terça-feira, 26 de julho de 2016

Revelando o Caráter da Pregação - Dr. Rodrigo Silva

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Quem incitou Davi a fazer o censo: Deus ou Satanás?

 

Por que 2Samuel 24:1 diz que Deus incitou Davi a realizar o censo militar, enquanto 1Crônicas 21:1 diz que Satã fez isso?

Em 2Samuel 24:1, lemos: “Mais uma vez irou-se o Senhor contra Israel e incitou Davi contra o povo, levando-o a fazer um censo de Israel e de Judá.” De acordo com 2Crônicas 21:1, Satanás levantou-se contra Israel e levou Davi a fazer um recenseamento do povo”. Examinarei o uso do termo satã no Antigo Testamento, algumas ligações terminológicas com outras passagens e, no final, sugerirei uma maneira de harmonizar essas duas passagens.


1. Uso do termo “satã”: A palavra hebraica para satã significa “adversário, oponente” e é usada para designar seres humanos que agem como adversários ou oponentes de outros (1Reis 11:14, 23). Ela também designa o anjo do Senhor que agiu como adversário de Balaão (Números 22:22). Obviamente, essa não é uma figura demoníaca. O substantivo também é encontrado em 1:5 e 2:1, e em Zacarias 3:1 para o adversário do povo de Deus. Estudiosos muitas vezes argumentam que quando o substantivo satã é acompanhado por um artigo definido (“o satã”) se refere à função (“um adversário/oponente”) e não é um substantivo próprio (“Satã”). Como no primeiro caso o termo não tem um artigo, só em 1Crônicas 21:1 é considerado substantivo próprio (“Satã”). Porém, outros estudiosos argumentam que é precisamente quando o substantivo é acompanhado por um artigo que funciona como nome próprio. Pode-se perguntar, então: “Será que esse debate é tão importante?”

2. Ligação linguísticas: Há ai uma clara ligação linguística entre 2:1, Zacarias 3:1 e 1Crônicas 21:1. Em Crônicas Satã “se levanta”(‘amad) contra Israel e incita (sut) Davi a pecar. O uso do verbo “levantar” (‘amad), junto com o substantivo satã, é encontrado em Zacarias 3:1, estabelecendo uma ligação entre as duas passagens. Em ambos os casos satã se opõe ao servo de Deus. O verbo “incitar” (sut) aparece junto com o substantivo satã em 2:3, estabelecendo, também, uma ligação entre essas duas passagens. Em , ele incita Deus contra Jó, e em Crônicas ele incita Davi contra Deus. O cronista sabe como usar o termo satã (“Satã”). Muito provavelmente reflete o significado do termo nos outros dois livros. Em outras palavras, ele não está contrastando seu uso com o de outras passagens; a presença ou ausência do artigo é irrelevante. O Antigo Testamento descreve um ser que se opõe a Deus e aos Seus planos para Seu povo (Gênesis 3:1-5; Levítico 16:8-10, 20-22; Isaías 14:12-14; Apocalipse 12:9).

3. As narrativas em Crônicas e Samuel: O papel de satã é muito claro nas passagens que estamos discutindo. Primeiro, ele é o adversário do povo de Deus, oponente à divina disposição de perdoá-los (Zacarias 3:1). Ele até se opõe contra a maneira que Deus governa Seu reino ( 1:6; 2:1). Segundo, ele incita o povo a desobedecer a Deus. Terceiro, ele deseja coisas más para o povo de Deus. Sem dúvida, ele é o arquiinimigo divino. Segundo o Livro de Crônicas, Satã se levantou contra Israel como inimigo e incitou Davi a realizar o censo sabendo que resultaria no sofrimento do povo. Por que realizar o censo é um pecado nacional? Vários tipos de censos eram realizados em Israel, sem nenhum penalidade (Êxodo 30:11-16). Talvez, como muitos já sugeriram, a diferença aqui é que esse era um censo militar realizado sem a aprovação divina e que expressava confiança no poder militar humano. Foi uma violação à aliança de Israel com o Senhor.

Se esse é o caso, as diferenças entre 1Crônicas e 2Samuel são indiferentes. A ira do Senhor mencionada como a causa da realização do censo, é esclarecida ao Deus permitir que Satã incite Davi a realizar o censo. Em sua ira, Deus não intervém para proteger Davi.
No entanto, Deus ainda é o Senhor Soberano que autoriza as ações de Satanás e que coloca fim à praga. Ele usa essa experiência para levar Davi a encontrar um local para construir o templo. Ele não entrega a Satanás o controle completo sobre Seu povo ( 1:12; 2:6).


Angel Manuel Rodríguez, Revista “Adventist World” – Fevereiro 2015

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Será que Adão e Eva sabiam que o inimigo de Deus viria tentá-los?

 



Nenhuma passagem bíblica indica ser esse o caso, mas há alguns pormenores que devemos examinar. Analisemos a narrativa para ver se o texto bíblico oferece alguma evidência sobre esse assunto. Consideremos, também, o ensino geral da Bíblia sobre o inimigo de Deus.

