sábado, 29 de dezembro de 2012

As Duas Testemunhas: Moisés e Elias

Por Doug Batchelor








Um fato surpreendente: a luz mais brilhante que o homem fez brilhar sobre a terra emana do topo do hotel Luxor, uma gigantesca estrutura em forma de pirâmide, em Las Vegas, Nevada. Um total de 45 lâmpadas de xenônio, cada uma do tamanho de uma máquina de lavar roupa e com as brilhantes lâmpadas disparando uma poderosa explosão de luz radiante direto para o céu. A luz que irradia a partir do topo desta montanha artificial é tão brilhante, que os astronautas podem ver quando estão em órbita. Pilotos de linha aérea são aconselhados a evitarem a área, pois o feixe de luz pode cegar temporariamente os que voam através dele.

Você sabia que existe uma história na Bíblia que fala de uma montanha em chamas com luz celestial? Mesmo que raramente abordado, este evento, chamado de Monte da Transfiguração, ou às vezes o Monte Glorioso, é um dos momentos mais importantes do Novo Testamento. Esta experiência monumental encontrada nos Evangelhos de Mateus 16, Marcos 9 e Lucas 9 está cheia de profundo significado para os cristãos, e isso ajuda a esclarecer muitas outras maravilhosas verdades da Bíblia.

1. Ascendendo para a Luz


Após um longo dia de ensino ministrando às multidões, Cristo e seus discípulos se separaram da multidão que clamava. Jesus então diz algo muito incomum: “Em verdade vos afirmo que, dos que aqui se encontram, alguns há que, de maneira nenhuma, passarão pela morte até que vejam ter chegado com poder o reino de Deus” (Marcos 9:01). Provavelmente pareceu aos discípulos que Jesus estava prevendo algo realmente grande. Mas o quê?

Então, seis dias depois de Jesus fazer este anúncio enigmático, eles chegam ao pé de uma “alta montanha”. Lá ele chama a Pedro, Tiago e João, e parte com eles, deixando os outros no vale e começa uma longa caminhada até a íngreme colina. Quando o sol estava se pondo, eles exaustos, finalmente chegaram ao cume da montanha. Jesus imediatamente se ajoelha e começa a orar, e na primeira tentativa que os discípulos fazem para acompanhá-lo, estando exaustos, caem em sono profundo.

Então, algo extraordinário acontece! Combinando o testemunho de Lucas e Marcos, nos é dito, “enquanto ele orava, a aparência do seu rosto se transfigurou e suas vestes resplandeceram de brancura”. “como nenhum lavandeiro na terra as poderia alvejar”. (Veja o relato completo em (Lucas 9:29-31 e Marcos 9:2-9).

2. A Razão para a Revelação


De repente, despertados pelo acontecimento cósmico, os discípulos vêem Cristo brilhando com uma luz celestial que irradiava de dentro dele. Ele não é apenas o humilde filho de José e Maria, mas com a glória revelada, ele agora aparece como o majestoso Criador do universo.

No clássico livro, O Desejado de Todas as Nações, a autora nos ajuda a compreender melhor a principal razão para a visitação celeste. Em sua oração, “Ele roga que testemunhem uma manifestação de Sua divindade que, na hora de Sua suprema agonia, os conforte com o conhecimento de que Ele é com certeza o Filho de Deus, e que Sua ignomiosa morte é uma parte do plano da redenção”.

O Pai amoroso lhes concede esse breve vislumbre da glória de Seu Filho, porque Ele sabia que os discípulos estavam prestes a ver seu Mestre totalmente humilhado. Seu mestre estava prestes a ser despido, espancado e machucado, aparecendo muito desamparado e muito mortal. Assim, da mesma forma que uma pequena árvore armazena seiva durante a quente e brilhante primavera, para sustentá-la durante o inverno frio e escuro, Jesus sabia que a fé dos discípulos precisava de um impulso luminoso na montanha para enfrentarem o escuro dia sobre o Calvário que se aproximava.

Os discípulos também precisavam da garantia deste evento, porque continuavam a confundir a finalidade da missão do Messias com as fábulas populares judaicas da glória terrena. Jesus sabia que ia ser devastador para eles verem suas esperanças de glória terrena perfurada pelos pregos romanos, de modo que o Pai concedeu esta visão para lembrá-los que o reino de Cristo era celeste, não terreno.

3. Por que Moisés e Elias?


Junto com a mais brilhante e gloriosa luz do céu, jamais vista na Terra, duas das maiores celebridades da Escritura apareceram ao lado de Cristo. “E apareceu-lhes Elias com Moisés, e estavam falando com Jesus” (Marcos 9:04).

Alguém poderia perguntar: por que esses dois indivíduos? Deus também havia levado Enoque para o céu, por que ele não veio para essa visita especial? Muito simples, porque as duas personalidades que vieram eram símbolos vivos da Palavra de Deus. Moisés representava a lei e Elias representava os Profetas. Jesus diz em Mateus 5:17 “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim destruir, mas para [cumprir].” Moisés é o grande legislador, Elias é o maior dos profetas do Antigo Testamento.

Em toda a Bíblia, a Palavra de Deus é freqüentemente retratada com uma imagem dupla. Os Dez Mandamentos foram escritos em duas tábuas de pedra. A Palavra de Deus também é retratada como uma espada de dois gumes. Duas lâmpadas e duas oliveiras retratam as duas divisões da Bíblia sagrada. Mas o testemunho final da Palavra de Deus é Jesus: “no rolo do livro está escrito a meu respeito” (Hebreus 10:7). No rolo do Livro, a Bíblia, tudo aponta para Jesus, que é a combinação de duas naturezas, a humana e a divina. Jesus é o Verbo feito carne (João 1:14).


Em Lucas 16:31, Jesus conclui a parábola do homem rico e Lázaro, “Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos”. Aqui, Jesus coloca uma alta prioridade na Palavra de Deus, e não devemos perdê-la. Não importa que milagres você testemunhe, mesmo que alguém ressuscite dentre os mortos, você ainda deve colocar a plena Palavra de Deus em terrenos mais altos.

4. O Endosso Final


Em tempos de eleição, os políticos começam a campanha e disputam o apoio dos eleitores. Uma maneira comum para eles conseguirem isto é conseguindo o apoio de tantos líderes populares e credíveis quanto possível. A Gloriosa experiência do Monte foi o endosso final.

Desde a época de Abraão, cada judeu havia procurado pela vinda do Messias. Vários Cristos falsos tinham aparecido no cenário da história hebraica. Agora, como um símbolo de apoio supremo, Jesus está glorificado flanqueado à direita e à esquerda dos dois maiores heróis do antigo Israel. Moisés e Elias rodeavam Jesus para nos dar um quadro muito vívido que a Palavra de Deus aponta para Jesus e o endossa como o Messias.

Este endosso de Moisés e de Elias representava o aval da lei e dos profetas, a Palavra de Deus, que Jesus era “aquele que estava para vir” (Mateus 11:3). Não haviam outras pessoas que pudessem ter oferecido maior validação para o ministério de Jesus do que estes dois gigantes da Escritura.

A transfiguração é também um cumprimento direto da profecia. Malaquias predisse, “Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, que eu ordenei-lhe, em Horebe para todo Israel, os estatutos e juízos. Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes do grande e terrível dia do Senhor”. Uma razão da Palavra de Deus ser tão maravilhosa é porque é muito precisa. Tanto Moisés como Elias aparecem no Novo Testamento antes do sacrifício de Jesus, para incentivá-lo e apoiá-lo.

5. Duas ou Três Testemunhas


Em Apocalipse 11:3-12, encontramos a grande profecia das duas testemunhas de Deus. “Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra” (Apocalipse 11:4). Sabemos que uma lâmpada é um símbolo da Palavra de Deus, “Tua palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho” (Salmo 119:105). Quando Zacarias vê duas oliveiras na visão, ele pergunta ao anjo o que elas representam. “E respondeu, e me falou, dizendo: Esta é a palavra do Senhor” (Zacarias 4:6).


Apocalipse adverte o que vai acontecer com aqueles que prejudicarem as duas testemunhas de Deus, a Bíblia Sagrada. “se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos” (Apocalipse 11:5). Isso aconteceu nas experiências de Elias e Moisés. Fogo desceu do céu sobre os egípcios que perseguiram os filhos de Deus e também consumiu os filhos de Aarão. Ele também consumiu os soldados quando eles desafiaram Elias. Além disso, “Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue” Elias orou e fez cessar a chuva? Moisés orou e a água se transformou em sangue? Então, novamente, vemos por que Deus compara as duas testemunhas, a Sua Palavra, com o ministério de Moisés e Elias.

Então, como se a aprovação de Moisés e Elias não fosse suficiente, uma nuvem encobre a montanha e a voz do Todo-Poderoso é ouvida dizendo: “Este é o meu Filho amado, a ele ouvi.” A Bíblia diz: “Por boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda a palavra.” (2 Coríntios 13:1). No monte, dois seres humanos redimidos por Cristo testificam que Ele é o Messias, e, claro, o terceiro é a voz do próprio Deus! Que melhor confirmação da verdade Deus poderia ter oferecido, o legislador e o maior profeta e Seu próprio testemunho audível?

6. Uma Conversa Divina


Quando li pela primeira vez esta passagem, eu me perguntava: “Como eles sabiam que era Moisés e Elias?” Eles não tinham fotografias jornalísticas ou vídeos arquivados com que comparar esses seres. Então eu percebi que provavelmente ouviram alguma coisa da conversa e ouviram Jesus abordá-los pelo nome.

