domingo, 18 de outubro de 2015

A PORTA ABERTA E A PORTA FECHADA


Esta é uma expressão derivada de Apoc. 3:7 e 8, onde Cristo é descrito como Aquele que “abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá” (uma alusão a Isa. 22:22), e como Alguém que diz à igreja de Filadélfia: “Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar”. Os adventistas têm aplicado este texto ao encerramento da primeira fase e a abertura da segunda e final fase do ministério de Cristo no Céu, onde Ele tem sido o sumo sacerdote dos cristãos desde Seu sacrifício na cruz (ver Santuário). O duplo ministério de Cristo foi prefigurado pelo serviço do antigo sumo sacerdote, que servia “em figura e sombra das coisas celestes” (Heb. 8:5). No santuário terrestre ele servia diariamente no lugar santo, o primeiro compartimento do santuário, e uma vez por ano no lugar santíssimo, o compartimento interior onde estava a arca de ouro na qual estavam as tábuas dos dez mandamentos e sobre a qual aparecia a glória visível de Deus. Esta entrada no santo dos santos ocorria no Dia da Expiação na cerimônia de purificação do santuário (Lev. 16).

Ao aplicar o tipo a Cristo, Ellen White declarou: “Então Jesus Se levantou e fechou a porta do lugar santo e abriu a porta que dá para o santíssimo, e passou para dentro do segundo véu, onde permanece agora junto da arca e onde agora chega a fé de Israel. Vi que Jesus havia fechado a porta do lugar santo, e que nenhum homem poderia abri-la; e que Ele havia aberto a porta para o santíssimo, e que homem algum podia fechá-la (Apoc. 3:7 e 8); e que uma vez que Jesus abrira a porta para o santíssimo, onde está a arca, os mandamentos têm estado a brilhar para o povo de Deus, e eles estão sendo testados sobre a questão do sábado” (Present Truth 1:21, agosto de 1849; também Primeiros Escritos, pág. 42).

Esta aplicação corrigiu, não imediatamente mas num prazo mais longo, um conceito errôneo sobre a “porta fechada” da parábola das virgens néscias e prudentes – uma concepção errônea que havia sido derivada do movimento milerita de 1844. Os mileritas haviam baseado sua expectativa da volta de Cristo principalmente na profecia de Daniel sobre a purificação do santuário no final dos 2300 dias proféticos (Dan. 8:14). No clímax do movimento, em 1844, eles especificamente relacionaram esta profecia com a cerimônia de purificação do antigo Dia da Expiação, como se tipificasse o fim da mediação de Cristo (embora vissem a purificação do santuário como a purificação da Terra no fogo final). Ao mesmo tempo deram ênfase crescente e específica à parábola profética das virgens prudentes e néscias (Mat. 25).

Guilherme Miller havia comparado sua mensagem da expectativa do segundo advento ao “clamor da meia-noite” da parábola (“Eis aí o noivo!”), e havia enfatizado o ponto de que as virgens prudentes, que estavam prontas para encontrar o noivo que chegava, entraram com ele para as bodas, e a porta foi fechada, deixando as virgens atrasadas do lado de fora. As virgens ele interpretou como os que foram chamados a encontrar o Senhor que estava voltando; as bodas, como o reino eterno, do qual os despreparados seriam para sempre excluídos. “‘E fechou-se a porta’”, ele disse, “subentende o encerramento do reino mediatório, e o término do período do evangelho” (Guilherme Miller, Evidence … of the Second Coming of Christ [1840], pág. 237). Diferentemente da maioria das outras pessoas que estavam então esperando pelo breve retorno de Cristo (ver Premilenialismo), os mileritas colocavam forte ênfase sobre a doutrina de que na vinda de Cristo todo ser humano ou estaria preparado ou despreparado para encontrá-Lo, e que a oportunidade de salvação então cessaria. Isto em jargão teológico era chamado o encerramento do tempo de graça. Os mileritas ensinavam que “a noção de um tempo de graça após a vinda de Cristo é um chamariz para a destruição, inteiramente contrário à Palavra de Deus, a qual ensina positivamente que quando Cristo vier a porta será fechada, e os que não estiverem prontos nunca poderão entrar” (“Boston Second Advent Conference”, The Signs of the Times 3:69, 1o de junho de 1842; reimpresso em SB, nº 1083). Porque esperavam que Cristo voltasse no fim dos 2300 dias proféticos, haviam enfatizado o encerramento do tempo de graça no final desse período. Portanto, durante um curto tempo após o desapontamento de outubro de 1844, Miller e muitos outros acharam que sua obra pelo mundo estava concluída, que restava apenas um pequeno “tempo de tardança” – talvez alguns dias ou meses – até que Cristo viesse. Em dezembro de 1844 Miller escreveu: “Fizemos nossa obra em advertir os pecadores e em tentar despertar uma igreja formal. Deus em Sua providência fechou a porta. Só podemos nos estimular uns aos outros a ser pacientes e diligentes em confirmar nossa vocação e eleição. Estamos agora vivendo no tempo especificado em Malaquias 8:18 (também Dan. 12:20, Apoc. 22:10-12). Nesta passagem não podemos deixar de ver que um pouco antes de Cristo voltar, haveria uma separação entre os justos e os injustos, entre os justos e os ímpios, entre os que amam a Sua vinda e os que a odeiam. E nunca, desde os dias dos apóstolos, foi traçada tal linha divisória como a que foi traçada em relação ao sétimo mês judaico” (carta de Miller, no Advent Herald, 11 de dezembro de 1844, pág. 142; reimpresso no Western Midnight Cry 4:25, 21 de dezembro de 1844). Outros se expressaram de maneira semelhante a princípio. Mas J. V. Himes, o mais eminente colega de Miller, e outros, sustentavam que, uma vez que Cristo não havia voltado, o período profético dos 2300 dias não devia ter terminado em 1844; que devia se estender a alguma outra data no futuro, e portanto que o cumprimento do “clamor da meia-noite” da parábola das virgens também ainda estava no futuro; e que o movimento de outubro de 1844 (ver Movimento do Sétimo Mês) era um erro, e não o cumprimento da profecia. Na primavera de 1845 o principal grupo milerita, incluindo Miller, tinham tomado esta posição. Este grupo, ainda possuído da idéia de que a “porta” da parábola das virgens não podia ser outra senão a “porta da salvação’, argumentava assim: Uma vez que Cristo não veio, a porta da salvação ainda deve estar aberta; portanto, a parábola das dez virgens ainda não se cumpriu. Concluíram que qualquer pessoa que ensinasse que esta parábola havia se cumprido devia crer que o tempo de graça havia se encerrado, e devia, portanto, ser ipso facto um herege da “não-misericórdia”. A frase “porta fechada” se tornou um epíteto.

Mas uma minoria continuou a defender que o tempo estava correto; que o erro devia ter sido na natureza do cumprimento profético; que em outubro de 1844 os 2300 dias haviam terminado no Dia da Expiação simbólico e que a parábola havia se cumprido (embora não da maneira que eles esperavam); e portanto que a porta da parábola – o que quer que ela significasse – havia se fechado em cumprimento da profecia. Para eles a frase “porta fechada” era equivalente à afirmação da crença de que o “verdadeiro clamor da meia-noite” havia sido o clímax de uma mensagem dada por Deus, e de que o movimento de 1844 havia sido dirigido e permitido por Deus, em Sua providência, como um teste de sua consagração e de sua disposição para estar prontos a encontrar seu Senhor.

Naturalmente estes consideravam a maioria, que havia renunciado ao “tempo”, como tendo voltado as costas à verdade e negado a direção do Senhor no “clamor da meianoite”. Alguns continuaram a defender – como Miller havia ensinado – que a porta era a da salvação, pois ainda esperavam que Cristo viesse muito em breve. À medida que o tempo passava, alguns passaram a sustentar que era a porta O “acesso” para os ouvintes – os indivíduos obstinados e voluntariosos que haviam fechado os ouvidos à mensagem de Deus para aquela época; em qualquer dos dois casos não havia qualquer chance de sua mensagem ser aceita pelo mundo naquele momento. A infeliz controvérsia sobre a “porta fechada” magnificou indevidamente o assunto e prolongou os mal-entendidos. Como era de esperar, os ânimos se acirraram nesta época de desilusão e confusão.

Os extremistas da doutrina da porta fechada declaravam que Cristo havia vindo, não literalmente, mas “espiritualmente” (ver Espiritualismo [1]). Mas o pequeno grupo que formou o núcleo da futura Igreja Adventista do Sétimo Dia se opôs igualmente aos caprichos daqueles que declaravam que Cristo havia vindo espiritualmente e a posição da maioria que “negava sua experiência passada” no movimento de 1844. Eles conservaram sua confiança no cumprimento de 1844, e concluíram que seu erro estava no evento que haviam esperado.

Eles aceitaram a explicação do Desapontamento que foi primeiro proposta por Hiram Edson no dia seguinte ao Desapontamento, a saber, que o ministério de Cristo como nosso sumo sacerdote no santuário celestial não havia terminado com os 2300 dias, mas havia entrado em outra fase, simbolizada (1) pela entrada do sumo sacerdote no santo dos santos, o início da purificação simbólica do santuário, e (2) pela vinda do noivo às bodas (não à Terra); e que o final desta fase, simbolizada pelo ato de o sacerdote sair do santuário e pelo ato de o noivo voltar das bodas (Lucas 12:36), ainda estava no futuro, e seria seguida pelo Segundo Advento.

O fato de conservarem a crença no término dos 2300 dias em 1844 e de separarem o Segundo Advento desse período profético os salvou do erro ao qual a maioria do grupo foi suscetível – o de procurar datas futuras para o fim. Mas os deixou com o dilema de ou aceitar a doutrina da não-misericórdia ou corrigir seu conceito da “porta fechada” da definição inicial que ela possuía no movimento milerita. Eles gradualmente passaram a ver a abertura da fase final do ministério de Cristo como o fechamento da porta do lugar santo e a abertura da porta do santíssimo – a abertura de uma nova mensagem do sábado, e a abertura de um ministério mais amplo em favor do mundo antes do segundo advento. Mas isso levou tempo.

