sábado, 6 de janeiro de 2018

O HEXAMERON

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por Guilherme Stein Jr.


A instituição do sábado ou do repouso do sétimo dia tem sua justificação no hexameron ou na obra de seis dias da criação. Assim rezam as Escrituras: “O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus ... porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra ... e ao sétimo dia descansou ... por isso abençoou o Senhor o dia sétimo e o santificou” (2). É isto, do ponto de vista bíblico, um fato que não admite nenhuma contestação. A dificuldade, porém, que modernamente contra ele se tem suscitado, é que, segundo os resultados de investigações científicas e de descobertas modernas, feitas mormente no domínio da geologia, esses dias não podem ser interpretados como dias literais, devendo representar períodos mais ou menos longos.


Não é aqui o lugar para entrarmos na apreciação das teorias que levaram a esta conclusão, muitas das quais, seja isto dito de passagem, exigem um maior esforço de fé para ser acreditadas ou tomadas a sério do que a narração genesíaca dos seis dias literais. Elas têm sido de sobra discutidas e ventiladas em todos os seus aspectos, quer os mais graves e mais ou menos aceitáveis, como os absurdos e cômicos. Excusado é nos referirmos também aos múltiplos erros, reconhecidos ou não, a que essas teorias têm dado lugar, e às profundas divergências por elas determinadas entre os próprios cientistas, com relação aos chamados períodos geológicos, alguns dos quais, de concessão em concessão, têm chegado a estabelecer para o mundo uma idade bastante aproximada da que lhe assina a Bíblia (3).

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Dias Literais ou Períodos de Tempo Figurados?

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por Gerhard F. Hasel.


I. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas o destaque crescente que tem sido dado ao criacionismo, à “ciência criacionista” (1), à “ciência das origens” (2), e à “ciência teísta” (3), tem criado um clima em que perguntas antigas têm surgido com enfoques específicos e nova sofisticação. Uma delas refere-se ao significado que se dá ao termo “dia” nos primeiros capítulos de Gênesis.


A natureza do relato da criação com os seus seis “dias” (Gênesis 1:5-31) seguidos do “sétimo dia” (Gênesis 2:2-3) é de interesse especial, porque costumeiramente esse período é entendido como significando o curto lapso de uma semana literal. Com base na moderna teoria da evolução natural, tem sido questionado esse curto intervalo de tempo apresentado no relato bíblico da criação. Há um contraste entre o curto período de tempo do relato da criação e as longas eras exigidas pela evolução natural.

Este artigo tentará desincumbir-se de várias tarefas interrelacionadas:

1. Prover algumas observações metodológicas, com um breve histórico da interpretação bíblica pertinente;

2. Citar opiniões representativas recentemente publicadas sugerindo que os “dias” da criação constituem longos períodos de tempo, ou épocas, e não dias literais de vinte e quatro horas;

3. Apresentar os dados encontrados em Gênesis 1 no seu relacionamento com outros dados do Velho Testamento; e

4. Aplicar na análise dos dados de Gênesis 1 a metodologia usual das pesquisas lingüísticas e semânticas, levando em conta o mais apurado conhecimento atual.


II. OBSERVAÇÕES METODOLÓGICAS E A HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

No Princípio - Deus

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Harold Coffin

Ph.D., foi professor de Paleontologia da Andrews University, em Berrien Springs, Michigan, U.S.A., e pesquisador do Geoscience Research Institute, em Loma Linda, California, U.S.A. Este artigo corresponde ao Capítulo 1 de seu livro intitulado “Origin by Design”, publicado em 1983 pela Review and Herald Publishing Association.



A mente humana não é capaz de compreender o infinito. Quando pequeno, deitava-me na poltrona estofada da sala de visitas e punha-me a meditar profundamente sobre os conceitos de infinitude do tempo e do espaço. Depois de ter-me envolvido com considerável turbulência na discussão desses mesmos assuntos, pareço agora acordar de um pesadelo pronto para escrever algo a seu respeito. Os anos trouxeram-me maturidade, mas não estou mais perto de ser capaz de resolver esses problemas - o que faço pela fé, apesar de a astronomia e a matemática hoje tornarem mais compreensíveis alguns aspectos do tempo e do espaço - do que estava antes.



“Tudo que é humano tem um princípio. Somente Aquele que se assenta sobre o trono, o soberano Senhor do tempo, não tem princípio nem fim. As palavras introdutórias das Escrituras estabelecem assim um impressionante contraste entre tudo que é humano, temporal e finito, e aquilo que é divino, eterno e infinito. ... Gênesis 1:1 afirma que Deus existe antes de todo o mais, e que Ele é único, e a única causa de todo o mais” (1).

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

A Semana da Criação: Do Primeiro ao Quinto Dia

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Frank Lewis MarshPh. D. em Biologia pela Universidade de Nebraska, foi um dos fundadores do Geoscience Research Institute. Residia em Berrien Springs, Michigan até seu falecimento no ano passado. Este artigo corresponde ao capítulo 13 do seu livro “Estudos sobre Criacionismo”, página 194 a 217, edição sem data, da Casa Publicadora Brasileira, Santo André, S. P.