Felizmente, o Evangelho de Lucas ainda nos dá um pouco sobre o que estes grandes homens discutiam. É dito: “eis que estavam falando com ele dois homens, que eram Moisés e Elias, Os quais apareceram com glória, e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém” (Lucas 9:30-31). Naturalmente, referiam-se ao Seu sacrifício no Monte Calvário.

Eu não posso imaginar quaisquer outros dois indivíduos que seriam mais bem qualificados para incentivarem Jesus a avançar com o seu sacrifício. Tanto Moisés como Elias, entendiam o aguilhão da perseguição e rejeição por seu próprio povo. Tenha em mente, tanto Moisés como Elias tinham estado no céu por centenas de anos, não por causa de suas boas obras, mas porque eles estavam desfrutando um adiantamento sobre o sacrifício que Jesus estava prestes a fazer. Em outras palavras, se Jesus não fosse adiante com o plano para morrer pela humanidade, Moisés e Elias não teriam o direito de permanecer no céu. Eles foram, obviamente, muito motivados a encorajar e inspirar Jesus a seguir em frente. Em última análise, o objetivo de ambos era o de serem testemunhas de Cristo e apoiarem a Jesus no julgamento e sacrifício que se aproximava.

7. Três Tabernáculos


Quando os olhos dos discípulos se ajustaram à luz e eles recobraram o juízo, a primeira coisa que fizeram foi tirar os sapatos quando perceberam que estavam em terra santa. Depois de alguns minutos aterrorizados por escutarem este diálogo divino, Pedro sentiu-se compelido a dizer alguma coisa. “E tomando a palavra, disse a Jesus: Mestre, é bom que estejamos aqui; e façamos três cabanas, uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias.” (Marcos 9:5).

É interessante que a história da Bíblia registra três templos terrenos: um no deserto durante o tempo de Moisés; o templo de Salomão erigido durante o tempo de Elias, e o terceiro templo construído após o cativeiro babilônico. Este terceiro é o que Jesus purificou. Há também três aspectos ou etapas da salvação: a justificação, simbolizada por Moisés, a santificação, simbolizada pelo ministério de Elias, e a glorificação representada por Jesus.

8. A Experiência no Topo da Montanha


Muitos dos pontos altos da Bíblia são também de experiências no cume das montanhas. O Senhor muitas vezes organiza eventos profundos no topo de montanhas, porque são monumentos naturais. Sempre que o povo de Deus olhava para esses picos proeminentes, eles se lembravam dos eventos importantes de sua história sagrada.

Considere, por exemplo, que, após 40 anos no deserto, Deus entregou Sua aliança com Moisés no topo de uma montanha. O Monte Sinai tinha o fogo de Deus com fumaça e trovão tremendo o cume. Após 40 dias no deserto, Deus também falou com Elias no Monte Sinai com fogo, vento, e um terremoto (1 Reis 19:11-12). Após 40 dias no deserto, Jesus repreendeu o demônio em uma montanha alta (Mateus 4:8-10). Deus também faz promessas sobre as montanhas. Foi nas montanhas do Ararat que Deus fez Sua aliança com Noé. Ele fez Sua aliança com Abraão no Monte Moriá. A nação inteira dos judeus confirmou o pacto da terra prometida no Monte Gerizim (Josué 8:33). Claro, Elias estava no Monte Carmelo, quando o fogo e a chuva cairam, um símbolo do Espírito de Deus, reavivando a igreja. Moisés primeiro vislumbrou a Terra Prometida do Monte Nebo, e foi de uma alta montanha que João viu pela primeira vez a cidade santa (Apocalipse 21:10). O mais importante, a aliança do amor e da salvação foi selada no Monte Calvário.

Tal como Jesus, Moisés estava em uma montanha com as mãos levantadas, sustentadas de um lado e do outro por Arão e Hur (Êxodo 17:12). Claro, quando Jesus morreu no Calvário, dois ladrões o rodeavam um a sua direita e outro à sua esquerda, representando dois tipos de pecadores, da mesma forma você têm Moisés e Elias acompanhando Jesus no Monte da Transfiguração. Eu acho que antes de escalarmos o Monte Glorioso, é preciso escalarmos o Monte do Calvário. Deus quer confirmar Sua aliança com você e enche-lo do Seu Espírito, e isso vai acontecer quando você se humilhar sobre o monte onde Jesus foi morto.

9. A Palavra Final


O Glorioso Mounte foi coberto com a autoridade divina. Marcos 9:7 diz: “E desceu uma nuvem que os cobriu com a sua sombra”. Esta nuvem estava realmente velando a glória do Pai, que declarou: “Este é o meu Filho amado. A ele ouvi.” Deus, o Pai vem para sancionar o Seu Filho que recebe Sua aprovação total.

Isto é tão importante para nós entendermos. No início do ministério de Jesus, Deus Pai fala pessoalmente no batismo de Cristo no baixo vale do Jordão, e identifica Jesus como seu Filho. Ele diz: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”, anunciando que o povo judeu já não precisava mais procurar a alguém como o Messias (Mateus 3:17). Quem veio antes dele era uma fraude, e qualquer outra pessoa que viesse depois seria uma falsificação. Jesus é o único!

Então, no final do ministério de Jesus, Deus Pai novamente identifica seu divino Filho na montanha, algo muito simples é ordenado. “A ele ouvi”. Essa é uma frase completa, de fácil compreensão. Mas “ouvir” significa mais do que apenas ouvir os sons audíveis. Significa “ouvir com atenção integral e praticar”. Jesus diz: “Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 2:17). Deus Pai, em pessoa, está ordenando a você e a mim para ouvirmos a palavra de Jesus e colocá-la em prática.

Tem havido um monte de falsificações, fraudes, e líderes impostores tentando imitar Cristo. Mas Deus, o Pai diz sobre Jesus na Bíblia, “a ele ouvi”. Ele é a Palavra verdadeira! Isso é algo muito poderoso para contemplarmos.

10. De Repente


Com os últimos ecos da voz de Deus trovejando e ressoando do monte, os discípulos tremendo se encolheram de medo. Marcos 9:8 diz que “de repente”, tudo acabou. Tão rapidamente como a luz brilhou, ela se dissipou. “E, tendo olhado em volta, ninguém mais viram, senão só Jesus com eles.” Como a glória evaporava seus olhos se ajustavam à escuridão, Moisés e Elias, o Pai, e a nuvem tinham ido, tudo o que podiam ver era Jesus. Ele prometeu, “Eu nunca te deixarei, nem te desampararei” (Hebreus 13:5).

É fácil ter a nossa visão obscurecida pelo caleidoscópio de imagens que vemos na Bíblia. E é fácil ter nossa mente nublada com a colagem de imagens que vemos na vida moderna. Mas depois tudo se desvanece, e nós estamos na base da montanha mais uma vez, o que realmente importa? Acho que Deus está nos dizendo para apenas ouvirmos a Jesus, para apenas olharmos para Jesus. Ele foi o único que restou com eles; todos podem abandoná-lo, mas Jesus diz: “Eu estarei com vocês até o fim” (Mateus 28:20). Lembre-se sempre que Jesus ainda está lá para você, mesmo depois da glória desaparecer.

11. Não Contem


Cristo mais uma vez diz algo muito incomum para os discípulos aturdidos. Você e eu mal podemos imaginar como esses três apóstolos estavam se sentindo, “ao descerem do monte” (Marcos 9:9). Esse evento deve ter lhes causado incrível mudança de vida, e eles provavelmente estavam em estado de choque espiritual, mais do que quando Cristo acalmou a tempestade e andou sobre as águas. Eles podiam até mesmo estar brilhando com o resíduo remanescente da luz que ainda se dissipava de suas faces, assim como Moisés ficou depois de falar com Deus. Que dúvidas sobre Jesus eles poderiam, eventualmente, ter agora? Eles estavam provavelmente prontos para morrerem por Jesus naquele momento.

Mas, em seguida, Jesus ordena-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto. Eu imagino que poderia ter sido este um dos mandatos mais difíceis que já receberam de seu Senhor. Eles testemunharam apenas um vislumbre do céu. Como o antigo Israel, eles ouviram a voz de Deus resplandecendo de uma montanha, e agora, eles são orientados a não fazerem qualquer comentário a respeito deste notável evento. Não contem. Guardem isso na mente. Ele está pedindo para três pescadores não comentarem sobre a experiência mais emocionante de suas vidas. Eu não sei se eu poderia ter me mantido quieto.

12. Tempo para Contar


Felizmente, eles não foram exortados para “nunca falarem sobre isso” Mais precisamente, Jesus solicitou: “que não divulgassem as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos” (Marcos 9:9).

Por que Jesus fez esse pedido sabendo que o coração deles tinha sido tão profundamente tocado por este evento? Eu creio que Ele queria que eles armazenassem esta experiência para quando realmente precisassem. Pedro, Tiago e João, foram escolhidos para serem os líderes da igreja primitiva, e quando tudo parecesse perdido, ou quando as coisas ficassem dificeis, eles poderiam dizer: “Não desanimem. Queremos lhes contar sobre algo que vimos com Jesus na montanha”. Mas, infelizmente, parece que quando eles mais precisaram, não se lembraram desta experiência, quando o seu Senhor foi para a cruz, eles se esqueceram quem Ele era.

