sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Ellen White e o retrato da face de Jesus Cristo


“Our Saviour” – John Sartain

Ellen G. White quando visitava a família da Srª Abbie Kellogg Norton sempre contemplava na parede da sala uma gravura de Jesus, da autoria de John Sartain, feita em 1866, e dizia ser o mais parecido com o que via em visão. No testemunho pessoal de Abbie, escrito em 19 de março de 1935, ela diz:

“Lembro-me bem de ver o irmão e a irmã White vindo à nossa casa muitas vezes quando eu era criança, provavelmente entre os anos de 1878-1881. A irmã White comentava sobre a semelhança da imagem e o Salvador que ela tem visto em suas visões. Suas palavras eram: ‘Sim, sim, ele parece o Salvador como me tem sido mostrado em visão – é o mais semelhante do que qualquer outro que tenho visto.’ Isso causou uma grande impressão em todos nós. Pouco antes de minha mãe morrer, ela recontou essa história a alguns dos irmãos e irmãs de Mountain View, Califórnia."

Como Ellen White descreveu a aparência física de Jesus?

"As palavras de João não se podiam aplicar a nenhum outro senão ao longamente prometido. O Messias se achava entre eles! Sacerdotes e principais olharam em torno, com assombro, na esperança de descobrir Aquele de quem João falara. Ele, porém, não era distinguível entre a multidão." (O Desejado de Todas a Nações, p. 120)

"Ao olhar Natanael para Jesus ficou decepcionado. Poderia esse homem que apresentava os vestígios da labuta e da pobreza, ser o Messias? (Idem, p. 124)

"Era assinalado o contraste entre Jesus e o sumo sacerdote, quando juntos falavam… Perante essa augusta personagem achava-Se a Majestade do Céu, sem adorno ou ostentação. Tinha nas vestes os vestígios das jornadas; Seu rosto era pálido e exprimia tristeza; todavia, nEle se estampavam dignidade e benevolência em estranho contraste com o ar orgulhoso, presunçoso e irado do sumo sacerdote." (Idem, p. 568)

"Ele viajava a pé, ensinando Seus discípulos à medida que seguia. Suas vestes eram empoeiradas e manchadas pela viagem. Sua aparência não era atraente; porém as verdades apontadas de modo simples que caíam de Seus lábios divinos faziam com que os ouvintes se esquecessem de Sua aparência e se sentissem atraídos, não pelo homem, mas pela doutrina que Ele ensinava." (Testemunhos para a Igreja vol. 4, p. 373)

"Ele deveria ser dotado de beleza tal O tornasse singular entre os homens. Não deveria manifestar atrativos maravilhosos de modo a atrair atenção para Si mesmo." (Seventh-day Adventist Bible Commentary vol. 5, p. 1131)

"Ele depôs Sua glória e majestade. Era Deus, no entanto, as glórias da forma divina, Ele, por um pouco, renunciou." (The Review and Herald, 5 de julho, 1887)

O que a Bíblia diz em relação à aparência física de Cristo quando esteve aqui na Terra?
"Porque foi subindo como renovo perante Ele, e como raiz duma terra seca, não tinha aparência nem formosura; olhamo-Lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse." (Isaías 53:2)
"Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus não julgou, como usurpação o ser igual a Deus; antes a Si mesmo se esvaziou, assumindo, a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana." (Filipenses 2:5-7)

"Mas no meio de vós está quem vós não conheceis, o qual vem após mim, do qual não sou digno de desatar-Lhe as correias das sandálias." (João 1:26 e 27)


Ideia hebraica de fé

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Lei de Murphy para cristãos

O que Ellen White disse sobre as competições esportivas?


Que ideia vem à sua mente quando ouve a palavra ESPORTE? Um pênalti que decidirá todo o jogo, torcidas gritando? Uma enterrada de basquete? Um bloqueio emocionante de vôlei? Esportes podem ser divertidos e empolgantes. Para algumas pessoas é o prazer da competição, a demonstração de suas habilidades na quadra ou no campo ou o suspense por não saber quem vai ganhar. Para outros é apenas diversão, fazer exercícios e passar tempo com os amigos.