É interessante traçar os passos pelos quais os pequenos grupos que mais tarde se tornaram os Adventistas do Sétimo Dia saíram do dilema da porta fechada e resolveram o duplo problema: (1) A porta está fechada? e (2) O que é a porta? Ellen G. Harmon (mais tarde White) foi acusada de reivindicar revelação divina para a doutrina da não-misericórdia. Isto ela negou. Ela declarou mais tarde: “Com meus irmãos e irmãs, após a passagem do tempo em quarenta e quatro, acreditei que não mais se converteriam pecadores. Nunca, porém, tive uma visão de que não se converteriam mais pecadores. … Foi-me mostrado que havia uma grande obra a ser feita no mundo por aqueles que não haviam tido a luz e rejeitado. Nossos irmãos não podiam compreender isto em face da fé que tínhamos no imediato aparecimento de Cristo” (Carta 2, 1874, em Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 74).

Sua primeira visão (dezembro de 1844) retratou o “povo do Advento” viajando ao longo de um caminho para a Cidade Santa com a luz do “clamor da meia-noite” atrás deles, e entrando na cidade no Segundo Advento. Esta visão, para aqueles que a aceitaram, significava a certeza de que a mensagem e o movimento de 1844 não havia sido uma ilusão; ou, em outras palavras, que os 2300 dias haviam terminado e a parábola, com sua “porta fechada”, havia se cumprido, e que muito em breve eles veriam seu Senhor, que estava retardando Seu aparecimento para testar-lhes a fé.

A visão dela em 1845 estava em harmonia com a explicação de Edson – o fato de Cristo, o sumo sacerdote, ir do lugar santo para o lugar santíssimo, dentro do véu, explicado como sendo Sua vinda para receber o reino, após o que Ele iria “voltar das bodas” para receber os que O aguardavam no Segundo Advento. Em 1847 ela ligou esta entrada no santo dos santos com o fechamento da porta.

Assim, tanto Hiram Edson quanto Ellen Harmon ensinaram que a obra de Cristo nosantuário não havia terminado, mas estava continuando em outra fase. Contudo, elesacharam que esta fase representaria apenas um breve período. Quando em 1848 ela descreveu uma visão retratando as futuras publicações adventistas do sétimo dia como “correntes de luz que circundavam o globo”, o pequeno grupo não conseguiu compreender que havia ou o tempo ou a possibilidade de levarem uma mensagem para o mundo em geral. Em 1849 Ellen White teve uma visão do santuário celestial que ilustrou ainda mais o significado da “porta aberta e fechada” em conexão com a mensagem do sábado e com Apoc. 3:7 e 8 (ver citação no início deste artigo). O fechamento de uma porta significava a abertura de outra.

Em 1850 Tiago White relatou a conversão de um homem que “não havia feito qualquer profissão pública de religião” antes de 1845. No ano seguinte houve uma notável mudança. Em abril, Tiago White declarou que a porta estava fechada para “aqueles que haviam ouvido a mensagem do evangelho eterno e rejeitado-a”, mas afirmou que as seguintes classes de pessoas podem ser convertidas: (1) “irmãos errantes” da igreja laodiceana (a maioria do grupo dos ex-mileritas), (2) crianças que agora estavam chegando à idade da razão, e (3) “almas ocultas”, comparadas aos “sete mil” da Bíblia que “não se dobraram a Baal” (I Reis 19:18), que se converteriam no futuro “em Seu próprio tempo”, quando ouvissem a mensagem; mas na época, ele disse, a mensagem era para os que estavam na igreja laodiceana (nota editorial na Review and Herald 1:64, 7 de abril de 1851).

Em setembro ele relatou alguns conversos desta terceira classe. Em dezembro G. W. Holt, um companheiro de ministério em Nova Iorque, escreveu que “em alguns lugares onde há apenas alguns meses aparentemente não havia sinal de existir um só filho deDeus, eles agora estão surgindo”. Em fevereiro seguinte, Tiago White relatou “muitos”, e Em maio “uma grande porção” daqueles que não tiveram conexão nenhuma com o movimento de 1844. Estas conversões parecem ter mudado o quadro. Tiago White escreveu em fevereiro, apresentando um novo conceito da “porta fechada”: “Ela contudo representa um importante evento ao qual a igreja está ligada, que devia ocorrer antes da volta de nosso Senhor das bodas. Esse evento não exclui nenhum dos sinceros filhos de Deus, nem aqueles que não rejeitaram impiamente a luz da verdade e a influência do Espírito Santo” (nota editorial no 1 na Review and Herald 2:94, 17 de fevereiro de1852). Depois de citar Isa. 22:22 e Apoc. 3:7 e 8 sobre a porta fechada e aberta, ele continuou: “Ensinamos esta Porta Aberta, e convidamos aqueles que têm ouvidos para ouvir, a virem a ela e encontrarem salvação através de Jesus Cristo. Há uma excelente glória no conceito de que Jesus ABRIU A PORTA do santíssimo. … Se for dito que somos da teoria da PORTA ABERTA e do sábado, não objetaremos; pois esta é nossa fé” (ibid. 95).

Fonte: Seventh-day Adventist Encyclopedia (Enciclopédia Adventista do Sétimo Dia), 2ª edição revisada, Commentary Reference Series vol. 11. Hagerstown, Maryland: Review and Herald Publishing Association, 1996, págs. 249-252.

O Juízo investigativo nos Escritos de Ellen G. White


por Robert W. Olson

Um pilar da fé Adventista

Foi em Fevereiro de 1845, em sua primeira viagem para o Leste, que a preciosa luz em relação ao santuário celestial foi manifestada a Ellen G. White (Carta 2, 1874). Em 15 de Fevereiro de 1846, ela escreveu para Enoch Jocobs:

Deus mostrou-me o seguinte, um ano atrás, neste mesmo mês: — Eu vi um trono e, sobre ele, assentado o Pai e Seu Filho Jesus Cristo… Vi o Pai erguer-se do trono e em uma carruagem de fogo entrar no Santíssimo dentro do véu, assentar-Se… E vi um carro de nuvens, com rodas como chamas de fogo. Anjos estavam ao redor        de toda a carruagem ao ela vir onde Jesus estava. Ele entrou no carro e foi conduzido para o Santíssimo onde o Pai estava sentado. — The Day-Star, 14 de março de 1846, pág. 7. (Ver também Primeiros Escritos, pág. 55).

Em suas primeiras narrações do grande conflito entre Cristo e Satanás, publicado em 1858, ela explicou porque Cristo havia entrado no Santíssimo no santuário celestial:

Como os sacerdotes no santuário terrestre entravam no santíssimo uma vez por ano para purificar o santuário, Jesus entrou no santíssimo do céu, no final dos 2.300 dias de Daniel 8, em 1844, para fazer uma  expiação  final  para  todos que pudessem ser beneficiados por Sua mediação, e para purificar o santuário…

Vi que cada caso foi então decidido para vida ou morte. Jesus tinha apagado o os pecados de Seu povo… Enquanto Jesus estivera no santuário, o julgamento tinha estado em andamento para os justos mortos e depois para os justos vivos. — 1 Spriritual Gifts, pg. 162-8.

Ellen White mais tarde adotou a frase “juízo Investigativo” para este aspecto particular do ministério de Cristo (4 Spirit of  Prophecy, 266, etc.), embora pareça que outros usaram o termo antes dela (por exemplo, ver Tiago White, RH 29-01-1857, pág. 100). Com o passar dos anos, ela deixou sobejamente claro que a doutrina do juízo Investigativo era uma das principais doutrinas da Escritura e era de importância vital para os Adventistas do Sétimo Dia. Ela cria que através do Espírito Santo., ela e outros Adventistas tinham sido divinamente guiados na compreensão correta do assunto. Quando A. F. Ballenger começou a ensinar que Cristo entrou em Seu ministério no Santíssimo por ocasião de Sua ascensão em vez de em 1844, Ellen White escreveu:

Em linguagem clara e franca que dizer àqueles que compareceram a esta conferência (Conferência Geral de 1905) que o Irmão Ballenger tem permitido que sua mente receba erros peculiares e creia neles. Deus não ditou a mensagem que ele sustenta. Esta mensagem, se aceita, minaria os pilares de nossa fé. — Manuscrito 62, 1905, pp. 1e 2.

Um ano mais tarde ela escreveu para W. W. Simpson, um ministro em San Diego, Califórnia:

As verdades dadas a nós após a passagem do tempo de 1844 são justamente tão certas e imutáveis como quando o Senhor as deu a nós em resposta às nossas urgentes orações…

Naquele tempo um erro após o outro tentava se impor sobre nós; ministros e doutores traziam novas doutrinas. Pesquisávamos as Escrituras com muita oração, e o Espírito Santo trazia verdades às nossas mentes. Algumas noites inteiras foram devotadas à pesquisa das Escrituras, e à solicitação fervorosa da guia de Deus. Grupos de homens e mulheres devotos reuniam-se para este propósito. O poder de Deus vinha sobre mim, e eu era habilitada a definir claramente o que era a verdade e o que era o erro.

À medida que os pontos de nossa fé eram assim estabelecidos, nossos pés eram colocados sabre um sólido fundamento. Aceitávamos a verdade ponto por ponto, sob a demonstração do Espírito Santo. Eu era tomada em visão, e explicações eram dadas a mim. Ilustrações das coisas celestiais e do santuário eram-me dadas de forma que éramos colocados onde a luz brilhava sobre nós em raios claros e distintos…

Sei que a questão do santuário ainda permanece em justiça, justamente como a temos mantido por tantos anos. — Carta 50, 1906 (Porções em Obreiros Evangélicos 302, 303).

