quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O Amor Precisa de Tempo


Êxodo 20.8- “Lembra-te do Sábado para o santificar”.

Qualquer relacionamento, para que exista, cresça e continue exige tempo das pessoas envolvidas. Mas neste tempo em que o tempo não pára, desejamos relacionamentos, mas damos a eles cada vez menos seu devido tempo. E não é diferente para com Deus. Por isto, há tanto tempo, Ele já nos disse: Lembra-te de te encontrares comigo! Há um dia ideal para nos encontrarmos com Ele. Vejamos.

SUA ORIGEM.
1-  É de origem divina. Gên. 2.1-3 e Êxo. 20.8-11.
2-  Foi instituído no Éden- na eternidade. Isa. 66.22-23.
3-  Grande júbilo presidiu a instituição do Sábado. Ao instituí-lo, Deus declarou “muito bom”. TS, vol. 3, pág. 16. Gênesis. 1.31.

É ESPECIAL, QUANTO À:
1-  Sua origem, por ser o primeiro símbolo da comunhão divino-humana disponibilizada para nós.
2-  Sua duração, pois sobreviveu através de toda a história, a despeito das tentativas de destruí-lo.
3-  Sua função, pois serve como símbolo por excelência da eleição divina e da missão do povo de Deus.

É O ÚNICO MANDAMENTO QUE DEMARCA TEMPO. PORQUE DEUS DEMARCOU TEMPO SAGRADO E NÃO LUGAR, OBJETO, CIRCUNSTÂNCIA OU PESSOA SAGRADA PARA SEU CULTO?
1.     A coisa sagrada pode ser mais facilmente adorada, pois atrai nossa visão para aquilo que pode ser visto em vez de erguê-la para o que é infinito.
2.     Podemos dominar e controlar coisas, mas não podemos controlar  tempo. Por exemplo, não há nada que se possa fazer para impedir que as 5 horas cheguem.
3.     Podemos evitar sempre coisas, decidindo apenas não estar onde essas coisas estão. Mas não podemos evitar a chegada do próximo Sábado, pois haverá de vir não importa onde estejamos ou o que estejamos fazendo. Podemos apenas decidir como relacionar-nos com ele; não podemos fugir ou esconder-nos dele.
4.     Os seres humanos podem construir coisas; somente Deus pode criar o tempo. Cada minuto que passa é prova da ação divina na criação. Objetos sagrados nos permitem pensar que estamos adorando algo que o homem fez. O tempo sagrado leva-nos a reconhecer a Deus como o único Criador.
5.     O Sábado é o tempo para formar amizade com Deus. O elemento mais importante na formação de amizade é o tempo passado junto. Estar em algum lugar junto não é tão importante como passar algum tempo junto onde quer que se esteja.
6.     Se Deus tivesse edificado Seu santuário simplesmente como um lugar, as pessoas dirigir-se-iam a esse lugar julgando que por estar ali estariam adorando. Mas Deus quer que Seu povo passe algum tempo com Ele; desse modo Ele edificou Seu santuário com o tempo.
7.     O Sábado, como tempo sagrado, vem a todos em termos exatamente iguais. Se Deus houvesse erigido um local sagrado, teria limitado àqueles que vivessem nas proximidades ou àqueles que pudessem viajar até lá ou àqueles que dispusessem de tempo suficiente para viajar até lá. Deus teria sido parcial, nas bençãos disponíveis aos adoradores.
8.     O tempo gasto com Deus tem sempre maior impacto quando comparado com o estar meramente em algum lugar sagrado. O próprio Deus é o centro das atenções, e não apenas o lugar ou as coisas. Afinal, a mente imatura sempre se impressiona com algo que apela a seus sentidos físicos- algo grande, brilhante ou caro. (Por isto que para os mundanos, tão carnais, é necessários mega-shows para que se sintam satisfeitos. Para o cristão, qualquer lugar, qualquer simples programação, na qual ele tenha certeza da presença de Deus ali, lhe traz o céu à terra).
9.     Durante 6 dias da semana o homem se preocupa com o domínio do mundo físico; no sétimo dia ele permite que o mundo espiritual o domine. O que uma pessoa faz no Sábado (no tempo) dá sentido e propósito a tudo quanto faz durante a semana (com coisas).
10. O tempo gasto com uma pessoa tem o propósito de conhecê-la. O Sábado tem este propósito fundamental na vida cristã e na salvação. Adorá-lo, relacionamento divino-humano, santificação e salvação.
FONTE: Mais semelhantes a Ele, manual do professor, pág. 147, CPB.

POR QUE OBSERVAR O SÁBADO?
1.     A Bíblia enfatiza lembrá-lo e guardá-lo. Êxo. 20.8, Deut. 5.12.
2.     Porque é um memorial do descanso de Deus depois que terminou de criar o mundo e o homem.
3.     Porque este é o dia do Senhor, escolhido por Ele para este fim. Êxo. 20.12.
4.     Ele, Deus, nos deixou o exemplo, e espera que o sigamos nesta prática. Gên. 2.1-3.
5.     Cristo, quando na Terra, deixou-nos este mesmo exemplo. Luc. 4.16.
6.     Os discípulos fizeram o mesmo. Atos 18.3,4,11.
7.     Fomos libertos do pecado para observarmos as leis divinas. Deut. 5.15. EX- Israel.
8.     Os salvos o farão na Eternidade. Isa. 66.22-23.

O QUE O SÁBADO SIGNIFICA NA VIDA DO HOMEM.
1-  Embora Todos os mandamentos sejam uma dádiva de Deus, o quarto é de modo especial um presente Seu para nós.
2-  É o sinal de Deus com Seu povo. Ezeq. 20.20
§         Para sabermos que Ele é o Senhor que nos santifica. Êxo. 31.13.
§         Para reconhecermos que o Senhor Jeová é o nosso Deus. Eze.20.20.
§         Para distinguir Seu povo na Terra enquanto Cristo não volta.
§         É um sinal que Deus nos reconhece como Seu povo escolhido.
§         É o sinal que distingue entre os fiéis e os incrédulos. 
§         É o sinal de afinidade que existe entre Deus e Seu povo.
3-  É o verdadeiro dia de alívio e libertação- para os animais que descansam, para os sofredores que recebem nossa especial atenção e para nós mesmos.
4-  É o convite de Deus para o equilíbrio entre o trabalho e o descanso, e um antídoto contra a ganância material e indolência profissional (tão naturais na natureza humana).  