Embora Ellen White condene a competição extrema que muitos esportes entusiastas sugerem, ela enfatiza a prática de exercícios, em especial ao ar livre. Ellen White adverte contra os perigos de levar certas atividades ao extremo. Ela condena a obsessão pelos esportes. Seu conselho é que os esportes não desvirtuem algumas pessoas de sua educação, amizades e principalmente o relacionamento com Jesus. Com certeza Ele ficaria triste em saber que algumas pessoas estão mais interessadas em destruir e vencer o outro time, não importa o quanto custe.

Aqui apresentamos alguns princípios dos escritos de Ellen White e também algumas dicas que podemos usar para fazermos escolhas sobre esportes e recreação:

"Preocupam-me muito os resultados quase sempre inevitáveis que vêm na esteira de esportes competitivos. Eles levam a um gasto de dinheiro que devia ser aplicado em levar a luz da verdade às almas que não conhecem a Cristo. Divertimentos e gasto de meios para satisfação própria, que levam passo a passo à glorificação do eu, bem como o treinamento nesses jogos para obtenção de prazer produzem amor e paixão pelas coisas que não favorecem o aperfeiçoamento do caráter cristão." (O Lar Adventista, p. 499)

“Nós não deveríamos ignorar as atividades que proveem exercício e recreação. Contudo, essas atividades devem ser manejadas dentro dos limites, a fim de que não percam o seu propósito e alimentem o egoísmo”. (Manuscript Releases, v. 1, p. 391)

“Em regra, o exercício mais proveitoso aos jovens será encontrado nas ocupações úteis. Desde a infância os esportes devem ser tais que promovam não somente o crescimento físico, mas também o mental e espiritual. Ao adquirir força e inteligência, achará o melhor recreio para ela em alguma espécie de esforços que sejam úteis. Aquilo que treina as mãos para a utilidade e ensina o jovem a encarar com a sua participação nos encargos da vida é o mais eficaz na promoção do crescimento do espírito e do caráter.” (Educação, p. 215 - adaptado)

“Quanto tempo é gasto por seres humanos inteligentes em jogos de bola! Mas acaso a satisfação nesses esportes dá aos homens o desejo de conhecer a verdade e a justiça? Mantêm a Deus em seus pensamentos? Levá-los-á a indagar: Como vai com a minha alma?” (Conselhos Professores, Pais e Estudantes, p. 456)

“Não tenho conseguido encontrar nenhum caso em que Jesus tenha ensinado os Seus discípulos a empenharem-se na diversão do futebol ou em jogos de competição, a fim de fazerem exercício físico, ou em representações teatrais; e, no entanto, Cristo era nosso modelo em todas as coisas. Cristo, o Redentor do mundo, deu a cada um a sua obra, e ordena: “Negociai [ocupai-vos, na versão inglesa] até que Eu venha.” Lucas 19:13.” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 229)

"Aqueles cujos hábitos são sedentários devem, quando o tempo permitir, fazer exercício ao ar livre todos os dias, de verão e de inverno... O exercício aviva e equilibra a circulação do sangue, mas na ociosidade o sangue não circula livremente, e não ocorrem as mudanças que nele se operam, e são tão necessárias à vida e à saúde." (A Ciência do Bom Viver, p. 238 e 240)

Talvez, você tenha percebido que o Espírito de Profecia não é contra nós nos exercitarmos, pelo contrário, somos estimulados a movimentarmos nosso corpo em benefício do templo do Espírito Santo. Mas, para mostrar a preocupação de Ellen White com os esportes competitivos, confira um trecho do livro The Ellen G. White Encyclopedia, escrito por Denis Fortin e Jerry Moon:

"Ellen White evitou esportes competitivos em praticamente todas suas formas. De fato, seus escritos deixam claro que ela matinha pouco ânimo quanto a atividades esportivas de qualquer espécie. A origem de sua oposição se explica tanto pelo espírito combativo inerente à maioria dos esportes, como porque, de maneira geral, eles desviam a mente das atividades mais sérias da vida.”