Poucos meses mais tarde Ellen White reagiu contra vários artigos no jornal do Dr. Kellogg, Médico Missionário, o qual ele sentia que turvava as águas no assunto do santuário. Em um editorial sobre “O Santuário Terrestre”, Pastor George C. Tenney tinha declarado:

O homem é um ser duplo, intelectualmente falando. Ele é criado com uma inteligência  qual é formada de suas propensões e desejos corporais, ou como poderíamos dizer, animais… Este departamento da natureza humana relaciona-se com o primeiro compartimento do Santuário…

Mas o homem é também de sua natureza animal, e infinitamente superior a ela. Isto é chamado “o íntimo do homem” ou “O homem interior”… Quando Cristo vem a nós nos méritos de Seu próprio sangue e como Sumo Sacerdote entra no coração, o lugar santíssimo, Ele transmite vida e poder para as energias dormentes da glória divina, e então, da alma humana a glória brilha visivelmente. — Médico Missionário, Junho de 1904, pp. 169-70.

Em resposta a este e outros editoriais, Ellen White Escreveu para Temmey:

Fiquei surpresa e triste ao ler alguns de seus artigos no “Médico Missionário” e especialmente aqueles sobre o santuário. Estes artigos mostram que você tem-se afastado da fé. Você tem ajudado a confundir a compreensão de nosso povo. A correta compreensão do ministério no santuário celestial constitui o alicerce de nossa fé — Carta 208, 1906 (Porções em Evangelismo, 221).

Claramente, o assunto do ministério de Cristo no santuário celestial era de grande importância para Ellen White. Ela instou seus companheiros Adventistas a não tratarem o assunto indiferentemente, mas a estudas a questão tão completamente que eles fossem capazes de explicá-las para outros. “Nós não devemos descansar”, ela escreveu, “até tornarmo-nos sábios em relação ao assunto do santuário” (LS 278). Além disso, ela declarou:

O assunto do santuário e do juízo investigativo deve ser claramente entendido pelo povo de Deus. Todos precisam de um conhecimento individual na posição e obra de Seu grande Sumo Sacerdote, caso contrário, será impossível para eles exercer a fé que é essencial para este tempo, ou ocupar a posição que Deus espera que eles ocupem…

É de máxima importância que todos que têm recebido a luz, tanto velhos quanto jovens, investiguem inteiramente estes assuntos, e sejam capazes de dar uma resposta a cada um que lhes pergunte a razão da esperança que há neles. — 4 SP 313.

Seguindo seu próprio conselho, ela repetidamente de explicações declaradas do ministério de Cristo no santuário celestial e Sua obra de juízo investigativo. Sua descrição do assunto em 1858 (1 Spiritual Gifts 157-62, 197-201) foi aumentada em 1884 (4 Spirit of Prophecy 307-15) e ainda expandida em 1888 (GC 470-91).

Em adição e estes tratamentos definitivos do assunto Ellen White refere-se frequentemente ao juízo celestial em todos os escritos. ela parece sempre ter o juízo em vista. Sem dúvida valerá a pena rever os pontos altos de seus ensinamentos sobre este pilar do alicerce da fé Adventista.

O Santuário Celestial

A base da doutrina do juízo investigativo é a existência — seja de que forma for — de um santuário no céu, onde Cristo está presentemente ocupado em Seu trabalho mediatório em favor da espécie humana. Ellen White insiste em que há de fato tal santuário e que a compreensão do celestial pode ser obtida por um estudo do terrestre. Ela declara:

Deus nos livre que o estardalhaço de palavras vindas de lábios humanos debilitem a crença de nosso povo na verdade de que existe um santuário no Céu, e que um  modelo deste santuário foi uma vez construído no Terra. Deus deseja que Seu povo se familiarize com este modelo, tendo sempre em sua mente o santuário celestial, onde Deus é em todos. — Carta 233, 1904, citado em Cristo em Seu Santuário, pp. 15.

Ellen White além disso, lembra os seus leitores que, desde que os serviços terrestres eram um “exemplo e sombra” do celestial, consequentemente “o que se fazia tipicamente no ministério do santuário terrestre é feito na realidade no ministério do santuário celestial” (GB 419).

Começa o Juízo no Céu

Para Ellen White uma superabundância de referências escriturísticas apontam para o início da grade sessão de julgamento no céu — o juízo investigativo.  Após citar Daniel 7: 9, 10, ela escreve:

Assim foi apresentado à visão do profeta o grande e solene dia em que o caráter e vida dos homens passariam em revista perante o Juiz de todo a Terra… Assistido por anjos celestiais, nosso grande Sumo Sacerdote entra no lugar santíssimo, e ali comparece a presença de Deus a fim de se entregar aos últimos atos de Seu ministério em prol de homem, — para realizar a obra do juízo de investigação, e fazer expiação por todos os que se verificarem com direito aos benefícios da mesma. — O Grande Conflito 479, 480.

Outras passagens nos livros de Daniel e Apocalipse especificamente aplicadas ao começo do julgamento são Daniel 8: 14; 7: 13, Apocalipse 14: 7, e 11: 19 (GC 425, 432). A vinda do Senhor para Seu templo como predita em Malaquias 3: 1 e, na parábola das dez virgens, a vinda do noivo para o casamento (Mateus 25: 10), foram também ambas entendidas como descrições do esmo evento.

Não somente o ano — 1844 — mas mesmo o próprio dia — 22 de Outubro — quando o julgamento no céu começou, foi predito nas profecias. Ellen White apoiou totalmente o cálculo Milerita, o qual estabeleceu 22 de Outubro como sendo a data do término do período dos 2.300 anos. Ela declara:

Vi que eles estavam certos na sua interpretação dos períodos proféticos. O tempo profético terminou em 1844, e Jesus entrou no lugar santíssimo para purificar o santuário no fim dos dias. — Primeiros Escritos, pág. 243.

No décimo dia do sétimo mês, o grande Dia da Expiação, o tempo da purificação do santuário, que no ano 1844 caía no dia vinte e dois de Outubro, foi considerado como o tempo da vinda do Senhor. Isto estava de acordo com as provas já apresentadas. de que os 2.300 dias terminariam no outono…

O cômputo dos períodos proféticos nos quais se baseava aquela mensagem, localizando o final dos 2.300 dias no outono de 1844, paira acima de qualquer contestação. — GC. 398, 457.

A Purificação do Santuário

“Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” (Daniel 8: 14). O santuário que devia ser purificado em 1844 somente podia ser o santuário celestial, uma vez que o templo terrestre não tinha mais função após a ruptura do véu na morte de Cristo. Mas há alguma coisa no céu que precisa ser purificada? Para aqueles que rejeitaram tal pensamento, Ellen White observou que a purificação do “santuário terrestre, bem como do celestial” foi “plenamente ensinada” em Hebreus 9: 22, 23 (GC 416). Explicando o celestial pelo terrestre, ela escreveu:

Como antigamente eram os pecados do povo colocados, ela fé, sobre a oferta pelo pecado, e, mediante o sangue desta, transferidos simbolicamente para o santuário terrestre, assim em o novo concerto, os pecados dos que se arrependeram são, pela fé, colocados sobre cristo e transferidos de fato, para o santuário celeste. E como a purificação típica do santuário terrestre se efetuava mediante a remoção dos pecados pelos quais se poluíra, igualmente a purificação real do santuário celeste deve efetuar-se pela remoção, ou apagamento, dos pecados que ali estão registrados. Mas antes que isso se possa cumprir, deve haver um exame dos livros de registro para determinar quem, pelo arrependimento dos pecados e fé em Cristo, tem direito aos benefícios de Sua expiação. A purificação do santuário, portanto, envolve uma investigação — um julgamento. — GC 420.

Mas porque era necessária uma investigação? Não eram os pecados, quando confessados, imediatamente perdoados e para sempre esquecidos? Perdoados, sim, Ellen White explicou, mas não ainda esquecidos. Ela observou que, no tipo, “o sangue da oferta pelo pecado removia o pecado do penitente, mas permanecia no santuário até o Dia da Expiação”. Assim, no antítipo, “o sangue de Cristo, enquanto devia libertar o pecador arrependido da condenação da lei, não era para cancelar o pecado; permaneceria registrado no santuário até a expiação final”. “Após a morte são julgados sobre aquelas coisas que foram escritas nos livros”, “então pelo mérito do sangue expiatório de Cristo, os pecados de todos os que verdadeiramente se tenham arrependido serão apagados dos livros do céu. Deste modo o santuário estará livre, ou purificado do pecado”(PP 371). (Ver também GC 420).

Os Registros Celestiais

Ellen White encontra ampla evidência bíblica de livros de registros no céu. Ela cita Apocalipse 20: 12, Filipenses 4: 3, e outros textos, para o livro da vida; Malaquias 3: 16 para o livro memorial; e Eclesiastes 12: 14, Mateus 12: 36, 37, e outras referências para os livros que contêm o registro dos pecados dos homens (GC 480-1). Ela se refere aos nomes destes livros celestiais um tanto vagamente. O livro da vida contém “os nomes de todos os que já entraram para o serviço de Deus” (GC 480), bem como “as boas Obras dos santos” (Primeiros Escritos 52). O livro memorial também inclui “as boas obras” dos filhos de Deus, bem como um registro de más ações. A juventude foi advertida:

Os homens podem esquecer, podem negar seu errôneo modo de agir, mas um registro disto é mantido no livro memorial, e no grande dia do juízo, a menos que os homens se arrependam e andem humildemente diante de Deus, eles enfrentarão este terrível registro justamente como ele se encontra. — YI 4-4-1905.

As “obras más dos ímpios” são registrados no “livro da morte” (PE 52), enquanto no “livro de registros” todo nome é inscrito, e “os atos de todos, seus pecados, e sua obediência, são fielmente escritos” (7 BC 987).

Deus sabe e tem um registro de tudo. Ellen White afirmou, “Toda má palavra, todo ato egoísta, todo dever não cumprido, e todo pecado secreto, juntamente com toda artificiosa hipocrisia” estão escritos nos livros do céu com “terrível exatidão” (GC 481). “Deus tem um exato catálogo de toda avaliação injusta e todo negócio desonesto”.  Somos responsáveis não somente pelo que temos feito, mas “pelo que deixamos de fazer”, por “caracteres não desenvolvidos”, e “oportunidades não aproveitadas”(7 BC 987).

