quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Salmo 5 - Deus é Rico em Misericórdia


Por acaso você já fez alguma oração que não foi atendida? Você já clamou a Deus para que a sua oração fosse ouvida? Que a sua voz fosse escutada nos altos Céus? Já foi decepcionado por não ter tido uma resposta pronta e imediata de Deus?

Muitas vezes os filhos de Deus se defrontam com esse tipo de problema. Oramos a Deus e não somos atendidos como esperávamos. Clamamos ao Senhor em busca de respostas, e parece que não somos ouvidos. Os Céus se nos afiguram de bronze e nossas orações são incapazes de penetrá-los. Uma jovem, profundamente angustiada, disse ao seu pastor, num tremendo desabafo: “Pastor, as minhas orações não passam do teto. O que eu devo fazer?”

I – DEUS OUVE AS NOSSAS ORAÇÕES (v. 1-3)

Davi estava em profunda aflição. Este salmo ainda foi escrito no contexto da revolta de Absalão contra o seu pai. Então, Davi faz uma oração singular: “1 Dá ouvidos, Senhor, às minhas palavras e acode ao meu gemido. 2 Escuta, Rei meu e Deus meu, a minha voz que clama, pois a ti é que imploro.”

Ele ora para que Deus ouça a sua oração. Ele já havia orado para que Deus se manifestasse em livramento dos seus inimigos; “Salva-me, Deus meu” (Sl 3:7). Agora, ele pede, ele suplica, ele implora que Deus atenda à sua prece.

Será que Deus ouve as nossas orações? Ele sempre ouve as nossas preces. Seus ouvidos estão sempre, dia e noite, se inclinando para nos ouvir em todo o nosso mais íntimo desejo da alma. Pode ser que nem sempre vai responder exatamente como nós queremos, mas Ele vai nos atender seguramente através dos recursos infinitos da Sua onipotente graça.

Deus atendeu ao clamor do povo de Israel que vivia as maiores angústias em escravidão sob o domínio de Faraó no Egito. Ele atendeu à Ana, que era estéril, dando-lhe um filho que se tornou no profeta Samuel. Ele atendeu à oração mais curta do evangelho, quando Pedro, afundando nas águas revoltas do mar da Galiléia, clamou: “Salva-me, Senhor!” Ele atendeu à igreja primitiva quando orou pela libertação do mesmo apóstolo Pedro que dormia na prisão. E seguramente, há de responder à nossa prece, elevada ao Céu com fé humilde, para que se cumpra a soberana vontade divina.

Davi se dirige a Deus como “Rei meu e Deus meu.” Ele sempre reconheceu o reinado soberano de Deus. Ele sabia que era apenas um representante do Rei celestial, e estava pronto a depor a sua coroa diante do Eterno. A rainha Elizabeth II, quando pela primeira vez ouviu o “Aleluia de Handel”, quebrou o protocolo e, para admiração de todos os seus oficiais, levantou-se em humilde reconhecimento diante de Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

II – DEUS ODEIA AOS ÍMPIOS? (V. 4-6)

Aqui temos a base da oração de Davi para que fosse atendido: “Pois tu não és Deus que se agrade com a iniqüidade, e contigo não subsiste o mal.” (v.4). Deus é tão puro de olhos que não pode contemplar o mal. E os inimigos de Davi estavam praticando a maldade e, portanto, a sua oração, o seu clamor era justo.

Davi sabia argumentar com Deus e, muitas vezes, nós oramos sem apresentar esses argumentos inspirados. Se a nossa causa é justa e está de acordo com a verdade e a justiça de Deus, então devemos dizer isso mesmo na nossa oração para Aquele que sonda os corações, e estamos certos de que seremos atendidos. Davi dizia: Senhor, ouve-me porque Tu não podes permitir que os meus inimigos continuem na prática de suas perversidades! Isso não está de acordo com os Teus atributos de justiça!

O verso 5 (Sl 5:5) é uma passagem difícil. A palavra “aborreces” é uma tradução de “sâné” que significa “odiar” (Dicionário Heb. de Strong). Deus odeia a todas as formas do mal; mas não é isso o que o salmista está dizendo. Ele disse: “aborreces (odeias) a todos os que praticam a iniquidade.”

Mas como pode Davi afirmar que Deus odeia aos ímpios? Não disse Cristo “Amai os vossos inimigos”? (Mt 5:44). Semelhantemente, como nosso Pai celestial, que ama aos Seus inimigos, fazendo nascer o Seu sol sobre maus e bons, e envia as chuvas sobre justos e injustos (v. 45), assim devemos amá-los. Não parece contradição? Há 3 maneiras para se entender isso:

1- Na Bíblia, odiar significa “amar menos”, independentemente de quem se refere. Lemos as palavras de Cristo: “Se alguém vem a mim e não aborrece (gr. miséô = detestar, odiar) a seu pai, e mãe ... não pode ser meu discípulo.” (Lc 14:26).

Muitas pessoas ficaram perplexas ao ler estas palavras: como pode Cristo nos recomendar que odiemos aos pais, quando a própria Lei nos manda honrá-los? (Êx 20:12). A palavra original do grego (miséô), significa “odiar, detestar, amar menos” (Cf. Dic. Grego de Strong). Mas se lermos a mesma passagem em Mateus, notamos a coerência de tal interpretação:

“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim” (Mt 10:37). No caso do Salmo 5:5, Davi estaria dizendo que Deus ama menos aos ímpios do que aos justos. E todos poderiam justificar a Deus nessa atitude. Mas como funciona isto, julgo que ninguém sabe, senão só Ele. Mas ainda Ele os ama muito, dando-lhes vida, saúde, prazer, felicidade e dias prósperos.

2- O segundo ponto de vista: Davi está personificando o mal que Deus abomina. Deus odeia a iniquidade. Entretanto, quando os ímpios se identificam com a iniquidade, são personificados no próprio mal que praticam. Então, dizer Davi que Deus odeia os malfeitores é o mesmo que dizer que Ele odeia o mal.
E, quando Ele destruir o mal num sentido escatológico, também destruirá a todos os que estão identificados e personificados com o mal. Esse fato apocalíptico e escatológico se pode ver claramente na versão de Almeida Antiga, nas palavras do v. 6: “Destruirás (futuro) aqueles que proferem a mentira; o Senhor aborrecerá o homem sanguinário e fraudulento”.

