disse que a ira de Deus significa a execução do justo juízo de Deus; significa que Ele tem retribuição (Rom. 2:5). Significa a Sua reação e o Seu ódio contra o pecado. A ira de Deus significa a Sua completa indignação e desaprovação ao pecado.


O que aconteceu na cruz? Na cruz do Calvário ocorreu uma propiciação. Algumas pessoas começam asentimentalizar a cruz, e dizem: “Ah, mas como o mundo foi tão mau, Jesus Cristo foi tão bom; e os homens maus, intolerantes e perversos, eles tomaram a Jesus Cristo e O crucificaram.”  E alguns teólogos dizem que Jesus morreu para dar-nos um exemplo, um exemplo do amor de Deus, um exemplo de quão fácil é Deus perdoar, o exemplo de que Ele no Seu grande amor é capaz de ser levado ao sacrifício e ainda dizer: “Perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.”


É esta a interpretação correta? Será que é fácil para Deus – e dizemos com reverência – é tão fácil assim para Deus perdoar? A Bíblia ensina que para Deus é fácil perdoar, porque Deus é amor, mas é difícil porque Deus também é justiça. Ele tem que punir o pecado, isso faz parte da Sua justiça. Por isso, perdoar e salvar custou muito caro para Deus que teve de entregar o Seu Filho único em sacrifício.


Então, como Ele pode conciliar o Seu amor e a Sua justiça? Com quem Deus negociou a redenção dos homens? Como é que Ele negociou este pagamento de sangue? Algumas pessoas dizem: “Bem, Ele negociou com o diabo.”  Isso é uma inverdade muito grande, porque o diabo foi pego de surpresa. Satanás era incapaz de compreender: Como é que Deus poderá ser justo e ao mesmo tempo perdoar o pecador? É impossível, ele dizia. O inimigo não podia conciliar estas duas coisas.


Mas agora Deus manifesta a Sua justiça. É exatamente a parte central do versículo 25. Vamos ler o verso (Rom. 3:25): “a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé para” agora “manifestar a sua justiça.”


A justiça de Deus é algo muito mais importante do que a nossa salvação, por mais importante que ela seja; mas é muito mais importante para Deus, porque o próprio caráter de Deus estava em jogo. Ele prometeu punir o pecado. Ele sempre Se manifestou com reação contrária ao pecado e Ele sempre prometeu punir o pecado.


Mas agora se manifesta a justiça de Deus, “por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos.” O que significa isso? Vamos pensar nestas palavras: “deixado impunes os pecados anteriormente cometidos.” A versão antiga (ARC) diz “remissão” ao invés de “deixado impunes”. Acontece que estas palavras “deixado impunes” são traduzidas de uma palavra grega (paressin) que não significa remissão, mas pretermissão.  Pretermissão é uma palavra que foi tirada da lei dos romanos. Há uma diferença entre pretermissão e remissão.


Observem que na lei dentre os romanos havia uma referência aqui a esta palavra paressin ao indivíduo que fazia um testamento e incluía todos os seus parentes menos um. Imagine um homem rico que está fazendo um testamento e dá em herança as suas riquezas para todos os seus parentes, mas evita um parente. Isso significa que ele passa por alto de determinada pessoa. Esta palavra, portanto, foi traduzida corretamente nesta Versão Atualizada (VARA), dizendo “deixado impunes” – quer dizer, passado por alto.


O que é que foi passado por alto? “Os pecados anteriormente cometidos”. Mas como pode Deus ser Deus e ao mesmo tempo passar por alto os pecados cometidos anteriormente? Esta era a acusação de Satanás: “Deus não é justo porque Deus não está punindo o pecado.”


É certo que a ira de Deus se revelava aqui, ali e acolá, mas muito raramente, porque a Sua ira estava misturada com a misericórdia, e os pecados realmente não estavam sendo punidos como deveriam ser punidos. E o tempo passava, e passaram 1.000 anos, 2.000 anos, 4.000 anos se passaram. E Satanás estava sempre lançando no rosto dos anjos, no rosto de Deus, dizendo que Deus é injusto, que Deus não pune o pecado, e que Deus não pode perdoar o pecado e ao mesmo tempo ser justo.