Como os traços da fisionomia são reproduzidos com maravilhosa exatidão na câmera do artista, assim é o caráter fielmente delineado nos livros do céu. — 4 SP 311.

Página após página a história da experiência de nossa vida é escrita, com os motivos que nos impeliram à ação. Tudo aparecerá como uma fotografia da vida real, mostrando quanto de nossa vida foi dada para agradar a nós mesmos, quanto para abençoar a outros, quanto para honrar a Deus, quanto para responder ao propósito de Deus ao nos criar. — RH 1-13-1891, pág. 17.

São especialmente confortantes as declarações de Ellen White de que o bem é registrado tão fielmente quanto o mal. Ela declara:

Toda tentação resistida, todo o mal vencido, toda palavra de terna compaixão que se proferir, acham-se fielmente historiados. E todo ato de sacrifício, todo sofrimento e tristeza, suportado por amor de Cristo, encontra-se registrado. — GC 481.

Deus vê muitas tentações resistidas das quais o mundo, e mesmo amigos próximos, nunca sabem; tentações no lar, no coração; Ele vê a humildade da alma em vista de sua própria franqueza, o sincero arrependimento, até mesmo por um pensamento que é mau; Ele vê a completa devoção do coração para o desenvolvimento da causa de Deus, sem coloração de egoísmo; Ele tem notado aquelas horas de dura batalha com o eu, batalhas que conseguiram a vitória — tudo isto Deus e os anjos sabem. — Carta 18, 1891.

Ellen White instou com a juventude em particular para que não se esquecessem de que suas vidas estavam sendo observadas bem de perto — mesmo meticulosamente — e que um dia os registros de nossa vida devem ser enfrentados. Para sua audiência de Youth’s Instructor ela escreveu:

Nunca estamos sós. Temos um Companheiro, quer O escolhamos ou não. Lembrem-se, moços e moças, que onde quer que vocês estejam, o que quer que estejam fazendo, Deus lá está. Para toda palavra e ação sua, vocês tem uma testemunha, — o Deus Santo, que odeia o pecado. Nada que é dito ou pensado pode escapar a Seus olhos infinitos. Suas palavras podem ser ouvidas por ouvidos humanos, mas elas são ouvidas pelo Soberano do Universo. Ele lê a cólera interior da lama quando a vontade é contrariada. Ele ouve a expressão de profanidade. Na mais profunda escuridão e solidão Ele lá está.

Dia após dia o registro de suas palavras, suas ações, e sua influência, está sendo feito nos livros do céu. Isto vocês devem enfrentar. — YI 5-26-1898. (Veja também 3 BC 1153).

Era inteiramente evidente o propósito de Ellen White, não tanto de delinear o conteúdo de cada livro celestial ou descrever a que eles se assemelhavam, mas de enfatizar o fato de que os registros de Deus são completos, e de apelar a seus leitores que estivessem preparados para o julgamento. No serviço simbólico “exigia-se de todos que afligissem a alma pelo arrependimento do pecado e pela humilhação, perante o Senhor” no Dia da Expiação. “*/De igual modo, assim hoje devemos nós afligir nossas almas em tristeza pelo pecado e em arrependimento verdadeiro”. “O espírito leviano e frívolo, alimentado por tantos cristãos professos, deve ser deixado”, e há uma luta intensa diante de todos os que desejam subjugar as más tendências que em nossas almas  porfiam pela supremacia. (GC 489-490).

O Julgamento Começa Pela Casa de Deus

Tomando como exemplo o santuário no deserto, Ellen White ensinou que o juízo investigativo trata somente com os nomes daqueles que, em algum tempo em suas vidas, confessaram seus pecados a Deus. Ela declarou:

No cerimonial típico, somente os que tinham cindo perante Deus em confissão, e cujos pecados, por meio do sangue da oferta para o pecado, eram transferidos para o santuário, é que tinham parte na cerimônia do dia da expiação. Assim, no grande dia da expiação final e do juízo de investigação, os únicos casos a serem considerados são os do povo professo de Deus. O julgamento dos ímpios constitui obra distinta e separada, e ocorre em ocasião posterior. — GC 480.

Em outra parte ela se referiu ao “povo professo de Deus” como sendo “todos os que já entraram para o serviço de Deus” (GC 480), “filhos de Deus” (7 BC 987), “todos os que creram em Jesus” (GC 482) e “os que em todos os séculos professaram ser seguidores de Cristo” (GC 427).

O juízo dos mortos começou em 1844 e “quando esta obra se completar, o juízo deve ser pronunciado sobre os vivos”(1 ME 125). Quão logo o juízo sobre os vivos começará? Ellen White responde; “Breve, — ninguém sabe quão breve — passará ela (a obra) aos casos dos vivos” (GC 490). Embora não saibamos quão breve, sabemos que “a grande obra do juízo dos vivos está para começar” (6 T 130). Esta declaração foi escrita no ano de 1900.

Quando o Senhor examina os nomes dos vivos, decide Ele seus destinos um por vez, sendo que o julgamento é completado para alguns dos vivos enquanto não foi ainda começado para outros? Há aqueles que assim pensam, pois Ellen White desse, “Não sabemos quão breve nosso nome pode ser tomado nos lábios de Cristo, e nosso caso ser finalmente decidido”. (1 ME 125).

Por outro lado, existem aqueles que creem que tempo não é um elemento para Deus, que Ele pode ter mesmo agora completado Seu julgamento dos vivos, e que os registros dos vivos são recapitulados, dia após dia, e mesmo hora após hora, pois Ellen White também disse, “Deus julga cada homem de acordo com sua obra. Não somente Ele julga, mas Ele adiciona, dia após dia, e hora após hora, nosso progresso em boas obras” (7 BC 987).

A Base da Decisão de Deus

Muito mais importante que quando Deus decidirá é como Ele decidirá nosso destino. Que padrões Ele usa e como Ele determinará se este padrão foi atingido ou não? Ellen White responde a estas perguntas para nós. A norma, ele diz, é  “a lei de Deus… pela qual o caráter e vida dos homens serão aferidos no juízo” (GC 482). Em apoio a sua posição ela cita Eclesiastes 12: 13, 14, Tiago 2: 12, e Romanos 2: 12-16. Ela também apressa-se a indicar que a fé em Jesus Cristo é essencial a fim dos homens serem capazes de  guardar a lei de Deus e que “sem fé é impossível agradar-Lhe” (GC 435).

Desde que todos os homens são diferentes, e não há duas pessoas que tenham características hereditárias e formação semelhantes, Deus não espera a mesma resposta de um como de outro. Ellen White declara:

Ele tem dado luz e vida a todos, e em harmonia com a medida luz concedida, será cada um julgado. — DTN, pág. 189.

Aqueles que têm oportunidade de ouvir a verdade e ainda não se esforçam para ouvir ou entendê-la, pensando que se eles não ouvirem não serão responsáveis, serão considerados culpados diante de Deus da mesma maneira como se eles tivessem ouvido e rejeitado… Jesus fez expiação por todos os pecados de ignorância, mas não há provisão feita para cegueira voluntária. — 5 BC 1145.

Ninguém será condenado por não observar a luz e o conhecimento que eles nunca tiveram, e que não puderam obter. — 5 BC 1145. (Ver também 2 T 691).

Quando Ellen White fala de luz que é trazida para um indivíduo, ela especifica que não é luz, a menos que ele a entenda. “Não seremos considerados como responsáveis”, ela declara, “por luz que não tem alcançado nossa percepção, mas por aquela à qual temos resistido a que temos recusado” (5 BC 1145). Novamente, ela declara que é “a verdade que alcançou seu entendimento, a luz que brilhou na alma” que condenará os pecadores no juízo (5 BC 1145).

Sobre tal base, há esperança mesmo para aqueles em terras pagãs que nunca tiveram a oportunidade de ouvir o evangelho. Ellen White declara claramente:

Entre os pagãos estão aqueles que adoram a Deus ignorantemente, Aqueles para quem a luz nunca é trazida por instrumentalidade humana, ainda assim eles não perecerão. Embora ignorantes da lei de Deus escrita, eles ouviram Sua voz falando a eles na natureza, e têm feito as coisas que a lei ordena. Suas obras são evidências que o Espírito Santo tem tocado seus corações, e eles são reconhecidos como filhos de Deus.

Quão surpreendidos e jubilosos ficarão os humildes dentre as nações, e dentre os pagãos, de ouvir dos lábios do Salvador: “Quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes”. Quão alegre ficará o coração do Infinito Amor quando Seus seguidores erguerem para Ele e olhar, em surpresa e gozo ante Suas palavras de aprovação. — DTN. p. 614.

Vez após vez, ela enfatiza a importância de nossa atitude em relação aos necessitados e sofredores. Ela declara:

No último dia a decisão final do Juiz de toda a terra dependerá de nosso interesse pelos necessitados, os oprimidos e tentados, e nosso trabalho prático em favor deles. Não podeis passar sempre de largo por eles e ainda achar entrada para vós na cidade de Deus como pecadores redimidos. RH, 30-11-1886. p. 738.

Ele declarou claramente que as decisões do último dia dependerão da questão da benevolência prática. — RH, 11-07-1899, p. 437.

Quando as nações se reunirem diante dEle, não haverá senão duas classes, e seu destino será determinado pelo que houverem feito ou negligenciado fazer por Ele na pessoa dos pobres e sofredores. — DTN. p. 613.

Ellen White nos promete que “O Juiz de toda a terra apresentará uma decisão justa. Ele não será subornado; Ele não pode ser enganado” (RH 360). Nós somos advertidos “de que tenhais ó óleo da graça em vossos corações”, pois “a possessão disto fará toda diferença a vosso respeito no julgamento”. (RH 27-03-1894, pp. 194). Somos lembrados, também, de que é “somente o trabalho acompanhado por muita oração, o qual é santificado pelo mérito de Cristo”, que “resistirá o teste do julgamento” (Serviço Cristão, p. 263).

