sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Profecias Messiânicas e Seu Cumprimento

PR. NEUMOEL STINA

Podemos nós confiar nas profecias? Mesmo a Bíblia sendo considerada, por alguns, um livro tão velho, como poderá ser ela útil para nós? O livro de Deus tem ainda, mesmo para um mundo tão moderno, mensagens importantes? Você acredita nas profecias?

Vamos analisar alguns fatores: 1) Há uma unidade de ensino na Bíblia. Seus 40 autores, que viveram durante 1600 anos em culturas diferentes escreveram 66 livros cuja mensagem está em perfeita harmonia; 2) A Bíblia se adapta perfeitamente de acordo com as necessidades de todos os povos; 3) Há um grande poder contido nas Escrituras e isto evidencia sua origem divina; 4) Os achados e descobertas da arqueologia confirmam com exatidão os nomes, lugares, funções, fatos e costumes narrados na Bíblia.

No programa de hoje, desejamos apresentar fortes evidências da veracidade da Bíblia, e mostrar profecias nela contidas e que foram comprovadas pela História Universal, demonstrando assim que Deus – O Conhecedor do Futuro – foi quem revelou as verdades preciosas contidas nas Sagradas Escrituras.

Está cada vez mais comum nos dias de hoje, as pessoas se apegarem no que dizem os advinhos, médiuns, astrólogos, prognosticadores, e futurólogos.

Consultam búzios, necromantes, a bola de cristal, as cartas, o tarô, etc. Mas todos estes “meios” de conhecer o futuro são humanos, falhos e na maioria dos casos oriundos de “misteriosas forças ocultas” (a saber, satânicas!)

Recentemente fiz uma pesquisa, pegando vários jornais diferentes, e nas folhas onde se encontram os horóscopos pude ver que cada horóscopo trazia uma mensagem diferente de um jornal para o outro.

A astrologia e os horóspocos movimentam somente no Brasil uma soma superior a 100 milhões de reais anualmente, e nos Estados Unidos o valor passa de 200 milhões de dólares.

Nossa única fonte de verdade é a Bíblia, pois ela teve sua origem em Deus, que é o Deus da verdade, o único que conhece o futuro. Ele mesmo declara: – “Eu sou o Senhor,…a minha glória,…não darei a outrem…Eis que as primeiras predições – já se cumpriram e novas coisas eu vos anuncio, e, antes que sucedam, eu vo-las farei ouvir.” Isa. 42:8 e 9.

Nestes versículos mencionados, Deus reserva para Si próprio, exclusivamente, o conhecimento e a revelação de fatos futuros.

Através das profecias bíblicas referentes à Cristo temos forte e convincente evidência, de que sem dúvida nenhuma a Bíblia foi inspirada por Deus.

As profecias são bem numerosas, e o seu cumprimento é cabal e completo.

A primeira profecia sobre Cristo foi dada a Adão e Eva, ainda no Jardim do Éden: o descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente. Gên.3:15. Em Gálatas 3:16 encontramos o cumprimento em Cristo.

Jacó antes de expirar profetizou que da descendência de Judá viria Siló, o princípe da Paz. Gên. 49:10. Esta profecia teve o seu cumprimento nAquele que – só Ele – podia dizer ” Deixo-vos a paz…” João 14:27.

No salmo 22, Davi apresenta a profecia que fala dos sofrimentos do Messias ( e, lembremos bem, esta profecia foi escrita por Davi, inspirado por Deus, cerca de 1000 anos A.C.). Nela encontramos fatos estupendos como os seguintes:

Os sofrimentos do Messias seriam extremos (V.14); suas mãos e pés seriam traspassados (V.16); seria despido, suas vestes seriam repartidas e sua túnica sorteada (Vs 17 e 18); as pessoas presentes zombariam dEle(V.7); sua angústia seria culminada por terrível sede (V.15); e o Seu grito, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (V.1) também foi predito.

O nascimento virginal de Cristo foi anunciado sete séculos antes de ocorrer, pelo profeta Isaías. (Mat. 1:22, 23) e (Isaías 7:14)

A profecia indicou também que Aquele menino que nasceria em favor do mundo seria o próprio Deus – Emanuel, que quer dizer Deus conosco! (S.Mat.1:23)

O profeta Isaías, no capítulo 53 apresenta uma das mais formidáveis profecias sobre o ministério de Cristo: o de morrer pelo pecador e a expiação dos nossos pecados.

Miquéias anunciou o local do seu nascimento. Miquéias 5:2. A matança dos inocentes, levada a efeito por Herodes, conforme Mateus 2:16-18 também foi profetizada com exatidão por Jeremias, no capítulo 31:15.

O profeta Isaías declarou ainda qual seria o conteúdo principal do ministério de Cristo. Pregar boas novas aos quebrantados, curar os enfermos, oferecer liberdade aos cativos do inimigo, consolar os aflitos, oferecer alegria e paz aos que estariam tristes e inconsoláveis.

Cristo, cumprindo esta profecia de Isaías 61:1-3, era o Único que podia dizer “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei,… e achareis descanso para vossas almas:” (S.Mateus 11.28-30).

A profecia também indicava que a morte não poderia retê-lo na sua prisão. Disse o salmista, “pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.”

A ressurreição de Cristo, pelo Seu próprio poder (S. João 10:17,18) demonstrou a veracidade das Escrituras.

Desta maneira nós vimos que as profecias do Antigo Testamento oferecem detalhes minuciosos – por antecipação – da vida, ensinos, e obra de Jesus Cristo. Sua genealogia, Seu nascimento, Sua divindade, Seu poder de operar milagres.

A salvação que Ele nos oferece, Seu sacrifíco expiatório, o modo como foi traído, pregado, morto, enterrado e até mesmo a ressurreição e ascensão, tudo foi antecipadamente comunicado para que pudéssemos crer em Deus e em Seu Filho Jesus Cristo.