COMO GUARDAR O SÁBADO?
1.     Lembrar de observá-lo. (Há muitos que se esquecem!)
2.     Não Cuidar dos próprios interesses.
3.     Não fazer a própria vontade.
4.     Não falar palavras impróprias para um momento sagrado.
5.     Não trabalhar, comprar, vender, ou marcar negócios para serem feitos na semana.
6.     Os filhos (que moram conosco), os empregados, a nossa empresa, os animais, e mesmo os visitantes de nossa casa- TODOS devem observar o Sábado. Deus deseja conceder este dia de descanso à humanidade inteira, e não limitar este direito aos cristãos.
7.     Fazer o bem, salvar de um perigo, recuperar a vida, sarar o doente e alimentar os animais- são lícitos no Sábado. Luc. 13.15-16.
8.     Não guardar o Sábado de forma legalista como os fariseus (guardar o Sábado para ser salvo), nem tão pouco ser libertino a ponto de desconsiderar este mandamento.
9.     Dia para adoração a Deus em Seu templo.
10. Dia para comunhão com nossos irmãos na fé.
11. Dia para aprofundar os relacionamentos familiares.
12. Não assistir TV, programas seculares, fitas de vídeo ou escutar música imprópria para este dia, rádio, assistir aulas e mesmo participar de festas de aniversário, encontros e visitas sociais. TS, vol 2, pág. 181, 182, e vol 3, pág. 23, 26, 357.
13. Deixar os divertimentos seculares para os dias semanais.
14. Evitar viagens durante ou que começem ou terminem no Sábado.
15. Não passar estas sagradas horas na cama. Levantar-se cedo para aproveitar ao máximo estes momentos sagrados.
16. Passear pela natureza, visitar órfãos, doentes e viúvas, pregar o Evangelho.
17. Esquecer o trabalho. É possível voltar do trabalho para casa e carregar consigo o trabalho a ponto de não conseguir descansar. ‘E preciso entrar no descanso.
18. Descansar não é só dormir ou nada fazer. Descansar no Sábado só é possível quando estamos ligados a Deus. 

SEXTA-FEIRA.
§         O Sábado começa no pôr-do-sol da Sexta-feira e termina no pôr-do-sol do Sábado, como qualquer outro dia. Lev. 23.22, Neem. 13.19.
§         É o dia de preparação, quando tudo deve estar pronto para que o Sábado seja observado adequadamente.
§         Toda roupa em ordem, lavada e passada.
§         Todo alimento cozido.
§         Sapatos engraxados, banho tomado, casa e cozinha limpa e arrumada.
§         Minutos antes do Sábado iniciar, toda a família deve estar reunida para cantar, ler a Bíblia e orar, recebendo assim as horas do Sábado. 

BENEFÍCIOS DA OBSERVÂNCIA DO SÁBADO.
1-  Descanso Físico.
a) Não fomos criados só para lutar e trabalhar. Nenhum ser humano sobrevive sem descanso; o homem tem necessidade de uma parada física.
- O descanso físico recompõe as células perdidas nas múltiplas funções do organismo. Muitas delas só se recompõe quando descansamos.
- O descanso é tão importante que Deus o ordenou, lembrou e cobrou do homem que o observasse. Se assim não o fazemos, destruímos esta maravilhosa máquina que é o nosso corpo em muito pouco tempo. Abreviamos seu tempo de utilidade.
- Para que tenhamos qualidade e quantidade de vida (muitos anos, e bem vividos) precisamos de muito descanso- diário: 8 h de sono; semanal- Sábado; anual- as férias; o circunstancial- quando doentes, estafados, pós parto ou operações cirúrgicas e na velhice a aposentadoria.
- EX: neste mundo capitalista que estamos mergulhados, quem descansa parecer ser um “grande preguiçoso”. Mas isto ocorre porque a ganância do homem quer levá-lo a conseguir o que realmente não precisa. Mas veja: um homem com 60 anos de idade, terá dormido em média 20 anos initerruptamente se ajuntarmos todas as horas que ele dormiu (8 h em média por dia). Um terço de nossa vida passamos descansando para que possamos viver razoavelmente.
b) O desejo de obter mais conforto material força as pessoas a trabalharem demais e dormirem muito pouco, sendo que a maioria perde de 60 a 90 minutos por noite em relação ao ideal para o descanso e a saúde.
c) A falta de repouso tem especial perigo para as mães, que vivem em contínua agitação. As mães trabalham em média, mais de 80 horas por semana, cuidando da casa, dos filhos e trabalhando fora. Isto está abreviando a vida da mulher, e ainda formando uma raça fisicamente mais fraca para o futuro.
d) Para quem freqüenta a escola, para quem trabalha, ou cuida dos filhos, para os militares, aposentados, doentes, para todos, a necessidade que é comum a todos é o descanso semanal do Sábado, capaz de enriquecer todas as dimensões da vida. 
2-  Descanso espiritual.
§         - Cuidado: o programa de atividades da igreja local no dia do Senhor, na maioria das igrejas cristãs desfavorece completamente o descanso físico e espiritual. Culto especiais bem cedo; classe de professores às 8h; Escola Sabatina às 9h; culto divino às 10h30m; comissão da igreja às 14h; ensaio do coral ou do conjunto às 15h30m; programa jovem às 17h; social jovem às 19h. E tudo isto sem falarmos nas visitas missionárias e programas alternativos que assumimos.
§         - Aí vem o estigma de que quem não participa das atividades é considerado por muitos um “fraco na fé”.
§         - Com este acúmulo de atividade vem o “stress espiritual”.
§         - Aí também não sobra tempo para mais nada, inclusive para a relação familiar.
§         - É preciso haver um bom planejamento eclesiástico como saída para o stress espiritual tão comum hoje em nossos membros de igreja, líderes de nosso povo.
3-  Alegria, deleite e gozo no coração.
a) Pessoas vivem tão envolvidas com o trabalho secular durante os dias úteis que acabam caindo numa verdadeira ressaca nos fins de semana.
- Dor de cabeça, passividade, preguiça, vontade de dormir e glutonaria são sintomas desse problema.
- Um mero legalismo ou medo de Deus não nos levará a guardarmos o Sábado com alegria e prazer no coração.
- Simplesmente observar o Sábado não é suficiente para tudo o que ele envolve em nossa vida.
- É preciso haver um bom planejamento semanal de atividades para que possamos viver bem todos os dias, de forma especial o dia em que vamos falar com Deus.
b) Alguns passam o Sábado contando as horas para que ele termine logo. Se pudessem puxariam o sol para que essas horas tão “chatas” terminassem.
- Talvez ainda lhes falte uma profunda relação com Deus.
- Valorizamos cada segundo que passamos com nossas namoradas porque as amamos muito, e este relacionamento é muito importante para nós.
c) Portanto, o Sábado não é chato ou gostoso por possuir uma boa programação ou não na igreja local. Esta é uma questão pessoal de relacionamento com Deus, pois este é o maior objetivo da guarda do Sábado.
- Se eu não amo a Deus, não me relaciono com Ele durante a semana, o Sábado ser-me-á realmente um fardo pois sinto Seu convite para nos comunicarmos, mas desejo continuar distante dEle como o faço durante a semana.
4-  Contato especial com Deus.
- É dia para meditação, oração, estudo da Bíblia e adoração a Ele. Dificilmente conseguimos tudo isto durante a semana.
- Calvino: o Sábado nos ensina a morrer para nossos próprios gostos e obras, de modo que possamos meditar sobre o reino de Deus.
5-  Enriquece nossa relação familiar.
- “Era o plano de Deus que os membros da família se associassem no trabalho e no estudo, no culto e na recreação, sendo o pai o sacerdote da casa, e pai e mãe os professores e companheiros dos filhos. Mas os resultados do pecado, tendo mudado as condições da vida, impedem em grande parte essa associação. Muitas vezes o pai dificilmente v6e a face dos filhos durante toda a semana. Acha-se quase totalmente privado de oportunidade para companhia ou instrução. O amor de Deus, porém, estabeleceu um limite às exig6encias do trabalho. Sobre o Sábado Ele põe Sua misericordiosa mão. No Seu próprio dia Ele reserva à família a oportunidade da comunhão com Ele, com a natureza, e uns para com os outros”.  Educação, pág. 250 e 251.
- Este deve ser um dia especial em que a família fique unida. (Longe com estes almoços na casa dos irmãos, ou viagens, passeios e programas que nos fazem ficar separados de nossos entes queridos).
6-  Enriquece nossa relação com nossos irmãos na fé.
- Assim foi na relação Jesus com seus discípulos. Luc. 4.16; Marc. 2.
- Assim foi na relação dos discípulos entre si. Atos 18.
- Assim será com todas as comunidades cristãs, pois neste dia nos reunimos para adorar o mesmo Deus, repartir nossa fé, fortalecê-la pelo compartilhar, e formarmos mais uma vez o corpo do Senhor na Terra.
7-  Santificação do caráter.
- Esse é o dia da santificação. Pela contemplação de Seu caráter, pelo relacionamento com Ele, e pela obediência a Seus mandamentos alcançamos mais e mais maior semelhança a Ele.
- Aquele que de coração obedecer ao quarto mandamento, obedecerá toda a lei, e será santificado pela obediência. TS vol 3, pág. 17 e 18.