O Apagamento do Pecado

Aqueles cujos registros da vida são examinados no juízo investigativo têm os seus nomes ou os seus pecados apagados. “Quando alguém tem pecados que permanecem nos livros de registros, para os quais não houve arrependimento nem perdão, seu nome será omitido do livro da vida”. Por outro lado,

Todos os que verdadeiramente se tenham arrependido do pecado e que pela fé hajam reclamado o sangue de Cristo, como seu sacrifício expiatório, tiveram o perdão aposto ao seu nome, nos livros do Céu ; tornando-se eles participantes da justiça de Cristo, e verificando estar o seu caráter em harmonia com a lei de Deus, seus pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida eterna. — GC 483.

Ellen White encoraja seus leitores a confessar seus pecados e crer que Deus os perdoará. Ela escreve:

Temos a preciosa promessa de que todo o pecado, do qual houve sincero arrependimento, será perdoado. Voltar para Deus com a alma em contrição, clamando os méritos do sangue de Cristo, nos trará luz, perdão e paz. mas precisamos nos voltar para o Senhor com inteireza de propósito no coração, com a decisão de sermos praticantes das palavras de Cristo. Algumas vezes nossos pecados virão à mente e lançarão uma sombra sobre nossa fé; de forma que não possamos ver nada além de uma merecida punição acumulada para nós. Mas em tais ocasiões, enquanto sentimos tristeza pelo pecado, devemos olhar para Jesus, e crer que Ele perdoou nossas transgressões. — RH 13-01-1891, pp. 17.

Podemos ter hoje no Céu um registro limpo, e saber que Deus nos aceita. — 7 BC 989.

O apagamento do pecado, que têm lugar “na obra final de julgamento” (4 SP 309)  será seguido pelo encerramento  do tempo de graça ( GC 434 ), a colocação de todos os pecados confessados sobre Satanás (PE. 280-1), o tempo de angustia (3 SG 134), as sete últimas pragas (PE. 36), e a segunda vinda de Cristo (GC 485).

O Juiz

E o “Ancião de Dias”, “o Juiz de toda a terra”, “Deus Pai”, quem preside o juízo investigativo (GC 479). Enquanto o Pai preside, o Filho, de acordo com I João 2:1 e Hebreus 9:24, aparece como Intercessor e Advogado, dos pecadores “a fim de pleitear em favor deles perante Deus” (GC 482). “Jesus permanece no santíssimo”, é-nos dito, “agora para estar na presença de Deus por nós. Lá Ele não cessa de apresentar o seu povo, momento a momento, perfeitos nEle mesmo” (7 BC 933).

Enquanto o Juízo investigativo não for completado Cristo não assumirá o cargo de Juiz supremo. Ellen White declara:

Aqueles que permanecido como nosso intercessor, que ouve todas as orações de penitência e confissões; que é representado como arco-íris, o símbolo de graça e amor, circundando Sua cabeça, está prestes a cessar Seu trabalho no santuário celestial. A Graça e a misericórdia então descerão do trono e a justiça lhes tomará o lugar. Aquele para quem Seu povo têm olhado assumirá o que é Seu por direito – o cargo de Supremo Juiz. — 7 BC 989.

Cristo é o juiz que pronunciará a sentença de recompensa ou punição, Aquele apontado para “exercer o juízo” (DTN 190). Ellen White explica ainda:

O Pai não julga o homem, mas confiou todo o julgamento para o Filho. Ele Lhe tem dado autoridade também para executar o julgamento, porque Ele é o Filho do homem…

Deus designou que o Príncipe dos sofredores da humanidade devesse ser juiz de todo o mundo. Ele, que veio das cortes celestiais para salvar o homem da morte eterna; Ele, a quem os homem desprezaram, rejeitaram, e sobre quem acumularam todo o desprezo no qual seres humanos inspirados por Satanás são capazes; Ele, que se submeteu ser acusado diante de um tribunal terreno, e que sofreu a ignominiosa morte de cruz, — Somente Ele deve pronunciar a sentença de recompensa ou de punição…

Naquele dia de punição e recompensa final ambos, santos e pecadores, reconhecerão nAquele que foi crucificado, o Juiz de todos os vivos. — RH, 22-11-1898, pp. 745.

Indubitavelmente, é à luz disto – que Cristo executa o julgamento — que as citações seguintes devem ser entendidas:

Há somente um Juiz, — Aquele que morreu por nós, que tomou sobre Si nossa natureza e todas as enfermidades da humanidade, para que pudéssemos ser colocados em uma posição vantajosa diante de Deus. — RH. 19-01-1905, pp. 9.

O Pai não é o Juiz. Os anjos também não. Aquele que tomou sobre si a humanidade, e neste mundo viveu uma vida perfeita, deve julgar-nos. Somente Ele pode ser nosso Juiz. Vocês se lembrarão disto irmãos? Vocês se lembrarão disto ministros? Vocês pais, e mães, se lembrarão disto? Cristo tomou a humanidade para que pudesse ser nosso Juiz. — 9 T 185.

O Fim do Milênio

Durante os mil anos que se seguem ao retorno de Cristo, os santos se unirão com o Senhor no julgamento dos ímpios (GC 657). No fim do Milênio o drama alcança seu apogeu quando “O mundo ímpio todo achava-se em julgamento perante o tribunal de Deus” (GC 665).

Que cena solene será esta! Que ajustamento de contas terá de ser feito por pregarem na cruz Aquele que veio ao nosso mundo como uma vivi mensagem da lei. Deus fará a cada um a pergunta: Que você fez com meu Filho Unigênito? Que responderão aqueles que recusaram aceitar a verdade? Eles serão obrigados a dizer, “Nós odiamos a Jesus, e O lançamos fora”. — 5 BC 1106-7.

Diante da assembleia dos habitantes do universo Cristo pronuncia sentença sobre os rebeldes contra Seu governo. Abrem-se os livros de registro e os ímpios se tornam concisos de todo pecado cometido (GC 663). “A vida toda virá em revista como cenas em um panorama” (RH 04-11-1884, pp. 690). Os pecados de todos os ímpios serão abertamente conhecidos, nada será encoberto. Ellen White declara:

Quanto o Juízo se assentar, e os livros foram abertos, haverá espantosas revelações… Pecados secretos serão então expostos à vista de todos. Motivos e intenções que foram encobertos nas câmaras escuras do coração serão revelados. Ambições astuciosas, propósitos egoístas serão vistos onde a aparência exterior contava apenas sobre um desejo de honrar a Deus e fazer o bem aos homens… Professores ambiciosos, hipócritas, podem agora ser admirados e exaltados pelos homens; mas Deus, que conhece os segredos do coração, descobrirá a cobertura enganosa, e os revelará como eles são. Todo hipócrita será desmascarado. — RH 01-01-1884, pp. 2.

Naquela hora solene e terrível a infidelidade do esposo será declarada para a esposa, e a infidelidade da esposa, para o esposo. Pais serão informados, pela primeira vez, qual foi o caráter real de seus filhos. — RH 27-03-1888, pp. 194.

O fruto de cada exação egoísta e arbitrária tornar-se-á claro, e os homens verão os resultados de seus feitos como Deus mesmo vê. — TM 224. (Ver também VE. 241-2).

Então os pecados serão confessados, e a confissão será pública (RH 16-12-1889, pp., 770). Muito tarde para beneficiar o malfeitor ou salvar outros da decepção, a confissão somente testificará que a condenação dos pecadores é justa. Mesmo “Satanás se curva e confessa a justiça de sua sentença”. (GC. 667). Isto, naturalmente, é o propósito primário de todo o processo de julgamento. Esta é a forma de Deus vindicar Seu próprio caráter e Seu governo. É o Seu método de convencer o universo de que Ele tem sido eminentemente honesto e justo em todos Seu procedimento para com os homens e anjos desde que o tempo começou.

A cena do julgamento terá lugar na presença de todos os mundos; pois neste julgamento o governo de deus será vindicado, e Sua lei será apresentada como “santa, justa, e boa”. Então cada caso será decidido, e a sentença será pronunciada sobre todos. O pecado então não parecerá atrativo, mas será visto em toda sua terrível magnitude. — 1 BC 986.

Este grandioso clímax de toda a história estava frequente na mente de Ellen White. Ela escreve:

Quando falando para congregações, está sempre diante de mim o julgamento final, o qual será realizado na presença do mundo, quanto à lei do governo de Deus será vindicada, Seu nome glorificado, Sua sabedoria reconhecida e confessada como justa por crentes e incrédulos. Este não é o julgamento de uma pessoa, nem de uma nação, mas de um mundo todo, composto de seres inteligentes, de todos os tipos, de todas as espécies. O julgamento será primeiro sobre os mortos, depois sobre os vivos, e então o universo inteiro será congregado para ouvir a sentença. Eu me sinto como se estivesse na presença de todo o universo do céu, levando minha mensagem para o tempo e para a eternidade. — Carta 109, 1898.

No dia do juízo final, toda alma perdida compreenderá a natureza de sua rejeição da verdade. A cruz será apresentada, e sua real significação será vista por todo espírito que foi cegado pela transgressão. Ante a visão de Calvário com Sua misteriosa Vítima, achar-se-ão condenados os pecados. Toda falsa desculpa será banida. A apostasia humana aparecerá em seu odioso caráter. Os homens verão o que foi sua escolha, Toda questão de verdade e de erro, na longa controvérsia, terá então sido esclarecida. No juízo do Universo, Deus ficará isento de culpa pela existência ou continuação do mal. Serão demostrados que os decretos divinos não são cúmplices do pecado. Não havia defeitos no governo de Deus, nenhum motivo de desafeto. Quando os pensamentos de todos os corações forem revelados, tanto os leais como os rebeldes se unirão em declarar: “Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos. Quem Te não temerá, Senhor, e não magnificará o Teu nome? Porque os Teus juízos são manifestos”. (Apocalipse 15: 3 e 4). — DTN. 48.

ELLEN G. WHITE ESTATE, WASHINGTON, D. C.
25 de fevereiro de 1980

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Uma estrela na janela de Deus


Durante a II Guerra Mundial, nos Estados Unidos, era costume uma família que tivesse um filho que servisse nas Forças Armadas colocar uma estrela na janela frontal da sua casa.