Deus deu-lhe uma experiência de montanha? Talvez ele tenha respondido orações e operado milagres, e quando essas coisas acontecem, você diz, “Óh, louve ao Senhor!” Mas então, quando a glória desaparece, você acaba em um vale com o diabo atropelando você. E a lembrança de tudo que aconteceu na montanha se evapora.

É como quando Deus tinha dito aos filhos de Israel para não fazerem ídolos, e eles ouviram a voz de Deus, e sentiram o chão tremer, e viram o fogo consumir a montanha. Cinicamente, prometeram ao Senhor que iriam obedecer. No entanto, poucos dias depois, eles estavam adorando a um bezerro de ouro.

O diabo é um mestre em induzir a amnésia da montanha. Se você der a ele cinco minutos de sua atenção, ele pode te fazer esquecer toda uma vida de milagres. Se você receber suas sugestões, se você abraçar seu desânimo e as dúvidas, todas essas memórias da montanha podem se dissipar quando você mais precisar delas.

13. Significado para os Últimos Dias


A experiência no Monte Glorioso é especialmente importante para o fim dos tempos, é por isso que após a sua ressurreição, Jesus voltou a ensinar sobre esta matéria. “E começando por Moisés e todos os [profetas aqui estão Moisés e Elias, de novo!], Expôs-lhes em todas as Escrituras as coisas referentes a si mesmo” (Lucas 24:27).

Apocalipse 12:17 diz, “E o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo”. A mulher representa a igreja, e o dragão, o diabo que quer destruí-la. A igreja nos últimos dias tem duas características marcantes: “guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus”. Qual é o testemunho de Jesus? Apocalipse 19:10 explica: “O testemunho de Jesus é o espírito de profecia”. Assim, os membros da igreja dos últimos dias são identificados como um povo que guarda a lei (os mandamentos) e têm os profetas (o espírito de profecia).


Isaías 8:16 diz: “Resguarda o testemunho, sela a lei no coração dos meus discípulos”. Moisés, antes de morrer, exortou os filhos de Israel para guardarem a lei. Ele repete os Dez Mandamentos para eles em Deuteronômio 5 e diz: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração…Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos” (Deuteronômio 6:6-8). Portanto, a lei e as palavras dos profetas são selados pelo Espírito Santo na mente e no coração do povo de Deus. “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Efésios 4:30).

Devemos nos fartar com a lei e os profetas, com a Palavra de Deus, para um propósito especial nestes últimos dias. Marcos 9:3 diz: “suas vestes tornaram-se resplandecentes e sobremodo brancas, como nenhum lavandeiro na terra as poderia alvejar”. Marcos está realmente lutando aqui para descrever com palavras a aura de luz brilhante que os discípulos viram em torno desta assembléia celestial. As vestes de Cristo eram radiantemente brancas, como neve nova e brilhante como o sol. Naturalmente, o manto que Jesus usou é um símbolo da sua pureza. É o que ele está usando no céu. Maravilhosamente, eu e você seremos oferecidos a essa mesma roupa purificada pelo seu sangue, se permanecermos fieis à Sua Palavra. “Estes são os que … levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” (Apocalipse 7:14). “Desde que tendes purificado as vossas almas na obediência à verdade através do Espírito de amor sincero” (1 Pedro 1:22).

14. O que não Acontecerá com Moisés e Elias


Já que estamos falando sobre o fim dos tempos, é importante olhar para uma questão crucial que está causando muita confusão. Em Apocalipse 11, lemos acerca de duas testemunhas. “Darei poder às minhas duas testemunhas, e elas profetizarão durante mil duzentos e sessenta dias” Por favor note que isto não quer dizer que estas duas testemunhas só profetizariam por 1.260 dias, pois testemunhas de Deus testemunham o tempo todo. Isto, naturalmente, refere-se à Idade das Trevas de 538 a 1798, quando a lei e os profetas, a Bíblia, foi obscurecida.

Há muitos bons cristãos que acreditam que nos últimos dias, Moisés e Elias, literalmente descerão até a terra novamente para pregar, apenas para serem mortos e jazerem nas ruas por três dias e meio. É uma meia verdade, porque as duas testemunhas, a Palavra, é simbolizada por Moisés e Elias. Mas esses dois homens de Deus estão no céu com seus corpos glorificados, e a Bíblia não nos diz que Deus quer que outros dois descam do céu para serem mortos. Moisés e Elias não vão vir de volta à Terra desta forma.

15. Um Tipo do Segundo Advento


Para fazer um círculo completo, vamos voltar um breve momento para onde começamos. Uma das lições mais importantes a partir do Monte da Transfiguração é que ele representa um retrato em miniatura da segunda vinda de Jesus.

Voltando a esta experiência, Pedro identifica o evento como uma amostra da vinda de Jesus. “Porque não seguimos fábulas engenhosas quando vos fizemos conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, pois nós fôramos testemunhas oculares da sua majestade. Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando pela Glória Magnífica lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (2 Pedro 1:16-17).

Lembre-se que Jesus disse que alguns de seus discípulos não experimentariam a morte antes de ver o reino de Deus vir com poder. Claro, sabemos que esses discípulos morreram há muito tempo, mas foi-lhes dado um vislumbre antecipado de como seria quando Cristo retornasse.

Uma série de insights interessantes podem ser adquiridos a partir dessa história. Considerem os paralelos:

Haverá duas categorias de santos quando Jesus voltar: Os ressuscitados e os vivos. Moisés, que morreu e ressuscitou (Judas 1:9), é um símbolo da grande classe de pessoas que acordam de seus túmulos empoeirados, quando o Senhor os chama – “Os mortos em Cristo ressuscitarão”. Elias representa a outra classe de pessoas que estarão vivas quando Jesus voltar. Assim como Elias, que foi arrebatado ao céu por uma carruagem de fogo, e Enoque que andou com Deus foi levado vivo ao céu, eles serão transladados com os novos corpos gloriosos sem nunca terem experimentado a morte.

Durante a transfiguração, Jesus, Moisés e Elias vestiam roupas brancas, o mesmo tipo que os remidos vestirão. Nuvens de glória também os acompanhará, Jesus partiu nas nuvens e disse que iria voltar nas nuvens. E ainda a voz do Pai no céu foi ouvida no Monte Glorioso, assim como será ouvida quando Cristo voltar à direita do Pai (Mateus 26:64).

16. Seis Dias Depois


Poderia ter alguma importância o fato de que tudo isso aconteceu seis dias depois que Jesus fez a promessa? Depois que Cristo disse aos discípulos que eles iriam ver a vinda de Seu reino, Ele demorou seis dias, antes de os levar até a montanha. Eu acredito que isto produz algumas verdades fascinantes.

No entanto, antes de avançarmos, tanto Mateus como Marcos recordam este período de seis dias. Mas Lucas menciona que o atraso foi de oito dias. Muitos antagonistas apontam para isso e dizem, “contradição!” Mas não é bem isso. Mateus e Marcos, ambos judeus, registraram o tempo de maneira diferente de Lucas, que era grego. Lucas inclui o dia que Jesus falou do evento a acontecer e o tempo que levaram para retornarem para casa, e ele também dá uma estimativa apoximada, “cerca de oito dias.” Não, não há fogo ou fumaça aqui, estas três contas combinam muito bem.

Mas, depois de seis dias, Jesus leva os seus discípulos para cima. Em 2 Pedro 3:8, é dito: “Não se esqueçam disto, amados: para o Senhor um dia é como mil anos, e mil anos como um dia”. Após a queda de Adão, Deus promete que Cristo viria para derrotar o diabo e quando Cristo veio, Ele disse que voltaria. Se conseguirmos aproximar a data da criação para cerca de 4004 aC, sabemos que por 2000 anos, Deus pregou sua mensagem através dos patriarcas, homens como Adão, Matusalém, Enoque, e Noé. Em 2004 aC, Abraão nasceu. Durante os próximos 2000 anos, Deus estendeu a mão com o Seu evangelho por meio dos judeus, os hebreus. E eles esperaram fielmente o Messias vir através de seus descendentes. Então, aproximadamente em 4 aC, Jesus Cristo nasceu, e durante os últimos 2000 anos, Deus tem compartilhado sua boa notícia através do Israel espiritual, a igreja. Se você adicionar estes (três) 2.000 s juntos, você obtém 6.000. Se aplicarmos o tema ao que Pedro escreveu, bem, isso deveria lhe causar arrepios! Salmo 90:4 reafirma, “mil anos, aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi”.

Eu também gostaria de acrescentar que o Senhor disse que os justos viveriam e reinariam com o Senhor por mil anos – um sábado de descanso. Após este tempo no céu, Deus cria um novo céu e uma nova terra, em que a Nova Jerusalém descerá. Eu certamente posso estar errado, e a configuração de datas é proibida na Bíblia, mas creio que o plano de salvação está contido em sete mil anos. Eu acredito que vai acontecer desta forma.


Se nós estamos na prorrogação agora, nós não devemos ser surpreendidos. Nós deveríamos ser gratos, porque a Bíblia diz que o Senhor é longânimo, não querendo que nenhuma pessoa pereça. Deus fará todo o possível, mas com tudo o que está acontecendo na atualidade, devemos estar tremendo o que estamos a viver durante o pôr do sol do sexto dia. O sábado milenar em breve começará!