CONSEQÜÊNCIAS DA QUEBRA DO QUARTO MANDAMENTO.
1-  Eliminação do povo de Deus. Êxo. 31.14; 35.2.
2-  O povo de Israel não entrou no descanso da Terra Prometida por Ter profanado o Sábado.
3-  Foram levados ao exílio por esta mesma razão. Ezeq. 20. 16-21; Jer. 17.27.
BENÇÃO DIVINA PARA O OBSERVADOR DO SÁBADO. Isa. 58.13-14.

APELO: A ÚNICA MANEIRA DE OBSERVARMOS O SÁBADO CORRETAMENTE É PASSANDO PELA CONVERSÃO. Gál. 5.6 e 6.15. Aí observaremos o Sábado motivados pela fé e pelo amor ao Senhor.

FONTES: A Ética dos 10 mandamentos, H.U.Reifler, pág. 87-97.Vida Nova   Princípios de Vida, pág. 141-149.

Pr. MARCELO CARVALHO DEZEMBRO DE 1997 SP

Presença Sutil


ÊXODO. 20.4: Esculturas.

Você já conheceu alguém muito rico, inteligente ou até importante mas que deseja ficar no anonimato, ser discreto ou quase imperceptível? Nestes tempos em que todos querem ser famosos e aclamados pelas multidões, isto até parece lenda. Mas por incrível que possa parecer a Pessoa mais importante do Universo é assim. Deus prefere ser uma PRESENÇA SUTIL em nossa vida. Vejamos como.

§         Este mandamento fala de nossa perspectiva de Deus.
§         Como O vemos? Qual é a dimensão do nosso Deus? Podemos fazer projeções e formar imagens de Deus ou de Jesus? Como Ele se revela? Não é natural que concebamos representações ideológicas ou projeções religiosas de Deus?
§         O que é uma imagem?  - Denota uma representação material de um animal, de um ser humano ou de uma forma mista, usada para propósitos de adoração; para denotar uma relação entre Deus e o homem.
§         É a representação de alguma coisa real ou irreal, física ou metafísica, por desenho, pintura, escultura ou projeção humana.

Este mandamento declara explicitamente:
1.     De que natureza Deus é e com que modalidade de culto deve ser adorado e honrado, para que Lhe não ousemos atribuir algo sensório.
2.     Deus não quer que Seu legítimo culto seja profanado mediante ritos supersticiosos. Por isto Ele afasta totalmente as insignificantes observâncias materiais que nossa mente tão finita  costuma inventar quando O concebe.
3.     Seu legítimo culto é espiritual, e estabelecido e instruído por Ele mesmo, e não pelos desejos humanos de cultuá-Lo.
4.     As formas mais grosseiras de idolatria são: idolatria exterior,  e um culto feito sob o “que o ser humano acha que deve ser” e não como Ele gostaria que fosse.