Porém, uma estrela dourada indicava que o filho tinha morrido por apoio à causa do seu país.

Há anos, Sir Harry Lauder contou uma história comovente sobre este costume. Ele disse que uma noite um homem caminhava por uma rua de Nova Iorque, acompanhado pelo seu filho de 5 anos. O pequeno foi atraído pelas luzes que brilhavam nas janelas das casas e quis saber por que é que algumas casas tinham uma estrela nas janelas.

O pai explicou que aquelas famílias tinham um filho a combater na guerra. A criança bateu as palmas quando viu outra estrela na janela e exclamou, “Olha, Papai, outra família que deu o filho ao seu país”.

Finalmente chegaram a um descampado, depois da correnteza das casas. Daquele lugar podia-se ver uma estrela a brilhar no céu. O pequenino voltou à olhar, “Oh, Papai”, “Olha para aquela estrela no céu! Deus também deve ter dado o Seu Filho”.

Sim, de fato! Há uma estrela na janela de Deus. Sabes o que Ele fez por ti? Ele deu o Seu Filho, por causa do Seu amor por nós.

Resposta na Bíblia

Terei minha família na Nova Terra?



"Na Nova Terra, continuaremos como família assim como somos aqui hoje? Exemplo: Eu tenho minha esposa e duas filhas. Na Nova Terra, estas que são minha esposa e minhas filhas, continuarão sendo minha família, e moraremos juntos?"

Existe um senso comum, baseado na passagem de Mateus 22:23-22, de que não haverão novos casamentos, nem relacionamento conjugal (sexual) na Nova Terra, pois o modo de vida será diferente do que temos atualmente sob o pecado.

Entretanto, existem outras teorias (especialmente entre seitas evangélicas americanas, e até entre alguns Adventistas) de que o casamento foi instituído por Deus no Éden, e que não há nenhum problema no casamento santo e fiel entre marido e mulher. Portanto, para estas pessoas, mesmo durante a eternidade continuarão a existir os relacionamentos conjugais normais que existem hoje em nosso mundo.

O pensamento "tradicional" da Igreja Adventista é o senso comum que mencionei anteriormente, ou seja, de que não existirá relacionamento conjugal, novos casamentos, nem contatos íntimos na Nova Terra, mesmo entre os que já eram casados aqui.

Com relação à dúvida específica apresentada acima, ou seja, se um marido continuará unido a sua atual família após a volta de Jesus, existe uma declaração de Ellen White que oferece uma resposta. Veja o que ela diz:

"Oraremos por vós e por vossos preciosos pequeninos, para que possais, mediante paciente continuação em fazer o bem, conservar vossa face e vossos passos sempre em direção do Céu. Oraremos para que tenhais influência e êxito em guiar vossos pequenos, a fim de que, com eles, possais alcançar a coroa da vida, e no lar lá de cima, que agora está sendo preparado para nós, vós e vossa esposa e filhos possais ser uma família reunida, feliz e jubilosa, para nunca mais vos separardes" - Mens. Escolhidas, vol. 2, pág. 262-263.

Portanto, do texto acima depreende-se que mesmo que o relacionamento sexual íntimo, seja "diferente" na Nova Terra (o quão diferente será, nós não temos como dizer ainda), as famílias que forem salvas aqui permanecerão juntas por toda a eternidade.

Para uma compreensão detalhada deste tema, eu sugiro a leitura do excelente artigo do Dr. Natanel Moraes (um dos maiores teólogos Adventistas do Brasil na atualidade, na minha opinião), que foi publicado na Revista Parousia, do 1º semestre de 2005. O título do artigo é "Haverá casamentos na Nova Terra?".

Gilson Medeiros

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Cientistas chegam a descoberta revolucionária através de ovos de dinossauros

“Esta nova técnica permite-nos definir a temperatura interna do dinossauro fêmea no momento da ovulação”

Segundo o biólogo, os dinossauros integram-se na categoria intermédia, dita mesotérmica, mais próxima da do atum, de alguns tubarões e de algumas tartarugas.


Cientistas mediram a temperatura corporal de dinossauros com quase 80 milhões de anos (segundo a cronologia evolucionista) analisando quimicamente as cascas dos seus ovos fossilizados, segundo um estudo hoje publicado na revista britânica Nature Communications, demonstrando que variava consoante a espécie. 

Uma equipa de investigadores dirigida por Robert Eagle, da Universidade da Califórnia, em LosAngeles (UCLA), utilizou uma técnica pioneira de análise química das cascas fossilizadas, partindo da descoberta que a sua composição depende da temperatura a que foram sujeitas quando se formaram no interior do corpo dos dinossauros fêmeas. 

Dois isótopos raros do carbonato de cálcio – ingrediente fundamental da casca de ovo – o oxigénio 18 e o carbono 13, tendem a juntar-se se as temperaturas forem baixas. E a separar-se se forem mais elevadas. 

“Esta nova técnica permite-nos definir a temperatura interna do dinossauro fêmea no momento da ovulação”, explica Aradhna Tripati, co-autor do estudo. 

O comunicado da UCLA sublinha que se trata das “primeiras medições directas da temperatura corporal de dois tipos de dinossauros”. 

Os investigadores debruçaram-se sobre duas espécies de dinossauros: grandes saurópodes de pescoço longo, cujos ovos fossilizados foram encontrados na Argentina, e pequenosovirraptorossauros da Mongólia, os mais próximos dos pássaros actuais. 

Resultado: a temperatura corporal dos maiores era de cerca de 38 graus Celsius e a dos mais pequenos era ligeiramente inferior a 32 graus Celsius. 

A temperatura corporal dos dinossauros variava, portanto, entre as diferentes espécies. 

O estudo salienta igualmente que “a temperatura corporal dos ovirraptorossauros era mais elevada que a temperatura ambiente, o que sugere que eles não eram realmente de sangue frio, mas intermédio. 

Nos animais de sangue frio (jacarés, crocodilos, lagartos), a temperatura do corpo é definida pelas trocas térmicas com o meio ambiente. Nos de sangue quente ou endotérmicos (homens, mamíferos, pássaros), a temperatura corporal é definida por um mecanismo interno, independentemente da temperatura do meio ambiente. 

“Os ovirraptorossauros podiam ser uma categoria intermédia, algures entre o crocodilo e o actual pássaro”, explica Robert Eagle. 

“Isto pode significar que eles gerem a sua temperatura corporal e podem aumentá-la até ultrapassar a do ambiente, mas não a mantêm tão elevada como os pássaros modernos (40 graus Celsius)”, acrescenta. 

Um estudo anterior conduzido por John Grady, um biólogo da Universidade do Novo México, e publicado em Junho na revista Science, tinha já chegado às mesmas conclusões, mas através de outra técnica: a partir dos anéis de crescimento dos ossos fossilizados. 

Segundo o biólogo, os dinossauros integram-se na categoria intermédia, dita mesotérmica, mais próxima da do atum, de alguns tubarões e de algumas tartarugas.

Lusa/ Jornal Online

Que relação existe entre o cálculo judaico de 5.758 anos para a história da Terra (até 1998) e a teoria dos seis mil anos para o fim do mundo?



Sobre o verbete “Chronology”, a Encyclopaedia Judaica explica que o método judaico de calcular os anos a partir da criação do mundo (Anno Mundi) tornou-se de uso popular cerca do nono século d.C. “Em vários cômputos rabínicos a ‘Era da Criação’ iniciou em um dos anos entre 3762 e 3758 a.C. A partir do século 12 d.C., porém, passou a ser aceito que a ‘Era da Criação’ começou em 3761 a.C. (para ser exato, no dia 7 de outubro daquele ano). Esse cômputo é baseado em sincronismos de elementos cronológicos mencionados na Bíblia e em cálculos encontrados na antiga literatura judaica pós-bíblica.”

Por sua vez, a teoria de que a história do mundo se limita a seis mil anos de pecado, seguidos de um milênio sabático, está baseada na inferência de que cada um dos seis primeiros dias da semana da Criação (Gn 1) representa mil anos (ver II Pe 3:8). E, além disso, que o sétimo dia (Gn 2:1-3) simboliza esse sétimo milênio (ver Ap 20). A interpretação de cada dia da Criação como mil anos apareceu pela primeira vez na literatura judaica no livro pseudoepígrafo de II Enoque 33:1 e 2, popularizando-se posteriormente entre vários intérpretes judeus e cristãos preocupados com o fim do mundo.

Se o ano da criação da Terra fosse mesmo 3761 a.C., com duração de apenas seis mil anos, então o seu fim haveria de ocorrer aproximadamente no ano 2240 de nossa era. Mas tal cálculo especulativo não é aceitável, pois as genealogias do Antigo Testamento requerem, pelo menos, quatro mil anos da Criação ao nascimento de Cristo, para serem sincronizadas. Além disso, estudos, que procuram harmonizar cronologicamente a história bíblica de outros povos do mundo antigo, têm proposto mais de quatro mil anos da Criação ao nascimento de Cristo.

Mesmo que aceitássemos a curta cronologia do arcebispo anglicano James Ussher (1581-1656), que estabelece arbitrariamente a Criação como havendo ocorrido no ano 4004 a.C. (quatro mil anos antes do nascimento de Cristo), teríamos sérias dificuldades, pois, nesse caso, os seis mil anos deveriam ter-se cumprido em 1997. Mas o mundo não chegou ao fim nesse ano!

Sabemos, pelos sinais que Cristo nos deixou (ver Mt 24; Lc 21), que o fim de todas as coisas está próximo. Não devemos nos esquecer, no entanto, da referência à tardança relacionada com o tempo em que a segunda vinda de Cristo há de acontecer (ver Mt 25:5), bem como das várias advertências de que não nos compete especular quanto ao tempo específico em que esse evento há de ocorrer (ver Mt 24:36, 42; At 1:7).