Então, agora chegou o momento da Cruz. Na Cruz a Sua justiça punitiva será manifestada. Na Cruz do Calvário, Jesus Cristo recebeu a punição de Deus por todos os pecados passados, cometidos pelos homens. Os sacrifícios de animais era o método de Deus passar por alto os pecados anteriormente cometidos, pois aqueles sacrifícios não podiam apaziguar a ira de Deus (Heb. 10:4).


Mas agora, os nossos pecados foram punidos em Cristo. Quando Cristo estava na cruz suspenso entre o céu e a terra, Ele, na Sua Pessoa, no Seu corpo recebeu a ira de Deus impendente sobre Ele para nos salvar, para que nós não tivéssemos a ira de Deus contra nós, para que Deus estivesse apaziguado conosco e para que Deus não nos punisse mais pelos nossos pecados. Portanto, os nossos pecados já foram castigados na cruz, no corpo do Salvador Jesus Cristo.


Mas se os pecados do passado foram resolvidos, antes da cruz, como ficam os pecados depois da cruz? O apóstolo Paulo responde a isto  quando ele diz no v. 26: “tendo em vista a manifestação da Sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o Justificador daquele que tem fé em Jesus.” O “tempo presente” é depois da cruz. Isso significa que todos os pecados estão resolvidos no presente e todos os pecados estão resolvidos no futuro. Porque o sacrifício de Cristo foi eficaz “uma vez por todas” (Heb. 10:10). Todos os pecados passados, presentes e futuros foram todos resolvidos lá na Cruz do Calvário.


Na cruz estão todos os nossos pecados. Aqueles pecados futuros que você ainda não cometeu, tudo isso já está resolvido e solucionado lá na cruz do Calvário. E assim a grande questão é respondida, é resolvida porque Deus pode “ser justo e o Justificador daquele que tem fé em Jesus.” (v. 25). Na cruz, Deus reivindicou o Seu caráter, e isso foi a coisa mais importante diante de todo o universo. Portanto, ninguém pode acusar a Deus de injustiça, porque Ele cumpriu plenamente aquilo que a justiça da Lei requer. 


III – A JUSTIÇA QUE SALVA É EXCLUSIVA   


Apresentamos os característicos, os meios e agora temos as conclusões: Paulo diz o seguinte: Qual a conclusão da Justificação pela Fé? É interessante que no verso 26, Paulo chegara a um grande clímax. Mas ele apresenta agora 3 conclusões em forma de anti-clímax. De fato, ele tem mais amor aos seus leitores do que à forma literária de sua exposição.


1- O legalismo é excluído: (versos 27-28): “Onde pois a jactância? Foi de todo excluída… Concluímos pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.” Portanto, não pode haver jactância, porque o homem é justificado sem as obras da lei. O legalista jactancioso não pode sobreviver diante da justiça exclusiva de Deus. Ou seremos salvos pela graça, ou não seremos salvos.


Dois homens entraram no templo para adorar. Um deles era fariseu e outro era um publicano. O publicano se humilhava e batia no peito, dizendo: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador.” Aqui está a doutrina, aqui está a propiciação; aqui está o momento em que ele diz: “Ó Deus, aplaca-Te para comigo; torna-Te favorável em relação a mim; perdoa o meu pecado, eu sou indigno, eu sou um pecador perdido, mas Senhor, tem misericórdia de mim.”


Enquanto isso, o fariseu se jactava: “Ah, Senhor, graças Te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano” (Luc. 19:11). E este saiu vazio enquanto que o outro foi justificado; assim disse Jesus Cristo. Ele nos deu aqui uma grande lição de justificação pela fé, sem jactância. Nenhuma jactância de alguma obra que o homem pudesse apresentar a Deus, porque não temos. É impossível se salvar pelas obras da lei; é impossível ser salvo como legalista jactancioso que apresenta as suas obras como méritos para a salvação.