OBS- Alguns pastores, professores e líderes da igreja conceituaram o culto divino como algo que deve ser “atrativo para os jovens”. Eles querem fazer um culto gostoso aos sentidos humanos, para que não faltem adoradores na casa de Deus. Mas seu enfoque está equivocado. Porque?
a) O culto não é feito para o adorador e sim para O adorado. Não importa quantos adoradores há em nossa igreja no Sábado pela manhã. É claro que seria muito bom que nosso templo estivesse sempre lotado. Mas o que mais deve nos comover é se Deus realmente estará conosco e aceitará “esse nosso culto”. O homenageado é Deus e não os ouvintes. Se o culto é um presente a Ele, devo oferecê-lo como Ele deseja. Ë assim que fazemos quando presenteamos a alguém.
b) A parte principal do culto não é a música, as apresentações que possam existir ou falatórios bonitos, mas a adoração espiritual a Ele. O culto também não é primordialmente evangelístico, mas para adoração. E o AT mostra-nos isto claramente. O templo de Jerusalém não possuía o aspecto evangelístico que hoje estamos querendo colocar em nossos cultos. Os pagãos deveriam assistir os cultos no templo, e impressionados com a grandeza, misericórdia e poder de Jeová, se converteriam a Ele e passariam também a adorá-lo com os israelitas.  Talvez hoje, o nosso culto seja tão fraco no evangelismo por este motivo: estamos apresentando excelentes conjuntos, lindos sermões, mas nunca a adoração verdadeira que o Criador merece. Palavras ou música não transformam ninguém, se antes a Pessoa do Criador não for apresentada.

COMO OBSERVAR ESTE MANDAMENTO?

1-  Jamais devemos fazer deuses fundidos, isto é, construir deuses ou imagens divinas através do processo de fundição. Êxo. 34.17.
a)  também são proibidas imagens de seres vivos, como animais, homens ou mulheres. Deut. 4.15-18.  Israel chegou a usá-las. I Reis 12.28-31.
2-  Os passos que nos levam à idolatria não começam quando fundimos deuses, mas quando às costas a Deus. Lev. 19.4. Portanto todos nós somos, em potencial, idólatras. Para não cair  neste pecado, precisamos vigiar sempre, procurando desenvolver um relacionamento genuíno com Jesus a cada dia.
3-  Jamais devemos reverenciar as estrelas, o sol e a lua. Deut. 4.19-20.
A astrologia (arte metafísica de adivinhar por meio de astros)  não tem nenhuma ligação com a astronomia (ciência moderna e avançada que estuda a constelação física das estrelas e o universo em geral). A astrologia não tem nenhuma base científica.
4- O casamento misto (cristão com incrédulo) pode nos levar à idolatria.
a)  Na vida a dois, pela associação diária, o cristão vai perdendo seus valores e conceitos espirituais. Perde a noção do certo e do errado, e facilmente passa a adorar coisas e idéias contrárias ao primeiro mandamento.
b) O incrédulo é incrédulo porque vive para este mundo e ao que ele oferece. Não deseja viver conforme as expectativas de Deus. Valoriza então como seu deus o dinheiro, os prazeres do mundo, a posição, etc. O cônjuge cristão poderá facilmente passar a adotar esses princípios errados em sua vida também.
c)  EX- os filhos de Sem, as filhas de Ló, os israelitas, Sansão- todos estes são exemplos desta verdade bíblica.
d) “Ligaram-se matrimonialmente com os cananeus, e a idolatria espalhou-se como uma praga por toda a terra”. Patriarcas e Profetas, pág. 582. Salm. 106. 34-40.
5- As associações, convivência com incrédulos e mesmo acordos de todos os tipos podem levar o cristão ao mesmo nível do cônjuge casado com um incrédulo. Os motivos acima citados são válidos para ambos os casos. 
a) Israel, quando entrou em Canaã associou-se aos cananeus em vez de destruí-los. Com o tempo tornaram-se piores do que os ímpios cananeus.
1-  Ezequiel traz uma nova dimensão a este mandamento, dizendo que ele deve ser observado no coração. Ezeq. 14.1-11.
a)  os deuses do coração não são visíveis, passivos de disciplina da sociedade, ou da igreja, mas certamente nos desviam do Senhor e contaminam o pensamento e a vida cristã, tanto quanto os ídolos visíveis o fazem.
6- Jamais devemos aceitar adoração humana.
a)  Paulo e Barnabé guardaram este mandamento, sobretudo quando não aceitaram serem adorados pelos homens e mulheres de Listra. Atos 14. 8-18.
7- A conversão deve levar o novo crente a abandonar os ídolos e os ritos e livros de magia, que também fazem parte da idolatria.
a)  Paulo levou os efésios a este ponto quando os evangelizou. Atos 19.18-19.
b) Deus deseja nossa conversão das ferraduras, dos pés de coelhos e de todas as outras formas de superstição, projeções humanistas e idolatria.
8- Buscar primeiro o reino de Deus, antes de todas as demais coisas. Mat. 6.33.
a)  No sermão do monte, Jesus, o grande doador e intérprete da Lei, mostrou como observá-la. E o capítulo 6 de Mateus nos mostra como Ter a Deus em primeiro lugar em nossa vida, e como não possuir outros deuses além dEle.
b) A comunhão pessoal, a santificação diária, e a dedicação a Seu serviço nos educarão a colocá-Lo sempre em primeiro lugar em nosso viver. E nossa visão será desviada das coisas materiais e temporais (trabalho, dinheiro, sobrevivência, status, posições e riquezas- deuses naturais do coração humano) para Ele, nosso Criador, Redentor e Deus.

CONSEQÜÊNCIAS DE NÃO OBSERVARMOS ESTE MANDAMENTO.