A Origem da História da Criação - A Bíblia não dá nenhuma explicação da origem do relatório da criação contido no Gênesis. É razoável supor que Deus mesmo comunicasse os fatos a Adão e Eva. Deles, provavelmente, passou por tradição para Moisés, que escreveu os fatos sob a inspiração divina, omitindo quaisquer erros ou inexatidão que se tivessem intrometido na história em seu tempo. A história é de todo o ponto de vista completa e satisfatória. O crítico bíblico, Skinner, diz: “É uma coisa ousada desejar um tratado mais digno do tema, ou mais impressivo no efeito, do que o que achamos no bosquejo rigorosamente cinzelado e nas cadências majestosas do primeiro capítulo de Gênesis” (1). As Escrituras mesmas consideram este relatório como história verdadeira. Notai as seguintes passagens: Êxodo 20:9-11; 31:17; Salmos 8 e 104; S. Mateus 19:4-6; II S. Pedro 3:5; Hebreus 4:4 (2).

I. O PRIMEIRO DIA

a. A Criação das Substâncias da Terra

“No princípio criou Deus os céus e a terra. Ora, no que respeita à terra, estava sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus Se movia sobre a face das águas”. Gênesis 1:1 e 2. (As sentenças em negrito são citadas do livro Exposition of Genesis, de H. C. LEUPOLD. São suas traduções do texto original hebraico).

Dragões fato ou fábula?

Dragões fato ou fábula?

“Assim, o valente cavaleiro matou o dragão que lança fogo e partiu com a bela princesa para o castelo. E eles viveram felizes para sempre. ”

“Pai, essa foi uma história muito boa! Mas os dragões são reais? ”

“Não meu filho. Não há tais coisas como dragões. Isso é ficção. Agora fecha os olhos. Doces sonhos”

Dragões e humanos – Juntos?
Para os evolucionistas, as lendas de homens matando dragões devem ser míticas porque na sua linha de tempo tem criaturas como dinossauros mortos, 60 milhões de anos antes que o humanos existissem. Mas os relatos sobre dragões não são tão fáceis de descartar como mera fantasia.

Os dragões são imortalizados nas lendas, narrativas históricas e obras de arte no mundo inteiro. Para mencionar alguns, há uma descrição Aborígene de um monstro da água que se assemelha a um plesiossauro, um antigo relato histórico de serpentes no Egito com asas de morcego, no poema épico Beowulf com sua narrativa de uma serpente voadora, e nativos americanos petróglifos (gravuras em pedra) que se assemelham a dragões. Os dragões são descritos em bandeiras, emblemas, tapeçarias, mapas, cerâmica, pictogramas, e muito mais.

Embora provenham de culturas desconectadas, as descrições são notavelmente similares – talvez porque os dragões são reais? Saiba mais na nova exposição de dragões no Creation museum (museu da criação). Repleto de arte colorida e artefatos, intrigantes lendas de dragões, e alguns dragões chineses de 18 metros de comprimento, esta exposição expõe aos visitantes a pergunta, "os dinossauros eram dragões?"

Dragon exhibit in the large portico of the Creation Museum
Dragon exhibit in the large portico of the Creation Museum

Começando com a Bíblia
Criacionistas bíblicos não estão surpresos pelos artefatos descrevendo dragões ou a quantidade de relatos mundiais de dragões vivendo entre humanos ao redor do mundo – essa ideia é consistente com a Bíblia. Gênesis 1 nos diz que no quinto dia da criação Deus criou as “grandes criaturas do mar” (Palavra em hebreu tanninim vamos explorá-la abaixo) e as criaturas que voam, então isto teria incluído plesiossauros e pterodáctilos voadores, que chamaríamos de dragões. Deus fez os animais terrestres, incluindo dinossauros e outros dragões terrestres, no sexto dia, o dia que Ele criou o homem. Sendo assim, o homem viveu junto com estas maravilhosas criaturas desde o começo.

A Biblia menciona dragões? Usada várias vezes na escritura, a palavra em hebreu tannin é definida pelo dicionário Enhanced Brown-Driver-Briggs Hebrew and English como “serpente, dragão, monstro marinho”. e provavelmente refere-se a certos répteis, incluindo criaturas marinhas gigantes e serpentes terrestres. Embora traduzidas de várias maneiras e diferindo na precisão do significado baseado no contexto, tannin pode denotar um dragão e portanto pode potencialmente se referir a um dinossauro já que todos os dinossauros são dragões (embora nem todos os dragões são dinossauros por definição). A maioria de tannin/tanninim terrestres na escritura provavelmente se referem a criaturas descritas neste artigo semi-técnico, o qual lista todos os usos da palavra tannin na escritura.

Por que tannin não é traduzido como “dragão“ nas versões recentes em inglês? Talvez se deve a muitos mal-entendidos sobre o que dragões eram realmente. Em outros casos similares nós encontramos que a tradução lista elefantes ou hipopótamos nas notas de rodapé em Jó 40 quanto se discute beemote. Vamos olhar mais de perto o beemote para dar a você um contexto. No livro de Jó, Deus descreve o beemote que “come erva como um boi“ e “move sua cauda como o cedro“ com ossos que “são como tubos de bronze“ (Jó 40: 15–18). O animal descrito na passagem se encaixa bem com algo semelhante a um dinossauro saurópode como Brachiosaurus.

Depois, Deus o descreve com comprimento de um leviatã, um monstro marinho que cospe fogo em escalas impenetráveis que ninguém poderia enfrentar exceto seu Criador. Leia Jó 41 e veja se você imagina um furioso réptil marinho como um Kronosaurus. Leviatã é mencionado em 5 passagens da Escritura e é identificado como um tipo de tannin em Salmos 74:13–14 e Isaías 27: 1. Os dragões são reais – criaturas criadas, alguns dos quais aterrorizavam nas águas e outros que vagavam pela terra e pelo ar.