2- O exclusivismo é excluído. Paulo prossegue: vs. 29 e 30: “É, porventura, Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios?” Agora chega a outra conclusão. A justificação exclui o exclusivismo.


Não há mais separação de classes. Vivemos num mundo separado por tantas divisões; mas através da justiça de Deus toda a humanidade pode ser unida, todos podem se salvar, todos podem ser irmãos, filhos de um mesmo Pai que revelou a Sua justiça e o Seu amor ao mesmo tempo quando Cristo morreu na cruz do Calvário. Agora, Ele pode ser justo e ao mesmo tempo Justificador de qualquer pessoa indistintamente.


3) O antinomismo é excluído. V. 31: ”Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei.” Há alguém contrário à Lei divina, que está contente? Não há lugar para ser contra a Lei. Ela está confirmada. Este é um outro anti-clímax. Mas ele está interessado agora em responder a uma questão: os judeus estavam dizendo: “Ah, Paulo, com esta doutrina da Justificação pela Fé você está anulando a lei. Você está extirpando completamente a lei”. Mas o apóstolo diz: “Não, é justamente o contrário; eu estou estabelecendo e ratificando a lei.”


A doutrina da justificação pela fé confirma a Lei. Por que Paulo podia dizer isso? Porque o Evangelho exalta a Cruz como sendo a revelação da justiça punitiva de Deus, que se manifestou por causa da Lei. Sem a Lei, não haveria pecado, nem pecador; sem Lei, não seria despertada a santa ira de Deus; e portanto, não haveria necessidade de salvação da ira; sem a Lei não haveria punição, nem propiciação. A redenção seria desnecessária. Mas tudo isso se faz presente com a Lei. Portanto, a doutrina da justiça pela fé estabelece a Lei.


CONCLUSÃO


Mas quem é o Homem inocente que foi condenado? Jesus Cristo foi esse Homem. O apóstolo Paulo O apresenta como Aquele que pelo Seu sangue nos garantiu a redenção através da Sua propiciação. Disse mais o profeta Isaías: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isa. 53:5)


Certa vez um capitão de navio estava enfermo e mandou chamar o médico. O médico examinou e disse: “– Meu querido capitão, muitos anos temos trabalhado juntos, mas eu preciso ser sincero com você. Você tem poucos dias de vida.”  E o capitão se desesperou. Chamou o imediato e disse: “– Guilherme, o médico me disse que eu tenho poucos dias de vida. E eu não estou preparado para morrer. Por favor, venha orar comigo, venha ler alguma coisa da Bíblia.” Este homem passara toda a sua vida sem o temor de Deus, e ele não se achava preparado para a morte.


O imediato indicou ao cozinheiro, a quem ele sempre vira com uma Bíblia na mão. Ele foi chamar o cozinheiro; e lhe disse: “– William, pegue a sua Bíblia e venha comigo. O capitão está precisando de você, quer que  você ore e leia a Bíblia com ele, porque ele tem poucos dias de vida.” E então aquele jovem se achegou perto do capitão. E então começou a ler.


No início não sabia o que ler, mas depois selecionou este texto. E começou a ler aqui em Isaías 53:1, até que chegou ao versículo 5. E ele disse: “– Capitão, o senhor gostaria que eu lesse este versículo exatamente como a minha mãe me ensinou a ler?”  “Sim, sim, tenha a bondade, leia como a sua mãe ensinou a ler o texto.”


Então ele leu e colocou aqui o seu nome, então disse: “Mas ele foi traspassado pelas transgressões de William Platt e moído pelas iniqüidades de William Platt; o castigo que traz a paz a William Platt estava sobre ele, e pelas suas pisaduras William Platt foi sarado.”


E neste momento o capitão já estava sentado, erguido do leito e disse: “– Meu jovem, ponha o nome do capitão nesse texto.”  E ele leu: “Mas ele foi traspassado pelas transgressões de João Clout e moído pelas iniqüidades de João Clout; o castigo que traz a paz a João Clout estava sobre ele, e pelas suas pisaduras João Clout foi sarado.”