Estas profecias messiânicas – que se cumpriram em Jesus Cristo comprovam que Deus conhece o fim desde o princípio; só Ele conhece e sabe o que irá acontecer em breve.

Você gostaria amigo ouvinte, de entregar sua vida nas mãos de um Deus que conhece todas as coisas?

Quando tudo aqui terminar você não gostaria de estar ao lado de alguém que sabe tudo que vai acontecer?

Confie sua vida a Deus.
Fonte: Sétimo Dia

Como entender a Bíblia


Não sou teólogo nem sei falar hebraico ou grego. Como posso entender a Bíblia corretamente?

Sabemos que ler a Bíblia é importante para nossa comunhão com Deus. Muitas pessoas acreditam, entretanto, que apenas um pastor ou doutor em Teologia pode interpretar a Bíblia de maneira correta. Mas é interessante que os escritores da Bíblia pensavam o contrário: eles esperavam que todos a lessem e compreendessem, mesmo aqueles que não eram cultos (Dt 30:11-4; Jo 20:30, 31; At 7:11; Ap 1:3). Sugerimos alguns passos simples e úteis para a compreensão da Bíblia, que podem ser utilizados por qualquer pessoa:

1. Estude a Bíblia com oração e humildade – Nosso coração é, por natureza, enganoso (Jr 17:9). Por natureza não temos disposição de ser ensinados. É natural para o ser humano ler a Bíblia de tal maneira a evitar algo que não deseja aprender. Não importa quanto você saiba sobre o idioma grego ou quantos doutorados você possui, se não tiver um coração disposto a aprender, seu estudo não terá qualquer valor.

Conhecer a Deus, de acordo com a Bíblia, é mais que uma atividade intelectual ou estudo acadêmico (Jo 7:17; 1Co 2:14; 2Ts 2:10; Tg 1:5). O conhecimento de Deus vem de uma disposição de aprender a verdade que vem de Deus não importando o que custar (2Ts 2:10). Conhecer a Deus pode custar sua vida, família, amigos e reputação. Mas, se você estiver disposto a encontrar a verdade não importando quais desafios tiver que enfrentar, você a alcançará.

O estudo da Bíblia deve começar com aquilo que pode ser chamado de “oração autêntica”. Essa oração pode ser feita assim: “Senhor, eu desejo a verdade não importa o que ela me custar, pessoalmente.” Essa é uma oração difícil de ser feita, mas, se você orar dessa maneira, conhecerá a verdade de Deus. Jesus prometeu que o Espírito Santo nos guiará ao buscarmos conhecer a vontade de Deus (Jo 16:13, 14). Jesus está ansioso para cumprir Sua promessa.

2. Compare várias traduções da Bíblia – Se você não tem acesso à Bíblia em hebraico e grego, pode consultar várias traduções bíblicas ao estudar algum texto. Boas traduções em português são a Almeida Revista e Atualizada, a Bíblia de Jerusalém e a Nova Versão Internacional. As duas primeiras utilizam linguagem mais culta, e a última, linguagem mais acessível.

Cada tradução tem suas limitações e, em alguma medida, reflete os conceitos e preconceitos dos tradutores. Essas limitações podem ser minimizadas ao se comparar várias traduções. Cada tradução apresenta um aspecto do significado do texto. Portanto, quando comparamos várias traduções, temos uma compreensão melhor.

Suponhamos que você está comparando, por exemplo, cinco traduções bíblicas. Se quatro ou cinco traduzem um texto bíblico de forma semelhante, é mais provável que o texto original seja claro e, portanto, essa é a forma correta de ser traduzido. Por outro lado, se cada tradução apresenta um sentido diferente, provavelmente o texto original é difícil ou ambíguo.

Quando várias traduções são semelhantes e, portanto, o texto é claro, podemos nos basear com segurança na tradução daquele texto. Quando as traduções indicam que o texto que estamos estudando é ambíguo e difícil de ser traduzido, não é seguro basearmos alguma doutrina ou prática naquele texto específico.

3. Dedique a maior parte de seu tempo aos textos claros da Bíblia – Se você realmente deseja que a Bíblia fale por si mesma, passe a maior parte do estudo nos textos bíblicos mais claros. Existem muitas partes da Bíblia sobre as quais há pouco acordo entre os cristãos e mesmo para especialistas em hebraico e grego. Portanto, um passo extremamente importante no estudo da Bíblia é dedicar a maior parte de seu tempo nas seções que são razoavelmente claras. Os textos claros da Bíblia o ajudarão a ter uma boa compreensão sobre os assuntos centrais da mensagem bíblica, impedindo-o de utilizar de maneira errada os textos que são mais ambíguos.

Por outro lado, se você passar a maior parte de seu estudo em textos como as trombetas do Apocalipse ou Daniel 11, você corre o risco de se tornar espiritualmente desequilibrado. Pessoas que interpretam a Bíblia de maneira errada geralmente se concentram em textos difíceis, desenvolvem soluções criativas para as dificuldades que encontram e se baseiam em textos obscuros para criar uma teologia inteira. Esses leitores acabam distorcendo as passagens claras da Bíblia porque elas vão contra as falsas doutrinas criadas por eles.

4. Procure ler capítulos inteiros em vez de versículos isolados – Muitas pessoas costumam estudar a Bíblia de maneira fragmentada. Leem um versículo e então o comparam com dezenas de versículos que acham que tratam do mesmo assunto. Essas pessoas já criaram uma teoria e simplesmente procuram textos bíblicos que apoiam a ideia. Qual o problema com isso? A pessoa não permite que a Bíblia fale por si mesma, mas impõe suas ideias sobre os textos bíblicos. Muitos acham que existe virtude em citar grande número de versículos bíblicos, mas acabam cometendo o erro de distorcer a Bíblia.