Concluímos, segundo os ensinos de Ellen White, que esportes competitivos, que tiram nosso alvo do Céu, atividades que promovam embate e nos inclinam indevidamente ao perigo, não são coerentes ao estilo de vida cristão. Talvez todos nós façamos a pergunta: “Os esportes que eu escolho tornam mais fácil ou mais difícil pensar sobre o céu?” (Colossenses 3:1-3). Bom esporte a todos!



terça-feira, 16 de agosto de 2016

Mãe de Usain Bolt é adventista



Usain Bolt, acompanhado da mãe, Jeniffer, e do pai, Wellesley, que é batista. Créditos da imagem: Acervo pessoal/Facebook

O fênomeno Usain Bolt impressionou mais uma vez nas pistas de atletismo ao conquistar no último domingo, 14 de agosto, o inédito tricampeonato olímpico nos 100 metros rasos. Nascido em Trelawny, uma pequena cidade da Jamaica, o “homem raio”, como é chamado, se tornou uma das figuras mais conhecidas e admiradas do mundo esportivo. Mas o que pouca gente sabe é que o maior velocista de todos os tempos é filho de adventista.

Em sua autobiografia intitulada Faster Than lightning, ele relata que sua mãe, Jennifer Bolt, exerceu forte influência religiosa sobre sua família. “Ela era uma adventista do sétimo dia e gostava de ir à igreja todos os sábados porque acreditava que esse era o dia de guarda. Papai não estava tão interessado. Ele a acompanhava somente duas vezes por ano: no Natal e na véspera do ano-novo”, conta sobre sua infância.

No livro, Bolt menciona que foi incentivado pela mãe a frequentar templos adventistas, mas que ela nunca o forçou a aceitar suas crenças. Apesar de não assistir às reuniões religiosas com a mãe, o jamaicano ressalta que a devoção dela a Deus o impactou. Segundo ele, todas as manhãs ela dedicava cerca de vinte minutos para cantar e ler versos da Bíblia.

“Levei essa rotina comigo e, cada vez mais, me voltei para a religião, principalmente por que percebi que tinha recebido um importante dom”, declara o atleta católico que carrega símbolos religiosos ao pescoço e que, no início das competições, costuma fazer o sinal da cruz.

A fé da mulher que gerou o campeão olímpico também já foi mencionada em reportagens e entrevistas concedidas pelo atleta. Em 2010, ele disse ao jornal britânico The Guardian que Jennifer, uma adventista do sétimo dia, é uma mulher gentil e perdoadora. Em matéria publicada no Jamaica Observer, Bolt também se referiu aos princípios adventistas de saúde cultivados pela mãe. Conforme ele relatou, na infância costumava frequentar a casa de uma tia para comer carne de porco, haja vista que esse tipo de alimento não fazia parte do cardápio em sua casa. “Mamãe não cozinhava carne suína porque ela era adventista”, lembra. Em entrevista ao Jamaica Gleaner, a própria mãe do atleta, que o acompanha nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, se identificou como membro da igreja.

O que muitos também desconhecem é que a Jamaica é um país com forte influência do adventismo. Segundo dados divulgados pela sede mundial da denominação em 2013, o país da América Central concentra mais de 270 mil fiéis, o que corresponde a quase 10 por cento de seus 2,8 milhões de habitantes. Alguns membros da igreja também ocupam cargos de influência na ilha caribenha. É o caso de Floyd Morris, que fez história ao se tornar a primeira pessoa com deficiência visual nomeada presidente do Senado Jamaicano (para saber mais, clique aqui). Outra figura adventista importante é Patrick Linton Allen, governador-geral da Jamaica. Ele foi o primeiro pastor adventista a ocupar a Casa do Rei, nome dado à mansão em que vive o representante da rainha (clique aqui para ler uma entrevista concedida por ele à revista Conexão 2.0). [Márcio Tonetti, equipe RA]

Fatos científicos que você não vê nos livros didáticos

 
A geologia diluviana interpreta a história geológica da Terra em termos de catástrofes associadas a um dilúvio universal, conforme descrito no livro do Gênesis. A paleontologia, por sua vez, é a investigação científica da história passada da vida na Terra, sendo de considerável interesse para a comunidade criacionista. A paleontologia criacionista está relacionada geralmente à história da morte em massa dos organismos e não necessariamente a como eles teriam vivido. Assim, veremos aqui alguns fatos que sugerem a veracidade do relato bíblico de nossas origens e que, a propósito, não estão contemplados nos livros didáticos.