1. Seres celestiais antes de Adão e Eva: A Bíblia indica que Deus criou seres celestiais antes de criar Adão e Eva. Segundo o Livro de , “todos os anjos se regozijavam” quando Deus estava criando a Terra ( 38:4-7), e Gênesis sugere que Deus já havia criado querubins antes de Adão e Eva (Gênesis 3:24). Foi um desses querubins que se rebelou contra Deus e foi lançado fora do Céu (Isaías 14:12-14; Ezequiel 28:13-18). O inimigo no jardim seria esse querubim.

2. A responsabilidade de Adão e Eva: A narrativa de Gênesis indica que, após a criação, Deus deu a Adão e Eva instruções específicas concernentes às suas funções e responsabilidades. Era de se esperar que tais instruções incluíssem informações sobre o inimigo de Deus. Quando Deus falou com Adão e Eva pela primeira vez, Ele os abençoou e ordenou que “enchessem a Terra” (Gênesis 1:28). Eles deveriam governar sobre o restante da criação e desfrutar de uma dieta específica, diferente da dos animais (Gênesis 1:29, 30). Ele também ordenou a Adão e Eva que não comessem da árvore do conhecimento do bem e do mal, ou então morreriam (Gênesis 2:16; 3:3).
Não há quase nada nessas instruções sobre o inimigo de Deus. Mas sua responsabilidade diante de Deus como cuidadores da Terra é clara. Há também uma referência sobre a possibilidade de morrer e isso por si só, sugere um elemento perigoso se fizessem a escolha errada. Mas, até aí, não há nenhuma dica específica sobre um inimigo contra quem deviam estar atentos.
No entanto, ainda há mais. Deus disse a eles que “cultivassem [‘abad] e cuidassem [shamar] (do jardim)” (Gênesis 2:15). O verbo ‘abad’ (“trabalhar; servir”) podia significar em alguns contextos “cultivar, trabalhar” no solo (Gênesis 4:2, 12). O verbo “shamar” significa “cuidar de, proteger, guardar”. O uso deste verbo sugere que Adão e Eva deviam ficar alertas, guardando e protegendo o jardim; isso sugere perigo e a presença potencial de um inimigo. Deus deve ter falado a eles sobre a natureza do inimigo. Essa interpretação do verbo é apoiada pelo seu segundo uso em Gênesis 3:24. Após a queda, a proteção do jardim e da árvore da vida, em particular, foi colocada nas mãos de um querubim. Como os humanos falharam, Deus transferiu para outros o que era responsabilidade deles.


3. Havia um tentador no Jardim: O perigo implícito em Gênesis 2:15 é explicitamente identificado em Gênesis 3. Um inimigo de Deus se opõe abertamente à Sua palavra e O acusa de limitar intencionalmente o desenvolvimento de Adão e Eva (Gênesis 3:4). Ele diz que, ao rejeitarem a palavra de Deus, seriam “iguais a Deus” (verso 5). O que esse inimigo introduz na conversa é o que o querubim caído queria para si: “Subirei mais alto do que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo” (Isaías 14:14). Agora sabemos a verdadeira identidade desse inimigo: o Novo Testamento o identifica como “diabo, ou Satanás” (Apocalipse 12:9). Esses detalhes são suficientes para indicar que Adão e Eva tinham sido informados sobre sua existência e foram avisados para ficar alertas.

4. Engano no Jardim: Há ainda outra informação que pode ser útil para responder a essa pergunta. Eva tentou se defender argumentando que foi enganada pela serpente (Gênesis 3:13). Sem dúvida, ela foi enganada (2Coríntios 11:3; 1Timóteo 2:14), mas o engano não foi aceito como uma desculpa válida para sua desobediência. Por que não? Em minha opinião, a razão é porque eles foram informados sobre a vinda de um inimigo de Deus para tentá-los. Eva estava esperando que o inimigo agisse de certa maneira e ele a surpreendeu e a enganou. Se ela não tivesse dialogado com a serpente, poderia ter sido salva.

Angel Manuel Rodríguez, Revista “Adventist World” – Abril 2015

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Por que os reis de Israel tinham tantas mulheres?



Penso que sua pergunta, na verdade, é como Deus lida com essa prática, e o que motivava os reis a ter tantas esposas. Além dos desejos corruptos das paixões humanas havia outras razões sociais e políticas para tal prática. Vou resumir a vontade de Deus sobre esta questão, examinar o propósito pelo qual os homens se casavam com tantas mulheres israelitas, e, finalmente, explorar a razão pela qual as esposas do rei não eram israelitas.

1. A Vontade de Deus: Parece ter sido a intenção de Deus que, em algum momento na história do Seu povo, fosse nomeado um rei sobre a nação. Com esse propósito, Deus providenciou uma legislação definindo o compromisso e o papel do rei (Deuteronômio 17:14-20). Até certo ponto, o rei devia ser um modelo para a nação, no estudo da lei, em confiar no poder de Deus e no propósito de Deus para o casamento. A lei estabelecia claramente: “Ele não deverá tomar para si muitas mulheres” (verso 17). Em outras palavras, ele não deveria ter um harém real. Deus esperava do rei o que também esperava de cada homem israelita: ter uma só esposa. Nesse aspecto, a realeza israelita falhou com o Senhor.