Muitas pessoas, em vez de ler o texto bíblico em si mesmo, costumam estudar uma concordância bíblica, que é um livro que mostra todas as vezes em que determinada palavra aparece na Bíblia. Sem os passos corretos para entender a Bíblia, ler uma concordância tende a levar a pessoa a ler os versículos isolados do contexto. É como pegar uma tesoura e recortar 50 textos da Bíblia, jogar em uma bacia, fazer uma “salada de frutas”, oferecer a alguém e dizer: “Esta é a mensagem do Senhor.”

Por outro lado, quando você lê um livro bíblico do começo ao fim, o autor bíblico está no controle da sequência e desenrolar do texto. Esse é o tão importante contexto. O autor conduz você de uma ideia a outra, e o estudo não é controlado pelos interesses ou ideias que você possui. Ler os textos bíblicos de maneira completa permite que o leitor entenda as intenções dos escritores bíblicos e ajuda a ver o “quadro completo”, que é maior garantia contra interpretações bizarras de partes isoladas.

Ler textos completos estimula uma disposição de aprender e ajuda a ver o texto como ele deve ser entendido. Não somos nós que devemos ensinar algo à Bíblia; é ela que deve nos ensinar. É importante comparar textos bíblicos que tratam do mesmo assunto, mas antes disso precisamos ler e reler um texto bíblico completo. Muitas vezes, o leitor encontra um versículo difícil e não entende o que significa.

Na maioria das situações, tudo que precisamos fazer para entender um texto difícil da Bíblia é ler seu contexto – os versículos que vêm antes e os que vêm depois. Quando encontrar um versículo difícil, leia todo o capítulo em que ele está. Depois, procure se familiarizar com a mensagem do livro inteiro. Mas nunca leia um versículo sem considerar o contexto.

Quando buscarmos a Deus de todo o coração, poderemos dizer: “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e, luz para os meus caminhos” (Sl 119:105).

(Matheus Cardoso é editor associado da revista Conexão JA e editor assistente de livros na Casa Publicadora Brasileira)

Fonte: Jon Paulien, The Deep Things of God: An Insider's Guide to the Book of Revelation (Hagerstown, MD: Review and Herald, 2004), p. 79-92. 
Fonte: Criacionismo

Informativo Mundial das Missões – 01/09/12

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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Salmo 9 - Louvemos ao Senhor


Estas são as palavras iniciais do salmo 9: Vs. 1-2: “Louvar-te-ei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as Tuas maravilhas. Alegrar-me-ei e exultarei em Ti; ao Teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores.” Aqui ele estabelece o assunto de todo o salmo. A palavra–chave é “louvar” e o tema é o “Julgamento”.

O salmista começa este salmo com uma PROMESSA PARA LOUVAR. Davi começa prometendo que louvará ao Senhor e nos instrui sobre muitas coisas que temos que saber antes de louvar. Primeiro, é salutar prometermos a Deus que haveremos de louvá-lO. Não tenhamos receio de prometermos alguma coisa para o Senhor, porque Ele Se agrada de nossas promessas, e Ele mesmo gosta de fazer promessas para nós.

Segundo, de que modo devemos louvá-lO? Davi disse que louvaria a Deus “de todo o meu coração!” Isso indica a sinceridade que ele revela ao louvar ao Senhor. Isso é diferente de quando nós O louvamos, cantamos e entoamos hinos, pensando em outras coisas! Terceiro, a quem louvaremos? Davi se dirige a Deus como Yahweh, o Deus Eterno, o Altíssimo, diante de Quem devemos manifestar santa reverência em nosso louvor e nas músicas que usamos para louvar!

Quarto, qual é o conteúdo do seu louvor? O salmista “cantava” os louvores, “contando” as maravilhas de Deus. Há muitos cânticos do nosso tempo que estão cheios da experiência humana, cheios das lamúrias do homem em suas desgraças, em seus pecados, mas pouco das maravilhas do Senhor. Mas há uma ciência aqui muito esquecida: é que haveremos de pregar com êxito multiplicado, se falarmos mais das maravilhas dos poderosos feitos de Deus e menos das falhas humanas! Temos contemplado mais “existencialismo” do que cristianismo nas letras de muitos hinos de louvor! E cristianismo é seguir e exaltar a Cristo!

Quinto, qual era a atitude no louvor?  “Alegrar-me-ei e exultarei em ti”. Precisamos manifestar a nossa alegria ao louvar ao Senhor. Há muitos que louvam sem alegria no coração. Há muitos legalistas que tem o seu coração fechado e cantam sem alegria. O seu canto não é aceito, o seu louvor não chega ao Céu. Mas se o conteúdo de nosso louvor é cantar e contar as maravilhas do nosso grande Deus, o Altíssimo, o Eterno, o nosso Deus Salvador, então, haveremos de louvar com júbilo e alegria transbordantes!

I – O MOTIVO PARA LOUVAR (v. 3-10)

1- Louvamos a Deus porque Ele julga retamente (v. 3-8).

Aqui temos o primeiro motivo para louvar: Os versos 3-8 nos falam de um justo Juiz. O que significa julgar retamente? O que significa a justiça? De acordo com o Dicionário de Michaelis, justiça é a “virtude que consiste em dar ou deixar a cada um o que por direito lhe pertence.” Assim age Deus com os justos e os ímpios, sendo os justos aqueles que foram transformados e convertidos, e os ímpios aqueles que rejeitam o oferecimento da graça, rejeitam a misericórdia de Deus.

Davi disse que os seus inimigos retrocedem e tropeçam porque Deus sustenta o seu direito e defende a sua causa, enquanto está em Seu trono de Julgamento (v. 3-4). E ele identifica a esses inimigos como sendo os mesmos ímpios que rejeitaram ao Senhor, e, portanto, serão destruídos os ímpios de todas as nações (v. 5),  numa antevisão do grande Julgamento final. O seu nome será apagado, a sua memória perecerá (v. 6).