Formação rápida de camadas sedimentares na natureza. Em 1967, o geólogo criacionista norte-americano Edwin McKee relatou suas observações de que camadas poderiam ser formadas rapidamente na natureza com a ação da água.[1] Para McKee, o depósito era um sistema de camadas formadas simultaneamente, onde os sedimentos haviam sido depositados na mesma forma estratigráfica encontrada nas rochas da coluna geológica. Ele chegou a essas conclusões por meio de suas pesquisas com o evento que ocorreu em 1965, no rio Bijou Creek, no estado do Colorado, EUA. Esse rio transbordou devido a uma chuva torrencial que durou 48 horas e produziu um depósito de sedimentos de 3,5 metros. Esse depósito apresentou classificação de partículas e planos de estratificação.



Em 1980, ocorreu a erupção do Monte Santa Helena, localizado no Estado de Washington, EUA. Essa erupção e seus fluxos piroclásticos provocaram deslizamentos de terra que derrubaram florestas, e árvores foram sendo arrastadas e enterradas em pé, nos sedimentos depositados no fundo do Lago Spirit Lake.[2, 3] Ademais, a erosão rápida formou pequenos cânions e houve formação de turfeiras devido ao acúmulo de cascas, folhas, galhos e raízes de árvores. Mas o resultado principal desse evento catastrofista é que, em três horas de fluxo catastrófico (erupção e deslizamento), foi produzido um depósito de sedimentos de sete metros, demonstrando a possibilidade de formação rápida de estratos geológicos.



Além disso, geólogos criacionistas estudaram o curioso caso de troncos de árvores arrastados e depositados na posição vertical, em diferentes momentos, com suas raízes enterradas em diferentes níveis, no fundo do lago Spirit Lake, com sedimentos em torno de suas bases, e que explicariam a formação rápida dos “fósseis poliestratos” ou da floresta petrificada do parque Yellowstone, representantes fósseis que, sob a perspectiva evolucionista, atravessam eras evolutivas.[4-7] Um dos geólogos que se destacou em publicações científicas sobre as “florestas fósseis” foi o Dr. Harold Coffin (in memoriam), membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia e pesquisador do Earth History Research Center mantido pela Southwestern Adventist University. Ele foi o primeiro cientista a entrar na área do Spirit Lake.



Formação rápida de camadas estratigráficas em laboratório. De longe, os experimentos de laboratório do Dr. Guy Berthaut são os que mais fortalecem a tese da formação rápida de todas as camadas estratigráficas devido a catástrofes associadas a um dilúvio universal. Esses experimentos confirmaram a pesquisa anterior do Dr. Edwin McKee. Os experimentos foram feitos em grandes canaletas com paredes de vidro, por onde passava água contendo sedimentos. Assim, a deposição dos sedimentos podia ser observada.[8-10]



Berthaut demonstrou que o escoamento da água tende a segregar os sedimentos de acordo com o tamanho das partículas (granulometria). As partículas, por sua vez, passam então a desacelerar pelos sedimentos já depositados, dando origem a lâminas superpostas que se formam na direção do escoamento. Por meio desses experimentos ficou demonstrada a natureza mecânica da estratificação.



Berthaut descobriu também que os estratos podem ser formados ao mesmo tempo, tanto na vertical quanto na horizontal, convalidando as observações anteriores de Johanes Walther, que demonstrou que os Princípios da Estratificação não se aplicam quando há escoamento.[11] O experimento sugeriu de igual modo que as camadas sobrepostas não se sucedem cronologicamente. Pesquisas similares obtiveram os mesmos resultados: a estratificação é resultante da sedimentação produzida pelo escoamento da água.[12, 13] Portanto, a formação das camadas encontradas na coluna geológica foi resultante de um processo hidrodinâmico rápido e não de uma sedimentação lenta por milhões ou bilhões de anos.




