terça-feira, 16 de agosto de 2016

Fatos científicos que você não vê nos livros didáticos

 
A geologia diluviana interpreta a história geológica da Terra em termos de catástrofes associadas a um dilúvio universal, conforme descrito no livro do Gênesis. A paleontologia, por sua vez, é a investigação científica da história passada da vida na Terra, sendo de considerável interesse para a comunidade criacionista. A paleontologia criacionista está relacionada geralmente à história da morte em massa dos organismos e não necessariamente a como eles teriam vivido. Assim, veremos aqui alguns fatos que sugerem a veracidade do relato bíblico de nossas origens e que, a propósito, não estão contemplados nos livros didáticos.



Formação rápida de camadas sedimentares na natureza. Em 1967, o geólogo criacionista norte-americano Edwin McKee relatou suas observações de que camadas poderiam ser formadas rapidamente na natureza com a ação da água.[1] Para McKee, o depósito era um sistema de camadas formadas simultaneamente, onde os sedimentos haviam sido depositados na mesma forma estratigráfica encontrada nas rochas da coluna geológica. Ele chegou a essas conclusões por meio de suas pesquisas com o evento que ocorreu em 1965, no rio Bijou Creek, no estado do Colorado, EUA. Esse rio transbordou devido a uma chuva torrencial que durou 48 horas e produziu um depósito de sedimentos de 3,5 metros. Esse depósito apresentou classificação de partículas e planos de estratificação.



Em 1980, ocorreu a erupção do Monte Santa Helena, localizado no Estado de Washington, EUA. Essa erupção e seus fluxos piroclásticos provocaram deslizamentos de terra que derrubaram florestas, e árvores foram sendo arrastadas e enterradas em pé, nos sedimentos depositados no fundo do Lago Spirit Lake.[2, 3] Ademais, a erosão rápida formou pequenos cânions e houve formação de turfeiras devido ao acúmulo de cascas, folhas, galhos e raízes de árvores. Mas o resultado principal desse evento catastrofista é que, em três horas de fluxo catastrófico (erupção e deslizamento), foi produzido um depósito de sedimentos de sete metros, demonstrando a possibilidade de formação rápida de estratos geológicos.



Além disso, geólogos criacionistas estudaram o curioso caso de troncos de árvores arrastados e depositados na posição vertical, em diferentes momentos, com suas raízes enterradas em diferentes níveis, no fundo do lago Spirit Lake, com sedimentos em torno de suas bases, e que explicariam a formação rápida dos “fósseis poliestratos” ou da floresta petrificada do parque Yellowstone, representantes fósseis que, sob a perspectiva evolucionista, atravessam eras evolutivas.[4-7] Um dos geólogos que se destacou em publicações científicas sobre as “florestas fósseis” foi o Dr. Harold Coffin (in memoriam), membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia e pesquisador do Earth History Research Center mantido pela Southwestern Adventist University. Ele foi o primeiro cientista a entrar na área do Spirit Lake.



Formação rápida de camadas estratigráficas em laboratório. De longe, os experimentos de laboratório do Dr. Guy Berthaut são os que mais fortalecem a tese da formação rápida de todas as camadas estratigráficas devido a catástrofes associadas a um dilúvio universal. Esses experimentos confirmaram a pesquisa anterior do Dr. Edwin McKee. Os experimentos foram feitos em grandes canaletas com paredes de vidro, por onde passava água contendo sedimentos. Assim, a deposição dos sedimentos podia ser observada.[8-10]



Berthaut demonstrou que o escoamento da água tende a segregar os sedimentos de acordo com o tamanho das partículas (granulometria). As partículas, por sua vez, passam então a desacelerar pelos sedimentos já depositados, dando origem a lâminas superpostas que se formam na direção do escoamento. Por meio desses experimentos ficou demonstrada a natureza mecânica da estratificação.



Berthaut descobriu também que os estratos podem ser formados ao mesmo tempo, tanto na vertical quanto na horizontal, convalidando as observações anteriores de Johanes Walther, que demonstrou que os Princípios da Estratificação não se aplicam quando há escoamento.[11] O experimento sugeriu de igual modo que as camadas sobrepostas não se sucedem cronologicamente. Pesquisas similares obtiveram os mesmos resultados: a estratificação é resultante da sedimentação produzida pelo escoamento da água.[12, 13] Portanto, a formação das camadas encontradas na coluna geológica foi resultante de um processo hidrodinâmico rápido e não de uma sedimentação lenta por milhões ou bilhões de anos.




Coluna geológica reproduzida em laboratório. Existem evidências que mostram que as camadas que compõe a “coluna geológica”, tidas pelo paradigma atual como sendo “cronológicas”, se formaram pela sedimentação leve e calma. Isso sugere evidências a favor de catástrofes associadas a um dilúvio global. Peraí! Mas no dilúvio as águas não estavam turbulentas? Sim, estavam. Mas após o dilúvio a água começou a perder o ritmo, misturada a muita lama e sedimentos. Houve soterramentos rápidos de animais, de acordo com suas densidades corpóreas, os quais formaram os fósseis que vemos hoje e, posteriormente, mais sedimentos foram se acomodando gradualmente e formando os diferentes estratos que podemos observar nas montanhas ou nos cânions.



No que diz respeito à formação de fósseis, um fato interessante é que um fóssil pode ser formado de 24 a 36 horas, e não em “milhões de anos”.[14-16] No livro Princípios da Estratigrafia, encontramos que, em algumas formações onde esqueletos articulados de grandes animais são preservados, “o sedimento deve tê-los coberto dentro de alguns dias, no máximo”.[14: p. 128] Há evidências de situações e organismos fossilizados que sugerem um soterramento instantâneo, tais como águas-vivas,[17, 18] cérebro de peixe,[19] ictiossauro dando à luz seu filhote,[20] peixe engolindo outro peixe,[21] pterossauro e outros dois peixes no momento em que se alimentavam um do outro, sem qualquer vestígio de digestão.[22]