Neste momento o homem experimentou uma paz, uma tranqüilidade interior. Poucos dias mais tarde ele morria; mas antes de morrer testificou que ele estava em paz, que ele estava pronto para morrer.


Você também gostaria de colocar o seu nome nesse texto de Isaías (53:5)? Você está dando valor ao que Cristo fez por você? Pela Sua redenção através da propiciação? Pelo Seu sangue derramado na cruz em seu lugar? Se você realmente quer se salvar, então tem que dar valor a estas coisas. Aplique isso a sua vida. Apegue-se a Jesus Cristo completamente pela sua fé, exerça fé em Jesus. Comece a glorificar o nome de Deus, a louvá-Lo, a adorá-Lo com toda a sinceridade. E então a sua vida será mudada e transformada completamente, em forma radical.


Pr. Roberto Biagini.Via Sétimo Dia

O Homem que tem Sede de Salvação

Lucas 19:1-10: “Entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade. Eis que um homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico, procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura. Então, correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar. Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa. Ele desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria. Todos os que viram isto murmuravam, dizendo que ele se hospedara com homem pecador. Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. Então, Jesus lhe disse: Hoje houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.”


Muitos têm sede de licor, de vinho, de libações alcoólicas; outros têm sede de drogas, anseio pelos alucinógenos; outros têm um grande desejo de dinheiro, muito dinheiro e nada mais além de dinheiro; outros ainda ambicionam a fama, o prestígio, o aplauso popular. Mas Zaqueu tinha sede de salvação.


¨ Você já teve um grande anseio pela vida superior?


¨ Você já teve um imenso desejo de superar os seus erros e dificuldades?


¨ Você já experimentou a sede de justiça e de salvação?


Hoje nós queremos falar sobre O QUE ACONTECE com um homem que tem sede de salvação. Há 4 COISAS que ACONTECEM com um homem que tem anseio pela salvação.


ZAQUEU era um homem israelita, que se tornara rico pela extorsão, pelo roubo e pela fraude, porque se aproveitava do trabalho de cobrador de impostos, era funcionário da alfândega de sua época, para furtar, e defraudar. Mas aquele homem, embora parecesse endurecido, tinha sede de salvação. Ele já experimentara tudo o que o mundo podia lhe oferecer, pois tinha a facilidade de comprar o que bem desejasse a sua alma. Porém, era um homem insatisfeito; ansiava por algo ainda desconhecido, algo que pudesse preencher o vazio de sua existência; aspirava por uma vida melhor.


E há 4 COISAS que aconteceram com Zaqueu, e há também 4 coisas que acontecerão com todos os que têm fome e sede de salvação.


I – O Homem Que Tem Sede de Salvação, ESFORÇA-SE PARA VER A JESUS (VS. 1-4)


1 – Temos nós necessidade de nos esforçar?


Muitos dizem que nós não precisamos nos esforçar porque Cristo já fez tudo por nós. Outros afirmam que sim, que nós precisamos nos esforçar porque temos uma parte a desempenhar em nossa salvação. Outros estão na dúvida, sem saber o que dizer a respeito desse assunto.


2 – Notamos que Zaqueu se esforçou.


Pode você imaginar um homem de pequena estatura se colocando em pé, na ponta dos dedos, a fim de ver a Jesus, mas impedido por causa de uma multidão de pessoas altas que o atrapalhavam, e o impediam de ver o Mestre? Podemos imaginar aquele homem vestido luxuosamente, pois assim com distinção se vestiam os homens ricos, correndo atropeladamente, a fim de subir em uma árvore? Pode contemplar aquele homem vestido de púrpura e linho fino, em uma posição não muito recomendável, no galho de um sicômoro?


Tudo isso era com o objetivo de ver a Jesus. Zaqueu desejava conhecer o grande Mestre, queria ver o Seu rosto. Mas ele não podia ver a Jesus facilmente por causa dos problemas e dificuldades; entretanto, não se desanimou; pelo contrário, ele se esforçou para ver a Jesus e ali estava ele nos galhos de uma árvore para poder contemplar o rosto do divino Mestre.