Então, como se explicam os dinossauros?
A palavra dinossauro não existia até que o cientista Sir Richard Owen a introduziu a meados de 1800. Antes disso, grandes répteis eram chamados de dragões. Mas, o termo dinossauro é mais limitado, só se refere a répteis terrestres cujas estruturas de quadril os levantam do chão. Assim então, podemos dizer que os dinossauros são um tipo específico de dragões.

Mas, lançador de fogo?
Peso dos animais do sul. Para a terra de aflição e de angústia (de onde vem a leoa e o leão, a víbora, e a serpente ardente, voadora) levarão às costas de jumentinhos as suas riquezas, e sobre as corcovas de camelos os seus tesouros, a um povo que de nada lhes aproveitará. (Isaías 30:6)
Muitos legendas de dragões como os que encontramos fora da Biblia podem ter sido embelezados, mas as características básicas dos dragões podem ser encontradas em criaturas conhecidas. Algumas descrições de dragões se encaixam bem com certos dinossauros. Os fósseis do pterossauros revelam asas como de dragão. Certos besouros atiram produtos químicos que queimam, então um dragão que solta fogo pela boca é realmente um exagero?

O que aconteceu com os dragões?
Dragões terrestres e aéreos, teriam sido levados na arca de Noé e provavelmente existiram algum tempo depois desse acontecimento, baseado nas descrições que nós vemos na Bíblia, nas lendas e artefatos ao redor do mundo. Mas eles morreram por causa do pecado, com fatores tais como ambientais, mudanças de habitats, problemas na fonte de alimentos, mutações genéticas e doenças. Além disso, o homem provavelmente desempenhou um papel na extinção dos dragões, como lemos nas lendas de assassinos de dragões.

Um dragão mortal ainda está rondando!
Nós temos um inimigo muito real que é chamado de dragão (Apocalipse 12:9). Suas artimanhas conduziram a raça humana ao pecado, e ele ainda está enganando e devorando hoje (1 Pedro 5:8, 1 João 5:19). Em João 1, podemos encontrar um inquietante teste que divide as pessoas em um dos dois campos – os filhos do diabo ou os filhos de Deus:

Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus. (1 João 3:8-10)

Você não pode vencer a este dragão com suas próprias forças. Como foi profetizado em Gênesis 3:15, nós precisamos que Jesus esmague a cabeça desta serpente. Através do arrependimento, da fé em Jesus Cristo, da Sua obra na cruz, e Sua ressurreição dos mortos podemos ser chamados filhos de Deus (João 1 :12). Então podemos nos regozijar com o apóstolo João como vencedores “Porque aquele que está em vós é maior do aquele que está no mundo“ (1 João 4:4).

Via ANSWERSINGENESIS

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Reportagem do Domingo Espetacular sobre Design Inteligente


domingo, 24 de dezembro de 2017

O Mistério do selo de Deus e os 144 mil

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Vamos tratar de um capítulo parentético. O capítulo 7 é um parêntesis e foi escrito entre o 6º e o 7º Selos, a fim de responder a uma questão levantada pelos ímpios que clamam: “Chegou o grande Dia da Ira de Deus e do Cordeiro, e quem é que pode suster-se?”

Para os ímpios em desespero, não há escape, não há salvação para ninguém. Mas eles não conhecem nem o Cordeiro, nem aqueles que são numerados como 144.000. Portanto, a resposta de Deus para esses ímpios é esta: Somente os 144.000 podem se sustentar diante das 7 Pragas, porque eles estão protegidos pelo sangue do Cordeiro e são assinalados pelo Selo de Deus.

sábado, 23 de dezembro de 2017

🎄🌟Comemorar o Natal é o mesmo que observar o domingo?


sábado, 16 de dezembro de 2017

Baraminologia e especiação rápida após o dilúvio



Nos últimos meses uma polêmica se instaurou na mídia, principalmente naqueles canais de divulgação parciais dominados pelo partidarismo evolucionista e ateu que, de maneira alguma, aceitam ter sua fé na teoria naturalista confrontada. Trata-se de um artigo publicado em uma revista científica estrangeira intitulada Academia Journal of Scientific Research.

O periódico está avaliado, indexado e classificado na lista do Qualis Periódicos da Capes, sistema oficial de classificação da produção científica brasileira dos programas de pós-graduação, nas áreas de Biotecnologia, Ciências Biológicas II e Medicina I e II, o que por si só justifica a atenção dada ao artigo publicado. Vale lembrar que o estudo, até ser publicado, passou por várias etapas, tais como levantamento e sistematização de referenciais atuais sobre o tema, escrita e reescrita, inúmeras vezes, revisão de orientadores, especialistas, editores, enfim, toda uma rede de pessoas que tornou isso possível.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Chuva antes do dilúvio?


Genesis 2:5-6 diz que “não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois nenhuma erva do campo tinha ainda brotado; porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, nem havia homem para lavrar a terra. Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra.”

Gênesis 2:8-10: “E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado. E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal. E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços.”