2. As muitas esposas de Davi: Foi principalmente por Davi que a prática real de ter muitas esposas foi introduzida em Israel. Ele tinha no mínimo nove esposas e não menos de dez concubinas. A função dessas concubinas não é clara. Elas estavam a serviço do rei para lhe dar filhos (2Samuel 20:3), e também podiam ser responsáveis pela manutenção do palácio (2Samuel 15:16). No antigo Oriente Próximo, as proezas sexuais do rei eram parte da sua imagem como monarca, e as muitas esposas transmitiam essa ideia para as pessoas. Davi estava simplesmente seguindo uma prática cultural da época. Ele também tomou várias mulheres israelitas como esposas. Elas deviam ser filhas de israelitas influentes e poderosos cujo apoio poderia ser útil para a consolidação do reinado de Davi. Esses eram casamentos com motivação política. Embora a maioria de suas esposas fosse israelita, parece que ele teve uma esposa estrangeira: “Maaca, filha de Talmai, rei de Gesur”(2Samuel 3:3), uma princesa. Esse foi um casamento político e serviu para fortalecer a influência de Davi como rei entre as nações cananitas.

3. Esposas estrangeiras e a idolatria: O que Davi iniciou foi praticamente institucionalizado por Salomão: “Casou com setecentas princesas e trezentas concubinas” (1Reis 11:3). Muitas de suas concubinas, se não todas elas, podem ter sido israelitas, mas as esposas provavelmente fossem mulheres estrangeiras, filhas de reis com os quais Salomão fez aliança de relacionamento. Esse era um acordo comum em casamentos reais no antigo Oriente Próximo. Tais casamentos consolidaram o reinado de Salomão e contribuíram com as relações pacíficas entre ele e as nações ao redor (Sidom, Moabe, Ammom). Qualquer casamento político poderia ter danificado seriamente a integridade do rei, e, no caso de mulheres estrangeiras, teria levado o rei à idolatria (Deuteronômio 17:17; 1Reis 11:2). Quando esse tipo de casamento era arranjado, o acordo marital incluía a decisão de que a princesa continuaria a adorar seu deus no palácio de seu marido, nesse caso, Salomão. Possivelmente, algumas delas tenham se tornado israelitas. Cada uma dessas esposas vinha acompanhada por suas servas e, às vezes, por um líder religioso para assisti-la no culto ao seu deus. O marido devia oferecer um local de adoração para ela e sua comitiva. Seguindo essa prática pagã, “Salomão construiu um altar para Camos, […] e para Moloque […] Também fez altares para os deuses de todas as suas outras mulheres estrangeiras, que queimavam incenso e ofereciam sacrifícios a eles” (1Reis 11:7, 8). Essas práticas políticas e religiosas são típicas do antigo Oriente Próximo. Elas contribuíram diretamente para a queda do povo de Deus no Antigo Testamento.

É sempre bom ouvir a Palavra de Deus, pois as Escrituras nos alertam e nos previnem contra práticas culturais que tendem a nos desviar do Senhor.
Angel Manuel Rodríguez, Revista “Adventist World” – Janeiro 2015

terça-feira, 12 de julho de 2016

Tentações de um Músico de Igreja



por: Rev. João Wilson Faustini

Jesus disse claramente aos religiosos do seu tempo: “Errais não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”. (Mateus 22:27)

A Bíblia contém princípios importantes que nos orientam a respeito de muitas coisas, inclusive música. Ela nos diz que os últimos tempos seriam tempos difíceis e que apareceriam falsos profetas e falsos doutores ou falsos mestres…. Que os homens seriam amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos do deleite do que de Deus. Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. (II Timóteo 3:1-8)

Pasmados, estamos testemunhando tudo isto dentro das igrejas, especialmente entre os músicos que se dedicam ao Ministério do louvor e adoração, cantores e músicos. Muitos com bom senso, têm levantado a sua voz contra esses abusos, irreverência e desrespeito à Deus e Sua Palavra.

Não é nenhum segredo para os meus irmãos e amigos, que Deus me chamou para o Ministério da Música, e que eu tenho por mais de 50 anos, procurado servi-lo e ficar ao par do que acontece dentro da igreja, com relação ao culto, ao louvor, aos hinos congregacionais, aos hinários, e a toda a forma de música e cânticos usados nos cultos de adoração a Deus.

Tenho sido abençoado e guiado por Deus desde minha infância, tendo tido grandes oportunidades, talvez mais que muitos outros, de estudar e de me aperfeiçoar para trabalhar neste Ministério. Não porque eu tivesse grandes talentos ou grandes dons, mas porque Deus colocou em minha vida pessoas de visão, que souberam me orientar, e que tinham uma compreensão genuína e cristã do Reino de Deus.

Desde cedo procurei e sempre procuro, basear-me totalmente nos princípios bíblicos. Tenho aprendido em toda a minha vida, principalmente a medida que os anos passam, que é perigoso basear-me apenas em minhas escolhas ou gostos musicais pessoais ou de quem quer que seja.

Estou muito atento observando o que está acontecendo em todo o mundo, com relação a música na Igreja, não só com o que vejo e ouço aqui no Brasil, mas pelo que vejo e ouço todos os anos, nas Conferencias do mês de julho da Hymn Society of America, e também nas visitas a igrejas aqui e fora do Brasil.