17. Seis: Um Tema Bíblico


A história da transfiguração não é a única história na Bíblia em que um período de seis dias é invocado. Por exemplo, em Jó 5:19, “Em seis angústias te livrará; e na sétima o mal não te tocará”. Além disso, Atalia reinou por seis anos antes de Josias ser coroado. Quando Josias saiu do templo, Atalia foi morta e ele foi coroado. As trombetas soaram, e depois o sábado começou.

Servos hebreus foram libertados depois de seis anos de servidão. Eles também semeavam nos campos por seis anos e deixavam a terra desolada no sétimo. Da mesma forma, a Terra será desolada durante mil anos, numa altura em que o evangelho não será semeado. Jesus diz: “Eu sou o Semeador. O Evangelho é a semente“. Quando Ele vier no Apocalipse, é com uma foice para colher.

Mas o mais interessante é quando Moisés esteve na base do Monte Sinai. Nós todos sabemos que ele ficou na montanha durante 40 dias e 40 noites, como o dilúvio. Mas o tempo antes disso, Êxodo 24 diz: “Durante seis dias, ele permaneceu na base da montanha”. Depois disso, Deus chamou-o até o topo para receber os mandamentos. Isto é como o que aconteceu no Monte Glorioso. Seis dias depois, Jesus subiu ao monte, e Moisés encontrou-o lá.

A Bíblia se encaixa perfeitamente! É como um quebra-cabeças. É significativo o que foi dito, “depois de seis dias.” Isso me diz que, se este é um retrato em miniatura da segunda vinda, estamos muito perto da volta do Senhor.

18. A Igreja Sedada


É prudente ter em mente que o Monte Glorioso aconteceu muito inesperadamente. A atmosfera em torno da montanha estava quieta e escura, os discípulos sonolentos estavam cochilando. Então BANG! Aconteceu. Cristo também virá como um ladrão na noite, quando muitos de seus seguidores não estarão preparados.

Há um aviso sóbrio para nós nesta experiência. Nos momentos mais cruciais da história da igreja, Satanás parece sedar os santos. Pouco antes desta revelação da glória, as Escrituras declaram que os discípulos “estavam carregados de sono” (Lucas 9:32). Quando Jesus entrou no Jardim do Getsêmani, a Bíblia nos diz que Ele escolheu os mesmos três discípulos para orarem com ele. E mais uma vez voltaram a dormir. Da mesma forma, na parábola das 10 virgens, Jesus nos alerta que pouco antes da sua segunda vinda “cochilaram todas e adormeceram” (Mateus 25:5). Parece que nos momentos mais críticos do ministério de Jesus, os santos estão roncando. É por isso que Jesus adverte: “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, Para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo” (Marcos 13:35-36).


Quando deveriam estar ajoelhados com Ele no jardim, lembrando a glória que testemunharam, eles adormeceram. E porque Pedro, Tiago e João estavam dormindo no Monte da Transfiguração, eles perderam todo o potencial da sua experiência. Esqueceram-se do Monte Glorioso, pois não estavam prontos para seguir a Cristo no Monte Calvário. Eu me pergunto se isso assombrou-os pelo resto de suas vidas: a oportunidade perdida por terem dormido quando deveriam ter orado.

19. Uma Firme Palavra


Então, como ficar acordados? Para a poderosa arma da oração, podemos acrescentar o testemunho de Moisés e Elias, a lei e os profetas. A Palavra de Deus pode prepará-los para qualquer coisa. Em 2 Pedro 1:17, Pedro remete para o Monte Glorioso. É o único momento em que qualquer um dos três discípulos escreve sobre ele. Mas antes de Pedro morrer, ele escreve com paixão, “Porquanto ele [Jesus] recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo” (2 Pedro 1:17-18).


No entanto, mesmo depois de Pedro refletir sobre esse momento decisivo em sua vida, ele acrescenta, “Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês.” (v. 19). Você pode imaginar ver Cristo em toda a Sua glória entre os dois maiores personagens do Antigo Testamento, com a voz de Deus Pai para sempre gravada em sua memória? No entanto, Pedro confessa que, embora, a experiência tenha sido ótima, ele tinha algo mais importante, mais confiável. A Palavra de Deus que é uma luz que “cresce mais e mais brilhante até o dia amanhecer”.

Pedro viu o Cristo glorificado, ele recebeu um vislumbre do céu. Mas você e eu temos algo de maior valor. Temos a Bíblia. Cristo nos diz através de Pedro que a Bíblia é mais confiável do que uma visão. Se você quiser uma experiência de montanha, você tem que se achegar para sua Bíblia. Nada é mais importante do que o testemunho de Moisés e Elias, a espada de dois gumes, a Lei e os Profetas, os mandamentos de Deus, o testemunho de Jesus. Esta é a coisa mais preciosa que Deus conferiu aos mortais. Jesus, o Verbo que se fez carne.

20. Brilhando para Deus


Quando criança, sempre fui fascinado por esses brinquedos de plástico verde pálido que você podia guardar e eles continuavam brilhando mesmo que a luz fosse apagada. Lembro-me que um desses brinquedos era uma espada de plástico que brilhava no escuro. Depois de expô-la à luz, eu poderia encontrar meu caminho através da casa escura apenas pelo brilho da minha espada.

O Senhor nos deu uma mensagem de aviso especial no Monte da Transfiguração. Haverá alguns dias muito preocupantes pela frente, e agora temos de gastar tempo na montanha captando a luz da Palavra de Deus para podermos enxergar através dos vales escuros. A mensagem da montanha nos diz que Jesus é o Único, e que também nós podemos usar as mesmas vestes que Ele, Elias e Moisés usavam naquele dia. Ele está nos dizendo para ouvir o testemunho de Jesus, e a leis e os profetas, que apontam para o cumprimento por meio de Cristo. Este é um quadro da iminente segunda vinda, e um aviso para não nos tornarmos espiritualmente sonolentos. A experiência da montanha nos ajuda a lembrar que mesmo quando desaparece a glória, Jesus está sempre conosco e que Jesus é o único caminho para o céu.

Sete indivíduos apareceram sobre a montanha naquele dia: Três do céu – Moisés, Elias e Deus Pai, três da terra – Pedro, Tiago e João. E então havia Jesus, a ponte, a escada, entre o céu e a terra.

Artigo escrito pelo pastor adventista Doug Batchelor do Ministério Amazing Facts. Traduzido do Original “The Two Witnesses”, pelo blog www.setimodia.wordpress.com

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Jesus Cristo Mudou Meu Viver

No monte da transfiguração o que apareceram aos discípulos?


O que dizer quando uma pessoa sente que está fora do seu corpo? Isso seria a alma separada do corpo?
Os tímidos não entrarão no reino dos Céus?
No sábado devemos ficar só em oração ou podemos fazer outras coisas nesse dia de guarda?
Só os guardadores do sábado herdarão o céu?
Nós já existíamos antes de nascer?
Existe o terceiro céu?
A Igreja adventista não fala em línguas, então ela não tem o espírito santo?

E Ele viveu entre nós



As implicações do nome “Emanuel” são tanto reconfortantes quanto perturbadoras. São reconfortantes porque Jesus veio compartilhar o perigo e o trabalho fatigante da nossa vida cotidiana. Ele deseja chorar conosco e enxugar as nossas lágrimas. E o que é ainda mais gentil, Jesus Cristo, o Filho de Deus, anseia compartilhar e ser a fonte do riso e da alegria que muito raramente conhecemos.

Quanto a serem perturbadoras, uma coisa é assumir que Deus nos vê e fala conosco lá do Alto, de uma distância bem segura. Mas afirmar que Ele está bem aqui é colocar Deus e nós mesmos em uma situação totalmente nova. Ele não é mais o observador calmo e benevolente no céu, a velha caricatura bondosa e com barba. A Sua imagem tornou-se a de Jesus, que chorou, sorriu, jejuou e se banqueteou, e que, acima de tudo, estava plenamente presente para aqueles a quem amava. Ele estava lá com eles. Ele está aqui conosco…

O mais incrível, portanto, é quando sabemos que Ele está conosco em meio a nossa rotina diária. Enquanto estamos limpando a casa ou dirigindo o carro… Ele nos pára em nossos caminhos e torna a Sua presença conhecida.

Frequentemente, é quando realizamos as tarefas mais comuns que Ele nos deixa saber que está ali conosco. Percebemos, então, que não pode haver momentos “comuns” para aqueles que vivem com Jesus.

Jesus pagou um preço extraordinário para estar conosco. Certamente a cruz foi o custo mais óbvio, porém acredito que Ele tenha pago ainda mais. Enfocamos tanto o fato de que Jesus morreu por nós que, às vezes, esquecemos que Ele também viveu e ainda vive por nós. Se Jesus tivesse simplesmente vindo como Ele mesmo, e não como um de nós, a Bíblia deixa claro que não poderíamos ter suportado a visão da Sua presença, da mesma forma que  Moisés não pôde olhar diretamente para a face de Deus.

Imagine o que poderia ser semelhante a estar ao lado do Pai, em um momento, e no outro estar lutando para dormir em uma manjedoura.