A Bíblia nos fornece poucas informações sobre as condições climáticas pré-diluvianas. A partir de uma análise exclusivamente bíblica, portanto, não podemos afirmar se choveu ou não antes do dilúvio. O que podemos fazer é apresentar os argumentos em favor e contra a presença de chuva e verificar qual parecer é o mais sustentável a partir de uma análise em conjunto de todas as hipóteses concorrentes.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A verdade sobre os Magos do Oriente e a Estrela de Belém


Ellen G. White, em O Desejado de Todas as Nações, no capítulo 6, "Vimos a Sua Estrela", pp. 33 a 38 e A Verdade Sobre os Anjos, p. 161, faz o relato do que aconteceu naqueles dias. Vejamos alguns trechos:
"Tendo nascido Jesus em Belém de Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está Aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a Sua estrela no Oriente, e viemos a adorá-Lo”. (Mateus 2:1, 2)

Os magos do Oriente eram filósofos. Faziam parte de uma grande e influente classe que incluía homens de nobre nascimento, bem como muitos dos ricos e sábios de sua nação. Entre estes se achavam muitos que abusavam da credulidade do povo. Outros eram homens justos, que estudavam as indicações da Providência na natureza, sendo honrados por sua integridade e sabedoria. Desses eram os magos que foram em busca de Jesus. 

Pelas Escrituras hebraicas, os magos tinham aprendido acerca da Estrela que deveria surgir de Jacó, e com ardente desejo esperavam a vinda dAquele que seria não somente a "Consolação de Israel" (Lucas 2:25), mas uma "luz para alumiar as nações" (Lucas 2:32), e "salvação até aos confins da Terra" (Atos 13:47).

Os sábios haviam estudado as profecias e sabiam que se achava às portas o tempo em que Cristo deveria vir. Achavam-se ansiosamente aguardando por algum notável sinal deste grande evento, para que pudessem encontrar-se entre os primeiros a dar as boas-vindas ao Rei celestial e adorá-Lo. 

Estes sábios haviam contemplado os céus iluminados com a luz que irradiara dos mensageiros celestiais que anunciaram o nascimento de Cristo aos pastores de Israel. Depois que a multidão angélica retornara ao Céu, uma brilhante estrela aparecera. A aparência incomum da grande e luminosa estrela, que nunca antes haviam observado, pendente no Céu como que significando um sinal, atraiu a atenção dos magos, e o Espírito de Deus moveu-os a saírem à procura dAquele que viera do Céu para visitar o mundo caído.
"Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino." (Mateus 2:9)

Não era uma estrela fixa, nem um planeta, e o fenômeno despertou o mais vivo interesse. Aquela estrela era um longínquo grupo de anjos resplandecentes, mas isso os sábios ignoravam. Tiveram, todavia, a impressão de que aquela estrela tinha para eles significado especial. Consultaram sacerdotes e filósofos, e examinaram os rolos dos antigos registros. A profecia de Balaão declarara: 
“Uma Estrela procederá de Jacó e um cetro subirá de Israel." (Números 24:17) 
Teria acaso sido enviada essa singular estrela como precursora do Prometido? Os magos acolheram com agrado a luz da verdade enviada pelo Céu; agora era sobre eles derramada em mais luminosos raios. Foram instruídos em sonhos a ir em busca do recém-nascido Príncipe.

Em Belém, não encontraram nenhuma guarda real a proteger o recém-nascido Rei. Não havia a assisti-Lo nenhum dos grandes da Terra. Jesus estava deitado numa manjedoura. Os pais, iletrados camponeses, eram Seus únicos guardas. Poderia ser Este Aquele de quem estava escrito que havia de restaurar “as tribos de Jacó”, e tornar a “trazer os remanescentes de Israel”; que seria “luz para os gentios”, e “salvação [...] até à extremidade da Terra”? (Isaías 49:6). 
“E, entrando na casa, acharam o Menino com Maria, Sua mãe, e, prostrando-se, O adoraram.” (Mateus 2:11)

Através da humilde aparência exterior de Jesus, reconheceram a presença da Divindade. Deram-Lhe o coração como a seu Salvador, apresentando então suas dádivas — “ouro, incenso e mirra”. Que fé a sua! Como do centurião romano, mais tarde, poder-se-ia haver dito dos magos do Oriente: “Nem mesmo em Israel encontrei tanta fé” (Mateus 8:10).

Por meio dos magos, Deus chamara a atenção da nação judaica para o nascimento de Seu Filho. Suas indagações em Jerusalém, o despertar do interesse popular, e o próprio ciúme de Herodes, que forçou a atenção dos sacerdotes e rabis, dirigiu os espíritos para as profecias relativas ao Messias, e ao grande acontecimento que acabava de ocorrer.

Megaphone Adventista

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Existia um único supercontinente antes do dilúvio?

Muitas pessoas têm curiosidade acerca da origem dos continentes. O planeta antes do dilúvio possuía ou não apenas um continente, o que atualmente os cientistas chamam de Pangeia? Este tema realmente é complexo e tem suscitado dúvidas entre os nossos leitores. Essas dúvidas foram, então, sintetizadas na forma de cinco questões norteadoras para a realização dessa entrevista concedida pelo geólogo e professor Dr. Marcos Costa à Origem em Revista.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

17 alimentos que fazem você envelhecer 20 anos

Há diversos fatores que influenciam a forma como você envelhece – a genética, o hábito de fumar, a exposição ao sol, o seu ambiente, e muito mais. Mas o que você come tem um papel crucial na sua aparência e na maneira como você se sente conforme se torna mais velho. 