Nesses casos, cristais minerais formaram-se em seus tecidos logo após a morte do organismo, iniciando o processo de fossilização, antes que a decomposição do tecido se estabeleça. Em 1993, cientistas estavam estudando fósseis de camarões encontrados no estômago de alguns peixes fossilizados e bem preservados, por sinal.[23] Eles descobriram que a partir da indução de bactérias é possível criar camarão fóssil em apenas quatro a seis semanas. Um artigo da New Scientist comentou a descoberta: “Em apenas algumas semanas, eles conseguiram imitar um processo de mineralização que levaria milhões de anos na natureza.”[16: p. 17] Ao mesmo tempo, pesquisas mostram que peixes começam a indicar sinais de decomposição em poucos dias ou semanas após a morte.[24]



Experiências com crustáceos, por exemplo, tais como camarões, têm demonstrado que essas criaturas se decompõem em algumas semanas.[25, 26] Por sua vez, ossos deixados expostos na superfície são geralmente destruídos por predadores e decompositores em alguns dias ou semanas, enquanto conchas podem durar centenas de anos, se as condições forem favoráveis.[27] Em 2003, um estudo evidenciou que carcaças de vertebrados se decompõem pela ação de bactérias na água dentro de um a seis meses, enquanto no interior da terra as larvas de insetos decompõem os vertebrados a partir de duas semanas.[28] Em 2016, cientistas forenses submergiram carcaças de porcos em um laboratório subaquático.[29] Os experimentos conduzidos demonstraram que a carcaça pode ser decomposta até ao osso dentro de três ou quatro dias.



Essas evidências corroboram o modelo de formação rápida de fósseis e dos estratos geológicos que possivelmente os soterraram repentinamente, devido a catástrofes de grandes proporções. Em 1979, por fim, uma equipe liderada pelo paleontólogo Dr. Leonard Brand, na Universidade de Cornell, EUA, desenvolveu uma pesquisa em laboratório que demonstrou de forma inesperada a possibilidade de formação rápida de camadas sobrepostas.[30-32] O resultado foi a presença de estratigrafia (a mesma formação nas camadas que vemos hoje na natureza). O Dr. Brand é membro da Igreja Adventista e professor titular da Universidade Adventista de Loma Linda, na Califórnia. Mais detalhes podem ser encontrados aqui.



Os experimentos de Brand e sua equipe mostraram também que a sequência dos fósseis de animais na coluna geológica era resultado do fator densidade dos corpos, e não do fator peso. Isso porque, após a morte, alguns vertebrados tendem a flutuar mais tempo do que outros. As aves flutuam uma média de 76 dias, os mamíferos 56 dias, os répteis 32 dias, e os anfíbios cinco dias.[33: p. 162] Portanto, a pesquisa mostrou que a coluna geológica é classificatória e não cronológica. Após fazer essa descoberta, ele ficou tão impressionado que se tornou criacionista.




Coluna geológica de cabeça para baixo. A “coluna geológica”, tal como mostrada nos livros didáticos, é uma mentira. Parte dessa coluna geológica é encontrada de cabeça para baixo no Paquistão. Aos pés das montanhas de Karakorum, na Salt Range Formation, cientistas descobriram plantas e insetos fossilizados.[34, 35] De uma perspectiva evolucionista, eles pertencem à parte de cima da coluna geológica, isto é, às camadas mais recentes. No entanto, essa formação está debaixo de rochas cambrianas, as quais supostamente têm mais de 400 milhões de anos. Então, por que fósseis de vidas mais complexas estão abaixo dos fósseis considerados primitivos? Esse é um problema para o darwinismo que parece ainda não ter sido resolvido.[36]



Essas descobertas apoiam a versão bíblica da história da Terra a partir da qual a “coluna geológica” seria uma consequência de catástrofes associadas a um dilúvio global. Não é surpresa alguma a ordem do registro fóssil, com criaturas marinhas abaixo das terrestres; e criaturas mais ágeis, tal como as aves, perto do topo, conforme mostrado no tópico anterior. Mas como a Salt Range Formation testifica, os gráficos ordenados incluídos nos livros didáticos, que mostram camadas sucessivas tidas como “cronológicas”, não correspondem às pesquisas de campo.



Formação rápida de rochas graníticas. Podemos encontrar evidências de uma “Terra jovem” nos elementos radioativos. Foi descoberto que rochas graníticas (encontradas em toda parte no planeta) contêm alguns radio-halos produzidos por isótopos de polônio primordial (quando não existe um precursor identificável desse elemento). Os halos de polônio – anéis formados ​​por danos causados pela radiação na estrutura cristalina do mineral hospedeiro – foram encontrados em granitos considerados pré-cambrianos, revelando que esse tipo de rocha possivelmente foi formado de forma repentina (em torno de três minutos).[37, 38]



Essa pesquisa foi conduzida pelo Dr. Robert Gentry, físico nuclear e a maior autoridade mundial em halos de polônio. Ele é membro da Igreja Adventista e foi premiado com um doutorado honorário da universidade adventista Columbia Union College. As descobertas de Gentry resultaram na autoria e coautoria de mais de 20 artigos em publicações científicas, tais como Science, Nature, Geophysical Research Letters, Annual Review of Nuclear Science e Earth and Planetary Science Letters. Mais detalhes podem ser encontrados aqui.



Camadas de rochas dobradas e não fraturadas. Em diversos locais do planeta estratos de rochas sedimentares foram curvados em dobras mais ou menos regulares; algumas de pequena dimensão, outras em extensões de vários quilômetros.[39, 40]  Como uma série de camadas sedimentares poderia dobrar sem quebrar? A única possibilidade seria se todas as camadas sedimentares tivessem sido depositadas espontaneamente, em rápida sucessão e, em seguida, dobradas enquanto ainda estivessem macias e maleáveis. A geometria arqueada sugere que os estratos ainda estavam em estado macio, não litificados, no momento da deformação. Essas constatações, portanto, reforçam a hipótese de formação recente das dobras de rochas devido a catástrofes associadas a um dilúvio global.[3, 41]




Rápidas transformações topográficas e retorno da vegetação. A partir da experiência repetida e uniforme, é possível constatar que em questão de horas grandes extensões de terra podem ser transformadas radicalmente por catástrofes naturais. Em 1883, por exemplo, o vulcão Perbuatão, na ilha de Krakatoa, Indonésia, explodiu e fez afundar dois terços da ilha, que tinha anteriormente uma área de 40 km2, deixando-a biologicamente morta. Em apenas 50 anos, uma nova e pequena ilha chamada Anak Krakatau já havia emergido no lugar da antiga ilha e toda a fauna e flora estavam recuperadas.[42, 43]