3- Outro modo de ver como pode Deus odiar aos ímpios, é pelo antropomorfismo: é uma forma de pensamento que atribui características ou aspectos humanos a Deus; é explicar a divindade em linguagem humana. Se não entendermos a Bíblia nos seus termos, jamais conheceremos a verdade. Mas é difícil traduzirmos a Divindade, em nosso idioma, porque não conhecemos a linguagem divina.

Portanto, temos que usar a nossa própria linguagem, embora seja ela muito limitada para esse propósito. Se “Deus é justo” (Sl 7:11), a Sua ira e ódio tem que se manifestar contra o pecado e pecadores; mas se, ao mesmo tempo, e em igual intensidade, “Deus é amor” (1Jo4:8), tem que revelar a misericórdia mesmo àqueles a quem odeia, sem ser contraditório. Por isso, disse Paulo: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” (Rm 11:33-34).

III – DEUS É RICO EM MISERICÓRDIA (v. 7)

Davi desejava ardentemente se prostrar diante de Deus, em Seu santo templo. Mas isso Ele não considerava apenas um grande privilégio, mas o resultado da riqueza da misericórdia de Deus. Ele estava bem lembrado dos seus hediondos e graves pecados, mas o seu argumento era cheio de fé, exaltando o excelso atributo do caráter de Deus que é a Sua misericórdia. Mas ele não pára aqui; ele conhece por experiência a “riqueza” da misericórdia divina.

Há sempre um “porém” na vida de Davi, pelo que ele diz: “porém eu...”. Os outros me caluniam, me perseguem, me amaldiçoam, me traem; por eles, eu estou perdido. “Porém eu, pela riqueza da Tua misericórdia...”. Os cristãos, semelhantemente, são perseguidos, roubados, caluniados, aprisionados. Mas há sempre um “porém” na vida do cristão. Há sempre um “mas Deus”. É por isso que o apóstolo Paulo dizia aos efésios: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou” (Ef 2:4).

Misericórdia é compaixão despertada pela miséria alheia. Davi se encontrava em miséria: era um rei destronado, pobre, perseguido de morte pelo seu próprio filho Absalão, ainda no contexto do Salmo 3. Ademais disso, ele estava oprimido por suas culpas, além de ouvir seus adversários dizerem que não havia escape para ele. Mas ele tem a esperança de que por essa misericórdia, ele entraria na Casa de Deus e se prostraria diante do Seu santo templo, em temor, ou em reverência. O grande anseio de Davi era poder entrar no templo que ele considerava santo, a fim de adorar ao Senhor na reverência que lhe é devida, no temor que Ele merece, por Sua glória e majestade.

Mas o que vemos em nossos dias? O que fazem os adoradores? Conversam animadamente, comentam negativamente a vida dos outros, observam as pessoas ricas e bem trajadas, menosprezam os pobres e incultos não muito bem vestidos, criticam os líderes e apresentadores, julgam os que erram, sentam e levantam várias vezes, divertem-se com um celular ligado, distraem-se com alguma criança, e a lista vai longe. Parece mais um encontro social. Onde estão os cristãos que chegavam à igreja, cumprimentavam os irmãos sem excessos, procuravam os assentos, se ajoelhavam em oração, tomavam a sua Bíblia para lê-la em silêncio e meditação, procurando um encontro com Deus? 

Mas o que falta a esses adoradores? Falta reconhecer a necessidade que eles têm da misericórdia, falta reconhecer a santidade do templo e a necessidade de reverência. Falta reconhecer o temor de Deus no Seu santo templo. “A verdadeira reverência para com Deus é inspirada por um sentimento de Sua infinita grandeza, e de Sua presença. Com esse sentimento do Invisível, todo coração deve ser profundamente impressionado. A hora e o lugar da oração são sagrados, porque Deus Se encontra ali, e, ao manifestar-se reverência em atitude e maneiras, o sentimento que inspira essa reverência se tornará mais profundo. ‘Santo e tremendo é o Seu nome’ (Sal. 111:9), declara o salmista.” (E.G.White, Mensagens aos Jovens, 251).

IV – DEUS É ÚNICO EM JUSTIÇA (V. 8-10)

Davi faz uma petição coerente após declarar a riqueza da misericórdia divina. “Senhor, guia-me na Tua justiça!” (v. 8). Muitos pedem a misericórdia, se deleitam nela, pregam sobre ela, sonham com ela, e param nisso. O Senhor deseja que o cristão cresça, como disse o apóstolo Pedro: “antes crescei ...” (2Pe. 3:18). Ele deseja que não só reconheçamos a misericórdia divina, mas que tenhamos os nossos olhos voltados para o caminho da justiça, rogando que Deus seja o nosso Guia soberano para a justiça, a fim de que possamos andar no caminho de Deus.

O que significa a justiça de Deus e qual é o Seu “caminho”? Deus é a Fonte da justiça. Só Ele pode ser completamente justo porque só Ele é plenamente sábio e poderoso. É por isso que o salmista recorre a Ele para guiá-lo na justiça. Ele designou o Messias como “Senhor, Justiça Nossa” (Jr 23:6). Ademais, o próprio Davi no Salmo 119, nos declara o que mais é justiça: “A minha língua celebre a Tua lei, pois todos os Teus mandamentos são justiça.” (Sl 119:172). A Lei de Deus e todos os Seus mandamentos são justiça, porque se revelam como uma expressão do caráter de Deus que igualmente é justo.

Mas por quanto tempo? Alguém poderia afirmar que essa Lei é uma questão do Antigo Testamento e que logo seria substituída na nova era messiânica. Então, Davi afirma claramente: “A Tua justiça é justiça eterna, e a Tua lei é a própria verdade.” (Sl 119:142). Alguém poderia ser desviado do caminho da verdade e então, duvidar da eternidade da Lei. Portanto, Davi declarou inspirado por Deus, não só o que é a justiça, como a veracidade e a eternidade da Sua santa Lei.  

Mas por que Davi roga a Deus que o guie na justiça? “por causa dos meus adversários” (v. 8). Davi não pode confiar na sua sabedoria quanto à justiça de seus atos e suplicava para ser guiado e dirigido por Deus, a fim de não se desviar em nada da justiça, por causa dos seus adversários. Ele não podia estar à vontade diante deles. Mas por quê? Como eram os seus adversários?