Imagine o que foi deixar de ouvir os louvores dos anjos e passar a sofrer os insultos de homens ignorantes. O custo para Jesus é uma indicação do extraordinário valor daquilo que Ele veio nos dar. E porque ninguém jamais saberá completamente o que isto custou a Jesus, podemos apenas começar a entender o extraordinário valor de Sua dádiva por nós. (Extraído da obra Immanuel, de Michael Card)

Via Amilton Menezes

A Estrada para Emaús: 15 Dicas para Testemunhos Eficazes

Em Lucas 24, encontramos um exemplo maravilhoso da forma e do método de testemunhar de Cristo, em uma poderosa história pós-ressurreição. Neste artigo, vamos descobrir 15 dicas de testemunho, que podem ser adquiridos a partir desta passagem da Bíblia, e que poderá ajudá-lo a se tornar uma testemunha mais eficaz e confiante !

Vamos à história nos versículos de Lucas 24:13-15:
“Ora, eis que dois deles viajavam nesse mesmo dia para uma aldeia chamada Emaús, que distava de Jerusalém sessenta estádios, No caminho, conversavam a respeito de tudo o que havia acontecido. ssim foi, enquanto eles conversavam e discutiam, que o próprio Jesus se aproximou e ia com eles” (NKJV)

Testemunhando Dica nr.01: Aproxime-se


Cristo não era indiferente. Ele ia para onde as pessoas se reuniram. Ele “se aproximou e ia com eles.” A raiz do significado da frase “se aproximou” é se aproximar no tempo e lugar. Cristo procurava os desanimados.

Embora grande parte da obra do evangelho possa ser realizada à distância, em última instância, a maioria das pessoas precisa de uma conexão pessoal, em tempo real. Elas precisam de alguém que irá alcançá-las onde elas estiverem e familiarizar-se com elas. Elas precisam de alguém que vai simpaticamente aplicar a Escritura às suas situações específicas.

Mas antes de irmos longe demais, observe o versículo seguinte …

“Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer.” (Lucas 24:16)

Que conceito interessante! Aqui a Escritura indica que os olhos destes dois homens estavam impedidos de O reconhecer e não sabiam que ele era Jesus. O Senhor queria que eles fossem capazes de se concentrar no que Ele estava dizendo ao invés de em quem Ele era.

Aproximar-se das pessoas e testemunhar para elas não implica necessariamente que a primeira coisa que faremos será adotar uma abordagem de divulgação completa. Por vezes, muito mais pode ser realizado se continuarmos “disfarçados” e revelarmos as coisas conforme as almas são capazes de digeri-las. “Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar agora” (João 16:12).

Testemunhando Dica nr.02: Meça sua aproximação


Nem sempre torne conhecido o seu propósito a não ser que a situação o exija. Claro, há momentos em que você deve deixar as pessoas saberem quem você é para evitar ser contraproducente. Por exemplo, se você bater na porta de alguém, eles têm o direito de saber imediatamente quem você é e por que você está lá.

No entanto, em outros locais, por exemplo, quando você está viajando, você tem o luxo de deixar as coisas jogadas para fora, o que pode proporcionar grandes vantagens para o testemunho eficaz.

Mas para que isso ocorra, precisamos estar conscientes da “conversa” e “raciocínio” que ouvimos as pessoas usando.

A palavra “conversa” no versículo 15 vem da raiz grega logos ou “palavra”. A palavra “razão” vem da raiz grega logismos, de onde temos a palavra “lógica”.

Nós podemos tomar isto para dizer que, em vez de se fazer logo conhecido, Cristo escolheu ouvir e aprender sobre aqueles a quem Ele estava tentando alcançar.

Testemunhando Dica nr.03: Ouvir


Ouça as palavras que as pessoas estão usando, ouça a sua lógica, quando você estiver testemunhando para elas. Você pode aprender muito sobre quem elas são e quais são suas necessidades. Isso pode fornecer uma base e direção para o que compartilhar mais tarde com elas, quando for o momento de tornar você e seu propósito mais conhecido. É mais fácil adaptar o seu ensino às necessidades específicas dessas pessoas, se você escutar as suas preocupações e levá-las ao coração.

O que Jesus fez para reunir mais informações necessárias?

Ele lhes disse: “Sobre o que vocês estão discutindo enquanto caminham…e estão tristes?” (Lucas 24:17 – NKJV)


Podemos encontrar pelo menos mais duas fecundas dicas de testemunho neste curto verso.

Testemunhando Dica nr.04: Explore seus corações


Faça perguntas abertas para conhecer melhor seus novos amigos, e obter conhecimento adicional sobre eles. É simplesmente incrível a quantidade de informação que as pessoas dão voluntariamente, uma vez que elas começam a falar. Quando você faz perguntas abertas, as pessoas não se sentem pressionadas e compartilham o que está em seus corações, além de se sentirem também valorizadas por estarem sendo ouvidas.

Mas você notou outro elemento na pergunta de Cristo? Ele não só perguntou sobre sua conversa, ele também notou e perguntou sobre o que suas expressões faciais e linguagem corporal estavam comunicando.

Testemunhando Dica nr.05: Seja Consciente de tudo


Peça ao Espírito para lhe dar consciência e discernimento como Cristo. Jesus viu que os dois homens estavam tristes (literalmente sombrios ou de aparência melancólica), e perguntou a eles porque eles estavam assim!

A importância das expressões faciais, são que elas podem dizer muito sobre o que está acontecendo na cabeça de alguém. Nunca é seguro assumir qualquer coisa com base apenas em uma expressão facial, mas certamente não faz mal perguntar.

A pergunta e observação de Jesus provocou uma resposta reveladora de um de seus companheiros de viagem.

Cleopas, respondendo, disse-lhe: “Você é o único visitante em Jerusalém que não sabe das coisas que ali aconteceram nestes dias?” Ele lhes perguntou: Que coisas?” (Lucas 24:18-19)

Como você ouviu à Cléopas? você pôde sentir a sua tristeza? Talvez ele parecesse um pouco com raiva também. Curiosamente, isto está de acordo com o significado real da palavra traduzida como “triste” que pode incluir a idéia de que a pessoa também está experimentando a raiva.

Mas Cristo, o mestre comunicador, reconhece que ainda não é hora para falar, Ele ouve na resposta de Cleopas, o desejo de compartilhar mais informações, então, Ele acena para Cleopas e continua perguntando: “Que coisas?”

À medida que você ler a resposta Cleopas, veja se você consegue identificar e diagnosticar a causa de sua triste raiva.

“As coisas que dizem respeito a Jesus, o nazareno, que foi profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo, e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades e entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram. Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de remir Israel; e, além de tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram. Verdade é, também, que algumas mulheres do nosso meio nos encheram de espanto; pois foram de madrugada ao sepulcro e, não achando o corpo dele voltaram, declarando que tinham tido uma visão de anjos que diziam estar ele vivo. Além disso, alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam ser assim como as mulheres haviam dito; a ele, porém, não o viram.” (Lucas 24:19-24)

Você viu o motivo da raiva de Cleopas? Ele a deu. Então, qual era o problema? Esses dois estavam desanimados, e a conversa entre eles não os estava ajundando, apenas os estava deprimindo mais ainda. eles tinham perdido a esperança e estavam num estado de espírito muito vulnerável e desanimado.

Testemunhando Dica nr.06: Seja Paciente


Se você esperar pacientemente o tempo suficiente, as pessoas muitas vezes irão lhe contar os seus problemas e lhe dar uma chance para oferecer uma solução.

O que Cristo disse a seguir seria de vital importância para eles fisicamente, mentalmente e espiritualmente. Poderia muito bem ser a diferença entre a vida e a morte para eles.

Então o que Ele disse?


Ele disse-lhes: “Ó néscios, e tardos de coração para crer em tudo o que os profetas falaram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?” (Lucas 24:25).

Embora à primeira vista poderia parecer que a escolha das palavras de Cristo foram imprudentes, elas estavam realmente saturadas de significado.

Em primeiro lugar, Jesus diz: “Oh néscios”. É um tolo inteligente ou simplesmente ignorante? O que exatamente é um tolo, afinal? Bem, de acordo com a Bíblia, um tolo é aquele que diz “em seu coração: Não há Deus” (Salmo 14:1).

Então o que temos agora é um retrato de dois indivíduos que tinham andado e falado com Cristo por três anos, mas estavam em perigo de não mais caminhar com Deus. Eles estavam prestes a desistir completamente, até mesmo questionando a sua fé e confiança em Deus.

Vamos para a próxima frase: “Tardos de coração”. Lentidão do coração, no grego é “bradeis cárdia”, e é onde temos a palavra “bradicardia”, que é um termo usado na medicina de hoje para descrever um ritmo cardíaco perigosamente baixo. Em outras palavras, sua tolice espiritual lhes tinha causado a perda do ânimo.

Qual foi a causa desta condição de risco de vida? Porque eles não tinham acreditado “em tudo o que os profetas falaram!” E por causa deste raciocínio seletivo e defeituoso, o que era realmente uma bênção magnífica, foi algo que eles pensaram ser a pior maldição possível, o que era deprimente para eles deveria ser visto como um glorioso cumprimento da profecia bíblica. “Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas para entrar na sua glória?”

Aqui o tom de toda esta experiência de testemunho muda. Cristo passa de um ouvinte ativo à um ativo apresentador das verdades bíblicas.

Mas antes de olharmos mais de perto sua apresentação, vamos nos lembrar de várias dicas vitais de testemunho que acabamos de ver.

Testemunhando Dica nr.07: Seja completo


Jesus continuou a fazer perguntas abertas, até Ele e aqueles a quem estava testemunhando, terem partilhado informações suficientes para terem uma visão completa do diagnóstico e da solução.