Minhas frequentes visitas ao Facebook e na Internet tem me deixado bastante ciente a respeito das mudanças que tem ocorrido na música na igreja, dos abusos, das reclamações, das guerras e divisões que hoje ocorrem entre aqueles que se dizem cristãos e transformados pela graça de Deus e que estão nesse ministério.

Não estou aqui para criticar A ou B. Mas para que estejamos alertas. Suponho que a razão principal pela qual as pessoas frequentam os nossos seminários de música da SOEMUS, é porque querem servir a Deus através da música, e querem aperfeiçoar o seu louvor e adoração a Ele.

O que está acontecendo hoje mais do que no passado?

1 – Inveja

Há muitas pessoas envolvidas no louvor, que não suportam ver sucesso alheio. Parece que o ministério dessas pessoas é estar sempre procurando falhas, fraquezas e deslizes nos outros.

Alguns comentaristas bíblicos acham que quando Deus criou o homem à Sua própria imagem, Satanás teria ficado com inveja, porque ele queria ser como Deus. Satanás usou este mesmo argumento que o fascinava – ser semelhante a Deus – para tentar o homem no jardim do Éden, e hoje em dia também.

Hoje há muitos músicos no louvor que ardem de ciúmes, porque querem ser como os outros, ou ser melhores do que eles.

2 – Orgulho

Outros, que tem dons musicais, ou que se auto-elegem como músicos, sem nunca ter estudado música, acham-se extremamente qualificados. Acham que são muito bons, melhor que os outros.

Nunca buscam ajuda de ninguém. Fecham-se aos que realmente poderiam ajudá-los a melhorar e a se desenvolver. Jamais aceitam quaisquer críticas construtivas ou sugestões.

3. Preguiça e estagnação

Este é um problema sério: Ficar estagnado. Ficar no seu mundo musical pequeno, restrito e provinciano, ouvindo somente músicas seculares, e imitando os estilos que se identificam claramente com o mundo e raramente elevam o espírito.

Viver uma vida inteira sem conhecer outros estilos e principalmente a música dos grandes compositores da historia é indesculpável. Não ter nem ao menos a curiosidade de procurar ouvir outros estilos de música, para expandir os seus conhecimentos e sua apreciação musical é incompreensível! Nunca frequentar um concerto de música erudita, e o que é pior, criticá-la, sem nem ao menos ter tentado conhecê-la é inexplicável!

O musico cristão deve ter uma mente aberta para aprender, conhecer, fazer pesquisa! Somente assim ele poderá evoluir musicalmente. Qual seria a razão verdadeira de ele não querer progredir? A igreja não tem que “engolir” essa desculpa de que “é pra Deus que eu canto, e Ele vê o meu coração”. Se você canta para agradar a si mesmo ou agradar as pessoas, você nem sempre faz o melhor, mas se é mesmo para Deus que você canta, você tem o dever cristão de oferecer a Ele, além de um coração puro, uma música melhor! E como você vai saber qual é a melhor música sem explorar, conhecer e desenvolver o seu conhecimento nesta arte maravilhosa? Esta é uma grande virtude que o músico cristão precisa desenvolver!

Faça um estudo de música serio! – Aprenda solfejo, instrumento, canto, historia da música. Conheça e estude todos os estilos!
Reconheça que música é arte, e exige muita pratica e aprimoramento – o melhor para Deus.
Conheça a Historia da igreja, a hinologia, os grandes hinos que mudaram a historia, a Bíblia, teologia
Ensaie e pratique o suficiente tecnicamente e habitue-se a estar preparado espiritualmente antes dos cultos!
4 – Buscar aplauso, reconhecimento, popularidade

O ser humano adora o sucesso, o aplauso, o holofote. Quem diz que não gosta de ser apreciado está mentindo. Quem não gosta de ser reconhecido pelo que faz?

Todos nós queremos um dia ouvir a voz de Jesus nos dizer: “Bem está, servo bom e fiel. Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei.” (Mateus 25:21). Mas quando a busca pelo sucesso é maior do que a nossa fidelidade a Deus, há algo muito errado que precisa ser corrigido!

É uma grande maravilha que Deus possa ser adorado e louvado e seu evangelho anunciado em estilos musicais diferentes – Tanto o popular quanto o erudito.

Há princípios bíblicos que nos indicam claramente que Deus realmente se agrada sempre daquilo que é o melhor para Si. Esses princípios são muito claros e aplicam-se a muitas coisas, inclusive música! Não podemos ignorá-los!

Aprendemos na Bíblia que vamos ser julgados pelo que fazemos com os talentos que recebemos. Quem tem muito talento musical tem maior responsabilidade diante de Deus para desenvolvê-los!

A música erudita é custosa, trabalhosa, leva muitos anos para dominá-la, é necessário muito estudo. A música popular, por outro lado, é mais acessível, mais fácil de ser dominada, mas fácil de ser assimilada e absorvida pelo povo em geral. É perfeitamente compreensível porque tão poucos poucos se interessam em aprender a ler partituras com notas musicais, e não apenas acordes. Poucos se dispõem a aprender as regras de harmonia e composição. Preferem criar aleatoriamente sem a noção de forma ou norma, como se tivessem nascido já sabendo tudo. Muitos acham dificultoso fazer um curso para aprender a tocar piano ou órgão por música. Preferem aprender um teclado que exige apenas o domínio de algumas cifras de acorde. Também, pela mesma razão, acabam sem ter base para apreciar a música erudita. Ela é, para muitos, como o caminho estreito, e poucos andam por ele.