Mas enquanto os ímpios serão esquecidos, a memória de um Juiz justo permanecerá eternamente: “7 Mas o SENHOR permanece no seu trono eternamente, trono que erigiu para julgar. 8  Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão.” Esta verdade dúplice é a garantia de que teremos justiça eternamente, e de que jamais se levantará o pecado com sua hedionda cabeça por outra vez. Teremos paz, harmonia e consequentemente felicidade para sempre. Não admira de que temos muitos motivos para louvar a Deus sempiternamente.

Mesmo hoje, vemos que Deus governa e administra os povos com retidão e segurança. Nos dias da república de seu país, um embaixador, certa noite, com grande ansiedade e cheio de temor, não podia conciliar o sono, perturbado e apreensivo com a condição em que se achava o seu país. Um servo sábio e idoso repousava no mesmo aposento, e notou a preocupação excessiva do embaixador.
- Senhor embaixador, disse o sábio, me permite fazer uma pergunta?
- Perfeitamente.
- Porventura Deus governou bem o mundo antes de o senhor nascer?
- Sem dúvida alguma – foi a resposta do embaixador.
- Governará Ele bem o mundo depois de sua ausência? – perguntou ainda o ancião.
- Por certo – responde o embaixador.
- Então, não pode o senhor confiar a Ele a direção do seu país, enquanto aqui se achar?
O embaixador, fatigado, virou-se e dormiu. De fato, podemos dormir tranquilamente, porque o nosso Deus julga e governa o mundo com justiça e sabedoria.

2- Louvamos a Deus porque Ele protege os justos (v. 9-10).

Lemos ainda as palavras de Davi: “9 O SENHOR é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação. 10  Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam.” Deus é o Refúgio de todos os que estão sendo oprimidos.

Estamos vivendo em um mundo de perseguidores, homens que por motivos escusos, por motivos banais, ou sem motivo algum estão prontos a prejudicar o semelhante, sem medir consequências, sem pesar os resultados. Mas em Deus encontramos um “alto Refúgio”, nas horas de aflição e angústia. Podemos confiar sempre nEle, porque não desampara os que O buscam. Podemos louvá-lO porque Ele nos atende e defende contra os que nos ameaçam.

II – O APELO PARA LOUVAR (v. 11-12)

Mas Davi está tão cheio do desejo de louvar ao Senhor que ele faz a seguir um veemente apelo para que a nação israelita louve a Deus diante dos outros povos: “Cantai louvores ao SENHOR, que habita em Sião; proclamai entre os povos os seus feitos.” (v. 11).

Somos convidados a louvar com cânticos ao Senhor. Os hinos nos elevam mais rapidamente a Deus do que qualquer sermão. Os hinos têm um poder de transformar a vida daqueles que vivem a cantar e louvar. Alguns não encontram um meio de se livrar da murmuração. Pois Davi, ao invés de reclamar, ele louva a Deus e convida outros a louvá-lO.

Vamos louvar Aquele que habita entre o Seu povo. Ele habitava em Sião, no lugar onde estava o Seu templo, o templo que os judeus edificaram para a Sua adoração e louvor. Mas o templo de Salomão foi destruído, o povo judeu foi rejeitado porque rejeitou ao seu Benfeitor. Mas Ele habita conosco, em nossas igrejas, em nossas casas, em nosso coração, e está sempre conosco. Se sentimos a Sua presença tão palpável em nosso meio, ergamos o nosso louvor em cânticos alegres, em hinos suaves e cheios de melodia e emoção.

Temos um apelo para pregar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo: “Proclamai entre os povos os Seus feitos!” Este sempre foi o plano de Deus para o Seu povo escolhido: proclamar as Suas maravilhas através daqueles que estavam sendo beneficiados e salvos. E isto pode ser feito através dos cânticos e hinos espirituais. Temos uma poderosa mensagem em nossos hinos que contém a verdade para este tempo. Ao louvar a Deus, muitos outros dentre os povos em todo o mundo hão de se converter e se unir a nós em nosso louvor.

 III – A ORAÇÃO PARA LOUVAR (13-14)

Nós dependemos de Deus até para louvar. E Davi faz esta oração: “13 Compadece-te de mim, SENHOR; vê a que sofrimentos me reduziram os que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte; 14  para que, às portas da filha de Sião, eu proclame todos os teus louvores e me regozije da tua salvação.”

Davi faz uma súplica a Deus para que Ele lhe conceda a Sua compaixão. Felizmente, temos um Deus compassivo, que Se inclina para ver os nossos sofrimentos, as nossas aflições. Davi está muito preocupado com o que fizeram os seus adversários que o odiavam e tramavam o mal contra ele. Ele estava sofrendo por causa de homens perversos e odiosos.

Porventura, isso é história antiga? Não estamos sofrendo, de igual modo e muitas vezes, por causa dos que nos odeiam, que nos fazem gemer, que nos perseguem e maldizem e intentam todo o mal contra nós? Muitos dentre o povo de Deus vê se aproximar até a morte, por problemas que estão enfrentando com outras pessoas.

Muitos hoje, no entanto, em meio a muitos perigos, estão dizendo, confiantes: Senhor, “Tu me levantas das portas da morte”, para que eu adentre as portas da Tua igreja, “para eu proclamar todos os Teus louvores”. Muitos de nós estamos sendo salvos da morte, a fim de proclamar o louvor de Deus e nos regozijar na Sua salvação.

IV – O RESULTADO DE NÃO LOUVAR (15-18)

Agora, Davi apresenta o resultado de não louvar a Deus. Ninguém será obrigado a louvar; todos têm plena liberdade para viver como quiserem. Entretanto, é pecado ser ingrato e não louvar e não reconhecer Aquele que faz maravilhas em nossa vida. É pecado desprezar o Doador da vida, o Salvador do pecado, o Criador do universo e de nós mesmos. É pecado não amar Aquele que é amor. E seguirão as consequências.