Em 1963, a ilha vulcânica de Surtsey, localizada no sul da Islândia, simplesmente surgiu no meio do oceano. Em cinco dias já tinha uma extensão de 600 metros, chegando depois a 2 km. Apenas cerca de cinco meses foram suficientes para formar uma praia de aparência antiga, com uma paisagem variada e amadurecida. Quando a ilha foi visitada, parecia que já estava ali por muito tempo.[33: p. 195, 44]



A ilha vulcânica de Nishinoshima, por sua vez, foi vista em 1973 pela primeira vez em erupção no meio do oceano pacífico, a cerca de 1.000 km ao sul de Tóquio. Dentro de um mês, a ilha subiu 25 metros acima do nível do mar. O mais intrigante é que a terra vulcânica é extremamente favorável à vida. Em apenas 40 anos, a vegetação já havia florescido.[45]. Esse surgimento rápido da ilha, e ainda por cima com crescimento rápido de vegetação após vulcanismos, fortalece a ideia de catástrofes associadas ao dilúvio.



Evidências de águas subterrâneas. Em 1989, um projeto iniciado na península de Kola, Rússia, perfurou um poço de 12.262 metros, considerado um dos poços mais profundos já perfurados.[46] O objetivo era analisar o que havia entre a camada de granito e basalto, mais especificamente na zona intermediária. Os russos ficaram surpresos com os achados. Havia água salina e extremamente quente (a 180 ºC). Em 1994, outra equipe perfurou um poço na Bavária, Alemanha, e atingiu a profundidade de 9.101 metros.[47] Foi encontrada água quente e salina, com um teor duas vezes maior que as águas dos mares na superfície.



Como foi parar lá toda essa água salgada? Note que ambos os poços não estavam próximos ao mar, portanto, não teria como as rochas ou as camadas terem prendido água salgada entre elas. Baseando-se no relato bíblico que afirma que todas as fontes das grandes profundezas jorraram água durante o dilúvio (Gênesis 7:11) e nos achados técnicos de perfuração de poços ultraprofundos, foi criada em 1980 a Teoria das Hidroplacas, que explica a questão da existência de águas subterrâneas e seu papel durante o dilúvio. Mas será que existem evidências científicas que corroboram essa teoria?



Em 2014, um estudo publicado na revista Nature analisou o cristal microscópico de um mineral nunca antes visto em uma rocha terrestre, que detém pistas para a presença de uma enorme reserva de água escondida no interior da Terra.[48] Os cientistas afirmam que entre 410-660 quilômetros abaixo da superfície exista uma reserva que poderia conter o equivalente a todos os oceanos combinados. Em 2014, outro estudo publicado na revista Science descobriu um vasto reservatório de água 660 km abaixo da crosta da Terra, na zona de transição, suficiente para encher os oceanos da Terra três vezes.[49] Mais informações podem ser encontradas aqui.



Ausência de erosão entre os estratos (contato plano-paralelo). A ausência ou pouca evidência de erosão observada no contato plano-paralelo entre os estratos geológicos, somadas a esse fato as evidências de formação espontânea das camadas pela desaceleração e acomodação lenta de uma mistura de lama, é um grande indício contra o uniformitarismo geológico.[50-52] Se o evolucionismo estiver correto e as camadas representarem tempos geológicos de milhões de anos, deveriam existir muitos sinais de erosão de uma camada para a outra, uma vez que supostamente estiveram expostas por longo tempo às intempéries. No entanto, não é isso que se observa.



Segundo William R. Corliss, escritor e catalogador de anomalias científicas, “mais importante para o pensamento geológico são as inconformidades que sinalizam que grandes pedaços da história geológica estão faltando, embora as camadas em ambos os lados da inconformidade sejam perfeitamente paralelas e não mostrem evidência de erosão. Será que milhões de anos voam sem nenhum efeito perceptível? Uma possível inferência, embora controversa, é que nossos relógios geológicos e conceitos estratigráficos precisam ser trabalhados”.[53: p. 219]



Além do mais, os índices de erosão são tão rápidos que todas as supostas camadas já deveriam ter sido erodidas por completo, pois como afirma o zoólogo adventista Dr. Ariel Roth, “espera-se uma média regional de mais de cem metros de erosão em somente quatro milhões de anos”.[33: p. 195] Ainda segundo ele, “a taxa atual de erosão de nossos continentes é tão rápida que esperaríamos que eles fossem erodidos até o nível do mar em mais ou menos dez milhões de anos”.[54] Roth conclui: “A falta de evidência de tempo na superfície das camadas subjacentes de uma paraconformidade [superfície plana] sugere que os longos tempos nunca ocorreram.”[55] Portanto, a pouca evidência de sinais de erosão nesses intervalos da coluna geológica sugere depósito rápido, como era de se esperar no caso de um dilúvio.




Formação rápida de cânions. O evento ocorrido em 1926 com o Burlingame Canyon, um cânion nos moldes do Grand Canyon, porém menor, demonstra que formações geológicas dessa magnitude podem ser formadas em apenas seis dias, devido ao processo erosivo causado pelo escoamento de grandes volumes de água.[56] Esse cânion está localizado perto da cidade de Walla Walla, Washington, EUA. Ele se formou rapidamente (seis dias) depois do rompimento do Lago Missoula, na bacia de Walla Walla.



Em 1980, a erupção do Monte Santa Helena causou um deslizamento de terra e fluxos de lama e cinzas responsáveis por uma imensa erosão em uma extensão de cerca de 60 quilômetros quadrados, abaixo do ponto inicial. O fluxo de lama foi transportado por muitos quilômetros abaixo, correndo um sistema de cânions de até 457 metros de comprimento e 42 metros de profundidade nas cabeceiras do afluente North Fork, do vale do Rio Toutle, no sudoeste de Washington, estabelecendo um novo padrão dendrítico de drenagem.[57] Esse novo terreno possivelmente serve como um vislumbre dos mesmos processos que formaram o Grand Canyon do rio Colorado. O pequeno “Grand Canyon do Rio Toutle” é um modelo em escala de um quadragésimo do real Grand Canyon. Os pequenos riachos que fluem através das cabeceiras do Rio Toutle hoje podem parecer, pelas aparências atuais, ter esculpido esses cânions muito lentamente, durante longo período de tempo, exceto pelo fato de que a erosão foi observada ocorrendo rapidamente.