Pode parecer que a mudança acontece da noite para o dia: um dia você ouve que parece cinco anos mais jovem do que realmente é, e no seguinte ninguém estranha quando você compartilha a sua idade, mas a verdade é que nossas escolhas vão moldando a forma como envelhecemos dia após dia. A boa notícia é que você pode assumir o controle do que você vê no espelho. Pedimos que nutricionistas renomadas revelassem quais alimentos aceleram o surgimento das rugas, prejudicam a aparência dos dentes e da pele, e envelhecem o organismo. Confira a seguir:

1. Margarina. Esperamos que você tenha abandonado este substituto da manteiga há alguns anos. Caso contrário, fique atento! “Nem todas as gorduras são iguais, e a margarina parece dar às [outras] gorduras uma má reputação”, diz a Dra. Tasneem Bhatia, também conhecida como Dra. Taz, especialista em perda de peso e autora dos livros What Doctors Eat e The 21-Day Belly Fix. “O culpado na margarina é a gordura trans, que destrói a hidratação. Quanto menos hidratada estiver a sua pele, mais rápido surgirão as rugas.”

domingo, 19 de novembro de 2017

Argumentos falaciosos para a defesa de um universo jovem

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Há uma corrente filosófica expressiva no criacionismo que defende que o universo tem de 6 a 10 mil anos de idade. Pessoas que advogam essa linha de pensamento buscam argumentos bíblicos e evidências físicas para defender sua hipótese. Outra corrente criacionista defende que a vida na Terra é jovem, mas o universo é antigo. Essa linha também apresenta argumentos bíblicos e evidências físicas. Ambas as linhas defendem que a semana de Gênesis 1 foi de sete dias literais de 24 horas sem intervalos entre si. Ambas as linhas não podem estar simultaneamente corretas quanto à idade do universo. Ou será que podem? Na verdade, há um modelo desenvolvido por Russel Humphreys que tenta harmonizar ambas as posições. Mas esse é um tema mais complexo, que foge ao nosso escopo do momento.

É saudável que haja diferenças de opinião e que cada um defenda da melhor forma possível seu ponto de vista a fim de que se possam pesar os argumentos e chegar a conclusões mais realistas. O problema surge quando emergem argumentos inválidos e, mesmo quando são apontadas inconsistências, tais argumentos continuam a ser utilizados.

A linha criacionista que defende que o universo é jovem tem afirmado que a palavra “céus” em Gênesis 1 significa “espaço sideral”, “universo”, e que a palavra “terra” significa planeta Terra. Portanto, Gênesis 1 iniciaria falando da criação do universo.

A linha criacionista que defende que o universo é mais antigo do que a Terra cita passagens bíblicas que defendem seu ponto de vista. Entre elas, podemos citar Provérbios 8, que em seu desenvolvimento recua gradativamente no tempo até falar de uma época em que nem sequer o princípio do pó deste mundo existia. Outra passagem bastante citada é Jó 38, que menciona seres inteligentes celebrando a criação da Terra (então o universo já existia). Nessa linha, há também quem argumente que as palavras usadas em Gênesis 1 para céus e terra são definidas no próprio capítulo (céus = o que separa as águas de cima, da chuva, das águas de baixo, líquidas; terra = porção seca) e, juntas, fazem referência ao planeta e arredores (parte seca, atmosfera e alguns objetos observáveis através da atmosfera). Gênesis 1 chega a mencionar a criação do Sol e da Lua, mas não a das estrelas, por exemplo – o texto em hebraico diz que Deus fez o luminar grande para dominar o dia e o pequeno para dominar a noite e as estrelas, não fala em criação das estrelas.

Pelo simples fato de haver dúvidas sobre se “céus” podem significar universo (de acordo com o pensamento atual) ou se significam apenas atmosfera (conforme definido em Gênesis 1:8) já não se podem fazer afirmações sobre a criação do universo com base em Gênesis 1.

A ideia de que o universo é jovem baseia-se na hipótese de que o universo foi criado no primeiro dia da semana de Gênesis 1. Como isso não é possível de ser estabelecido biblicamente, trata-se mais de uma questão de tradição ou de preferência em termos do que acreditar, apesar de isso criar tensões com outras passagens e ensinos bíblicos. Mas até aí pode-se considerar uma questão de preferência intelectual.

O problema surge quando são usadas informações truncadas a respeito de observações do mundo físico como argumentos em favor do modelo conceitual do universo jovem. A seguir, comentaremos alguns a título de exemplo:

1. Existe material interestelar com temperaturas não tão baixas (nuvens de poeira, nebulosas). Se o universo fosse antigo, esse material já estaria muito frio.

2. Se levarmos em conta a velocidade das estrelas em cada galáxia, constataremos que as galáxias não são estáveis e não podem durar muito, pois as estrelas se dispersarão pelo espaço ao longo do tempo.

3. Galáxias chocam-se entre si. Se o universo fosse antigo, todas as galáxias já teriam se chocado.

4. Galáxias espirais não podem ser antigas, pois as espirais se desfazem depois de algum tempo.

Existem outros argumentos que, como esses, podem parecer razoáveis a leigos, mas soam absurdos para quem conhece mais detalhes desses assuntos.

Imagine alguém usando o seguinte argumento: a superfície da Terra constantemente irradia energia térmica para o espaço. Se a Terra tivesse dezenas de dias de idade, até a atmosfera da Terra já estaria toda congelada. Portanto, a Terra não pode ter mais do que uns poucos dias de idade. O que está errado nesse argumento? Simplesmente ignora a energia que o Sol fornece à Terra constantemente. Este argumento é análogo ao do material estelar que teria esfriado se o universo fosse antigo. Há grandes quantidades de radiação aquecendo o material interestelar.