3 – De fato, há um esforço a ser feito por aqueles que têm sede de salvação.


Mas qual foi o esforço, em que sentido? A resposta é clara – o esforço é em direção a Jesus, o esforço é para ver a Jesus. Alguns poderiam objetar, e dizer: “Mas não disse o apóstolo Paulo: “Desembaracemo-nos de todo o peso e do pecado que tenazmente nos assedia e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta”? Sim, mas logo ele completa o pensamento, dizendo como fazemos isso: “Olhando firmemente para Jesus, o Autor e Consumador de nossa fé” [Heb. 12:1, 2]. De que modo devemos olhar para Ele? ‘Firmemente,’ isto é, sem desviar os olhos, e quando nós percebemos que desviamos os olhos, rapidamente O procuramos de novo.


4 – O esforço para ver a Jesus deve ser perseverante e invencível.


Havia muitos problemas para Zaqueu: Ele era rico. Para o jovem rico que teve também um encontro com Jesus, isso foi fatal. Ele era um publicano. Desprezado, considerado um grande pecador. Demais, ele era pequeno. De baixa estatura, cheio de complexos de inferioridade por sua pequenez. Mas ele venceu todas as dificuldades, revelando uma perseverança imbatível.


5 – Se você tem sede de salvação, seu esforço será ver a Jesus, custe o que custar.


Você será encontrado nas reuniões de oração, mesmo que isso custe enfrentar a chuva, o vento e o frio. Você será encontrado estudando a Bíblia, mesmo que tenha dificuldade de entender muitas coisas. Sua vontade de ver a Jesus será invencível, se realmente você tem sede de salvação. Como Zaqueu, você não pára diante das dificuldades, percebendo a necessidade do esforço para ver Aquele que tem tanto amor pelos pecadores! Você verá que compensa o esforço para ver o Salvador, embora Ele nos seja invisível.


II – O Homem que Tem Sede de Salvação, RECEBE A JESUS ALEGREMENTE (Vs. 5-6)


Zaqueu “desceu a toda a pressa e O recebeu com alegria.” Zaqueu recebeu a Jesus em sua casa, nós hoje O recebemos no coração.


1 – O que isso significa?


Receber a Jesus significa acolhê-Lo em nossa vida, aceitá-lO em nosso viver diário, convidá-lO para fazer parte de nossa existência, hospedá-lO no templo de nossa alma, em nossos pensamentos. Isso significa termos um vivo relacionamento com Aquele que nos amou a ponto de dar a própria vida em nosso lugar.


Disse Ele mesmo: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” (Ap 3:20). Assim como aconteceu com Zaqueu, recebendo a Jesus em sua casa e se alimentando com Ele, e dEle. Receber a Jesus é permitir que Ele entre em nosso coração, em nossa vida, a fim de cear conosco, a fim de sermos alimentados por Ele. É permitir que Ele seja o Salvador em nossa vida. É receber as Suas promessas de perdão e filiação. Daí, se desenvolve um relacionamento de amor e compromisso de seguir a Sua vontade como o Senhor de nossa existência.


2 – De que modo devemos receber a Jesus?


Zaqueu O recebeu com alegria. Não é possível recebê-Lo, realmente, sem alegria. Os fariseus, que não O haviam recebido, embora estivessem fisicamente tão próximos; apenas murmuravam, insatisfeitos, contra-sensos, porque Jesus Se hospedava com pessoas daquela espécie. Não tinham alegria.


Alguns, inclusive cristãos, demonstram tristeza em sua vida, murmuração, descontentamento, ciúmes, vida de insatisfação, não têm alegria. Por que isso? É porque ainda não receberam a Jesus.


É impossível recebê-Lo completamente em nossa vida sem alegria. Não é possível receber uma Dádiva tão preciosa de Deus, como é Jesus que morreu para nos salvar, sem uma grande demonstração de júbilo, gratidão, louvor e um intenso desejo de perdoar aqueles que nos ofenderam e nos devem tão pouco!