1-  Maldito e abominável a Deus será, e o povo dirá amém. Deut. 27.15.
2-  Castigo, exílio, vergonha e destruição total desta vida. Quem não toma cuidado com a idolatria visível ou invisível, mais cedo ou mais tarde terá sua vida destruída como conseqüência natural de seu pecado. Perderá tudo o que conseguiu para sua prórpia destruição. (Dinheiro, emprego, imóveis, móveis, posições, fama, prazeres, e pode ser que até mesmo a família, a saúde e a vida).
a)  Israel (as 10 tribos). Todos os reis de Israel tanto toleraram a idolatria com incentivaram-na no país, e alguns, como Acabe, casaram-se com mulheres de outras nações, idólatras, para que sua idolatria fosse completa. Sua principal forma de idolatria eram os postes-ídolos e árvores ao lado do altar ou colunas. Resultado: bem mais cedo do que Judá, em 722  A.C. Israel foi invadido, levado cativo e praticamente destruído pelos assírios. Nunca mais as 10 tribos do norte figuraram em algum lugar como uma nação independente. Muitos foram mortos, muitas famílias foram destruídas ou separadas para sempre, além do que entraram num sincretismo religioso do qual nunca mais se separaram.
b) Judá. Houve os chamados reis maus, que fizeram o que Deus não queria e ainda apoiaram a idolatria; os reis bons, que fizeram o que Deus queria, mas toleraram a idolatria; os reis excelentes, que fizeram o que Deus queria e ainda derrubaram os lugares altos e proclamaram reformas no meio do povo- Ezequias e Josias. Resultado: demoraram bem mais tempo do que Israel para irem ao cativeiro, mas ele veio, em 605 e depois definitivamente em 586 A.C., quando Jerusalém foi destruída, o belíssimo templo de Salomão virou cinzas e todo o povo, a não ser os inválidos da sociedade foram deportados para a Babilônia. Mas, devido a esta relativa devoção, Deus ainda lhes deu nova chance de continuarem sendo Seu povo, e de cumprirem Seus desígnios.
c)  Depravação total do caráter. EX- os cananeus, nos servem como exemplo de tudo o que acontece com os povos idólatras do mundo.
- Tornaram-se semelhantes aos deuses que adoravam. Sal. 115.8. Tornaram-se então sanguinários, cruéis, sensuais, promíscuos e desenfreados.
- Baal, e Astarote, sua esposa, eram seus principais deuses. Os Baalins eram imagens de Baal. Asera era um poste sagrado, cone de pedra, ou um tronco de árvore, que representava a deusa.
- Os “Lugares Altos”, como já vimos seu principal lugar de adoração, continham imagens e placas ornamentais de Astarote, exibindo, grosseriramente exagerados, os órgãos sexuais, destinados à provocação de desejos sexuais.
- Seus sacerdotes, escolhidos a dedo e muito honrados e venerados, eram homossexuais, sodomitas e prostitutas.
- Haviam as sacerdotizas e sacerdotes que viviam para estas funções. Os cananeus eram povos agrários, e dependiam totalmente da chuva, do sol e dos campos para viverem. Por isto, cultuavam Baal, seu maior deus, mantendo relações sexuais com as sacerdotizas. Ejaculavam seus espermatozóides na terra para que seu deus lhes enviasse a chuva e a fertilidade que precisavam, tanto na agricultura como no casamento.
- Havia também o costume de, quando a menina tivesse sua primeira menstruação (menarca), era levada ao templo para oferecer sua virgindade a serviço dos deuses, sendo usada sexualmente pelos homens que iam ao templo para adorar. Algum tempo depois voltava para seus pais para seguir sua vida normal.
- O menino, ao atingir a idade de 12 anos, era feito “efebo” de um homem adulto, que bem poderia ser casado ou não. Acreditavam que tendo relações homossexuais com homem mais velho, e andando com ele, o menino desenvolveria suas capacidades naturais, amadureceria para as responsabilidades futuras, e sua masculinidade seria fortalecida. Portanto, era muito comum os homens serem bissexuais.
- Em muitas oportunidades o filho primogênito poderia ser sacrificado aos deuses. A Baal; quando se ia construir uma casa, cujo corpo da criança era metido no alicerce, a fim de trazer felicidade para o resto da família; e outras ocasiões de agradecimento.
- Por isto não nos choca a idéia de Deus em destruí-los completamente.
FONTE: Manual Bíblico, H.H. Halley pág. 129. Editora Vida Nova.
3-  A idolatria, além de cortar nosso relacionamento com Deus, nos deprava tanto que nos tornamos covardes e incapazes diante dos desafios da vida.
- foi o que ocorreu com os israelitas no tempo dos juízes. Não tinham coragem nem força de enfrentarem seus inimigos em nome do Senhor. ( Leia todo o capítulo “Os Primeiros Juízes”  do livro Patriarcas e Profetas, Ellen White, CPB).
4- A idolatria dos pais certamente afetará o caráter dos filhos, levando-os também às mesmas conseqüências.
a) Israel: “... os pais haviam preparado o caminho para a apostasia de seus filhos. O desacato às instruções do Senhor disseminou sementes de males, as quais continuaram a produzir amargos frutos por muitas gerações”.  Patriarcas e Profestas, pág. 583.
5- Perda desta vida, como da vida eterna. I Cor. 6.9-10.
a) EX- o jovem rico: perdeu suas riquezas na destruição de Jerusalém, bem como sua salvação eterna.  Desejado de Todas as Nações, pág.

CONSEQÜÊNCIAS POSITIVAS PARA QUEM OBSERVAR ESTE MANDAMENTO.
1.     Deus concede Sua eterna misericórdia a quem observa este mandamento. Êxo. 20.6.
2.     Sua misericórdia renova-se a cada dia sobre o fiel. Joel 2.12-13.
3.     O fiel torna-se santo, puro e semelhante ao Criador. Deut. 4.15-19. EX- Gideão, Josias, Ezequias e Daniel e seus 3 amigos.

APÊNDICE
PORQUE O HOMEN FAZ IMAGENS DE DEUS? Porque é tão natural para o homem fazer projeções da divindade? Como explicar a idolatria em todas as épocas, em todas as civilizações e em todos os homens no mundo? Por que o homem não se dá por satisfeito só com Deus?
ü      Deus é invisível, mas as imagens são visíveis. Através do visível, o homem busca segurança. Psicologicamente é muito mais fácil dominar o visível do que o invisível.
ü      Um deus visível pode ser alterado, modificado, manipulado. E o homem que cria uma imagem mais cedo ou mais tarde  vai abandoná-la. Como este deus é impessoal, é fácil desistir dele pois não há relacionamento, e sem relacionamento não há compromisso.
ü      Como as imagens podem ser manipuladas, fica confortante a idéia de mudar meu deus segundo minhas aspirações e planos egoísta. Na verdade, a religião do idólatra é SEU PRÓPRIO EU.

PODEMOS USAR FIGURAS, ILUSTRAÇÕES VISUAIS PARA REPRESENTAR AS LIÇÕES DA BÍBLIA?
ü      Não há qualquer problema, desde que estas ilustrações não estejam desvinculadas com a mensagem bíblica, e que não sejam encaradas  como “realmente foi assim que ocorreu”, ou que sejam usadas para veneração.
ü      Deus Pai e Deus Espírito Santo jamais devem ser representados graficamente por meio de imagens, pois Ele não podem ser concebidos pela mente humana, e fazê-lo, diz o segundo mandamento, é pecado. Jesus pode ser concebido porque tomou a forma humana, e nesta dimensão podemos até representá-lo. Mas jamais pensarmos em Sua forma divina.
ü      As ilustrações devem ser usadas com fins educativos, para que a exposição da verdade fique mais fácil e atraente para o ouvinte.
 Fonte: A ética dos 10 mandamentos.