Fonte: Sinais dos Tempos, julho de 1998, p. 29 (usado com permissão)

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Diretrizes sobre o Uso do Dízimo


Introdução

O plano de Deus para o sustento de Sua obra na Terra é através do dízimo e das ofertas voluntárias do Seu povo. O dízimo é a fonte principal de fundos para a proclamação total do Evangelho a todo o mundo pela Igreja Adventista do Sétimo Dia. Isto inclui um esforço evangelístico equilibrado e de vasto alcance ao público e a nutrição espiritual dos membros da Igreja. Sendo que o dízimo é reservado para um propósito especial, as ofertas voluntárias devem prover fundos para muitas funções da obra do Evangelho.

Princípios Concernentes à Utilização do Dízimo

1)  Somente organizações da Associação estão autorizadas a fazer distribuições dos fundos do dízimo. O dízimo é do Senhor e deve ser devolvido à casa do depósito, o tesouro da Associação, por intermédio da igreja local a que pertence o membro. “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.” (Mal. 3:10).

“O dízimo é sagrado, reservado por Deus para Si mesmo. Tem de ser trazido ao Seu tesouro, para ser empregado em manter os obreiros evangélicos em seu labor.” (Obreiros Evangélicos, p. 226).

2)  As Associações e Uniões devem repartir o dízimo com a Igreja mundial.

“Mais e mais devemos chegar à percepção de que os meios que entram na Associação em dízimos e ofertas do nosso povo devem ser usados para o sustento da obra, não somente nas cidades americanas mas também nos campos estrangeiros. Que os meios tão zelosamente arrecadados sejam distribuídos altruisticamente. Aqueles que compreendem as necessidades dos campos missionários não serão tentados a usar o dízimo para aquilo que não é necessário.”(Manuscrito 11, 1908).

3)  A qualificação de um obreiro para sustento do dízimo deve ser determinada pela natureza da obra. Deste modo outros fatores inclusive as credenciais em curso não são os critérios definitivos para sustento do dízimo.

“O dízimo deve ir para aqueles que laboram na palavra e doutrina, sejam homens ou mulheres.”(Manuscrito 149, 1899).

4)  O dízimo deve ser usado somente para o sustento daqueles que estão empenhados na evangelismo e para o sustento dos ministérios.

“O dízimo deve ser usado para um único propósito, sustentar os ministros a quem o Senhor designou para fazer a Sua obra. Deve ser usado para o sustento daqueles que falam ao povo as palavras da vida e levam as responsabilidades do rebanho de Deus.” (Manuscrito 82, 1904).

5)  O funcionamento da igreja local é importante mas não deve ser sustentado pelo dízimo.

a.  “O dízimo deve ser usado para uma única finalidade, sustentar os ministros a quem o Senhor indicou para fazer a Sua obra. Deve ser usado para o sustento daqueles que falam ao povo as palavras da vida e levam as responsabilidades do rebanho de Deus.” (Manuscrito 82, 1904).

b.  “O dízimo não deve ser consumido em despesas eventuais. Isto faz parte do trabalho dos membros da Igreja. Eles devem sustentar sua igreja com seus dons e ofertas.” (Carta 81, 1897).

Praxes Concernentes ao Uso do Dízimo: Funções para as Quais o Dízimo Pode Ser Usado

1)  O sustento dos evangelistas, pastores e instrutores bíblicos.

2)  O sustento do pessoal que provê liderança e serviços administrativos para os esforços evangelísticos e o sustento dos ministérios da Igreja. Estes incluem oficiais da Associação, diretores departamentais, contadores, funcionários e secretárias de escritório.

3)  As despesas que são necessárias para sustentar o programa evangelístico total e o sustento dos ministérios da Igreja, tais como:

a.  Despesas com evangelismo.

b.  Despesas operacionais do escritório da Associação.

c.  Equipamento evangelístico e do escritório da Associação.

d.  Despesas operacionais dos locais de acampamento e reuniões campais.

4)  O sustento das funções que são consideradas essenciais aos programas evangelísticos e o sustento dos ministérios da Igreja.

a.  Escolas primárias – Distribuições de até 30 por cento dos salários e despesas totais dos diretores e professores primários em reconhecimento de sua função como líderes espirituais.

b.  Escolas secundárias – O equivalente do sustento total dos professores de Bíblia de escolas secundárias, preceptores de dormitórios de alunos e diretores.

c.  Colégios/Universidades – Uma soma igual ao custo total dos departamentos de Bíblia dos colégios e universidades, preceptores de dormitórios de alunos, os diretores e reitores de alunos.

d.  Colportores evangelistas – Distribuição da Associação em lucros ou benefícios aos colportores evangelistas.

e.  Centros/Acampamentos da Associação – Distribuição para as despesas operacionais dos centros/acampamentos da juventude pertencentes à Associação.

f.   Programas da mídia – A produção de impressos, rádio e televisão.

g.  Aposentados – Os benefícios da aposentadoria dos empregados denominacionais (excetuando-se aqueles que são providos de outra forma; ex.: os empregados das instituições de saúde).

Praxes Concernentes ao Uso do Dízimo: Funções para as Quais o Dízimo Não Será Usado

1)  Manutenção da igreja local e outras despesas operacionais. Estas devem ser custeadas pelas ofertas dos membros.

2)  Manutenção de escolas primárias e outras despesas operacionais. Estas devem ser custeadas das taxas escolares e/ou subsídios da Igreja.

3)  Manutenção e despesas operacionais de escolas secundárias e de ensino superior. Estas devem ser custeadas pelas taxas escolares e outras rendas institucionais.

4)  Projetos de construção da igreja, da Associação ou institucionais. Estes devem ser custeados pelos membros e/ou outras fontes alheias ao dízimo.

Declaração de Posição ou Ponto de Vista Quanto à Administração dos Fundos do Dízimo

1)  O Papel da Família da Igreja no Tocante à Administração dos Fundos do Dízimo. A Igreja mundial é a família de Deus na Terra. Cada membro, como uma parte desta família, goza dos privilégios e leva as responsabilidades quanto às normas que são determinadas para a arrecadação e distribuição dos fundos do dízimo. A família agindo coletivamente através da sessão da Associação Geral e do Concílio Anual da Comissão da Associação Geral determina a praxe, em harmonia com os princípios das Escrituras e do Espírito de Profecia, para o recolhimento, desembolso e administração dos fundos do dízimo. Esta declaração é  produto de muita consulta com uma variedade de pessoas de dentro da Igreja – leigos, pastores, administradores de Associações e líderes mundiais. Como membros da família, cada indivíduo, instituição ou organização respeitará a honra da família atuando de acordo com estas diretrizes a fim de prover um sistema de apoio financeiro regular, fidedigno e sempre crescente para a proclamação do Evangelho a todo o mundo.

2)  A “Casa do Tesouro” ou “Tesouro” da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Segundo as Escrituras, o dízimo é do Senhor e deve ser trazido à Sua casa como ato de adoração. A Igreja Adventista do Sétimo Dia realiza isto enviando o dízimo ao tesouro da Associação por intermédio da igreja a que o indivíduo pertence. Em circunstâncias incomuns, os membros da igreja devem consultar-se com os oficiais de sua Associação ou Missão local. O seguimento de qualquer outro plano causa confusão e competição e debilita a estrutura financeira da Igreja, enfraquecendo assim a capacidade da Igreja de cumprir sua missão mundial. A fim de continuar um forte e equilibrado programa da Igreja ao redor do mundo, os membros não devem dirigir o dízimo do Senhor para projetos de sua própria escolha.

3)  Caminhos Alternativos para a “Casa do Tesouro”.

a.  O Senhor promete bênçãos sem medida àqueles que restituem um dízimo fiel à casa do tesouro. A família da Igreja Adventista do Sétimo Dia tem determinado que o caminho normal para a casa do tesouro é através da Associação/Missão local.

b.  Se membros, por razão de confidência, preferirem enviar uma parte do dízimo para a Associação Geral ou para sua União-Associação, aqueles oficiais podem aceitar tal dízimo, mas o enviará sem o nome da pessoa à Associação a que ela pertence para distribuição à Igreja mundial. Tais pessoas devem ser animadas a dar andamento ao dízimo através dos canais regulares.

4)  Partilha do Dízimo.

a.  O plano de partilha do dízimo é uma maneira equilibrada de distribuir equivalentemente com a Igreja mundial os recursos financeiros. Este plano é básico e essencial ao sistema de apoio financeiro à obra mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

b.  As igrejas, Associações, Uniões-Associações, a Associação Geral e as Divisões da Associação Geral não aceitarão dízimos de membros que seguem uso contrário às percentagens habituais que são partilhadas com os vários níveis da organização da Igreja.

c.  A igreja local está autorizada somente a aceitar e encaminhar os fundos totais do dízimo ao tesouro de sua Associação/Missão local.

5)  Solicitação do Dízimo. Os pastores e administradores da Associação e da Missão não solicitarão fundos do dízimo de membros de outras Associações ou Divisões. A Igreja tem feito provisão para o nivelamento dos recursos financeiros.

6)  Dízimo para Instituições. Organizações denominacionais tais como Christian Record Braille Foundation, A Voz da Profecia, Fé para Hoje, Está Escrito, Pão da Vida não devem aceitar fundos que sabem ser o dízimo de adventistas do sétimo dia. Quando membros enviam dízimo a uma organização denominacional, têm a responsabilidade de indicar que isto é dízimo.

7)  Dízimo de Membros que se Transferem. Os membros que se mudam para uma nova localidade são estimulados a transferir sua condição de membro dentro de seis meses e começar a apoiar sua nova igreja e Associação onde estão recebendo alimento espiritual, assistência pastoral e serviços da Associação.

8)  Empréstimo de Dízimo. Igrejas, escolas (dízimo de alunos), Associações e indivíduos não “emprestarão” dos fundos do dízimo para cuidar das necessidades da igreja, Associação ou necessidades individuais. Os fundos do dízimo serão retidos somente até à data de sua remessa regular.

9)  Não-Aceitação do Dízimo. Se, de acordo com essas praxes, surgir uma situação em que não é permissível a uma organização a aceitação dos fundos do dízimo, serão feitos esforços para se obter autorização do membro para encaminhar o dízimo para os canais regulares. Se tal autorização não for obtida, o dízimo será devolvido com uma explicação apropriada e um apelo à pessoa para que participe do plano da igreja de partilhar o dízimo do Senhor com a Igreja mundial.