Outro fato curioso relacionado à formação de cânions diz respeito à nova descoberta de uma rede imensa de cânions embaixo do gelo da Antártida.[58] Segundo os pesquisadores, “a rede sinuosa de cânions teria cerca de mil quilômetros de comprimento e, em alguns trechos, até 1.000 metros de profundidade. Essas dimensões fariam da formação algo maior que o famoso Grand Canyon”.[59] O jornalista de ciência Michelson Borges comentou sobre a descoberta: “Surgem novas evidências de que houve uma catástrofe hídrica que ‘rasgou’ nosso planeta, deixando marcas profundas em sua superfície, incluindo aí a Antártida. Já não é fácil para os evolucionistas explicar a formação plano-paralela dos estratos geológicos no Grand Canyon, que sugerem superposição rápida de toneladas e toneladas de sedimentos; agora imagine explicar fenômeno semelhante (se for confirmado) debaixo do gelo polar.”[60]



Formação rápida de petróleo. Muitas evidências indicam que os depósitos de petróleo foram formados a partir do soterramento rápido de sedimentos e que o petróleo está sendo formado ainda hoje, um fator que apoia fortemente a conclusão de uma origem recente.[61-64] Pesquisadores da Exxon, por exemplo, descobriram o processo de decomposição térmica que ocorre quando os compostos orgânicos são aquecidos a temperaturas elevadas na presença de água, e esse processo é significativo para a criação de combustíveis fósseis.[65]



Segundo os pesquisadores, a água superaquecida desempenha um papel importante na transformação da matéria orgânica em óleo num tempo relativamente curto.[65] Eles usaram um recipiente reator sob pressão para misturar materiais orgânicos necessários e bombearam água superaquecida através das amostras. No fim da experiência, óleo tinha sido formado na superfície da água. Esse experimento mostra que há um caminho alternativo para a formação de petróleo na Terra.



Outra evidência surpreendente está relacionada ao fato de podermos observar na natureza a formação em tempo real de petróleo na bacia de Guaymas, no golfo da Califórnia.[66, 67] A 1.829 metros de profundidade, acúmulos de sedimentos orgânicos (algas marinhas e outras fontes orgânicas) em ambiente aquoso estão sendo convertidos em óleo por meio de pressão e água superaquecida de aberturas geotérmicas.



(Everton F. Alves, enfermeiro e mestre em Ciências da Saúde pela UEM e diretor de ensino do Núcleo Maringaense da Sociedade Criacionista Brasileira [NUMAR-SCB]; seu e-book pode ser lido aqui)

Via Criacionismo



Referências:

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[53] Corliss WR. Unknown Earth. Glen Arm, MD: The Sourcebook Project, 1980.

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[55] Roth A. “Implications of Paraconformities”. Geoscience Reports 36 (Fall 2003). Disponível em: http://grisda.net/publications/georeports/36.pdf

[56] Morris J. “A canyon in six days!” Journal of Creation 2002; 24(4):54-55.

[57] Austin SA. “Mt. St. Helens and Catastrophism”. Acts & Facts. 1986; 15(7).

[58] Jamieson SSR, et al. “An extensive subglacial lake and canyon system in Princess Elizabeth Land, East Antarctica”. Geology. 2016; 44(2):87-90.

[59] Amos J. “Cientistas dizem ter encontrado abismo gigantesco escondido sob o gelo da Antártida”. BBC News, 2016. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160113_canion_antartida_ab

[60] Borges M. “Abismo pode estar escondido sob o gelo da Antártida”. Blog criacionismo, 2016. Disponível em: http://www.criacionismo.com.br/2016/01/abismo-pode-estar-escondido-sob-o-gelo.html

[61] Brooks JD, Smith JW. “The diagenesis of plant lipids during the formation of coal, petroleum and natural gas-II. coalification and the formation of oil and gas in the Gippsland Basin”. Geochimica et Cosmochimica Acta 1969; 33:1183–1194.

[62] Shibaoka M, Saxby JD, Taylor GH. “Hydrocarbon generation in Gippsland Basin, Australia - comparison with Cooper Basin, Australia”. American Association of Petroleum Geologists Bulletin 1978; 62(7):1151–1158.

[63] Snelling AA. “The recent origin of Bass Strait Oil and Gas”. Journal of Creation 1982; 5(2):43-46.

[64] Snelling AA. “The Origin of Oil”. Ansewers Magazine, 2006. Disponível em: https://answersingenesis.org/geology/the-origin-of-oil/

[65] Pennisi E. “Water, water everywhere: Surreptitiously Converting Dead Matter into Oil and Coal”. Science News 1993;143:121-125.

[66] Simoneit B, Lonsdale PF. “Hydrothermal Petroleum in mineralized mounts at the seabed of Guaymas Basin”. Nature. 1982; 295:198-202.

[67] Vieira TS. “O Pré-Sal e o Ambiente: Apresentação de um Modelo Alternativo para a Formação de Extensas Camadas de Sal e Análise de Alguns dos Aspectos de Natureza Química que o Constituem”. In: VIII Seminário sobre a Filosofia das Origens, Rio de janeiro, 10 a 12 de setembro de 2010. Disponível em: http://www.filosofiadasorigens.org.br/fo/palestras/sfo0008/VIIISFO-TarcisioVieira.pdf

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Atração da Lua e do Sol contribui para causar terremotos




Cientistas do Serviço Geológico dos EUA concluíram que a atração gravitacional da Lua e do Sol podem causar terremotos de baixa frequência na Falha de Santo André, o que permite prever grandes sismos.A Falha de Santo André, que se estende ao longo de quase 1.300 quilômetros pela costa da Califórnia, é uma formação geológica entre duas placas tectônicas. Ela acumula a tensão criada pelo movimento dessas placas ao longo do tempo e, eventualmente, provoca atrito. A última vez que isso aconteceu foi em 1906, provocando mais de 300 mil feridos e desabrigados na costa oeste norte-americana.Para os pesquisadores, esses tremores de terra parecem ser desencadeados pela gravitação, que "comprime e estica" a crosta da Terra.Como foi observado por Nicholas van der Elst, um dos autores do estudo, os tremores são mais intensos durante as duas semanas da Lua Crescente: "Quando a Lua está 'puxando' na mesma direção em que a falha está deslizando, isso faz com que a falha deslize mais rápido".Como os terremotos geralmente tem epicentro mais profundo e os tremores reverberam para outras regiões, essa informação pode ser útil para prever a ocorrência de possíveis abalos sísmicos em outros locais, explica o sismólogo e coautor do estudo David Shelly.