O que acontecerá com as nações que não reconhecem a Yahweh, a começar com os judeus? “Afundam-se as nações na cova que fizeram, no laço que esconderam, prendeu-se-lhes o pé.” Aqui temos uma das manifestações da justiça e do justo juízo divino: Deus dá às nações aquilo que elas planejaram para os outros povos. Elas queriam destruí-los, e então serão destruídas, e lançadas na cova da sepultura. 

O salmista volta ao tema do juízo e da justiça divina. Ele disse a respeito do ímpio: “enlaçado está o ímpio nas obras de suas próprias mãos.” (v. 16). Mais tarde, Salomão, o filho de Davi disse a mesma coisa em outras palavras: “Quanto ao perverso, as suas iniqüidades o prenderão, e com as cordas do seu pecado será detido.” (Pv 5:22).

Mas qual será o destino de todos os que não louvam a Deus? Para onde serão lançados? V. 17: “Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus.” Estas palavras são citadas por muitos estudiosos para ensinarem a existência de um inferno a arder presentemente, como se o castigo dos ímpios já estivesse em operação. A doutrina do inferno se espalha pela internet e pelos púlpitos modernos em meios católicos e protestantes e até muçulmanos. Todos em uníssono afirmam que existe um inferno e para lá se encaminham os perdidos de todos os povos.

Entretanto, não é isso o que disse Davi, que não cria nesse inferno de fogo a arder eternamente. Primeiro, ele está usando o tempo verbal para o futuro: “Os perversos serãolançados...”; não é algo que acontece agora; os ímpios não estão sendo lançados hoje no inferno de fogo. A Bíblia fala que o castigo dos ímpios é um acontecimento terrível, mas que ocorrerá no futuro. Como disse Pedro (em 2Pe 3:7): “Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios.”

O apóstolo João, escrevendo no Apocalipse, disse (em Ap 21:8): “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.” Isto será um acontecimento futuro. Este será o grande Juízo Executivo contra todos os ímpios que não quiseram reconhecer ao Soberano do universo, negando-se a louvar Aquele que tem todo o direito à mais alta honra, e louvor e glória por todos os séculos da eternidade.

Mas as palavras do salmista ainda nos dão mais luz: ele está usando a palavra hebraica “sheol”, que significa “sepultura, cova, morada dos mortos”. Ao dizer que “os perversos serão lançados no inferno”, Davi está repetindo em um paralelismo sinônimo o que disse no verso 15: “Afundam-se as nações na cova que fizeram”.

Aqui ele está usando uma palavra sinônima no hebraico para a cova da sepultura. Ele está dizendo que esses ímpios serão destruídos e serão lançados na sepultura. Ele ainda não menciona o fogo destruidor, mas indica a destruição que lhe era mais comum sobre que falar em seus dias. Portanto, o v. 15 está em paralelo com o v. 17, e não ensina a doutrina moderna do inferno de fogo eterno. E de fato, ela não se encontra na Bíblia.

Mas qual é o grande problema dos ímpios? Eles não serão lançados no inferno ou na sepultura porque cometeram os graves pecados de que são acusados. Por que mesmo eles estão perdidos? A resposta está nas palavras de Davi, o verso 17 (úp): eles “se esquecem de Deus” (v. 17).

Disse o apóstolo Paulo a respeito deles (em Rm 1:21-22), que são indesculpáveis “porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos”.

Este é o triste resultado de quem não reconhece, não adora e não louva a Deus. É como disse o grande incrédulo Voltaire, acusando-se com suas próprias palavras: "É preciso ser cego para não ver esta majestade [nos céus estelares], é preciso ser estúpido para não reconhecer o seu Autor, é preciso ser louco para não adorá-lO."

Mas enquanto os ímpios se esquecem deliberadamente de Deus, os justos não serão esquecidos (v. 18). Às vezes nos parece que Deus está Se esquecendo de nós, ao contemplarmos que se demora a ajuda em nossas muitas aflições. Parece que as nossas orações não encontram eco no coração do Altíssimo que está tão longe em Seu trono de glória, tão ocupado a julgar as nações e a governar o universo.

Entretanto, a Sua promessa é esta, v. 18: “O necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente.” Aqueles que se lembram de Deus hoje, amanhã e depois serão lembrados eternamente.

CONCLUSÃO (V. 19-20)

Davi termina o salmo com estas palavras cheias de significado: “19 Levanta-te, SENHOR; não prevaleça o mortal. Sejam as nações julgadas na tua presença. 20  Infunde-lhes, SENHOR, o medo; saibam as nações que não passam de mortais.” Ele ora, novamente e se dirige a Deus para que Se levante, tome a iniciativa, a fim de avisar ao ímpio que ele não passa de um simples mortal. Ele volta ao assunto do Juízo, que é o seu tema principal, ao redor do que ele conclama a todos para louvar a Deus, que executa a justiça imparcialmente, punindo ao ímpio e justificando ao crente agradecido e cheio de louvor pela libertação e salvação.

Esta é uma oração de valor missionário. Davi pede em favor dos ímpios, a fim de que possam abrir os olhos e ser esclarecidos em sua mente, através de uma interferência divina, e sejam salvos, quando forem julgados. Ele pede que Deus lhes infunda o medo, o temor saudável, a fim de que possam reconhecer que são mortais, fracos e que não podem lutar contra Deus e Seu povo e ficar impunes no dia do Julgamento final. Tendo esta visão, eles ainda podem ter esperança. 

Temos nós o temor de Deus diante de nossos olhos? “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv 1:7). Temos nós outros a consciência de nossas fragilidades, de que não passamos de mortais e que não podemos prevalecer contra Deus e Sua verdade?