Imagine outro argumento: os planetas do sistema solar se movem a grandes velocidades. Portanto, após uns poucos anos, estarão muito longe uns dos outros e do Sol. A Terra, em particular, percorre quase 500 milhões de quilômetros por ano. Como ainda estamos a uns 150 milhões de quilômetros do Sol, o Sistema Solar não pode ter mais do que uns poucos meses de idade. O que está errado neste quadro? O argumento ignora que os planetas orbitam o Sol. Se não girassem em torno do Sol a uma velocidade suficiente, aí sim é que o Sistema Solar seria instável. É mais ou menos esse o tipo de lógica por trás do argumento 2 acima. Ignora que os componentes de uma galáxia precisam circular a velocidades relativamente altas para evitar que todos se acumulem e colapsem no centro de cada galáxia. O argumento usa justamente o que dá estabilidade às galáxias para tentar estabelecer que elas são instáveis.

Quanto ao argumento 4, a questão é: Em que eles se basearam para afirmar que as galáxias espirais não permanecem espirais por muito tempo? Intuição (falsa ciência) na verdade, pois os cálculos necessários para isso exigem uma tremenda capacidade de processamento. Aliás, esses cálculos têm sido repetidos com cada vez mais precisão em clusters de processadores, e quanto mais precisos são os cálculos, mais parecidos ficam os resultados com a realidade. E o que encontramos? Galáxias espirais se formando como consequência da gravidade e do momentum angular do material e se mantendo por bilhões de anos, assim como outros tipos de galáxias.

E aquela história de que as galáxias não duram muito porque colidem? Ok, carros também colidem frequentemente. Então carros não podem existir há muito tempo porque senão todos já teriam colidido, certo? Sim, existem colisões de galáxias formando novas galáxias, mas também existe um enorme número de galáxias que não teve oportunidade de colidir em bilhões de anos. Só porque existe uma ou outra colisão em meio a bilhões de galáxias não significa que todas colidam rapidamente. Aliás, uma colisão tipicamente demora bilhões de anos. E se houve tempo para haver colisões entre galáxias é porque o universo é antigo.

Note que interessante: um fenômeno que demora bilhões de anos para acontecer é usado como “evidência” de que o universo é jovem. Evolucionistas têm acusado criacionistas de desonestidade intelectual quando se deparam com argumentos assim. Podemos culpá-los por isso?

Tudo isso poderia ser evitado se houvesse mais atenção às regras de exegese e hermenêutica no estudo da Bíblia, assim como atenção aos detalhes técnicos de argumentos supostamente científicos. O resultado do uso de argumentos inconsistentes é um tiro no pé.

(Eduardo Lütz é físico e engenheiro de software)Via Criacionismo

sábado, 11 de novembro de 2017

10 perguntas a se fazer antes de entrar em um debate teológico

Um dos maiores equívocos que a cultura popular já inventou é que “religião não se discute”. Convenhamos: debater sobre religião é muito legal. É gostoso, enriquecedor, empolgante. Lógico que religião se discute! E, com o surgimento da Internet e, em especial, das redes sociais, essa atividade ganhou um forte impulso: agora você pode debater sobre questões teológicas deitado no seu sofá, sem ter de tomar banho ou pentear o cabelo, com muitas pessoas ao mesmo tempo, sobre os mais variados temas da teologia. Ficou fácil demais se engajar em discussões doutrinárias, participar de rodas de conversa teológicas, expôr seu ponto de vista religioso. Portanto, religião se discute, sim, e mais do que nunca. 

Diante dessa realidade, será que devemos ter critérios para selecionar de que debates devemos participar e como precisamos nos posicionar? Mais ainda: será que há ponderações bíblicas que nos ajudem a decidir o que debater e como debater?

Acredito que sim. Por isso, gostaria de compartilhar com você dez perguntas que levo em conta, com base na Bíblia, que me fazem, na maioria das vezes, conter meu ímpeto de ingressar em um debate teológico. Espero que lhe seja útil. Se você concordar ou discordar, seus comentários são muito bem-vindos. O que sugiro é que, ao ser tentado a entrar em alguma discussão acerca da fé, antes de entrar você sempre se faça estas dez perguntas (leia com extrema atenção as citações da Bíblia):

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Criacionistas admitem: extraterrestres existem!


Uma caminhada noturna por entre o milharal. De repente uma poderosa luz brilhante parte do céu para beijar a superfície. E você é abduzido por uma estranha presença oculta. Mais tarde, reaparece em outro lugar sem saber o que aconteceu nas últimas horas. O clichê dos filmes e livros que retratam abduções alienígenas reflete a expectativa humana de que haja algo ou – melhor dizendo – alguém para além da atmosfera terrestre. Pois desde que o ser humano aprendeu a olhar para as estrelas, ele passou a se perguntar se estava realmente só nesse vasto universo. A procura por respostas a essa arcaica inquirição tornou-se o tema principal do século presente: encontrar vida fora dos limites do planeta Terra é a proposta da vez no meio científico. Nunca antes tivemos tamanhos investimentos na pesquisa fora de nosso hábitat quanto está sendo investido agora.[1] E não só o campo científico está empolgado em divulgar mais sobre o que há para além daqui, mas também a indústria midiática tem contribuído poderosamente para chamar a atenção da população para esse assunto. Embora o cinema e a literatura já tenham retratado os seres de outros planetas das mais variadas formas – de humanoides a formas gosmentas, – ainda esse ano, o filme de título Vida foi lançado trazendo a estória de seis astronautas em missão que encontraram um ser vivo unicelular em Marte, sendo intensamente celebrada a descoberta. O fato de que o alienígena fosse um ser procarionte entrou em concordância com o que os pesquisadores acreditam existir fora daqui. E mesmo que o enredo esteja repleto de ficção, alusivamente ele retrata muito bem as esperanças atuais de se descobrir vida em outros lugares.