1- Os adversários eram falsos: “não tem sinceridade nos seus lábios” “e com a língua lisonjeiam” (v. 9). Davi não podia confiar neles, nem quando se aproximavam com muitos elogios, porque sabia que eram falsos, “e proferem mentira” (v. 6). Com efeito, a sinceridade era uma virtude apreciável, no tempo de Davi e em todos os tempos. A hipocrisia, a lisonja, o falso elogio, a mentira e o suborno das palavras sempre foram censuráveis, separando os amigos verdadeiros. Davi se lembrava de alguns de seus oficiais que se diziam fiéis a ele, mas que agora estavam engrossando a fileira dos seus inimigos, zombando e escarnecendo de sua situação aflitiva.

2- Os adversários eram criminosos: “o seu íntimo é todo crimes” (v. 9), eles eram “sanguinários” (v. 6). Eles planejavam nos seus pensamentos mais secretos, e executavam a morte de inocentes. Um exemplo disso foi Joabe, que era comandante do exército de Davi. Ele era um traidor, porque fazia as coisas “sem que Davi o soubesse”, além de ser assassino: ele matou a Abner e a Amasa, grandes oficiais, à traição, com uma espada com a qual os feriu no abdômem, sem que sequer desconfiassem de suas intenções homicidas (2Sm 3:26-27; 20:10).

3- Os adversários de Davi eram corruptos: “a sua garganta é (como) sepulcro aberto”. A sepultura fechada gera a corrupção (Sl 16:10); a sepultura aberta está pronta para receber as suas vítimas e corrompê-las e destruí-las completamente; assim, os adversários estão prontos para receber-nos e levar-nos a perecer na mais sórdida corrupção. Estas palavras, entre outras, foram usadas pelo apóstolo Paulo a fim de ilustrar a depravação universal da humanidade (Rm 3:13).

4- Os adversários de Davi eram ímpios, ou seja, também eram inimigos de Deus. Nem todos os nossos adversários são ímpios; há aqueles que nos perseguem, mas se dizem cristãos. Mas estes eram desprezadores da graça de Deus: eles eram acusados de “muitas transgressões” (v. 10). Isso indica a paciência divina frente à indiferença deles quanto à Sua misericórdia e tolerância. Deus dá muitas oportunidades para os ímpios se converterem de sua posição contrária a toda a justiça. Mas eles respondem com “muitas transgressões”, adicionando pecado a pecado e assim enchendo a sua medida da graça, que um dia se esgotará. 

5- Os adversários eram rebeldes: “pois se rebelaram contra Ti”. Ao se rebelarem contra o rei de Israel estavam se rebelando na realidade contra Deus, porque Davi era um rei teocrático. O grande tema do Salmo 2 da rebelião universal contra o Ungido de Deus ainda pode ser visto nestas palavras. Rebelar-se contra um representante de Deus aqui na Terra, não é rebelar-se contra homens, mas contra o próprio Deus e Seu Ungido, Jesus Cristo. E isso pode ser contra uma autoridade qualquer, seja política, paterna, educacional ou eclesiástica. Muitos estão se rebelando contra políticos ou contra professores, ou contra os administradores ou pastores da obra de Deus. 

Portanto, a oração do salmista é esta: “Declara-os culpados, ó Deus! Caiam por seus próprios planos; rejeita-os... pois se rebelaram contra Ti!” Ele pede que Deus aja como o Juiz de toda a Terra, a fim de aplicar a Sua justiça e dar a cada um conforme as suas merecidas obras. Ele ora para que Ele aplique a Sua sentença judicial, numa declaração legal, e sejam os adversários finalmente condenados e “caiam por seus próprios planos”, que sejam enforcados na forca que eles prepararam para os justos. Que sejam finalmente destruídos.

V – DEUS É A NOSSA PROTEÇÃO (v. 11-12)

Mas o que tem Davi para dizer sobre os justos? 11: “Mas regozijem-se todos os que confiam em ti; folguem de júbilo para sempre, porque Tu os defendes; e em Ti se gloriem os que amam o Teu nome.
12: “Pois Tu, SENHOR, abençoas o justo e, como escudo, o cercas da Tua benevolência.”

Esse texto é tão cheio de riqueza, que é mais claramente percebida ao respondermos a algumas perguntas:

1- O que fazem os justos? (1) Eles confiam em Deus. Aconteça o que acontecer, a sua confiança é o sinal distintivo no meio da multidão de ímpios. (2) Eles amam o nome de Deus. Quando muitos debocham, zombam, ridicularizam, tomam em vão o nome de Deus, os justos amam esse nome e são capazes de dar a própria vida por esse nome que é Maravilhoso (Is 9:6).

2- Como são protegidos os justos? (1) O justo é protegido diretamente por intervenção de Deus. “Tu os defendes”, disse o salmista. Quando Satanás nos acusa, quando os inimigos nos perseguem, quando estamos em tribulação, quando todos estão contra nós, Deus nos defende. Ele é o nosso Advogado, como disse João (1Jo 2:1). (2) O justo é protegido pelas bênçãos de Deus: “Tu, Senhor, abençoas o justo”, e “a bênção do Senhor enriquece” (Pv 10:22), e quando temos riqueza, somos protegidos. (3) Os justos são cercados de bondade: “como escudo, o cercas de Tua benevolência”. Deus é o nosso escudo.

Isso nos lembra de um soldado dos tempos antigos que só se considerava realmente seguro e protegido quando tinha o seu escudo no braço esquerdo, para proteger o corpo inteiro. Assim são protegidos os justos por Deus, que ainda nos cerca de Sua bondade. Como nos cerca a Sua bondade? Qual é a fonte de Sua bondade? Estas são as palavras inspiradas do apóstolo Paulo: “a suprema riqueza da Sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.” (Ef 2: 7).

3- Como vivem os justos? (1) Eles se regozijam. Eles são alegres, mesmo em tempo de tribulação, como acontecia com Davi. (2) Eles descansam em alegria eterna: Eles folgam de “júbilo para sempre”. “Alegria eterna coroará as suas cabeças” (Is 35: 10). (3) Eles se gloriam em Deus: “Em Ti se gloriem”. Uma coisa é se gloriar nas bênçãos; outra coisa é se gloriar no Benfeitor. O noivo se gloria na noiva; os justos se gloriam em Deus. Eles são realmente muito felizes, porque tem a Deus como supremo Salvador e Senhor.

Certo homem tinha um hábito muito desagradável para a sua família e para outras pessoas de sua igreja. Cada vez que ele ficava animado com um assunto da Bíblia, ele gritava com toda a força dos seus pulmões: "Glória aleluia!" E os outros olhavam e ficavam meio constrangidos; e os filhos pensavam: "Por que é que o papai não fica quieto?"