APELO: DEUS É INCOMPARAVELMENTE E DEUS. É ESPÍRITO E IMPORTA QUE ASSIM SEJA ADORADO-  João 4. 20-24.
FONTE: A ética dos 10 mandamentos, H.U.Reifler, Vida Nova 

Pr. MARCELO AUGUSTO de CARVALHO SP 1997

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A Posição da Igreja Adventista em Relação ao Cuidado dos Pacientes Terminais


Para as pessoas guiadas pela Bíblia, a realidade da morte é reconhecida como parte da atual condição humana, afetada pelo pecado (Gên. 2:17; Rom. 5; Heb. 9:27). “Há tempo de nascer, e tempo de morrer” (Ecl. 3:2).

Embora a vida eterna seja um dom concedido a todos os que aceitam a salvação por meio de Jesus Cristo, os fiéis cristãos aguardam a segunda vinda de Jesus para a completa possessão de sua imortalidade (João 3:36; Rom. 6:23; 1 Cor. 15:51-54).

Enquanto esperam pela volta de Jesus, os cristãos podem ser chamados a cuidar dos pacientes terminais ou mesmo a enfrentar sua própria morte.

A dor e o sofrimento afligem a vida de cada ser humano. Os traumas físicos, mentais e emocionais são universais. Contudo, o sofrimento humano não tem qualquer valor meritório ou expiatório.

A Bíblia ensina que nenhuma quantidade ou intensidade de sofrimento humano pode expiar o pecado. Apenas o sofrimento de Jesus Cristo é suficiente. As Escrituras exortam os cristãos a não se desesperarem nas aflições, instando com eles a que aprendam a obediência (Heb. 5:7 e 8), a paciência (Tia. 1:2-4) e a perseverança nas tribulações (Rom. 5:3).

A Bíblia também testifica do poder triunfante de Jesus Cristo (João 16:33) e ensina que o ministério ao sofrimento humano é um importante dever cristão (Mat. 25:34-40). Este foi o exemplo e o ensino de Jesus (Mat. 9:35; Luc. 10:34-36), e esta é a Sua vontade para nós (Luc. 10:37). O cristão olha com antecipação para um novo dia em que Deus porá fim ao sofrimento para sempre (Apoc. 2 1:4).

O progresso da medicina moderna tem contribuído para a complexidade de decisões acerca do cuidado de pacientes terminais. No passado, pouco podia ser feito para prolongar a vida humana. Mas a capacidade da medicina atual para prevenir a morte tem gerado dificuldades morais e questões éticas. Que restrições coloca a fé cristã sobre o uso de tal capacidade? Quando deve o objetivo de protelar o momento da morte dar lugar ao objetivo de aliviar a dor no final da vida? Quem pode apropriadamente tomar estas decisões? Que limites, se há algum, deve o amor cristão colocar sobre procedimentos destinados a pôr fim ao sofrimento humano?

Tornou-se comum discutir a eutanásia. Muita confusão existe a respeito dessa palavra. O significado original e literal do termo era “boa morte”: Agora, o termo é usado de duas maneiras significativamente diferentes. Com freqüência, fala-se da eutanásia ativa” ou “morte misericordiosa”, o tirar intencionalmente a vida de um paciente a fim de evitar a morte dolorosa ou aliviar os encargos para a família ou a sociedade.

Contudo, usa-se também a expressão “eutanásia passiva” (impropriamente, na visão dos adventistas) para se referir à recusa ou retirada de intervenções médicas que artificialmente prolongam a vida humana, permitindo desse modo que a pessoa morra naturalmente.

Os adventistas crêem que permitir que um paciente morra, privando-o de intervenções médicas que apenas prolongam o sofrimento e adiam o momento da morte, é moralmente diferente de medidas que têm como intenção primária tirar diretamente a vida.

Os adventistas procuram tratar os problemas éticos do final da vida de maneiras que demonstrem sua fé em Deus como o Criador e Redentor da vida e que revelem como a graça de Deus os têm habilitado para atos de amor ao próximo. Enfatizam a criação da vida humana por Deus, um maravilhoso dom digno de ser protegido e mantido (Gên. 1 e 2). Também enfatizam o maravilhoso dom da redenção oferecido por Deus e que provê vida eterna para aqueles que crêem (João 3:15; 17:3).

Portanto, eles apóiam o uso da medicina moderna para prolongar a vida humana. Todavia, essa habilidade deve ser utilizada de maneira compassiva que revele a graça divina, minimizando o sofrimento. Sendo que temos a promessa de Deus de vida eterna na Terra renovada, os cristãos não precisam apegar-se ansiosamente aos últimos vestígios de vida neste mundo. Nem é necessário aceitar ou oferecer todos os tratamentos médicos possíveis, que meramente prolongam o processo de morrer.

Os adventistas têm o compromisso de cuidar da pessoa como um todo. Eles estão preocupados com o cuidado físico, emocional e espiritual dos pacientes terminais. Para isso, oferecem os seguintes princípios baseados na Bíblia:

1. Uma pessoa que se aproxima do final da vida e é capaz de compreender merece saber a verdade acerca de sua condição, as opções de tratamento e os possíveis resultados. A verdade não deve ser negada, mas partilhada com amor cristão e sensibilidade adequada às circunstâncias pessoais e culturais do paciente (Efés. 4:15).

2. Deus concedeu aos seres humanos a liberdade de escolha e pede-lhes que a usem responsavelmente. Os adventistas crêem que a liberdade se estende às decisões quanto ao tratamento médico. Depois de buscar a orientação divina, considerar os interesses daqueles que são afetados pela decisão (Rom. 14:7) e pesar o conselho médico, a pessoa que é capaz de decidir deve determinar se aceita ou rejeita as intervenções médicas que prolongam a vida. Essas pessoas não devem ser forçadas a submeter-se a tratamento médico que acham inaceitáveis.

3. O plano divino é que as pessoas vivam dentro de uma comunidade familiar e de fé. As decisões sobre a vida humana são melhor tomadas dentro do contexto de saudáveis relações familiares depois de considerar o conselho médico (Gên. 2:18; Mar. 10:6-9; Exo. 20:12; Efés. 5 e 6).