domingo, 5 de novembro de 2017

O mundo pré-diluviano


Sabemos que havia uma vida muito mais exuberante, diversificada e abundante sobre a terra antediluviana do que depois. Isto é suportado pelos enormes depósitos fósseis de vida vegetal e animal com dimensões individuais e coletivas muito maiores de altura naquela época em relação a vida que conhecemos hoje, além dos enormes depósitos de carvão. Tudo isso dependeria de condições ambientais distintas das que o planeta apresenta atualmente.

Nesse texto, tentaremos reconstruir brevemente as condições de um mundo anterior ao episódio bíblico do dilúvio, em consonância com que diz acerca deste tema o Dr. Henry Morris,1 presidente-fundador do Institute for Creation Research: “uma imagem do mundo antes do dilúvio é, em parte, especulação, porque não há como verificar isso cientificamente. Sempre haverá problemas, mas podemos tentar imaginar o que era o mundo pré-diluviano através do quadro bíblico e à luz dos recentes dados científicos que temos. Uma coisa que não devemos fazer é mudar ou distorcer o que a Palavra de Deus diz. Os dados geológicos estão sujeitos a diferentes interpretações, mas não podemos fazer isso com a Bíblia.”

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A morte da vida privada ainda vai matar nossa vida social


Os limites do que precisa ser exposto não existem mais.

Não nos preocupamos em preservar nossos queridos que estão acamados, nem nos atentamos que as crianças também precisam ser preservadas, e nem todos os olhos precisam vê-las. 

Precisamos tanto compartilhar nossas passagens pelo céu e pelo inferno, que nem paramos para notar que se apenas Deus e o Diabo soubessem, já estaria suficiente.

Conquistas que poderiam ficar no privado pra não deixar nossa carência por auto-afirmação tão evidente acabam sendo alardearas desnecessariamente.

Transformamos internações, luto, algumas horas tomando soro, um acidente automobilístico em eventos similares a um martírio, se não podemos ser protagonistas heróis, que sejamos protagonistas vitimizados.

Parece que estamos todo tempo em busca de um recorte extraordinário, de ser manchete, mesmo que isso tire de nós o direito de sofrer ou rir apenas com as pessoas que amamos, e que de fato se importam. 

Quando que o amor dos que temos por perto se tornou tão insuficiente? 
Quando foi que passamos a precisar tanto de que quase desconhecidos comentem com  e nos acolham por 5 segundos?

Expomos tudo, e os mais cristãos ainda, o fazem como se fosse um pedido de oração; e talvez seja mesmo, talvez seja um clamor desesperado por livramento, mas em certa medida há um clamor desesperado por ser notado, para que minha dor seja vista. 

Afinal, cada vez mais, em um mundo caótico, somos apenas mais um sangrando.

O problema ainda se torna maior, porque ao deixar de ter vida privada, perdemos o direto a limitar a intromissão, pois não existe mais intromissão, tudo da minha vida é de todos. 

E há ainda aqueles que entendem que ninguém pode ter vida privada, que nada pode ficar vetado a necessidade humana de saber por saber; entram, stalkeiam, vasculham a vida alheia, pegam alguns sinais e criam notícias da vida alheia pra que nada fique encoberto; somos ratos entrando em espaços proibidos querendo estragar o pouco que alguém deixou guardado pra si na dispensa da alma.

Cada manhã o circo é montado, a platéia de hoje ficará indignada por ser o palhaço amanhã. O que se coloca no centro do picadeiro falará de tudo, se humilhará, não deixará nada guardado em busca de alguns poucos aplausos, esquecendo que as luzes se apagam, e a plateia se esquece do palhaço, do mágico e de todo o espetáculo, porque eles querem apenas entretenimento.

Vamos assim matando a vida privada, achando que isso é rede social, sem notar que se matarmos a vida privada, mataremos a vida social; pois ninguém saberá lidar com tudo sendo acessível a todos, sem nenhum espaço para ser meu.

Por favor, encarecidamente; preserve as pessoas que você ame, entre na vida apenas das pessoas que te convidarem; controle sua curiosidade e sua capacidade demoníaca de suprir com a sua criatividade, lacunas não contadas das histórias; recolha-se vez ou outra; leve suas dores aos que você sabe que as sentirão contigo. 

Valorize sua vida social recolocando sua vida privada no devido lugar!

Tiago Rodrigues (via facebook)

domingo, 29 de outubro de 2017

A segunda vinda de Cristo será em 2018, pelo menos no cinema


Misturando porções bíblicas com relatos ficcionais, ao estilo de “Deixados para Trás”, o filme “A Segunda Vinda de Cristo” deseja despertar o interessante das pessoas sobre as profecias dos fins dos tempos. Misturando presente, passado e futuro, semelhantemente ao Livro de Apocalipse, o longa fala sobre desastres naturais que vão se desenrolando sobre a Terra, resultando em um “efeito dominó” que mostra os animais e as pessoas morrendo, a fome e a peste se alastrando pelo planeta, quando um “salvador” surge no cenário político.