Davi disse que não ofereceria ao Senhor uma oferta que não lhe custasse algo. (II Samuel 24:24) Como poderemos agradar ao Senhor, buscando sempre a lei do mínimo esforço, e do caminho mais fácil?

Deus dá grande valor à arte, e consequentemente, ao conhecimento. Ele dotou artistas com capacidades extraordinárias, como Bezaleel, arquiteto chefe, cheio do Espírito do Senhor, de sabedoria e habilidades especiais, que trabalhou na construção do tabernáculo. (Êxodo 31:1-11) de instrumentos musicais e da arca da aliança – tudo para ser usado no santuário. Deus lhe deu também a capacidade para ensinar a outros. O aprendizado e o ensino são importantes! Deus sempre nos ensinou a buscar e a dedicar as melhores coisas para Ele: O primogênito, as ovelhas sem defeito, as primícias, os primeiros frutos, etc. Basta ler a respeito da construção do tabernáculo e do grande templo de Salomão no Velho Testamento para se notar em tudo, a estética, e o equilíbrio de formas, de materiais e de cores – justamente o que pouco aparece em nossos cânticos de hoje!….

Não devemos colocar uma barreira onde Deus não a põe. A musica popular geralmente não exige tantos anos de estudo, e em pouco tempo cantores ganham fama e reconhecimento, mesmo sem grande preparo. Muitos conseguem ganhar fama e muito dinheiro. A popularidade existe na igreja também e tem o seu lugar. Com pouco esforço e determinação surgem muitos cantores em toda a parte, da noite para dia. É verdade que os discípulos Pedro e João eram tidos com “iletrados” (Atos 4:13) mas eles não eram analfabetos! Basta ler suas cartas para ver que podiam expressar realidades espirituais profundas! É muito estranho que os que querem hoje se destacar no ministério da música são totalmente analfabetos musicalmente!

Compositores que nunca estudaram composição.
Cantores que nunca estudaram canto.
Poetas que nunca estudaram poesia, métrica, prosódia….. muitas vezes nem português!!!
Onde estudaram teoria, harmonia?
Qual conservatório? Com que mestre?
Que curso fizeram?
Eu já disse e repito. É uma grande maravilha que Deus pode usar tanto um estilo como o outro. Tanto o popular quanto o erudito.

Eu acredito, porem, pelos princípios bíblicos que conheço, que Ele se agrada do melhor. Esses princípios são muito claros! Não podemos ignorá-los!

Aprendemos na Bíblia que vamos ser julgados pelo que fazemos com talentos que recebemos. Quem tem muito talento musical tem maior responsabilidade diante de Deus para desenvolvê-los! Nossa preferência e gosto musical pessoal não deve ser nossa prioridade, mas fazer o que agrada a Deus, sim! A graça de Deus é tão grande que quando O adoramos através da música e do canto, Ele de fato se interessa muito pelo que se passa no nosso coração – independente dos nossos estilos musicais, das nossas qualificações, ou dos estudos que tenhamos. Mas não é por isso que vamos fazer a sua obra relaxadamente deixando de buscar o melhor para Aquele que é digno de todo o louvor, (do melhor louvor), de toda a honra e toda a gloria!!!

Outras tentações do musico na igreja são:

5 – Isolamento

Permitir barreiras que se ergam entre outros irmãos músicos. Deixar de se enriquecer com experiências de outros, por se isolar.

6 – Buscar prosperidade financeira

Exigir cachê, hotel 5 estrelas, gravar e vender CDs, etc ..

7 – Criar conflitos dentro da igreja entre músicos ou pastores e lideres por motivos banais por causa de estilos diferentes, agendas de participação no culto ou outras questões insignificantes.

8 – Descuido da vida espiritual ou deixá-la em segundo plano.

Este cuidado é essencial. Não há desculpa.

9 – Testemunho de vida, na igreja e fora dela

10 – Saber lidar com a fraqueza humana – sua e dos outros.


Fonte: Soemus – Sociedade Evangélica de Música Sacra

Como entender os mistérios de Deus? Dr. Rodrigo Silva

domingo, 10 de julho de 2016

Por que Tiago afirmou que uma pessoa é “justificada por obras” e não “por fé” somente? – Tiago 2:24




Com frequência, Tiago 2:14-26 é entendido como uma “correção” à ênfase dada por Paulo à justificação pela fé somente. Hoje, felizmente, a maioria dos estudiosos, assim como eu, não concorda com essa afirmação. Em primeiro lugar, ao procurar entender o argumento de Tiago, precisamos manter em mente o contexto geral e o objetivo de sua carta. Em segundo lugar, devemos compreender que diferentes escritores bíblicos podem, às vezes, usar a mesma terminologia para sentidos diferentes ou para um propósito específico. Pode depender também do contexto. (Leia Tiago 2:14-26 antes de continuar.)