Quando um paciente terminal é incapaz de dar consentimento ou expressar preferências concernentes à intervenção médica, tais decisões devem ser tomadas por alguém escolhido pelo próprio paciente. Se ninguém foi escolhido, alguém próximo a ele deve tomar a decisão.

Exceto em circunstâncias extraordinárias, os profissionais médicos ou legais devem acatar decisões sobre intervenções médicas para um paciente terminal feitas por aqueles que são os mais próximos ao indivíduo. Os desejos ou decisões do indivíduo deveriam ser escritos e estar de acordo com as normas legais vigentes.

4. O amor cristão é prático e responsável (Rom. 13:8-10; 1 Cor. 13; Tia. 1:27; 2:14-17). O amor não nega a fé nem nos obriga a oferecer ou aceitar intervenções médicas cujos agravantes superem os prováveis benefícios. Por exemplo, quando o tratamento médico meramente preserva as funções físicas, sem esperança de retorno do paciente à consciência mental, é fútil e pode, em sã consciência, ser recusado ou removido.

Semelhantemente, os tratamentos médicos que visam prolongar a vida podem ser omitidos ou descontinuados se apenas contribuem para o sofrimento do paciente ou prolongam desnecessariamente o processo da morte. Qualquer atitude tomada deve estar em harmonia com as injunções legais

5. Conquanto o amor cristão possa levar à recusa ou retirada de intervenções médicas que apenas aumentem o sofrimento ou prolonguem a condição de moribundo, os adventistas não praticam a “morte misericordiosa”, nem auxiliam no suicídio (Gên. 9:5 e 6; Exo. 20:13; 23:7). Eles se opõem à eutanásia ativa, o tirar intencionalmente a vida de uma pessoa sofredora ou moribunda.

6. A compaixão cristã demanda o alívio do sofrimento (Mat. 25:34-40; Luc. 10:29-37). No cuidado dos moribundos, é responsabilidade do cristão aliviar a dor e o sofrimento ao máximo possível, sem utilizar a eutanásia ativa. Quando está claro que a intervenção médica não vai curar o paciente, o objetivo primário da assistência deve ser substituído pelo alívio do sofrimento.

7. O princípio bíblico de justiça prescreve que deve ser dada assistência adicional às necessidades daqueles que estão indefesos e dependentes (Sal.82:3 e 4; Prov. 24:11 e 12; Isa. 1:1-18; Miq. 6: 8; Luc. 1:52-54). Por causa de sua condição vulnerável, deve-se tomar cuidado especial para assegurar que os moribundos sejam tratados com respeito por sua dignidade e sem injusta discriminação. O cuidado pelos moribundos deve basear-se em suas necessidades médicas e espirituais e suas escolhas expressas, e não em percepções do seu valor social (Tia. 2:1-9).

À medida que os adventistas procuram aplicar esses princípios, eles obtêm esperança e coragem pelo fato de saberem que Deus responde às orações de Seus filhos e é capaz de operar miraculosamente por seu bem-estar (Sal. 103:1-5; Tia. 5:13-16). Seguindo o exemplo de Jesus, também oram para aceitar a vontade de Deus em todas as coisas (Mat. 26:39). Confiam que podem invocar o poder de Deus para ajudá-los a cuidar das necessidades físicas e espirituais dos sofredores e moribundos. Sabem que a graça divina é suficiente para habilitá-los a suportar a adversidade (Sal. 50:14 e 15). Crêem que a vida eterna para todos os que têm fé em Jesus está assegurada no triunfo do amor de Deus.

Esta declaração de consenso foi aprovada e votada pela Comissão Executiva da Associação Geral em 9 de outubro de 1992, durante sessão do Concílio Anual realizado em Silver Spring, Maryland.

O leilão de Satanás



Homem de pequena fé, por que duvidaste? Mat. 14:31.

Gostaria de convidá-lo para assistir a um leilão imaginário comigo. Eis a cena: Satanás acaba de anunciar sua aposentadoria para os anjos maus. Para levantar uma quantia adequada de dinheiro para sua aposentadoria, ele decide leiloar as fórmulas de vários comportamentos pecaminosos.

O leilão toma toda a manhã e avança pela tarde. Satanás grita: “Tenho a fórmula da mentira. Qual é o seu lance? Aqui está a fórmula especial da desonestidade. Quanto dão por ela? Castelos, palácios, propriedades no campo? Quanto vocês vão dar pela fórmula da avareza ou do orgulho. Quanto? Sim, qual é o seu lance?”

Cada fórmula está guardada em um vaso especial de ouro envolto em uma névoa. Logo, todos os vasos são arrematados… exceto um. Os anjos maus gritam: “Você deve vender este também! Daremos nossos palácios mais luxuosos em troca dele.”

“Não”, responde Satanás. “Esta fórmula é usada para professos cristãos. Ela funciona quase todas as vezes. Quando estão sob o efeito dela, eles ficam sem defesa contra o pecado.”

“Diga-nos, pelo menos, qual é a fórmula”, os anjos insistem.

“É a dúvida”, Satanás responde. “Esta fórmula induz os cristãos a duvidar do amor de Deus. É a minha arma mais poderosa. Nunca venderei esta fórmula, porque se eu puder fazer com que os cristãos vivam em um mundo de incertezas e dúvidas, posso levá-los a cometer qualquer outro pecado. Quando lhes falta certeza, eles ficam vulneráveis.”

Satanás usou essa fórmula repetidas vezes com Jesus, no deserto. A introdução de seus desafios a Cristo era: “Se Tu és o Filho de Deus.”

A dúvida foi a estratégia de Satanás naquela ocasião, e é sua estratégia hoje. “Satanás está pronto para nos subtrair as benditas promessas de Deus. Deseja arrebatar da alma toda centelha de esperança e todo raio de luz; mas não lhe deve permitir fazê-lo.” – Caminho a Cristo, pág. 53.

Diariamente, encha sua mente com pensamentos sobre o amor de Deus. Pense: Deus me ama. Sou Seu filho. Ele não quer que eu me perca. Ele nunca me abandonará. Deus está falando diretamente comigo quando diz, em Jeremias 31:3: “Com amor eterno Eu te amei.” Aposto minha vida nisto.

Pr. Mark Finley – Sobre a Rocha.

Jesus é um anjo, uma criatura de Deus ou Ele é Deus?