Vamos louvar ao nosso grande Deus, porque aí estará a nossa força. Vimos que temos um grande motivo para louvar, pelo fato de que seremos justificados e livres com a nossa causa defendida no Juízo final. Vimos a necessidade de orarmos antes de louvar, pedindo a compaixão de Deus, a fim de que nos salve, e nos prepare para louvar. Vimos o resultado de não louvar. E finalmente, tivemos um apelo para louvarmos ao Senhor e Salvador nosso. Ele merece o nosso louvor com hinos e cânticos espirituais, hoje, amanhã e eternamente.

Pr. Roberto Biagini
Mestrado em Teologia
prbiagini@gmail.com

O Amor Precisa de Tempo


Êxodo 20.8- “Lembra-te do Sábado para o santificar”.

Qualquer relacionamento, para que exista, cresça e continue exige tempo das pessoas envolvidas. Mas neste tempo em que o tempo não pára, desejamos relacionamentos, mas damos a eles cada vez menos seu devido tempo. E não é diferente para com Deus. Por isto, há tanto tempo, Ele já nos disse: Lembra-te de te encontrares comigo! Há um dia ideal para nos encontrarmos com Ele. Vejamos.

SUA ORIGEM.
1-  É de origem divina. Gên. 2.1-3 e Êxo. 20.8-11.
2-  Foi instituído no Éden- na eternidade. Isa. 66.22-23.
3-  Grande júbilo presidiu a instituição do Sábado. Ao instituí-lo, Deus declarou “muito bom”. TS, vol. 3, pág. 16. Gênesis. 1.31.

É ESPECIAL, QUANTO À:
1-  Sua origem, por ser o primeiro símbolo da comunhão divino-humana disponibilizada para nós.
2-  Sua duração, pois sobreviveu através de toda a história, a despeito das tentativas de destruí-lo.
3-  Sua função, pois serve como símbolo por excelência da eleição divina e da missão do povo de Deus.

É O ÚNICO MANDAMENTO QUE DEMARCA TEMPO. PORQUE DEUS DEMARCOU TEMPO SAGRADO E NÃO LUGAR, OBJETO, CIRCUNSTÂNCIA OU PESSOA SAGRADA PARA SEU CULTO?
1.     A coisa sagrada pode ser mais facilmente adorada, pois atrai nossa visão para aquilo que pode ser visto em vez de erguê-la para o que é infinito.
2.     Podemos dominar e controlar coisas, mas não podemos controlar  tempo. Por exemplo, não há nada que se possa fazer para impedir que as 5 horas cheguem.
3.     Podemos evitar sempre coisas, decidindo apenas não estar onde essas coisas estão. Mas não podemos evitar a chegada do próximo Sábado, pois haverá de vir não importa onde estejamos ou o que estejamos fazendo. Podemos apenas decidir como relacionar-nos com ele; não podemos fugir ou esconder-nos dele.
4.     Os seres humanos podem construir coisas; somente Deus pode criar o tempo. Cada minuto que passa é prova da ação divina na criação. Objetos sagrados nos permitem pensar que estamos adorando algo que o homem fez. O tempo sagrado leva-nos a reconhecer a Deus como o único Criador.
5.     O Sábado é o tempo para formar amizade com Deus. O elemento mais importante na formação de amizade é o tempo passado junto. Estar em algum lugar junto não é tão importante como passar algum tempo junto onde quer que se esteja.
6.     Se Deus tivesse edificado Seu santuário simplesmente como um lugar, as pessoas dirigir-se-iam a esse lugar julgando que por estar ali estariam adorando. Mas Deus quer que Seu povo passe algum tempo com Ele; desse modo Ele edificou Seu santuário com o tempo.
7.     O Sábado, como tempo sagrado, vem a todos em termos exatamente iguais. Se Deus houvesse erigido um local sagrado, teria limitado àqueles que vivessem nas proximidades ou àqueles que pudessem viajar até lá ou àqueles que dispusessem de tempo suficiente para viajar até lá. Deus teria sido parcial, nas bençãos disponíveis aos adoradores.
8.     O tempo gasto com Deus tem sempre maior impacto quando comparado com o estar meramente em algum lugar sagrado. O próprio Deus é o centro das atenções, e não apenas o lugar ou as coisas. Afinal, a mente imatura sempre se impressiona com algo que apela a seus sentidos físicos- algo grande, brilhante ou caro. (Por isto que para os mundanos, tão carnais, é necessários mega-shows para que se sintam satisfeitos. Para o cristão, qualquer lugar, qualquer simples programação, na qual ele tenha certeza da presença de Deus ali, lhe traz o céu à terra).
9.     Durante 6 dias da semana o homem se preocupa com o domínio do mundo físico; no sétimo dia ele permite que o mundo espiritual o domine. O que uma pessoa faz no Sábado (no tempo) dá sentido e propósito a tudo quanto faz durante a semana (com coisas).
10. O tempo gasto com uma pessoa tem o propósito de conhecê-la. O Sábado tem este propósito fundamental na vida cristã e na salvação. Adorá-lo, relacionamento divino-humano, santificação e salvação.
FONTE: Mais semelhantes a Ele, manual do professor, pág. 147, CPB.

POR QUE OBSERVAR O SÁBADO?
1.     A Bíblia enfatiza lembrá-lo e guardá-lo. Êxo. 20.8, Deut. 5.12.
2.     Porque é um memorial do descanso de Deus depois que terminou de criar o mundo e o homem.
3.     Porque este é o dia do Senhor, escolhido por Ele para este fim. Êxo. 20.12.
4.     Ele, Deus, nos deixou o exemplo, e espera que o sigamos nesta prática. Gên. 2.1-3.
5.     Cristo, quando na Terra, deixou-nos este mesmo exemplo. Luc. 4.16.
6.     Os discípulos fizeram o mesmo. Atos 18.3,4,11.
7.     Fomos libertos do pecado para observarmos as leis divinas. Deut. 5.15. EX- Israel.
8.     Os salvos o farão na Eternidade. Isa. 66.22-23.