1. Objetivo principal de Tiago: A mensagem de Tiago é muito simples em sua natureza, abordando os sofrimentos e provações da comunidade dos crentes e a opressão da estratificação social. Seu interesse foca o impacto social da fé cristã. Rejeita tratamento preferencial baseado em posses ou status social (Tiago 2:1-7) e condena a exploração social e o abuso dos pobres (Tiago 5:1-6). Para Tiago, a fé cristã não pode ser desconectada da sociedade, uma vez que ele afirma sua relevância. Sua mensagem teológica está embutida na preocupação de que a religião deve ser parte da essência da sociedade. Isso significa que tudo o que Tiago diz no capítulo 2:14-26 deve ser relacionado à sua maior ênfase.

2. Fé e obras: A passagem em consideração deve ser lida em seus próprios termos. Devemos determinar como Tiago usa a palavra “fé”. Contextualmente, isso não é difícil. Ele não a usa na forma salvífica tradicional, mas como conhecimento interior e convicção. Em outras palavras, o que depositamos em Cristo, inicialmente, não é fé, mas uma convicção religiosa que não determina a conduta. Isso se torna claro quando ele escreve: “Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem” (verso 19). Fé é estar persuadido de que nossas convicções estão corretas; os demônios podem ter esse tipo de compreensão. Esse tipo de fé é inútil na vida cristã se ela nos conduz a uma atitude de indiferença em relação às necessidades dos outros (versos 14-16, 20). Tiago argumenta que a fé sem as obras é morta (verso 17).

De fato, alegar que a fé existe na ausência de obras equivale a afirmar que o corpo pode existir independente do espírito. Um não pode existir sem o outro. Fé e obras formam uma unidade indivisível na vida cristã (verso 26); as obras tornam visível a nossa fé (verso 18). São evidências da realidade da fé na vida do crente.

3. Fé e justificação: Sob a influência de Paulo, a justificação geralmente é vista como a absolvição dos pecados de pecadores arrependidos diante do tribunal divino, no início da vida cristã, independente das obras.

Tiago não está negando essa crença, mas também não está se referindo a esse assunto em particular. Ele escreve para membros da igreja, pessoas que já haviam sido justificadas pela fé em Cristo. O problema é que a fé que professavam não estava afetando o modo como deveriam viver a vida cristã. Para eles, Tiago diz: “A pessoa é justificada pelo que faz e não apenas pela fé”.

O elemento mais importante nesse verso é o verbo “justificar”. Uma vez que, no contexto, a presença da fé é comprovada ou demonstrada pelas obras, o verbo justificar provavelmente significa “mostrar ou demonstrar o que é ser justificado”.

O verbo exerce uma função demonstrativa, isto é, o crente mostra/demonstra que foi justificado não apenas por alegar que tem fé, mas especificamente pelo que faz. Essa foi a experiência de Abraão e Raabe, que demonstraram justificação por suas obras (verso 21 e 25). Essas não são as obras da lei pelas quais, segundo Paulo, alguns procuram ser justificados. Tiago está falando sobre o que Paulo chama de “boas obras”. Ambos concordariam que “somos feitura dEle, criados em Cristo Jesus para boas obras” (Efésios 2:10).

A mensagem de Tiago ecoa em Apocalipse 3:15-18 e nos desafia a permitir que nossa fé, pelo poder do Espírito, se expresse numa verdadeira conduta cristã e em profundo interesse pelos pobres e oprimidos. Afinal, “qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras?” (Tiago 2:14).

Angel Manuel Rodríguez, Revista “Adventist World” – outubro de 2008

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Será que realmente nos importamos com Deus? Dr. Rodrigo Silva

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Sentido do Cosmos - Dr. Rodrigo Silva

terça-feira, 5 de julho de 2016

O Casamento de José com Maria – Mateus 1:18




Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.

“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, Sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo”.

A Bíblia de Jerusalém assim o traduz:

“A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria Sua mãe, comprometida em casamento com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo”.

Esta mesma Bíblia traz a seguinte nota para este verso:

“Trata-se de um compromisso de casamento, isto é, de um noivado, mas o noivado judaico era um compromisso tão real que o noivo já se dizia ‘marido’ e não podia desfazê-lo senão por um repúdio”.

Em última análise, o problema com esta passagem é o seguinte: Traduções antigas apresentavam os pais de Jesus como sendo casados, porém, hoje, traduções mais afinadas com o original não o fazem. O verbo grego mnesteuo significa: pedir em casamento, noivar, estar comprometido; refere-se ao prévio contrato de casamento.

Broadus, em seu Comentário do Evangelho de Mateus, pág. 64, escreveu: “Desde o momento que se faziam noivos, cada uma das partes se achava legalmente ligada à outra, podendo ser chamados marido e mulher”.

As palavras do Comentário Bíblico Adventista sobre Mateus 1:18 são precisas e trazem luz para a solução do problema:

“O noivado constituía um relacionamento legal, um pacto tão solene que apenas poderia ser desfeito por processos legais, isto é, pelo divórcio”.

Entre os judeus, uma moça noiva era chamada de esposa, e como tal era tratada. O período que ia do noivado às bodas, propriamente ditas, era mais ou menos de um ano, quando o jovem casal deixava a casa dos pais para viver juntos (Gênesis 24:55; Juízes14:8; Deuteronômio 20:7). A quebra do sétimo mandamento, neste período, por qualquer um dos noivos, era adultério e a união só poderia ser desfeita através do divórcio.