Coluna geológica reproduzida em laboratório. Existem evidências que mostram que as camadas que compõe a “coluna geológica”, tidas pelo paradigma atual como sendo “cronológicas”, se formaram pela sedimentação leve e calma. Isso sugere evidências a favor de catástrofes associadas a um dilúvio global. Peraí! Mas no dilúvio as águas não estavam turbulentas? Sim, estavam. Mas após o dilúvio a água começou a perder o ritmo, misturada a muita lama e sedimentos. Houve soterramentos rápidos de animais, de acordo com suas densidades corpóreas, os quais formaram os fósseis que vemos hoje e, posteriormente, mais sedimentos foram se acomodando gradualmente e formando os diferentes estratos que podemos observar nas montanhas ou nos cânions.



No que diz respeito à formação de fósseis, um fato interessante é que um fóssil pode ser formado de 24 a 36 horas, e não em “milhões de anos”.[14-16] No livro Princípios da Estratigrafia, encontramos que, em algumas formações onde esqueletos articulados de grandes animais são preservados, “o sedimento deve tê-los coberto dentro de alguns dias, no máximo”.[14: p. 128] Há evidências de situações e organismos fossilizados que sugerem um soterramento instantâneo, tais como águas-vivas,[17, 18] cérebro de peixe,[19] ictiossauro dando à luz seu filhote,[20] peixe engolindo outro peixe,[21] pterossauro e outros dois peixes no momento em que se alimentavam um do outro, sem qualquer vestígio de digestão.[22]



Nesses casos, cristais minerais formaram-se em seus tecidos logo após a morte do organismo, iniciando o processo de fossilização, antes que a decomposição do tecido se estabeleça. Em 1993, cientistas estavam estudando fósseis de camarões encontrados no estômago de alguns peixes fossilizados e bem preservados, por sinal.[23] Eles descobriram que a partir da indução de bactérias é possível criar camarão fóssil em apenas quatro a seis semanas. Um artigo da New Scientist comentou a descoberta: “Em apenas algumas semanas, eles conseguiram imitar um processo de mineralização que levaria milhões de anos na natureza.”[16: p. 17] Ao mesmo tempo, pesquisas mostram que peixes começam a indicar sinais de decomposição em poucos dias ou semanas após a morte.[24]



Experiências com crustáceos, por exemplo, tais como camarões, têm demonstrado que essas criaturas se decompõem em algumas semanas.[25, 26] Por sua vez, ossos deixados expostos na superfície são geralmente destruídos por predadores e decompositores em alguns dias ou semanas, enquanto conchas podem durar centenas de anos, se as condições forem favoráveis.[27] Em 2003, um estudo evidenciou que carcaças de vertebrados se decompõem pela ação de bactérias na água dentro de um a seis meses, enquanto no interior da terra as larvas de insetos decompõem os vertebrados a partir de duas semanas.[28] Em 2016, cientistas forenses submergiram carcaças de porcos em um laboratório subaquático.[29] Os experimentos conduzidos demonstraram que a carcaça pode ser decomposta até ao osso dentro de três ou quatro dias.



Essas evidências corroboram o modelo de formação rápida de fósseis e dos estratos geológicos que possivelmente os soterraram repentinamente, devido a catástrofes de grandes proporções. Em 1979, por fim, uma equipe liderada pelo paleontólogo Dr. Leonard Brand, na Universidade de Cornell, EUA, desenvolveu uma pesquisa em laboratório que demonstrou de forma inesperada a possibilidade de formação rápida de camadas sobrepostas.[30-32] O resultado foi a presença de estratigrafia (a mesma formação nas camadas que vemos hoje na natureza). O Dr. Brand é membro da Igreja Adventista e professor titular da Universidade Adventista de Loma Linda, na Califórnia. Mais detalhes podem ser encontrados aqui.



Os experimentos de Brand e sua equipe mostraram também que a sequência dos fósseis de animais na coluna geológica era resultado do fator densidade dos corpos, e não do fator peso. Isso porque, após a morte, alguns vertebrados tendem a flutuar mais tempo do que outros. As aves flutuam uma média de 76 dias, os mamíferos 56 dias, os répteis 32 dias, e os anfíbios cinco dias.[33: p. 162] Portanto, a pesquisa mostrou que a coluna geológica é classificatória e não cronológica. Após fazer essa descoberta, ele ficou tão impressionado que se tornou criacionista.