E não era somente na igreja. Às vezes na rua alguém falava alguma coisa da Palavra de Deus, e ele ficava animado, e de repente ele começava a gritar e dizia: "Glória aleluia!"

E às vezes, dentro do ônibus, ele pegava a Bíblia começava a ler e quando encontrava alguma coisa maravilhosa, de repente, sem se importar com quem estava olhando, sem se importar com quem estava perto, ele dizia: "Glória aleluia!" E todo o mundo ficava rindo. E os seus filhos diziam: "Por que papai não fica quieto? Todo o mundo está olhando, nós estamos envergonhados."

E um dia o seu filho o levou para um consultório médico. E o seu filho foi lá fazer uma consulta. E olhou logo de relance para ver se tinha alguma Bíblia, porque ele disse: "Se tiver alguma Bíblia aqui, o meu pai vai começar a gritar e eu vou ficar envergonhado."  E o deixou ali na sala de espera. E encontrou um livro de Geografia e entregou esse livro para o seu pai. E ele disse: "Ah, o meu pai não vai encontrar nada neste livro para gritar."

Então o seu filho foi fazer a consulta. E ele estava lá dentro com o médico, fazendo a consulta, quando de repente ouviu lá da sala de espera o seu pai gritando: "Glória aleluia!" E então ele saiu correndo e disse: "Papai, o que houve? Por que é que o senhor está gritando agora? O que é que este livro tem que desperte todos esses gritos?"  "Ah – disse o pai – eu li neste livro que há um lugar no Japão em que o mar tem milhares de quilômetros de profundidade. E a Bíblia diz que os nossos pecados estão lançados lá nas profundezas do mar. Veja, meu filho, quanta água em cima dos meus pecados; glória e aleluia!"

Pr. Roberto Biagini
Mestrado em Teologia

Informativo Mundial das Missões – 04/08/12

Informativo Mundial das Missões – 04/08/12
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Apocalipse (O Fim Revelado) 6 - A Volta de Jesus

Sua alimentação afeta o DNA de seus netos



Pense bem no que você vai comer, não só por você e pela sua saúde, mas pela saúde de seus filhos e netos.
Vários estudos recentes chegaram à mesma conclusão: de que a dieta das pessoas, seja boa ou ruim, pode transformar seu DNA, passando as novas características adiante. Pior: não importa qual seja a dieta de seus filhos e netos, se a sua for ruim, ainda vai afetar a saúde deles.


Epigenética
Os estudos estão relacionados ao conceito de epigenética, que se refere a mudanças vindas de forças externas na expressão de genes. Diferente de uma mutação, alterações epigenéticas não estão no DNA em si, mas em seus “arredores” – nas enzimas e outras substâncias químicas que orquestram como uma molécula de DNA desenrola suas várias seções para fazer proteínas ou mesmo células novas.
Essas alterações epigenéticas já eram conhecidas na ciência. Uma pesquisa de 2011 feita por Marilyn Essex, por exemplo, mostrou que um cotidiano conturbado e estressante na infância pode alterar, através da epigenética, o DNA de uma criança, mudanças essas que podem se manifestar na adolescência.


Já a descoberta de que tais alterações podiam ser passadas adiante é relativamente nova. Apesar disso, os pesquisadores ainda não sabem como essa informação é passada de geração em geração.
Ao contrário de uma mutação genética, as alterações epigenéticas no ambiente do DNA deveriam ser esquecidas quando um embrião recém-formado começasse a se dividir. Durante o processo de meiose (divisão celular), todas as marcas epigenéticas deveriam ser apagadas, mas isso não é totalmente verdade: algumas permanecem.


Os estudos
Um grupo liderado por Randy Jirtle da Universidade Duke (EUA) demonstrou como clones de ratos implantados em estado de embrião em mães diferentes têm diferenças radicais na cor da pele, peso e risco para doenças crônicas, dependendo da alimentação na gravidez dessas mães.
Os nutrientes (ou a falta deles) nas mães afetaram o ambiente de DNA dos ratos, de modo o que os DNAs idênticos destes clones expressaram-se de maneiras muito diferentes.
Baseado neste trabalho, outro estudo liderado por Torsten Plösch da Universidade de Groningen, na Holanda, sugeriu inúmeras maneiras pelas quais a nutrição altera o epigenoma de muitos animais, incluindo seres humanos adultos.
Segundo eles, a dieta dos adultos humanos induz mudanças em todas as células, mesmo esperma e óvulos, e essas alterações podem ser transmitidas aos filhos. Tais efeitos foram observados em crianças nascidas durante a fome holandesa no final da
Segunda Guerra Mundial; elas tinham susceptibilidade para várias doenças mais tarde na vida, como intolerância à glicose e doença cardiovascular, dependendo do momento e da extensão da escassez de alimentos durante a gravidez.
Outra pesquisa mostrou que filhotes de ratos superalimentados desenvolveram sinais indicadores de síndrome metabólica – resistência à insulina, obesidade e intolerância à glicose – e passaram algumas destas características aos seus descendentes, que, em seguida, desenvolveram elementos da síndrome metabólica.
Por último, um estudo conduzido por Ram Singh B. do Instituto TsimTsoum em Cracóvia, Polônia, examinou a forma como nutrientes afetam a cromatina. A cromatina é como a sopa química em que o DNA funciona.
Além de criar marcas epigenéticas, Singh especula que nutrientes também possam causar mutações. Para ele, é possível que a ingestão de mais ácidos gordos ômega-3, colina, betaína, ácido fólico e vitamina B12 por mães e pais altere a cromatina e leve a mutações, tanto boas (como aumentar a vida da criança) ou más (como obesidade).
Parece que está na hora de mudar o famoso ditado “você é o que você come” para “você, seu filho e seu neto são o que você come”.
Via [LiveScience]

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Salmo 4 – Sete Conselhos para Inimigos


Você já passou por uma profunda angústia? Já teve um filho revoltado contra a sua autoridade? Já teve inimigos fortes contra si mesmo, e não sabia o que fazer?

O salmista Davi ainda está escrevendo este outro salmo tendo como fundo sua fuga do palácio, sendo perseguido pelo seu filho Absalão, liderando uma multidão que conspirava contra ele para destroná-lo, levando-o à morte.
Mas Davi tem 7 Conselhos, 7 Imperativos para dar a seus inimigos. Neste salmo, ele está (1) Falando para Deus; (2) Falando para homens; (3) Falando dos homens e (4) Falando de si mesmo.