A noiva, se ela fosse culpada, como parecia no caso de Maria, aos olhos de José devia ser apedrejada (Deuteronômio 22:23-24). Mas José podia legalmente escolher dois caminhos, de acordo com as leis do Velho Testamento:

1º) Expor a sua noiva à vergonha pública, acusando-a de adúltera (Deuteronômio 22:21) para depois ser apedrejada.

2º) Desquitando-se “secretamente”, sem mencionar na carta de desquite as razões para sua atitude.

Mateus, no verso 19, apresenta José como justo, mas, apesar disso, não queria viver com uma mulher que lhe tinha sido infiel, pensava ele; mesmo assim, por ser de coração magnânimo, não queria a sua morte. Por essa razão intentou deixá-la secretamente; ou optou pela segunda alternativa, que não foi consumada porque a intervenção divina fez com que o problema fosse solucionado (Mateus 1:20).

A palavra que aparece traduzida por infamar ou difamar do verso 19 é a forma verbal grega “deigmatisai” – que significa fazê-la um espetáculo (público). Há manuscritos gregos que trazem “paradeigmatisai” – fazê-la um exemplo.

Teoria das cordas - Temporada 3 - cap. 9

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Mundo sub atômico - Temporada 3 - cap. 8

Constantes universais - Temporada 3 - cap. 7

Que dizem de Jesus?Dr. Rodrigo Silva

domingo, 3 de julho de 2016

Igreja Adventista: pregação do evangelho sob ameaça na Rússia

 
 
Membros da Igreja Adventista na Rússia se mobilizaram na última terça-feira, 28 de junho, num dia de jejum e oração em favor da preservação da liberdade religiosa no país. A principal ameaça é um projeto de lei que prevê sérias restrições para quem exerce atividades missionárias no território russo. A aprovação da proposta proibiria, por exemplo, reuniões religiosas nos lares. Além disso, haveria a necessidade de documentação específica para aqueles que desejassem compartilhar sua fé no ambiente digital ou distribuir literatura. Líderes adventistas da Divisão Euro Asiática, que cobre a maior parte da ex-União Soviética e tem sede em Moscou, também apelaram ao presidente russo Vladimir Putin para que rejeite o projeto, aprovado pela Duma (câmara dos deputados russa). 
O dia de oração e jejum aconteceu simultaneamente ao pedido de Oleg Goncharov, diretor de liberdade religiosa da Divisão Euro Asiática, para que o presidente russo rejeitasse o projeto. “Se essa legislação for aprovada, a situação religiosa no país ficará consideravelmente mais complicada. Muitos fiéis serão exilados e estarão sujeitos a represálias por causa de sua fé. Isso preocupa os adventistas do sétimo dia, que têm conduzido suas atividades na Rússia por mais de 130 anos."

O projeto de lei, que faz parte de um pacote de ações visando a combater o terrorismo, segue para o Soviete da Federação, o mais alto órgão legislativo da Federação Russa. O governo da Rússia ainda não respondeu publicamente ao pedido feito pela igreja. Os defensores dos direitos humanos também pediram mudanças, afirmando que várias medidas antiterroristas violam o direito internacional. 

Para mais informações acesse a Revista Adventista (via Adventist Review)

Um Olhar Químico Sobre o Processo de Fossilização

No dia 30 de junho foi realizada a palestra intitulada "Um olhar químico sobre o processo de fossilização", ministrada pelo Dr. Rodrigo Meneghetti Pontes, professor do Departamento de Química da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Vice-Presidente do NUMAR-SCB. O Dr. Rodrigo possui linha de pesquisa na área de Físico-Química Orgânica.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

O Que é o Pecado Contra o Espírito Santo? O Que é Pecado Para a Morte?



Mateus 12:31-32 – “Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro”.

1João 5:16 – “Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore”.

A resposta à pergunta “O que é o pecado contra o Espírito Santo?” é muito conhecida, portanto relativamente fácil de ser dada.

A leitura das palavras de Cristo em Mateus 12:31-32 tem preocupado a muitos cristãos sinceros temerosos de terem cometido este pecado.

O conhecimento do trabalho do Espírito Santo ajuda na compreensão do que Cristo quis dizer.

O Espírito Santo é o mais poderoso agente divino para influenciar o ser humano; e o meio pelo qual Deus opera, rogando, suplicando retorne à senda cristã. Se o homem rejeita voluntariamente o Espírito, propositadamente ele se desliga do meio de comunicação com o céu, e a pessoa ultrapassa os limites do perdão como nos diz Marcos 3:29.

Conforme as Escrituras há três estágios progressivos para se chegar ao estado de não haver mais perdão.

1º) Entristecer o Espírito Santo (Efésios 4:30), pela continuação de uma vida que impeça a Sua operação.

2º) Resistir ao Espírito Santo como fizeram os judeus (Atos 7:51).

3º) Suprimindo o Espírito (1Tessalonicenses 5:19) até que a alma perde a sensibilidade (Efésios 4:19) e o Espírito se afasta.

Pecado contra o Espírito Santo não é um ato, ou um pecado tão repelente que Deus não possa perdoar, mas um estado do coração pecaminoso, que se opõe de maneira determinada e voluntária aos apelos que são feitos.