Coluna geológica de cabeça para baixo. A “coluna geológica”, tal como mostrada nos livros didáticos, é uma mentira. Parte dessa coluna geológica é encontrada de cabeça para baixo no Paquistão. Aos pés das montanhas de Karakorum, na Salt Range Formation, cientistas descobriram plantas e insetos fossilizados.[34, 35] De uma perspectiva evolucionista, eles pertencem à parte de cima da coluna geológica, isto é, às camadas mais recentes. No entanto, essa formação está debaixo de rochas cambrianas, as quais supostamente têm mais de 400 milhões de anos. Então, por que fósseis de vidas mais complexas estão abaixo dos fósseis considerados primitivos? Esse é um problema para o darwinismo que parece ainda não ter sido resolvido.[36]



Essas descobertas apoiam a versão bíblica da história da Terra a partir da qual a “coluna geológica” seria uma consequência de catástrofes associadas a um dilúvio global. Não é surpresa alguma a ordem do registro fóssil, com criaturas marinhas abaixo das terrestres; e criaturas mais ágeis, tal como as aves, perto do topo, conforme mostrado no tópico anterior. Mas como a Salt Range Formation testifica, os gráficos ordenados incluídos nos livros didáticos, que mostram camadas sucessivas tidas como “cronológicas”, não correspondem às pesquisas de campo.



Formação rápida de rochas graníticas. Podemos encontrar evidências de uma “Terra jovem” nos elementos radioativos. Foi descoberto que rochas graníticas (encontradas em toda parte no planeta) contêm alguns radio-halos produzidos por isótopos de polônio primordial (quando não existe um precursor identificável desse elemento). Os halos de polônio – anéis formados ​​por danos causados pela radiação na estrutura cristalina do mineral hospedeiro – foram encontrados em granitos considerados pré-cambrianos, revelando que esse tipo de rocha possivelmente foi formado de forma repentina (em torno de três minutos).[37, 38]



Essa pesquisa foi conduzida pelo Dr. Robert Gentry, físico nuclear e a maior autoridade mundial em halos de polônio. Ele é membro da Igreja Adventista e foi premiado com um doutorado honorário da universidade adventista Columbia Union College. As descobertas de Gentry resultaram na autoria e coautoria de mais de 20 artigos em publicações científicas, tais como Science, Nature, Geophysical Research Letters, Annual Review of Nuclear Science e Earth and Planetary Science Letters. Mais detalhes podem ser encontrados aqui.



Camadas de rochas dobradas e não fraturadas. Em diversos locais do planeta estratos de rochas sedimentares foram curvados em dobras mais ou menos regulares; algumas de pequena dimensão, outras em extensões de vários quilômetros.[39, 40]  Como uma série de camadas sedimentares poderia dobrar sem quebrar? A única possibilidade seria se todas as camadas sedimentares tivessem sido depositadas espontaneamente, em rápida sucessão e, em seguida, dobradas enquanto ainda estivessem macias e maleáveis. A geometria arqueada sugere que os estratos ainda estavam em estado macio, não litificados, no momento da deformação. Essas constatações, portanto, reforçam a hipótese de formação recente das dobras de rochas devido a catástrofes associadas a um dilúvio global.[3, 41]




Rápidas transformações topográficas e retorno da vegetação. A partir da experiência repetida e uniforme, é possível constatar que em questão de horas grandes extensões de terra podem ser transformadas radicalmente por catástrofes naturais. Em 1883, por exemplo, o vulcão Perbuatão, na ilha de Krakatoa, Indonésia, explodiu e fez afundar dois terços da ilha, que tinha anteriormente uma área de 40 km2, deixando-a biologicamente morta. Em apenas 50 anos, uma nova e pequena ilha chamada Anak Krakatau já havia emergido no lugar da antiga ilha e toda a fauna e flora estavam recuperadas.[42, 43]



Em 1963, a ilha vulcânica de Surtsey, localizada no sul da Islândia, simplesmente surgiu no meio do oceano. Em cinco dias já tinha uma extensão de 600 metros, chegando depois a 2 km. Apenas cerca de cinco meses foram suficientes para formar uma praia de aparência antiga, com uma paisagem variada e amadurecida. Quando a ilha foi visitada, parecia que já estava ali por muito tempo.[33: p. 195, 44]



A ilha vulcânica de Nishinoshima, por sua vez, foi vista em 1973 pela primeira vez em erupção no meio do oceano pacífico, a cerca de 1.000 km ao sul de Tóquio. Dentro de um mês, a ilha subiu 25 metros acima do nível do mar. O mais intrigante é que a terra vulcânica é extremamente favorável à vida. Em apenas 40 anos, a vegetação já havia florescido.[45]. Esse surgimento rápido da ilha, e ainda por cima com crescimento rápido de vegetação após vulcanismos, fortalece a ideia de catástrofes associadas ao dilúvio.