3 – Por que tantos são os nossos problemas como cristãos?


Temos problemas espirituais, praticando o pecado em nossa vida. Temos problemas de relacionamento, ao pensar muito em nós mesmos e esquecermos os direitos dos outros. Temos problemas emocionais e nos ofendemos com muita facilidade. Temos problemas financeiros, esquecendo de devolver o que pertence a Deus. Por quê? Porque não recebemos a Jesus com alegria, e muitas vezes lamentamos o fato de sermos cristãos.


4 – A religião cristã é plena de alegria.


Disse o apóstolo Paulo, que mais sofreu do que todos os que vivem lamentando: “Regozijai-vos sempre.” (1Ts 5:16). “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.” (Fil 4:4). Receber a Jesus é uma ventura emocionante, jubilosa e alegre.


Já estamos fartos do farisaísmo e legalismo, que é tentar ser cristão sem Cristo. Receber a Jesus é experimentar a maior felicidade, jamais superada pelas alegrias efêmeras e passageiras do mundo. Zaqueu era infeliz, até que recebeu a Jesus com alegria.


III – O Homem Que Tem Sede de Salvação, ARREPENDE-SE DE SEUS PECADOS (v. 8).


Zaqueu demonstrou genuíno arrependimento. Diante de Jesus ele se sentiu triste pelo mal que havia feito em defraudar o semelhante, e fez a mais impressionante declaração, jamais escrita antes, a respeito de qualquer homem rico do passado: ‘Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais’ (Luc. 19:8).


Ele não somente ofereceu a metade dos seus bens aos pobres, como decidiu restituir o roubado quadruplicadamente, fazendo uma confissão pública de seus pecados, porque eles eram conhecidos publicamente.


Com efeito, o verdadeiro arrependimento leva à restituição de tudo o que foi roubado. Sem restituição, não há arrependimento genuíno. Além da restituição, o arrependimento leva à confissão sincera do pecado.


E como será a confissão? Ela será pública, se a ofensa foi pública. Será sincera e específica, mencionando-se os pecados exatamente como aconteceram, diante de Deus.


1 – Definição: O que é Arrependimento?


Arrependimento é tristeza pelo pecado e o afastamento do mesmo. Arrependimento é uma tristeza que nos dá o poder, pela graça de Deus, de abandonar o pecado e o mal do coração.


Certa ocasião, numa cidade dos Estados Unidos, um homem cristão foi visitado por seu pastor. O pastor chegou à sua casa, e procurou esse senhor, e a sua esposa lhe disse que ele se encontrava no campo de lavoura trabalhando.


Então, o pastor foi lá a fim de falar-lhe. Mas chegou tão de repente, que o irmão nem teve tempo de esconder o cigarro que estivera ocultando até aquele momento. Mas, tentando se recompor, disse: “É, eu ainda estou fumando! Mas eu odeio esse maldito vício!”


O pastor lhe perguntou: “Odeia a ponto de largá-lo?” Essas palavras penetraram fundo em sua alma e ele respondeu: “Agora o senhor me pegou; eu nunca havia pensado dessa forma. Há tanto tempo que eu fumo, e odeio isso, mas por que não abandono logo esse maldito vício? Se eu odeio o fumo, então, eu vou largar isso!”


Ambos se ajoelharam e nunca mais aquele homem fumou.


2 – Arrependimento não é algo que você produz, é um dom de Deus.


Portanto: Tristeza pelo pecado é dom de Deus. Abandono do pecado é dom de Deus. Arrependimento genuíno e sincero é isso: abandono do pecado, motivado pelo ódio, pela tristeza de ferir a Deus e a Jesus Cristo, e entristecer ao Espírito Santo. Você está triste por seu pecado? Está triste a ponto de largá-lo? Tem ódio do pecado? A ponto de abandoná-lo?


3 – Mas, então, o que devemos fazer?