I – FALANDO PARA DEUS (v. 1)

Davi fala para Deus e suplica: “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha justiça” (v. 1).

1 – Davi se encontrava em angústia. Ele tem um histórico contínuo em que Deus o aliviou de suas angústias passadas. Isso indica duas coisas: (1) Davi era um homem muito atribulado e (2) Deus sempre o livrava das suas tribulações. Baseado nisso, ele pede a Deus que o livre novamente da angústia pela qual passava no momento em que escrevia este salmo.

Sabemos que muitas vezes somos atribulados, com privações, e sofrimentos, e com muitas angústias que são partes de nossa vida. Mas muitas vezes não nos lembramos de ler a Bíblia e rever como Deus livrava aos homens do passado, com a mesma prontidão com que há de nos atender a nós também. Disse o Senhor Jesus Cristo que não vivemos em um mar de rosas ao se expressar desse modo: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (Jo 16:33). Ele nos advertiu que haveremos de passar por situações aflitivas, para que não desanimássemos quando elas chegassem. Assim como Ele socorreu a Davi, no passado, hoje Ele também pode nos ajudar a sairmos aliviados de nossas angústias, porque Ele já passou por isso pessoalmente.

2 – Davi se dirige ao Senhor como “Deus da minha justiça”. Esta é uma expressão singular, e é a única vez que aparece em toda a Bíblia. Os cristãos tem se dirigido a Deus como “Deus Salvador”, “Deus de amor”, “Deus do Céu”, “Deus excelso”; mas é admirável Davi se dirigir a Deus como “Deus da minha justiça”.

Lutero ansiava muito compreender a mensagem de Paulo aos Romanos, mas havia um problema. Ele o descreve assim: “Nada me impedia o caminho, senão a expressão: 'justiça de Deus', porque a entendia como se referindo àquela jus­tiça pela qual Deus é justo e age com justiça quando pune os injustos ... Noite e dia eu refletia até que ... captei a verdade de que a justiça de Deus é aquela justiça pela qual, mediante a graça e a pura misericórdia, Ele nos justifica pela fé. Daí por diante, senti-me renascer e atravessar os portais abertos do Paraíso. Toda a Escritura ganhou novo significado e, ao passo que antes 'a justiça de Deus' me enchia de ódio, agora se me tornava indizivelmente bela e me enchia de maior amor. Esta passagem [Rm 1:17] veio a ser para mim uma porta para o Céu." (Obras de Lutero, vol. 54, p. 179ss.).

Deus é um Deus de justiça, mas precisamos entender que a justiça punitiva já se manifestou na cruz do Calvário, onde Jesus Cristo pagou pelos nossos pecados; agora, precisamos nos apegar às virtudes de Cristo, pelas quais podemos ter a justiça salvadora de Deus. Pela fé nos apropriamos da justiça de Cristo, que é a justiça que passa a ser nossa por imputação, pela qual podemos orar ao Senhor como o “Deus de minha justiça”. Jesus Cristo é chamado como “o Senhor, Justiça Nossa” (Jr 23:8). Ele é o nosso Advogado que nos defende e nos restitui a justiça, e faz justiça aos Seus santos que tem sido oprimidos e injustiçados.

3 – Davi pede misericórdia: “tem misericórdia de mim!” é a sua oração que ele deseja ver ouvida. Davi pede misericórdia ao Deus da justiça. Não parece contraditório? Mas é porque ele confia na justiça de Deus que ele pede a misericórdia. Se queremos salvação, pedimos primeiro a misericórdia, porque tememos a justiça. Mas se já fomos salvos, confiamos na justiça, para que se manifeste a misericórdia para conosco na aplicação da justiça sobre os que estão nos acusando injustamente. Este era o problema do salmista.

4 – Por que Davi pedia misericórdia? Porque necessitava de justiça. Ele havia sido julgado temerária e implacavelmente por falsos amigos, que falavam mal dele, expondo a sua reputação ao ridículo. De acordo com o salmo 2, os seus patrícios traidores zombavam dele, dizendo que ele não tinha mais salvação, que ele estava completamente perdido (Sl 2:2). Portanto, nada melhor do que clamar por misericórdia ao Deus da justiça.

II – FALANDO PARA HOMENS (v. 2-5)

1 – Davi faz uma pergunta retórica aos homens, como se estivessem diante dele: “Ó homens, até quando tornareis a minha glória em vexame, e amareis a vaidade, e buscareis a mentira?” Aqui ele apresenta o seu problema real, aqui está o conteúdo de sua angústia. Ele estava sendo humilhado, afrontado, afligido por muitos que zombavam de sua primitiva glória. Eram os seus inimigos que se baseavam na vaidade e na mentira.

Muitos há que não se importam com a reputação dos outros e falam mal deles, sem conhecer os fatos, propalando mentiras. A mentira sobre o caráter e procedimento dos outros é um veneno cruel que só pode produzir mais angústia sobre as suas pobres vítimas, muitas vezes indefesas. Mas é um veneno danoso também para os próprios autores da acusação.

O filósofo francês Rousseau (1712-1778), é um vívido exemplo disto. Quando jovem ele viveu na cidade de Turim, na casa de uma mulher de Verecelli. Em suas confissões ele escreveu: "Desta casa levo comigo um terrível fardo de culpa que, depois de quarenta anos, ainda está indelével em minha consciência e, quanto mais velho fico, mais pesado é o fardo de minha alma''.  

Ele havia roubado um objeto de valor da dona da casa. Posteriormente, quando a perda foi descoberta, lançou a culpa sobre a servente da casa, que, como resultado, perdeu o emprego e a dignidade. Ele continua: "Acusei-a como ladra, lançando assim uma jovem honesta e nobre na vergonha e na miséria. Ela me disse então: 'O senhor lançou a desgraça sobre mim, mas eu não desejo estar no seu lugar.'

A lembrança freqüente disto dá-me noites de insônia, como se fosse ontem que tal fato aconteceu. É certo que algumas vezes minha consciência esteve adormecida, mas agora ela me atormenta como nunca dantes. Este fardo está mais pesado agora sobre o meu coração; sua lembrança não morre. Tenho que fazer uma confissão."