Evidências de águas subterrâneas. Em 1989, um projeto iniciado na península de Kola, Rússia, perfurou um poço de 12.262 metros, considerado um dos poços mais profundos já perfurados.[46] O objetivo era analisar o que havia entre a camada de granito e basalto, mais especificamente na zona intermediária. Os russos ficaram surpresos com os achados. Havia água salina e extremamente quente (a 180 ºC). Em 1994, outra equipe perfurou um poço na Bavária, Alemanha, e atingiu a profundidade de 9.101 metros.[47] Foi encontrada água quente e salina, com um teor duas vezes maior que as águas dos mares na superfície.



Como foi parar lá toda essa água salgada? Note que ambos os poços não estavam próximos ao mar, portanto, não teria como as rochas ou as camadas terem prendido água salgada entre elas. Baseando-se no relato bíblico que afirma que todas as fontes das grandes profundezas jorraram água durante o dilúvio (Gênesis 7:11) e nos achados técnicos de perfuração de poços ultraprofundos, foi criada em 1980 a Teoria das Hidroplacas, que explica a questão da existência de águas subterrâneas e seu papel durante o dilúvio. Mas será que existem evidências científicas que corroboram essa teoria?



Em 2014, um estudo publicado na revista Nature analisou o cristal microscópico de um mineral nunca antes visto em uma rocha terrestre, que detém pistas para a presença de uma enorme reserva de água escondida no interior da Terra.[48] Os cientistas afirmam que entre 410-660 quilômetros abaixo da superfície exista uma reserva que poderia conter o equivalente a todos os oceanos combinados. Em 2014, outro estudo publicado na revista Science descobriu um vasto reservatório de água 660 km abaixo da crosta da Terra, na zona de transição, suficiente para encher os oceanos da Terra três vezes.[49] Mais informações podem ser encontradas aqui.



Ausência de erosão entre os estratos (contato plano-paralelo). A ausência ou pouca evidência de erosão observada no contato plano-paralelo entre os estratos geológicos, somadas a esse fato as evidências de formação espontânea das camadas pela desaceleração e acomodação lenta de uma mistura de lama, é um grande indício contra o uniformitarismo geológico.[50-52] Se o evolucionismo estiver correto e as camadas representarem tempos geológicos de milhões de anos, deveriam existir muitos sinais de erosão de uma camada para a outra, uma vez que supostamente estiveram expostas por longo tempo às intempéries. No entanto, não é isso que se observa.



Segundo William R. Corliss, escritor e catalogador de anomalias científicas, “mais importante para o pensamento geológico são as inconformidades que sinalizam que grandes pedaços da história geológica estão faltando, embora as camadas em ambos os lados da inconformidade sejam perfeitamente paralelas e não mostrem evidência de erosão. Será que milhões de anos voam sem nenhum efeito perceptível? Uma possível inferência, embora controversa, é que nossos relógios geológicos e conceitos estratigráficos precisam ser trabalhados”.[53: p. 219]



Além do mais, os índices de erosão são tão rápidos que todas as supostas camadas já deveriam ter sido erodidas por completo, pois como afirma o zoólogo adventista Dr. Ariel Roth, “espera-se uma média regional de mais de cem metros de erosão em somente quatro milhões de anos”.[33: p. 195] Ainda segundo ele, “a taxa atual de erosão de nossos continentes é tão rápida que esperaríamos que eles fossem erodidos até o nível do mar em mais ou menos dez milhões de anos”.[54] Roth conclui: “A falta de evidência de tempo na superfície das camadas subjacentes de uma paraconformidade [superfície plana] sugere que os longos tempos nunca ocorreram.”[55] Portanto, a pouca evidência de sinais de erosão nesses intervalos da coluna geológica sugere depósito rápido, como era de se esperar no caso de um dilúvio.