Testemunhando Dica nr.08: Seja direto


Uma vez que Jesus conhecia o problema e sua gravidade, Ele não perdeu tempo, e diretamente, mas com muito tato, partilhou não só


o Seu diagnóstico do problema, mas também a solução: Acreditar em tudo o que os profetas haviam falado.

Testemunhando Dica nr.09: Oferecer primeiro a solução


Para ter certeza que aqueles que O estavam escutando, não fossem devastados pelo Seu diagnóstico direto, Ele compartilhou a conclusão, o prognóstico esperançoso.

Em essência, Ele disse: “Olha, eu conheço a sua dor. Eu entendo o seu ponto de vista, mas eu tenho uma boa notícia para você. Você está errado! O que você acha que é a pior coisa do mundo é realmente a melhor!”

Claro, Ele não os deixou apenas com a conclusão. Observe o que Ele faz em seguida!

“E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras” (Lucas 24:27).

Testemunhando Dica nr.10: esteja preparado para ter uma resposta


Cristo não se limita a dizer-lhes que eles estavam pensando coisas erradas. Ele também mostra como pensar direito através de uma poderosa explicação das Escrituras! Jesus sabia que eles estavam desesperados por respostas. Pode-se dizer que Ele positivamente 
 os repreende, oferecendo-lhes a 
 visão correta da situação, a partir das Escrituras.

Claro, um estudo tópico-sistemático da Bíblia, isto é, olhando para tudo o que a Bíblia tem a dizer sobre um assunto, pode ter um efeito poderoso. Isto é de fato o que um evangelista faz em cada apresentação. Provar e reprovar todas as coisas a partir da Palavra de Deus.

Testemunhando Dica nr.11: Torne-se pessoal


Quando Jesus explica essa revelação, Ele faz isso no contexto de sua própria experiência de dor e testemunha glorificando a Deus “as coisas referentes a si mesmo”.

A mais poderosa forma de testemunho é muitas vezes apenas um simples depoimento pessoal. Você deve aprender a partilhar o seu testemunho sempre que for útil fazer isso.

Tenha cuidado, no entanto, e não exagere. Cristo realmente avaliou a continuidade do interesse dos que estavam lhe escutando. Ele fez isso, indicando que Ele tinha de continuar a sua viagem assim que os outros dois se aproximaram do seu destino.

Testemunhando Dica nr.12: Meça a continuidade do interesse


Sempre monitore se você está ou não chegando até alguém, ou meça o nível de interesse de quem ouve, e em seguida limite seu tempo, enquanto o interesse ainda estiver no auge. Você não tem que compartilhar tudo de uma vez. você pode alimentar uma pessoa com a melhor comida e lhe causar indigestão!

Observe a resposta dos dois homens, quando Cristo disse que Ele iria deixá-los …

Mas eles o constrangeram, dizendo: “Fique conosco, pois a noite já vem; o dia já está quase findando”. Então, ele entrou para ficar com eles. (Lucas 24:29)

Não é dessa maneira que você gostaria que as pessoas agissem no final do seu estudo da Bíblia? Constrangendo-o para ficar e mostrar-lhes mais?

Naturalmente, a melhor parte desta passagem maravilhosa é encontrada nos versos seguintes. Veja se você consegue identificar os resultados de um testemunho eficaz.

“Quando estava à mesa com eles, tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu a eles. Então os olhos deles foram abertos e o reconheceram, e ele desapareceu da vista deles. Perguntaram-se um ao outro: “Não estava queimando o nosso coração, enquanto ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?” (Lucas 24:30-32)

Você viu os resultados?


Um eficaz estudo bíblico ajuda as pessoas, literalmente, a ver Jesus. A Palavra é tão cheia do Espírito que pode levar os corações quebrados, impotentes e “lentos” das almas enfermas pelo pecado a ficarem cheios de nova vida e energia.

Testemunhando Dica nr.13: Dar glória a Deus


O Testemunho verdadeiro levará à adoração do Cristo vivo, não do pregador ou do professor! Tenha Deus como seu foco, assim como Cristo sempre fez.

Testemunhando Dica nr.14: Manter o foco das pessoas nas Escrituras


O testemunho eficaz também irá levá-lo à sair enquanto o foco daqueles que têm vindo a estudar com você, estiver firmemente orientado para a verdadeira mudança de vida contida nas Escrituras.

E qual foi o resultado final do testemunho de Cristo naquele dia?

“Levantaram-se e voltaram imediatamente para Jerusalém. Ali encontraram os Onze e os que estavam com eles reunidos, que diziam: “É verdade! O Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como Jesus fora reconhecido por eles quando partia o pão” (Lucas 24:33-35)


Testemunhando Dica nr.15: Faça Discípulos


A Testemunha Verdadeira vai liderar e inspirar aqueles que aprenderam a verdade para compartilhar o que aprenderam com a mesma ousadia e clareza.

Que quadro maravilhoso e prático de medidas eficazes baseadas na palavra testemunhar! Que maravilhoso exemplo de técnicas simples que não só os discípulos, mas eu e você podemos usar para alcançar mais pessoas para o Rei!

Lembre-se, este foi um estudo bíblico simples, dado durante uma curta caminhada de sete quilômetros, que foi usado pelo Espírito para virar o mundo de cabeça para baixo! Eles ouviram o estudo e Seus corações foram incendiados, e não puderam deixar de compartilhar com os outros. E agora que você já ouviu isso pode ir compartilhar com os outros também!

Artigo escrito por Don Mackintosh, Director of AFCOE e publicado na Revista Amazing Facts edição de Jul/Ago/Set de 2010. Crédito da tradução Blog Sétimo dia http://setimodia.wordpress.com/


domingo, 23 de dezembro de 2012

Introdução geral à Lição da Escola Sabatina "Origens"

O Cristão e o Natal

"Tornado" de peixes é filmado por pesquisadores

Um espantoso fenômeno natural, na costa da Baja Califórnia, México, foi filmado e apelidado de “tornado de peixes”. De tão incomum, muita gente pensa que o vídeo é falso, mas o fenômeno tem sido visto com certa frequência por mergulhadores e registrado nos últimos três anos. O vídeo mostra um grande cardume de peixes jack, da família Carangidae, em uma espécie de comportamento de acasalamento chamado de agregação.

sábado, 22 de dezembro de 2012

O que Ellen White fala sobre o Natal

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

21/12/12 - Seria este o dia do Fim do Mundo?

O que significa o número da besta? Haverá mesmo um bio-chip?


Qual a marca da besta?
A ferida mortal é a queda de Roma?
Quem escreveu as Tábuas da Lei na segunda vez? Foi Deus ou Moisés?
Qual o pecado imperdoável?
Ellen White é a única profetiza dos últimos dias? A Igreja Adventista tomou um voto sobre isso?

Informativo Mundial das Missões- 22/12/12

Informativo Mundial das Missões – 20/12/12
Vídeo com Alta Resolução (19,0 mb): Clique Aqui
Vídeo com Baixa Resolução (6,99 mb): Clique Aqui
Áudio: Clique Aqui
Texto: Clique Aqui

Via Daniel Gonçalves

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A Parábola do Rico e Lázaro



1. Hoje responderemos a uma questão levantada pelos imortalistas: Se os adventistas não crêem que os justos vão para o Céu e os ímpios vão para o Inferno, logo após a morte, como podem explicar a história do Rico e Lázaro, narrada pelo próprio Cristo? Se o relato não ensina que o homem vai ou para o Céu ou para o Inferno, então, o que ensina a história?

2. Começaremos dizendo que realmente NÃO CREMOS que os justos vão para o Céu e os ímpios para o inferno logo após a morte. Este não é o ensino da Bíblia. A Bíblia ensina que os mortos tanto justos como injustos vão todos para a sepultura e aguardam a ressurreição e o Juízo, e só depois serão destinados para diferentes lugares, conforme os resultados do Juízo.

3. Mas, então, COMO ENTENDER a História do Rico e Lázaro?

Luc 16:19-31:

"19  Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente.
20  Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele;
21  e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras.
22  Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado.
23  No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.
24  Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25  Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.
26  E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós.
27  Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna,
28  porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento.
29  Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.
30  Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão.
31  Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos."


I – JESUS CONTOU UMA PARÁBOLA

[1] Jesus contou uma "estória". Vamos assentar em primeiro lugar que Ele não contou uma história verídica. Ele contou uma estória imaginária, tirada das crenças populares. Ele contou simplesmente uma parábola.

Alguns insistem dizendo que Jesus contou não uma parábola, mas uma história verdadeira, uma história real pelo modo como se iniciou: "Ora, certo homem, ..." (16:19). Isto não é uma forma de se contar uma história?

Resposta: Jesus contou as 2 parábolas anteriores, iniciando com as mesmas palavras. (Lc 15:11; 16:1). Portanto, não há nenhum problema em começar uma parábola desta forma, iniciando como se fosse contar uma história qualquer.

[2] o que é uma parábola?

Parábola é uma história imaginada, tendo o objetivo de ensinar algumas lições, sem a preocupação de que os pormenores sejam verdadeiros. Uma parábola, embora tenha mais de uma lição, sempre tem uma lição principal.

Mas por que nós insistimos em dizer que isto é uma parábola? Ora, se é apenas uma parábola, [a] Não é verdadeira, nunca aconteceu, nem acontecerá. [b] Se é apenas uma parábola, deve possuir uma lição principal, e isto é o que é importante, e não o enredo ou os pormenores. [b] Se é uma parábola, não serve para ensinar doutrina, conforme a regra.