A sobrevivência dos que ficaram na terra é o ponto central da trama, que mostra como a fé em Deus separou os justos dos injustos. A personagem principal é a cientista Beatrix Cera (interpretada por Diana Angelson) que tem dificuldades em discernir as mensagens bíblicas apesar de ver seu cumprimento diante de seus próprios olhos.

O filme deveria ter estrear no Natal de 2017, mas por problemas de distribuição só chegará às telas nos EUA em março de 2018. Até o momento não há previsão de lançamento no Brasil. (Gospel Prime/IMDB)

Assista o trailer:


A segunda vinda de Cristo é a bendita esperança da Igreja, o grande ponto culminante do evangelho. A vinda do Salvador será literal, pessoal, visível e universal. Quando Ele voltar, os justos falecidos serão ressuscitados e, juntamente com os justos que estiverem vivos, serão glorificados e levados para o Céu, mas os ímpios irão morrer. O cumprimento quase completo da maioria dos aspectos da profecia, bem como a condição atual do mundo, indica que a vinda de Cristo é iminente. O tempo exato desse acontecimento não foi revelado, e somos portanto exortados a estar preparados em todo o tempo. (Crença Fundamental nº 25 da IASD)


Via Megaphone Adventista

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Cristianismo Pagão


por: Patrike Wauker

Todos nós nos achamos gênios ao sermos introspectivos. Investigar a si mesmo nos dá um senso de importância às vezes errôneo. Não tentamos aplicar nossas ideias ao mundo e acabamos vivendo em ar fantasioso. Talvez por isso eu tenha achado genial a ideia de escrever um conto chamado O caso do púlpito perdido.

Há muitas maneiras de não conhecer a Deus, e a primeira forma é tentar senti-lo. Essa seria a minha premissa. Seria a história de uma igreja que ao tentar ser mais pós-moderna e relevante, empreende um culto jovem regado à uma dose extra de sentimentalismo e vazio existencial.

Todo culto pós-moderno, é importante ressaltar, precisar retirar o púlpito da igreja. Afinal, igreja não pode ter cara de igreja, já que os pós-modernos não querem nada com a igreja, – assim como Cristo não precisa ter a cara de Cristo, Cristo se revela aos cristãos para que os cristãos o escondam dos pós-modernos. Para que a igreja se pareça mais como um cinema, ou teatro – algo mais cult – retira-se, então, o púlpito.

O culto acontece como deve acontecer: canta-se, pula-se, chora-se, lamenta-se, fotografa-se, faz-se pose, edita-se no photoshop, e todos saem da mesma forma que entraram: alegres, cheios, preenchidos, – pelo êxtase.

Um belo dia, um diácono ao arrumar a igreja percebe que o púlpito sumiu, e assim, começa-se a caçada ao púlpito perdido. Onde estaria ele? O lugar mais provável não vê nem sinal dele: o fundo da igreja. E de quem seria a culpa pela perda? A igreja conseguiria continuar sem o púlpito? Não seria melhor retirá-lo logo de todos os cultos? Afinal, se a sociedade é pós-moderna em todo o tempo, a igreja o deve ser sem cessar. Não seria esse sumiço orquestrado pelos jovens para que os cultos fossem sempre realizados dessa forma?

Admito, não é tão interessante quanto pensei. Mas ela me ajudou a entender uma verdade sobre nossos cultos. Sempre que vejo uma imagem de publicidade ligada a culto de qualquer igreja cristã, observo que a imagem é sempre a mesma: mãos levantadas, um palco à frente, e um escuro que é contrastado com as luzes do palco. Afinal, por que o culto cristão sempre tem que ser retratado como um local onde se encontrará êxtase?

Um dos meus maiores pecados literários é ainda não ter lido Cristãos em Busca do Êxtase, do Vanderlei Dorneles. Eu realmente acho esse título bom, dos melhores. Não sei se já li um título tão descritivo quanto esse. O cristianismo de hoje é um cristianismo de êxtase. O problema é que o cristianismo não é uma religião de êxtase. Nunca foi.

O cristianismo é uma religião racional. Não racionalista, me entenda. Racional por acreditar que Deus fala ao homem através da razão. Obviamente, há espaço para a fé, pois ela não é contrária à razão. Contudo, a fé cristã consiste em confiar em Deus além das circunstâncias, ou seja, além do êxtase. A fé não é o motor do êxtase, ela é seu carrasco. Os cristãos nunca precisaram do êxtase, pois sempre tiveram Cristo. O Desejado de Todas as Nações torna o êxtase indesejável.

Uma igreja que tem a dar ao mundo apenas o êxtase precisa mesmo aprender a ser relevante. Meu conto inexistente centrava-se no púlpito perdido porque o cristianismo passou por essa transformação: deixou de ter como marca representativa o púlpito, para ser representada por várias mãos estendidas. Se antes um cartão de publicidade da igreja se centraria na tentativa de mostrar que o culto era um local de estudo da palavra, hoje tenta-se mostrar que é um local de sentir Deus.

A fé não sente Deus. A fé transcende o sentir. E é por isso que ela se apega à Palavra, pois a Palavra transcende o Homem. O êxtase é o substituto satânico para aqueles que nunca conheceram a Cristo. É disto que a igreja tem que se lembrar: enquanto ela tiver êxtase, ela nunca terá Cristo.

Fonte: Reação Adventista

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