Bibliografia:Fortnightly modulation of San Andreas tremor and low-frequency earthquakesNicholas J. van der Elst, Andrew A. Delorey, David R. Shelly, Paul A. JohnsonProceedings of the National Academy of SciencesDOI: 10.1073/pnas.1524316113

Com informações site Inovação Tecnológica

Quais são os benefícios do sexo?


domingo, 14 de agosto de 2016

Ellen White e 10 atitudes de pessoas que não têm sucesso na vida



1 – Procrastinar 
Empurrar sempre com a barriga aquilo que precisa ser feito e deixar para amanhã, para depois de amanhã, para o mês que vem é um péssimo negócio. Pessoas bem-sucedidas sabem o que querem e por isso planejam seus passos com cautela e cumprem prazos e metas.
Uma das maiores causas da procrastinação é o fato de que as pessoas se sentem sobrecarregadas de alguma maneira e, por isso, acabam deixando de cumprir o que haviam prometido. Como resolver? Quebrando cada tarefa em pequenos deveres mais fáceis de ser resolvidos. A regra é simples e básica: uma coisa de cada vez. O que não pode é continuar adiando seus compromissos.
"Não devemos olhar ao dever e logo adiar seu cumprimento. Esse adiamento dá tempo para dúvidas; insinua-se a incredulidade, é obscurecido o entendimento." (Testemunhos Seletos, vol. 1, p. 487)
2 – Culpar os outros 
Nem sempre conseguimos o que desejamos, e pessoas malsucedidas seguem um padrão nesse sentido: elas acham outras pessoas em quem colocar a culpa. No fundo, essa é uma maneira de não aceitar as responsabilidades de seus próprios atos nem arcar com as consequências das próprias escolhas. Lógico que é mais fácil culpar outra pessoa, mas é também uma forma de se provar irresponsável e sem o controle da própria vida.
Pessoas de sucesso costumam assumir os próprios erros – e não para por aí: elas buscam formas de reparar o estrago que causaram e aproveitam os erros cometidos para aprender com eles.
"O verdadeiro arrependimento levará o homem a assumir a própria culpa e reconhecê-la sem fraude ou hipocrisia." (Testemunhos para a Igreja 5, p. 638)
3 – Viver fazendo suposições 
Nosso cérebro tem a tendência natural de supor coisas quando não tem toda a informação necessária para entender determinados acontecimentos. O problema é que, na maioria das vezes, essas suposições estão equivocadas e, também na maioria das vezes, acabamos acreditando nelas e tomando decisões com base em coisas que sequer existem.
Em termos de sucesso pessoal e profissional, acreditar em suposições é um jeito traiçoeiro de nos fazer perder oportunidades. Em vez de supor, pergunte, demonstre interesse, comunique-se.
"É presunção condescender com suposições e teorias a respeito a assuntos que Deus não tornou claros para nós... Não precisamos entrar em especulação quanto ao nosso estado futuro. O Senhor tomou todas as providências para nossa felicidade na vida futura.” (A Fé Pela Qual Eu Vivo, p. 366)
4 – Falar mais do que ouvir
Você raramente vai conhecer um empresário bem-sucedido que conseguiu chegar à determinada posição sem prestar atenção no que as pessoas da sua área e do seu convívio profissional tinham a dizer. Não é à toa que pessoas malsucedidas são aquelas que adoram falar sobre si e seus feitos, mas que não conseguem ouvir nada do que os outros têm a dizer.
Isso acontece por arrogância e prepotência: são pessoas que se acham tão certas e tão donas da verdade que, para elas, nada do que os outros digam é importante. Vale lembrar, no entanto, do que diz um dos grandes nomes em liderança e empreendedorismo social, Bryant McGill. Para ele, saber ouvir é uma das mais sinceras formas de respeitar alguém.
"Homens que ocupam posições de responsabilidade têm muito que aprender. Quando os homens julgam que suas idéias não possuem falhas, então é tempo de mudarem sua posição de líder para a de aprendiz. Quando pensam que suas idéias e seu julgamento devem ser aceitos sem questionamento, mostram-se incapazes para a posição que ocupam." (Liderança Cristã, p. 21)
5 – Evitar riscos
O medo de assumir riscos e abraçar novos desafios é um grande ladrão de oportunidades. Permanecer a vida inteira na sua zona de conforto é uma forma de nunca ter sucesso, afinal as coisas acontecem de verdade quando você cria coragem e se arrisca. Pode não dar certo de primeira, mas continuar tentando é também outro segredinho relacionado a enfrentar riscos.
"O que significa para nós voar mais alto quando temos uma meta a alcançar ou estamos no meio de uma tempestade na vida? Voar mais alto, ser mais intrépido, enfrentar as dificuldades com mais ousadia, com mais valentia e coragem. Porque há um Deus nos Céus, decide-te a voar mais alto! Ele ajudar-te-á a superar as adversidades..." (Atos dos Apóstolos, p. 211)
6 – Temer a demissão
Em tempos difíceis, ninguém quer ser demitido, realmente, mas é preciso ter em mente que demissões acontecem e que, a partir do momento em que isso acontecer, o que você pode fazer é se organizar para criar novas estratégias e, assim, procurar novas oportunidades. Pessoas que não têm sucesso em suas vidas profissionais são aquelas que, diante de um cenário de demissão, se desesperam e paralisam. Por mais difícil que seja, não faça isso. Aja, se reinvente, mostre a cara.
"Aqueles que desejam o sucesso devem ser corajosos e otimistas. Devem cultivar não só as virtudes passivas, mas as ativas. Deus concedeu-nos faculdades de raciocínio, não para que fiquem inativas ou sejam pervertidas por ocupações terrenas e sórdidas, mas para que sejam desenvolvidas ao máximo, refinadas, santificadas, enobrecidas e empregadas no avanço dos interesses de Seu reino. Nunca penseis que já aprendestes o suficiente, e que podeis afrouxar agora vossos esforços. O espírito cultivado é a medida do homem." (A Ciência do Bom Viver, p. 498)
7 – Inveja
Perder tempo invejando uma pessoa é um péssimo negócio e, definitivamente, é um comportamento típico de pessoas que pensam pequeno e que não têm nem terão sucesso em termos profissionais. O tempo que você perde invejando o sucesso de uma pessoa poderia – e deveria – ser utilizado para que você planejasse seu próprio sucesso. É ou não é algo mais inteligente?
"A inveja não é meramente uma perversidade do gênio, mas uma indisposição que perturba todas as faculdades. O invejoso fecha os olhos às boas qualidades e nobres ações dos outros. Procura ser considerado o melhor e o maior, não mediante heroicos e abnegados esforços por alcançar ele mesmo o alvo da excelência, mas sim ficando onde está e diminuindo o mérito dos outros." (Testemunhos Seletos, vol. 2, p. 19)
8 – Perdendo tempo
Assim como invejar o sucesso de alguém é perder tempo, outras atitudes comuns comem a areia da sua ampulheta sem que você se dê conta e, de quebra, atrapalham a sua vida. Entre as maiores fontes de distração e perda de tempo estão a televisão e a internet – pessoas de sucesso não gastam a maior parte do tempo de que dispõem vendo filmes, programas bobos de televisão, jogando etc.
Não significa que você precise deixar tudo isso de lado – lógico que não! A questão mesmo é saber aproveitar melhor seu tempo com esses meios. Se internet é seu grande vício, procure conteúdos que possam ser úteis de alguma forma e não se permita ficar horas a fio, todo santo dia, assistindo aos vídeos daquele grupo de comédia americano que você adora.
"Há diferença entre recreação e divertimento. A recreação, na verdadeira acepção do termo - recriação - tende a fortalecer e construir. Afastando-nos de nossos cuidados e ocupações usuais, proporciona descanso ao espírito e ao corpo, e assim nos habilita a voltar com novo vigor ao sério trabalho da vida. O divertimento, por outro lado, é procurado com o fim de proporcionar prazer, e é muitas vezes levado ao excesso; absorve as energias que são necessárias para o trabalho útil, e desta maneira se revela um estorvo ao verdadeiro êxito da vida." (Educação, p. 207)
9 – Desejar que os outros se ferrem
Pessoas de sucesso são aquelas que torcem pelo sucesso de seus colegas também – aquelas criaturas que vivem desejando que os outros se deem mal são os que geralmente se dão mal. Isso de torcer pelo fracasso alheio tem muito a ver com insegurança e falta de espírito de equipe, afinal, se seus companheiros estão bem, a empresa fica bem e, por consequência, você também.
"Todos os atos de injustiça, o espírito de ódio e vingança, ou a condescendência de qualquer paixão que leve a atos ofensivos a outrem, ou nos faça mesmo desejar-lhes mal são, em maior ou menor grau, violação do sexto mandamento." (Patriarcas e Profetas, p. 308)
10 – Concentrar-se nas coisas erradas
Ou você se concentra em ter e dividir ideias com pessoas que possam impulsionar a realização dos seus objetivos, ou você se concentra em seus adversários e fica pensando a respeito das atitudes que poderia tomar para que eles se deem mal. Pessoas malsucedidas costumam concentrar suas energias para si mesmas e não para o trabalho em equipe, não para o coletivo. Já as pessoas de sucesso olham para si, mas como uma forma de buscar crescimento. Depois, olham para a própria equipe e buscam alcançar resultados positivos para todos. 
"Cada um deve prostrar-se em seu grupo e em seu lugar, fazendo seu trabalho. Nenhum de vocês precisa temer que o outro ocupe o posto mais elevado. Todos devem ser tratados sem parcialidade e hipocrisia." (Liderança Cristã, p. 69)