2 – Davi sugere 7 imperativos que os seus inimigos deviam praticar (V. 3-5). Esses homens difamaram a reputação do salmista; apegaram-se a vãs maquinações e prosperaram à custa de falsidades. Agora, são aconselhados pelo salmista, a fim de que possam ter mais êxito, sem prejudicar os outros. Ainda podiam repensar e se arrepender, deixando a revolta de Absalão. Mas também há lições para nós. Assim devemos agir, quando somos tentados a nos rebelar contra um servo de Deus:

(1) Sabei. A sabedoria é uma jóia, o conhecimento é necessário, a inteligência é indispensável. O que eles deviam saber? Que Deus é justo e faz distinção entre aquele que o serve e aquele que não o serve. Ele distingue para Si o “piedoso”. Piedoso é aquele que tem piedade, respeito pelas coisas religiosas, temor e respeito para com Deus.

Assim era o salmista, e por isso ele podia dizer que Deus o ouvia quando clamava por Ele. Que eles considerem de novo que aquele que ama a Deus e a quem o Senhor escolhe é guardado por Ele (v. 3a) e será ouvido por Ele em qualquer emergência (v. 3b). Pode ser que aquele a quem estamos perseguindo seja mui amado de Deus e, portanto, protegido. O que diríamos nós diante do Soberano de toda a Terra, ao nos achar perseguindo um de Seus servos? Como ficaria uma ursa roubada de seus filhos?

(2) Irai-vos. A versão antiga diz: “Perturbai-vos”. Entretanto, a palavra hebraica original (râgaz) se traduz melhor, como dizem as versões estrangeiras, como “Tremei”. Davi não estava aconselhando que os seus inimigos ficassem irados, porque isso seria um absurdo, mas que tremessem diante da ideia de perseguir o ungido de Deus! Eles deveriam temer o curso que estavam seguindo, considerar as consequências, a fim de voltar de suas ideias homicidas, e tornar à razão.

De fato, perseguir ou causar dano a um ungido de Deus era algo a se temer. Isso aconteceu com o próprio Davi. Ele estava escondido numa caverna com os seus homens, e se achegou ao rei Saul, e Davi furtivamente, lhe cortou a orla do manto, mas logo sentiu o seu coração bater descompassado. E disse: “O Senhor me guarde de que... eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do Senhor” “... pois quem haverá que estenda a mão contra o ungido do Senhor e fique inocente?” (1Sm 24:5-6; 26:9). Mas o que diríamos de pessoas em nosso tempo que estão difamando e perseguindo pastores? Não seria de se temer e tremer?

(3) Não pequeis. Salomão disse que “não há homem que não peque” (2Cr 6:36), mas Davi relaciona isso ao temor, como um antídoto para não pecar. Quando o povo de Israel presenciou aos trovões e relâmpagos do Sinai, quando a Lei dos Dez Mandamentos foi dada, disseram atemorizados a Moisés que ele lhes falasse, e não Deus, porque estavam tremendo diante do Seu poder e majestade, com medo da morte. Foi aí que Moisés replicou, dizendo: “Deus veio para vos provar e para que o Seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis.” (Êx 20:20). “Filhinhos meus”, disse o apóstolo João “estas coisas vos escrevo para que não pequeis!” (1Jo 2:1). Se alguém quer saber o que fazer para não pecar, aqui está o antídoto para o pecado: o temor de Deus vai nos livrar de pecar.

(4) Consultai. Consultar o coração no travesseiro indica a meditação que temos de fazer, já na cama, antes de pegar no sono, examinando a nossa consciência, perscrutando os nossos caminhos, a ver se andamos retamente, ou se há algum caminho mau que devemos abandonar. Temos que fazer um exame de consciência; temos que consultar o nosso coração em sinceridade. Quais são os nossos planos? Temos ajudado o próximo? Temos iluminado aos que jazem nas trevas do pecado? Ou temos prejudicado a alguém com nossas palavras? Temos falado bem dos outros? Qual é a nossa influência sobre as pessoas, boa ou danosa? O que fazemos para enaltecer a reputação dos semelhantes?

(5) Sossegai. Quando perguntarmos algo à nossa consciência, estejamos sérios, calados e esperemos uma resposta. Não abramos a nossa boca para escusar o pecado; não é hora de falar, é hora de calar e sossegar. Não devemos racionalizar, mas deixemos a razão prevalecer, a fim de chegarmos à verdade sobre a nossa vida e o nosso procedimento. Nossa consciência, quando está afinada pela Palavra de Deus, será segura para nos dar uma orientação correta de nossos atos e teremos a oportunidade de nos arrepender de nossas faltas e corrigi-las. Temos que aprender a sossegar e aquietar-nos diante da imposição da consciência orientada pela soberania do Espírito Santo.

(6) Oferecei. O 6º imperativo é uma ordem para oferecer “sacrifícios de justiça”. O que significa isso? Aqueles homens estavam sendo injustos para com Davi, e ele os leva a se apresentar diante de um Deus justo com sacrifícios de justiça em suas mãos. A linguagem lembra o santuário e seus sacrifícios; os seus inimigos deviam apresentar sacrifícios adequados e saber que a sua causa era injusta, na revolta de Absalão, e ainda tinham tempo para se arrepender. Os seus atos deviam ser atos de justiça, seguindo os seus sacrifícios, para que fossem aceitos. Portanto, nosso culto a Deus deve ser coerente com a reta justiça, ou não será aceito (Mt 5:23-24).

(7) Confiai. Davi tinha muita esperança de que aqueles homens que estavam seguindo a rebelião haveriam de se arrepender, abandonar os seus maus caminhos e voltar-se para Deus. Ele ainda lhes dá a maior chance, a sua maior oportunidade: “Confiai no Senhor”. A confiança em Deus traz a maior vitória. Norteia a nossa vida. Desfaz todos os enganos e traições. Mostra o caminho da sabedoria que temos a palmilhar. A confiança em Deus nos traz a salvação por toda a eternidade. Ele nunca nos decepciona.

III – FALANDO DOS HOMENS (v. 6)

Agora, Davi deixa de falar aos homens para falar dos homens. Ele diz: “Há muitos que dizem: Quem nos dará a conhecer o bem? Senhor, levanta sobre nós a luz do teu rosto.” Observando a condição dos súditos do rei, que estavam sendo enganados pelo seu próprio filho, ele retrata as dúvidas do povo nas palavras: “Quem nos dará a conhecer o bem?”