Em Judas no verso 9 é dito que Jesus não teve poder para combater o Diabo?
Rom. 14:17 e 20 afirma que podemos comer qualquer alimento?
Quando começa o sábado? É a meia – noite ou ao pôr – do –sol?
O poder nossa fé pode mudar a vontade de Deus para a nossa vida?
Na leitura da Bíblia, todas as aplicações devem ser tomadas para nosso tempo?
Jesus foi o primeiro a ser ressuscitado e subiu ao céu?
Se Jesus foi gerado pelo Espírito Santo como Ele chama Deus de Pai?
Onde fica o espírito de uma pessoa que fica em possessão demoníaca?

Mulheres: o que não vestir



Em 1 Timóteo 2:9, o Senhor oferece três orientações que ajudam as mulheres cristãs a descobrir o que usar e o que não usar: “As mulheres se vistam modestamente, com decência e discrição.” Vamos examinar essas três diretrizes para nos ajudar a assegurar que nossos looks estão em boa ordem, devidamente arrumados e prontos para mostrar Cristo.

É conveniente ou inconveniente? Kosmio é a forma descritiva do substantivo grego kosmos (colocar em ordem, balancear, enfeitar ou decorar), que está relacionada com a palavra “cosmos” – universo. Os gregos entendiam que o universo deve ser um ordenado, integrado e harmonioso todo. Kosmos é o oposto do caos. Assim, quando Paulo disse para as mulheres que seu adorno deveria ser kosmio, quis dizer que, como o universo, todas as peças devem ser dispostas de forma harmoniosa com as outras partes. Deve ser “conveniente”, isto é, apropriado ou adequado. Dado o contexto, creio que Paulo estava querendo dizer que nosso adorno deveria ser decente numa série de níveis diferentes.

Em primeiro lugar, a roupa deve ser apropriada, adequada e coerente com sua característica de filha de Deus. Mas também deveria ser apropriada ao seu tipo de corpo, apropriada para sua feminilidade, apropriada para seu marido, apropriada para as outras roupas que você está vestindo, e apropriada para a ocasião e o lugar em que você pretende usá-la. Há uma quantidade tremenda de orientação nesta pequena palavra: conveniente. Ela desafia você a avaliar suas roupas, sapatos, bolsas, maquiagem e cabelo de vários ângulos como parte do conjunto harmonioso e integrado de toda a sua vida – para alinhar visível com o invisível e o temporal com o eterno. Ela desafia você a trazer uma perspectiva cósmica a ser considerada em suas decisões cotidianas.

Gosto da palavra que Paulo escolheu. Ela tem implicações enormes. Kosmio significa que o look de uma mulher cristã deve ser consistentemente definido, por dentro e por fora. Isso desafia aqueles que colocam uma ênfase excessiva na aparência externa, bem como aqueles que negligenciam sua aparência pessoal. É um corretivo para as mulheres que se vestem de maneira extravagante. É um corretivo para aquelas que se vestem sedutoramente. Mas também é um corretivo para aquelas que pensam que “santo” significa desmazelado, feio, não feminino e fora de moda. “Conveniente” mostra que andar de jeans largado e camisetas o tempo todo é tão inadequado quanto ser obcecada por roupas estilosas. Isso significa que a aparência de uma mulher deve ser bem definida. Deve ser agradável e atraente – por dentro e por fora.

É decente ou indecente? A segunda palavra, aidous, baseia-se no termo grego para “vergonha” e “desgraça”. A palavra é uma mistura de modéstia e humildade. Quando penso numa palavra que personifica esse conceito, eu penso numa aproximação de Deus com reverência. Trata-se de uma sensação de deficiência, de inferioridade ou indignidade. Sugere vergonha, mas também um sentimento correspondente de reverência e de honra para a autoridade legítima. É o oposto de insolência, imprudência, desrespeito ou ousadia. Olhar cabisbaixo é o oposto de um olhar desafiador.

Então, vestir-se com reverência significa que você está constrangida? Não. Significa que sua roupa diz a verdade sobre o evangelho. Sua roupa mostra ao mundo que Jesus cobre a sua vergonha e a torna decente. Suas roupas cobrem sua nudez como a roupa de Cristo cobre o seu pecado.

Vestir-se com reverência significa que você escolheu as roupas que são decentes aos olhos dEle, não roupas que são provocantes, sedutoras e que valorizam a nudez. Quando se veste decentemente, você reconhece que Deus ordenou que roupas são para cobrir, e não para chamar a atenção para sua pele nua. Você se veste de respeito por Ele, pelo evangelho, pelos irmãos em Cristo – e por respeito a quem Ele fez você para ser. Decência significa que você concorda com o Senhor sobre o verdadeiro propósito de se vestir e deixa de lado o seu próprio interesse para se vestir de uma forma que exalte Cristo.

Então, naquele vestiário, tentando entrar naquela saia, tenha tempo para se sentar, dobrar-se e esticar-se na frente do espelho, e pergunte a si mesma: Esta saia é decente? Ele faz o que deveria fazer? Será que irá me cobrir devidamente? Será que vai ajudar a mostrar minha nudez – ou vai exaltar o evangelho de Cristo?

É moderada ou excessiva? A última coisa a se perguntar sobre a roupa é se é moderada ou excessiva. Paulo usa a palavra grega sophrosunes. Significa “uma mente sã; que inibe desejos e impulsos, autocontrolada, sóbria”. A palavra indica que nosso adorno deve ser razoável e não louco. Devemos controlar nossos impulsos e evitar os extremismos da moda, penteados e maquiagem. Também devemos evitar gastar loucas quantias de dinheiro ou lotar nossos armários com uma quantidade insana de roupas. Devemos governar nossas escolhas de vestimenta com um sentido de moderação, simplicidade e autocontrole. Se a roupa é extremamente louca, insanamente cara ou se é loucura por você estar comprando outra, então você deve ignorá-la.

Entender o propósito das vestimentas e perguntar a si mesma as três questões – É conveniente? É decente? E é moderada? – vai ajudar você a descobrir como se vestir. E não se esqueça de incluir o seu “Ajudador” no processo. O Espírito Santo é uma inestimável fonte de ajuda quando se trata de descobrir se sua aparência glorifica ou não a Deus. Se seu coração é reto e você busca Sua orientação, Ele será seu consultor pessoal de estilo e vai ensinar o que e o que não usar.

(Mary Kassian, via Megaphoneadv)

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