(Com informações de Megacurioso) e Megaphone Adventista

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O uso dos dons

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Como seria cair em um buraco sem fundo?

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Falando da Eternidade

Maranata

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Viagem no tempo

Por que os judeus pisavam no sal?

domingo, 7 de agosto de 2016

A Confusão de Babel

sábado, 6 de agosto de 2016

Seria Deus um monstro? Dr. Rodrigo Silva

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

A Genética da variabilidade - Episódio 4

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Seleção Natural e Adaptação - Episódio 3

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Biogeografia e Galápagos - Episódio 2

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

A origem de Darwin - Episódio 1

domingo, 31 de julho de 2016

Entrevista com um paleontólogo criacionista

Quem São os 144 mil?



Embora muito já tenha sido escrito e falado sobre este número, como igreja nunca tomamos uma posição oficial sobre o assunto.

Antes de tecer alguns comentários, seria bom frisar que nele não se encontra envolvido nenhum ponto fundamental de doutrina.

Dentre as explicações apresentadas pelos estudiosos algumas são especulativas, outras, absurdas, como aquela de que os 144.000 só seriam constituídos de cidadãos norte-americanos, chegando ainda outros a afirmar que este número seria constituído apenas de judeus literais.

Nossa posição neste estudo deve ser serena e equilibrada, para não cairmos no extremo de não querer estudá-lo por achá-lo irrelevante, nem passar ao outro despendendo demasiado tempo em sua discussão. Alguém poderá objetar que Ellen G. White disse que neste assunto “o silêncio é eloquência”. Evidentemente ela se referia a estéreis especulações que não trazem nenhum proveito ao indivíduo e à igreja. Do outro lado se encontra T. H. Jemison, que declarou, em Our Firm Foundation, vol. 2, pág. 407: “Precisamos pregar sobre o assunto dos 144.000. O tema tem de receber lugar de muito destaque em nosso pensamento e em nossas palestras”.

Comentários

As únicas referências bíblicas a este número se acham em Apocalipse 7:4 e 14:1 e 3, e vagamente deduzíveis de Ezequiel 9:4; 20:12.

As alusões ao sinal ou selo, ensejam a oportunidade de dizer algumas palavras de seu significado bíblico.

Deus sempre “sela” ou assinala os seus.

No Egito, o sangue do cordeiro foi o sinal de identificação antes que viesse o juízo. Nos dias de Ezequiel, Deus ordenou que fosse marcada com um sinal a testa dos homens, que suspiravam e gemiam por causa de todas as abominações que se cometiam (Ezequiel 9:4). O “selo” ou “sinal” pode ser uma crença no coração, uma lealdade na vida, que distinga o crente do pecador.