O pecado contra o Espírito Santo pode ser sintetizado nesta simples frase: é o pecado do qual o homem não se arrepende. O pecado mais comum contra o Espírito Santo é a persistente negligência em ouvir o Seu convite para o arrependimento.

Este pecado é imperdoável, não porque Deus não queira perdoá-lo, mas porque o pecador se colocou numa posição em que não tem mais o desejo de receber perdão. A Bíblia é muito clara ao garantir-nos que por mais abjeta que seja a transgressão, se o infrator se arrepender, pedir o perdão divino este lhe será concedido. Quando o Espírito Santo é rejeitado por tanto tempo, que o homem não pode mais ser alcançado por Sua influência, também não há mais esperança de salvação.

O pecado contra o Espírito Santo ou o pecado imperdoável é aquele sobre o qual o pecador não deseja receber perdão.

O contexto histórico de Mateus 12:31-32 nos ajuda a compreender melhor o que Jesus queria dizer por pecado imperdoável. Segundo a narração de Mateus 12:22-30 a multidão estava admirada do milagre que Jesus efetuara, mas este ato divino provocou uma reação negativa nos fariseus, que procuravam desacreditá-Lo diante do povo. Acusaram-no de expulsar os demônios por Belzebu, o príncipe dos demônios. Em seu ódio a Cristo, aqueles líderes religiosos em vez de reconhecerem que os milagres eram realizados pelo poder do Espírito Santo, preferiram atribuir este poder a Satanás. A rejeição de Cristo torna-se a base para o pecado imperdoável. Cada passo dado na rejeição de Cristo é um passo dado no sentido da rejeição da salvação, um passo dado para o pecado contra o Espírito Santo.

Adam Clarke diz claramente: “Quando a pessoa obstinadamente atribui ao demônio o que ela tem completa evidência de que apenas poderia ser realizado pelo Espírito de Deus, ela comete o pecado contra o Espírito Santo”.

Segue-se parte da resposta dada à pergunta: O que é o pecado imperdoável?

“Se há um pecado imperdoável é justamente o que atribuí a Deus o que Satanás faz, e a Satanás o que Deus faz. Se o homem cortar o único meio pelo qual Deus se comunica com ele e o salva, a última esperança de livramento terá de ser abandonada.

“A pessoa que teme ter já cometido o recado imperdoável, tenha esta certeza: Qualquer pessoa que tem um coração brando e que sente tristeza pelo pecado, tem por si o Espírito Santo, e ainda não cometeu o pecado imperdoável, tem, com isso, a melhor prova de que ainda não o fez; porque é sinal de que o Espírito Santo está trabalhando em seu coração para convencê-la a e trazê-la ao arrependimento. Esta é a sua primeira obra (João 16:7-8)” (O Atalaia, setembro de 1930, pág. 24).

Conclusão

Todo o pecado é perdoável quando a pessoa o reconhece e roga a Deus que lhe perdoe.

Pecado imperdoável e a contínua rejeição da graça divina, o não atendimento aos apelos do Espírito para que a pessoa se arrependa. É o ato de colocar-se fora da influência dos apelos do Espírito Santo.

Que é “pecado para morte” de acordo com 1João 5:16?

“Se alguém vir a seu irmão cometer pecado não para morte, pedirá, e Deus lhe dará vida, aos que não pecam para morte. Há pecado para morte e por esse não digo que rogue”.

A que pecado se refere João na sua primeira carta (5:16)? Seria o pecado de imoralidade, o pecado da apostasia, a blasfêmia contra o Espírito Santo?

João não especifica os pecados para a morte e os pecados que não são para a morte.

Ele classifica todos os pecados em dois grupos: os que são “para morte” (imperdoáveis), e os que “não são para morte” (passíveis de perdão).

Teólogos católicos baseados nesta passagem têm classificado os pecados para a morte (mortais) e os pecados não para a morte (veniais). Pecados mortais seriam os pecados graves, deliberados, que levam o pecador à morte espiritual, enquanto os pecados veniais seriam as faltas leves, cometidas sem reflexão.

João não se refere nesta passagem a um pecado específico, como a violação de um dos Dez Mandamentos. A palavra pecado no grego aparece sem artigo, dando-lhe assim um sentido indefinido.

Muitos comentaristas (inclusive o Comentário Bíblico Adventista) se inclinam a crer que haja aqui referência ao pecado imperdoável de Mateus 12:31-32.

Eis duas notas bíblicas explicativas:

“Sobre este pecado de excepcional gravidade, os destinatários da epístola deveriam estar bem informados. Poderia ser o pecado contra o Espírito, contra a verdade (Mateus 12:31) ou a apostasia dos anticristos (1João 2:18-29; Hebreus 6: 4-8)” – A Bíblia de Jerusalém.

“Este pecado corresponde ao ‘pecado eterno’ contra o Espírito Santo” – Bíblia Vida Nova.

Livro: Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.

Vale a pena brigar? Dr.Rodrigo Silva

terça-feira, 28 de junho de 2016

O Preço do Discipulado Cristão - Dr. Rodrigo Silva

domingo, 26 de junho de 2016

O Reino (des)Unido e a profecia

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