O QUE O SÁBADO SIGNIFICA NA VIDA DO HOMEM.
1-  Embora Todos os mandamentos sejam uma dádiva de Deus, o quarto é de modo especial um presente Seu para nós.
2-  É o sinal de Deus com Seu povo. Ezeq. 20.20
§         Para sabermos que Ele é o Senhor que nos santifica. Êxo. 31.13.
§         Para reconhecermos que o Senhor Jeová é o nosso Deus. Eze.20.20.
§         Para distinguir Seu povo na Terra enquanto Cristo não volta.
§         É um sinal que Deus nos reconhece como Seu povo escolhido.
§         É o sinal que distingue entre os fiéis e os incrédulos. 
§         É o sinal de afinidade que existe entre Deus e Seu povo.
3-  É o verdadeiro dia de alívio e libertação- para os animais que descansam, para os sofredores que recebem nossa especial atenção e para nós mesmos.
4-  É o convite de Deus para o equilíbrio entre o trabalho e o descanso, e um antídoto contra a ganância material e indolência profissional (tão naturais na natureza humana).  

COMO GUARDAR O SÁBADO?
1.     Lembrar de observá-lo. (Há muitos que se esquecem!)
2.     Não Cuidar dos próprios interesses.
3.     Não fazer a própria vontade.
4.     Não falar palavras impróprias para um momento sagrado.
5.     Não trabalhar, comprar, vender, ou marcar negócios para serem feitos na semana.
6.     Os filhos (que moram conosco), os empregados, a nossa empresa, os animais, e mesmo os visitantes de nossa casa- TODOS devem observar o Sábado. Deus deseja conceder este dia de descanso à humanidade inteira, e não limitar este direito aos cristãos.
7.     Fazer o bem, salvar de um perigo, recuperar a vida, sarar o doente e alimentar os animais- são lícitos no Sábado. Luc. 13.15-16.
8.     Não guardar o Sábado de forma legalista como os fariseus (guardar o Sábado para ser salvo), nem tão pouco ser libertino a ponto de desconsiderar este mandamento.
9.     Dia para adoração a Deus em Seu templo.
10. Dia para comunhão com nossos irmãos na fé.
11. Dia para aprofundar os relacionamentos familiares.
12. Não assistir TV, programas seculares, fitas de vídeo ou escutar música imprópria para este dia, rádio, assistir aulas e mesmo participar de festas de aniversário, encontros e visitas sociais. TS, vol 2, pág. 181, 182, e vol 3, pág. 23, 26, 357.
13. Deixar os divertimentos seculares para os dias semanais.
14. Evitar viagens durante ou que começem ou terminem no Sábado.
15. Não passar estas sagradas horas na cama. Levantar-se cedo para aproveitar ao máximo estes momentos sagrados.
16. Passear pela natureza, visitar órfãos, doentes e viúvas, pregar o Evangelho.
17. Esquecer o trabalho. É possível voltar do trabalho para casa e carregar consigo o trabalho a ponto de não conseguir descansar. ‘E preciso entrar no descanso.
18. Descansar não é só dormir ou nada fazer. Descansar no Sábado só é possível quando estamos ligados a Deus. 

SEXTA-FEIRA.
§         O Sábado começa no pôr-do-sol da Sexta-feira e termina no pôr-do-sol do Sábado, como qualquer outro dia. Lev. 23.22, Neem. 13.19.
§         É o dia de preparação, quando tudo deve estar pronto para que o Sábado seja observado adequadamente.
§         Toda roupa em ordem, lavada e passada.
§         Todo alimento cozido.
§         Sapatos engraxados, banho tomado, casa e cozinha limpa e arrumada.
§         Minutos antes do Sábado iniciar, toda a família deve estar reunida para cantar, ler a Bíblia e orar, recebendo assim as horas do Sábado. 