Paulo nos diz em Efésios 4:30 que o Espírito Santo é o instrumento de Deus para selar.

Ezequiel 20:12 e 20 apresenta o mandamento do sábado como o selo de Deus.

Os 144.000 representam o “remanescente” ou “resto da sua semente” (da igreja verdadeira), os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo (Apocalipse 12:17).

Da declaração de serem tirados 12.000 de cada uma das 12 tribos, alguns comentaristas crêem que o número total 144.000 é simbólico e não literal.

O contexto em que se encontra a passagem referente aos 144.000 é um dos meios mais valiosos para identificação desse grupo.

Se o pesquisador bíblico ler os últimos versos de Apocalipse 6, compreenderá a relação de Apocalipse 7 com os últimos acontecimentos, e reconhecerá que ali nos é apresentado o segundo advento de Cristo. João, após mencionar os ímpios dos últimos dias, prossegue nos versos iniciais do capítulo 7 falando nos justos desse tempo, os  144.000.

Por sua lealdade a Deus na obediência aos seus mandamentos, e inabalável fé em Cristo Jesus, este grupo terá de enfrentar a ira de Satanás (Apocalipse 12:17). Por sua experiência vitoriosa nesta luta, os 144.000 têm a honra especial de ser, no Monte Sião, a guarda de honra de Cristo.

O pastor Samuel Ramos, no opúsculo “Duas Sínteses”, apresentou aspectos úteis para identificação dos 144.000, a quem pedimos vênia para destacar esta parte de seu comentário.

As Três Teorias Prevalecentes sobre os 144.000

1º) Serão salvos apenas 144.000 pela pregação das Três Mensagens Angélicas, desde 1844 até a volta de Cristo, incluindo os que morreram fiéis na mensagem do terceiro anjo. Só 144.000 adventistas serão salvos.

2º) Os 144.000 serão os salvos entre os justos por ocasião da segunda vinda de Cristo. Somente eles permanecerão vivos até a volta de Jesus, os demais justos já teriam morrido antes das sete pragas para serem então ressuscitados na volta de Cristo.

3º) Eles serão um grupo especial, selecionado dentre os salvos vivos por ocasião da volta de Jesus. Os 144.000 são representantes da grande massa de salvos vivos quando do regresso do nosso Salvador.

Ele comenta cada uma destas três proposições, detendo-se especialmente na última por ser a mais condizente com nosso ponto de vista.

Nossa revista denominacional em inglês, Review and Herald, de 10/04/1958, pág. 9, trouxe a seguinte informação sobre este tema:

“O caráter de preferência ao número exato dos 144.000, é o fato importante. São os que passaram por grande tribulação (Apocalipse 6:17); estarão com o Cordeiro sobre o Monte Sião (14:1); são irrepreensíveis diante de Deus (v. 5); são de vida pura (v. 4); cantarão o cântico novo (v. 3); são primícias para Deus e para o Cordeiro (v. 4). São, enfim, israelitas espirituais no sentido de vencedores, os limpos de coração’ (Salmos 73:1). Compare com Romanos 2:28-29; 9:6-7; Gá1atas 3:29; 6:15-16”.

O Comentário Bíblico Adventista e os 144.000

Seria falho este estudo se deixássemos fora o que este comentário apresenta sobre ele. Suas conclusões sempre se pautaram pelo equilíbrio e ponderação, por isso precisam ser acatadas. A apresentação encontrada no vol. 7, págs. 783-785, é um subsídio valioso no equacionamento deste número enigmático. Seguem-se as partes mais significativas:

“Com referência ao número dos 144.000 são mantidos dois pontos de vista:

1º) Esse número é literal;

2º) Ele é simbólico.

Alguns dos que afirmam que esse número é literal, salientam que o sistema de contagem pode ser idêntico ao que foi empregado na numeração das 5.000 pessoas alimentadas miraculosamente, em que foram contados apenas os homens, e não as mulheres e crianças (ver Mateus 14:21). Os que afirmam que o número é simbólico salientam que essa visão é inteiramente simbólica, visto que os outros símbolos não devem ser interpretados literalmente, também não é necessário que este seja interpretado assim…”

Os 144.000 são apresentados como os que podem ‘suster-se’ em meio aos terríveis acontecimentos descritos no cap. 6:17. Eles possuem ‘o selo do Deus vivo’ (cap. 7:2) e são protegidos no tempo da destruição universal, como sucedeu com os que tinham o sinal, na visão de Ezequiel (Ezequiel 9: 6)…”

Há divergências de opinião sobre quem constitui os 144.000, dentre a última geração dos santos. A falta de informações mais definidas para se chegar a conclusões dogmáticas no tocante a certos pontos, fez com que muitos dêem ênfase não a quem são os 144.000 mas àquilo que eles são, isto é, ao caráter que possuem…”

O seguinte conselho é bastante apropriado: ‘Não é da vontade de Deus que se entre em controvérsia sobre questões que não proporcionam auxílio espiritual, tais como: Quem fará parte dos 144.000? Isto os eleitos de Deus saberão com toda a certeza dentro de pouco tempo’ – E. G. White” (Idem, pág. 783).

“Desde os tempos mais antigos os comentaristas têm nutrido ideias divergentes quanto à relação existente entre a multidão (de Apocalipse 7:9-17) e os 144.000. São defendidos três pontos de vista principais:

“Um deles afirma que os 144.000 e a ‘grande multidão’… representam o mesmo grupo de pessoas, mas sob condições diferentes, e que os versículos 9 a 17 revelam a verdadeira identidade dos 144.000…

“A segunda opinião salienta as diferenças entre os 144.000 e a ‘grande multidão’. O primeiro grupo pode ser contado, o segundo não. Um representa um grupo especial: as ‘primícias para Deus e para o Cordeiro’; ‘são os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá’ (Apocalipse 14:4). O outro representa os santos restantes, que triunfaram em todas as épocas.

“O terceiro ponto de vista declara que a ‘grande multidão’ representa a totalidade dos remidos, inclusive os 144.000.

“Os adventistas do sétimo dia em geral têm defendido o segundo ponto de vista” (Idem, pág. 784).

Conclusão

Quero terminar este estudo com a resposta dada por Gerhard F. Hasel, professor de Teologia na Andrews University; à pergunta: “Quem são os 144,000 a que se refere o Apocalipse?