A família real estava em crise. Davi cometera um pecado de adultério e homicídio. Logo a seguir, Amnom comete um incesto, forçando a sua irmã Tamar. Como um resultado, Absalão matou a Amnom, seu irmão, por causa de Tamar, sua irmã, e fugiu por 3 anos, voltando logo depois para Jerusalém. Então, começou uma conspiração contra o rei Davi, seu pai. Absalão ganhava o coração do povo, dizendo aos que vinham a Jerusalém para resolver os seus problemas: “Olha, a tua causa é boa e reta; porém, não tens quem te ouça da parte do rei... Ah, quem me dera ser juiz na terra!” (2sm 15:3,4).

As pessoas estavam confusas. O rei estava muito ocupado com os seus negócios e suas guerras, e o filho se aproveitava da situação fazendo promessas alvissareiras de reinar com justiça. E agora, uma revolta se insurgiu contra Davi da parte do povo de Israel, liderados por Absalão, que estava à caça do rei, para lhe usurpar a vida e o trono. A guerra estava em andamento, e ninguém sabia qual seria o desfecho final de tudo isso. Muitos diziam que Davi estava perdido, porque pecara gravemente à luz do dia. Possivelmente Deus havia Se apartado dele, assim como fizera com Saul.

Portanto, muitos estavam dizendo: “Quem nos dará a conhecer o bem?” Quem nos poderá dizer qual será o fim de nosso reino? Em quem podemos confiar? Como ficaremos nós, se Davi for morto nesta batalha? O que será do povo de Deus, se cair o pastor de Israel?” E estes mesmos clamavam: “Senhor, levanta sobre nós a luz do Teu rosto!” O Senhor era a única esperança de luz e orientação para eles.

Considerando as condições de nosso mundo moderno, vemos crimes por todos os lados, assaltos à mão armada, prostituição em múltiplas formas, revoluções em muitos países, terrorismo ameaçando as maiores potências da terra! O pecado levanta a sua enorme e hedionda cabeça, ameaçando as massas humanas, que clamam em desespero, em densas trevas: “‘Quem nos dará a conhecer o bem?’ Quem poderá resolver os grandes problemas do coração violento e pecaminoso dos habitantes da terra?”’

Observando as condições de nosso mundo hodierno, vemos as multidões confusas diante de muitas religiões, credos e filosofias, com diferentes promessas, com diferentes doutrinas e dogmas, todas baseadas num livro, num Alcorão, num “Evangelho segundo o Espiritismo”, num livro Mórmon, ou mesmo numa Bíblia, e as multidões perguntam: “‘Quem nos dará a conhecer o bem?’ Quem nos revelará a verdade, só a verdade, nada menos do que a verdade?” 

Muitos, sim multidões estão em desespero, procurando um meio de libertação de sua própria alma, porque se encontram escravizados por vícios, drogas, sexo, álcool, e desejam se libertar. Mas como eles ignoram o Libertador, não sabendo a quem recorrer, clamam à semelhança de Paulo quando estava nesta situação, conhecendo leis sem conhecer o Salvador: “Desgraçado homem que sou! Quem me livrará do corpo dessa morte?” (Rm 7: 24).   

A resposta está em Jesus que disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!” (Jo 14:6). Breve o Seu povo verá o Senhor Jesus Cristo vindo em glória e majestade, pela manifestação do Seu reino. Todos os problemas deste agitado planeta estarão resolvidos. Não mais haverá guerras com todas as suas coisas terríveis. Não mais haverá morte, pranto ou dor, porque Ele dará a vida eterna a todos os que confiam em Seu poderoso nome, que pode salvar a todos os que Se chegam a Ele.

IV – FALANDO DE SI MESMO (vs. 7-8)

Davi termina o salmo 4, em um clímax extraordinário, porque conhecemos as terríveis circunstâncias que o envolviam naquele tempo em que compunha os salmos 3 e 4: fugindo de um exército armado nas trevas da noite, atravessando o vau de Cedrom, em meio a um rio profundo e caudaloso, seguido por mulheres e crianças. Em meio de condições desfavoráveis, escapando por sua vida, junto com sua família que restava, e com os seus homens de guerra, Davi dirigindo-se a Deus, fala de si mesmo, e dos próprios sentimentos.

1 – Davi tinha alegria. “Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho.” (V. 7). A alegria é um fruto do Espírito Santo, dado a todos os que se entregam ao Senhor e seguem os Seus caminhos. Embora os ímpios também tenham alegria em muitas coisas, na abundância de cereal e vinho, em sua festas, não deixa de ser uma alegria fugaz e passageira. Alegria espiritual, a alegria do cristão, não é de se comparar com a alegria mundana, porque é imortal. “Alegria eterna coroará a sua cabeça.” (Is 35:10). Isto é muito mais alegria, por tempo incontável.

2 – Davi tinha paz. “Em paz me deito e logo pego no sono.” Em meio às agruras da fuga, ele podia ter paz. Podia dormir tranquilamente, embora soubesse que o inimigo estava bem próximo. Quando ele disse: “Confiai no Senhor” (v. 5), ele sabia o que estava dizendo, porque confiava em Deus por experiência própria. Podia dormir e descansar sem sofrer de insônia. Assim como Cristo dormiu numa tempestade, Davi também podia dormir tranquilo, mesmo perseguido por inimigos, porque tinha paz.

3 – Davi tinha segurança. Davi podia dizer em meio à maior tempestade de sua vida: “Senhor, só Tu me fazes repousar seguro!” Segurança é indispensável. Não podemos ter alegria sem segurança. Não podemos ter paz sem segurança. Não podemos ser felizes sem segurança. Mas os que confiam em Deus estão seguros em Seus braços poderosos. Podemos dormir e repousar seguros, certos de que o Senhor nos guardará protegidos.

CONCLUSÃO

Certa vez, um navio estava sendo açoitado por um tremendo temporal, e os passageiros em pânico viam a possibilidade de um iminente naufrágio, e aterrorizados contemplavam o horizonte na esperança de um socorro ou de uma mudança do vento. Porém, tudo parecia sombrio! E eles pasmados contemplaram uma menina que, indiferente ao perigo, brincava no tombadilho da embarcação.