[3] Qual é a 1ª REGRA DE INTERPRETAÇÃO das parábolas?

[a] A grande regra de interpretação das parábolas é a seguinte: "Não podemos tirar uma DOUTRINA de qualquer parábola, quando essa doutrina entra em choque com as outras passagens mais claras da Escritura."

[b] O Dr. William Smith, em seu Dicionário da Bíblia, vol. 2, p. 1.038: "É impossível firmar a prova de uma importante doutrina teológica numa passagem que reconhecidamente é abundante em metáforas judaicas."

[c] o Dr. Edershein, em seu livro sobre a Vida de Jesus [Life and Times of Jesus], afirma categoricamente: "A doutrina da vida após à morte não pode ser extraída desta parábola."

II - INCOERÊNCIAS NA PARÁBOLA

Há alguns pontos de incoerências que não podem ser aceitos em uma história verídica. Vamos apresentar 4 deles.

[1] Os Personagens não eram Almas (v. 23, 24).

Eles têm olhos, e portanto: rosto, cabeça, pescoço. Têm dedos: mão, braço, antebraço, tronco. Têm língua: boca, aparelho digestivo. Ora, uma alma, conforme a crença popular, (1) não tem funções físicas da matéria, (2) não precisa de água, e (3) não pode ser queimada no fogo.

Mas na parábola, o castigo do Inferno é no corpo e não na alma. Isso contradiz a crença popular de que ao morrer, a alma do rico é que foi para o Inferno. Quando Cristo falou do Inferno, Ele disse: "Convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno." (Mt 5:30). Cristo ensinou que o castigo será no corpo, e não na alma desencarnada.

Entretanto, uma alma, como geralmente é descrita, sendo imaterial, incorpórea, imponderável, invisível, de forma simples, etérea como um espírito intangível – sendo tudo isso [embora nunca jamais alguém tenha visto semelhante coisa para afirmar com certeza] – essa alma/espírito não pode sentir a ação do fogo porque o fogo só queima coisas materiais. Portanto, se o rico está no Inferno em tormentos, não podia estar a sua alma, porque o tormento do fogo só é sentido no corpo, e não na alma.

[2] O Inferno está próximo do Céu


Como pode o Céu estar tão próximo do Inferno, de tal modo que é possível a comunicação de justos com injustos?

Será isso possível? Se isso fosse possível, imagine o desespero, a aflição e a angústia de uma mãe cujos filhos se perderam e se encontram nas chamas crepitantes do Inferno, e podendo vê-los e se comunicar com eles, e eles rogando misericórdia e ela sem poder fazer nada para aliviar o seu sofrimento que se estenderá por toda a eternidade! Certamente, o Céu para essa mãe seria um outro Inferno! Como poderia ela ser feliz?

A Bíblia não contém a doutrina do Céu próximo do Inferno de modo que os justos que estão no Céu podem ver os perdidos, a tal ponto que podem contemplar o seu sofrimento e falar com eles! Deus é muito sábio para cometer esse erro! Ele é muito justo para praticar esta injustiça! Ele é muito amorável para permitir que os salvos sofram ainda as consequências do pecado por toda a eternidade!

[3] Há um grande abismo entre justos e ímpios (26)

Se havia um grande abismo, como o rico não viu isso? Se havia um grande abismo, como podiam falar entre si? Se o Céu está tão próximo do Inferno, de tal modo que podem falar entre si, como há um grande abismo?

Se havia um grande abismo, como poderia Lázaro estender a ponta do dedo até a boca do rico? O seu braço não alcançaria tamanho abismo. E como poderia uma simples gota de água ser suficiente para refrescar a língua de alguém que está num lago de fogo? Certamente, antes de chegar a gota, haveria de evaporar-se.

[4] Abraão chama ao rico de "Filho"! (25)

Mas quem são os filhos de Abraão? "Os da fé é que são filhos de Abraão!" disse o apóstolo Paulo (Gál 3:7). A parábola não disse que ele era um homem de fé. Pelo contrário, ele não tinha ligação com Deus. Não era um homem religioso. Nem tampouco o pobre mendigo para que fosse para o Céu. Portanto, nenhum deles era filho de Abraão.

Estas são incoerências que não podem ser admitidas em uma história verdadeira.

III – OITO ENGANOS TEOLÓGICOS

Por que essa parábola não pode ser uma história verídica? Por que não podemos retirar dela uma doutrina dos mortos?

Há Oito Enganos, há OITO EQUÍVOCOS TEOLÓGICOS na parábola que estão em CONTRADIÇÃO com as demais doutrinas da Bíblia. Isso não pode acontecer.

1º Engano: Existe Vida Após a Morte

A estória diz que o rico e o pobre morreram e foram ambos levados pelos anjos para viver em diferentes lugares. Eles morreram. Mas eis que estão vivos! Abraão, o rico e Lázaro morreram, mas aparecem vivos na parábola. 

Mas o que é morte? Morte é cessação da vida. Morte é o contrário da vida. Depois da morte, não há vida. Notem o que disse o patriarca Jó inspirado por Deus: Jó 14:10, 11-12, 14: "O homem, ... morre e fica prostrado; expira o homem e onde está?" Onde está o homem que morre? A pergunta é retórica e contém uma resposta evidente: "Ele não está mais presente! Ele está morto!" Mas Jó ainda continua: "Como as águas do lago se evaporam, e o rio se esgota e seca, assim o homem se deita e não se levanta; enquanto existirem os céus, não acordará, nem será despertado do seu sono." (vs. 11-12). Como um rio seca, assim o homem morre e não se levanta, não tem vida, não pode se mexer. Está seco, vira pó. Não está vivo.

A doutrina de muitos hoje é que o homem morre e continua vivo, em algum lugar. Mas a Bíblia diz que a morte é a cessação da vida. "Morrendo o homem, porventura tornará a viver?" (v. 14). A resposta dada pelo mesmo Jó é um categórico "Não!". A vida do homem morto depende da ressurreição. Antes disso, ele continuará morto, aguardando a manhã da ressurreição, quando então, acordará de seu sono profundo e imperturbável.

E quanto a Abraão? Não estaria no Céu o pai da fé?  Não. A Bíblia diz que ele ainda não foi ressuscitado (Hb 11:8,13,16,39). Abraão não pode estar no Paraíso, porque ele ainda não obteve a concretização da promessa.

2º Engano: A Recompensa Será Depois da Morte

Lázaro recebeu a sua recompensa logo após a sua morte. Foi para o seio de Abraão, entrou na bemaventurança eterna. Mas isso contradiz a própria doutrina que Jesus Cristo nos deixou. Ele disse em Luc 14:14: "A tua recompensa, ... tu a receberás na ressurreição dos justos." A recompensa dos justos será dada apenas no dia da Ressurreição. Portanto, não devemos esperar que os mortos antes da ressurreição sejam galardoados. Você receberá a sua recompensa só na ressurreição, não antes. A parábola não está de acordo com as próprias palavras de Cristo, ao ensinar a doutrina escatológica.

A recompensa não será após a morte, mas após a Ressurreição. Ora, se a parábola entra em choque com a doutrina de  Cristo, é evidente que Ele não desejava ensinar a doutrina que a parábola sugere.

3º Engano: Os Mortos Vão para Lugares Diferentes

O rico foi para o inferno; e Lázaro foi para o seio de Abraão. Ambos foram para lugares diferentes, após a sua morte. Será que isso é verdade? Não. O que a Bíblia ensina sobre ricos e pobres, após à morte? Para onde vão os ricos e para onde vão os pobres? E por analogia, para onde vão os animais, logo que morrem?


Lemos em Ecl 3:19-20: "O que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade.   Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão." O profeta não está falando do corpo dos mortos, mas das pessoas mortas. Ricos e pobres vão para o mesmo lugar. Justos e ímpios vão para o mesmo lugar. Todos são iguais diante de Deus. O destino do homem não será diferente no momento da morte. Todos vão para a sepultura. Assim também ocorre com os animais.

4º Engano: Os Mortos Estão Conscientes

O rico está conversando com Abraão, e suplicando misericórdia, e portanto, estão conscientes depois da sua morte. É possível isso? Não de acordo com o ensino da Bíblia. A Palavra de Deus ensina que os mortos estão inconscientes.

Disse mais o sábio Salomão em Ecl 9:5-6: "Os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol"

Os mortos estão em completa inconsciência, eles não podem se comunicar com os vivos, eles não sabem o que se passa com os vivos, eles não se falam entre si mesmos, eles não podem se comunicar com os anjos, eles não podem adorar nem louvar a Deus, porque eles estão inconscientes num sono sem sonhos e sem pesadelos. De fato, eles estão mortos e completamente mortos, e isso significa que não participam de nenhuma espécie de vida.   

O próprio Cristo falou de Lázaro, o seu amigo, quando ele morreu, que ele estava dormindo o sono da morte (Jo 11:11-14). Mas uma pessoa que está dormindo está em completa inconsciência. E não era só o corpo de Lázaro que dormia. Era ele mesmo quem dormia inconsciente. Cristo não poderia se contradizer. Na parábola, Ele está ilustrando outra coisa. Não a doutrina dos mortos.  E Ele nunca Se contradiz.