A resposta a esta pergunta encontramos em Apocalipse 7 e 14. Os 144.000 são seres humanos que constituem o último remanescente fiel. São identificados:

1º) Por terem o nome do Cordeiro e de Seu Pai escrito na fronte (Apocalipse 14:1);

2º) Por terem sido resgatados dentre os da Terra (versos 3 e 4);

3º) Por se haverem mantidos incontaminados de relações ilícitas com outras organizações religiosas (verso 4);

4º) Porque possuem sinal de pureza (verso 4);

5º) Por levarem o sinal da veracidade (verso 5);

6º) Por 1evarem o sinal da pureza tanto moral como religiosa (v. 5);

7º) Por seguirem o Cordeiro por onde quer que vá (verso 4).

“À pergunta: ‘quem são?’ refere-se a nós. Não basta conhecermos os sinais de identificação. Muito mais importante que isto é saber se ostentamos ou não esses sinais. Vivemos em íntima comunhão com nosso Senhor, dia após dia, de tal sorte que nossa condição moral e religiosa reflita o Deus Altíssimo? Se assim não for, a mensagem dos 144.000 nos convida a obter essa consagração para que possamos experimentar então o começo da vida eterna, de maneira que possamos passar da morte para a vida (1João 3:14; João 5:24; Efésios 2:1), e possamos contar-nos entre os144.000”. Revista Adventista, janeiro de 1977, pág. 11.

Livro: Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Podemos Ser Perfeitos Como Deus é Perfeito?



“Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”.Mt 5:48

Deus nunca propõe a Seus filhos padrão baixo. O versículo acima, entretanto, não quer dizer ser perfeito em sabedoria, como Deus o é, pois somos finitos. Não quer dizer perfeito em poder como Ele o é, porquanto Sua esfera é infinitamente mais alta que a nossa. Quer, porém, dizer que devemos amá-Lo perfeitamente, de todo o coração, entendimento, alma e forças. Isto é o que Deus deseja, pois Seus olhos “passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele”. Em algumas traduções encontramos: “cujo coração é perfeito para com Ele” (2Crônicas 16:9).

A palavra grega que aparece em Mateus 5:48 é teleios, literalmente significando, maduro, completo, que atingiu o alvo. Em 1Coríntios 14:20, Paulo emprega teleioi  denotando física e intelectualmente homens amadurecidos.

O sentido de perfeito em Mateus 5:48 é que Deus exige de nós perfeição em nossa esfera como Deus o é na Sua. Deus deseja de nós o serviço mais perfeito que nos é possível prestar a Ele.

Joseph Angus, em História, Doutrina e Interpretação da Bíblia, pág, 145, comentando a palavra “perfeição”, assim se expressou:

“A perfeição se acha definida em várias partes da Bíblia. O termo emprega-se em muitos lugares do Velho Testamento como sinônimo de retidão ou de sinceridade. (Salmos 37:37, em hebraico).

Em o Novo Testamento, significa ou a posse de um claro e exato conhecimento da verdade divina, ou a posse de todas as graças do caráter cristão num grau maior ou menor. A primeira destas significações vê-se em Hebreus 5:14, onde se diz que o “mantimento sólido é para os perfeitos, os quais já pelo costume têm os sentidos exercitados para discernir o bem e o mal”; e também se pode ver em 1Coríntios 2: 6 e em Filipenses 3:15. A segunda definição vem em Tiago 1:4, onde “perfeito” significa o mesmo que “completo” na maneira de viver. Em 2Pedro 1:5 se enumeram os dons que formam o cristão perfeito”.

A seção Consultoria Doutrinária da Revista Adventista, agosto de 1975, pág. 25, à consulta: “Pode o cristão ser perfeito?”, apresentou a seguinte resposta:

“Se por ‘perfeição’ o consulente quer dizer ausência de pecado, então a resposta é de que jamais na Terra alguém alcançará a perfeição. A não ser um presunçoso ou paranóico, ninguém, em sã consciência poderá afirmar estar sem pecado. Só Cristo pôde dizê-lo.

“Entretanto, os cristãos reais, os nascidos de novo, podem falar em serem perfeitos, desde que estão justificados pela fé. É que a perfeição de Cristo lhes é atribuída. Assim como Jesus foi considerado pecador da pior espécie quando na verdade era inocente, assim a pessoa que confia unicamente em cristo para salvar-se é considerada inocente, quando na verdade é culpada. Na epístola aos Romanos, Paulo, repetidamente, diz que os que confiam em Cristo para a salvação são considerados por Deus como perfeitos. Toda esta questão deve ser considerada como uma transação legal realizada por Deus. Na realidade Jesus não era culpado, e nós não somos inocentes. Isto, em termos teológicos denomina-se “justificação pela fé”. Tudo é iniciativa divina, e a parte do homem consiste apenas em atender ao chamado de Deus, lançando-se nos braços de Cristo. E a justificação se opera, não porque o pecador se sinta justo, mas sim porque Deus o declara justo. Neste relacionamento com Cristo devemos permanecer e crescer. E quando isto ocorre devemos, sem dúvida, melhorar nossa vida, nossos hábitos, nosso relacionamento com Deus e com o próximo. E assim recebemos a justiça comunicada de Cristo, que nos habilita a vencer as tentações, bem como a obedecer aos reclamos divinos. Não adianta dizer que confiamos numa pessoa, se não aceitamos seus conselhos.

“É verdade que, mesmo justificados, nosso comportamento nunca se tornará impecaminoso. Encontramos pessoas que parecem boas e nobres, mas não pretendem firmar santidade. Em suma, somos perfeitos, no conceito teológico, porque a justiça perfeita de Cristo nos foi atribuída.

“Devido ao nefasto legalismo que lamentavelmente impera ainda em mais de 70% de nossos membros, a verdade maravilhosa e confortadora da justificação pela fé fica obscurecida, e vemos, não raro, pessoas graves, mal-humoradas, que têm conflitos íntimos e julgam que não serão salvas, mortificadas com algum pecado cometido, julgando-se abandonadas por Deus. Falta-lhes o sorriso que reflete o gozo do Espírito Santo, produzido pela paz de quem é justificado. Romanos 5:1. Tornando-se pessoas críticas, malcontentes com tudo; exigentes demais com os outros, maldizentes, acusadoras, etc”.

Livro: Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.

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