Formação rápida de cânions. O evento ocorrido em 1926 com o Burlingame Canyon, um cânion nos moldes do Grand Canyon, porém menor, demonstra que formações geológicas dessa magnitude podem ser formadas em apenas seis dias, devido ao processo erosivo causado pelo escoamento de grandes volumes de água.[56] Esse cânion está localizado perto da cidade de Walla Walla, Washington, EUA. Ele se formou rapidamente (seis dias) depois do rompimento do Lago Missoula, na bacia de Walla Walla.



Em 1980, a erupção do Monte Santa Helena causou um deslizamento de terra e fluxos de lama e cinzas responsáveis por uma imensa erosão em uma extensão de cerca de 60 quilômetros quadrados, abaixo do ponto inicial. O fluxo de lama foi transportado por muitos quilômetros abaixo, correndo um sistema de cânions de até 457 metros de comprimento e 42 metros de profundidade nas cabeceiras do afluente North Fork, do vale do Rio Toutle, no sudoeste de Washington, estabelecendo um novo padrão dendrítico de drenagem.[57] Esse novo terreno possivelmente serve como um vislumbre dos mesmos processos que formaram o Grand Canyon do rio Colorado. O pequeno “Grand Canyon do Rio Toutle” é um modelo em escala de um quadragésimo do real Grand Canyon. Os pequenos riachos que fluem através das cabeceiras do Rio Toutle hoje podem parecer, pelas aparências atuais, ter esculpido esses cânions muito lentamente, durante longo período de tempo, exceto pelo fato de que a erosão foi observada ocorrendo rapidamente.



Outro fato curioso relacionado à formação de cânions diz respeito à nova descoberta de uma rede imensa de cânions embaixo do gelo da Antártida.[58] Segundo os pesquisadores, “a rede sinuosa de cânions teria cerca de mil quilômetros de comprimento e, em alguns trechos, até 1.000 metros de profundidade. Essas dimensões fariam da formação algo maior que o famoso Grand Canyon”.[59] O jornalista de ciência Michelson Borges comentou sobre a descoberta: “Surgem novas evidências de que houve uma catástrofe hídrica que ‘rasgou’ nosso planeta, deixando marcas profundas em sua superfície, incluindo aí a Antártida. Já não é fácil para os evolucionistas explicar a formação plano-paralela dos estratos geológicos no Grand Canyon, que sugerem superposição rápida de toneladas e toneladas de sedimentos; agora imagine explicar fenômeno semelhante (se for confirmado) debaixo do gelo polar.”[60]



Formação rápida de petróleo. Muitas evidências indicam que os depósitos de petróleo foram formados a partir do soterramento rápido de sedimentos e que o petróleo está sendo formado ainda hoje, um fator que apoia fortemente a conclusão de uma origem recente.[61-64] Pesquisadores da Exxon, por exemplo, descobriram o processo de decomposição térmica que ocorre quando os compostos orgânicos são aquecidos a temperaturas elevadas na presença de água, e esse processo é significativo para a criação de combustíveis fósseis.[65]



Segundo os pesquisadores, a água superaquecida desempenha um papel importante na transformação da matéria orgânica em óleo num tempo relativamente curto.[65] Eles usaram um recipiente reator sob pressão para misturar materiais orgânicos necessários e bombearam água superaquecida através das amostras. No fim da experiência, óleo tinha sido formado na superfície da água. Esse experimento mostra que há um caminho alternativo para a formação de petróleo na Terra.



Outra evidência surpreendente está relacionada ao fato de podermos observar na natureza a formação em tempo real de petróleo na bacia de Guaymas, no golfo da Califórnia.[66, 67] A 1.829 metros de profundidade, acúmulos de sedimentos orgânicos (algas marinhas e outras fontes orgânicas) em ambiente aquoso estão sendo convertidos em óleo por meio de pressão e água superaquecida de aberturas geotérmicas.



(Everton F. Alves, enfermeiro e mestre em Ciências da Saúde pela UEM e diretor de ensino do Núcleo Maringaense da Sociedade Criacionista Brasileira [NUMAR-SCB]; seu e-book pode ser lido aqui)

Via Criacionismo



Referências:

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