Se isso tudo é um dom de Deus, o que devemos fazer para que aconteça o arrependimento? Como vamos nos arrepender se não estamos arrependidos? Como sentir uma tristeza que não estamos sentindo? Como abandonar um pecado que não estamos dispostos a abandoná-lo?


Funciona como o caso daquela professora que disse a um aluno peralta: “Vai lá com a diretora e diga-lhe que você está arrependido de tê-la ofendido!” No outro dia, ela lhe perguntou: “Você disse à diretora que você estava arrependido?”


Ela já havia se comunicado com a diretora e sabia que ele não lhe falara. Mesmo assim, o aluno disse: “Sim, eu falei!” Mentiu. E, agora, cometera outro erro por que a professora lhe dizia para falar que estava arrependido, sem que ele estivesse arrependido.


Felizmente, a professora deixou isso de lado e foi cuidar dos seus trabalhos. Mas o menino ficou intrigado com isso: “Como vou dizer à diretora que estou arrependido, se não estou?”


Arrependimento é algo que acontece espontaneamente quando você olha para Jesus. Foi exatamente isso que fez Zaqueu: ele olhou para Jesus, ele viu em Cristo a pureza divina e almejou viver essa vida de um homem feliz, e se arrependeu de toda a sua vida de pecado e resolveu restituir a tudo o que havia roubado quadruplicadamente.


E mais: revelou um profundo amor pelo semelhante, ao dizer: “Resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens!” Quando vemos a Jesus, o amor nasce em nosso coração, e as mãos avarentas se abrem para ajudar aos outros que estão em necessidade!


Quando contemplamos a Jesus Cristo na Cruz do Calvário: Quando compreendemos que os nossos pecados crucificaram o Filho de Deus, quando entendemos que nós somos culpados da morte de Cristo na Cruz, então, sentimos tristeza, e abandonamos os nossos erros, e seguimos a Jesus.


Compreendemos finalmente que os nossos pecados ofendem a Deus, que feriram a Cristo na Cruz, onde Ele pagou o preço de nossa redenção. Daí, surge o arrependimento verdadeiro.


4 – O arrependimento é indispensável à salvação.


Disse Jesus: “Se não vos arrependerdes, certamente perecereis”. Mas se você tem sede de salvação, olha para Jesus, busca a Jesus, esforce-se para aproveitar todas as oportunidades para vê-Lo, vindo à igreja, lendo a Bíblia, e fazendo as suas orações. Assim você poderá ver a Jesus claramente.


IV – O Homem que Tem Sede de Salvação, TORNA-SE UM FILHO DE DEUS (vs. 9-10)


“Então, Jesus lhe disse: Hoje houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19:9-10).


Zaqueu era esse homem perdido, mas sedento de salvação. Então ele foi achado, e se tornou um filho de Abraão, como Cristo disse dele. E falou isso para surpresa geral e espanto dos fariseus, a fim de que todos ali que o desprezavam como um publicano pecador pudessem saber que ele não mais deveria ser menosprezado, mas considerado como também um filho da comunidade de Israel, e conseqüentemente, um filho de Deus.


1 – Nós também podemos nos tornar filhos de Deus.


Se você tem sede de salvação, e anseia por perdão, justificação e reconciliação com Deus para estar em paz com Ele e desfrutar de alegria na vida; se você olha para Jesus, buscando-O como o Seu Salvador, a fim de vencer o pecado e receber o poder para viver em obediência; se você se arrepender, abandonar o pecado, motivado por uma profunda tristeza por haver ofendido ao Espírito Santo: – então, você também será um filho de Deus.


2 – Nós estávamos vivendo em gélida solidão.


Sem família, separados da família celestial, distanciados, “sem lar, sem rumo, sem razão”, como disse Castro Alves. Antes, éramos filhos da ira e destinados à morte eterna; agora, somos filhos de Abraão, o pai dos crentes, e conseqüentemente, vamos pertencer ao povo escolhido, e seremos filhos de Deus.


3 – Que tipo de filhos?