Um dos passageiros, assombrado diante de tão grande indiferença face ao perigo, perguntou: "Menina, você não teme a tempestade? Não se apercebe do perigo a que estamos sujeitos? Você não vê que corremos todos nós risco de vida?” Ela contemplou aquele senhor de maneira calma e serena, e respondeu laconicamente: "Meu pai está ao leme!" Era a filha do piloto. Ela conhecia a destreza de seu pai; ela possuía confiança na habilidade daquele velho piloto do mar.

Confiemos em nosso poderoso Deus, mesmo em meio a uma terrível tempestade, em nossa vida. Ele está ao leme. Ele conduz a nossa frágil embarcação através das procelas de nossa existência e, confiados em Sua direção, haveremos de chegar às praias alvacentas da eternidade.


Pr. Roberto Biagini
Mestrado em Teologia.

Além do sábado semanal existem outros sábados?


1. O que a Bíblia fala sobre o sábado do sétimo dia? 
Gênesis 2:2-3 
“E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito.   E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.” 
Êxodo 20:8-11 


“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar.   Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra.   Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro;   porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.” 


Comentário – o sábado do sétimo dia é, em vários textos, chamado de “meus sábados” e se refere a uma instituição divina e eterna, porque tudo o que foi criado por Deus na eternidade deve ser eterno. 


2. O sábado do sétimo dia foi abolido? 


Malaquias 3:6 


“Porque eu o Senhor não mudo, por isso vós, ó filhos de Jacó não sois consumidos.” 


Comentário – a resposta é “Não”. Seria ilógica sua abolição, afinal o sábado do sétimo dia significa um carimbo da obra concluída, já realizada, pronta e entregue ao homem. 


3. Quais são os sábados cerimoniais? 


Colossensses 2:16 


“Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados.” 


Gálatas 4:10 


“Guardais dias, e meses, e tempos, e anos.” 


Oséias 2:11 


“Farei cessar todo o seu gozo, as suas Festas de Lua Nova, os seus sábados e todas as suas solenidades.” 


Comentário – os sábados cerimônias apontavam para o futuro sacrifício do Messias e ocorriam em dias e períodos variados. Eram realizadas grandes festas religiosas e todo o povo era envolvido para manter viva na memória o Messias que deveria vir para oferecer a libertação definitiva do pecado. Lembrando apenas que o sábado do sétimo dia jamais foi substituído pelos sábados cerimoniais. Veja abaixo mais alguns exemplos: 


-Levítico 25: 2, 4-5: são dias de festas, serviço religioso, sombra de libertação futura. 


-Levítico 26: 34, 35-43: distingue com um “SEUS” que define um descanso em qualquer dos seis dias. 


-2 Crônicas 36:21: também se refere a sábados de solenidade de qualquer dia, são “SEUS” sábados. 


-Êxodo 13: 5 e 6: descanso como ação de graças ao entrar na terra para onde Deus os estava conduzindo. 


4. Saiba quais eram os sete sábados cerimoniais: 


1.     O Primeiro Dia dos Pães Asmos – 15o dia do 1o mês (Lev. 23:6);
2.     O Sétimo Dia dos Pães Asmos – 21o dia do 1o mês (Lev. 23:8,11);
3.     Dia de Pentecostes – 6o dia do 3o mês (Lev. 23:24;25);
4.     Festa das Trombetas – 10o dia do 7o mês (Lev. 23:16,21);
5.     Dia da Expiação – 10o dia do 7o mês (Lev. 23:29-31);
6.     Primeiro Dia da Festa do Tabernáculos – 15o dia do 7o mês (Lev. 23:34;35);
7.     Sétimo Dia da Festa dos Tabernáculos – 22o dia do 7o mês (Lev. 23:36).
  


5. O que representava o ano sabático? 


Levítico 25:1-7  


“Disse o SENHOR a Moisés, no monte Sinai:   Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando entrardes na terra, que vos dou, então, a terra guardará um sábado ao SENHOR.   Seis anos semearás o teu campo, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos.   Porém, no sétimo ano, haverá sábado de descanso solene para a terra, um sábado ao SENHOR; não semearás o teu campo, nem podarás a tua vinha.   O que nascer de si mesmo na tua seara não segarás e as uvas da tua vinha não podada não colherás; ano de descanso solene será para a terra.   Mas os frutos da terra em descanso vos serão por alimento, a ti, e ao teu servo, e à tua serva, e ao teu jornaleiro, e ao estrangeiro que peregrina contigo;   e ao teu gado, e aos animais que estão na tua terra, todo o seu produto será por mantimento. 


Comentário – o ano sabático era comemorado após 6 anos de plantio. O objetivo era dar uma descanso para a terra, levar o povo a reconhecer as providências divinas, incentivar a sociabilidade e a educação. 


6. Os sábados cerimoniais foram abolidos? 


A resposta é “Sim”. Todas as festas eram anúncios da vinda do Messias e se cumpriram na vida de Cristo Jesus. Ninguém continua divulgando a chegada de um evento que já ocorreu. 


Resumo: 


Existem dois tipos básicos de sábado: o sábado do sétimo dia e os sábados cerimoniais. Os dias de descanso cerimoniais anuais, em conjunto com o festival de ciclo anual, não estavam relacionados aos sábados do sétimo dia ou ao ciclo semanal. Cada um desses outros sábados, ou dias de descanso, tinham uma data fixa para serem celebrados e assim caíam em dias diferentes da semana a cada ano. Eram, portanto, propriamente chamados sábados anuais, em contraste com os sábados semanais. O sábado do sétimo dia continua vigente porque é eterno. 


Extraído do Site  Sabado.org

Apocalipse (O Fim Revelado) 5 - As Sete Mensagens

É possível anjos aparecerem para seres humanos hoje em dia?


1. É possível anjos aparecerem para seres humanos hoje em dia?
2. Existem mais demônios do que seres humanos?
3. Qual a condição das pessoas que foram mortas no cinema assistindo o filme do Batman?
4. Jesus é plenamente Deus ou é apenas uma parte da Divindade?
5. Quais as provas inquestionáveis que provam que Jesus é O Jeová do Antigo Testamento?
6. O que Jesus quis dizer com a parábola das 10 virgens?
7. É pecado emprestar dinheiro?
8. O que aconteceu com Lázaro e com aqueles que ressuscitaram junto com Jesus?
9. Lv. 18 afirma que não podemos ver a nudez de um familiar?
10. Por que os evangélicos não fazem sinal da cruz ao entrarem na igreja?
11. Por que Deus permite que o mal sobrevenha a crianças?
12. Jesus só vai voltar 7 anos após o arrebatamento?

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