10) Não-Devolução do Dízimo. O dízimo que foi aceito e pelo qual se passou recibo não será devolvido às pessoas que por motivos variados possam solicitá-lo.

11) Responsabilidade da Liderança. A direção da Igreja em todos os níveis é um encargo sagrado. A falha ou recusa de cooperar com as praxes combinadas da família da Igreja concernentes à administração do dízimo desgasta a capacidade da Igreja de cumprir sua missão mundial. As pessoas que desconsideram estas praxes desqualificam-se para a liderança da Igreja.

NOTA: As praxes precedentes não se aplicam às ofertas. Os membros tomam a decisão quanto  ao destino de suas ofertas.

Estas diretrizes foram adotadas e votadas pela Comissão Executiva da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia na sessão do Concílio Anual em Washington, DC, em 14 de outubro de 1985.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Sal Fora do Saleiro



Quantas vezes você já ouviu a expressão: “fulano é sem sal!”?
O sal traz uma ideia de ânimo, euforia e entusiasmo.
Já houve uma época na Roma antiga em que o sal era usado como moeda, daí surgiu a palavra “salário” que significa: “pagamento com sal.
Ouvimos falar muito sobre os malefícios do sal quando não usado devidamente, a hipertensão é um exemplo disto.
Na Bíblia temos a história da mulher de Ló que olhou para trás e tornou-se uma estátua de sal (Gênesis 19:26).
O sal faz parte da nossa vida muito mais que imaginamos.
Temos sal no suor, na urina e nas lágrimas.
Mas o que Jesus queria dizer quando disse que nós somos o sal da terra?
Existe alguma lição importante a ser aprendida com o sal?
Veremos a seguir:

O sal é marcante.
O sal tem personalidade própria e por onde passa pode ser sentido.
Vivemos para marcar e transformar o ambiente em que estamos inseridos.
Somos chamados a fazer diferença, agir sem fazer parte do mundo.

O sal preserva.
O sal é usado como mecanismo de conservação. Ele impede que uma carne apodreça.
O mundo vive um processo de putrefação e podemos ser o sal que fará a diferença.

O sal purifica.
O sal é usado tanto no processo de tratamento da água como na purificação do ouro.
Nosso viver deve agir na eliminação das impurezas espirituais que estão em nossa volta.

O sal cura.
Quando criança muitas vezes coloquei sal sobre um ferimento após uma brincadeira.
O sal é anti-infectante, ele cura uma ferida.
Devemos curar os feridos que clamam por um socorro.

O sal era um símbolo.
Os sacrifícios dos hebreus não eram aceitos por Deus sem a presença do sal (Levítico 2:13).
Nossa vida de influência deve ser um sacrifício vivo em prol das pessoas e para a honra e glória de nosso Deus.

O sal dá sabor.
Não podemos ver o sal na comida, mas o sentimos.
Devemos ser sabor para um mundo tão insípido.
O mundo não precisa ver a peripécia de grandes feitos, ele precisa sentir simplesmente a influência de uma vida disposta a servir.

O sal dá sede.
Devemos levar o mundo a ter sede da Água Viva (João 4:14).

O sal age e não reage.
Espalha-se o sal na comida e não o contrário.
Não podemos esperar que o mundo venha a nós.
Cabe-nos tomar a iniciativa de influenciar um mundo sem o verdadeiro sabor.
0,03 gramas de sal é o suficiente para dar sabor a uma comida.
Não é preciso muito sal para fazer diferença no mundo.
Sorrir, apertar a mão, dar uma palavra amiga, estender apoio, ter cortesia, ser justo e amorável, oferecer um ombro, anunciar o amor de Deus são formas simples e possíveis de sermos sal em todo o momento.
Pois se o sal não der sabor, não tem valor algum e de nada mais serve a não ser para ser pisado pelos homens.
O sal pode ser encontrado nos mares.

22% do mar morto é puro sal!
Podemos encontrar sal até em Minas Gerais que não tem mar.
A jazida de Wielicza, na Polônia tem 32 mil metros de largura, 805 metros de comprimento e 366 metros de espessura e é explorada há mais de 300 anos... É muito sal!
Em 1976 a produção mundial de sal já passava de 172 milhões de toneladas de sal.
Só o Brasil produzia 2,2 milhões de toneladas.
Mesmo com tanto sal, o mundo ainda pode apodrecer por falta de sal.
Você é o verdadeiro sal!
Seja um sal fora do saleiro!

Conexão em Foco

    

Selo da época de Davi é encontrado em Jerusalém




Um garoto de apenas dez anos encontrou um objeto que pode ser uma das descobertas arqueológicas mais importantes do ano em Jerusalém. Trata-se de um selo que data da época do Templo de Salomão. Provavelmente, o artefato de 3 mil anos de idade tenha pertencido a uma personalidade importante, sendo usado para assinar documentos e cartas. De acordo com o Dr. Gabriel Barkay, um dos responsáveis pelas escavações que vêm sendo realizadas no local da descoberta, vários sinetes parecidos já foram encontrados em Israel. Contudo, este é o primeiro descoberto em Jerusalém. Todos esses sinetes datam dos séculos 11 e 10 a.C., da época dos jebuseus e da conquista da cidade pelo rei Davi. Nessa mesma época ocorreu a construção do Templo, sob o reinado do seu filho, Salomão. O objeto foi descoberto em um aterro perto da Cidade Velha de Jerusalém. No fim da década de 1990, o local recebeu mais de 400 caminhões de terra retirados do Monte do Templo. Na época, a Waqf, autoridade jordaniana que controla a chamada Esplanada das Mesquitas, autorizou uma escavação para uma entrada subterrânea para o local que é considerado sagrado pelos muçulmanos.

Em 2004, a Universidade Bar-llan criou, com o apoio financeiro da Fundação Cidade de Davi, o programa Sifting Project (Projeto Peneira) com o objetivo de realizar escavações arqueológicas no local. O projeto permite que voluntários também participem da escavação, o que explica o fato de um turista ter encontrado o selo raro.

Segundo Zachi Dvira, idealizador da iniciativa, mais de 170 mil pessoas já participaram das escavações. De acordo com ele, cerca de 50 por cento da terra retirada do Monte do Templo já foi analisada, resultando em centenas de cacos de cerâmica do século 10 a.C. e uma ponta de flecha de bronze, do mesmo período.

Palco de constantes disputas entre judeus e árabes, o Monte do Templo, área sob domínio do governo da Jordânia, ainda é um sítio arqueológico pouco explorado, conforme lembra o Dr. Gabriel Barkay. “O Monte do Templo é o mais delicado e mais importante sítio arqueológico no país e jamais foi escavado por causa da política. É uma incógnita, um pedaço de terra desconhecida”, conclui. 

Revista Adventista

Espetacular foto de Charon, a lua de Plutão

Charon -Neutral-Bright-Release

A foto de alta resolução acima mostra Charon, a maior lua de Plutão. Ela exibe a região polar norte escurecida e misteriosa do satélite, informalmente conhecida como “Mordor Macula”.

Capturada pela sonda New Horizons durante sua maior aproximação ao ex-planeta em 14 de julho desse ano, a imagem só foi transmitida para a Terra em 21 de setembro.

Dados azuis, vermelhos e infravermelhos foram combinados e processados para aprimorar as cores da fotografia, seguindo variações nas propriedades da superfície da lua com resolução de cerca de 2,9 quilômetros.


Charon possui 1.214 quilômetros de diâmetro, cerca de 1/10 do tamanho do planeta Terra. Em comparação com Plutão, no entanto, tem cerca de metade do seu diâmetro. Isso faz com que seja o maior satélite em relação ao seu planeta do sistema solar.
O hemisfério fotografado pela New Horizons é o que fica voltado para Plutão. A imagem apresenta uma visão mais clara de um “cinto” de fendas e cânions que parece separar as planícies suaves do sul do terreno mais variado do norte da lua.

Hypescience

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Tartaruga é o primeiro réptil já descoberto com biofluorescência

tartaruga marinha bioluminescente

Pela primeira vez, os cientistas descobriram um réptil que exibe biofluorescência. A criatura, conhecida como tartaruga-de-pente, foi descoberta ao largo das Ilhas Salomão pelo biólogo marinho David Gruber, da Universidade da Cidade de Nova York, nos EUA.

Biofluorescência é a capacidade de absorção de comprimentos de onda electromagnéticas a partir do espectro de luz visível por proteínas fluorescentes em um organismo vivo, e a reemissão desta luz a um nível de energia mais baixo.

Conforme relatado pela “National Geographic”, a criatura reflete a luz azul em uma variedade de cores – verde, vermelho e laranja – o que lhe dá uma aparência fantasmagórica e impressionante. Gruber e sua equipe descobriram o animal por acidente, enquanto procuravam crocodilos e filmavam corais que já sabiam ser biofluorescentes.

Gruber disse a que tartaruga “surgiu do nada” e ele e seu colega a deixaram passear por ali sem perturbá-la. Estas tartarugas são criticamente ameaçadas de extinção, sendo que hoje existem apenas alguns milhares de fêmeas reprodutoras restantes em alguns locais. Porém, parece que ainda há muito que não sabemos sobre este animal fascinante.
tartaruga marinha bioluminescente 2


O motivo pelo qual esta tartaruga usa biofluorescência (seria para o acasalamento? por outros motivos?) ainda não é conhecido. Gruber observou que o brilho vermelho pode ter sido fruto de algas biofluorescentes, mas o verde definitivamente vinha da própria tartaruga.
Essas habilidades estão começando a parecer mais comuns em animais marinhos, e a lista de animais biofluorescentes já inclui enguias e medusas.
Se este animal lhe parece familiar é porque é esta tartaruga que ilustra as nossas notas de R$ 2. Voto para elas começarem a brilhar também!
Confira o vídeo surpreendente da tartaruga abaixo (em inglês): [I Fucking Love Science, National Geographic]



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