BENEFÍCIOS DA OBSERVÂNCIA DO SÁBADO.
1-  Descanso Físico.
a) Não fomos criados só para lutar e trabalhar. Nenhum ser humano sobrevive sem descanso; o homem tem necessidade de uma parada física.
- O descanso físico recompõe as células perdidas nas múltiplas funções do organismo. Muitas delas só se recompõe quando descansamos.
- O descanso é tão importante que Deus o ordenou, lembrou e cobrou do homem que o observasse. Se assim não o fazemos, destruímos esta maravilhosa máquina que é o nosso corpo em muito pouco tempo. Abreviamos seu tempo de utilidade.
- Para que tenhamos qualidade e quantidade de vida (muitos anos, e bem vividos) precisamos de muito descanso- diário: 8 h de sono; semanal- Sábado; anual- as férias; o circunstancial- quando doentes, estafados, pós parto ou operações cirúrgicas e na velhice a aposentadoria.
- EX: neste mundo capitalista que estamos mergulhados, quem descansa parecer ser um “grande preguiçoso”. Mas isto ocorre porque a ganância do homem quer levá-lo a conseguir o que realmente não precisa. Mas veja: um homem com 60 anos de idade, terá dormido em média 20 anos initerruptamente se ajuntarmos todas as horas que ele dormiu (8 h em média por dia). Um terço de nossa vida passamos descansando para que possamos viver razoavelmente.
b) O desejo de obter mais conforto material força as pessoas a trabalharem demais e dormirem muito pouco, sendo que a maioria perde de 60 a 90 minutos por noite em relação ao ideal para o descanso e a saúde.
c) A falta de repouso tem especial perigo para as mães, que vivem em contínua agitação. As mães trabalham em média, mais de 80 horas por semana, cuidando da casa, dos filhos e trabalhando fora. Isto está abreviando a vida da mulher, e ainda formando uma raça fisicamente mais fraca para o futuro.
d) Para quem freqüenta a escola, para quem trabalha, ou cuida dos filhos, para os militares, aposentados, doentes, para todos, a necessidade que é comum a todos é o descanso semanal do Sábado, capaz de enriquecer todas as dimensões da vida. 
2-  Descanso espiritual.
§         - Cuidado: o programa de atividades da igreja local no dia do Senhor, na maioria das igrejas cristãs desfavorece completamente o descanso físico e espiritual. Culto especiais bem cedo; classe de professores às 8h; Escola Sabatina às 9h; culto divino às 10h30m; comissão da igreja às 14h; ensaio do coral ou do conjunto às 15h30m; programa jovem às 17h; social jovem às 19h. E tudo isto sem falarmos nas visitas missionárias e programas alternativos que assumimos.
§         - Aí vem o estigma de que quem não participa das atividades é considerado por muitos um “fraco na fé”.
§         - Com este acúmulo de atividade vem o “stress espiritual”.
§         - Aí também não sobra tempo para mais nada, inclusive para a relação familiar.
§         - É preciso haver um bom planejamento eclesiástico como saída para o stress espiritual tão comum hoje em nossos membros de igreja, líderes de nosso povo.
3-  Alegria, deleite e gozo no coração.
a) Pessoas vivem tão envolvidas com o trabalho secular durante os dias úteis que acabam caindo numa verdadeira ressaca nos fins de semana.
- Dor de cabeça, passividade, preguiça, vontade de dormir e glutonaria são sintomas desse problema.
- Um mero legalismo ou medo de Deus não nos levará a guardarmos o Sábado com alegria e prazer no coração.
- Simplesmente observar o Sábado não é suficiente para tudo o que ele envolve em nossa vida.
- É preciso haver um bom planejamento semanal de atividades para que possamos viver bem todos os dias, de forma especial o dia em que vamos falar com Deus.
b) Alguns passam o Sábado contando as horas para que ele termine logo. Se pudessem puxariam o sol para que essas horas tão “chatas” terminassem.
- Talvez ainda lhes falte uma profunda relação com Deus.
- Valorizamos cada segundo que passamos com nossas namoradas porque as amamos muito, e este relacionamento é muito importante para nós.
c) Portanto, o Sábado não é chato ou gostoso por possuir uma boa programação ou não na igreja local. Esta é uma questão pessoal de relacionamento com Deus, pois este é o maior objetivo da guarda do Sábado.
- Se eu não amo a Deus, não me relaciono com Ele durante a semana, o Sábado ser-me-á realmente um fardo pois sinto Seu convite para nos comunicarmos, mas desejo continuar distante dEle como o faço durante a semana.
4-  Contato especial com Deus.
- É dia para meditação, oração, estudo da Bíblia e adoração a Ele. Dificilmente conseguimos tudo isto durante a semana.
- Calvino: o Sábado nos ensina a morrer para nossos próprios gostos e obras, de modo que possamos meditar sobre o reino de Deus.
5-  Enriquece nossa relação familiar.
- “Era o plano de Deus que os membros da família se associassem no trabalho e no estudo, no culto e na recreação, sendo o pai o sacerdote da casa, e pai e mãe os professores e companheiros dos filhos. Mas os resultados do pecado, tendo mudado as condições da vida, impedem em grande parte essa associação. Muitas vezes o pai dificilmente v6e a face dos filhos durante toda a semana. Acha-se quase totalmente privado de oportunidade para companhia ou instrução. O amor de Deus, porém, estabeleceu um limite às exig6encias do trabalho. Sobre o Sábado Ele põe Sua misericordiosa mão. No Seu próprio dia Ele reserva à família a oportunidade da comunhão com Ele, com a natureza, e uns para com os outros”.  Educação, pág. 250 e 251.
- Este deve ser um dia especial em que a família fique unida. (Longe com estes almoços na casa dos irmãos, ou viagens, passeios e programas que nos fazem ficar separados de nossos entes queridos).
6-  Enriquece nossa relação com nossos irmãos na fé.
- Assim foi na relação Jesus com seus discípulos. Luc. 4.16; Marc. 2.
- Assim foi na relação dos discípulos entre si. Atos 18.
- Assim será com todas as comunidades cristãs, pois neste dia nos reunimos para adorar o mesmo Deus, repartir nossa fé, fortalecê-la pelo compartilhar, e formarmos mais uma vez o corpo do Senhor na Terra.
7-  Santificação do caráter.
- Esse é o dia da santificação. Pela contemplação de Seu caráter, pelo relacionamento com Ele, e pela obediência a Seus mandamentos alcançamos mais e mais maior semelhança a Ele.
- Aquele que de coração obedecer ao quarto mandamento, obedecerá toda a lei, e será santificado pela obediência. TS vol 3, pág. 17 e 18.

CONSEQÜÊNCIAS DA QUEBRA DO QUARTO MANDAMENTO.
1-  Eliminação do povo de Deus. Êxo. 31.14; 35.2.
2-  O povo de Israel não entrou no descanso da Terra Prometida por Ter profanado o Sábado.
3-  Foram levados ao exílio por esta mesma razão. Ezeq. 20. 16-21; Jer. 17.27.
BENÇÃO DIVINA PARA O OBSERVADOR DO SÁBADO. Isa. 58.13-14.

APELO: A ÚNICA MANEIRA DE OBSERVARMOS O SÁBADO CORRETAMENTE É PASSANDO PELA CONVERSÃO. Gál. 5.6 e 6.15. Aí observaremos o Sábado motivados pela fé e pelo amor ao Senhor.

FONTES: A Ética dos 10 mandamentos, H.U.Reifler, pág. 87-97.Vida Nova   Princípios de Vida, pág. 141-149.

Pr. MARCELO CARVALHO DEZEMBRO DE 1997 SP

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