Com efeito, toda a Bíblia ensina que os mortos estão inconscientes, no pó da terra, dormindo o sono da morte, aguardando a ressurreição. E nenhuma parábola pode desfazer a verdade dessa doutrina firmemente estabelecida na Bíblia.

5º Engano: Pedir a Intercessão dos Santos Mortos


O rico pede a intercessão do pai Abraão (Lc 16:24). Hoje muitas pessoas estão fazendo a mesma coisa e cometendo o mesmo erro, pedindo a intercessão dos santos que já morreram. Eles pensam que os santos que estão no Céu podem falar a Deus e convencê-lO a nos ajudar mais prontamente do que nós que estamos tão longe.

O apóstolo Paulo no entanto, afirmou que só há um Intercessor. Em 1Tim 2:5-6: "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a Si mesmo se deu em resgate por todos" A Bíblia ensina que temos um único Advogado e Intercessor, que é Jesus Cristo o nosso Senhor, que morreu por nós na Cruz. Ninguém mais é chamado a interceder por nós diante de Deus, além de Jesus.

6º Engano: O Paraíso dos Justos é o Seio de Abraão

O Céu é pintado com anjos e o pai Abraão, em cujo seio o mendigo foi abrigado. Esse paraíso é muito estranho. Não se compara com o verdadeiro Paraíso que Deus está preparando para os justos.

Qual é o verdadeiro Cenário do Céu? Qual é o Paraíso da habitação de Deus? Isaías contemplou a Deus no seu alto e sublime trono, cercado de anjos serafins, louvando a Trindade e cantando: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos" (Isa 6:1-3). Estêvão teve uma visão na qual ele contemplou a Deus no Seu trono e a Jesus em pé à Sua direita (Atos 7:56).

João contemplou o Céu e viu um Santuário, com os dois compartimentos, no qual Cristo administra, e intercede por nós.  Ele viu o trono de Deus, no qual está assentado o Pai, e o Seu Filho, Jesus Cristo, e ao Seu redor bilhões de anjos que louvam a Trindade, cantando: "Santo, Santo, Santo é o Senhor".  Este é o cenário do Céu. Além disso, Ele viu Novos Céus e Nova Terra, onde habitarão os justos. Ele viu a nova Jerusalém descendo do Céu. O pai Abraão, abrigando mendigos, nem é mencionado, e nem foi encontrado, embora estará também entre os salvos.

7º Engano: O Inferno já Existe Presentemente

A parábola diz: "No inferno, estando em tormentos..." (v. 23). Dizem os imortalistas que a parábola ensina o tormento eterno. Porém, o relato, embora fale em tormento infernal, não diz que ele será eterno.

O que é o Inferno? A Bíblia fala nos informa que o Inferno é um lugar de tormentos destinado a Satanás e os seus anjos que com ele entraram em rebelião contra Deus. E todos os ímpios que se identificam com o Diabo e escolhem o pecado e a rebeldia, também sofrerão o castigo no mesmo lugar (Mt 25:41).

Mas, será que o Inferno já existe? A parábola diz que o rico morreu e foi direto para o Inferno. Mas o que diz a Bíblia sobre a época do castigo? O tempo do castigo é no presente ou no futuro? Será que o castigo dos ímpios no Inferno é aplicado logo após a morte?  

A Bíblia ensina sobre o tempo em que acontecerá o Inferno: Apo 20:7, 15: "Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão... E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo." Quando será o Inferno? No final do Milênio, e só então, ocorrerá o Juízo Executivo, o Lago de Fogo, quando os ímpios receberão o castigo de suas obras. Nesse tempo, o fogo que castiga os ímpios também os destrói, porque o Lago de fogo é chamado "a segunda morte", e morte significa cessação de vida.

Portanto, o Inferno não existe agora, presentemente. Não existe agora um lugar de tormento. Os imortalistas não precisam se preocupar, porque os seus parentes mortos que não se salvaram não estão queimando agora, e não serão atormentados para sempre.

8º Engano: A Salvação Vem Pelo Mérito da Pobreza

Por que o rico se perdeu? E por que Lázaro se salvou? O rico se perdeu porque era rico, e Lázaro se salvou porque era pobre. Ainda mais: o rico não era mau, não era ímpio, nem Lázaro era bom, e muito menos religioso. Mas Lázaro se salvou pelo mérito da pobreza e miséria em que se encontrava na terra.  

Certa vez um cristão se aproximou de um mendigo que lhe pediu uma esmola. Então, ele lhe passou uma esmola, e querendo ajudar mais com a mensagem do Evangelho, disse ao mendigo, que também era paralítico: "Você já aceitou a Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal?" O mendigo lhe falou: "Por quê?" "Ora", disse o cristão "porque Cristo pode curar a você, você será salvo e perdoado dos seus pecados, e levado para o Céu, e viverá eternamente!" "Mas, por que você acha que eu estou sofrendo tudo isso? Eu suporto a fome, o desprezo dos outros, eu sou paralítico! Quando eu morrer eu vou direto para o Céu, porque Deus vai me dar a recompensa, porque eu já paguei todos os meus pecados! Por isso eu estou sofrendo aqui na terra. E todos os ricos vão pagar no fogo do Inferno!" Ledo engano. Tudo errado.

Quais são as condições da salvação? O apóstolo Paulo ensina que tanto ricos como pobres são salvos pela graça de Deus pela fé que resulta em boas obras (Efé 2:8-10). A Bíblia fala que muitos ricos hão de se salvar, como Jó, Davi, Salomão, Nicodemos, Zaqueu. Mas também fala que muitos pobres vão se perder, junto com os ricos, e os grandes deste mundo (Apo 6:15-17).

Tudo indica que a Parábola do Rico e Lázaro não passa de uma alegoria, uma estória, uma simples parábola. Encontramos em Isaías uma estória semelhante, a Alegoria da Queda de Babilônia, em que os reis mortos falam entre si na sepultura a respeito do rei de Babilônia, que também foi morto e sepultado entre eles (Is 14:9-10). Também encontramos no livro de Juízes o Diálogo das Árvores em que elas falavam com outras 4 árvores pedindo-lhes que reinassem sobre elas (Jz 9:8-15). Esses são exemplos de alegorias e não podem ser tomadas ao pé da letra. 


Portanto, a estória do Rico e o Mendigo não é verdadeira, é uma estória imaginada da época conforme as ideias populares. E Jesus usou essas crendices e montou a parábola, a fim de advertir ao povo em seus próprios termos e em suas próprias estórias.

IV - LIÇÃO PRINCIPAL

Toda parábola tem uma lição principal, que serve de base e objetivo por que a parábola foi contada. E aqui temos a lição principal: Busque a Deus, enquanto você tem vida aqui nesta terra, porque depois da morte, não haverá mais oportunidade de salvação.

De que modo devemos buscar a Deus?

1. Devemos buscar a Deus prioritariamente.

Cristo contou essa parábola para os fariseus. O que acontecia com eles? Luc 16:14: Os fariseus "eram avarentos." As suas prioridades estavam nos bens materiais. A sua confiança estava no dinheiro e só se preparavam para as coisas desta vida, não para o futuro. Eles não estavam buscando a Deus; antes, buscavam as riquezas, e serviam a Mamon. Disse Cristo portanto: Preparai-vos para o amanhã de Deus. "Não podeis servir a Deus e às riquezas" (Lc 16:13). "Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mt 6:33).

2. Devemos buscar a Deus reverentemente.

Luc 16:14: "Os fariseus ouviam tudo isso e O ridicularizavam". Não manifestavam reverência para com Cristo que lhes dizia a verdade. E Ele era Deus. Hoje muitas pessoas têm esta mesma atitude: Eles ouvem a verdade de Cristo, mas como não estão dispostos a abandonar os seus pecados, ridicularizam-nO, debocham dEle, e O rejeitam. Mas, a semelhança do rico da parábola, podem se perder para sempre. Esta é uma advertência para todos os que tratam as coisas de Deus levianamente, de modo debochado, ridicularizado. Mas Ele com infinito amor ainda estende o Seu convite: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei." (Mt 11:28).

3. Devemos buscar a Deus presentemente. 

Busque a Deus hoje, agora, antes que seja tarde demais. Para o rico, foi tarde demais. Os fariseus consideravam que uma pessoa rica era abençoada por Deus e já era por isso um candidato certo para a salvação eterna. Mas Cristo ensinou que isso era um engano. Ricos e pobres têm que buscar a Deus hoje porque depois da morte não haverá mais oportunidade de nos prepararmos para a eternidade. Hoje é o dia da salvação. Preparai-vos hoje para o amanhã de Deus.

CONCLUSÃO

1. Portanto, aqui temos não uma história verídica, mas uma parábola que não pode nos ensinar sobre o estado dos mortos, que jazem nas sepulturas, aguardando a ressurreição.

2. Mas a parábola tem uma lição principal como todas as parábolas: Busque a Deus antes que seja tarde demais.

3. Portanto, busquemos a Deus em primeiro lugar, busquemos a Deus prioritária, reverente, e presentemente.

4. Somente assim você poderá evitar o Inferno e alcançar o Céu.



PR. ROBERTO BIAGINI
Teólogo, Mestre em Teologia. Realizou vários cursos de Extensão Teológica da Andrews University e do Centro de Educação Contínua da DSA. Trabalhou como distrital de várias igrejas do centro, norte e sul do país. É casado com a Profª. Silvane Luckow Biagini, e tem dois filhos, Ângela e Roberto.





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