Filho legítimo é Jesus Cristo, e Ele tão-somente. Nós somos filhos adotivos. Mas isso tem uma implicação muito preciosa: Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo. Antes que nós pudéssemos pensar ou fazer alguma coisa ou mesmo ter alguma consciência de vida, fomos escolhidos pelo grande plano de Deus.


Isso indica Seu maravilhoso amor. Não é o caso de sermos filhos que não puderam ser evitados. É uma distinção de filhos que foram adotados pela escolha de um Pai amoroso. Ele não só nos escolheu mas, também, nos predestinou. Logo após ter-nos escolhido, Ele nos predestinou para a salvação, que só pode ser medida pela eternidade.


4 – O que nos aguarda como filhos?


Disse S. Paulo: “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Jesus Cristo”. Aguarda-nos a herança eterna de um Paraíso de glórias imorredouras. Há uma riqueza imensurável para todos os filhos de Deus.


CONCLUSÃO E APELO:


O que Acontece Àquele que tem Sede de salvação?


1 – Ele se esforça para ver a Jesus Cristo,
2 – Ele O recebe em seu coração e na sua vida,
3 – Ele se arrepende sinceramente dos seus pecados.
4 – Ele se torna um verdadeiro filho de Deus.


Você tem Sede de Salvação?


Então,
1- Você se esforçará para ver a Jesus, custe o que custar, não se importando com as conseqüências, nem com os obstáculos.
2- Você receberá a Cristo no coração, como o seu único e suficiente Salvador, fazendo-O também o Senhor de sua vida.
3- Então, você se arrependerá de seus pecados, não importando de que classe eles foram. E haverá confissão sincera e específica.
4- Como um resultado, você se tornará um filho de Deus, podendo receber sua parte no dia final, a recompensa de todos os remidos, a eterna herança do Paraíso de Deus.


por Pr. Roberto Biagini via Sétimo Dia

Dormir bem é o segredo para longevidade, aponta o estudo


Um estudo realizado pela American Academy of Sleep Medicine mostrou que dormir bem é um dos segredos para a longevidade. A pesquisa, publicada na revista científica Sleep, foi a primeiro a analisar problemas de sono em uma grande amostra de adultos de idade avançada, de 60 a mais que 100 anos. 


A partir da análise de 2.800 pessoas, os resultados mostraram que cerca de 65% das pessoas relataram que sua qualidade de sono foi boa ou muito boa e o tempo médio diário de sono foi de 7,5 horas, incluindo cochilos. 


Os mais velhos, de 100 anos, e os adultos acima de 70 foram os mais prováveis de relatar boa qualidade de sono do que os participantes mais jovens, de 65 a 79, após controle de variáveis como as características demográficas, socioeconômicas e de saúde. Além disso, os homens eram 23% mais propícios a ter uma boa noite de sono, em comparação com as mulheres. 


Os problemas de saúde foram associados com pior qualidade de sono. Entre os avaliados, 46% dos participantes que tiveram a auto-avaliação de saúde insatisfatória também relataram não dormir bem. As chances de um bom sono foram também menores em pessoas que muitas vezes se sentiam ansiosas, que tinham pelo menos uma doença crônica e dificuldades com as tarefas diárias. 


O estudo envolveu a análise dos dados da Pesquisa de Longevidade Saudável feita na China. Realizada em 2005, essa amostra foi composta por 15.638 adultos com 65 anos de idade ou mais. Segundo os autores, a população da China de mais de 1,3 bilhão de pessoas inclui a maior população de idosos no mundo, tornando o país um recurso valioso para estudar a longevidade saudável. O Banco Mundial estima que a China tem cerca de 40.500 mil pessoas de 75 anos de idade e mais velhos. 


A pesquisa chinesa constatou que o acesso aos cuidados de saúde e o status econômico foram fortemente relacionados com a boa qualidade de sono. O total de 84% dos participantes que relataram dormir bem tinham assistência médica adequada e 56% relataram boa qualidade de sono quando a família estava em boa condição econômica. 
Fonte: Minha Vida

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